Do ponto de vista humano, pensamos que há pessoas que definitivamente não merecem compaixão:...

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Do ponto de vista humano, pensamos que

há pessoas que definitivamente não

merecem compaixão: assassinos, ladrões,

raptores, estupradores, terroristas, pedófilos,

etc.

SIMÃO, O LEPROSO

E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu,

assentou-se à mesa.

Lucas 7:36

Eram os fariseus que certificavam as enfermidades

transmissíveis dos cidadãos e que

determinavam sua expulsão; eram também eles que podiam ordenar

sua reintegração na sociedade.

Quando se viu leproso, Simão sabia o que tinha

que fazer. A lepra era uma enfermidade

incurável, contagiosa e mortal. Ele era um

homem morto, e assim tinha que expulsar a si

mesmo da comunidade.

Não há descrição do momento da cura de

Simão; porém, a Bíblia registra a cura de vários leprosos. Ele os tocava,

passava perto deles, desafiava a sua fé.

Cristo tinha uma forma de ajudar em cada caso.

Simão organizou um banquete para celebrar

seu retorno à sociedade. O grande convidado era Jesus, Aquele que o curara.

“Simão estava agradecido mas não O

aceitara como Salvador. Seu caráter não estava

transformado; permaneciam sem

mudança seus princípios”

(DTN, p. 390).

Compaixão é preocupação pelas

necessidades físicas e também interesse pela saúde espiritual. Deus não apenas quer cura,

mas também a salvação.

A MULHER PECADORA

E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa

em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento;

Lucas 7:37

Tudo estava preparado para ser uma noite

memorável, para um retorno triunfal de Simão

à vida social; porém... algo alterou

definitivamente o ambiente e o programa.

Foi a entrada de uma mulher que se lançou

aos pés de Jesus.

“Ao ver isto, o fariseu [...] disse consigo

mesmo: Se este fora profeta, bem saberia

quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é

pecadora.”

“Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa

tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a,

Mestre.”

O olhar de Cristo lhe revelou que sabia

tudo. Então ele entrou em pânico. Cristo

poderia denunciá-lo diante da sociedade.

Nesse momento crítico, o Senhor

conta uma história.

“Vês esta mulher?”, Ele lhe disse, “É uma pecadora”. “Por isso, te digo: perdoados lhe

são os seus muitos pecados, porque ela

muito amou; mas aquele a quem pouco

se perdoa, pouco ama”.

Agora Simão passa a ver a si mesmo sob um novo ponto de vista. Viu que sua religião era apenas

um manto farisaico. Havia desprezado a

compaixão de Jesus.

Jesus Se dirigiu à mulher e depois de

perdoá-la lhe disse: “A tua fé te salvou; vai-te em

paz.” (v. 50)

Quando, à vista humana, um caso pode parecer sem

esperança e alguém é considerado

imperdoável, Cristo vê nele aptidões

para o bem.

O fariseu hipócrita e corruptor de jovens,

descobre envergonhado que Deus lhe conhece o

coração e que mesmo assim está disposto a

ir muito além de apenas curar-lhe a

lepra, mas purificá-lo da lepra da alma.

Às almas que se voltam para Ele em busca de

refúgio, Jesus as eleva acima das acusações. Homem algum ou anjo mau pode acusar essas almas. Elas estão diante

do Grande Advogado, diante do trono de Deus.