Post on 22-Nov-2018
ENSINO PARA O USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
A Estratégia Brasileira para o Uso Racional de Medicamentos
Clarice Alegre PetramaleAnvisa: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Conteúdo desta apresentação
Evolução das Exigências para o Registro de MedicamentosDesafios e propostas na área de MedicamentosRegulação e Educação: Estratégias complementaresUso Racional de Medicamentos: ConceitosAlgumas estatísticas mundiais sobre EA a MedicamentosFatores que propiciam a Ocorrência de EA a MedicamentosEnsino para o Uso Racional de MedicamentosProgressão da estratégia URM no BrasilNovas atividades em URM
Exigências Sanitárias para Registro de Medicamentos• Anterior a 1976: somente Licença Sanitária (local)
• 1976: Autorização de Funcionamento (federal)
• 1994: Ensaios Clínicos para produtos novos
• 1995: Inspeção de Boas Práticas de Fabricação
• 1999: Inspeção de Boas Práticas de Fabricação anual
• 1999: Notificação de lotes pilotos + Equivalência farmacêutica + Bioequivalência para Genéricos
• 2003: Bioequivalência e Bio disponibilidade para Similares
• 2004 Novo regulamento para bulas
ANVISA Medicamentos: Desafios
Similares X GenéricosFitoterápicosHomeopáticosMedicamentos inespecíficosAssociações IrracionaisRegistro de medicamentos novosBulas Apresentação HospitalarPropaganda de Medicamentos
ANVISA: Linhas de Trabalho• Biodisponibilidade + Bioequivalência para Similares
• Revisão de Associações Medicamentosas
• Registro de “tipo 1” Medicamentos Inespecíficos
• Registro para homeopáticos e fitoterápicos
• Farmácias de Manipulação: controle de produção
• Harmonização de Bulas: nacionais e internacionais
• Bulas para consumidor e profissional de saúde
• Monitoramento de Propaganda
• Ensino para o Uso Racional de Medicamentos
Medidas regulatórias isoladas podem criar situações difíceis de serem administradas!
A sensibilização e a participação de todos os atores envolvidos é fundamental para
garantir sua adequação e o seu cumprimento efetivo.
Algumas estatísticas mundiais sobre EA relacionados a Medicamentos- EAD
Em 1994, nos EUA, 48.000-98.000 pacientes hospitalizados morreram por causas atribuíveis a eventos adversos.
São a 8a causa de morte nos EUA, depois do IAM, câncer e AVC (Bonn, 1998).
Eventos adversos a drogas são o tipo mais freqüente de evento adverso não cirúrgico (20%)
Em 1993, 7.000 americanos morreram por erro de medicação, contra 6.000 por acidentes de trabalho
Em cada 100 admissões, há 6,5 eventos adversos a drogas comprovados e 5,5 eventos potenciais. 40 a 70% dos EA são evitáveis.
Algumas estatísticas mundiais sobre EA relacionados a Medicamentos- EADAlgumas estatísticas mundiais sobre EA relacionados a Medicamentos- EAD
Algumas estatísticas mundiais sobre EADs
18% dos EAD comprovados ocorrem por prescrição médica ou administração inadequadas
(Leape et al, 1991)
Erros de prescrição causam 56% dos EAD evitáveis(Bates et al, 1995)
A maioria dos erros de prescrição são de dosagem(Leape et al, 1995)
Distribuição das RAM por Classe Terapêutica(Medical Care, 38:261-271,2000.)
17,4%Agentes Cardiovasculares
8,6%Anticoagulantes
1,4%Agentes Antineoplásicos
1,3Anti-asmáticos
8,9%Analgésicos
24,9%Antibióticos
14,1%Desconhecidos
18,1%Outros
0,4%Potássio
0,4%Anticonvulsivos
10,4%Anti-hipertensivos
0,6%Antipsicóticos
0,9%Antidepressivos
2,6%Sedativos e hipnóticos
Fatores que propiciam a Ocorrência de EADs
Interação de fármacos: 3 ou mais fármacos Prescrição de medicamentos novosA falta de uma disciplina de terapêutica clínica nas escolas médicas/odontologia/farmácia/enfermagemPrescrição manual/ilegível/incompletaFalta de esclarecimentos dos pacientes sobre a prescriçãoAusência de prescrição de medidas não medicamentosasQualidade deficiente do processo produtivo, de distribuição, de armazenamento e de administração de MedicamentosParticipação insuficiente de farmacêuticos nas equipes de saúde
Uso Racional de Medicamentos
Compreende um conjunto de procedimentos que objetiva atingir que um dado indivíduo receba de
forma oportuna, medicamentos eficazes, seguros e adequados à sua condição clínica, nas doses e
intervalos preconizados e durante o tempo necessário para o seu tratamento.
Estratégias para a o Uso Racional de Medicamentos
Ensino de Terapêutica Clínica nas escolas de medicina, farmácia, odontologia Seleção e aquisição de medicamentos (MEB)Qualidade de Fornecedores Farmácia HospitalarFarmácia Clínica ( em áreas críticas)Auditoria de prescriçãoPrescrição eletrônicaFarmacovigilância
A Prescrição de Medicamentos na vida real!
Onde o profissional de saúde aprende a prescrever?No ambulatório; na enfermaria; no PS
Quem o ensina a prescrever?O médico de plantão; o preceptor; o residente
Quando o médico aprende a fazer uma prescrição de forma sistematizada, levando em conta os preceitos de segurança, eficiência e custo?EM NENHUM MOMENTO DE SEU CURSO DE GRADUAÇÃO OU RESIDÊNCIA!
Ensino para o Uso Racional de Medicamentos
É uma metodologia de ensino com base em .Evidências Clínicas e problematizaçãoParte do pressuposto que diagnóstico e fisiopatologia já estão sendo ensinados nas escolasIntroduz o conceito de Plano de tratamento ( o que tem relevância tratar)co-participação: o cliente faz parte do problema e da solução
Ensino para o Uso racional de Medicamentos
Seleção do Grupo Farmacológico IndividualizadoSeleção do Medicamento ISeleção do tratamento IElaboração da prescriçãoOrientações não medicamentosasPacto de tratamento com o pacienteAcompanhamento de resultados
O que deveria funcionar e o que efetivamente funciona
É sabido que as arritmias cardíacas são as causas mais frequentes de complicação grave em IAMA Lidocaína é um antiarrítmico de reconhecida eficáciaLogo a utilização de Lidocaína em IAMs deveria prevenir arritmias e reduzir as mortesEstudos clínicos comparativos mostram que a Lidocaína aumenta o risco em IAMs, porisso deixou de ser utilizada nessa condição
Ensino para o Uso Racional de Medicamentos
“Curso Internacional sobre o Uso Racional de
Medicamentos”, WHO, Departamento de Farmacologia da
Faculdade de Medicina da Universidade de Gröningen,
Holanda
“Enseñanza de Farmacoterapéutica Racional”, WHO, La
Plata, Argentina, 1999 e 2000.
A ANVISA e o Ensino para o URM
I Curso Nacional sobre Ensino para o Uso Racional de Medicamentos, Petrópolis, RJ, Maio 2002
• ANVISA- GGTPS/Projeto de Hospitais Sentinela• NAF- Escola de Saúde Pública- Fiocruz• OPAS• Escolas de Medicina e Hospitais Sentinela• Formou multiplicadores ( 40) de 20 universidades públicas• Cursos regionais para multiplicadores• Estudo de impacto: Rede básica Marília/SP
URM no Brasil8 Cursos regionais para docentes :440 capacitadosCursos locais para multiplicadores e prescritoresCursos para Residentes: FAMEMA/Marília, PUC/Campinas, UNESP /Botucatú e Passo FundoCursos para Graduação: UNESP/Botucatu, USP/Ribeirão Preto, PUC/Sorocaba, Federal de Rio Preto e Federal FluminenseCurso virtual: UNESP/BotucatuPSF: Marília e Botucatu e SC:Projetos de Avaliação de impacto Portal Bireme Anvisa (em desenvolvimento)I Congresso Brasileiro URM 12 a 15 de outubro POA
Acordos de Cooperação com universidades Cursos MBE para docentes e gestores Contratos para Estudos, Projetos e Pesquisas Avaliação de impacto Planos para URM em hospitais sentinelaCapacitação de profissionais da rede básica e gestores do SUSProdução e difusão de materiais educativos e instrucionais para profissionais de saúde e comunidadeSeminários Nacionais URMPortal de MedicamentosTermo de Cooperação Anvisa/OPAS
URM: Próximos passos