Divulgação Científica - Fábio F. de Albuquerque

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Apresentação de Fábio F. de Albuquerque para o biblio.lab da VI Semana de Biblioteconomia ECA-USP. O evento ocorreu de 26 a 30 de setembro de 2011.

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DIVULGAÇÃO CIENTÍFICAFábio Fernandes de AlbuquerqueLeal Gravações Elétricas

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA

VULGARIZAÇÃO DA CIÊNCIA

Motivação histórica de aproximação dos processos e produtos da ciência moderna

Exemplares de Vulgatas Sixtinas. Ca. 1590 a 1771.

Vulgata

tradução para o latim da Bíblia, escrita entre fins do século IV início do século V, por São Jerónimo a pedido do Papa Dâmaso I.

Galileo Galilei

Dialogo sopra i due massimi sistemi del mondo tolemaico e copernicano de 1632.

Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo – o ptolomaico e o copernicano.

Frontispício da obra Dialogo. 1632.

Multiplicidade de conceitos

Pontos comuns

tradução aproximação compartilhamento estímulo recriação formação educacional incentivo a leitura

CONCEITOS

CONCEITOS OPERATIVOS“[...] A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA PRESSUPÕE A TRANSPOSIÇÃO DE UMA LINGUAGEM ESPECIALIZADA PARA UMA LINGUAGEM NÃO ESPECIALIZADA, COM O OBJETIVO DE TORNAR O CONTEÚDO ACESSÍVEL A UMA VASTA AUDIÊNCIA.”

(BUENO, 1984, p.19)

“[...] É A VEICULAÇÃO EM TERMOS SIMPLES DA CIÊNCIA COMO PROCESSO, DOS PRINCÍPIOS NELA ESTABELECIDOS, DAS METODOLOGIAS QUE EMPREGA.”

(REIS, 2002, p. 76)

“[...] A DIVULGAÇÃO É UMA RECRIAÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO, PARA TORNÁ-LO ACESSÍVEL AO PÚBLICO...” (SANCHÉZ MORA, 2003, p.13)

CRONOLOGIASéculo XVII a Século XIX Publicações impressas e conferências populares.

Final Século XIX e Século XX Motivação educacional não formal.ex: Museus.

Século XX Rádio, Televisão, Centros de Ciências (Science Centre, Science Centrum ou Science Learning Centre) e Internet.

Início dos estudos sistemáticos sobre divulgação. Ênfase no modelo difusionista - Histórico e origem. Propostas de educação científica.

1857 – Criação da Revista Brazileira - Jornal de Sciencias, Letras e Artes, dirigida por Cândido Batista de Oliveira.1873 – Conferências Populares da Glória – RJ.1876 – Os Cursos Públicos do Museu (Museu Imperial - RJ).1877 – Criação do jornal O Vulgarisador – RJ.1923 – Primeira rádio com propósitos educativos, culturais e de difusão científica - abril de 1923 na Academia Brasileira de Ciências (ABC) no RJ.1947 – Primeira coluna de ciência de José Reis, na Folha de São Paulo.1949 – Revista Ciência & Cultura (SBPC).1970 – Projeto divulgação científica da Fapesp – documentários de conteúdo científico produzidos pela Fundação Padre Anchieta.1977 – As revistas Veja e Visão e os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo criam editorias de ciência.1982 – Revista Ciência Hoje (SBPC).1987 – Revista Ciência Hoje para Crianças (SBPC); Revista Superinteressante (Editora Abril); Estação Ciência da USP..1992 – Jornal da Ciência1994 – Criação do Labjor/Unicamp.1999 – Criação do programa MídiaCiência/Fapesp2003 – Criação da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social – CECIS.

 

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO BRASIL

Alta divulgaçãonível superior ou especializado de escolaridade. Técnicos e estudantes universitários.Ciência Hoje, Pesquisa Fapesp, Scientific American Brasil, Popular Science, La Recherche e New Scientist.

Geral ou público amplo nível médio de escolaridade.Galileu, Superinteressante, Mundo Estranho, Quebéc Science, Cap-aux Diamants, Franc Vert, Science & Vie e Science et Avenir.

PERFIS DA DIVULGAÇÃO

Infantil níveis básicos e fundamentais da educação formal e não formal.Ciência Hoje das Crianças, Les Débrouillards, Science & Vie Junior e Archéologie Junior.

OBJETIVOS DA DIVULGAÇÃO

Educacional ampliação do conhecimento e da compreensão a respeito do processo científico e sua lógica.

Cívicodesenvolvimento de uma opinião pública informada sobre os impactos do desenvolvimento científico e tecnológico sobre a sociedade, particularmente em áreas críticas do processo de tomada de decisões.

Mobilização popularampliação da possibilidade e da qualidade de participação da sociedade na formulação de políticas públicas e na escolha de opções tecnológicas.

PROPOSTAS DE UMA BOA DIVULGAÇÃO

Base na história e na tradição Emprego da ironia e do humor Entrelaçamento de arte e ciência Uso de analogias e metáforas Recurso ao cotidiano Um lugar para a metafísica e a religião Referência à cultura popular Reconhecimento dos erros humanos Dessacralização da ciência

FACETAS DA DIVULGAÇÃO

LITERATURA

OBRA DE REFERÊNCIA

MATERIAL DIDÁTICO

INCLUSÃO SOCIAL

CRÍTICA DA CIÊNCIA

Divulgação como...

FACETAS CRÍTICAS DA DIVULGAÇÃO

Incapacidade de TRADUÇÃO e ADAPTAÇÃO da linguagem abstrata e matemática

Inconsistências EPISTEMOLÓGICAS

Degradação dos CONTEÚDOS CIENTÍFICOS

Participação na INDÚSTRIA DO LAZER

Discursos impregnados de IDEOLOGIAS CIENTIFICISTAS

NÃO HÁ CIÊNCIASEM COMUNICAÇÃOE DIVULGAÇÃO

 

UMA IDEIA

FAPESPScientific Automatic Press Observer (SAPO),em desenvolvimento desde 2003.

paper.li

Open Source e licenças Creative Commons

POSSÍVEIS EXEMPLOS E METODOLOGIAS

REFERÊNCIASALBAGLI, Sarita. Divulgação científica: Informação científica para cidadania. Ciência da Informação, Brasília, DF, Brasil, v. 25, n. 3, p. 396-404, set./dez. 1996. Disponível em: <http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/viewArticle/465>. Acesso em: 02 mar. 2011.

BUENO, Wilson da Costa. Jornalismo científico no Brasil:compromissos de uma prática dependente. (Tese de doutorado apresentada à Escola de Comunicações e Artes da USP). São Paulo, 1984.

REIS, J. Ponto de Vista: José Reis (entrevista concedida a Alzira Alves de Abreu - CPDOC/FGV e UFRJ). In: MASSARANI, L.; MOREIRA, I. de C. & BRITO, F (orgs.). Ciência e público – caminhos da divulgação científica no Brasil. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2002.

SÁNCHEZ MORA, Ana María. A divulgação da ciência como literatura. Rio de Janeiro: Casa da Ciência, Editora da UFRJ, 2003.

Fábio Fernandes de Albuquerque

Leal Gravações Elétricasfabioaz8@gmail.com