Post on 22-Feb-2016
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Doenças Sexualmente Transmissíveis
Guilherme RehmePriscilla Vicente Lista
Raquel Dias GrecaSarah Angélica Maia
Quando pensar em DST?
Ferida Genital
Cervicite, vaginite Verruga genital
ou alteração no exame de
Papanicolaou (NIC)
Indivíduo sexualmente ativo que apresentar:
Uretrite
Infecções de transmissão sexual
• HPV• Clamídia• Gonorréia• Herpes genital• Linfogranuloma venéreo• Cancro mole• Sífilis• HIV
Agente etiológico: Papilomavírus humano– HPV de baixo risco (não-oncogênico): 6, 11, 42, 43, 44– HPV de alto risco (oncogênico): 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56,
58, 59 e 66.
HPV
4% HPV subclínico1% HPV clínico
10% Infecção latente
60% Ac(+)DNA HPV (-)
75 a 79% das pessoas sexualmente ativa entra em
contato com um ou mais tipos de HPV
DST mais incidente e mais prevalente!Fator de risco mais importante para câncer de colo de útero
Munoz, 2003; Cliffort, 2003.
O HPV é transmitido durante a relação sexual com uma pessoa infectada. Não é necessária a penetração para que haja contaminação.
HPV
Manifestações clínicasHPV
Tratamento
• Medicamentoso:– Podofilotoxina
– Imiquimod
– Ácido tricloacético (ATA)
– 5-fluoracil (5-FU)
• Cirúrgico– Crioterapia
– Laserterapia
– Eletrocirurgia
– Excisão cirúrgica
Prevenção
1. Triagem citológica – Papanicolau– Redução de 80% dos casos de câncer– Prevenção secundária
2. Vacina (prevenção primária)– Bivalente: 16 e 18– Quadrivalente: 6, 11, 16 e 18
HPV
Sem DNA
• Indicação no Brasil:– Mulheres dos 10 aos 25 anos de
idade– Não está disponível para homens
ClamídiaDSTs mais comumente diagnosticada em homens e mulheres
Agente etiológico: Chlamydia trachomatis– Bactéria parasita intracelular obrigatória, principalmente de células epiteliais cilíndricas– Período de incubação: homens – 5 a 10 dias mulheres – 7 a 14 dias
Quadro clínico
HOMEM• Frequentemente sintomáticos.• Uretrite, epididimite, síndrome de
Reiter, proctite
MULHER• Frequentemente assintomáticas• Cervicite (inflamação do colo uterino),
sindrome uretral, DIP e consequente esterilidade
CLAMÍDIA
Uretrite Colo uterino com cervicite
DiagnósticoCLAMÍDIA
TESTE Vantagens Desvantagens
CULTURA Especificidade ≈ 100%Sensibilidade ≈ 80%Apenas amostras de secreçãoNão pode ser usado para rastreamento em larga escala
PCR*Teste mais sensível e mais específicoSensibilidade e especificidade > 90%Amostras de secreção ou de urina
Muito caro
IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA
Mais barato que PCRSensibilidade e especificidade próximas ao PCR
Apenas amostras de secreção
ELISA Fácil de realizarBarato
Apenas amostras de secreçãoSensibilidade ≈ 60%
Tratamento
Azitromicina – 1g VO – dose única
ou
Doxiciclina – 100mg VO 12/12 hrs – 7 dias
Ofloxacina – 300 mg VO 12/12 hrs – 7 dias
ou
Levofloxacina – 500 mg VO 1x/dia – 7 dias
ou
Eritromicina – 500 mg VO 6/6 hrs – 7 dias
CLAMÍDIA
1ª LINHA
Terapêutica alternativa
TRATAMENTO DO PARCEIRO!
Gonorréia
• Agente etiológico: Neisseria gonorréia– Incubação de 2 a 10 dias
• Quadro clínico semelhante à clamídia – mais agudo• Diagnóstico
– Bacterioscopia – diplococos Gram-negativos intracelulares– Cultura em meio de Thayer-Martin– PCR
• Tratamento– Não é mais recomendado o uso de quinolonas – resistência– Ceftriaxona 125 mg– Cefixime 400 mg VO dose única
3ª DST mais prevalente - Associação frequente com Clamídia
• Agente etiológico: Herpes simplex virus (tipo II)
• Quadro clínico– Pródromos: prurido ou
ardência em região genital
– Lesão ativa: vesículas que ulceram; dor.
– Quadro recorrente
• Diagnóstico – clínico– Citologia – TZANK
Herpes genital
• Tratamento – antirretrovirais:• Aciclovir• Fanciclovir• Valaciclovir
• Agente etiológico: Chlamydia
trachomatis
– Cepas L1, L2 e L3
• Quadro clínico:
– Adenopatia unilateral e inguinal
com fistulização
– Complicações: elefantíase escrotal e
vulvar
• Diagnóstico:
– Bacteriologia
– Sorologia
– PCR
Linfogranuloma venéreo
• Agente etiológico: Haemophilus ducrey– Incubação de 4 a 10 dias
• Quadro clínico– Lesões ulceradas múltiplas,
dolorosas, bordas irregulares com contornos eritema-edematosos
– Adenite inguinal satélite
– Microabscessos
• Diagnóstico– Definitivo: isolamento do agente
– Provável: clínica + exclusão de outras doenças ulcerosas
Cancro mole
Tratamento
• Doxiciclina 100 mg VO 12/12 hrs por 21 dias
• Azitromicina 1g VO 1x/semana por 3 semanas
• Aspiração dos bubões
• Tratamento empírico• Azitromicina 1g VO dose
única• Ceftriaxona 250 mg IM
Linfogranuloma venéreo Cancro mole
Tratamento do parceiro se contato até 60 dias antes do aparecimento
dos sintomas
Tratamento do parceiro se contato até 10 dias antes do aparecimento
dos sintomas
• Agente etiológico: Treponema pallidum
– Período de incubação de 10 a 90 dias (média 21 dias)
• Quadro clínico:
– Fase primária: úlcera única, indolor, bordos endurecidos no local da
inoculação. Desaparece espontaneamente.
– Fase secundária: lesões de pele de formas variadas – manchas
eritematosas (roséolas), exantemas ou pápulas (mãos e pés)
– Fase terciária: após 10-12 anos da primoinfecção; sequelas – gomas,
nodosidades justa articulares, lesões cardiovasculares e do sistema
nervoso
Sífilis
Diagnóstico• Cancro: Pesquisa em campo escuro
• Fase secundária
– VDRL
– FTA-ABS
Sífilis
Sífilis primária
Sífilis secundária
Tratamento• Recente (< 1 ano): penicilina
benzatina 2.400.000UI IM• Tardia (> 1 ano ou duração
desconhecida): 2.400.000UI x 3 doses – 1x/semana
HIVA presença de qualquer DST aumenta as chances de adquirir o vírus do HIV
1. Infecção aguda• Manifestações semelhantes a um
quadro gripal• Tempo de exposição e sintomas é
de 5 a 30 dias
2. Fase assintomática (latência)
• Alguns pacientes podem manifestar linfoadenopatia generalizada
3. Fase sintomática inicial• Sinais e sintomas inespecíficos:
sudorese noturna, emagrecimento, diminuição das plaquetas.
• Processos oportunistas: candidíase oral e vaginal recorrente, gengivites, úlceras aftosas, diarréia, sinusites , herpes recorrente, herpes zoster
4. AIDS• Alteração imunitária do
hospedeiro.• Manifestação de outras
doenças: pneumonia, sarcoma de Kaposi
DiagnósticoHIV
• Anticorpos contra HIV aparecerem no soro em média 3 a12 semanas após a infecção
• Janela imunológica: é o tempo compreendido entre a aquisição da infecção e a soroconversão. Varia de 6 a 12 semanas (45 dias a 3 meses)
• Os testes identificam a soroconversão em até 95% dos casos 6 meses após a infecção.
• Testes utilizados: ELISA e WESTERN BLOT
Considerações finais
• A grande maioria das DSTs são assintomáticas
• Existe uma repercussão importante no trato reprodutor nas
mulheres (esterilidade, câncer), o que afeta indiretamente o
parceiro
• Encontrando uma DST, é importante o rastreamento das
demais e orientação de parceiras(os)
• A presença de qualquer DST aumenta o risco de adquirir HIVPRESERVATIVO SEMPRE!