Post on 30-May-2020
Julizar Dantas
DOENÇAS CARDIOLÓGICAS E RISCOS ADICIONAIS PARA O TRABALHO
30a. JORNADA DA AMIMTBelo Horizonte, 27 de outubro de 2016
DECLARAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE
Declaro não ter conflito de interesses. Currículo Lattes no site CNPQ (Plataforma Lattes)http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4434590A5
Julizar Dantas
www.mao.org.br
AVANÇOS
TECNOLÓGICOS
MODELOS
DE GESTÃO
REESTRUTURAÇÃO
PRODUTIVA
ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO
ATIVIDADE DE TRABALHO
Carga de trabalho
Física Psíquica
Cognitiva
SEDENTARISMOSÍNDROME METABÓLICA
ESTRESSE
DANTAS, J. Trabalho e Coração Saudáveis. Aspectos psicossociais. Impactos na promoção da saúde. Belo Horizonte: Ergo, 2007.
ESTUDO DA MORTALIDADE EM BOMBEIROS NOS EUA: 1994 - 2004
• DCV: 45% das 1.144 mortes ocorridas em ação.
• Doença coronariana: 449 (39%) mortes:
• Resposta ao alarme – 13,4%;
• Combate a incêndio – 32,1%;
• Retorno à base após um alarme – 17,4%;
• Treinamento físico – 12,5%;
• Resposta a outras emergências – 9,4%;
• Realização de atividades não-emergenciais – 15,4%.
KALES, S.N. et al. Emergency Duties and Deaths from Heart Disease among Firefighters in the United States.
New England Journal of Medicine, v.356, n.12, p.1207-1215, 2007.
REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL COM DOWNSIZING E MORTALIDADE CARDIOVASCULAR
Estudo prospectivo (7,5 anos) em 22.430 empregados públicos
0
0,5
1
1,5
2
Dimensão da downsizing
Nenhuma Média Grande
RR
VAHTERA, J. et al. Organizational downsizing, sickness absence and mortality: the 10-town
prospective cohort study. British Medical Journal, London, v.328, p.555–7, 2004.
* Stress was defined as “feeling irritable, filled with anxiety, or as having sleeping
difficulties as a result of conditions at work or at home.”
Chronic work stress was associated with coronary
heart disease and this association was stronger among
participants aged under 50 (RR 1.68, 95% CI 1.17–2.42).
Stress at work can lead to CHD through direct
activation of neuroendocrine stress pathways and indirectly
through health behaviours.
Córtex Medula
Aldosterona - Cortisol Adrenalina - Noradrenalina
Suprarrenal
Ameaça Hipotálamo THDOC CRH
ACTH Hipófise
THDOC – tetrahydrodeoxycorticosterone - CRH - corticotropin-releasing hormone (CRH)
Sarkar J., Wakefield S., Mackenzie G., Moss S. J., Maguire J. (2011). Neurosteroidogenesis is required
for the physiological response to stress: role of neurosteroid-sensitive GABAA receptors. J. Neurosci.
31, 18198–18210. doi: 10.1523/JNEUROSCI.2560-11.2011.
DOENÇA
CARDIOVASCULAR
IDADE
HEREDITARIEDADE
SEXO MASCULINO
HIPERTENSÃO
ARTERIAL
OBESIDADE DIETA
ATEROGÊNICA
DISLIPIDEMIAS
ESTRESSE
FUMO
OUTROS
HOMOCISTEÍNA
VIDA
SEDENTÁRIA
DIABETES
FATORES DE RISCO
INFLAMAÇÃO
PRÉ-EVENTO
Informações indispensáveis:
Idade Sexo
Colesterol total/HDL/LDL Pressão Arterial
Tabagismo Diabetes mellitus
Exames:
Colesterol Fracionado Glicemia
ESCORE DE FRAMINGHAM
(ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO)
BAIXO
<10%
MÉDIO≥ 10 ≤ 20%
ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR
DIABETES
ALTO> 20%
RISCO CARDIOVASCULAR
(ESCORE DE FRAMINGHAM)
PETROBRAS/REGAP - 01/01 a 31/12/2008
0,6%17,1%
82,3%
Alto
Médio
Baixo
Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2016; V. 107; n.3; supl.3: 1-104.Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf Acesso em 24 out. 2016.
RISCO CRÍTICO
RISCO ALTO
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
PÓS-EVENTO CARDIOVASCULAR
GRAVE
Diretriz de Reabilitação Cardiorespiratoria e GISSI3
Dantas J. Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: Mendes, R. Patologia
do trabalho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2013.
FERRAMENTAS PARA A ESTRATIFICAÇÃO DE
RISCO CARDIOVASCULAR
Diretriz de Reabilitação Cardiorespiratoria e GISSI3
CLASSE I: pacientes portadores de doença cardíaca sem limitação da
atividade física.
CLASSE II: pacientes portadores de doenças cardíacas com leve
limitação da atividade física.
CLASSE III: pacientes portadores de doença cardíaca com nítida
limitação da atividade física.
CLASSE IV: pacientes portadores de doença cardíaca que os
impossibilita de qualquer atividade física.
Diretriz de Reabilitação Cardiorespiratoria e GISSI3
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. II Diretriz Brasileira de Cardiopatia grave.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.87, n° 2, 2006.
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL (NYHA)
LEVE MODERADA GRAVE
LIMITAÇÃO FUNCIONAL
CRÍTICA
Dantas, J. . Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes.
(Org.). Patologia do trabalho. 3a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.
ECODOPPLERCARDIOGRAMA
(Fração de Ejeção VE – FEVE)
FEVE ≥ 59% FEVE: > 35 < 59% FEVE: 25 – 35% FEVE < 25%
NORMAL
ECODOPPLERCARDIOGRAMA
• A fração de ejeção (FEVE) permite diferenciar os tipos de insuficiência
cardíaca, sistólica e diastólica, propiciando informações e parâmetros
necessários para a decisão terapêutica e o prognóstico (Bocchi et al,
2009).
• No Brasil, constatou-se boa correlação entre a classe funcional (NYHA), o
VO2 máximo e a FEVE em pacientes com cardiomiopatia chagásica (Mady
et al, 2005).
LEVE MODERADA GRAVE
LIMITAÇÃO FUNCIONAL
CRÍTICA
TESTE ERGOMÉTRICO OU ERGOESPIROMETRIA
V02 máx. > 5 METs
(> 17,5 ml/kg/min.)
Isquemia e/ou
V02 máx. ≤ 5 METs
(≤ 17,5 ml/kg/min.)
V02 máx.
< 10 ml/kg/min.
Dantas, J. . Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes.
(Org.). Patologia do trabalho. 3a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.
CAPACIDADE AERÓBICA
A presença de VO2 máx. < 17,5 mL/kg/min ou 5 METs (incapacidade para
andar rápido por mais de 30 minutos) é um fator de mau prognóstico em
portadores de DAC.
Myers J et al. Exercise capacity and referred for exercise testing. N Engl J Med 2002; 346(11):793-801.
LEVE MODERADA GRAVE
LIMITAÇÃO FUNCIONAL
CRÍTICA
TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS
≥ 600 m ≥ 450 < 600 m ≥ 300 < 450 m < 300 m
Dantas, J. . Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes.
(Org.). Patologia do trabalho. 3a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.
TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS
A distância caminhada menor que 520 metros identificou os pacientes
com maior probabilidade de óbito.
Rubim, VSM; Drumond Neto C; Romeo JLM; Montera MW. Valor Prognóstico do Teste de Caminhada deSeis Minutos na Insuficiência Cardíaca. Arq Bras Cardiol 2006; 86(2):120-125.
LEVE MODERADA GRAVE
LIMITAÇÃO FUNCIONAL
CRÍTICA
BNP ou NT-proBNP
BNP <100 pg/mL
NT-proBNP < 400 pg/mL
BNP 100 - 400 pg/mL
NT-proBNP 400 - 2.000pg/mL
BNP > 400 pg/mL
NT-proBNP >2.000 pg/mL
Dantas, J. . Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes.
(Org.). Patologia do trabalho. 3a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.
BNP (NT-proBNP)
• Para pacientes em classe funcional III ou IV, os valores de NT-proBNP
identificados como preditores de mortalidade são sempre superiores a 1.000
pg/ml.
• Valores acima 6.000 pg/ml são um forte indicador de necessidade de avaliação
para a possibilidade de transplante cardíaco.
Pereira-Barretto AC; Oliveira Junior MT; Strunz CC, Del Carlo CH; Scipioni AR; Ramires JAF. O Nível Sérico de NT-proBNP é
um Preditor Prognóstico em Pacientes com Insuficiência Cardíaca Avançada. Arq Bras Cardiol 2006; 87(2):174-177.
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
PÓS-EVENTO CARDIOVASCULARALTO* GRAVE CRÍTICO
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL (NYHA)
Classes I e II Classe III Classe IV
ECODOPPLERCARDIOGRAMA
(fração de ejeção VE – FEVE)
FEVE > 35% FEVE: 25 - 35% FEVE < 25%
BNP ou NT-proBNP
(pg/mL)
BNP <100
NT-pro BNP < 400
BNP 100 - 400
NT-pro BNP 400 - 2.000
BNP > 400
NT-pro BNP > 2.000
TESTE ERGOMÉTRICO ou ERGOESPIROMETRIA
V02 máx. > 17,5 ml/kg/min.
(5 METs)
Isquemia
e
V02 máx. ≤ 17,5 ml/kg/min.
(5 METs)
V02 máx. < 10 ml/kg/min.
TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS
> 450 m 300 – 450 m < 300 m
Dantas, J. . Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes. (Org.). Patologia do
trabalho. 3a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.
RISCO CARDIOVASCULAR NA
HIPERTENSÃO ARTERIAL E
CONDIÇÕES CLÍNICAS ASSOCIADAS
Diretriz de Reabilitação Cardiorespiratoria e GISSI3
Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2016; V. 107; n.3; supl.3: 1-104.Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf Acesso em 24 out. 2016.
Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2016; V. 107; n.3; supl.3: 1-104.Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf Acesso em 24 out. 2016.
Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL et al. 7ª Diretriz Brasileira
de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2016; V. 107; n.3; supl.3: 1-104.
Disponível em:
http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO
_ARTERIAL.pdf Acesso em 24 out. 2016.
DCEI – PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DECA/SBCCV). Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis - 2015. Disponível em: http://www.deca.org.br/Medica/arquivos/SuplementoRelampa.pdf Acesso em 20 out.2016.
DCEI – PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DECA/SBCCV). Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis - 2015. Disponível em: http://www.deca.org.br/Medica/arquivos/SuplementoRelampa.pdf Acesso em 20 out.2016.
DCEI – DIREÇÃO VEICULAR
Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DECA/SBCCV). Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis - 2015. Disponível em: http://www.deca.org.br/Medica/arquivos/SuplementoRelampa.pdf Acesso em 20 out.2016.
Alguma flexibilidade deve ser permitida ao portador de
DCEI, mas os riscos associados à recorrência de arritmia,
interferências e disfunções não devem jamais ser
negligenciados, sendo menores em portadores de
marcapassos convencionais e maiores naqueles com
ressincronizadores e CDI (D).
DCEI – DIREÇÃO VEICULAR
Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DECA/SBCCV). Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis - 2015. Disponível em: http://www.deca.org.br/Medica/arquivos/SuplementoRelampa.pdf Acesso em 20 out.2016.
DCEI – DIREÇÃO VEICULAR
Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DECA/SBCCV). Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis - 2015. Disponível em: http://www.deca.org.br/Medica/arquivos/SuplementoRelampa.pdf Acesso em 20 out.2016.
DCEI – DIREÇÃO VEICULAR
Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DECA/SBCCV). Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis - 2015. Disponível em: http://www.deca.org.br/Medica/arquivos/SuplementoRelampa.pdf Acesso em 20 out.2016.
DCEI – DIREÇÃO VEICULAR
Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (DECA/SBCCV). Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis - 2015. Disponível em: http://www.deca.org.br/Medica/arquivos/SuplementoRelampa.pdf Acesso em 20 out.2016.
DCEI – FONTES DE INTERFERÊNCIA ELETROMAGNÉTICA
• Equipamentos cirúrgicos (eletrocautério);
• Ressonância nuclear magnética;
• Litotripsia extracorpórea;
• Fisioterapia (estimuladores elétricos, diatermia);
• Motores industriais;
• Torres de transmissão, transformadores e
estação de distribuição de energia elétrica
• Radares;
• Grandes alto-falantes;
• Portas magnéticas de bancos e de aeroportos.
Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis (DCEI)
FUNÇÃO INTERFERÊNCIA RECOMENDAÇÃO
• Operadores de torres
de transmissão,
transformadores e
estação de distribuição
de energia elétrica
• Operadores de radar
• Técnico de eletrônica
• Mecânico automóveis
• Cabeleireiro
• Dentista
• Soldador
• Outros
• Potência
• Distância da fonte
• Tempo de exposição
• Tipo de DCEI
• Cardiologista
• Eletrofisiologista
• Médico do Trabalho
Martinelli Filho M, Zimerman LI, Lorga AM, Vasconcelos JPM, Rassi A Jr. Guidelines for Implantable
Eletronic cardiac Devices of the Brasilian Society of Cardiology. Arq Bras Cardiol 2007;89(6): e210-e238.
RISCO CARDIOVASCULAR
E CONDUTAS ADMINISTRATIVAS
O trabalhador classificado no grau de risco alto, classe
funcional I, apresentando teste ergométrico sem alterações
isquêmicas, capacidade aeróbica e FEVE normais está apto
para a maioria das funções, incluindo a exigência de
esforço físico.
Dantas, J. . Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes.
(Org.). Patologia do trabalho. 3a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.
APTIDÃO PARA O TRABALHO
O trabalhador classificado no grau de risco alto, classe
funcional II, sem alterações isquêmicas, capacidade aeróbica
> 5 METs e FEVE 36 a 50% está apto para funções que não
exijam esforço físico intenso.
Dantas, J. . Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes.
(Org.). Patologia do trabalho. 3a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.
APTIDÃO PARA O TRABALHO
INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
Hipertensão arterial, estágio 2 (PAS ≥ 160 < 180 ou
PAD ≥ 100 < 110 mmHg) associada a ≥ 3 fatores de
risco, LOA, SM ou DM, representa incapacidade
temporária para atividades críticas (Ex.: espaço
confinado; temperaturas extremas; mergulho; trabalho
com atividade física vigorosa ...).
Dantas, J. Incapacidade laborativa nas doenças cardiovasculares. Disponível em:
http://www.trabalhoecoracaosaudaveis.com.br Acesso em 02 out. 2016.
Hipertensão arterial, estágio 3 (PAS ≥ 180 ou PAD ≥
110 mmHg), urgências e emergências hipertensivas
devem ser tratadas imediatamente e são condições
incapacitantes temporárias para o trabalho.
INCAPACIDADE TEMPORÁRIA
Dantas, J. . Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes. (Org.). Patologia do
trabalho. 3a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.
Condições clínicas associadas à hipertensão arterial:
• doença cerebrovascular;
• cardiopatia grave;
• nefropatia grave;
• retinopatia (hemorragias, exsudato e papiledema);
• doença arterial periférica significativa;
• outras.
INCAPACIDADE DE DURAÇÃO INDEFINIDA E
ENCAMINHAMENTO À PERÍCIA DO INSS
Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95 (1 supl.1): 1-51
INCAPACIDADE DE DURAÇÃO INDEFINIDA E
ENCAMINHAMENTO À PERÍCIA DO INSS
• O trabalhador classificado no grau de risco grave indica
inaptidão para a maioria das funções.
FEVE: 25 - 35%
VO2 máximo < V02 máx. ≤ 17,5 ml/kg/min. (5 METs)
Teste de caminhada de seis minutos: 300 – 450 m
Classe funcional III (NYHA)
Eventualmente, o trabalhador (NYHA III, evoluindo estável) pode exercer atividades administrativas,
após avaliação cardiológica com relatório favorável e concordância do trabalhador, desde que a
carga de trabalho de natureza física e psíquica sejam compatíveis com a sua capacidade funcional.
Dantas, J. . Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes. (Org.). Patologia do
trabalho. 3a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.
INCAPACIDADE DE DURAÇÃO INDEFINIDA E
ENCAMINHAMENTO À PERÍCIA DO INSS
• O trabalhador classificado no grau de risco crítico está
inapto para todas as funções.
FEVE < 25%
VO2 máximo < 10 mL/kg/min
Teste de caminhada de seis minutos < 300 m;
Classe funcional III/IV (NYHA) persistente.
Bacal F, Souza-Neto JD, Fiorelli AI, Mejia J, Marcondes-Braga FG, Mangini S, et al.II Diretriz
Brasileira de Transplante Cardíaco. Arq Bras Cardiol 2009; 94(1 supl.1):e16-e73.
Dantas, J. . Patologia cardiovascular relacionada ao trabalho. In: René Mendes. (Org.). Patologia do
trabalho. 3a. ed. Rio de janeiro: Atheneu, 2013.
Promover a saúde inclui a construção de
ambientes organizacionais e estilo de vida
adaptados às necessidades de ser
humano, saudável e produtivo!
Obrigado!
julizar@cardiol.br