Post on 25-Feb-2020
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
Por: Paulo César de Souza
Orientador
Luciana Madeira
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Auditoria e Controladoria.
Por:. Paulo César de Souza
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, aos familiares, especialmente à minha
esposa e a todos que direta ou indiretamente contribuíram
para a realização desse curso.
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RESUMO
O fluxo de caixa é um instrumento eficaz para empresa que
pretende ter um controle de saídas e entradas de recursos financeiros. É uma
ferramenta de análise financeira em curto prazo, e hoje com a grande
competitividade no mercado, as empresas não podem abrir mão de uma ferramenta
como esta. O objetivo deste trabalho é mostrar a grande importância de se ter um
fluxo de caixa à disposição da empresa. A problemática a ser analisada é o
desconhecimento desta ferramenta pela maioria dos empresários, gestores,
administradores, contadores.
O estudo desenvolvido sobre a ferramenta demonstrará
conhecimentos relevantes para o gestor no que tange organização financeira,
projeção de contas a pagar e contas a receber e fluxo do capital de giro dos at5ivos
e passivos. O objetivo é demonstrar que as ferramentas gerenciais utilizadas na
gestão financeira, em específico o fluxo de caixa, pode administrar de maneira
eficiente o capital de pequenos empreendimentos.
A demonstração do fluxo de caixa permite avaliar as alternativas
de investimentos e as razões que provocam as mudanças da situação financeira da
empresa, as formas de aplicação do lucro gerado pelas operações e até mesmo os
motivos das eventuais variações do capital de giro.
Neste trabalho, serão abordados os aspectos positivos e
negativos dessa demonstração.
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METODOLOGIA
A metodologia adotada para a elaboração deste artigo é a
utilização de pesquisas bibliográficas, buscando as informações sobre esta
demonstração, com utilização de livros, artigos e consulta à internet.
Foram feitas pesquisas bibliográficas referente ao tema e os
principais autores pesquisados foram Ademar Campos Filho, José Carlos Marion,
Sérgio Iudicius, Eliseu Martins, Ernesto Rubens Gelbcke, Eliseu Martins.
O resultado deste trabalho mostra o desconhecimento desta
ferramenta pelos empresários.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 7
CAPITULO I 9
CAPITULO II 24
CAPITULO III 26
CAPITULO IV 28
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35
BIBLIOGRAFIA CITADA 37
ANEXOS 38
INDICE 44
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INTRODUÇÃO
Como pode-se obter informações financeiras de uma empresa?
O fluxo de caixa é um instrumento que possibilita o planejamento e o controle
dos recursos financeiros de uma empresa. Gerencialmente, é indispensável em todo
o processo de tomada de decisões financeiras.
Considera-se o fluxo de caixa como um dos principais instrumentos de
análise, proporcionando ao administrador uma visão futura dos recursos financeiros
da empresa, integrando o caixa central, as contas correntes em bancos, as contas
de aplicações, receitas, despesas e provisões. As decisões relacionadas à compra e
venda de ativos, aportes de capital pelos sócios, captação ou pagamento de
empresários e desinvestimentos, constituem um fluxo contínuo entre as fontes
geradoras e as utilizadoras de recursos.
De fácil entendimento, a demonstração do fluxo de caixa passou a ser
considerada por diversos autores uma das mais importantes formas de analisarmos
financeiramente uma entidade, pois o feeling do empresário precisa ser completado
com o que dizem os números gerados pelos controles.
Muitos autores já se pronunciaram afirmando que precisamos acompanhar os
acontecimentos no mundo e principalmente no Brasil, avaliando sua influência no
segmento no qual está inserida a empresa e transformar essa visão em
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planejamento dos negócios. Isto custa pouco e traz benefícios, por permitir visualizar
com antecedência as necessidades financeiras.
Contextos econômicos modernos de concorrência de mercado exigem das
empresas maior eficiência na gestão financeira de seus recursos, não cabendo
indecisões sobre o que fazer com eles. Sabidamente, uma boa gestão dos recursos
financeiros reduz substancialmente a necessidade de capital de giro, promovendo
maiores lucros pela redução principalmente das despesas financeiras e é essa a
finalidade do fluxo de caixa.
No capítulo I serão tratados o conceito, objetivo, finalidade, requisitos e
importância do fluxo de caixa.
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CAPITULO I
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
O CONCEITO
Fluxo de caixa é a escrita contábil que registra os valores recebidos e os
valores gastos por uma empresa durante um período estabelecido. Utiliza-se
também comumente a chamada projeção do fluxo de caixa, em que pagamentos e
recebimentos futuros são lançados em uma planilha de controle. Tanto no fluxo de
caixa quanto na projeção de fluxo de caixa, o detalhamento de entradas e saídas de
capital permite uma visão ampla e clara sobre vários aspectos do funcionamento da
empresa. Não apenas do ponto de vista financeiro, mas também operacional. Ao
examinarmos um fluxo de caixa, é possível perceber com clareza gastos com
matéria-prima, folha de pagamentos e outros gastos. Também é a partir de um fluxo
de caixa corretamente feito que são verificados os reais recebimentos feitos.
Sendo o fluxo de caixa basicamente a diferença entre créditos e débitos num
período estabelecido, o fluxo de caixa permite a leitura “instantânea” dos lucros ou
prejuízos de uma empresa. Permite ainda, verificar possíveis áreas problemáticas
que pedem atenção e solução. Para micro e pequenas empresas, o fluxo de caixa é
na maioria das vezes simples e pode ser feito através de registros manuais ou em
planilhas simples de controle financeiro. Para grandes empresas e
empreendimentos de vulto, um fluxo de caixa mais elaborado é fundamental.
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Um fluxo de caixa bem elaborado e acompanhado com atenção permite a
tomada de decisões mais acertadas e auxilia na gestão de diversos departamentos
de uma empresa. Como peça fundamental da boa gestão financeira, é importante
que os gestores da área estejam sempre atualizados e em dia com os métodos mais
eficazes. Cursos de fluxo de caixa podem ser feitos em diversas instituições e até
mesmo on-line. Programas de fluxo caixa podem ser adquiridos ou baixados e
servem como instrumento valioso para a implantação de sistemas e procedimentos
de controle financeiro. Programas de fluxo de caixa grátis podem ser conseguidos
na web, mas é importante examinar se serão adequados para o tipo de empresa e
se são compatíveis com a tecnologia utilizada na empresa.
Para Marion (1994:399)
“Fluxo de caixa é uma demonstração dinâmica da situação financeira de uma empresa e também está contida no balanço patrimonial que, por sua vez, é uma demonstração estática.”
1.1 – Abrangência do Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa não deve ser enfocado como uma preocupação exclusiva da
área financeira. Mais efetivamente deve haver comprometimento de todos os
setores empresariais com os resultados líquidos de caixa, destacando-se:
- área de produção: havendo alterações nos prazos de fabricação dos produtos,
determina novas alterações nas necessidades de caixa. Os custos de produção têm
importantes reflexos sobre o caixa.
- as decisões de compras: devem ser tomadas com a existência de saldos
disponíveis no caixa, avaliando-se os prazos concedidos para pagamento das
compras com os estabelecidos para recebimentos das vendas.
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- políticas de cobranças: devem ser ágeis e eficientes, permitindo colocar recursos
financeiros à disposição da empresa, constituindo em importante reforço de caixa.
- área de vendas: deve manter controle mais próximo sobre os prazos concedidos e
hábitos de pagamentos dos clientes. Recomenda-se que decisões envolvendo
vendas deve ser tomada após avaliação de suas implicações sobre os resultados
de caixa.
- área financeira: deve avaliar o perfil de seu endividamento, de maneira que os
desembolsos necessários ocorram junto com a geração de caixa da empresa.
A melhor capacidade de e geração de recursos de caixa promove, entre
outros benefícios, menor necessidade de financiamento dos investimentos em giro,
reduzindo os financeiros.
1.2 – Objetivo
A demonstração do fluxo de caixa irá indicar-nos o que ocorreu no período em
termos de saída e entrada de dinheiro no caixa e o resultado desse fluxo esclarecerá
situações controvertidas na empresa.
Proporciona ao gerente financeiro a elaboração de melhor planejamento
financeiro, pois numa economia tipicamente inflacionada não é aconselhável
excesso de caixa, mas o estritamente necessário para fazer face aos seus
compromissos. Através do planejamento financeiro o gerente saberá o momento
certo em que contrairá empréstimos para cobrir a falta de fundos, bem como quando
aplicar o mercado financeiro o excesso de dinheiro, evitando, assim, a corrosão
inflacionária e proporcionando maior rendimento à empresa.
1.3 - Finalidade
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Conforme Braga (2001:49)
“A finalidade da DFC é apresentar informações de forma organizada, estruturada e por atividade, dos fluxos das transações que afetarem o caixa da empresa por um determinado período, permitindo assim uma melhor compreensão da articulação entre as diversas demonstrações financeiras.
Conforme Iudicibius, Martins e Gelbcke (2000:351)
As informações fornecidas pela DFC, quando analisadas com as demais demonstrações financeiras, podem permitir que investidores, credores e outros usuários avaliem:
A capacidade de a empresa gerar futuros fluxos líquidos positivos de caixa;
A capacidade de a empresa honrar seus compromissos, pagar dividendos e retornar
empréstimos obtidos;
A liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa;
A taxa de conversão de lucro em caixa;
A performance operacional de diferentes empresas, por eliminar os efeitos de
distintos tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos;
O grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa;
Os efeitos sobre a posição financeira da empresa, das transações de investimento e
de financiamento.
1.4 – Requisitos
Para o cumprimento de sua finalidade, o modelo de DFC adotado deve atender
aos seguintes requisitos:
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Evidenciar o efeito periódico das transações de caixa segregadas por atividades
operacionais, atividades de investimento e atividade de financiamento, nesta ordem;
Evidenciar separadamente, “Notas Explicativas” que façam referência a DFC, às
transações de investimento e financiamento que afetam a posição patrimonial da
empresa, mas não impactam diretamente os fluxos de caixa do período;
Reconciliar o resultado líquido com o caixa líquido gerado ou consumido nas
atividades operacionais.
1.4.1 – As principais transações que afetam o caixa, segundo Marion (1994:401)
1.4.1.1 - Transações que aumentam o caixa (disponível)
Integralização do capital pelos sócios ou acionistas: são os investimentos realizados
pelos proprietários. Se a integralização não for dinheiro, mas em bens permanentes,
estoques, títulos, etc, não afetará o caixa.
Empréstimos bancários ou financiamentos: são os recursos financeiros oriundos das
instituições financeiras. Normalmente, os empréstimos bancários são utilizados
como capital de giro (circulante) e os financiamentos, para aquisição de ativo
permanente (fixo).
Venda de itens do ativo permanente: embora não seja comum, a empresa pode
vender itens do ativo fixo. Neste caso, teremos uma entrada de recursos financeiros.
Venda à vista e recebimento de duplicatas a receber: a principal fonte de recursos
do caixa, sem dúvida, é aquela resultante de vendas.
Outras entradas: juros recebidos, dividendos recebidos de outras empresas,
indenizações de seguros recebidos, etc.
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1.4.1.2 -Transações que diminuem o caixa (disponível)
Pagamentos de dividendos aos acionistas: se os investimentos dos proprietários da
empresa representam entrada em caixa, os dividendos pagos, em cada exercício,
significam diminuição do caixa.
Pagamento de juros, correção monetária da dívida e amortização da dívida: o
resgate das obrigações junto às instituições financeiras bem como os encargos
financeiros (juros, comissão, correção monetária, etc) significam saída de dinheiro
do caixa.
Aquisição do item ativo permanente: são as aquisições à vista de imobilizado e de
itens do subgrupo investimentos.
Compras à vista e pagamentos de fornecedores: são aquelas saídas de numerários
referentes à matéria prima e material secundário.
Pagamentos de despesa/custo, contas a pagar e outros: são os desembolsos com
despesas administrativas de vendas, com itens do custo e outros.
1.4.1.3 - Transações que não afetam o caixa:
Depreciação, amortização e exaustão: são meras reduções do ativo, sem afetar o
caixa.
Provisão para devedores duvidosos: estimativas de prováveis perdas com clientes
que não representam desembolso para a empresa.
Correção monetária do balanço: embora haja aumento do valor do permanente e do
patrimônio líquido pela atualização monetária, não representa desembolso ou
encaixe.
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Acréscimos (ou diminuições) de itens de investimentos pelo método de equivalência
Patrimonial: assim como correção monetária poderá haver aumentos ou diminuições
em itens de investimentos sem significar que houve vendas ou novas aquisições.
Segundo Campos Filho (1999:17),
O planejamento de caixa é a espinha dorsal da empresa. Sem ele não se saberá quando haverá caixa suficiente para sustentar as operações ou quando se necessitará de financiamentos bancários. Empresas que continuamente tenham falta de caixa e que necessitem de empréstimos de última hora, poderão perceber como é difícil encontrar bancos que as financie.
1.5 – A importância do fluxo de caixa
Ao se tomar uma decisão de investimento, o fluxo de caixa é uma medida
crítica. É ele que determina o sucesso de uma decisão econômica. Decisões
contábeis, ou seja, decisões baseadas em lucro contábil, analisam o projeto ano a
ano. Muitas decisões de grandes empresas são diluidoras, significando que reduzem
o lucro no primeiro ano ou nos dois primeiros anos, pois a recompensa pelo
investimento começa a vir apenas nos períodos posteriores, quando o investimento
se torna totalmente operacional. Com uma visão apenas voltada para os lucros,
novos produtos e novas aquisições podem não ser realizadas.
Quando se toma decisões tradicionais de reposição de ativos, projeta-se o fluxo
de caixa incremental gerado pelo investimento de capital. As fontes usuais do fluxo
de caixa nessas decisões são a redução de custo ou a redução de investimento em
capital de giro. Esse fluxo de caixa incremental é revisto, discutido, e realizam-se
análises de sensibilidade. A análise final procura entender todas as vulnerabilidades,
assim como o grau de conservadorismo presente nas estimativas de custo e anos
de experiência.
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Quando se toma a decisão de investimento em novos produtos, há um grau
maior de variabilidade presente nas projeções de fluxo de caixa. O direcionador
mais importante é a projeção de vendas.
1.6 – A Transição do Regime de Competência para o Regime de
Caixa
Conforme Campos Filho (1993:17), a contabilidade é um dos principais
instrumentos de controle das empresas, está estruturada para atender ao chamado
regime de competência. De forma sucinta, regime de competência consiste em
reconhecer a receita quando ocorre a venda, com a entrega da mercadoria ou a
prestação do serviço, e reconhecer a despesa quando incorrida, independentemente
de ter sido paga ou não. Se analisarmos o plano de contas de uma empresa, vamos
encontrar um rico detalhamento das contas de receitas e despesas. Este
detalhamento pode ser feito por área geográfica, por tipo de despesa (aluguel,
salários, impostos, juros).
Mesmo correndo o risco de simplificação excessiva, podemos dizer que
contabilidade é igual a regime de competência, e finanças igual a regime de caixa.
Se para controle (passado) a maioria das empresas se mantêm fiel ao regime de
competência, para análise e decisão (presente e futuro) tanto as empresas como a
comunidade acadêmica têm-se voltado para o regime de caixa.
As principais diferenças entre os dois regimes é que no regime de competência
se reconhece a receita quando ocorre venda, com a entrega da mercadoria ou
prestação do serviço e se reconhece despesa quando incorrida, independente de ter
sido paga ou não. E no regime de caixa, são as datas de recebimentos e
pagamentos que determinam os registros.
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Conforme Martins (1990:417)
É mediante os fluxos de caixa, e não dos lucros, que se mede o potencial efetivo da empresa em implementar suas decisões financeiras fundamentais.
1.7 – Estrutura do Plano de Contas
Para classificar os recebimentos e os pagamentos efetuados por uma empresa,
utilizando o método de partidas dobradas, agruparemos todas as contas necessárias
em quatro grandes grupos, a saber:
I – Disponibilidades
II – Atividades Operacionais
III – Atividades de Investimento
IV – Atividades de Financiamento
Esta estrutura além de ser de fácil entendimento, serve para qualquer tipo de
empresa: pequena, média ou grande; indústria, comércio, prestação de serviços e
até instituições financeiras.
Passaremos analisar o conteúdo de cada um desses grupos.
1.7.1 – Disponibilidades
Caixa
Depósitos bancários à vista
Aplicação de alta liquidez
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O conceito de disponibilidade é o mesmo que a maioria das pessoas
geralmente têm. Abrange o dinheiro em caixa, o saldo das contas correntes nos
bancos e as aplicações financeiras em CDBs, fundos de investimentos, cadernetas
de poupança e outras aplicações financeiras assemelhadas, com prazo de
vencimento em até três meses da data da aplicação. Aplicações financeiras com
prazo de vencimento maior serão classificadas no grupo investimentos.
1.7.2 – Atividades Operacionais
Geralmente, envolvem a produção e entrega dos bens e prestação de
serviços.
Recebimentos operacionais de:
Clientes por vendas à vista
Clientes por vendas a prazo
Clientes – adiantamento
Rendimentos de aplicações financeiras
Juros de empréstimos concedidos
Dividendos recebidos
Outros recebimentos
Pagamentos operacionais a:
Fornecedores de matérias primas
Fornecedores de mercadorias
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Adiantamentos a fornecedores
Salários e encargos
Utilidades e serviços
Tributos
Encargos financeiros
Outros pagamentos
O conceito de operacional é basicamente o mesmo que a maioria dos
profissionais têm. Em linhas gerais, corresponde às contas da demonstração de
resultados. O detalhamento desse grupo precisa ser adaptado a cada tipo de
empresa, para a correta demonstração dos principais pagamentos e recebimentos
operacionais. O detalhamento pode ainda ser feito com o que se costuma chamar de
centros de custos, de resultados, ou ainda de atividades.
1.7.3 – Atividade de Investimentos
Aplicações financeiras
Empréstimos concedidos
Participação em outras empresas
Participação em sociedades controladas ou coligadas
Terrenos
Obras civis
Móveis, utensílios e instalações
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Máquinas, ferramentas e equipamentos
Veículos de uso
Equipamentos de processamento de dados
Software/aplicativos de informática
A maneira mais fácil de definir investimentos é por meio da relação descrita e
o conceito é, basicamente, o mesmo que a maioria dos profissionais já têm. Em
linhas gerais, corresponde ao grupo ativo permanente do balanço patrimonial.
1.7.4 – Atividades de Financiamentos
Empréstimos bancários
Financiamentos/leasing
Recursos próprios
(-) Dividendos pagos
O conceito de financiamentos utilizado aqui é diferente do conceito
predominante no mercado. Quando se fala de financiamento, no contexto de
empresa, geralmente envolve a aquisição de um bem financiado com recursos de
terceiros. Inclui os recursos de terceiros e os recursos próprios recebidos. Neste
conceito, quando os sócios colocam dinheiro na empresa, a estão financiando. Outra
novidade é o posicionamento dos dividendos pagos dentro do grupo financiamentos,
como uma conta retificadora dos recursos próprios.
Mostraremos a seguir os fluxos, segundo a FASB 95, quanto à classificação.
Atividades de Investimentos
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(-) aquisição de ativos imobilizados, inclusive juros e despesas capitalizadas
(-) aquisição de novos negócios e empresas
(-) aquisição de debêntures e investimentos financeiros a longo prazo, não inclui
aplicações de caixa
(-) aquisição de ações de outras empresas, inclusive investimentos regulados pelos
métodos de equivalência patrimonial
(-) empréstimos feitos a outras entidades
(-) compra por transferência de debêntures de outras entidades
(+) venda de ativos imobilizados
(+) venda de uma unidade de negócios como uma subsidiária ou divisão
(+) cobrança do principal relativo a empréstimos feitos a outras entidades
(+) venda, por transferência, de debêntures de outras entidades
(+) venda de debêntures ou ações de outras entidades, não inclui aplicações de
caixa
Atividades de Financiamento
(-) remuneração aos proprietários na forma de dividendos ou outras distribuições
(-) pagamento de valores tomados por empréstimos, inclusive de curto e longo
prazo, obrigação de leasing de capital e resgate de debêntures
(-) requisição de ações próprias e outros títulos de emissão própria relativos ao
patrimônio líquido
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(+) emissão de ações
(+) subscrição de debêntures, hipotecas e empréstimos de curto e longo prazo
Atividades Operacionais
(-) aquisição de materiais para produção ou para revenda
(-) salários e encargos sociais dos empregados
(-) juros sobre empréstimos
(-) impostos, multas e outras despesas legais
(-) materiais e ser viços gerais
(-) todas e quaisquer transações não definidas como atividades de investimento ou
financiamento, incluindo pagamentos relativos a causas judiciais, donativos e
devolução de pagamentos a clientes
(+) venda de mercadoria ou serviços
(+) rendas obtidas sobre empréstimos feitos a terceiros (juros) e sobre investimentos
ou financiamentos em ações (dividendos), incluindo dividendos recebidos daqueles
investimentos avaliados através de método de equivalência patrimonial
(+) todas e quaisquer transações não definidas como atividades de investimentos ou
financiamentos, inclusive valores recebidos das decisões judiciais ou legais, valores
referentes a seguros não pertinentes diretamente às atividades de investimento ou
financiamento e devolução de pagamentos ou adiantamentos feitos a fornecedores
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1.8 – Fluxo Projetado
É importante mencionar a diferenciação existente entre a demonstração do fluxo
de caixa e o instrumento financeiro que reflete prospectivamente as movimentações
do caixa previstas para acontecer em determinado período de tempo: o fluxo de
caixa projetado. Tal fluxo é elaborado no âmbito interno das organizações e
contempla em um período de tempo curto. Na literatura, às vezes, ambos são
tratados simplesmente por “fluxo de caixa”, o que provoca para os menos indicados
nos termos contábeis-financeiros um certo tipo de confusão.
A demonstração do fluxo de caixa propicia a elaboração de um melhor
planejamento financeiro, de forma que não ocorra excesso de caixa, mas que se
mantenha o montante necessário para fazer face aos compromissos imediatos.
Também permite que se saiba quando buscar empréstimos para cobrir a
insuficiência de fundos, bem como quando aplicar no mercado financeiro o excesso
de recursos.
Por meio do conhecimento do que ocorreu no passado é possível para o
gerente fazer uma boa projeção do fluxo de caixa para o futuro. A comparação do
fluxo projetado com o real indica as variações que, quase sempre, demonstram as
deficiências nas projeções. Essas variações são excelentes subsídios para
aperfeiçoamento de novas projeções de fluxo de caixa.
No próximo capítulo será abordado o fluxo de caixa e os sistemas de
informações da empresa, fluxos financeiros ou de caixa e análise do fluxo de caixa.
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CAPITULO II
I - O FLUXO DE CAIXA E OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES DAS
EMPRESAS
As altas taxas de inflação e a excessiva interferência da legislação fiscal no
principal sistema de informação das empresas, que é a contabilidade, impediam a
até poucos anos, que os empresários dessem importância aos dados gerados por
esses sistemas.
Enquanto os profissionais da área contábil se esforçavam para gerar números
sem distorções inflacionárias e discutiam o significado de temas de difícil
entendimento para o empresário, este, sabiamente, refugiava-se em alguns
indicadores incompletos, mas confiáveis, como por exemplo, quantidade de vendas
no mês, o estoque e o dinheiro disponível.
Estocar mercadorias e adquirir imobilizados era se proteger da inflação. Era
muito difícil pensar em investimentos que envolviam o longo prazo, pois o longo
prazo da época era de trinta dias.
A interferência da legislação fiscal no principal sistema de informações das
empresas, a contabilidade, é um problema mundial, que se apresenta de modo mais
acentuado no Brasil.
As empresas tentam resolver este problema de várias formas. Algumas com
registros paralelos á contabilidade oficial para obter informações gerenciais pelo
regime de competência.
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Outras se voltam quase que exclusivamente para informações de caixa,
criando um sistema independente, prevalecendo critérios distintos dos estabelecidos
pela legislação fiscal.
O chamado reprocessamento de dados para gerar informações ao fisco,
proprietários e administradores, instituições financeiras, representa alto custo para
as empresas. O grande desafio é reduzi-lo.
Se, por um lado o Real, com a inflação baixa, trouxe facilidade aos
empresários, aos contadores, aos financeiros e aos administradores, por outro lado
a abertura da economia brasileira trouxe novos concorrentes, exigindo maior
competência das empresas. Além do aumento da concorrência, as altas taxas de
juros têm penalizado empresas e pessoas físicas que precisam recorrer a
empréstimos e financiamentos. A manutenção das altas taxas de juros levou
associações como a FEBRABAN (Federação Nacional dos Bancos) a recomendar à
população que não se endividasse com as taxas de juros então vigentes. Embora
sensata, a recomendação foi seguida por poucos. Afinal, após muitos anos,
estávamos diante de uma situação nova. Haviam caído as limitações de prazo para
o crédito. O freio ao excesso de consumo passou a ser somente a taxa de juros alta.
Gradativamente, a economia brasileira ficou com um comportamento
mais próximo das economias desenvolvidas. Podemos aplicar aqui a maioria dos
princípios financeiros utilizados lá fora.
É importante conhecer os produtos e serviços do mercado financeiro,
saber calcular a taxa efetiva de um empréstimo ou financiamento.
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Precisamos ter informações confiáveis, de fácil entendimento, que
estejam disponíveis em tempo hábil. O feeling do empresário precisa ser completado
com o que dizem os números gerados pelos controles. Precisamos acompanhar os
acontecimentos no mundo e principalmente no Brasil, avaliando sua influência no
segmento no qual está inserida a empresa e transformar essa visão em
planejamento dos negócios e financeiros. Já podemos elaborar orçamentos de caixa
para, pelo menos, três meses. Isso custa pouco e traz benefícios, por permitir
visualizar com antecedência as necessidades financeiras.
Há muitas empresa obtendo ganhos significativos de produtividade,
mas perdendo todo esse ganho ao tomar dinheiro emprestado, a curto prazo, a
taxas de 40 a 50% ao ano. Os ralos financeiros precisam ser fechados para que o
empresário volte a ganhar dinheiro com seu negócio,
Vivemos uma nova realidade, na qual há espaço para o planejamento e
controle dos negócios.
II - FLUXOS FINANCEIROS OU DE CAIXA
A ferramenta fluxo de caixa proporciona a interpretação financeira do
estabelecimento através da definição de valores existentes, alocados nos
investimentos, no operacional, nos financiamentos e disponibilidades. Esta análise
proporciona ao empreendedor a decisão ou não de fazer uma ação para reverter o
quadro financeiros do empreendimento de acordo com a verificação do resultado
final de demonstração do fluxo de caixa. Esta forma de gerir o negócio também
proporciona a projeção dos resultados de fluxo de caixa para meses seguintes, para
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que proporcione ao empreendedor realizar ações pró-ativas p\ara evitar perda de
capital. O autor relata esta gestão, dizendo: “Assim haverá uma linguagem
predominante nos negócios. A linguagem de caixa será utilizada para dados
históricos e para as projeções” (CAMPOS FILHO, 1999 p 22).
Portanto, observar o fluxo financeiros de capital no período estipulado pelo
proprietário é salutar para o aumento da vida útil financeira do estabelecimento, haja
vista que a partir das finanças é que todos os recursos financeiros serão alocados
nos departamentos da empresa pra que seja efetuada a estratégia mercadológica,
ou seja, para o departamentos de marketing, produção, área comercial e outros
setores que desejam funcionar eficientemente. Será através da gestão eficaz das
finanças, a proporcionalidade de tal alocação de recursos financeiros, “ é finanças
que faz com que tudo isso aconteça” ( GITMAN, 2003, p 03).
Então, percebe-se que as finanças na atual sociedade está agressiva a cada
dia que passa, pois a concorrência organizacional está igualitário devido o acesso
das informações e agilidade com que as mesmas estão deslocando de norte a sul
do planeta, será neste viés que empreendimentos com pouca expressão deverá
atuar buscando conhecimento estratégico financeiro para destacar no mercado seu
negócio. Assim descreve a autor: “ A área de finanças está muito mais complexa e
avança a passos mais rápidos atualmente” ( GITMAN, 2003, p 03).
Então o fluxo de caixa deixa as contas a pagar e a receber exposta a rápida
análise das decisões que devem ser tomadas ao longo de um período, pois fornece
uma visão geral dos acongtecimentos financeiros presentes e futuro.
Entretanto, dois fatores são decisivos para despertar a relevância dos
empresários em relação às empresas, esses fatores são: taxas inflacionárias
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elevadas, inferência da legislação fiscal no sistema de informação da contabilidade.
Ambas dificultavam a administração financeira das empresas uma vez que taxas de
juros oscilavam e os contabilistas possuíam dificuldade em manter os números sem
distorções inflacionárias.
Percebe-se então que no decorrer dos tempos a inflação estabilizou e a
mesma não está sendo um fator prejudicial à administração financeira, porém a
legislação fiscal ainda interfere porque o contabilista e o advogado realizam esforços
para pagar menos impostos, fornecer informações gerenciais e alocar ambas na
legislação fiscal.
Com a inflação baixa, a abertura da economia brasileira facilitou a vida dos
empresários na gestão de seus negócios, pois gera também competição e
desvantagem para empresas e pessoas físicas devidas os altos juros existentes.
Então, o modelo de fluxo de caixa servirá para gerenciar as finanças de
empresas pequenas, médias e grandes.
A projeção do fluxo de caixa nas organizações deve estar relacionada ao
fluxo de serviços e bens e também ao fluxo de capital. Ambos determinam a saúde
da empresa, uma vez que o orçamento de caixa analisa a quantia financeira
existente para honrar os compromissos no presente e também no futuro. Quando a
gestão do orçamento de caixa identifica de forma precisa a ausência ou sobra de
capital, possibilita ao gestor financeiro a otimização da sobra financeira ou
planejamento para avaliar a falta do dinheiro no caixa. Descreve-se com a seguinte
afirmação; “O orçamento de caixa tem a finalidade de apresentar com antecedência
a provável situação financeira futura, caso as transações ocorram dentro das
premissas e condições planejadas” (MASAKASU, 2003, p 161)
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Logo, com o desempenho do orçamento de caixa o fluxo de caixa pode ser
alimentado diariamente, depois quinzenalmente e com trinta dias do mês. Esta
forma de controlar a parte financeira ajuda o gestor financeiro na otimização do
capital existente, pois, “A qualidade informativa de orçamento de caixa e da
projeção de fluxo de caixa é muito importante, pois quanto melhor for a
previsibilidade melhor será a maximização dos recursos financeiros” (HOJI, 2003, p
162)
Logo, o fluxo de caixa é uma importante ferramenta financeira para projetar
informações financeiras em curto e longo prazos, ajudando o gestor financeiro em
tomadas de decisões.
O fluxo de caixa apresenta-se como instrumento tático e estratégico na
gestão. Quando as empresas estão em situação delicada no mercado, adotam o
fluxo de caixa para poderem controlar o capital, porém as mesmas deixam para
fazer esta escolha de utilização noúltimo momento, não deixando na maioria das
vezes alternativas para alavancar financeiramente o empreendimento. É importante
implantar o fluxo de caixa nas pequenas empresas, mesmo quando não há
possibilibilidade de revertr o quadro financeiro deficiente.
A abordagem do fluxo de caixa tático proporciona à gerência da organização,
tomar decisões para antecipar entradas financeiras e postegar pagamentos com a
intenção de melhorar a liquidez do fluxo de caixa, esta situação pode ser descrita na
ação em negociações pagamentos vencidos, incentivos de vendas a vista e alterar
prazos de faturamento. Entretanto a abordagem estratégica de fluxo de caixa
discorre na sobra do resultado do fluxo de caixa, ou seja, quando existir elevado
valor numérico no resultado do fluxo de caixa, os gestores do estabelecimento
30
podem decidir quais os novos investimentos que este dinheiro poderá ser aplicado
no futuro.
O manejo do fluxo de caixa proporciona o aumento da estabilidade
organizacional uma vez que o empreendedor pode estar bem hoje, apresentar um
bom fluxo de caixa , porém daqui a cinco ou dez anos pode estar falido.
Todo gestor tende a tomar decisões com a intenção de gerar riquezas,
mas a metodologia aplicada no gerenciamento das finanças apresenta instrumentos
chamados de quase-caixa, estes são utilizados pelos gestores com a intenção de
controlar o capital e são oriundos da formação prática ligada a um sistema de
informação. Todavia, o fluxo de caixa significa um instrumento que soma aos
relatórios gerenciais e técnicas contábeis, apoiando a tomada de decisão dos
gestores.
Logo, o tomador de decisão da organização deve possuir um estreito
relacionamento com as metas de liquidez do caixa porque suas ações de
pagamentos inferem significativamente no fluxo de capital.
III – ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA
Para analisar a consistência das informações alocadas no fluxo de caixa os
gestores questionam a veracidade dos dados obtidos através de perguntas
pertinentes, que são:
- Todos os itens importantes foram considerados?
- O nível de atualização das informações usadas é uniforme?
31
- Momentos mais e menos propícios foram considerados?
- A ordem de grandeza dos elementos faz sentido?
Outra análise será na otimização dos resultados, pois os fluxos de
investimento, operacional e fluxo dos acionistas, devem alcançar os maiores
resultados almejados, mas para isto serão efetuadas algumas perguntas como:
_ O fluxo operacional utilizado é o mais adequado ou pode ser melhorado com
antecipações e postergações de valores?
-Alternativas de investimentos mais atrativas podem ser implementadas em termos
de taxas de juros?
- O que pode ser feito em termos de alongamento de operações de créditos?
- A empresa pode usufruir melhores condições se alongar o investimento?
Simulações de resultados devem ser projetadas para avaliações dopotencial
que pode ocorrer e antecipar os futuros riscos existentes. Pra o gestor financiaro
realizar uma gestão eficiente através do fluxo de caixa, deve identificar o percentual
de variação do rela sobre o previsto, para indicar o nível de desempenho desejado.
Não é raro encontrar a empresa em que a preocupação técnica é
esmerada, com recursos técnicos adequados para projeção de valores e pouca
(ou mesmo nenhuma ) preocupação ,mas abordagens são facilitadoras de
processos e podem melhorar o entendimento do instrumento e sua melhor
utilização. Como se poderá perceber muitos aspectos da análise podem ser
feitos concomitantemente, de maneira unificada, ou mesmo durante a
montagem dos dados; entretanto, por uma questão meramente didática, a
32
análise foi separada em análise de consistência, análise comparativa e análise
de otimização (FEZATTI, 1997, p 113)
Entretanto, a inclusão do fluxo de caixa na formalidade da empresa para o
alcance dos objetivos financeiros atribui uma pressão saudável nas pessoas que
estão diretamente envolvidas neste processo, haja vista, que o levantamento de
questões que podem ser melhoradas serão discutidas e sanadas. Logo, para que o
fluxo de caixa seja implantado, deverá receber a validação da diretoria ou gerência
da organização e quando este instrumento for implantado, as metas, objetivos e
transparências no diálogo será mais profissional e eficiente.
No próximo capítulo será abordada a importância do fluxo de caixa para o
gerenciamento dos negócios e métodos para elaboração da demonstração dos
fluxos de caixa.
33
CAPITULO III
I - IMPORTANCIA PARA O GERENCIAMENTO DOS NEGÓCIOS
A crescente complexidade do processo administrativo leva os gestores a
buscarem, incansavelmente, alternativas para superar os desafios encontrados no
seu dia a dia. A escassez de recursos financeiros e o elevado custo para sua
captação, juntamente com a falta de planejamento e controle, têm contribuído para
que muitas empresas encerrem suas atividades. Em época de crise, principalmente,
o gestor precisa de informações contábeis precisas e oportunas para apoiar o
processo decisório.
Os relatórios provenientes do sistema contábil são os principais instrumentos
de gestão empresarial, tendo como objeto fornecer informações relevantes para que
cada usuário possa tomar suas decisões com segurança. No entanto, com a
crescente complexidade das organizações empresariais, somente com as
informações clássicas da contabilidade, ou seja, balanço patrimonial, demonstração
do resultado do exercício e demonstrações de origens e aplicações de recursos,
dificilmente o gestor terá conhecimento imediato e oportuno da verdadeira liquidez
da sua empresa. Não basta a empresa apresentar lucro contábil, é preciso que a
equação “ativo circulante líquido versus passivo circulante” esteja compatível com
sua necessidade de capital de giro. Isto faz com que o gestor se utilize de todos os
instrumentos disponíveis que, juntamente com os demais demonstrativos contábeis,
o ajudem a interpretar a realidade financeira da empresa, conhecendo e coibindo
eventos estranhos que possam afetar o seu desempenho financeiro.
34
Assim o fluxo de caixa apresenta-se como uma ferramenta de aferição e
interpretação das variações dos saldos do disponível da empresa. É o produto final
das contas a pagar com as a receber, de tal forma que, quando se comparam as
contas a receber com as a pagar, tem-se o fluxo de caixa projetado.
O fluxo de caixa é um retrato fiel da composição da situação financeira da
empresa. É imediato e pode ser atualizado diariamente, proporcionando ao gestor
uma radiografia permanente de entradas e saídas de recursos financeiros da
empresa.
O fluxo de caixa evidencia tanto o passado quanto o futuro, o que pode
permitir projetar, o dia a dia, a evolução do disponível, de forma que possam tomar,
com a devida antecedência, as medidas cabíveis para enfrentar a escassez ou o
excesso de recursos.
Por outro lado, é importante ressaltar que o fluxo de caixa também apresenta
suas limitações. Uma delas é a capacidade de não fornecer informações precisas
sobre o lucro e sobre os custos dos produtos da empresa. Isto porque as apurações
e demonstrações são realizadas pelo regime de caixa e não pelo regime de
competência.
Todavia, pode-se afirmar que o fluxo de caixa é um instrumento de controle e
análise financeira que, juntamente com as demais demonstrações contábeis, torna-
se efetivamente um instrumento de apoio à tomada de decisões de caráter
financeiro.
35
II - MÉTODOS PARA ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DOS
FLUXOS DE CAIXA
3.2.1. Método Direto
O método direto consiste em classificar os recebimentos e pagamentos de
uma empresa utilizando as partidas dobradas. A vantagem deste método é que
permite gerar as informações com base em critérios técnicos, eliminando, assim,
qualquer interferência da legislação fiscal. É aquele em que as informações para
composição de fluxo de caixa são obtidas diretamente dos registros das operações
da empresa.
A demonstração do fluxo de caixa pelo método direto facilita o entendimento do
usuário, pois nela pode-se visualizar integralmente a movimentação dos recursos
financeiros decorrentes das atividades operacionais da empresa. A evidenciação
dos valores que movimentam o caixa é de uma importância para uma análise mais
profunda do fluxo financeiro da empresa. Este método é mais informativo, pela
clareza com que revela as informações do caixa.
3.2.1.1 – Método Direto: Vantagens x Desvantagens
Vantagens:
a) Cria condições favoráveis para que a classificação dos recebimentos
e pagamentos siga critérios técnicos e não fiscais;
b) Permite que a cultura de administrador pelo caixa seja introduzida mais
rapidamente nas empresas;
36
c) As informações de caixa podem estar disponíveis diariamente.
Desvantagens:
a) O custo adicional para classificar os recebimentos e pagamentos;
b) A falta de experiência dos profissionais das áreas contábil e financeira em usar as
partidas para classificar os recebimentos e pagamentos.
3.2.2 – Método Indireto
É o método em que as empresas ao decidirem não mostrar os recebimentos e
pagamentos operacionais deverão relatar a mesma importância de fluxo de caixa
líquido das atividades operacionais indiretamente, ajustando o lucro líquido para
reconciliá-lo ao fluxo de caixa das atividades operacionais eliminando os efeitos
a) de todos os deferimentos e pagamentos operacionais passados e de todas as
provisões de recebimentos e pagamentos operacionais futuros; e
b) de todos os itens que são incluídos no lucro líquido que não afetam recebimentos
e pagamentos operacionais.
Se observarmos o demonstrativo de fluxo de caixa pelo método indireto, é
semelhante a DOAR, e como o objetivo do fluxo de caixa é facilitar o entendimento
dos usuários comparativamente a DOAR muitos preferem não adotá-lo. Este método
se torna deficiente no sentido de não permitir ao usuário uma perfeita compreensão
do fluxo de caixa.
37
3.2.2.1 – Método Indireto: Vantagens x Desvantagens
Vantagens
a) Apresenta baixo custo. Basta utilizar dois balanços patrimoniais (o do início e do
final do período), a demonstração de resultados e algumas informações adicionais
obtidas na contabilidade.
b) Concilia o lucro contábil com o fluxo de caixa operacional líquido mostrando como
se compõe a diferença.
Desvantagens
a) O tempo necessário para gerar as informações pelo regime de competência e só
depois convertê-las para o regime de caixa. Se isso for feito uma vez por ano, por
exemplo, podemos ter surpresas desagradáveis e tardiamente.
b) Se há interferência da legislação fiscal na contabilidade oficial, e geralmente há, o
método indireto irá eliminar somente parte dessas distorções.
3.2.3 – Formas de Apresentação do Fluxo de Caixa
3.2.3.1 – Apresentação do Método Direto
INGRESSOS DE RECURSOS
(+ ) Recebimentos de Clientes
( - ) Pagamento a Fornecedores
( - ) Despesas de Vendas / Administrativas / Gerais
38
( - ) Imposto de Renda
( + ) Dividendos
( = ) Ingressos Provenientes das Operações
( + ) Resgate de Investimentos Temporários
( + ) Recebimento por Vendas de Investimentos
( + ) Recebimento por Venda de Imobilizado
( + ) Ingresso de Novos Empréstimos
A ( = ) Total de Ingressos de Recursos Financeiros
DESTINAÇÃO DE RECURSOS
( + ) Aquisição de Bens do Imobilizado
( + ) Aplicações no Diferido
( + ) Pagamento de Empréstimos Bancário
( + ) Pagamento de Dividendos
B ( = ) Total das Destinações de Recursos Financeiros
C ( A – B) Variação Líquida de Caixa
D Saldo de Caixa (Inicial)
( C + D) Saldo de Caixa (Final / Atual)
39
3.2.3.2 – Apresentação do Método Indireto
ORIGENS
Lucro Líquido do Exercício
Acertos / Conciliação
( + ) Depreciação e Amortização
( + ) Variações Monetárias de Empréstimos e Financiamentos
(L.P)
( - ) Ganhos de Equivalência Patrimonial
( - ) Correção Monetária
( - ) Lucros nas vendas de Imobilizado
Variações Patrimoniais
(+ / - ) Aumento / Diminuição em Fornecedores
(+ / - ) Aumento / Diminuição em Contas a Pagar
(+ / - ) Aumento / Diminuição em Juros a Receber
(+ / - ) Aumento / Diminuição em Juros e Impostos
(+ / - ) Aumento / Diminuição em Contas a Receber
(+ / - ) Aumento / Diminui em Estoques
(+ / - ) Aumento / Diminuição em Despesas de Exercícios Futuros
40
( = ) Caixa Gerado pelas Operações
( + ) Resgate de Investimentos Temporários
( + ) Venda de Investimentos
( + ) Venda de Imobilizado
( + ) Ingresso de Novos Empréstimos
( + ) Ingresso de Capital
A ( = ) Total de Ingressos Disponíveis
APLICAÇÕES
( + ) Integralização de Capital em Outras Companhias
( + ) Aquisição de Imobilizado
( + ) Aplicação no Diferido
( + ) Aplicações em Outras Empresas
( + ) Pagamento de Empréstimos
( + ) Pagamento de Dividendos
B ( = ) Total das Aplicações de Disponível
C ( A – B) Variação Líquida do Disponível
D ( + ) Saldo Inicial
( C + D) Saldo Final Disponível
41
CONCLUSÃO
Como pose-se obter informações financeiras de uma
empresa?
A condição para que a empresa viva e ganhe dinheiro é ter
recebimentos operacionais que superem os pagamentos operacionais.
A demonstração do fluxo de caixa é uma importante ferramenta que auxilia na
tomada de decisões e pode facilitar o trabalho dos administradores através de
análises de fluxos passados e previsão de fluxos futuros.
O objetivo da contabilidade é produzir informação útil, confiável em
tempo hábil para uma gama enorme de usuários que na grande maioria das vezes
não possui, ou possui pouco conhecimento para análise de demonstrações mais
complexas com a DOAR. Neste sentido a demonstração de fluxo de caixa é ideal
por ser de fácil entendimento pelos diversos tipos de usuários. Desde que seja
elaborada adequadamente, a demonstração de fluxo de caixa é um importante
instrumento de análise financeira das empresas que permite à contabilidade
desempenhar com mais eficiência o seu papel de principal guia na tomada de
decisões econômicas.
Vale ressaltar também que as informações sobre fluxo de caixa são
úteis porque além da facilidade de entendimento e ferramenta auxiliar na tomada de
decisões econômicas, proporcionam aos usuários das informações contábeis como
investidores e credores, uma base para avaliar a capacidade de a empresa gerar
42
caixa e valores equivalentes à caixa e, as necessidades da empresa em
utilizar esses fluxos de caixa.
Conclui-se , portanto, que o a melhor maneira de se obter informações
financeiras é através do fluxo de caixa.
43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
AFONSO, Roberto Alexandre Elias. DOAR versus Fluxo de Caixa. Boletim
IOB, Temática Contábil, 18, 1999.
BARBARIERI, Geraldo. Fluxo de Caixa – Modelo para Bancos Múltiplos. São
Paulo: USP/FEA, 1995
BRAGA, R. Marques, J. Demonstração de Fluxo de Caixa: contribuição à
nova Lei das S.A. Revista Conjuntura Econômica. Ed. Fundação Getúlio
Vargas, 2001.
CAMPOS FILHO, Ademar. Demonstração dos Fluxos de Caixa, Uma
Ferramenta Indispensável para Administrar sua Empresa. São Paulo: Atlas,
1999.
CAMPOS FILHO, Ademar. Fluxo de Caixa em Moeda Forte: Análise, Decisão
e Controle. São Paulo: Atlas, 1993.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. São Paulo:
Harbara, 1997.
IUDICIUS, Sérgio. MARTINS, Eliseu. GELBCKE, Ernesto Rubens, Manual de
Contabilidade das Sociedades por Ações: aplicável às demais sociedades –
FIPECAFI.5, ed. São Paulo: Atlas, 2000.
IUDICIBIUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da
Contabilidade – Para o Nível de Graduação. São Paulo: Atlas, 2000.
44
.
MARION, José Carlos, Contabilidade Empresarial. São Paulo: Atlas, 1994.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade vs Fluxo de Caixa. Caderno de Estudo,
FIPECAFI.2, São Paulo: Abril, 1990.
SÁ, Carlos Alexandre de. Gerenciamento do Fluxo de Caixa. Apostila, São
Paulo: Top Eventos, 1998.
SANTI FILHO, Armando de. OLINQUEVITCH, José Leônidas. Análise de
Balanços para Controle Gerencial: Enfoque sobre Fluxo de Caixa e Previsão
de Rentabilidade. São Paulo: Atlas, 1993.
45
BIBLIOGRAFIA CITADA
BRAGA, R Marques, J. Demonstração do Fluxo de Caixa: Contribuição à Nova Lei
das S.A. Revista Conjuntura Econômica. Ed. Fundação Getúlio Vargas, 2001.
CAMPOS FILHO, Ademar. Demonstração dos Fluxos de Caixa, Uma Ferramenta
Indispensável para Administrar sua Empresa. São Paulo: Atlas, 1999
CAMPOS FILHO, Ademar. Fluxo de Caixa em Moeda Forte: Análise, Decisão e
Controle. São Paulo: Atlas, 1993
IUDICIBIUS, Sérgio. MARTINS, Eliseu. GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de
Contabilidade das Sociedades por Ações: aplicável às demais sociedades –
FIPECAFI.5. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. São Paulo: Atlas, 1994.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade vs luxo de Caixa. Caderno de Estudo, FIPECAFI.2.
São Paulo: Abril, 1990.
46
ANEXOS
Anexo 1 – Reportagens
Anexo 2 – Internet
47
ANEXO 1
Reportagens
Jornal O Globo – Caderno Rio – Rio, 17 de dezembro de 2008
Paes continua sem saber quanto terá em caixa
Dados obtidos por prefeito eleito junto ao TCM divergem da contabilidade de
César
Por Luiz Ernesto Magalhães
O prefeito eleito Eduardo Paes e a futura secretária municipal de fazenda,
Eduarda La Roque, estiveram ontem no Tribunal de Contas do Município para
buscar documentos que retratem a real situação financeira da prefeitura. Mas o
encontro não foi conclusivo, apesar de Paes ter recebido dados sobre as
disponibilidades de caixa e dívidas a serem quitadas atualizados até a última sexta-
feira. Os técnicos do TCM explicaram que existem algumas divergências entre a
contabilidade oficial da prefeitura e os dados sob análise do Tribunal. Um dos casos
envolve as despesas da Secretaria municipal de Saúde.
Há dois meses, com base num parecer da Controladoria Geral do Município,
a prefeitura decidiu anular administrativamente mais de R$ 60 milhões em dívidas
com fornecedores. O TCM não ficou satisfeito com as explicações enviadas ao
órgão. E, por enquanto, continua a considerar que essas e outras dívidas que não
aparecem nos balancetes precisam ser honradas.
É difícil ter uma informação precisa sobre a situação financeira atual. Veja o
caso da Cidade da Música: a prefeitura vai deixar R$ 34 milhões em caixa para
48
quitar dívidas da obra. Se os recursos existem, por que a dívida não é paga logo –
questiona Paes.
César Maia desiste de operação com o Funprevi
Ontem, o prefeito César Maia anunciou que desistiu de fazer uma operação
de troca de títulos do tesouro (com vencimento em 2021 e atualmente com pouca
liquidez) por títulos do Fundo Previdenciário da prefeitura (Funprevi), com
vencimento em prazos mais curtos. A proposta criou polêmica na prefeitura. Temia-
se que o Funprevi tivesse prejuízos com a operação, que poderia servir para a
prefeitura fazer caixa. O prefeito eleito Eduardo Paes elogiou a decisão. Mas admitiu
que pode estudar a operação se assumir com dificuldades de caixa.
49
ANEXO 2
INTERNET
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas
www.sebrae.com.br
Fluxo de Caixa
Uma das dificuldades mais comum na gerência da empresa é o
controle financeiro, e a área financeira é estratégica em qualquer
organização. Uma ferramenta que facilita esse trabalho é o fluxo caixa,
pois, possibilita a visualização e compreensão das movimentações
financeiras num período preestabelecido.
O Fluxo de caixa é um instrumento gerencial que controla e
informa todas as movimentações financeiras (entradas e saídas de
valores) de um dado período, pode ser diário, semanal, mensal, etc., é
composto dos dados obtidos dos controles de contas a pagar, contas a
receber, de vendas, de despesas, de saldos de aplicações, e de todos
os demais elementos que representem as movimentações de recursos
financeiros da empresa.
50
http://exame.abril.com.br/
Como fazer um fluxo de caixa perfeito
O entra e sai de dinheiro precisa ser acompanhado de perto pelos
empreendedores
São Paulo – A expressão “fechar o caixa” faz parte do vocabulário de quase
todo comerciante. Antes de baixar as portas e ir para casa, é preciso conferir tudo
que foi pago e recebido e checar com o dinheiro do caixa.
Sendo de comércio ou não, toda pequena empresa deve seguir a mesma
premissa e ter o fluxo de caixa como companheiro do final do expediente. “O
controle de caixa é o registro das transações financeiras de um negócio”, define
Maurício Galhardo, especialista em finanças e sócio-diretor da consultoria Praxis
Education.
Aparentemente simples, esta ferramenta é indispensável para quem quer
manter as contas em ordem. Uma planilha (veja aqui um modelo de Planilha de
Fluxo de Caixa fornecido pelo Sebrae/SP) pode ajudar na tarefa cotidiana de checar
as contas. “O fluxo de caixa é o melhor instrumento de controle da empresa”, diz
Ricardo Curado, consultor financeiro do Sebrae/SP.
Entre saídas e entradas de dinheiro, todo empreendedor precisa saber o que
estes números significam. “O diagnóstico que o fluxo de caixa dá é apenas da
situação financeira da empresa e não a situação econômica." Não é possível saber
se a empresa tem lucro ou prejuízo, por exemplo, ensina Adriano Gomes, professor
de finanças da ESPM.
51
Como fazer
Um fluxo de caixa perfeito é aquele que leva dedicação e disciplina dos
empresários. O primeiro passo é separar as saídas de dinheiro em pelo menos três
categorias: fornecedores, despesas e outras saídas.
Dentro dos pagamentos com despesas, os especialistas sugerem a divisão
em outras três categorias. “As despesas podem ser administrativas, como papelaria,
correio, telefone, internet e salários, comerciais, onde entram gastos com marketing
e comissões de vendedores, e financeiras, como juros, multas e IOF”, explica
Gomes. Em “outras saídas”, coloque o que a empresa pagou para amortização de
empréstimos, pagamento de tributos e investimentos.
Do outro lado do fluxo, ficam as entradas, que costumam vir principalmente
do que a empresa recebe das vendas. “A venda de um ativo ou um novo aporte
também devem entrar neste quesito”, afirma o professor da ESPM.
Esta operação deve ser feita diariamente e depois de calcular o valor das entradas
menos o das saídas, somando ao saldo inicial, o empresário tem acesso ao saldo
final do dia. Este número deve bater com o que há nas contas bancárias. “Se não
bater, o que está errado é o fluxo de caixa. O banco nunca erra”, brinca Galhardo.
52
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 RESUMO 4 METODOLOGIA 5 SUMÁRIO 6 INTRODUÇÃO 7 CAPÍTULO I 9 I - DEMONSTRAÇÃO FLUXO DE CAIXA 9 1.1 - Abrangência do Fluxo de Caixa 10 1.2 - Objetivo 11 1.3 - Finalidade 11 1.4 - Requisitos 12 1.5 - A importância do fluxo de caixa 15 1.6 - Transição do Regime de Competência para o Regime de Caixa 16 1.7 - Estrutura do Plano de Contas 17 1.8 - Fluxo Projetado 22 CAPITULO II 24 I - O FLUXO DE CAIXA E OS SISTEMAS DE INFORM. DAS EMPRESAS 24 II – FLUXO FINANCEIRO OU DE CAIXA 26 III – ANALISE DO FLUXO DE CAIXA 30 CAPÍTULO III 33 I - IMPORTÂNCIA PARA O GERENCIAMENTO DOS NEGÓCIOS 33 II – METODOS PARA ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 35 3.2.1 – Método Direto 35 3.2.2 – Método Indireto 36 3.2.3 – Formas de Apresentação do Fluxo de Caixa 37 CONCLUSÃO 41 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43 BIBLIOGRAFIA CITADA 45 ANEXOS 46 INDICE 52