Elementos de Tecn Maqs de Costura

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Serviço Nacional de Aprendizagem IndustrialCentro de Tecnologia do Vestuário de Blumenau

ELEMENTOS DE TECNOLOGIAELEMENTOS DE TECNOLOGIA DAS MÁQUINAS DE COSTURADAS MÁQUINAS DE COSTURA

Blumenau2002

ELEMENTOS DE TECNOLOGIAELEMENTOS DE TECNOLOGIA DAS MÁQUINAS DE COSTURADAS MÁQUINAS DE COSTURA

SENAI CTV BlumenauElementos de Tecnologia de Máquina de Costura

1

José Fernando Xavier Faraco

Presidente da FIESC

Sérgio Roberto Arruda

Diretor Regional do SENAI/SC

Antônio José Carradore

Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC

Antônio Demos

Diretor do CTV – Blumenau

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Federação das Indústrias do Estado de Santa CatarinaServiço Regional de Aprendizagem Industrial

Centro de Tecnologia do Vestuário de Blumenau

ELEMENTOS DE TECNOLOGIAELEMENTOS DE TECNOLOGIA DAS MÁQUINAS DE COSTURADAS MÁQUINAS DE COSTURA

Blumenau

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2002É autorizada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou sistema, desde que a fonte seja citada.

Organizador (a)

Celso de souza

Revisão 00

Julho/2002

S474eSENAI/CTV

Elementos de tecnologia das máquinas de costura / Celso de Souza (Org.) – Blumenau : SENAI/CTV, 2002.

52 p. : il.

1. Máquina de costura 2. Manutenção 3. Agulha 4. Linha 5. Lubrificação I. SOUZA, Celso de II. Título

CDU: 687.053

Serviço Nacional de Aprendizagem IndustrialCentro de Tecnologia do Vestuário de Blumenaue-mail: blumenau@senai-sc.ind.brsite: www.senai-ctv.ind.br

Rua São Paulo, 1147 – Victor KonderCEP: 89012-001 – Blumenau – SCFone: (0XX47) 321-9600

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Fax: (0XX47) 340-1797

SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS...........................................................................................6LISTA DE ILUSTRAÇÕES..................................................................................7INTRODUÇÃO....................................................................................................91 - MANUTENÇÃO............................................................................................111.1 Conceitos e Objetivos.................................................................................121.2 Tipos de manutenção..................................................................................122 - CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE COSTURA....................................133 - CLASSIFICAÇÃO DOS PONTOS DE COSTURA.......................................134 - AGULHA......................................................................................................254.1 Partes da agulha.........................................................................................264.2 Acabamento da superfície das agulhas......................................................274.3 Pontas de agulhas.......................................................................................275 - A LINHA.......................................................................................................325.1 Propriedades da linha.................................................................................346 - FORMA EXTERIOR.....................................................................................366.1 Base plana..................................................................................................366.2 Base cilíndrica.............................................................................................376.3 Base cilíndrica tipo braço............................................................................386.4 Máquina de braço........................................................................................386.5 Base de coluna............................................................................................397 - ALIMENTAÇÃO (TRANSPORTE)................................................................398 - LUBRIFICAÇÃO...........................................................................................479 - NBR 13096 – PONTOS DE COSTURA.......................................................509.1 Objetivo.......................................................................................................509.2 Definições....................................................................................................509.2.1 Ponto........................................................................................................509.2.1.1 Entrelaçada entre si (Intralooping)........................................................509.2.1.2 Entrelaçamento com outra linha (Interlooping)......................................509.2.1.3 Entrelaçamento simples (Interlacing)....................................................519.2.2 Tipo de ponto...........................................................................................519.3 Grupo de linhas...........................................................................................5110 - REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................52

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Pontas de agulhas............................................................................28Tabela 2 - Conversão de pontas de agulhas.....................................................29Tabela 3 - Grossura das agulhas......................................................................30Tabela 4 - Máquinas e sistemas de agulhas.....................................................31Tabela 5 - Comparativa linha-agulha................................................................34Tabela 6 - Defeitos e soluções..........................................................................49

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1 - Classificação das máquinas de costura......................................13Ilustração 2 - Ponto 101....................................................................................15Ilustração 3 - Ponto 103....................................................................................16Ilustração 4 - Ponto fixo.....................................................................................17Ilustração 5 - Ponto dupla armação...................................................................19Ilustração 6 - Ponto chuleado............................................................................21Ilustração 7 - Ponto cobertura...........................................................................24Ilustração 8 - Partes da agulha..........................................................................26Ilustração 9 - Envelopes de agulhas.................................................................32Ilustração 10 - Torção Z e S..............................................................................33Ilustração 11 - Teste de torção e balanço da linha............................................33Ilustração 12 - Bases planas.............................................................................36Ilustração 13 - Bases cilíndricas........................................................................37Ilustração 14 - Base cilíndrica tipo braço...........................................................38Ilustração 15 - Máquinas de braço....................................................................38Ilustração 16 - Base de coluna..........................................................................39Ilustração 17 - Componentes do sistema de alimentação.................................40

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INTRODUÇÃO

Toda empresa, ligada ao ramo de confecção, seja ela, pequena, média ou grande, preocupa-se com o maquinário utilizado na confecção de seus produtos. A manutenção de máquinas e equipamentos é de grande importância dentro da empresa, pois ela é a peça fundamental para o bom andamento da produção e também reduz o desgaste de peças, fazendo com que a vida útil do maquinário se prolongue por muito mais tempo.

Esta unidade não tem a pretensão de fazer de você um profissional da área de mecânica, mas sim, dar a você conhecimentos essenciais sobre manutenção de máquinas utilizadas na confecção.

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1 - MANUTENÇÃO

Esses dois aspectos levantam a questão de como conciliar o tempo com a parada das máquinas, considerando a produção.

O serviço de manutenção de máquinas de costura é indispensável e deve ser constante. Por outro lado é necessário manter a produção, conforme o cronograma estabelecido.

Com a globalização da economia, a busca da qualidade total em serviços, produtos e gerenciamento ambiental passou a ser a meta de todas as empresas.

Disponibilidade de máquina, aumento da competitividade, aumento da lucratividade, satisfação dos clientes, produtos com defeito zero...

Imagine um confeccionista que tenha concorrentes no mercado. Para que ele venha manter seus clientes e conquistar outros, precisará tirar o máximo de rendimento de suas máquinas para oferecer produtos com defeito zero e preço competitivo.

Deverá também estabelecer um rigoroso cronograma de fabricação e de entrega.

Imagine que ele não faça manutenção de suas máquinas.

Se não tiver um bom programa de manutenção, os prejuízos serão inevitáveis, pois máquinas com defeitos ou quebradas causarão:

Diminuição ou interrupção da produção; Atrasos nas entregas; Perdas financeiras; Aumento dos custos; Produtos com possibilidades de apresentar defeitos de fabricação; Insatisfação dos clientes; Perda de mercado.

Para se evitar perdas deve-se obrigatoriamente, definir um programa de manutenção com métodos preventivos a fim de obter produtos nas quantidades previamente estabelecidas e com qualidade. Também devem incluir, no programa, as ferramentas a serem utilizadas e a. previsão da vida útil de cada elemento das máquinas.

Todos esses aspectos mostram a importância que se deve dar manutenção.

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1.1 Conceitos e Objetivos

Podemos entender manutenção como o conjunto de cuidados técnicos indispensáveis ao funcionamento regular e permanente de máquinas, equipamentos, ferramentas e instalações. Esses cuidados envolvem a conservação, a adequação, a restauração, a substituição e a prevenção.

De modo geral, a manutenção em uma empresa têm como objetivos:

Manter equipamentos e máquinas em condições de pleno funcionamento para garantir a produção normal e a qualidade dos produtos;

Prevenir prováveis falhas ou quebras dos elementos das máquinas.

Alcançar esses objetivos requer manutenção diária em serviços de rotina e de reparos periódicos programados.

A manutenção ideal de uma máquina é a que permite alta disponibilidade para produção durante todo o tempo em que ela estiver em serviço e a um custo adequado.

1.2 Tipos de manutenção

Há dois tipos de manutenção: a planejada e a não planejada.

A manutenção planejada classifica-se em quatro categorias: preventiva, preditiva, MPT, Terotecnologia.

A manutenção preventiva consiste no conjunto de procedimentos e ações antecipadas que visam manter a máquina em funcionamento.

A manutenção preditiva é um tipo de ação preventiva baseada no conhecimento das condições de cada um dos componentes das máquinas e equipamentos. Esses dados são obtidos por meio de um acompanhamento do desgaste de peças vitais de conjuntos de máquinas e de equipamentos. Testes periódicos são efetuados para determinar a época adequada para a substituição ou reparos de peças. Exemplos: análise de vibrações, monitoramento de mancais.

A MPT (manutenção produtiva total) foi desenvolvida no Japão. É um modelo calcado no conceito “de minha máquina cuido eu”.

A manutenção não planejada classifica-se em duas categorias: corretiva e a de ocasião.

A manutenção corretiva tem como objetivo de localizar e reparar defeitos em equipamentos que operam em regime de trabalho continuo.

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A manutenção de ocasião consiste em fazer consertos quando a máquina se encontra parada.

2 - CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE COSTURA

Os aspectos principais para a classificação das máquinas de costura são: tipo de ponto, tipo de base e tipo de alimentação. Todavia o ponto e a alimentação são os mais determinantes.

Ilustração 1 - Classificação das máquinas de costura

3 - CLASSIFICAÇÃO DOS PONTOS DE COSTURA

A classificação padronizada de pontos e costuras foi realizada pela Comissão Federal de especificações dos Estados Unidos.

Quando os Estados Unidos entraram na II Guerra estas especificações adquiriram grande importância, de vez que todos os

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contratos de fabricação de roupas para o governo especificavam os pontos de acordo com a norma DDD-S-751.

Até então os pontos eram indicados por nomes, o que causava muita confusão, devido a variedade de nomes para um mesmo ponto.

Embora os tipos de pontos apareçam freqüentemente em publicações e respectivas descrições em um tamanho maior, tornam fácil perceber a construção dos vários tipos de pontos constantes daquela norma.

Três grupos de elementos podem ser tomados como referência para distinguir os tipos de pontos:

Elementos mecânicos (agulha, lançadeiras, laçadores, etc.) que intervêm na sua formação.

Grupos de linhas de agulha e de looper e suas quantidades. Entrelaçamento das linhas.

Os pontos são divididos em sete classes que são identificados pelo

primeiro algarismo de um número de três algarismos. Cada classe é dividida em vários tipos que são identificados pelo segundo e terceiro algarismo.

Classe 100 – Ponto corrente com uma só linha na agulha. Classe 200 – Ponto feito a mão. Casse 300 – Ponto fixo (agulha e bobina). Classe 400 – Ponto corrente de fios múltiplos. Casse 500 – Ponto chuleado e ponto de segurança. Classe 600 – Ponto de cobertura. Classe 700 – Ponto fixo com uma só linha.

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Ponto corrente simples – Classe 100

Características

Usa linha somente na agulha; Alta elasticidade; Resistente; Desfaz facilmente; Diferente nos dois lados.

Aplicação

Alinhavo, bainha, colocação de etiquetas e botões.

Ilustração 2 - Ponto 101

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Ilustração 3 - Ponto 103

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Ponto fixo – Classe 300

Características

Baixa elasticidade, com exceção do ponto zig-zag; Muito resistente; Muito seguro – difícil desfazer; Igual em ambos os lados.

Aplicação

Costuras em geral, caseado, travete, botão.

Ilustração 4 - Ponto fixo

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Ponto de dupla armação (corrente de fios múltiplos) – Classe 400

Características

Alta elasticidade; Seguro – desfaz-se com alguma dificuldade; Diferente nos dois lados – volumoso num deles.

Aplicação

Costura em geral, ornamento.

Ilustração 5 - Ponto dupla armação

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Ponto chuleado (overlock) – Classe 500

Características

Alta elasticidade; Resistente; Seguro; Diferente nos dois lados. Volumoso.

Aplicação

Costura em geral, ornamento.

Ilustração 6 - Ponto chuleado

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Ponto cobertura – Classe 600

Características

Alta elasticidade; Resistente; Seguro; Diferente nos dois lados.

Aplicação

Costura em malha, ornamentos.

Ilustração 7 - Ponto cobertura

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4 - AGULHA

Uma das menores partes integrantes da máquina de costura é, não obstante, uma das mais importantes. Em seu desenvolvimento foi empregada mais pesquisa por grama de peso que, do que qualquer outro produto da moderna tecnologia.

Conhecida desde a mais remota Antigüidade, ela era feita de osso ou espinha de peixe e, durante séculos não possuía o orifício para a passagem da linha. No antigo Egito foram encontradas agulhas feitas de pedra. Mais tarde, os romanos a fizeram de ferro e bronze e exemplares dessas agulhas foram encontradas nas ruínas de Pompéia.

A invenção da agulha, em sua forma atual, é atribuída aos chineses e

acredita-se que sua introdução na Europa deve-se aos Árabes. As primeiras agulhas de aço de produção européia foram fabricadas em Nuremberg (Alemanha), lá pelo século XIV. Conta-se que um artesão espanhol fabricou-as na Inglaterra durante o reinado da primeira rainha Mery, morrendo sem revelar

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seu segredo. Já no reinado da rainha Elizabeth, um alemão (Elias Grouze) ensinou aos ingleses a arte de fabricar agulhas, hoje base de importante industria naquele país. Atualmente, as agulhas para máquinas de costura são fabricadas em inumeráveis tamanhos, formatos e acabamentos, de acordo com os fins a que se destinam.

A escolha da agulha adequada a um determinado trabalho não é uma tarefa fácil, como concordam os próprios fabricantes desse componente, e torna-se ainda mais difícil pela variedade de sistemas de classificação adotados atualmente.

Nesta apostila está sendo apresentado, vários tipos de agulhas, seus desenhos, especificações e classificações, a fim de familiarizá-lo com esse importantíssimo componente do equipamento de costura. Uma agulha pode parecer igual a todas as outras até que você dê uma olhada bem de perto. Quando você o fizer, verá detalhes de precisão absoluta, que variam de uma agulha para outra. Existem milhares de desenhos de agulhas para diferentes máquinas, diferentes materiais, diferentes fins – e é muito importante o uso do estilo certo e do tamanho certo, obtendo assim um melhor rendimento do equipamento de costura.

4.1 Partes da agulha

Ilustração 8 - Partes da agulha

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4.2 Acabamento da superfície das agulhas

Ao costura com linhas e tecidos sintéticos você poderá observar problemas, pois os materiais sintéticos se fundem a temperaturas entre 220º 280º e estas são temperaturas atingidas freqüentemente durante a costura.

As partículas dos materiais sintéticos que se fundiram, depositam-se na agulha, entupindo a sua canaleta e olho.

Tipos de acabamentos:

Níquel Cromo Teflon Nitrito de titânio Cerâmica

4.3 Pontas de agulhas

Existem basicamente três tipos de pontas.

Pontas Cônica ou Redonda: É um tipo de ponta que pelo seu formato, permite furar o tecido, afastando ligeiramente os fios do tecido no momento da penetração da agulha. São as pontas mais usadas.

Pontas Bola ou Esférica: É um tipo de ponta idealizada para perfurar o tecido, afastando os fios, com probabilidade menor de danificá-los e de deixar marcas de perfuração acentuadas.

Pontas Excêntricas Cortantes: São adequadas para couros e similares.

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Tabela 1 - Pontas de agulhas

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Tabela 2 - Conversão de pontas de agulhas

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Tabela 3 - Grossura das agulhas

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Tabela 4 - Máquinas e sistemas de agulhasC

OS

TU

RA

RE

TA

PFAFF 134; DPX5; 134X5RIMOLDI 134; DPX5; 134X5COLUMBIA 1738; DBX1; SY 2270BROTHER 1738; DBX1; SY 2270JUKI 1738; DBX1; SY 2270

CA

SE

AD

EIR

A

PFAFF 134; DPX5; 134X5BROTER 134; DPX5; 134X5JUKI 134; DPX5; 134X5

OV

ER

LO

CK

RIMOLDI B27; DCX27; 1886YAMATO B27; DCX27; 1886BROTHER B27; DCX27; 1886JUKI B27; DCX27; 1886SIRUBA B27; DCX27; 1886KINTEX B27; DCX27; 1886UNION SPECIAL Y154; SY1431; 15X21

BO

TO

NE

IRA

JUKI 1985; TQX1; SY 2851BROTHER 1985; TQX1; SY 2851LEWIS 1985; TQX1; SY 2851

CO

BE

RT

UR

A

KANSAI SPECIAL UY128; 1280; TVX3UNION SPECIAL UY128; 1280; TVX3JUKI UY128; 1280; TVX3PEGASUS UY128; 1280; TVX3YAMATO UY128; 1280; TVX3BROTHER UY128; 1280; TVX3RIMOLDI B63; DVX63; SYX7381

INT

ER

LO

CK

BROTHER B29; RMX29; TFX1RIMOLDI B29; RMX29; TFX1

Q.

DE

BR

O

BROTHER TVX5; SY4151; 149X5RIMOLDI B64; TV64; SY2851

TR

AV

ET

E

BROTHER DPX5; DPX17PFAFF 34 / 134-35

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Ilustração 9 - Envelopes de agulhas

5 - A LINHA

A torção certa da linha de costura

A linha utilizada nas máquinas de costura industriais deve Ter uma torção certa, propriamente balanceada, com a finalidade de oferecer consistência, resistência e flexibilidade.

Existem dois tipos de torção denominados “Z” e “S” de acordo com a direção de torção, no sentido horário ou anti-horário (conforme figura abaixo). Hoje em dia, praticamente quase todos os tipos de linhas levam a torção

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esquerda ou “Z”, pois este é o tipo de torção que mais se adapta as máquinas de costura em uso.

Originalmente todas as máquinas de ponto seguro e de lançadeira oscilante requeriam linhas com torção “S”, porém, quando as máquinas foram projetadas para lançadeira rotativa com bobina, foi necessário mudar para torção “Z”, já que esta última é a própria para a obtenção de uma costura de qualidade, facilitando a formação correta da laçada.

Originalmente foi recomendado utilizar nas máquinas de ponto corrente a torção “S”, porém, depois de várias experiências foi constatada que a torção “Z” oferece maiores vantagem também nestas máquinas.

Existe a possibilidade de que uma linha de torção “Z” não se adapte em certas máquinas, neste caso, deve-se procurar uma linha de torção “S”, porém de outra grossura, outra fibra e outro número de torção por polegada.

Ilustração 10 - Torção Z e S

Para provar se a torção é correta, segure a linha como está mostrando a (conforme figura abaixo). Gire para o seu lado com o polegar direito. Se estiver com a torção correta, os fios se apertarão, se não, eles se desenrolarão.

Para testar o balanço, corte mais ou menos um metro de linha do cone, e segure uma ponta em cada mão. Junte as pontas como mostra a (conforme figura 3). Se a laçada se enrola, não está certa e não funcionara bem na máquina.

Ilustração 11 - Teste de torção e balanço da linha

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Também é muito importante saber qual é a linha apropriada para um determinado trabalho. A utilização de linhas inadequadas origina costuras fracas, quebras freqüentes e uma conseqüente defasagem na produção.

A grossura da linha, evidentemente, depende da grossura do material a ser costurado, para a obtenção de melhores resultados na costura.

Para a obtenção de melhores resultados na costura é necessário saber qual a grossura de agulha é a mais apropriada para cada linha.

Tabela 5 - Comparativa linha-agulha

5.1 Propriedades da linha

A compatibilidade com a máquina de costura e o tecido na qual está sendo usada, é um requisito essencial a qualquer tipo de linha. Trata-se de um produto de construção complexa e para obter-se uma linha de alta qualidade os requisitos são:

Torcimento equilibrado - é uma quantidade específica de torções (voltas) por centímetro ou metro numa direção constante tanto no sentido horário como anti-horário (horário S) (anti-horárioZ).

Uma linha com torcimento equilibrado é aquela que não se retorce quando é pendurada em forma de (U). Este equilíbrio evita o emaranhamento da linha

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durante a costura evitando que a mesma fique presa nos guias, nos discos de tensão ou na própria agulha causando quebras freqüentes.

Isenção de imperfeições – a incidência de imperfeições (NÓS, NEPS, TRECHOS DE FIOS NÃO TORCIDOS, FIBRAS SOLTAS) na linha precisa ser mantido num nível bem reduzido, com o intuito de garantir uma ótima performance de costura. Portanto a linha de costura deve Ter a sua limpeza assegurada, por altos padrões durante a produção, e que o controle de qualidade seja rigoroso em cada processo de fabricação, para garantir que a mesma chegue ao confeccionista em perfeitas condições de costurabilidade.

Lubrificação uniforme - uma boa linha de costura, têm que ser lubrificada para preteje-la durante a costura. A lubrificação é necessária, para facilitar a passagem da linha pela máquina e agulha e tecido. A linha deve receber um lubrificante adequado, determinado pelo seu uso final.

Obs. A aplicação adicional dentro da sala de costura é uma pratica não recomendável, pois poderá esconder natureza do verdadeiro problema, ou seja, uma máquina defeituosa ou mau regulada, uma agulha danificada ou incorreta, deficiência do material a ser costurado ou até mesmo o emprego de uma linha qualitativa ou tecnicamente imprópria para a finalidade.

Elongação moderada - é o fator que define, o quanto uma linha se distende até chegar ao limite de sua resistência, rompendo-se a seguir. O ideal é abolir extremos, quando tratar-se deste item, principalmente as elevadas elongações que poderão ocasionar pontos falhos e soltos.

Elasticidade - Após ter sido submetida a uma distensão é a tendência que tem a linha de voltar ao seu comprimento original quando retirada a força que causou a elongação.

Resistência a tensão - através de teste regulares, espera-se que uma linha de determinado tipo ou número consiga alcançar o seu limite de resistência mantendo-se dentro de padrões determinados pelo controle de qualidade.

Baixo índice de encolhimento - outro fator importante é a estabilidade de uma linha, sendo que a mesma deve Ter um mínimo de encolhimento, pois com isto evitaremos uma costura enrugada (franzida).

Resistência a abrasão - determinadas aplicações exigem o conhecimento da resistência comparativa a fricção das linhas, para podermos fazer uma recomendação correta. Se considerarmos o linho e o raiom equivalentes a (1) verifica-seque: algodão = 3, seda pura = 5, poliéster fiado = 12,5, poliéster FS = 20,poliéster filamento contínuo = 30 poliamida (nylon) filamento contínuo =150.

Resistência ao calor da agulha - em costuras de alta velocidade a fricção produzida pelo contato da agulha com o tecido e a linha pode chegar a temperaturas de 350 graus centígrados. Esta temperatura não causa problemas para fibras naturais, mas o risco de danificar as linhas sintéticas é muito grande, sendo que as roturas

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freqüentemente ocorrem no término das costuras, quando a máquina pára e a linha entra em contato com a agulha superaquecida.

6 - FORMA EXTERIOR

A forma exterior de uma máquina lhe confere algumas características que as diferenciam e que em algumas ocasiões as adapta ao trabalho a ser executado assim podemos indicar as seguintes formas (BASES).

6.1 Base plana

Ilustração 12 - Bases planas

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6.2 Base cilíndrica

Ilustração 13 - Bases cilíndricas

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6.3 Base cilíndrica tipo braço

Ilustração 14 - Base cilíndrica tipo braço

6.4 Máquina de braço

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Ilustração 15 - Máquinas de braço

6.5 Base de coluna

Ilustração 16 - Base de coluna

7 - ALIMENTAÇÃO (TRANSPORTE)

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Este é um fator muito importante em uma máquina de costura. A qualidade das costuras deriva principalmente de uma boa alimentação.

Os sistemas de alimentação são divididos em cinco (05) tipos básicos.

Sendo que estes podem dar origem à várias formas distintas de alimentação. Adaptando-se desta forma ao artigo a ser costurado.

Podemos resumir os componentes do sistema de alimentação em cinco partes:

Calcador - pode ser um ou vários com ou sem movimento. Agulha - possui movimento de subida e descida, lateral e

longitudinal. Chapa da agulha - permanece imóvel. Impelente (impulsor) - possui movimento de subida e descida,

lateral e longitudinal. Complementar - (Puller, rodízios, pratos, coreias e cintas).

Ilustração 17 - Componentes do sistema de alimentação

Estes componentes dão origem aos seguintes sistemas de alimentação e suas variantes.

Transporte simples (S) – um só componente atua como elemento de arraste podendo apresentar as seguintes variações:

S-1. Alimentação pelo impulsor: No qual o tecido avança somente pela ação do impulsor (impelente). Pode apresentar as seguintes variações:

Apenas um sentido de arraste:

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Dois sentidos de arraste:

S-2. Transporte diferencial: os impelentes situados na parte inferior, estão divididos em duas partes, podendo trabalhar com o mesmo deslocamento reproduzindo o arraste S-1 ou com trajetórias diferentes podendo desta forma conseguir um efeito de estiramento ou franzido no tecido. Este sistema de transporte pode apresentar as seguintes variantes:

Os impelentes atuam em sentido e trajetórias situados em um mesmo plano vertical.

Os impelentes atuam em sentido e trajetórias situadas em dois planos verticais e paralelos.

S-3.Trasporte pela agulha: a agulha situada na parte superior, atua como único componente de arraste. Sendo que o calcador mantém-se fixo.

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S-4. Transporte pelo calcador: um calcador situado na parte superior atua como componente de arraste. Um segundo calcador atua pressionando e fixando o tecido, enquanto o primeiro desloca-se para frente (baixo) e para trás (erguido) numa distância equivalente ao comprimento do ponto.

S-5. Transporte por Puller superior: um Puller substitui o calcador com movimento próprio, ele atua simultaneamente como calcador e impelente.

Transporte duplo (D): Dois componentes atuam simultaneamente no transporte do material; pode apresentar as seguintes variantes:

D-1. Transporte pelo impulsor e agulha: também chamado de agulha acompanhante. O impelente situado na parte inferior e à agulha situada na parte superior, atuam simultaneamente no transporte do tecido. (Quando à agulha está em baixo o impelente está em cima).

D-2. Transporte através de impulsor e impulsor: impelentes situados na parte inferior e superior atuam simultaneamente no transporte do material. Desta forma pode ser obtido um franzimento tanto da parte superior quanto da parte inferir do tecido. Variando-se a amplitude das trajetórias dos impelentes.

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D-3. Transporte através de impulsor e calcador: o impelente situado na parte inferior e o calcador situado na parte superior atuam simultaneamente no transporte do tecido. (O calcador apresenta as mesmas características que S-4).

D-4. Transporte através de Pullers: normalmente estriados à cima e a baixo da chapa da agulha atuam simultaneamente efetuando o transporte do material.

D-5. Transporte através de discos: similar em concepção ao D-4 com a particularidade que a agulha e os discos tem a disposição e o movimento horizontal e o material a ser costurado é introduzido na posição vertical.

D-6. Transporte através de correia (cinta) e impulsor: a parte superior é formada por uma correia dentada que atua como calcador pressionando o

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material e possuindo movimento intermitente, na parte inferior atua simultaneamente o impelente.

D-7. Transporte através de correia (cinta) dupla: aparte superior e inferior são formadas por correias dentadas que atuam simultaneamente sendo que a superior também atua como calcador

D-8. Transporte por calcador e impelentes diferenciais: o arraste superior é por calcador e o inferior é através de impelente, podendo estes atuar de forma diferencial.

D.9- Transporte por Puller e impulsor: o puller na parte superior e o impelente na parte inferior transportam o tecido.

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Transporte triplo (T). Três componentes atuam simultaneamente no transporte do material; podendo apresentar as seguintes variantes:

T-1. Transporte por impulsor, agulha e calcador: o impelente situado na parte inferior e a agulha e o calcador situados na parte superior, efetuam simultaneamente o transporte do material. Um segundo calcador mantém o tecido fixo enquanto o primeiro não está em contato com o tecido.

T-2. Transporte por impulsor, impulsor e agulha: impelente situado na parte inferior em conjunto com impelente e agulha situados na parte superior efetuam simultaneamente o transporte do material.

T-3. Transporte por correia, agulha e impulsor: uma correia dentada atua como calcador e impulsor, junto com a agulha na parte superior e o impelente na parte inferior.

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Transporte complementar (C). Consiste em adicionar a qualquer dos sistemas de alimentação descritos anteriormente (S,D e T) um conjunto de arraste situado na continuação dos mesmos. O transporte complementar atua como sistema auxiliar de arraste.

Utiliza-se o transporte complementar, quando for necessária uma maior força de arraste, em materiais pesados, costuras elásticas ou com muita desigualdade de espessura. Pode apresentar as seguintes variantes.

C-1. Transporte complementar simples: um puller estriado localizado na parte superior com impulsão própria atua como elemento de arraste.

C-2. Transporte complementar duplo: Dois pullers estriados localizados respectivamente na parte superior e inferior sendo um com impulsão própria atuam como complemento de arraste.

Transporte independente (I). São formas de mover o material mediante sistemas mecânicos, ou manuais, por meios totalmente distintos aos descritos anteriormente. Pode apresentar as seguintes variantes.

I-1. Transporte manual: o movimento do material é efetuado manualmente produzindo pontadas totalmente desiguais de amplitude e

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trajetória variadas. Um calcador especial (normalmente redondo) comprime o material, no momento da penetração da agulha para formação da laçada.

I-2. Transporte por pinças ou plataforma: o movimento do material é conseguido fixando-se este por meio de pinças, bastidores ou guias, que transportarão o material seguindo um perfil ou trajetória previamente determinada. Normalmente esta forma de transporte não possui nenhuma das partes componentes dos sistemas descritos anteriormente (S, D e T), sendo que as trajetórias são conseguidas mediante a excêntricos, mecanismos de biela, manivelas, comandos por fitas perfuradas, fitas magnéticas ou ainda por comando eletrônico.

Comprimento do ponto: o comprimento da pontada (pontadas por cm) é variável dentro de certos limites em qualquer dos sistemas descritos anteriormente, segundo o modelo e classe da máquina, variando-se a amplitude e a trajetória dos mecanismos de arraste.

8 - LUBRIFICAÇÃO

AQUELA IMPORTANTE LATA DE ÓLEO GASTE ÓLEO NÃO GASTE A MÁQUINA

As industrias de confecção muitas vezes defrontam-se com um sério problema: o excesso de tempo improdutivo das máquinas de costura por motivo de ordem técnica. Em muitos casos esse problema poderia ser minimizado, ou mesmo evitado, se houvesse uma boa lubrificação das máquinas.

Muitas indústrias ainda não levam a sério o problema da lubrificação adequada, por acharem que qualquer pessoa pode fazê-la satisfatoriamente.

Mas a lubrificação inadequada provoca o desgaste prematuro das peças, causando sérios problemas: máquinas paradas com defeitos produzidos por peças gastas, interferindo na seqüência da linha de produção, paralisando as

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peças de costura no posto em que a máquina estiver quebrada e causando o atraso da programação.

Esse problema poderá ser evitado, simplesmente diante de uma programação adequada de lubrificação, da qual constarão: o ciclo de lubrificantes. Às vezes os responsáveis pela empresa acharão que isso exigiria a paralisação de uma máquina por muito tempo, com o conseqüente prejuízo da produção. Obviamente a máquina terá que ser paralisada para que se possa fazer a lubrificação, mas esse tempo é relativamente curto, e é rapidamente compensado, uma vez que o tempo exigido para lubrificar corretamente a máquina é bem reduzido e as paralisações, por falta de lubrificantes, ou má aplicação dos mesmos, será reduzida de modo significativo. E as máquinas prestarão anos de serviços adicionais, considerando-se que as peças bem lubrificadas reduzem o desgaste ao mínimo.

Um programa de lubrificação evitará também o excesso de lubrificação e, conseqüentemente, o desperdício de lubrificantes e manchas de óleo nos tecidos.

Há basicamente 4 (quatro) tipos de lubrificação nas máquinas de costura:

LUBRIFICAÇÃO DIRETA OU POR GRAVIDADE: Feita manualmente com almotolia, através de orifícios existentes nas máquinas e colocados de modo a levar óleo às buchas, eixos mancais e todas as partes móveis da máquina. Nesses tipos de máquinas, é necessária a aplicação freqüente de óleo em todos os pontos, a fim de mantê-las adequadamente lubrificadas.

LUBRIFICAÇÃO POR RESPINGOS: Este tipo de lubrificação consiste de um depósito que mantém uma certa quantidade de óleo, o qual é levado aos pontos de lubrificação por meio de “pescadores”, que espalham o óleo diretamente nas peças, ou o levam a canais e conduites que o transportam aos pontos de lubrificação. Nas máquinas que tem esse tipo de lubrificação, há peças externas que precisam ser lubrificadas manualmente. Somente essas peças essas peças necessitam de lubrificação freqüente.

LUBRIFICAÇÃO POR CAPILARIDADE: Esse tipo de lubrificação consiste de reservatórios de óleo que podem estar localizados na base ou no braço da máquina, em concavidades nos eixos, ou em qualquer outro local, dependendo da conveniência. O óleo desses reservatórios é conduzido por pavios que sugam o óleo (capilaridade), levando-o até os pontos de lubrificação. Nas máquinas que tem asse tipo de lubrificação, também há peças que precisam ser lubrificadas com freqüência.

LUBRIFICAÇÃO AUTOMÁTICA OU FORÇADA: Essa lubrificação é efetuada por intermédio de uma bomba centrífuga ou de pistão, e um sistema de tubos que conduzem o óleo, sob pressão aos vários locais

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de lubrificação da máquina. Embora esse sistema seja bastante eficiente, há locais em que há peças girando em alta rotação onde é conveniente também uma lubrificação manual. Por exemplo: a lançadeira, biela dos laçadores (looper), barra da agulha, etc.

Obs: Em todas as máquinas é recomendável lubrificar manualmente as peças de alta velocidade, como lançadeiras, bielas, eixos, barra da agulha, esticador de linhas, etc.

Os lubrificantes a serem usados, devem ser os indicados pelos ou similares.

Tabela 6 - Defeitos e soluções

DEFEITO APRESENTADO PROVÁVEIS SOLUÇÕES

VAZAMENTO DE ÓLEO

1 – Troca de junta de vedação.2 – Reaperto de parafusos.3 – Desobstrução ou troca de mangueiras4 – Acoplar a mangueira ao tubo de óleo.5 – Regular o parafuso de fluxo de óleo.6 – Substituição do parafuso.7 – Recuperação da rosca dos chassis

MÁQUINA TRANCADA

1 – Verificar mangueiras, feltros e regular o fluxo de óleo.2 – Retirar a linha da lançadeira.3 – Retirar a linha da polia.4 – Trocar rolamento.5 – Trocar peça quebrada.6 – Recuperação de peça.

RUPTURA DE LINHA RUPTURA DE LINNHA / SOLUÇÕES1 – Rebarba na lançadeira 1 – Polir a lançadeira2 – Rebarba na chapa da agulha 2 – Polimento da chapa3 – Rebarba nos estica-fios 3 – Polir os estica-fios4 – Estica-fios desregulados 4 – Regulagem correta dos estica-fios

5 – Agulha deslizando no furo da chapa da agulha 5 – Regulagem da mesa suporte da chapa da agulha6 – Má colocação do porta-fio e linhas em relação a máquina

6 – Colocação correta do porta-fio e linhas

7 – Tensor de linha muito apertado 7 – Regulagem correta do tensor8 – Abridor de tensor da linha desregulado 8- Regular o abridor de tensor9 – Formação de resina no furo da agulha 9 – Substituição da agulha (acabamento de superfície), refrigeração da

agulha e redução de velocidade. 10 – Passamento incorreto da linha na máquina 10 – Passar corretamente a linha na máquina11 – Linha de má qualidade 11 – Uso de linha de boa qualidade12 – Aquecimento excessivo da agulha 12 – Uso de dispositivo resfriador de agulha ou lubrificador de fio13 – Agulha despontada 13 – Substituir a agulha

14 – Agulha muito fina com relação ao título da linha 14 – Utilizar agulha apropriada ao tecido e a linhaQUEBRA DE AGULHA QUEBRA DE AGULHA / SOLUÇÕES

1 – Agulha mal colocada 1 – Verificar a posição correta da agulha2 – Agulha não indicada para a máquina 2 – Colocar a agulha correta conforme o fabricante3 – Chapa de agulha com rebarba 3 – Polir o furo da chapa da agulha

4 – Falta de limpeza 4 – Retirar a chapa de agulha e limpar corretamente5 – Rebarba na ponta da lançadeira 5 – recuperar a lançadeira com pedra especial ou politriz6 – Barra da agulha muito baixa 6 – Regular a altura da barra da agulha conforme o gabarito7 – Barra da agulha com folga 7 – Trocar a bucha da barra da agulha

8 – Protetor de agulha desregulado 8 – Regular corretamente o protetor de agulha9 – Cápsula da lançadeira com folga 9 – Revisar ou trocar a cápsula10 – Calcador com muita folga 10 – Trocar a sola do calcador11 – Faca desregulada 11 – Afiar as facas conforme o gabarito de ângulo12 – Muita rotação 12 – Verificar a rotação da máquina conforme o fabricante FALHA DE PONTO FALHA DE PONTO / SOLUÇÕES1 – Utilização de agulha errada 1 – Uso da agulha correta2 – Agulha mal colocada no suporte da barra 2 – Colocação correta da agulha no suporte3 – Chapa de agulha com furo muito aberto 3 – Troca da chapa

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4 – Lançadeira com ponta gasta 4 –Troca da lançadeira5 – Lançadeira desregulada 5 – Regular a máquina conforme o padrão6 – Barra da agulha desregulada 6 – Regular a barra da agulha conforme o padrão7 – Protetor da agulha desregulado 7 – Regular o protetor da agulha8 – Estica-fio da barra da agulha desregulado 8 – Regular corretamente o estica-fio

9 – Estica-fio (meia-lua) desregulado 9 – Regular o estica-fio (meia-lua)10 – Utilização da linha inadequada para a máquina 10 – Utilizar a linha adequada para a máquina11 – Excêntrico dos palitos abridores de laçada desregulados

11 – Regulagem do excêntrico dos palitos

12 – Palitos abridores de laçada desregulados 12 – Regulagem dos palitos abridore de laçada

PONTO IRREGULAR

1 – Regular corretamente os tensores da máquina.2 – Verificar a regulagem da mola amortecedora.3 – Limpar os discos dos tensores.4 – Regulagem adequada conforme a espessura do fio.5 – Fazer polimento nos etia-fios ou substituir.6 – Analisar corretamente todas as passagens dos fios.7 – Verificar o tipo de linha conforme a operação.8 – Regular corretamente o livrador de cápsula.9 – Posicionar corretamente o cone de linha.10 – A carretilha deve servir corretamente na caixa de bobina.11 – Trocar a agulha se a mesma tiver rebarba.12 – Substituir a chapa da agulha se estiver com furo muito aberto.13 – Regular corretamente o diferencial da máquina.14 – Passagem dos fios corretamente pelo porta-fio.

9 - NBR 13096 – PONTOS DE COSTURA

9.1 Objetivo

Esta norma define os termos utilizados para descrever os pontos de costura em materiais têxteis. (Baseada na ISO 4915)

9.2 Definições

Para efeitos desta norma são adotados as definições de 2.1 a 2.3.

9.2.1 Ponto

Unidade estrutural resultante de uma ou mais linhas ou laços de linhas entrelaçados entre si, entrelaçadas por outras linhas, passando pelo material ou transpassando-o. Um ponto pode ser formado:

Sem material; Dentro do material; Através do material; Sobre o material.

9.2.1.1 Entrelaçada entre si (Intralooping)

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9.2.1.2 Entrelaçamento com outra linha (Interlooping)

9.2.1.3 Entrelaçamento simples (Interlacing)

9.2.2 Tipo de ponto

9.3 Grupo de linhas

Número de linhas transportadas pela agulha, lançadeira ou outros dispositivos que desempenham função idêntica na formação do ponto.

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Passagem de um laço de linha através de outro laço formado pela mesma linha.

Passagem de um laço de linha através de outro laço formado por uma Segunda linha

Passagem de uma linha por cima ou ao redor de uma outra linha ou laços de outras linhas.

Série de pontos repetidos, relacionados ao material e que podem ser caracterizados por uma mudança na direção. O número mínimo de pontos que descrevem o tipo de ponto deve ser indicado.

10 - REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Manuais técnicos de máquinas de costura – Pegasus, PFAFF e Union Special.

Manuais técnicos de agulhas - Groz Beckert e Schemetz.

SENAI RJ. Módulo Instrucional: Mecânico de Máquina de Costura.

SENAI SC. Elementos de Tecnologia Para Mecânico de Máq. de Costura.

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