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INTRODUÇÃO
Diante de todas as transformações que vem acontecendo em nosso mundo, as
pessoas desempregadas reconhecem a necessidade de uma boa formação
profissional e capacitação geral como um dos requisitos para enfrentar processos
seletivos em busca de uma boa oportunidade no mercado de trabalho, desta
forma o individuo necessita capacitar-se, principalmente através de qualificação
profissional. Sendo assim o mesmo conquista espaço no mercado de trabalho, e
competência para ser efetivado em uma parceria empresarial, resgatando sua
própria satisfação, ajudando assim em sua formação geral, na familiarização do
seu grupo, no desenvolvimento de competências comunicativas, nas capacidades
criativas para análise de situações novas, e ampliando a capacidade de pensar e
agir com horizontes mais amplos. Partindo deste cenário, e dos novos desafios
em que o mundo empresarial oferece a este novo profissional, este trabalho
delimita-se em discutir as dificuldades causadas pelo desemprego, concebida
pela falta de oportunidades, que não permite ao funcionário aprender e crescer
enquanto trabalha e, assim, levar à sua melhoria contínua.
Desta forma, o presente estudo vai abordar o papel do profissional de recursos
humanos, tendo como objetivo geral averiguar o índice do desemprego, tendo
como objetivo específico identificar as características desenvolvidas pelo mesmo,
explicitando as funções que lhe cabe desempenhar no contexto empresarial,
considerando também a este, a importância do desenvolvimento de projetos
educativos nas empresas.
O papel do Administrador de RH no processo de recrutamento e seleção é de
suma importância para empresa no seu bom desenvolvimento. Dessa forma, é
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preciso ter bons candidatos e selecionar os melhores. É importante que se faça uma
pesquisa externa para saber onde anunciar para que se possam obter os candidatos
com a qualificação que se pretende selecionar, pois é necessário, acima de tudo,
encontrar pessoas competentes e dedicadas para que a empresa possa desenvolver
um programa de qualidade eficaz. Assim, os candidatos precisam estar sempre em
busca do seu aperfeiçoamento, pois o mercado de trabalho está muito concorrido e
as empresas estão exigindo cada vez mais.
Para um recrutamento e seleção dos candidatos deve ser montado um perfil da
vaga para que possa atender melhor a necessidade da empresa. Encontrando
formas de avaliar, qualificar, contratar candidatos adequados para desempenhar as
funções dentro de um cargo.
Este estudo refere-se a uma pesquisa bibliográfica, pois pretende expor as
dificuldades na busca de um novo emprego.
Este tema foi escolhido neste projeto, pois é de suma importância na área de
recursos humanos de uma empresa.
Sendo a administração de recursos humanos uma área multidisciplinar, porém é a
área que trata de recrutamento, seleção, treinamento, desenvolvimento,
manutenção, inspeção e avaliação de pessoal. Assim percebe-se que a integração
do trabalhador no contexto da organização proporciona um aumento de sua
produtividade. Nesta perspectiva, observa-se que esta área envolve, entre outras,
conhecimentos de Sociologia Organizacional, Psicologia do Trabalho, Direito
Trabalhista, Medicina do Trabalho, Engenharia do Trabalho, Serviço Social e outros.
Fica claro, pois, que o profissional de recursos humanos deve possuir formação
universitária, evidentemente, para cada uma das áreas em que subdivide a
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administração de Recursos Humanos haverá um curso universitário mais
adequado.
A relevância deste trabalho se faz, à medida que traz a tona o profissional na área
de RH como um elemento de extrema importância para dinamizar o contexto
empresarial, e por ainda não ter o seu real reconhecimento, por isso este tema vai
ser abordado, observando o trabalho desenvolvida pela empresas, verificando o
quanto o ser humano pode trilhar novas oportunidades no mercado de trabalho.
CAPÍTULO I – A REAL VIVÊNCIA DO DESEMPREGADO
Atualmente vivemos em um mundo onde as dificuldades e os obstáculos estão
cada vez mais presentes em nossas vidas. O desemprego é uma condição em
que pessoas se encontram quando não possuem atividades que lhes sejam
remuneradas. No Brasil o desemprego é provocado principalmente pela baixa
qualificação, trabalhos informais, educação precária entre outros. Os
profissionais encontram grandes dificuldades em busca de uma colocação no
mercado de trabalho
Diante destas transformações este quadro torna-se obsoleto na medida em
que, atualmente encontramos novas condições de vida, novos desafios
apresentados, novos problemas a enfrentar, isso dificultam a situação do
trabalhador na busca de uma oportunidade no mercado de trabalho.
A legislação do trabalho tem que estar mais aberta à economia e às
necessidades de adaptação. Na verdade esta conjuntura tem forçado os
trabalhadores a suportarem condições de trabalho menos favoráveis e a verem
retiradas conquistas que se pensava estarem solidamente implantadas. Em
suma, a legislação do trabalho deverá estar mais aberta à economia e às
necessidades de adaptação. Segundo (cf. Pochmam, 2001) O desemprego
tem sido um dos maiores problemas da sociedade contemporânea e, por esta
razão, um dos temas mais debatidos e analisados. Em 1999, para uma
população economicamente ativa mundial estimada em três bilhões de
pessoas, havia cerca de um bilhão de trabalhadores vivendo com sua
capacidade de trabalho subutilizada, o que significa dizer que, em cada três
trabalhadores no mundo, um se encontrava na condição de desemprego ou de
subemprego.
No Brasil, o desemprego vem crescendo de forma significativa, principalmente
nos dois últimos decênios. Como consequência Pochmann (2001) ressalta, as
transformações ocorridas na economia brasileira, a partir da segunda metade
da década de 1980, têm gerado um desemprego sem precedentes na história
do país, de tal maneira que vem atingindo o tecido social brasileiro como
epidemia.
Uma análise semelhante é feita por Mattoso (2000), ao afirmar que,
atualmente, o desemprego apresenta uma amplitude nacional e caracteriza-se
pela sua extraordinária intensidade. Além disso, seus índices não têm paralelo
com outros momentos da história nacional. Estamos vivendo uma realidade
onde o mundo moderno sugere também mudanças na sociedade, no que diz
respeito ao mercado de trabalho, é fato também que a sociedade não está
acompanha o ritmo dessas mudanças, profissões estão desaparecendo e
outras estão surgindo, a concentração de renda aumenta e a economia está se
globalizando, nesse contexto cada vez mais difícil as empresas estão investido
em características antes vistas como sem importância, a criatividade está
sendo o diferencial, pré-requisito para o trabalhador moderno. Diante desse
quadro o Brasil precisa de uma melhoria significativa no seu sistema
educacional, preparando as novas gerações para a versatilidade do mundo
moderno, bem como as políticas contra o desemprego precisam apresentar
soluções adequadas à realidade de uma economia que não pode ser mais
dividida simplesmente em formal e informal. O que não deixa de ser uma
consequência do despreparo das universidades em produzir profissionais
capacitados para o mercado é novos cursos superiores com períodos menores
ou mesmo cursos superiores feitos em finais de semana que apenas oferecem
um diploma universitário. Se por um lado faltam empregos para a maioria da
população, também faltam profissionais qualificados para as empresas.
A situação do desemprego não significa que os desempregados tenham tempo
livre para outras atividades desvinculadas de sua inserção no mercado de
trabalho. Eles precisam desenvolver várias tarefas e utilizar o tempo de que
dispõem para procurar oportunidades de inserção no mercado de trabalho.
Para preparar o recurso humano para uma tecnologia sofisticada e em
permanente e constante evolução, o ensino profissionalizante pode não ser a
melhor opção. A maioria dos trabalhadores atuais deve mudar profundamente
seu modo de trabalhar em função da introdução do progresso técnico e nos
avanços das produções.
A condição de desemprego interfere na vida do desempregado como um todo,
ou seja, mesmo nos momentos em que o desempregado não está
desenvolvendo as tarefas específicas de busca pelo emprego, está envolvido
com a situação de desemprego. As preocupações com o desemprego geram
interferências nas outras atividades do desempregado, já que afetam a forma
como os desempregados se relacionam com outras pessoas, como também
prejudicam as horas destinadas ao descanso.
A família tem um forte significado para o trabalhador desempregado.
Normalmente, a família de origem atua dando apoio, principalmente financeiro.
Há casos, no entanto, em que o desempregado não pode contar com a família
de origem, ficando desamparado financeiramente. Os cônjuges, geralmente,
são descritos como pessoas que fornecem suporte afetivo e material, já que
incentivam a busca pelo emprego e assumem as despesas da família. Porém,
de forma geral, verifica-se uma perda na qualidade da relação entre o casal,
devido às preocupações geradas pelo desemprego. A consciência da
responsabilidade em prover os bens necessários para os filhos e a
preocupação em não conseguir cumpri-la são enfatizadas pelos participantes
que têm filhos dependentes.
A queda no padrão de consumo é um fator central decorrente da situação do
desemprego. Os participantes demonstram não conseguir renovar os bens que
costumavam comprar, e passam a vender algumas mercadorias adquiridas
com o objetivo de obter recursos financeiros para comprarem outras mais
necessárias. Em casos extremos, contraem dívidas, sem terem a possibilidade
de quitá-las.
A falta de informações sobre os critérios de seleção para as funções às quais
concorrem, como também a ausência de uma resposta sobre os resultados dos
processos seletivos aos quais se submetem, gera, nos desempregados, uma
sensação de serem desconsiderados pelas organizações de trabalho.
Diante de tantas tentativas frustradas de reingresso no mercado de trabalho, e
da conseqüente perda da esperança, assim como do desespero causado pela
situação do desemprego, os entrevistados adotaram algumas expressões e
atitudes para recuperar a esperança e aliviar as tensões. A crença no
pensamento positivo e religioso, assim como a prática de longas caminhadas,
funcionam como estratégias para minimizar os impactos do desemprego e
possibilitam a continuidade no processo de busca de reinserção no mercado de
trabalho.
O planejamento da vida futura também fica dificultado devido à situação do
desemprego, já que a ausência de recursos financeiros compromete o
investimento no desenvolvimento profissional e na aquisição de bens materiais.
De forma geral, os sentimentos gerados pela situação do desemprego têm uma
conotação desagradável, associados a uma experiência de sofrimento por
parte dos desempregados.
1.1 O Desemprego e as suas consequências na vida do trabalhador.
No contexto do desemprego uma de suas consequências também pode estar
ligada ao sistema educacional que precisa de melhorias, devendo preparar as
novas gerações para as mudanças no mundo moderno, também com as
politicas contra o desemprego que precisa apresentar soluções adequadas a
realidade de uma economia que não deve ser dividida em formal e informal,
deve-se também existir um ensino de qualidade e capacitação profissional nas
universidades a fim de formar pessoas qualificadas para o preenchimento de
vagas onde os avanços da tecnologia estão avançando cada vez mais
atualmente. Esses estudos convergem no que se refere aos efeitos negativos
do desemprego para os desempregados, seus familiares e a sociedade. Tais
investigações demonstram que a situação de desemprego está associada à
ocorrência de distúrbios psicológicos e à baixa na autoestima, assim como tem
uma relação com a emergência e o agravamento de problemas sociais, como o
aumento da criminalidade devido também a falta de emprego.
O conceito de vivência, neste estudo, se refere à configuração de sentidos que
cada indivíduo vai desenvolvendo e atribuindo aos eventos em que
experimenta, nos quais se sente envolvido, na maioria das vezes, como
protagonista ou vítima no decorrer de sua vida, cotidianamente. Sentido se
refere à possibilidade de atribuição de significado a eventos de que o indivíduo
participa diretamente.
CAPÍTULO II - O DESEMPREGO E SUAS CONSEQUÊNCIAS.
O trabalho na sociedade moderna passou a ser reconhecido como um fator
determinante no processo de humanização do homem, um elemento capaz de
modificar as condições de existência da própria sociedade. Por este motivo, a
situação de desemprego enfrentada pela maioria da classe trabalhadora trouxe
conseqüências que atingem diretamente a formação dos trabalhadores em
situação de desemprego. No intuito de averiguar como esta situação vem
sendo enfrentada por aqueles que se encontram desempregados e na tentativa
de compreender como o ato de trabalhar é percebido por aqueles que se
encontram fora do mercado de trabalho e quais as conseqüências que essa
exclusão vem causando em sua vida. Assim, torna-se necessário relacionar
uma realidade teórica e prática do mercado de trabalho, uma colaboração para
o entendimento das problemáticas que o desemprego ocasiona na formação da
vida do homem.
O ato de trabalhar caracteriza-se, em sua essência, por uma ação que
promove mudanças constantes no ser que trabalha, nos outros que estão ao
seu redor e na própria natureza. Transformar uma simples madeira em um
objeto útil, como uma mesa, por exemplo, exige uma prévia idealização que
somente o homem, por ser capaz de agir e realizar ações conscientes pode
fazer.
A categoria trabalho, no qual o significado não se restringe a emprego,
assalariamento, representa uma ação desenvolvida por pessoas que desejam
crescer com ele e, a partir dele, formam sua subjetividade enquanto indivíduo.
De acordo com Antunes:
O trabalho constitui-se como categoria
intermediaria que possibilita o salto ontológico
das formas pré-humanas para o ser social. Ele
está no centro do processo de humanização do
homem (ANTUNES, 2002, p.136).
Acompanhando a esta polêmica que existe em torno da categoria trabalho,
surgiu a necessidade de entender como o ato de trabalhar vem sendo
percebido no cotidiano dos trabalhadores que hoje se encontram
desempregados. Qual o valor que estes atribuem à categoria trabalho? E quais
as interferências que a condição de desempregado vem causando na formação
de sua identidade/ subjetividade?
Poderíamos classificar o desemprego em tecnológico, quando muitas
empresas substituem os trabalhadores por maquinas ou serviços
informatizados; estrutural ocorre principalmente em países e cidades menos
desenvolvidas, quando a maioria das pessoas são trabalhadores rurais e não
possuem qualificação adequada para algumas empresas ou conjuntural que
ocorre quando o país estimula pouco os seus trabalhadores acarretando assim
baixos salários e alto custo de vida. Ou até mesmo podemos destacar os
indivíduos que hoje usam do trabalho informal como a principal fonte de renda
para o sustento de sua família.
2.1 Treinamento de Pessoal.
Segundo Santos:
(...) O treinamento profissional consiste na aplicação de um conjunto de princípios oriundos de pedagogia visando aprendizagem de novas respostas a situações específicas, a extinção de outras, indesejáveis nas mesmas situações e a preparação do organismo para futura ampliação do seu repertório de respostas (...) (SANTOS OSVALDO, 1981, p. 138)
Como afirma Chiavenato (1994), “se pretendemos modernizar as nossas
empresas, devemos começar pelas pessoas que nelas trabalham”. A
modernização passa antes pela cabeça das pessoas e pela sua
competência para chegar posteriormente às máquinas, equipamentos,
métodos, processos, produtos e serviços. “O impulso alavanca dor da
modernização está nas pessoas, nas suas habilidades e conhecimentos, na
sua criatividade e inovação, na sua inteligência e na sua competência.”
Quando falamos em mundo moderno como sociedade do conhecimento da
informação, marcada pelos efeitos da globalização dos meios de
comunicação de massa, parte-se do princípio de que, por um lado todas as
informações aparecem contextualizadas, mas por outro lado oferecem a
possibilidade de um modo diferente de olhar, ou seja, na sociedade do
conhecimento, onde as informações fluem de forma crescente e contínua, o
sucesso dependerá da forma com que as informações são tratadas e
canalizadas, deve-se saber como utiliza-las, transformando-as em
“conhecimento”.
As exigências feitas pelas empresas estão aumentando cada vez mais e os
candidatos devem estar dentro das qualificações exigidas por elas para
evitar maiores problemas, como por exemplo, uma rápida demissão. O papel
do RH no processo de recrutamento e seleção é de suma importância para
empresa para que a mesma tenha um bom desenvolvimento. Dessa forma,
é preciso ter bons candidatos e selecionar os melhores. É importante que se
faça uma pesquisa externa para saber onde anunciar para que se possam
obter os candidatos que se pretende selecionar, pois é necessário, acima de
tudo, encontrar pessoas competentes e dedicadas para que a empresa
possa desenvolver um programa de qualidade eficaz. Assim, os candidatos
precisam estar sempre em busca do seu aperfeiçoamento, pois o mercado
de trabalho está muito concorrido e as empresas estão exigindo cada vez
mais.
O objetivo comum é estabelecer uma relação de troca de benefícios, que
será mais satisfatória se a pessoa escolhida apresentar os requisitos
adequados.
Em virtude desta procura por pessoas adequadas, faz-se necessário a
realização de um processo de recrutamento e seleção o mais eficaz
possível. Da mesma forma que os indivíduos buscam entrar em
organizações, seja na tentativa de desenvolvimento profissional, seja pela
busca de seu sustento, as empresas buscam indivíduos que possam compor
o seu quadro de funcionários.
Por esse e outros motivos, para o recrutamento e seleção dos
candidatos deve ser montado um perfil da vaga para que possa atender
melhor a necessidade da empresa. Existem dois meios de recrutamento, o
externo e o interno; recrutamento externo são os candidatos que vêm de
fora, quando é solicitado à vaga, e o recrutamento interno é o preenchimento
das vagas com o remanejamento de seus funcionários. Depois do
recrutamento externo ou interno vem avaliação do candidato que requer sua
interpretação, e que no final do processo seja possível definir as vantagens e
desvantagens da contratação do candidato. A importância do recrutamento é
atrair pessoas para atuarem na organização, portanto para o processo de
recrutamento deve-se saber quais as vagas em aberto na empresa, como
localizar os funcionários e informá-los a respeito das oportunidades e assim
encaminhá-los para uma entrevista inicial.
Para preencher vagas em aberto dentro de uma empresa necessitamos de
informação do mercado e de mão de obra, para que possamos detectar
candidatos com boas características para a ocupação desta colocação.
Portanto é necessária uma pesquisa junto ao mercado de trabalho, a fim de
ter uma imagem das fontes de recrutamento e, conseqüentemente da
conveniência de sua utilização com precisão.
Segundo Chiavenato (1989) “ A função de recrutamento é suprir a seleção
de pessoal de matéria prima básica para seu funcionamento adequado”.
Quando o candidato comparece a empresa inicia-se o processo de seleção.
O recrutamento é à busca de candidatos enquanto a seleção é a escolha
dos candidatos mais adequados a oportunidades.
A importância do profissional da área de recrutamento esta na sua
capacidade de atrair bons candidatos para a empresa.
CAPITULO III - DESEMPREGO E RELAÇÃO DO TRABALHO.
O total de desempregados no mundo equivale à população brasileira: 180
milhões de pessoas. De acordo com os dados mais recentes da
Organização Internacional do Trabalho, a população economicamente ativa
no mundo está na ordem de dois bilhões e oitocentos milhões de pessoas.
Desse total, 6,5% estão desempregadas.
No Brasil, a taxa de desemprego atinge 19% da população e a proporção de
trabalhadores com empregos formais em relação aos informais é de um para
cada dois. A mão-de-obra nunca foi tão abundante e, por isso, a dificuldade
para se conseguir um novo emprego deixou de ser um problema dos menos
qualificados e passou a atingir a todos.
Tanto os operários de baixa qualificação quanto os profissionais com títulos
de mestres e doutores temem perder o emprego e ter dificuldade para
retornar ao mercado de trabalho. Esse cenário tão desfavorável aos
trabalhadores faz com que algumas empresas não prestem atenção nas
relações de trabalho, sobretudo em profissionais que produzem e
apresentam bons resultados.
Há uma grande expectativa de que neste ano ocorra uma inversão nesta
curva. A economia tem dado sinais de recuperação, mas ainda é cedo para
se vislumbrar um crescimento sustentado, capaz de absorver a grande
massa de trabalhadores desempregados que tem o nosso país. Este é, sem
dúvida, o grande desafio do momento.
Programas de treinamento em Relações do Trabalho e Desenvolvimento de
Equipes poderão acelerar o processo de integração e assunção dos novos
papéis. A pior solução é esperar que as coisas se acertassem por si
mesmas.
A má notícia é que nem para trabalhar de graça hoje em dia há vaga neste
país. E entre trabalhar de graça e receber o salário mínimo não existe muita
diferença.
Como é possível ter milhares de voluntários e trabalhadores querendo
trabalhar de graça e ao mesmo tempo termos necessidades materiais e
milhares de problemas sociais precisando ser resolvidos? O que falta neste
país é o meio-de-campo, o gerente, o organizador.
A origem do desemprego está na equivocada visão, que acredita que o
desenvolvimento depende exclusivamente da estabilidade econômica, de
um ambiente econômico propício, o crescimento emergiria naturalmente.
Infelizmente, já se foi o tempo de Adam Smith, John Maynard Keynes e Karl
Marx, que acreditavam que um pouco de ganância e capital seriam
suficientes para gerar empresas e empregos. Já se foi o tempo em que
"empresários", com um mínimo de "espírito empreendedor", abriam
empresas bem-sucedidas.
Hoje em dia, para montar uma empresa e ter sucesso, são necessários
sólidos conhecimentos práticos e teóricos de administração de empresas.
Pela falta crônica de administradores formados, temos médicos que
administram laboratórios de análises e engenheiros mecânicos que
administram carteiras de ações. Perdemos assim excelentes médicos e
engenheiros mecânicos formados com dinheiro público e ganhamos
administradores sem formação, que acabam aprendendo administração de
empresas à moda antiga.
O direito do Trabalho tem pôr fim a tutela dos trabalhadores e a consecução
de uma igualdade substancial e prática para as pessoas envolvidos, trata-se
de um ramo do Direito essencialmente ligado ao concreto (com formas de
produção normativa, nomeadamente as convenções coletivas de trabalho
marcadamente aderentes à realidade), do que resulta também um especial
dinamismo. O direito do trabalho está bastante sujeito à instabilidade das
flutuações da política. Nascido numa época de prosperidade econômica,
caracterizada por certa estabilidade das relações jurídicas, concebeu-se a
intervenção do Estado como um meio de elaborar um regulamento
detalhado das condições de trabalho, a fim de forçar as partes a buscarem a
solução dos seus conflitos. O resultado dessa intervenção é a característica
básica da regulamentação das relações de trabalho.
As persistentes crises contemporâneas têm tido um impacto particularmente
destrutivo sobre o emprego (gerando o desemprego em massa), pondo em
causa o modelo tradicional do Direito do Trabalho, em particular nos anos
sessenta . Esse modelo de Direito do Trabalho, assegurando um acréscimo
de tutela dos trabalhadores, tem sido acusado de constituir fator de rigidez
do mercado de emprego e da alta de custo de trabalho, e, nessa medida, de
contribuir para o decréscimo dos níveis de emprego e conseqüente estímulo
ao desemprego.
A realidade atual não é mais a mesma dos anos 60. O Brasil, não sendo a
exceção perante a organização mundial, sofreu verdadeiras alterações no
mercado de trabalho pós-guerra, e no nível de desemprego e desequilíbrio
da economia, propiciando o aparecimento do mercado informal de trabalho
que, em regra, é constituído pela força de trabalho dita excedente, em
função da pequena oferta de empregos. Deve-se asseverar que dados
estatísticos apontam um índice altíssimo da população economicamente
ativa, que integra este setor produtivo. A que se levar em consideração a
crise econômica dos anos 80, provocada pelo choque dos preços do
petróleo que atingia uma gama de países na Europa, assim como no Brasil,
provocou o surgimento de novas formas de contratação geradoras de
relações de trabalho atípicas. Assim, o contrato por tempo determinado
deixou de ser exceção, admitindo-se vários contratos intermitentes, de
temporadas, contratos de formação, contratos de estágio, e antecipou
aposentadorias.
É em virtude dessa realidade atuante do desemprego, em contraposição
com a rigidez da legislação, que semeou-se na Europa um movimento de
idéias, que no dia-a-dia angariava novos pensadores, especialistas e
principalmente os operadores do direito do trabalho, a flexibilização.
A que se asseverar que a tendência à flexibilização, com as devidas
cautelas, não são justificadas apenas pelas causas econômicas e de
desemprego, mas também pela introdução de novas tecnologias na
empresa. Observa-se o campo da informática e da robotização, que provoca
a passagem da era industrial para a pós-industrial, com a conseqüente
expansão do setor terciário e podendo exigir a revisão de condições de
trabalho, inclusive nas pequenas e microempresas que não podem utilizar
tecnologia mais sofisticada e necessitam ser flexível para assegurar a
própria sobrevivência.
CONCLUSÃO
O objetivo deste projeto é falar sobre a situação do desemprego no Brasil,
mas desejo colocar que esse é um problema mundial. Na Europa, por
exemplo, o problema é gravíssimo, mesmo nos países subdesenvolvidos
existe muito. No Brasil a preocupação é grande porque o IBGE fala em taxa
de 12%. Pesquisando sobre o desemprego achei um comentário
interessante de Stephen Kanitz, “... muitas entidades recusaram voluntários
por excesso de procura, o que é uma boa e má notícia é que nem pra
trabalhar de graça, hoje em dia há vagas nesse país...”.
O desemprego traz muitos problemas e vem crescendo
surpreendentemente. O que faz com que o trabalhador recorra a
informalidade para assim obter o sustento de sua família.
Um ponto para pensarmos? Quais seriam as reais causas do desemprego
ou que levaram o nosso país a crise em que se encontra? Seria o progresso
tecnológico, a falta de atenção do governo, as tantas exigências para se
ocupar uma simples vaga, a falta de qualificação do profissional, enfim acho
que uma leva a outra e quem sofre as conseqüências é a população, assim
gerando excesso de trabalho de uma parte da população, ou até mesmo não
mediante muitas funções hoje em dia serem ocupadas por máquinas.
Acredito que se os políticos que prometem acabar com a pobreza
começassem proporcionando oportunidades de emprego já seria um grande
passo, pois a falta de trabalho acaba prejudicando todos os setores da vida
das pessoas, não só o profissional, porque se você não tem um emprego,
não tem renda nenhuma, e se você não tem renda como vai sobreviver?
Como vai ter uma vida social? Com a ajuda do governo, não. Não é isso que
queremos, não é isso que precisamos, pois a falta de oportunidade gera
perda da auto-estima, depressão, e o pior, leva até a criminalidade.
Ressalto também que o principal motivo que gera o desemprego é a
tecnologia avançada, e o governo poderia disponibilizar mais verba para
criação de novas empresas, e assim gerar novos empregos, porque a
população cresce e necessita que a economia cresça junto, mas sem muitas
exigências, por exemplo, de grau de escolaridade e qualidade de cursos
profissionalizantes, porque existem, sim, vagas disponíveis no mercado de
trabalho, mas pedem experiência nas áreas ou ensino superior, cursos, etc...
Mas volto a ter o mesmo raciocínio, se ninguém der oportunidade como as
pessoas terão experiência? Ou como poderão cursar faculdade? Como fazer
cursos profissionalizantes sem ter um emprego?
Acho que está mais do que na hora do governo se impor a respeito da
situação, pois é um problema que não pára de crescer, deve ser criada nova
legislação trabalhista. Para começar, deve ser feita alguma coisa, nem que
seja apenas divulgar que vai haver mudanças, também não adianta só
divulgar ou só fazer promessas, que ao que parece é o que os políticos do
nosso país mais gostam de fazer, devem ser dadas mais oportunidades aos
jovens, já tem o projeto do primeiro emprego, mas falo em outro sentido, vou
dar um exemplo, se seu primeiro emprego foi no comércio, você adquiriu
experiência no comércio, e depois tentar entrar no ramo industrial, precisa
ter experiência, e como ter experiência se você só trabalhou uma vez e foi
no comércio?Acho que faltam conscientização e compreensão da parte dos
empresários para com os trabalhadores que buscam uma oportunidade no
mercado de trabalho.
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