Post on 17-Dec-2018
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Enquete sobre a definição defamília tem votação recorde no site
da CâmaraSão quase 3 milhões de votos. Simpatizantes da causa gay e movimentos conservadores
fazem cabo de guerra nas redes sociaisPOR MARINA COHEN
05/11/2014 6:00 / ATUALIZADO 05/11/2014 9:48
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Ativistas do grupo Arco-Íris militam pelos direitos LGBT efazem campanha para que participantes rejeitem definiçãotradicional de família - Gustavo Stephan / Agência OGlobo
RIO - A maior enquete da história do Portal daCâmara dos Deputados acumula quase trêsmilhões de votos e muita polêmica, tornando-semais um retrato bem acabado da polarizaçãoque tomou conta da sociedade em virtualmentequalquer tema. No ar desde fevereiro, elapergunta: “Você concorda com a definição defamília como núcleo formado a partir da uniãoentre homem e mulher, prevista no projeto quecria o Estatuto da Família?”. Até agora, 52,28%dos participantes votaram no sim, e 47,41%, nonão — 0,31% revelaram não ter opinião formada—, o que dá uma ligeira vantagem à correnteque exclui casais homossexuais do conceitofamiliar. O cenário, porém, muda o tempo todo,uma vez que uma verdadeira campanha que
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envolve progressistas e conservadores está portrás dessa batalha dos cliques. As armas são,basicamente, as divulgações feitas na internetpor pastores evangélicos, ativistas pró-direitosLGBT e outros atores sociais. Para se ter umanoção da dimensão que essa disputa tomou, asegunda pesquisa com maior número departicipações, sobre o fim do auxílio-reclusão ea criação de um benefício para vítimas decrimes, teve pouco mais de 950 mil votos.
A enquete foi criada pela Coordenação deParticipação Popular da Câmara para conhecera opinião dos cidadãos sobre a definição defamília que consta no projeto de lei 6583/2013,que cria o Estatuto da Família. A proposta é dodeputado Anderson Ferreira (PR-PE),integrante da bancada evangélica, e inclui acriação da disciplina escolar “Educação para afamília” e a celebração, em todas as escolaspúblicas e privadas, do Dia Nacional deValorização da Família (21 de outubro). Porconta da polêmica, surgiu até uma comissãoespecial para analisar o projeto de lei, presididapelo deputado federal Leonardo Picciani(PMDB-RJ).
SILAS MALAFAIA X JEAN WYLLYS
A campanha maciça pelo sim é liderada porpastores como Silas Malafaia e Marco Feliciano,deputado federal pelo PSC-SP. O não ganhou oreforço do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ). No dia em que Malafaia, presidente daAssembleia de Deus Vitória em Cristo, pediuvotos aos seus mais de 800 mil seguidores doTwitter, o site oficial da Câmara saiu do ar,tamanho foi o volume de acessos. Já o pico devotação pelo não ocorreu no dia da paradaLGBT de Brasília, 7 de setembro.
Mesmo sem valor estatístico algum, as partesacreditam que o resultado da enquete pode serutilizado como argumento para fazer o projetode lei avançar ou não. Incentivando seus maisde 589 mil seguidores do Facebook a votar naenquete, Jean Wyllys acredita ser importanteque os cidadãos participem do debate político.
— O interessante da enquete é que ela fomentauma discussão e a mobilização de forças contrae a favor da proposta. Muitas pessoas entram nodebate desinformadas, mas saem um pouco
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mais conscientes sobre a questão — observa odeputado, considerando que o Estatuto daFamília fere princípios básicos da Constituição,como o da dignidade humana e o da nãodiscriminação. — O Supremo Tribunal Federaljá garantiu o direito dos homossexuais aocasamento. Ou seja, o Judiciário deu o recadode que as famílias homoafetivas têm que serreconhecidas. Cabe agora ao Legislativo darforça de lei a isso, não tentar reverter esseprogresso.
O grupo de cidadania LGBT Arco-Íris tambémmovimenta as redes sociais pela aceitação deum conceito amplo de família.
— Todo formato de família é válido. Há aquelasconstituídas por avós, sobrinhos, pessoasdivorciadas, casais homoafetivos, mães ou paissolteiros... Não faz sentido o Poder Legislativofechar os olhos para todas essas famílias, que jáexistem e precisam de respaldo — afirma JulioMoreira, presidente do Grupo Arco-Íris, que diznão querer incentivar um clima de guerra entreos internautas. — Essa disputa acirra rançosentre partes da sociedade.
O Grupo Nacional Pró-Vida e Pró-Família em manifestaçãona Câmara: eles pedem lei de base moral - Divulgação
Do outro lado do cabo de guerra, a AssociaçãoNacional Pró-Vida e Pró-Família sugere queseus membros votem pela “família natural”.
— Acreditamos que a maioria da populaçãobrasileira reconhece a família formada a partirda união entre homem e mulher, aberta àfecundidade, como a primeira e principalinstituição humana a ser sempre defendida —diz Hermes Rodrigues Nery, diretor deimprensa da associação. — A legislação nãopode se basear somente no consenso político,mas também na moral que se fundamenta emuma ordem natural objetiva.
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DOS 800 MIL PARA 4 MILHÕES DEPARTICIPAÇÕES
Diretora da Coordenação de ParticipaçãoPopular, Simone Ravazzolli diz que as redessociais são as maiores motoras da enquete, queganhou um “efeito viral”. Hoje, grande parte dascolaborações também vem do aplicativoWhatsApp. Isso fez com que mais gentechegasse ao canal interativo da Câmara, que,este ano, já conta com mais de 4 milhões departicipações — em 2013, foram apenas 800mil, o que seria um sinal inegável de maiorinteresse das pessoas por temas políticos.
— Estamos sempre preocupados em aumentar aparticipação da população no processolegislativo. Antes da criação da enquete, porexemplo, muita gente nem sabia que o Estatutoda Família tava sendo debatido na Casa —explica Simone, que, junto à sua equipe,transforma os dados das consultas popularesem relatórios, repassados aos deputados. — Asinformações do Disk Câmara e das enquetes on-line servem para que eles possam se posicionara partir do interesse do povo. Sabemos que ouniverso das pessoas que conhecem esses canaisé pequeno diante do tamanho do Brasil.Portanto, mais importante do que o resultadoda enquete em si é o interesse da população nostemas debatidos.
Disposta em investir no termômetro popular,em dezembro a Câmara começará a testar umanova ferramenta que a ajudará a identificar ostemas tratados pelo Poder Legislativo maisdebatidos nas mídias sociais, fora dos canaisinstitucionais.
— A participação da população ajuda apromover o debate, mas é claro que a enquetenão tem valor de dado estatístico, por isso oresultado tem de ser avaliado com cuidado —afirma Leonardo Picciani, presidente dacomissão que analisa o Estatuto da Família. — Aferramenta permite que o usuário se manifestevárias vezes, por exemplo, e o resultado varia deacordo com o engajamento de cada grupoativista.
Para o deputado, que diz não ter posição pré-concebida sobre o tema, é natural que, nestemomento do país, o debate seja “acalorado” e
desperte “posições apaixonadas” dos dois lados:
— Estamos em fase de audiências públicas naCâmara, e espero que o relator apresente seutexto até o final desta legislatura.
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