Doutoramento em Turismo Doutoramento em Turismo ––2ª ... · qualitativa 7. A avaliação da...

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Faculdade de Economia da Universidade do Faculdade de Economia da Universidade do AlgarveAlgarve

Doutoramento em Turismo Doutoramento em Turismo –– 2ª. Edição2ª. Edição

Tópicos Avançados de Metodologias Tópicos Avançados de Metodologias Tópicos Avançados de Metodologias Tópicos Avançados de Metodologias

de Investigação II de Investigação II –– MódMód II

Metodologias Qualitativas de Metodologias Qualitativas de InvestigaçãoInvestigação

Faculdade de Economia da Universidade do Faculdade de Economia da Universidade do Algarve Algarve

O desenho e O desenho e O desenho e O desenho e organização da organização da investigação investigação qualitativaqualitativa

1. O esquema geral da investigacao qualitativa2. O papel da teoria na investigação qualitativa3. Temas, questões e objectivos de investigação4. A escolha das estratégias e métodos de 4. A escolha das estratégias e métodos de investigação5. O nexo da investigação, adequação e coerência entre as várias fases da investigação6. O problema da construção de teoria, generalização e validade da investigação qualitativa7. A avaliação da investigação qualitativa

O O modelomodelo emem perspectivaperspectiva

Written Record

(Thesis, book, report, article ...)

Data Analysis Approach

(Hermeneutics, semiotics, narrative analysis . ..)

44

Data Collection Technique

(interviews, participant observation, documents)

Research Method

(action research, case study, ethnography, grounded theory ...)

Philosophical Assumptions

(positivist, interpretive, critical)

Research designResearch design

O desenho da investigaçãoO desenho da investigação

88

1. Índice do capitulo

• - títulos

• - inter-titulos

• - Organização e sequencia

• 2. Organização do capitulo

• 2.1. Contexto e natureza do tema

• - paradigma

• - abordagem QUALT/QUANT

• - posicionamento ético

• 2.2. Estratégias/metodologias

• - apresentação

• - características

• - justificação/adequação ao • - posicionamento ético

• - quadro conceptual

• - tema / questão de partida

• - objectivos/ hipóteses

• - modelo de analise (conceitos/variáveis/indicadores)

• - articulação do modelo de análise/quadro conceptual

tema

• - desenho/fases

• - articulação com fases anteriores

• 2.3. Escolha das técnicas de recolha de dados

• - definição/características

• - adequação à estratégia

• - adequação às questões de informação

• - fontes e informantes identificação e justificação

• - articulação com fontes e informantes

• 2.5. Procedimentos de qualidade /validação

• - definição e características

• - adequação às fases anteriores

• - adequação ao tema

• -adequação a estratégia/metodologia

• - adequação ao paradigmainformantes

• -

• 2.4. Tratamento e análise dos dados

• - definição e características das técnicas

• - adequação às técnicas de recolha

• - adequação ao tema/questões e objectivos

• - organização e apresentação dos dados para análise

• - adequação ao paradigma

• 2.6. Aspectos gerais

• - clareza da escrita

• - regras de citação

• - ética da escrita

• - bibliografia

2. Temas, questões e objectivos de investigação

Que questões de investigação?

Que questões de investigação?

�� GAP GAP 2 2 –– Como então reconhecer, incorporar, validar, estas Como então reconhecer, incorporar, validar, estas duas diferentes linhas de produção de conhecimento, duas diferentes linhas de produção de conhecimento, igualmente válidas enquanto conjuntos coerentes igualmente válidas enquanto conjuntos coerentes internamente?internamente?

�� GAP GAP 3 3 –– Como incorporar nas práticas das DMOS portuguesas Como incorporar nas práticas das DMOS portuguesas �� GAP GAP 3 3 –– Como incorporar nas práticas das DMOS portuguesas Como incorporar nas práticas das DMOS portuguesas uma nova visão e perspectiva de abordagem da gestão dos uma nova visão e perspectiva de abordagem da gestão dos destinos que fomente a competitividade e a sustentabilidade destinos que fomente a competitividade e a sustentabilidade dos nossos destinos?dos nossos destinos?

�� GAPGAP 4 4 –– Como incorporar muitos dos avanços e das boas Como incorporar muitos dos avanços e das boas práticas já divulgadas por esses organismos?práticas já divulgadas por esses organismos?

�� GAP GAP 5 5 –– Como articular a produção teórica com essas boas Como articular a produção teórica com essas boas práticas e incorporápráticas e incorporá--las numa teoria de gestão dos destinos las numa teoria de gestão dos destinos turísticos?turísticos?

Que questões de investigação?

�� GAPGAP 1 1 –– entre os modelos, boas entre os modelos, boas práticas e teorias existentes e as práticas e teorias existentes e as práticas das DMOs em Portugal, como práticas das DMOs em Portugal, como práticas das DMOs em Portugal, como práticas das DMOs em Portugal, como caracterizar e implementar a gestão caracterizar e implementar a gestão dos destinos turísticos no sistema dos destinos turísticos no sistema turístico nacional e nas nossas DMOS?turístico nacional e nas nossas DMOS?

Que questões de investigação?

�� GAPGAP 6 6 –– Como, pois, adoptar práticas mais Como, pois, adoptar práticas mais eficientes e empresariais de gestão que assegurem eficientes e empresariais de gestão que assegurem uma visão estratégica e integrada do destino uma visão estratégica e integrada do destino turístico, tendo presentes esses pressupostos turístico, tendo presentes esses pressupostos políticos, administrativos e mesmo pessoais?políticos, administrativos e mesmo pessoais?políticos, administrativos e mesmo pessoais?políticos, administrativos e mesmo pessoais?

�� GAPGAP 7 7 –– como fazêcomo fazê--las evoluir, adoptar processos las evoluir, adoptar processos de mudança, que incluam essa visão estratégica, de mudança, que incluam essa visão estratégica, que incluam uma profissionalização crescente da que incluam uma profissionalização crescente da sua gestão e a utilização de instrumentos de gestão sua gestão e a utilização de instrumentos de gestão modernos e adaptados à gestão dos sistemas modernos e adaptados à gestão dos sistemas complexos como são os destinos turísticos?complexos como são os destinos turísticos?

�� GAPGAP 8) 8) -- identificação dos constrangimentos que se identificação dos constrangimentos que se detectem à evolução dessa práticas de gestão detectem à evolução dessa práticas de gestão

Objectivos gerais de investigaçãoObjectivos gerais de investigação

�� TrataTrata--se de …se de …�� compreender sistemas complexos como o são os destinos compreender sistemas complexos como o são os destinos

turísticos, com uma grande variedade de stakeholders, com turísticos, com uma grande variedade de stakeholders, com interesses nem sempre convergentes e com comportamentos interesses nem sempre convergentes e com comportamentos diversificados, diversificados,

�� de capturar a sua visão da temática em apreço quer enquanto de capturar a sua visão da temática em apreço quer enquanto informantes individuais, quer enquanto membros de grupos informantes individuais, quer enquanto membros de grupos politicamente definidos nuns casos, quer noutros, enquanto politicamente definidos nuns casos, quer noutros, enquanto membros de grupos organizacionalmente estruturados membros de grupos organizacionalmente estruturados (Hollinshead, 2004) com as implicações que daí derivam em (Hollinshead, 2004) com as implicações que daí derivam em termos de constante preocupação ontológica, epistemológica termos de constante preocupação ontológica, epistemológica e metodológica.e metodológica.

Objectivos gerais de investigaçãoObjectivos gerais de investigação

�� TrataTrata--se de…se de…

�� compreender e caracterizar as práticas de quem compreender e caracterizar as práticas de quem gere os destinos a nível das DMOS, nas suas gere os destinos a nível das DMOS, nas suas limitações de actuação, nos seus preconceitos, mas limitações de actuação, nos seus preconceitos, mas também na sua acção, seja ela mais ilusória também na sua acção, seja ela mais ilusória também na sua acção, seja ela mais ilusória também na sua acção, seja ela mais ilusória quando se trata do discurso político, seja ela mais quando se trata do discurso político, seja ela mais concreta quando é evidenciada por documentos concreta quando é evidenciada por documentos orientadores de actuação ou pelos resultados orientadores de actuação ou pelos resultados conseguidos, ou, ainda, pelo modo como as conseguidos, ou, ainda, pelo modo como as competências de gestão existem ou não, competências de gestão existem ou não, disseminadas ou não, dentro dessas organizações.disseminadas ou não, dentro dessas organizações.

Objectivos gerais de investigaçãoObjectivos gerais de investigação

�� TrataTrata--se de…se de…

�� compreender a latitude de compreender a latitude de comportamentos humanos, de comportamentos humanos, de comportamentos humanos, de comportamentos humanos, de idiossincrasias, de constructos que idiossincrasias, de constructos que modelam o que se pensa, o que se diz modelam o que se pensa, o que se diz e o que não se diz, o que se faz.e o que não se diz, o que se faz.

Objectivos gerais de investigaçãoObjectivos gerais de investigação

�� TrataTrata--se de…se de…

�� descrever a realidade (Reto, 1999) não de um descrever a realidade (Reto, 1999) não de um modo totalmente aberto mas a partir de um corpo modo totalmente aberto mas a partir de um corpo já existente, ainda que imperfeito, de teoriajá existente, ainda que imperfeito, de teoria

�� compreender a realidade (Reto, 1999), de compreender a realidade (Reto, 1999), de compreender práticas inseridas em contextos compreender práticas inseridas em contextos precisos mas complexos que poderão conduzir à precisos mas complexos que poderão conduzir à elaboração teórica mas sempre com a ideia elaboração teórica mas sempre com a ideia imanente de uma formulação local (Jones, 2002).imanente de uma formulação local (Jones, 2002).

Objectivos específicos de investigaçãoObjectivos específicos de investigação

�� Identificar preconceitos/ pressupostos/ opiniões sobre a Identificar preconceitos/ pressupostos/ opiniões sobre a região/zona/local como destino turístico e necessidade e região/zona/local como destino turístico e necessidade e viabilidade de um sistema de gestão de DT;viabilidade de um sistema de gestão de DT;

�� Identificar ideias/conhecimento disponível sobre o quadro Identificar ideias/conhecimento disponível sobre o quadro competitivo do turismo, seus limites e oportunidades;competitivo do turismo, seus limites e oportunidades;

�� Identificar ideias/conhecimento sobre o quadro normativo do Identificar ideias/conhecimento sobre o quadro normativo do turismo, seus aspectos positivos e negativos e margem de turismo, seus aspectos positivos e negativos e margem de turismo, seus aspectos positivos e negativos e margem de turismo, seus aspectos positivos e negativos e margem de manobra; manobra;

�� Identificar/discutir que objectivos devem ser prosseguidos com a Identificar/discutir que objectivos devem ser prosseguidos com a GDT;GDT;

�� Identificar/analisar discutir que funções chave/estratégicas são Identificar/analisar discutir que funções chave/estratégicas são decisivas para a GDT, ao nível local, subdecisivas para a GDT, ao nível local, sub--regional e regional;regional e regional;

�� Identificar e discutir a necessidade de novos perfis de Identificar e discutir a necessidade de novos perfis de competência, de recursos e capacidades para essa GDT;competência, de recursos e capacidades para essa GDT;

�� Discutir, analisar e avaliar o papel das actuais estruturas Discutir, analisar e avaliar o papel das actuais estruturas organizativas;organizativas;

�� Discutir e avaliar a articulação horizontal e vertical inter níveis de Discutir e avaliar a articulação horizontal e vertical inter níveis de decisão e de actuação;decisão e de actuação;

�� Discutir e avaliar os problemas e desafios que uma Discutir e avaliar os problemas e desafios que uma evolução/mudança do sistema de gestão poderá configurar;evolução/mudança do sistema de gestão poderá configurar;

1.O papel da teoria na investigação qualitativa

- Visão purista, tábua rasa da teoria (ex. Grounded theory)

- Teoria existente, comprovação

- Teoria existente, orientação e baliza, espaço para construir, confrontar, descrever uma nova teoria ou não

- Revisão da literatura efectuada

QuadroQuadroconceptual conceptual de de síntesesíntese

Necessidade de GDT

Destino Sistema de Gestão do Destino

Viabilidade

Integração Sistémica

Coordenação

Meta- Sistema de Gestão

Gestão dos Destinos Turísticos

Visão Estratégica/ de topo

síntesesíntese Que conceito de

destino?

Que objectivos

de gestão?

Que funções

estratégicas/chave de gestão de DT

Que níveis de

gestão?

Que recursos/ “capabilities”/ competências para a gestão?

Que estrutura organiza- cional?

Que avaliação inter

sistemas/ Destinos?

Que problemas à evolução

e mudança?

Consciência da necessi- dade de GDT

Visão do Turismo

Enquadra-mento

normativo

- Politica e visão - Inteligência - Controle - Cooperação e partilha - Coordenação e liderança - Articulação horizontal e vertical

- Norma- tivo - Estraté- gico - Opera- cional

- Humanos - Financeiros - Organizacionais

- Sustenta- bilidade - Competiti- vidade - Qualidade

- articulação horizontal e vertical

Quadro de Quadro de variáveis de variáveis de partidapartida

�� 4. Estratégias e metodologias de investigação4. Estratégias e metodologias de investigação

��

�� 4.1. Perspectiva geral4.1. Perspectiva geral

�� 4.2. Algumas estratégias de investigação4.2. Algumas estratégias de investigação�� 4.2. Algumas estratégias de investigação4.2. Algumas estratégias de investigação

�� . A Grounded Theory. A Grounded Theory

�� . O Estudo de caso. O Estudo de caso

�� . A Etnografia . A Etnografia

�� . A História de vida. A História de vida

�� . A investigação. A investigação--acçãoacção

��

�� 4.3. Uma metodologia mista de investigação4.3. Uma metodologia mista de investigação

3. A escolha da estratégia - o estudo de casos embedded

Estudo de casosEstudo de casos

Contexto

caso caso

Contexto

caso

holistico

Multi-casosCaso simples

Contexto

Caso

((caso

(caso))

Contexto

Caso c/ unidades de analise

embedded

caso caso

caso caso

caso

�� 5. Métodos, técnicas e instrumentos de 5. Métodos, técnicas e instrumentos de recolha de dadosrecolha de dados

�� 5.1. A recolha de materiais documentais, visuais e 5.1. A recolha de materiais documentais, visuais e �� 5.1. A recolha de materiais documentais, visuais e 5.1. A recolha de materiais documentais, visuais e audioaudio

�� 5.2. A entrevista individual 5.2. A entrevista individual

�� 5.3. Entrevistas colectivas e técnicas de recolha de 5.3. Entrevistas colectivas e técnicas de recolha de dados em grupo (dados em grupo (Brainstorming,Brainstorming, Focus GroupFocus Group, , Técnica do Grupo Nominal, Painel Técnica do Grupo Nominal, Painel DelphiDelphi ))

�� 5.4. A Observação participante5.4. A Observação participante

O tratamento, apresentacao e a análise de O tratamento, apresentacao e a análise de dados qualitativosdados qualitativos

��

�� 6.1. Estrategia(s) de tratamento e analise de dados6.1. Estrategia(s) de tratamento e analise de dados

�� 6.1.1. A 6.1.1. A framework analysisframework analysis

�� 6.1.2. A Análise qualitativa de conteúdo6.1.2. A Análise qualitativa de conteúdo

6.1.3. A 6.1.3. A Grounded analysisGrounded analysis�� 6.1.3. A 6.1.3. A Grounded analysisGrounded analysis

�� 6.2. Formas de apresentacao/display de dados 6.2. Formas de apresentacao/display de dados qualitativosqualitativos

�� 6.2.1. Mapas conceptuais6.2.1. Mapas conceptuais

�� 6.2.2. Quadros e matrizes intra6.2.2. Quadros e matrizes intra--casoscasos

�� 6.2.3. Quadros e matrize inter6.2.3. Quadros e matrize inter--casoscasos

�� 6.3. Estrategias de interpretacao e significado6.3. Estrategias de interpretacao e significado

�� . A apresentação e representação . A apresentação e representação dos dadosdos dados

�� 7.1. Relatórios de casos 7.1. Relatórios de casos

7.2. Teses7.2. Teses�� 7.2. Teses7.2. Teses

�� 7.3. Biografias, histórias de vida e 7.3. Biografias, histórias de vida e narrativasnarrativas

O O problemaproblema dada validacaovalidacao dadainvestigacaoinvestigacao

O problema da construção de teoria, generalização e validade da investigação qualitativa

O estudo de casos c/:O estudo de casos c/:

Coerência própria;

Protocolo próprio

Procedimentos de validação próprios

Implicações da opção de Implicações da opção de abordagemabordagem

A avaliação da investigação qualitativa e no estudo de caso

Procedimentos de validaçãoProcedimentos de validação

�� Painel de peritos: peer reviewPainel de peritos: peer review

�� Testagem dos instrumentosTestagem dos instrumentos

�� Utilização dos informantesUtilização dos informantes--chave para chave para �� Utilização dos informantesUtilização dos informantes--chave para chave para avaliação dos relatórios de caso e avaliação dos relatórios de caso e respectiva grelha de avaliaçãorespectiva grelha de avaliação