EDILSON - RELATÓRIO DO PROJETO - PONTE DE MACARRÃO

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

CAMPUS – RANGEL SANTOS

CURSO DE ENGENHARIA CICLO BASICA

EDILSON DA SILVA CORREIA RA T564FG2

CONSTRUÇÃO DA PONTE DE MACARRÃO

SANTOS

2

EDILSON DA SILVA CORREIA RA T564FG2

CONSTRUÇÃO DA PONTE DE MACARRÃO – CÂMPUS RANGEL

SANTOS

2012

Trabalho de Atividades Práticas Supervisionadas Graduação em Engenharia, da Universidade Paulista – UNIP, como requisito à aprovação na matéria, Campus Santos. Orientador: Prof.ª MS. Paula Maria N.R.

Fernandes

3

SUMÁRIO

1. FOLHA DE ROSTO.....................................................................................................02

2. SUMÁRIO....................................................................................................................03

3. INTRODUÇÃO............................................................................................................04

4. OBJETIVO DO PROJETO...........................................................................................05

5. PESQUISA DO TEMA................................................................................................05

6. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO......................................................................06

7. CARACTERÍSTICAS DA MASSA ESPAGUETE BARILLA Nº 7, TABELAS DE

CÁLCULOS E COORDENADAS VETORIAIS........................................................14

8. CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO.............................................................................16

9. TABELA DE CUSTOS DO PROJETO.......................................................................25

10. CONCLUSÃO..............................................................................................................26

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................27

12. FOLHA DE APROVAÇÃO.........................................................................................28

4

3. INTRODUÇÃO

Breve histórico sobre pontes.

A partir de 1750, começa a era da produção industrial, das máquinas e da energia a vapor:

tudo isso se faz representar também na arquitetura. As construções definitivamente passam a

ser voltadas à praticidade, rapidez e economia de tempo e dinheiro.Após a Revolução

Industrial, as pontes passaram a ganhar o destaque que até então cabia às catedrais na

arquitetura. Construir pontes para transpor vales e rios era essencial para fazer a economia

acelerar . Modelos construídos em arco, utilizando o ferro, tornaram-se a ordem do dia a partir

de 1779, quando foi construída a Ironbridge (ponte de ferro) , em Coalbrookdale, Inglaterra,

eliminando a necessidade de utilizar balsas para cruzar o Rio Severn, o que custava muito

tempo às indústrias da região.

5

4. OBJETIVO DO PROJETO

Este trabalho trata-se do projeto da construção e ensaio destrutivo de uma ponte de macarrão

treliçada, utilizando de macarrão do tipo espaguete número 7 e cola branca, e outras conforme

especificado no regulamento da competição. Será dimensionada de modo que a ponte atinja o

melhor resultado (quociente entre a máxima massa suportada pela ponte antes da ruptura e a

massa da ponte). A ponte será colocada entre dois apoios, superando um vão livre de 1,0 m.

Uma barra atravessará a ponte no seu ponto médio e sustentará o dispositivo em que serão

colocados os pesos. A construção da ponte será precedida da análise de algumas opções

possíveis de tipos de pontes e do projeto detalhado do tipo de ponte escolhida.

5. PESQUISA DO TEMA

Figura 1 - Ponte de Ferro a caminho de Nova Roma do Sul (RS)

Fonte: http://aqueleslugarzinhos.blogspot.com.br/2011_08_01_archive.html

6

Essa ponte foi construída no final da década de 1920 e une os Municípios de Nova Roma do

Sul e Farroupilha. Tipicamente é uma região de colonização italiana, porém como

curiosidade, ali, especificamente, os terrenos na época (em torno de 1900) foram doados a

imigrantes Suecos, os quais na sua maioria abandonaram as terras devido ao relevo ser muito

íngreme.

6. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Um sistema estrutural bastante utilizado na engenharia são as chamadas treliças, mas o

que é uma treliça?

Uma treliça é uma estrutura reticulada que tem todas as ligações entre barras

articuladas, a figura 2 mostra uma treliça plana com suas cargas e reações. Na análise de uma

treliça as cargas atuantes são transferidas para os seus nós. A conseqüência disso em conjunto

com a hipótese de ligações articuladas, é que uma treliça apresenta apenas esforços axiais

(esforços normais de tração e compressão).

Figura. 2

7

6.1 Softwares para simulações e cálculos:

• FTOOL2

• Analisys for Windows

• West Pont Bridge Designer2004

• MDSolids.Neste

6.2 Calculo da Treliça

O calculo da treliça pode ser feito utilizando dois métodos:

• Método das seções

• Método dos nós

Quando um corpo ou estrutura está em equilíbrio estático (em repouso), o conjunto de

forças (ações e reações) e momentos de forças atuantes sobre ele tem resultante nula em todas

as direções (1°Lei de Newton). Portanto, para que se mantenha o equilíbrio de um corpo, três

equações básicas devem ser atendidas conforme figura 3:

Figura.3

A seguir temos um exemplo simples do cálculo de uma treliça utilizando o método das

seções:

A partir dessas equações e utilizando a trigonometria, calcula-se a força atuante em cada

barra.

8

Consideramos um peso de 10kg aplicado no meio da estrutura, como 10kg equivale a 100N

então subdividindo os pesos temos a seguinte configuração na figura 4:

Figura. 4

( )INRERA

F

Ax

F

y

x

100

0

0

0

=+

=

==

∑ ( )

NRE

NRE

RE

RE

M A

50

501.1

55

01.1*55

01.1*55.0*100

0

=

==

=+−=+−

=∑

( )

NRA

RA

RA

INRERA

50

50100

10050

100

=−=

=+=+

( )

00

05555

01.1*5055

50/

01.1*55

0)1.1(*55.0*100

0

==−

=−⇒=

=−=−+

=∑

NRAP

RA

RA

M E

Método das seções: É feito um corte na treliça e é analisando as forças que agem

internamente conforme figura 5:

9

Figura. 5

( )

( )

( )CompressãoNNF

senF

senFRA

F

AB

AB

AB

y

71,6771,67

596,47

50

0596,47

0

⇒−=

−=

=+

=∑

( )

( )

( )TraçãoNF

F

FF

F

AC

AC

ACAB

x

66,45

0674.071,67

0596,47cos

0

=

=+−

=+

=∑

Este método pode ser utilizado em determinadas seções para se definir todas as forças

que agem internamente em cada barra. Também se utiliza o método dos nós, porém neste

projeto utilizamos fórmulas para estar calculando as trações e compressões conforme descrito

abaixo:

A partir do conhecimento das propriedades do macarrão foi possível definir equações

que serão as ferramentas para a construção da ponte.

Como dito anteriormente as barras de uma treliça podem estar submetidas a apenas

dois tipos de esforços:

• Tração

• Compressão

10

Quando se faz os cálculos as respostas obtidas já nos dizem se é tração ou compressão

dependendo do sentido que adotamos.

Tração:

Quando a força interna tende a esticar a barra é dito que o elemento está tracionado. Essa

força, por convenção, é dita positiva (+) conforme figura 6.

Figura. 6

Para barras submetidas à tração utilizamos a seguinte equação:

( )( )N67.42

NCARGAfiosdeNumero =

Assim definimos quantos fios de macarrão deve conter na barra. Então como visto no

exemplo a barra AC sofre uma carga de 45,66 N (tração):

07,167.42

66.45 ==fiosdeNumero

É claro que é inviável utilizar 1,07 de um fio de macarrão, então para isso utiliza-se

um numero mínimo de macarrão para manter a estabilidade da ponte, este número mínimo

fica a critério de cada grupo, na nossa ponte foram utilizadas, 08 barras com 55 fios, 08 barras

com 19 fios e 10 barras com 13 fios.

11

Compressão:

Quando a força interna tende a encurtar a barra é dito que o elemento está comprimido. Essa

força, por convenção, é dita negativa (-) conforme figura 7.

Figura. 7

Para barras submetidas à compressão utilizaremos a seguinte equação:

( ) ( )( )mmr27906

mmlNCARGAfiosdeNumero

4

2

=

Onde:

l = Comprimento da barra

r = Raio do macarrão (0.9mm)

No exemplo temos a barra AB suporta uma carga de 67,71N(compressão) e seu

comprimento é de 230,0 mm, logo:

( )( )( )

fiosfiosdeNumero 139,027906

23071,674

2

≈=

12

Tabela 1 - Cálculo de esforços de tração e compressão por número de fios conforme figura 8

Figura. 8

Barras em compressão

Para encontrar o número de fios necessários, consideremos que a flambagem ocorre em

regime elástico linear, seguindo a equação de Euler. Os dados dos testes de flambagem foram

condensados na curva de flambagem abaixo, onde os pontos em azul representam os

resultados experimentais, a curva em preto um ajuste de função potência, com coeficiente de

determinação de 94%, e os pontos em amarelo os resultados para diversos índices de esbeltez,

considerando-se a curva de Euler com um Módulo de Young E = 36000 kgf/cm2 ou 3600

Mpa (N/mm2) conforme figura 9.

Figura. 9

13

Exemplos de Curvas de Carga de Ruptura por Compressão x Comprimento da Barra, para

barras formadas com diferentes números de fios de espaguete conforme figura 10.

Figura. 10

Exemplos de Curvas de Carga de Ruptura por Compressão x Número de Fios de Espaguete

da Barra,para barras com diferentes comprimentos conforme figura 11.

Figura. 11

14

7. CARACTERÍSTICAS DA MASSA ESPAGUETE BARILLA Nº 7, TA BELAS DE

CÁLCULOS E COORDENADAS VETORIAIS

7.1 Tabela 2 – Característica da massa de espaguete Barilla nº7 conforme figura 12.

Figura. 12

Neste trabalho consideramos nos cálculos os dados do espaguete no. 7 da marca

Barillha e consideramos que nossos cálculos são conservativos.

Diversos softwares estão disponíveis para simulações de cálculos de pontes treliçadas, entre

eles FTOOL2, Analisys for Windows, West Pont Bridge Designer2004, MDSolids.Neste

trabalho utilizamos o software FTOOL para simularmos a carga aplicada a ponte e obtenção

dos esforços solicitantes nas barras.

Nos diversos materiais pesquisados foi possível verificar que a definição da geometria da

ponte, os tipos de materiais usados, a correta aplicação dos cálculos e correta execução do

projeto foram fatores preponderantes para o sucesso do projeto.

7.3 Tabela 3 – Número de Barras em função do Comprimento conforme figura 13.

Figura. 13

15

7.4 Por simetria segue esquema de legendas conforme figura 14.

Figura. 14

7.5 Tabela 4 – Coordenadas vetoriais (x,y,z) dos nós, conforme figura 15.

Figura. 15

16

7.6 Tabela 5 – Cálculo de massa em função do número de fios das barras conforme figura 16.

Figura. 16

8. CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO

1° passo: Definido qual será o projeto baseado em pesquisas realizadas pela internet e

validado pelo grupo.

.

17

2° passo: Definido as dimensões da ponte (comprimento x largura x altura) sempre em função

da massa.

3° passo: Realizado um esboço do projeto no AUTO CAD que nos servil de base para

identificar algumas anomalias no projeto referente ao comprimento e peso da ponte.

4° passo: Redefinido algumas dimensões e alterado o projeto.

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5° passo: Calculado o comprimento, número de fios, massa e posição de cada barra no projeto

6° passo: Iniciado a montagem do relatório

7° passo: Cortado com auxilio de um gabarito os fios de macarrão no comprimento

anteriormente já estudado foram quatro tipos de barras com comprimento diferentes.

19

8° passo: Colado as extremidades das barras com ARALDITE e reforçado com COLA

QUENTE a ¼, 1/2 e 3/4 do comprimento.

20

9° passo: Colagem da vista lateral, planta e perfil separadamente.

21

22

10° passo: Aguardando a secagem das barras para que possamos dar início à montagem final

da ponte.

23

11° passo: Montagem final da ponte, com auxilio de um desenho plotado do projeto da ponte

em escala real, onde servil de referencial para que não saíssemos dos graus de inclinação da

vista lateral, planta e perfil no momento da junção das barras de sustentação principais e

intermediárias.

24

11° passo: Término da montagem do relatório

12° passo: Postagem do relatório

25

9. TABELA DE CUSTOS DO PROJETO CONFORME FIGURA 17

9.1 Tabela 6 – Custos do projeto

Figura. 17

26

8.CONCLUSÃO

Esse trabalho tem como finalidade relacionar a Ciência e a tecnologia com o cotidiano dos alunos permitindo que os professores possam desenvolver uma atividade prática e lúdica, na qual pode despertar um maior interesse dos alunos pelas disciplinas e ajudar na fixação dos conteúdos, uma maneira de compreender melhor o comportamento de sistemas estruturais pode ser feita através da observação de modelos reduzidos de estruturas, como exemplo pode-se citar sistemas estruturais confeccionados com materiais flexíveis como o silicone, a borracha e o elástico neste trabalho acadêmico utilizaremos macarrão.

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9.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.lrm.ufjf.br/pontes2.html.

http://engenhaanhanguera.blogspot.com.br/2012/03/ponte-de-macarrao.html

http://thephisica.blogspot.com.br/2011/03/iniciacao-tecnologica-ponte-de-macarrao.html

http://www.ppgec.ufrgs.br/segovia/espaguete/tema.html

http://metalicas.multiplus.com/?gclid=CLGK2-rcg7MCFQTNnAodG1gA9g

http://semanadetecnologiaufc.wordpress.com/2011/10/07/como-montar-uma-ponte-de-macarrao/

http://www.engenhariacivil.com/ftool-v211

http://www.slideshare.net/guestd69150e/ftool-para-iniciantes - FTOOL2 (para iniciantes)

http://www.cpgec.ufrgs.br/segovia/espaguete/tutorial/analysis/ - Analisys

http://bridgecontest.usma.edu/download2004.htm - West Pont Bridge Designer2004

http://www.tudosobrearquitetura.com/2009/05/mdsolids-31.html - MDSolids.Neste

http://www.upf.br/espaguetes/images/stories/oficina_escolas.pdf

http://www.ppgec.ufrgs.br/segovia/espaguete/dados_compressao.html

cálculo de uma ponte resistiva - YouTube

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EDILSON DA SILVA CORREIA RA T564FG2

CONSTRUÇÃO DA PONTE DE MACARRÃO

Artigo entregue a Coordenação do Curso de Engenharia da Universidade Paulista – UNIP, como requisito à aprovação na matéria Atividades Práticas Supervisionadas, Campus Santos.

COMISSÃO EXAMINADORA

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Prof. Msc.

UNIP - Universidade Paulista de Santos

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Prof. Msc.

UNIP - Universidade Paulista de Santos

Santos, _____ de ________ de 2012.