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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA SALA VERDE
PINDORAMA
Bragança Paulista
2008
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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA SALA VERDE
PINDORAMA
Por: Vivian Klinkerfus
Orientadora: Profa. Dra. Ana Carolina Garcia
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Banca Examinadora do
Curso de Tecnologia em Gestão
Ambiental da Universidade São Francisco
como parte dos requisitos para a
obtenção do título de Tecnólogo em
Gestão Ambiental, sob a orientação de
pesquisa da Profa. Dra. Ana Carolina
Garcia.
Bragança Paulista
2008
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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA SALA VERDE
PINDORAMA
Por: Vivian Klinkerfus RA: 001200700543
_______________________________________________________
Profa. Dra: Sheila Canobre
Presidente da Banca Examinadora
_______________________________________________________
Profr: Jean Ferreira da Silva
_______________________________________________________
Profa: Ângela Sanches Domingues
_____________________________________________________________________________________
Profa: Cândida da Costa Baptista
4
Resumo
Abrange a importância da Educação Ambiental, mostrando seus pontos positivos e
negativos. Destacando suas estratégias e ocasiões de como pode ser aplicada nas mais
diversas situações.
A Educação Ambiental surge como resposta à preocupação da sociedade com o futuro
da vida.
Este trabalho apresenta os “processos’’ de Educação Ambiental suas vantagens e
desvantagens de diferentes formas de aplicação, relata dados históricos.
Mostra os projetos de Educação Ambiental realizado pela Sala Verde Pindorama,
abrangendo cada público alvo, resultados e formas de aplicação.
Palavras chaves: Educação Ambiental, estratégias, projetos.
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Sumário
I - Introdução .................................................................................................................. p.8
1.1- A Educação Ambiental e as classes populares excluídas........................................ p.9
II- Diagnóstico da Empresa............................................................................................ p.11
III - Objetivo..................................................................................................................... p.15
IV- Desenvolvimento....................................................................................................... p.15
4.1- Conceito de Educação Ambiental............................................................................. p.15
4.1.1- Educação Ambiental formal................................................................................... p.15
4.1.2- Educação Ambiental não formal............................................................................ p.16
4.1.3- Educação Ambiental informal................................................................................ p.17
4.2- Dados históricos da Educação Ambiental no Brasil................................................. p.18
4.3- Estratégias de Ensino para a prática da Educação Ambiental................................. p.19
4.4- Ações Diretas para a prática da Educação Ambiental.............................................. p.22
4.5- Elaboração dos projetos desenvolvidos pela Sala Verde Pindorama....................... p.23
4.5.1- Estratégias de Ensino para a elaboração de um projeto....................................... p.27
4.5.2- Projeto elaborado pelos Agentes Socioambientais............................................... p.29
V- Considerações Finais............................................................................................... p.31
VI- Conclusão................................................................................................................. p.32
VII – Referências Bibliográficas................................................................................... p.33
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Lista de figuras
Figura 1: Pintura da Sala Verde Pindorama................................................................ p.13
Figura 2: Estrutura da Sala Verde Pindorama............................................................ p.13
Figura 3: Gráfico da evolução do número de escolas do Ensino Fundamental que
oferecem Educação Ambiental.................................................................................... p.16
Figura 4: Campanha do dia mundial do meio ambiente............................................ p.17
Figura 5: Visita de estudo............................................................................................ p.23
Figura 6: Dinâmica dos professores........................................................................... p.23
Figura 7: Maquete dos alunos..................................................................................... p.23
Figura 8: Alunos participantes.................................................................................... p.23
Figura 9: Reunião de planejamento............................................................................ p.24
Figura 10: Reunião da coordenação........................................................................... p.24
Figura 11: Alunos participantes da feira..................................................................... p.24
Figura 12: Aluna explicando seu trabalho.................................................................. p.24
Figura 13: Componentes da coordenação.................................................................. p.25
Figura 14: Encontro da coordenação.......................................................................... p.25
Figura 15: Dia da expedição fotográfica...................................................................... p.25
Figura 16: Exposição das fotos.................................................................................... p.25
Figura 17: Feira da Educação Ambiental..................................................................... p.26
Figura 18: Alunos mostrando seus trabalhos............................................................. p.26
Figura19: Agentes Socioambientais 2º turma............................................................. p.26
Figura 20: Grupo dos estagiários (Agentes Socioambientais).................................. p.26
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Lista de Tabelas
Tabela 1: Histórico da Educação Ambiental no Brasil............................................... p.18
Tabela 2: Estratégias, ocasião para o uso, vantagens e desvantagens
da Educação Ambiental................................................................................................ p.20
Tabela 3: Elaboração de um projeto............................................................................. p.27
Tabela 4: Estrutura do projeto “Aprendendo desde Cedo”....................................... p.28
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I – Introdução
Nos últimos três séculos houve um grande crescimento do conhecimento humano,
proporcionando um amplo desenvolvimento das ciências e da tecnologia. Ao mesmo tempo,
também ocorreram mudanças nos valores e modos de vida da sociedade, com o surgimento do
processo industrial e o crescimento das cidades, aumentando a utilização dos recursos naturais
e a produção de resíduos. Enfim, todos esses fatos geraram profundas mudanças na cultura,
afetando principalmente a percepção do ambiente pelos seres humanos, que passaram a vê-lo
como um objeto de uso para atender suas vontades, sem se preocupar em estabelecer limites
e critérios apropriados. (1)
Não demorou muito para surgirem as conseqüências dessa cultura moderna: o
surgimento de problemas ambientais que afetam a qualidade de vida. Em pouco tempo ficou
claro que havia uma crise de relações entre sociedade e meio ambiente. (1)
A preocupação com essa situação fez com que surgisse a mobilização da sociedade,
exigindo soluções e mudanças. Na década de 60, do séc. XX, a partir dos movimentos contra
culturais, surgiu o movimento ecológico que trazia como uma de suas propostas a difusão da
educação ambiental como ferramenta de mudanças nas relações do homem com o ambiente.
(1)
A Educação Ambiental surge como resposta à preocupação da sociedade com o futuro
da vida. (1)
Sua proposta principal é a de superar a dicotomia entre natureza e sociedade, através
da formação de uma atitude ecológica nas pessoas. Um dos seus fundamentos é a visão
socioambiental, que afirma que o meio ambiente é um espaço de relações, é um campo de
interações culturais, sociais e naturais (a dimensão física e biológica dos processos vitais).
Ressalte-se que, de acordo com essa visão, nem sempre as interações humanas com a
natureza são daninhas, porque existe um co-pertencimento, uma coevolução (idéia de que a
evolução é fruto das interações entre a natureza e as diferentes espécies, e a humanidade
também faz parte desse processo) entre o homem e seu meio. (1)
9
O processo educativo proposto pela Educação Ambiental objetiva a formação de
sujeitos capazes de compreender o mundo e agir nele de forma crítica - consciente. Sua
meta é a formação de sujeitos ecológicos. (1)
Para se tornar viável o desenvolvimento integral dos seres humanos, a educação
ambiental deve formar e preparar cidadãos para a reflexão crítica e para uma ação social
corretiva ou transformadora. (1)
Como a Educação Ambiental nada mais é do que a educação aplicada às questões do
meio ambiente, ela exige conhecimento da filosofia, da teoria e história da educação, de seus
princípios e objetivos. Sua base de conceitos é fundamentada à Educação e se completa com
as Ciências Ambientais, a História, as Ciências Sociais, a Economia, a Física, as Ciências da
Saúde, entre outras. (1)
As causas socioeconômicas, políticas e culturais geradoras dos problemas ambientais
só serão identificadas com a contribuição dessas ciências. Entretanto, a Educação Ambiental
não pode ser confundida com elas. Assim, Educação Ambiental não é ecologia, mas utilizará
os conhecimentos ecológicos sempre que for necessário.
Não é possível mudar a realidade sem conhecê-la totalmente. Assim, o
desenvolvimento de um processo de Educação Ambiental necessita que se realize logo de
início um levantamento da situação, a partir do qual deverão ser estabelecidos os objetivos
educativos a serem alcançados. (1)
Com o passar do tempo foi ficando claro que a Ecologia por si só não dá conta de
reverter, de impedir ou de minimizar os agravos ambientais, os quais dependem de formação
ou mudanças de valores individuais e sociais que devem expressar-se em ações que levem à
transformação da sociedade por meio da educação da população. (1)
Já se sabe que a consciência ecológica não garante uma ação transformadora. Para
que ela se concretize, é preciso que conhecimentos e habilidades sejam incorporados, e que
principalmente atitudes sejam formadas a partir de valores éticos e de justiça social, pois são
essas atitudes que predispõem à ação. (1)
1.1 - A Educação Ambiental e as classes populares excluídas.
A sociedade capitalista urbano-industrial e seu atual modelo de desenvolvimento
econômico e tecnológico têm causado crescentes impactos sobre o ambiente, e a percepção
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desse fenômeno vem acontecendo de maneiras diferentes por ricos e pobres. (2)
A população de baixa renda tem vivido diretamente o impacto dos problemas
ambientais. Isso aumenta suas dificuldades cotidianas, expressas pela falta de água, de
energia, de espaços habitacionais seguros, de alimentação, etc. (1)
Uma educação ambiental crítica precisa levar em conta os interesses das classes
populares historicamente excluídas. (1)
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II – Diagnóstico da Empresa
Sala Verde Pindorama
O Projeto Sala Verde, coordenado pelo Departamento de Educação Ambiental do
Ministério do Meio Ambiente (DEA/MMA) consiste no incentivo à implantação de espaços
socioambientais para atuarem como potenciais Centros de informação e Formação Ambiental.
A dimensão básica de qualquer Sala Verde é a disponibilização e democratização da
informação ambiental e a busca por maximizar as possibilidades dos materiais distribuídos,
colaborando para a construção de um espaço, que além do acesso à informação, ofereça a
possibilidade de reflexão e construção do pensamento/ação ambiental. Entende-se por Sala
Verde um espaço definido situado dentro de uma instituição, o qual será dedicado ao
delineamento e desenvolvimento de atividades de caráter educacional voltadas à temática
ambiental.
Em 2006, o Ministério do Meio Ambiente lançou edital para abertura de novas Salas
Verdes, a Secretaria Municipal de Educação de Bragança Paulista encaminhou um projeto para
participar e foi contemplada para estabelecer esta parceria.
A instituição proponente, ou seja, a Secretaria Municipal de Educação deve apresentar
como contrapartidas os seguintes requisitos:
a) Projeto Político Pedagógico;
b) infra-estrutura mínima (mesa, cadeiras e estante);
c) manutenção (espaço, estrutura e equipe);
d) equipe (2 pessoas, com perfis de Educador Ambiental e Organizador de acervo);
e) local/espaço físico para atividades coletivas.
De acordo com o programa , o Ministério do Meio Ambiente oferece:
a) Chancela Institucional do Ministério do Meio Ambiente.
b) Kit de Publicações
d) Interlocução com o Departamento de Educação Ambiental
e) Acesso à Rede dos Centros de Educação Ambiental CEAs
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Logo depois de informados sobre a aprovação do projeto, a Secretaria de Educação
organizou um concurso para a escolha do nome a Sala Verde. O nome escolhido foi Pindorama
que quer dizer terra de palmeiras era como os índios chamavam o lugar onde viviam antes da
chegada dos portugueses.
Desde o início de 2007 foram desenvolvidas atividades da Sala Verde Pindorama,
porém sua inauguração oficial só ocorreu em 21 de Setembro de 2007, pois houve a
necessidade de aguardar o recebimento do primeiro kit enviado pelo MMA (Ministério do Meio
Ambiente) para que a inauguração fosse realizada.
Em fevereiro de 2007 a primeira atividade foi desenvolvida, que foi a Reunião do
Coletivo de Educadores Ambientais. Foi feita uma apresentação da proposta do Coletivo
Mantiqueira (Coletivo da região Mantiqueira, que visa a consciência ambiental através de
palestras, oficinas ambientais, projetos etc.) para as cidades da região. A reunião contou com a
participação dos representantes dos municípios de Bragança Paulista, Extrema, Vargem,
Piracaia e Joanópolis.
A Sala Verde Pindorama é um espaço socioambiental com múltiplas potencialidades,
dentre elas a disponibilização e democratização do acesso às informações ambientais com um
papel dinamizador, numa perspectiva articuladora e integradora. Passa a ser um espaço
referência quando a questão é Educação Ambiental, tanto para pesquisas como também apoio
e desenvolvimento de ações socioambientais em Bragança Paulista e região.
A partir da concepção de Educação Ambiental crítica, reflexiva e emancipa tória, numa
perspectiva de formação de cidadania planetária, as atividades realizadas pelas Salas Verdes
Pindorama são as mais diversas, como: cursos, palestras, oficinas eventos, reuniões,
campanhas, elaboração e desenvolvimento de projetos, entre outros.
Ela está localizada na Rua São Bento s/n, no bairro Vila Aparecida, em Bragança
Paulista.
É um programa do Ministério do Meio Ambiente que dispõe na atualidade 390 Salas
Verdes em todo o Brasil, das quais 45 foram implantadas no período 2000-2004 e as outras
como decorrências dos Editais MMA de 2004 a 2006.
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Figura 1 - Pintura da Sala Verde Pindorama
Fonte: Sala Verde Pindorama / Bragança Paulista.
Na região, as Salas Verdes são localizadas nos municípios de Bragança Paulista, Itatiba e
Extrema.
Tem como funcionários uma coordenadora e uma monitora. Conta com o auxílio de
televisões para apresentação de vídeos nos cursos, computador para uma melhor organização,
a utilização da internet e comunicação através de e-mails, sites e MSN.
Figura 2 – Estrutura da Sala Verde Pindorama
Fonte: Sala Verde Pindorama / Bragança Paulista
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A parte social é o foco de trabalhos e projetos, todas as práticas levam a questão social.
Uma das bases de ações da Sala Verde Pindorama é o projeto político pedagógico que
foi aprovado pelo Ministério do Meio Ambiente que também tem como base a política
educacional de Bragança Paulista.
Cada projeto desenvolvido tem um público alvo distinto e o acesso ao acervo
bibliográfico é aberto ao público.
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III - Objetivo
A conservação da qualidade do meio ambiente e, conseqüentemente, da qualidade de
vida tem sido uma preocupação da sociedade desde há algum tempo. Intensifica-se, com isto,
a demanda por atividades que estimulem o desenvolvimento de uma consciência ambiental,
não só ecológica, do ponto de vista da natureza, mas também visando às questões sociais,
culturais e econômicas relacionada à existência do homem. (3)
Sendo assim, esse trabalho apresenta como objetivo, mostrar a importância da
Educação Ambiental, abrangendo suas estratégias de efetivação, seus pontos positivos e
negativos. Tem a intenção de levar ao conhecimento público uma ação de educação ambiental
que vem sendo desenvolvida em Bragança Paulista, na Sala Verde Pindorama. Através disso,
pretende-se melhorar o modo de vida com a conscientização pela Educação Ambiental seja ela
formal, informal ou não formal.
IV – Desenvolvimento
4.1- Conceito de Educação Ambiental
Entende-se como educação ambiental todo o processo educativo, que utiliza
metodologias diversas, alicerçadas em base científica, com objetivo de formar indivíduos
capacitados a analisar, compreender e julgar problemas ambientais, na busca de soluções que
permitam ao homem coexistir de forma harmoniosa com a natureza. (2)
A educação ambiental prepara para o exercício da cidadania por meio da participação
ativa individual e coletiva, considerando os processos socioeconômicos, políticos e culturais
que a influenciam. (2)
Educação Ambiental pode ser dividida em três processos:
4.1.1- Educação Ambiental Formal: é aplicada na rede de ensino regular, cujos objetivos
estão distribuídos por um conteúdo curricular multidisciplinar, envolvendo atividades de ensino
regular, extraclasse, núcleos de estudos ambientais ou centros interdisciplinares. Abrange o
Ensino Fundamental, Médio e Superior, envolvendo professores, estudantes e funcionários da
rede escolar. (2)
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Como a Educação Ambiental formal é aplicada na rede de ensino escolar, segue abaixo
um gráfico que mostra a evolução do número de escolas do Ensino Fundamental que oferecem
Educação Ambiental.
Figura 3: Evolução do número de escolas do Ensino Fundamental que oferecem Educação
Ambiental, segundo as grandes regiões do Brasil – 2001/2004.
Pode-se perceber que na região Nordeste o número de escolas que oferecem a
educação ambiental é maior comparado as outras regiões, sendo que o Centro-Oeste
apresenta baixo número de escolas que oferecem educação ambiental.
4.1.2- Educação Ambiental não-formal
Opera através de programas direcionados para os aspectos bem definidos da realidade
social e ambiental. Usa meios multivariados. Tem a função de informar e formar. Atua sobre e
com comunidades. Desenvolve ações na área da educação, comunicação, extensão e cultura.
Tem ainda propósitos informativos para o esclarecimento e orientação de questões de ordem
tecnológica. (2)
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4.1.3- Educação Ambiental Informal
Que se dirige ao grande público, ou à sociedade, e que se vale dos meios de
comunicação convencionais. Ela se presta à difusão de informações ou ao esforço de
programas institucionais no âmbito da política, da educação e da cultura ambiental. (2)
Exemplos: pesquisas, campanhas de opinião pública, articulações políticas com entidades
ambientais, comemorações de datas e eventos sobre o Meio Ambiente. (2)
A figura abaixo é um exemplo de Educação Ambiental informal, onde mostra a
campanha realizada no dia 5 de junho, dia mundial do meio ambiente na cidade de Bragança
Paulista.
Figura 4 – Campanha do dia mundial do meio ambiente.
Fonte: Sala Verde Pindorama / Bragança Paulista
A Educação Ambiental deve buscar, permanentemente, integrar educação formal e
não-formal, de modo que a educação escolar seja parte de um movimento ainda maior de
educação ambiental em caráter popular. (4)
4.2- Dados Históricos da Educação Ambiental no Brasil
A consciência ecológica vem aumentando desde meados do século XX, gerando
políticas públicas e leis ambientais. (1)
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Tabela 1: Histórico da Educação Ambiental no Brasil.
Acontecimentos no Brasil
Século XX -
1961 - anos 60 –
Jânio Quadros declara o pau Brasil como árvore símbolo
nacional, e o ipê como a flor símbolo nacional.
- anos 70 -
1973
Cria-se a Secretaria Especial do Meio Ambiente, SEMA, no
âmbito do Ministério do Interior, que entre outras atividades,
começa a fazer Educação Ambiental.
-anos 80 -
1986
O SEMA junto com a Universidade Nacional de Brasília
organiza o primeiro Curso de Especialização em Educação
Ambiental. (1986 a 1988)
1987
1988
O MEC aprova o Parecer 226/87 do conselheiro Arnaldo
Niskier, em relação à necessidade de inclusão da Educação
Ambiental nos currículos escolares de 1o e 2o Graus.
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente de SP e a CETESB
, publicam a edição piloto do livro “Educação Ambiental” Guia
para professores de 1o e 2o Graus.
1989
Criação do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), pela
fusão do SEMA, SUDEPE, SUDEHVEA e IBDF. Nele funciona a
Divisão de Educação Ambiental
1989 Primeiro Encontro Nacional sobre Educação Ambiental no
Ensino Formal IBAMA/ UFRPE. Recife
-anos 90-
1991 MEC resolve que todos os currículos nos diversos níveis de
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ensino deverão contemplar conteúdos de Educação Ambiental
(Portaria 678 (14/05/91).
1991
1992
Grupo de Trabalho para Educação Ambiental coordenado
pelo MEC, preparatório para a Conferência do Rio 92.
Criação dos Núcleos Estaduais de Educação Ambiental do
IBAMA, NEA’s
1994 3º Fórum de Educação Ambiental
1996 Novos Parâmetros Curriculares do MEC, nos quais inclui a
Educação Ambiental como tema transversal do currículo.
1997 Criação da Comissão de Educação Ambiental do MMA
1999 A Coordenação de Educação Ambiental do MEC passa a
formar parte da Secretária de Ensino Fundamental – COEA
Fonte: www.mma.gov.br
4.3 - Estratégias de Ensino para a Prática da Educação Ambiental
Um programa de Educação Ambiental para ser efetivo deve promover,
simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades
necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. Utiliza-se como laboratório o
metabolismo urbano e seus recursos naturais e físicos, iniciando pela escola, expandindo-se
pela circunvizinhança e sucessivamente até a cidade, a região, o país.
A aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver adaptada às situações da vida
real da cidade, ou do meio em que vivem aluno e professor.
Existem várias estratégias para se desenvolver a educação ambiental. Segue abaixo
uma tabela explicativa sobre essas estratégias, ocasião para seu uso, suas vantagens e
desvantagens da prática da Educação Ambiental.
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Tabela 2: Estratégias, ocasiões para o uso, vantagens e desvantagens da Educação
Ambiental.
Estratégia Ocasião para Uso Vantagens/Desvantagens
Discussão em classe
(grande grupo)
• Permite que os
estudantes
exponham suas
opiniões
oralmente a
respeito de
determinado
problema.
• Ajuda o estudante a
compreender as questões;
• Desenvolve
autoconfiança e
expressão oral;
• Podem ocorrer
dificuldades nos alunos de
discussão
Discussão em grupo
(pequenos grupos com
supervisor-professor)
• Quando assuntos
polêmicos são
tratados.
• Estímulo ao
desenvolvimento de
relações positivas entre
alunos e professores
Mutirão de idéias
(atividades que
envolvam pequenos
grupos, 5-10
estudantes para
apresentar soluções
possíveis para um
dado problema, todas
as sugestões são
anotadas. Tempo
limite de 10 a 15 min.)
• Deve usado
como recurso
para encorajar e
estimular idéias
voltadas à solução
de certo
problema. O
tempo deve ser
utilizado para
produzir as idéias
e não para avaliá-
las.
• Estímulo à criatividade,
liberdade;
• Dificuldades em evitar
avaliações ou julgamentos
prematuros e em obter
idéias originais
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Trabalho em grupo:
envolve a participação
de grupos de 4-8
membros que se
tornam responsáveis
pela execução de uma
tarefa
• Quando se
necessita
executar várias
tarefas ao mesmo
tempo.
• Permite que os alunos se
responsabilizem por uma
tarefa por longos períodos
(2 a 5 semanas) e
exercitem a capacidade
de organização;
• Deve ser monitorada de
modo que o trabalho não
envolva apenas alguns
membros do grupo
Projetos: os alunos,
supervisionados,
planejam, executam,
avaliam e redirecionam
um projeto sobre um
tema específico
• Realização de
tarefas com
objetivos a serem
alcançados a
longo prazo, com
envolvimento da
comunidade.
• As pessoas recebem e
executam o próprio
trabalho, assim como
podem diagnosticar falhas
nos mesmos.
Fonte : Unesco / Unep / IEEP, 86 / WS / 55, p.126-7
4.4- Ações Diretas para e Prática da Educação Ambiental
Existem várias ações diretas que podem ocasionar na prática da Educação Ambiental.
Como por exemplo, visita a museus, criadouro científico de animais silvestres, e também:
Passeios em trilhas ecológicas/desenhos: normalmente as trilhas são interpretativas;
apresentam percursos nos quais existem pontos determinados para interpretação com auxílio
de placas, setas e outros indicadores, ou então se pode utilizar a interpretação espontânea, na
qual monitores estimulam as crianças à curiosidade à medida que eventos, locais e fatos se
sucedem. Feitos através da observação direta em relação ao ambiente, os desenhos tornam-se
instrumentos eficazes para indicar os temas que mais estimulam a percepção ambiental do
observador.(4)
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Parcerias com Secretarias de Educação de Municípios: formando Clubes de Ciências do
Ambiente, com o objetivo de executar projetos interdisciplinares que visem solucionar
problemas ambientais locais (agir localmente, pensar globalmente). Os temas mais trabalhados
são: a reciclagem do lixo, agricultura orgânica, arborização urbana e preservação do ambiente.
(4)
Eco turismo: quando da existência de parques ecológicos ou mesmo nos locais onde estão
localizadas as trilhas, há a extensão para a comunidade em geral. Os visitantes são orientados
na chegada por um funcionário e a visitação é livre, com acesso ao Museu, ao Criadouro de
Animais e as trilhas. (4)
Publicações periódicas: abordagem de assuntos relativos aos recursos naturais da região e
às atividades da área de ambiência da empresa. (4)
Educação Ambiental para funcionários: treinamento aplicado aos funcionários da área
florestal da empresa, orientados quanto aos procedimentos ambientalmente corretos no
exercício de suas funções, fazendo com que eles se tornem responsáveis pelas práticas
conservacionistas em seu ambiente de trabalho, chegando ao seu lar e à sua família. (4)
Atividades com a comunidade e campanhas de conscientização ambiental: com o intuito
de incrementar a participação da comunidade nos aspectos relativos ao conhecimento e
melhoria de seu próprio ambiente, são organizadas e incentivadas diversas atividades que
envolvem a comunidade da região, como caminhadas rústicas pela região. (4)
Programas de orientação ambiental: a empresa desenvolve ainda outros programas para
orientação ambiental como, por exemplo, fichas de visualização dos animais silvestres,
orientação à comunidade para atendimento aos aspectos legais de caça e pescaria, produção
e distribuição de cadernos, calendários e cartões com motivos ambientalistas. (4)
4.5 – Elaborações dos projetos desenvolvidos pela Sala Verde Pindorama
A estratégia utilizada para a definição dos projetos de Educação Ambiental formal
aplicado pela Sala Verde Pindorama, vem ao encontro com as demandas levantadas em
contato com os professores, sugestões presentes nas avaliações de projetos anteriores e
idéias trazidas por participantes das atividades. Algumas vezes são recebidas orientações de
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parceiros, como o consórcio PCJ (Consórcio das Bacias hidrográficas dos rios Piracicaba,
Capivari e Jundiaí) que enviam diretrizes e temas para o desenvolvimento de projetos nas
escolas.
Já as ações de Educação Ambiental não formal fazem parte do plano de ação local do
programa “Municípios Educadores Sustentáveis” do Ministério do Meio Ambiente. Este plano foi
elaborado em reuniões realizadas em 2007 tendo em vista a execução das ações para o ano
de 2008/2009. Algumas das ações planejadas já foram “implementadas”, como o curso de
agentes socioambientais e a expedição fotográfica “Mananciais em Foco”.
A Sala Verde Pindorama já desenvolveu vários projetos como:
• Cursos de Formação continuada para professores da rede municipal de
educação abordando os temas:
-Educação Ambiental – carga horária de 36h
-Introdução à Eco pedagogia – carga horária 26h
2007/2008 – Curso preparatório para professores, coordenador e diretor.
Participaram do curso 80 professores.
Figura 5: Visita de campo Figura 6: Dinâmica dos professores
Fonte: Sala Verde Pindorama Fonte: Sala Verde Pindorama
• 2007 – Projeto de Educação Ambiental nas escolas “Semana da água” do
consórcio PCJ.
Participaram cerca de oito mil alunos. O tema foi “O tesouro escondido embaixo de
nossos pés”, tratando como tema central a água subterrânea.
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Figura 7: Maquete feita pelos alunos Figura 8: Alunos participantes
Fonte: Sala Verde Pindorama Fonte: Sala Verde Pindorama
• 2007- Reuniões de planejamento para o curso de Agentes Socioambientais.
Figura 9: Reunião de planejamento Figura10: Reunião da Coordenação
Fonte: Sala Verde Pindorama Fonte: Sala Verde Pindorama
• 2008 – Projeto Educação Ambiental nas escolas “Semana da água” do consórcio
PCJ.
Teve a participação de 15 mil alunos. O tema foi: “O mundo que a gente quer, depende
do que a gente faz”.
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Figura 11: Alunos que participaram Figura 12: Aluna explicando seu trabalho
da feira.
Fonte: Sala Verde Pindorama Fonte: Sala Verde Pindorama
• 2008- Coordenação do Coletivo Socioambiental de Bragança Paulista.
Figura 13: Componentes da coordenação Figura14:Encontro da coordenação
Fonte: Sala Verde Pindorama Fonte: Sala Verde Pindorama
• 2008- Expedição fotográfica com o tema “mananciais em foco”.
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Figura 15: Dia da expedição fotográfica Figura 16: Exposição das fotos
Fonte: Sala Verde Pindorama Fonte: Sala Verde Pindorama
• 2008- Realização da feira de Educação Ambiental na abertura do II Simpósio de
trajetórias ambientais na Universidade São Francisco.
Figura 17: Feira de Educação Ambiental Figura 18: Alunos mostrando seus
Projetos.
Fonte: Sala Verde Pindorama Fonte: Sala Verde Pindorama
• 2008-Curso de Agentes Socioambientais do Coletivo Mantiqueira.
Figura19: Agentes Socioambientais 2º turma Figura 20: Grupo dos estagiários
(Agentes Socioambientais)
Fonte: Sala Verde Pindorama Fonte: Sala Verde Pindorama
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4.5.1– Estratégias para a elaboração de um projeto
Uma das estratégias mais eficientes para à prática da Educação Ambiental é através de
desenvolvimento de projetos.
Projeto nada mais é do que o planejamento de uma ação que se deseja aplicar.
Como por exemplo, pode-se ter um projeto de intervenção educacional, com o objetivo
de alcançar as pessoas em seus ambientes cotidianos, despertando a conscientização em
relação às questões ambientais.
A tabela a seguir mostra uma estrutura simplificada para a composição de um projeto.
Tabela 3 – Elaboração de um projeto
Título do projeto
Ação educadora Descrever a ação e o tema a ser
trabalhado no projeto.
Justificativa Descrever os problemas e as razões
da interação.
Objetivos / Metas Resultados esperados – quantificar a
ação.
Público alvo Quem será envolvido: pessoas ou
organizações, perfil e localização.
Estratégias Descrever o que será feito para a
aplicação de sua ação.
Fonte: Apostila do curso de Agentes Socioambientais do Coletivo Mantiqueira.
A ação educadora de um projeto pode ser interpretada pela pergunta “o quê?”, sendo
de forma breve e objetiva. Exemplo: O quê será implantado no projeto? Palestras, grupos de
plantio de mudas etc.
Já na justificativa relata-se o problema, descrevendo o porquê ter escolhido essa ação
para o projeto. Exemplo: Problema → acúmulo de lixo → Justificativa → falta de
conscientização da população.
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Os objetivos e metas de um projeto podem ser definidos pela pergunta “para quê?”.
Exemplo: o projeto de conscientização sobre o lixo foi elaborado para quê a população seja
informada do problema através da conscientização proposta no projeto.
A definição do Público-Alvo de um projeto é importante, pois é através dela que
podemos definir a metodologia e estratégias a serem aplicadas. Exemplo: Se o público alvo do
projeto for crianças, as estratégias metodológicas devem ser escolhidas de forma que as
informações sejam passadas para elas de forma clara, para que assim o objetivo do projeto
seja alcançado.
As estratégias de um projeto podem ser determinadas pela pergunta “como realizar
essa ação?”. Exemplo: Como realizar a conscientização de crianças?
A conscientização de crianças pode ser realizada através de peças teatrais, jogos,
filmes educativos, etc.
Essa metodologia de elaboração de projeto é aplicada para o curso de Agentes
Socioambientais da Sala Verde Pindorama.
4.5.2 – Projeto elaborado pelos Agentes Socioambientais.
Os instrutores do curso de Agentes Socioambientais realizado pela Sala Verde
Pindorama acompanharam de perto a criação e a realização do projeto “Aprendendo desde
Cedo”.
Esse projeto culminou com a escrita de uma “cartilha” educativa tratando da questão
ambiental. (ver apêndice)
Nela encontram-se assuntos interessantes como: a importância da água, a importância
do solo, brincadeiras, desenhos para colorir, curiosidades, dicas eco eficientes, etc.
Realizou-se uma palestra onde foi passado um vídeo para as crianças, logo em seguida
explicaram sobre a importância da água, três “Rs” (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) e entregaram
a cartilha para que as crianças pudessem ler e interagir. Esse projeto teve a participação de 20
crianças.
A elaboração desse projeto pode ser melhor entendida através da tabela a seguir:
Tabela 4 – Estrutura do Projeto “Aprendendo desde Cedo”
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Título do projeto Aprendendo desde cedo
Ação educadora Palestra com apresentação de vídeo e
entrega da cartilha.
Justificativa Falta de conscientização.
Objetivos Mostrar a importância do meio
ambiente. Ocasionando uma
conscientização.
Público alvo Crianças de 4 a 12 anos
Estratégias
Passar para as crianças um vídeo sobre
a importância da água, interagir com
elas, perguntar opiniões, distribuir a
“cartilha”.
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IV - Considerações Finais
De acordo com o estágio realizado pode-se perceber que diferentes autores mostram a
mesma visão sobre a Educação Ambiental. Mostram que ela é o ponto de partida para
consciência ecológica.
A aplicação da Educação Ambiental em forma de projetos é mais utilizada em ONGs,
sociedades, escolas, etc.
A Sala Verde Pindorama é um lugar muito importante e interessante para a aplicação da
Educação Ambiental. Pois ela não aplica a Educação Ambiental somente nas escolas, mais
sim em toda a sociedade, por meio da educação informal e não formal.
Os projetos propostos pela Sala Verde têm uma diversidade de público, obtendo assim
uma Educação Ambiental com vários tipos de aplicações, estratégias e ações educadoras.
Com isso, abrange diferentes opiniões, formas de aplicações e situações.
Os projetos realizados pela Sala Verdes Pindorama já contaram com a participação de
várias pessoas: o curso preparatório para professores, coordenadores e diretores teve a
participação de 80 pessoas; já o curso de Agentes Socioambientais ocasionou na formação de
140 pessoas; o projeto de Educação Ambiental nas escolas no ano de 2007 teve a participação
de 8 mil alunos e no ano de 2008 teve a participação de 15 mil alunos ; a expedição fotográfica
contou com a participação de 44 pessoas.
Espera-se que as pessoas envolvidas na participação dos projetos tenham
oportunidades de gerarem uma “ ação – reflexão- ação, ou seja se conscientizar das situações
propostas nos projetos podendo assim ocasionar numa reflexão gerando uma ação.
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V – Conclusão
A Educação Ambiental não caminha sozinha, ela precisa ter como bases algumas
Ciências como por exemplo as Ciências Ambientais, a História, a Química, entre outras. Com a
contribuição dessas Ciências pode-se identificar as causas socioeconômicas, políticas e
culturais geradoras de problemas ambientais.
A educação da população pode ser feita através da Educação Ambiental, conseguindo
assim ter resultados relevantes pois pode atingir uma grande diversidade de público alvo. Cada
um com um tipo de cultura, opinião, visão de mundo e classe social.
Como a Educação Ambiental é um assunto de extrema importância para a consciência
das pessoas em relação à degradação ambiental. No fundo, o que ela pretende é desenvolver
conhecimentos, compreensão, habilidades e motivação. Podendo assim adquirir valores,
mentalidades e atitudes necessárias para lidar com questões, problemas ambientais e encontar
soluções sustentáveis.
Isso pode ser atingido através de programas como a Sala Verde Pindorama onde são
realizados projetos para interações socioambientais, visando a conscientização das pessoas.
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VI - Referências Bibliográficas
(1) Philippi Junior, Arlindo; Pelicioni Focesi, Maria Cecília. Educação Ambiental e
Sustentabilidade, Barueri (SP): Ed. Manole, 2005.
(2) www.greenfield.fortunecity.com/rainforest/146/glossrio.html/acesso em outubro
de 2008.
(3) www.ambienteemfoco.com.br/ Acesso em novembro de 2008.
(4) www.mma.gov.br/ Acesso em outubro de 2008.
(5) Apostila do curso de Agentes Socioambientais 2º Edição / Sala Verde
Pindorama, Bragança Paulista / 2008.
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APÊNDICE : “CARTILHA” ELABORADA PELO GRUPO DE
ESTAGIÁRIOS (AGENTES SOCIOAMBIENTAIS)
Vivian Klinkerfus
Idealizadora da Cartilha
Robson Heltton
Cartunista
Gottardo Dezute
Idealizador do Grupo
Rogério Martinez Aniceto
Arte Gráfica
Apoio:
Cartilha
Aprendendo Desde Cedo
“É preciso menos tempo para fazer algo da maneira
certa do que para explicar por que
foi feito da maneira errada...”
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Vamos colorir colocando essa idéia na cabeça?
Pagina 12
Apresentação
Oi pessoal! Sou o “Sr. Juca”, e estou aqui para lembrar vocês do quanto é importante preservarmos o meio ambiente. A seguir vamos conhecer alguns assuntos relacionados ao meio ambiente. Espero que gostem , e se divirtam com o que preparei para vocês..
Agradecemos nossa instrutora Maria Cristina Munõz, junto ao coletico Mantiqueira, pelo apoio recebido em
nosso projeto de interação socioambiental.
Pagina 1 .
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A importância da água
Água é fonte de vida. Não importa quem somos o que fazemos, onde vivemos nós dependemos dela para viver. No entanto, por maior que seja a importância da água, as pessoas continuam poluindo os rios e suas nascentes, esquecendo o quanto ela é essencial para nossas vidas. A água é provavelmente o único recurso natural que tem a ver com todos os aspectos da civilização humana, desde o desenvolvimento agrícola e industrial aos valores culturais e regionais aprofundados na sociedade. É um recurso natural essencial, seja como componente bioquímico de seres vivos ou como meio de vida de várias espécies vegetais e animais. Segundo estatísticas, 70% do planeta é constituído de água, mas somente 3% são de água doce, desse total, 98% estão em água subterrânea. Isso quer dizer que a maior parte da água disponível e própria para o consumo é mínima perto da quantidade total de água existente na nossa terra. Observando os dados abaixo, percebemos que precisamos começar a utilizar a água de forma prudente e racional, evitando o desperdício e a poluição, pois: � Um sexto da População mundial, mais de 1 bilhão de pessoas, não têm acesso à água potável.
� 40% dos habitantes do planeta
Você sabia?
Qual é o tempo de decomposição dos materiais?
Caixa de Papelão: 2 meses Pano: 1 ano Ponta de Cigarro: 2 anos Chiclete: 5 anos Jornal: 6 anos Madeira Pintada: 13 anos Lata de Aço: 50 anos Copo Plástico: 50 anos Bóia de Isopor: 80 anos Longa Vida: 100 anos Lata de Alumínio: 200 anos Garrafa de Plástico: 540 anos Fralda Descartável: 600 anos Linha de Nylon: 650 anos Lixo Radioativo: 250.000 anos Vidro: Indeterminado Pneu: Indeterminado � Tempo aproximado dependendo das
condições do solo ou ambiente em que os materiais foram descartados.
Então pessoal, agora antes de jogar qualquer coisa fora vamos pensar nos 3 R’s::
Reduzir
Reutilizar
Reciclar.
Pagina 11 .
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Quando um vulcão entra em erupção, trazem das profundezas da terra materiais diversos, principalmente metais, que, ao chegar ao solo, podem contaminá-lo e com isso também contaminar os nossos alimentos e prejudicar nossa saúde.
Sem contar que as cinzas vulcânicas no ar podem ocasionar graves problemas respiratórios. Os terremotos também ameaçam diretamente e indiretamente a nossa saúde. Os deslizamentos de terra provocados pelos terremotos fazem emergir muitos elementos químicos perigosos. Quando chegam à superfície do solo , esses elementos podem ser carregados pelas chuvas e enchentes, contaminando os rios e as plantações e, dessa maneira, prejudicar a saúde dos seres humanos.
Você sabia?
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O ciclo da água é responsável pela renovação das águas. Aquecidas pelo calor do sol, as águas dos mares, rios e lagos transformam-se em vapor d’água, formando as nuvens. As nuvens carregadas caem em forma de chuva, voltando para os rios e lagos.
Doenças causadas pela água sem tratamento
Cólera, febre tifóide, hepatite A, leptospirose e amebíase são algumas doenças que podem ser transmitidas por água contaminadas. Por isso devemos consumir somente água tratada e saber da importância do tratamento de esgotos para nossa saúde.
Ciclo da água
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Porque o solo é tão importante para nossa saúde?
O solo é formado por um processo chamado intemperismo. Esse processo ocorre com as chuvas (1), com os ventos, com o calor do sol, com os vegetais que vão povoando a superfície das rochas, etc. Esse é um processo que levam muitos, mas muitos anos! O calor do sol faz com que as partículas que compõem as rochas fiquem dilatadas, isto é, aumentem de tamanho (2). Quando chove e a rocha se esfria rapidamente, as partículas se juntam novamente. Isso ocorre por várias e várias vezes que a rocha apresente rachaduras e solte algumas partículas.
Então vem o vento e leva para longe os pequenos grãos que foram liberados pela dilatação e contração da rocha. O vento também pode trazer, assim como a água, poros e sementes de plantas (3). Essas plantas lançam suas raízes entre as rachaduras formadas e forçam mais ainda a rocha a se quebrar (4). Com o passar do tempo, essa rocha deve estar toda “quebrada” em partículas cada vez menores e pode se misturar com animais e plantas mortos. É ai que entram em ação aqueles seres minúsculos que chamamos de fungos e as bactérias, e toda essa mistura leva ao que a gente chama de solo ou terra, onde nossas plantas e animais podem viver e se desenvolver (5).
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Dicas ecoeficientes
Ecoeficientes: Todos nos podemos ser assim. Eco + Eficiência = produzir mais com menos recursos naturais, isto é, obter maiores rendimentos com menor desperdício. Ecoeficiente tem tudo a ver com os cuidados que devemos ter com o nosso planeta, que é a nossa casa, o lugar onde vivemos e de onde extraímos os recursos para viver. Quando economizamos água, energia e matérias primas e enviamos os resíduos sólidos para a reciclagem, estamos sendo Ecoeficientes. Numa sociedade onde quase todas as embalagens são descartáveis, é preciso repensar nas diversas maneiras de se combater o desperdício. Você pode reduzir o consumo de uma série de produtos e serviços no seu dia a dia, utilizando apenas a prática da ecoeficiência. Adote estas dicas: ◊ Evite embrulhos e embalagens supérfluas, como sacos plásticos para itens avulsos. É sempre mais lixo.
◊ Não jogue papéis, latinhas e bitucas de cigarro nas ruas, pois vão direto para bueiros, causando entupimentos e enchentes. Os únicos responsáveis pela poluição das águas somos nós mesmos.
◊ Doe o que ainda serve para outras pessoas e instituições de caridade.
◊ Que tal usar os dois lados do papel na hora de tirar fotocópias de documentos de grande volume?
◊ Ou usar o verso de papéis impressos para fazer os seus rascunhos ou bloquinhos de recados
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Curiosidades
Vamos ver se há poeira no ar!
Quem nunca observou um feixe de luz que penetra pela janela e viu que, através dele, podemos notar algumas partículas no ar? Essa é a famosa poeira! Quando esse feixe é interrompido nossos olhos não conseguem notar a
poeira do ar. Porque será que isso acontece? Bem, primeiro vamos explicar uma coisa: só conseguimos enxergar um objeto quando a luz que atinge sua superfície reflete e chega até os nossos olhos. Quando o feixe de luz atinge a poeira do ar, ela reflete a luz em várias direções, inclusive na direção dos seus olhos. Agora vamos propor um experimento: Você só vai precisar de uma lanterna. Escolha um ambiente escuro e ligue a sua lanterna. Procure observar o feixe de luz que ela emite e procure identificar se existe poeira suspensa no ar. Agora pegue uma toalha e agite no ambiente. Verifique novamente o feixe de luz. Você ira perceber que o vento produzido pelo movimento acelera as partículas de poeira do ar.
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Além de formar o solo, as rochas liberam elementos muito importantes para todos os seres vivos. Os minerais! Mas que são esses minerais e para que servem? Existem muitos minerais na natureza, alguns exemplos são o cálcio, o magnésio, o cromo, o selênio, o cobre, o zinco, etc. O cálcio é indispensável para a saúde dos ossos, dos dentes e dos músculos! Ele ajuda na coagulação sanguínea, evitando que as feridas fiquem sangrando o tempo todo! Já o magnésio ajuda na formatação de anticorpos e alívio do estresse! Os anticorpos são as células no nosso corpo responsáveis por combater o vírus e as bactérias que podem nos trazer doenças. Sem os anticorpos, nosso corpo ficaria doente o tempo inteiro! Por isso o magnésio é tão importante para nossa saúde! E tem mais, ao aliviar o estresse, o magnésio nos ajuda a manter nossa pressão arterial regulada, nossa digestão eficiente e a boa concentração para estudar! O cromo é um mineral muito importante no metabolismo da glicose, do açúcar encontrado no pão e nos biscoitos que comemos todos os dias. É o cromo que ajuda a insulina a manter o nível de açúcar no sangue, evitando assim uma doença chamada diabetes! A cor da nossa pele, do nosso cabelo, depende da ajuda do cobre! O cobre é essencial na produção de melanina! A melanina é a proteína responsável pela cor dos olhos, do cabelo e da nossa pele. O cobre ainda ajuda na formação dos glóbulos vermelhos do sangue, as células responsáveis por conduzir o oxigênio para todas as partes do nosso corpo! Outro mineral importante é o zinco, que nos ajuda a sentir o gosto e o cheiro, ou seja, nosso paladar e olfato! E, além disso, o zinco ajuda a proteger o nosso fígado e a cicatrizar os arranhões e feridas! Mas onde podemos encontrar todos esses minerais? O cálcio pode ser encontrado no leite, no iogurte, nos vegetais verdes folhosos, etc; o magnésio, em cereais, na soja, nos legumes, ma maçã, no limão; o cromo, na cevada, no alho, na batata, na carne de frango, etc; o cobre, no trigo, nas nozes e castanhas, na soja, no brócolis, na uva passa e zinco nos peixes, no fígado de boi, na soja, etc;