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Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. 9 , 10, 11 de outubro de 2012 – ISBN: 978-85-62309-06-9
A FOTOGRAFIA COMO ELEMENTO DIDÁTICO
NO ENSINO DA ESCOLA PÚBLICA: A educação do olhar no meio ambiente construído
Dora Lilia de Campos Sabor1
Resumo: Este artigo descreve os processos de criação, projeto e desenvolvimento do uso de novas
tecnologias dentro do ambiente escolar, partindo do referencial de que hoje em dia, o ato de
registro fotográfico é um recurso utilizado no cotidiano do educando; sendo que esta proposta
vem a desenvolver a sensibilidade do olhar, proporcionando a cada um, a descoberta d e uma
poética pessoal.
O próprio registro fotográfico, que acontece dentro do ambiente escolar e de onde parte e começa
a busca desta poética é que vai propiciar ao educando elementos do cotidiano para resignificá-los
através de recursos tecnológicos, partindo da fotografia digital. Palavras-chave: tecnologia; fotografia; poética.
Abstract: This article describes the creation process, project and developing of uses of new
technologies inside school environment getting as reference that nowadays the fact of photography
is a device used in the education everyday life of pupils;this proposal is developing seeing
sensibility, providing everyone, the discovery of a personal poetry.
The own photograph, wich happens inside the school environment, is where it comes from and
where the searching of this poetry stars and is what provides pupils the elements of everyday life
to give a new meaning throw technical resources starting from digital photography. Keywords: technology; fotography, poetic.
O Projeto Fotografia na Escola -“Olhar Poético” é uma pesquisa que tem por objetivo
promover uma maior interação poética e crítica do aluno com o ambiente escolar, através de
elementos auxiliando no processo de ensino-aprendizagem, com isso promovendo a busca de
um olhar mais atento ao meio ambiente construído no qual está inserido, possibilitando o uso
da tecnologia, através da fotografia digital e em seguida, a manipulação destas imagens
através de elementos projetuais de sua construção.
“Graças aos programas de criação de imagens e de sons, tornaram-se disponíveis a
qualquer usuário de computador, recursos esses que permitem a qualquer pessoa
realizar experimentos com cores, luzes, linhas, formas, figuras, sons e texturas,
dando vazão a suas habilidades criativas.” (Santaella, 2007, p.256).
Com o ato do registro fotográfico e em seguida com a editoração destas imagens,
através de uma poética pessoal, que pode levar desde uma nova forma de olhar até um
1 UNIVERS IDADE ANHEMBI MORUMBI - dorasabor@yahoo.com.br
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mergulho na ficção. O aluno tem a possibilidade de experimentações e resignificações que a
tecnologia hoje possibilita. Como certifica Santaella:
“A estética tecnológica, está voltada para o potencial que os dispositivos
tecnológicos apresentam para a criação de efeitos estéticos, capazes de acionar a
rede de percepções sensíveis do receptor, regenerando e tornando mais sutil seu
poder de apreensão das qualidades daquilo que se apresenta aos sentidos.”
(Santaella, 2007: 255).
Atualmente, a fotografia digital é uma ferramenta utilizada no cotidiano, seja através
de uma máquina digital ou de um aparelho celular, o que torna possível, levar os alunos a
projetos individuais de experimentações da imagem dentro do âmbito educacional.
Segundo Claudia Giannetti (2006) o processo de interação e o tempo de reação
sujeito-máquina redundam na potencialização da visualização e da percepção, a partir de
outros sentidos humanos, da informação existente e manejada no computador. A partir dessas
considerações o presente projeto foi realizado em uma escola pública da Rede Municipal de
São Paulo, capital, com alunos do último ano do ensino fundamental.
Eileen Adams (1993) nos fala que o lugar da escola pode ser usado como espaço ou
assunto de estudo. Um meio ambiente fora da sala de aula promove a aprendizagem e o
ensino, o desenvolvimento físico, social e intelectual dos alunos dentro do contexto da
educação formal.
Os alunos também pesquisaram sobre as fotos antigas do álbum de família com
objetivo de perceber a importância do registro no percurso de sua história pessoal. Segundo
SANTAELLA:
“A cada nova emergência tecnológica são gerados novos recursos e procedimentos de
criação e consequentemente novas formas de sensibilidade estética que configuram o
presente à medida que resignificam o passado.” (SANTAELLA, p. 254).
O registro fotográfico aconteceu dentro do ambiente escolar, em áreas externas às salas de
aulas, onde foram trabalhados aspectos da natureza e do design do meio ambiente construído como os
elementos concretos da arquitetura.
Segundo ADAMS (1993, pg.122):
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É importante que a escola considere o estudo do seu entorno como currícu lo informal.
O meio ambiente escolar, como edifício, entorno, transmitem mensagens e
significados. É uma extensão do currículo escondido. Que mensagens a cerca das
relações entre pessoas e lugares o jovem recebe a partir do meio ambiente de sua
escola?
Transpassaram os muros da escola, levando a fotografia para a comunidade onde cada um está
inserido, trazendo para escola o resultado desta leitura crítica da fotográfica, já com um conhecimento
estético e com uma resposta sensível ao lugar. Os resultados foram novas leituras, nova interação de
contextos e novas narrativas.
Metodologia
Com a finalidade de colocar o aluno em contato com a imagem, a proposta foi
trabalhar a partir de três palavras-chaves, são elas: abertura, conexão e poética. Estas palavras
tiveram como objetivo, levar o educando a começar a relacionar o tema de composição com o
objeto de estudo.
O projeto consistiu em uma pesquisa bibliográfica e imagética, que resultou em um
estudo de imagens e temas através da internet que foram organizadas esteticamente através do
programa Power Point e relacionadas às palavras supracitadas em questão, para apresentação
coletiva.
O trabalho fotográfico foi realizado após pesquisas de diferentes fotógrafos como
Henri-Cartier Bresson, Dorothea Lange, Cristiano Mascaro, Anne Gudes, entre outros.
E a partir da exposição de fotos de Sebastião Salgado tendo como tema a Escola: ao ar livre,
em campos de refugiados, entre outros (fig.1, 2, 3, 4 e 5):
FIGURA 1: Escola Indígena
http://oldmanphotos.wordpress.com/2009/08/31/
sebastiao-salgado-parte-quatro/
FIGURA 2: Escola para crianças do Movimento
Sem-Terra no acampamento de Santa Clara -
Sergipe, Brasil, 1996
http://www.diversitas.fflch.usp.br/node/976
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FIGURA 3: Berço da desigualdade
http://alunasleituranabibliodiversidade.blogspot.com.br/
2011/01/poema.html
FIGURA 4: Escola para jovens que escaparam do
recrutamento forçado no sul do Sudão, no campo
de refugiados em Kakuma - Norte do Quênia,
1993.
http://www.diversitas.fflch.usp.br/node/976
FIGURA 5: Escola no campo de refugiados de Nahr el-Bared - Região de Trípoli, Norte do Líbano, 1998.
http://www.diversitas.fflch.usp.br/node/976
Paralelamente foi feita uma relação de nomes de fotógrafos de diferentes estilos e
épocas, para que fosse possível observar como se dá o tratamento da imagem e a identificação
das possibilidades do “olhar” e de suas poéticas.
Foi proposta para os alunos a escolha de um tema de composição no trabalho
fotográfico do fotógrafo em questão, para que posteriormente, com o uso de recursos
tecnológicos fosse confeccionado um vídeo com música e texto, para apresentação de sua
pesquisa. Gerando dessa forma uma conclusão do trabalho por meio de uma contextualização
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de todo o processo, conectando dessa forma as fotografias tiradas com a música, a temática e
o artista que serviu de inspiração para cada aluno.
O registro fotográfico aconteceu dentro do ambiente escolar, em áreas externas às
salas de aulas, com máquinas digitais e alguns celulares (com permissão da Diretora da escola
em questão), sendo tema gerador para realização do trabalho.
Foram abordados nas fotografias diversas questões, entre elas as técnicas de
composição das imagens fotográficas, demonstrando que a utilização de ângulos
diferenciados, traz à composição a explicitação de sua poética, ampliando a dimensão e dando
um significado ao seu olhar.
O que se pode entender ao que Barthes afirma sobre o punctum:
“O punctum de uma foto é esse acaso que, nela, me punge (mas também me mort ifica,
me fere).” (Barthes, 1984 p. 46).
Concluído o trabalho fotográfico, este foi submetido tecnologicamente, ao tratamento de
imagens, para a manipulação das mesmas. Com o intuito de aliar a fotografia à tecnologia mas
também com o objetivo de gerar novas imagens através de um novo olhar, o “olhar digital”.
“O objetivo amb icioso é mostrar o valor cognoscitivo do design”. (Bonsiepe, 2001,p.3)
Da fotografia autoral à remixabilidade
Sara Diamond (2003) segundo Santaella (2007, p. 266) afirmou que a cultura remix
empresta seus procedimentos de muitos movimentos próprios do modernismo tardio e do pós-
modernismo: apropriação, colagem, grafite, mail art, objetos manipulados, fotomontagem,
arte pop, arte processual, rascunho de vídeo. E que o remix é uma forma de colagem.
Foi neste contexto, que os alunos trabalharam a imagem, captada por eles no ambiente
escolar. Com a utilização de um software, através da internet, foi possível a manipulação da
imagem, como cita (Santaella, apud. p.268) “Na remixabilidade, são os softwares, as
interfaces de usuários, o fluxo do design que permitem combinar múltiplos níveis de imagens
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com vários graus de transparência.” Surge então, uma nova forma de olhar. Não existe mais o
instante decisivo e podemos discutir a questão de autoria.
Com o avanço da tecnologia, os recursos para a produção de imagens, interferências,
manipulações de registros documentais, resgate de arquivos esquecidos, tornaram-se
disponíveis a qualquer usuário de computador. Essa nova imagem, passa da realidade à
ficção, trazendo novas leituras, novos contextos e novas narrativas. (fig. 5 e fig. 6).
FIGURA 5: Fotografia de Sofia Cespedes no
âmbito escolar. 2011
FIGURA 6: Sofia Cespedes - Fotografia
manipulada através de software.2011
FIGURA 7: Bruno Nonaka- Foto do âmbito
escolar.2011
FIGURA 8: Bruno Nonaka- Foto manipulada
através de recursos de software.2011
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FIGURA 9: Bruno Nonaka – Fotografia de sua
autoria dentro do âmbito escolar.2011
FIGURA 10: Bruno Nonaka – Foto manipulada
com utilização de software. 2011
Considerações Finais
Este projeto concluiu-se, a partir do momento em que saiu dos muros da escola, ou
seja, teve uma devolutiva através das fotografias realizadas na comunidade na qual o aluno
está inserido, onde ele pôde utilizar os conhecimentos adquiridos nas experiências
vivenciadas no ambiente escolar.
“Imagens são superfícies que pretendem representar algo. Na maioria dos casos,
algo que se encontra lá fora no espaço e no tempo” ( Vilem Flusser, 1985 p. 07).
Após a efetiva elaboração do trabalho, eles apresentaram um portfólio, relacionando as
imagens a poesias e também um relatório, com seu depoimento pessoal, relatando o
desenvolvimento desta pesquisa e de como esta proposta modificou sua maneira de olhar e
registrar fotograficamente.
“O poder mágico, inerente à estruturação plana da imagem, dominaa dialética
interna da imagem” (Vilem Fusser,1985 p.8)
Enquanto educadora, pude participar das descobertas, dos acasos que se
transformaram em temas, como a interferência de um “pé” de outro colega diante da câmera,
aparecendo ao fundo se sua composição, imagem esta que a princípio seria deletada, mas que
se tornou uma bela composição. Ou, o dia programado para sair da sala de aula para
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fotografar dentro do ambiente escolar, e o local passa a ser lavado, molhando os espaços que
seriam objetos de estudo dos alunos, mas que se transformaram em material de estudos para
os mesmos onde uma espuma de sabão cria um efeito abstrato à imagem fotográfica entre
outras descobertas. Das inquietações, das buscas por ângulos diferenciados em um espaço
físico tão recorrido por seus olhares, que durante muitos anos, fizeram parte do seu cotidiano,
pois muitos destes alunos estudaram nesta escola deste as séries iniciais, mas que com a
criatividade, cada um deles, transformou em imagens que nos propiciaram novas leituras.
São os signos, as linguagens que abrem as portas de acesso ao que chamamos de
realidade. É justamente a linguagem, camada processual mediadora, que nos revela,
vela, desvela para nós o mundo, é o que nos constitui como humanos.
( SANTAELLA, 2007, p.8).
Como cita LUPTON e PHILLIPS (2008, p.13):
(...) que há várias maneiras de experimentar com os elementos básicos do design
bidimensional com base em ponto, linha, plano, forma e volume, mas também cor,
transparência e outras características; observando o entorno, diagramando com
ferramentas reais e digitais, usando algum programa para criar e manipular imagens
(...).
E foi sob esse olhar que estes alunos experimentaram através do registro fotográfico no
espaço escolar uma nova maneira de ver e também de expressar sua poética. Ao realizar o ato
de projetar, o indivíduo que o faz não somente projeta uma forma ou um objeto mas,
necessariamente, também se projeta naquela forma ou naquele objeto.(CARDOSO,1998,
p.37).
A COR
FIGURA 11: Cyntia Carla Silva Miranda - 2011
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FIGURA 12: Rafaela Rainho Pontes -201
FIGURA 13: Rafaela Rainho Pontes -201
FIGURA 14: Barbara Caffaro
FIGURA 15: Michelle Almeida dos Santos -2011
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FIGURA 16: Pedro Demarqui- 2011 FIGURA 17: Pedro Demarqui- 2011
A FORMA
FIGURA 18: Sofia Cespedes- 2011
A LINHA
FIGURA 19: Taissa Santos Barbosa - 2011
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FIGURA 20: Yasmin Carvalho Macedo – 2011
A LUZ
FIGURA 21: Daniel Pereira – 2011
A FIGURA
FIGURA 22: Luan Barros de Oliveira -2011
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A TEXTURA
FIGURA 23: Luca Juan Souza da Silva -2011
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