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Política de Investimentos 2005 / 2009
Dezembro de 2004
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Introdução
A Política de Investimentos 2005 / 2009 da Petros pauta-se por dar
continuidade à estratégia de alocação de recursos definida pela Política de
Investimento 2004 / 2008, aprovada em dezembro de 2003 e executada ao longo
de 2004.
Durante 2004, foram executados todas as diretrizes da política aprovada
em dezembro de 2003 pelo Conselho Deliberativo. Além da redução relativa do
peso dos títulos públicos na Carteira da Petros, que deu espaço para o incremento
de investimentos lastreados na atividade produtiva do setor privado, foi efetivado o
compromisso de realização das reuniões públicas trimestrais com participantes da
Petros sobre os resultados trimestrais dos investimentos. Do ponto de vista
financeiro, os resultados dos investimentos deverá fechar novamente
significativamente acima da meta atuarial. Em se tratando da transparência na
prestação de contas trimestrais, nossa avaliação é de que os resultados tem sido
muito bons, aproximando os participantes da Petros. Mas, independente de uma
avaliação conjuntural, trata-se de um compromisso com os participantes que
poderia se tornar uma obrigação estatutária da diretoria da Petros.
A opção por dar seqüência àquela estratégia de diversificação dos
investimentos está calcada na percepção de que, apesar da recente leve alta dos
juros nominais de curto prazo e a incerteza presente no horizonte econômico
internacional, as decisões de reduzir o montante alocado em títulos do Tesouro
federal, bem como uma maior destinação de recursos à renda variável, títulos de
renda fixa privados (ou na forma de fundos) e a projetos ligados principalmente à
infra-estrutura continuam sendo a melhor estratégia para a Petros otimizar a
rentabilidade de seus ativos diante da expectativa de redução das taxas reais de
juros nos próximos anos.
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Este documento apresenta, em sua Seção 1, um panorama dos riscos
associados à evolução do cenário econômico internacional. Destacam-se nesta
seção a evolução da trajetória de fragilização do dólar perante às demais moedas-
chave do sistema monetário internacional, as expectativas em torno da taxa de
crescimento das economias chinesa e japonesa e a evolução esperada dos
preços do petróleo.
Na Seção 2 discute-se os rumos prováveis da economia nacional.
Destacam-se a ainda existente (embora menor) vulnerabilidade a choques
externos da economia brasileira bem como a provável manutenção de uma
política econômica austera por parte do governo federal.
Na Seção 3 apresenta-se as propostas de alocação dos recursos
garantidores da Petros para o período 2005 / 2009 e os resultados esperados da
mesma.
No Anexo 1, expõe-se o cenário macroeconômico de longo prazo esperado
pela Petros. No Anexo 2 algumas simulações de ALM (Asset Liability
Management) que tentam mensurar a situação do fluxo de caixa esperado da
Fundação nos próximos 80 anos. No Anexo 3, apresentam-se os cálculos relativos
à evolução da Divergência Não-Planejada (DNP) das rentabilidades dos ativos
que compuseram a carteira da Fundação em 2004. Por fim, no Anexo 4 é
apresentada a nova política de terceirização de gestão da carteira de renda fixa.
A partir deste ano o conceito de Investimentos Socialmente Responsáveis
incorporados à Política de Investimentos da Petros desde 2003 passará a ser
recomendado pela ABRAPP a todos os seus associados (Anexo 6). Este passo da
ABRAPP corrobora o fato de que a exigência por parte dos analistas de
investimentos de que os parceiros da Petros (empresas, instituições financeiras,
gestores, etc) apresentem comportamento socialmente responsável é a melhor
maneira de mitigar riscos do negócio e, conseqüentemente, maximizar os retornos
financeiros e de bem estar social no longo prazo para os participantes da Petros.
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Seção 1: O Cenário Econômico Internacional para 2005
Os principais riscos associados ao cenário econômico internacional para
2005 estão concentrados em três macro-fatores. Em primeiro lugar, cabe destacar
o crescimento vertiginoso dos déficits fiscal e externo (em conta-corrente) do país que emite a moeda-reserva do sistema: os EUA. O déficit fiscal americano
atingiu em novembro de 2004 US$ 470 bilhões (4,5% do PIB) ao passo que seu
déficit externo chegou a US$ 600 bilhões (5,1% do PIB) no mesmo período.
Não fosse a economia americana o motor que impulsiona em grande parte
o crescimento da economia mundial1 e não fosse o dólar a moeda-âncora do
sistema monetário internacional2, nada haveria de extraordinário nestes fatos. O
crescimento pronunciado de tais déficits, entretanto, vem acentuando a
1 Os EUA absorvem, hoje, 80% dos superávits comerciais do mundo. 2 Ainda que desde 1973 o sistema monetário internacional careça de uma reordenação, a posição do dólar como reserva de valor ainda é a referência por excelência do sistema. Ainda é para o dólar que os capitais se dirigem quando as incertezas em relação à evolução da economia mundial se exacerbam.
5
desvalorização da moeda americana frente às demais moedas-chave do sistema,
em particular em relação ao Euro.
A existência do Euro coloca o mundo frente a uma situação inusitada e
inédita desde a derrocada definitiva da Libra como moeda central do sistema (2ª.
Guerra Mundial). Desde então, duas moedas de curso internacional não se
apresentavam ao sistema como opções de funcionar como reserva de valor. Tal
situação adiciona incertezas sobre a evolução do valor da moeda central (dólar) e,
conseqüentemente, amplia a volatilidade dos mercados de moedas e de ativos em
todo o globo.
Além do fato de existir uma moeda alternativa ao dólar como candidata a
tornar-se a referência monetária do sistema, há o fato de a maior parte das
reservas líquidas do globo estarem em poder do mercado (principalmente bancos e investidores institucionais – fundos de investimento, fundos de pensão e
seguradoras) e não mais, como sempre o fora, compondo as reservas dos
principais bancos centrais. Isso torna mais difícil a execução de uma estratégia de
desvalorização ordenada do dólar, como já ocorreu em outros momentos3. Caso a
desvalorização necessária do dólar seja feita pelos mercados (por definição, de
forma desordenada), oscilações abruptas das cotações das principais moedas e
ativos do mundo poderão ocorrer, ampliando a percepção de risco global e
prejudicando ao extremo a continuação de estratégias de
estabilização/crescimento de países com moedas não conversíveis, como é o
caso do Brasil.
Na prática, um dos gatilhos que podem iniciar uma corrida contra o dólar é
a tentativa de preservar as reservas internacionais como reserva de valor. Se, por
algum motivo, os Banco Centrais percebem que a desvalorização é certa, mesmo
que essa ocorra de forma gradual, pode ocorrer uma corrida para o Euro. Esse
comportamento é racional e pode ser visto em diversos episódios de ataque
especulativo. Estima-se que a desvalorização do dólar necessária para equilibrar o
3 Como após o Acordo do Plaza, em 1985
6
déficit em conta corrente seja de aproximadamente 40% (Rogoff 2004), esse valor
é o que as reservas podem perder se permanecerem atreladas ao dólar
americano. A política fiscal intertemporal americana tem que se ajustar para
desarmar essas expectativas, caso contrário o cenário econômico mundial
recrudescerá.
Some-se a este fator de risco a posição relativa da China e do Japão na
economia mundial. A economia chinesa funciona cada vez mais como uma correia
de transmissão entre a economia americana e o resto do mundo. A recuperação
das balanças comerciais dos países asiáticos e de boa parte dos países
periféricos deve à China, centralmente, bem como ao Japão, seu sucesso nos
últimos anos.
À China cabe o papel de alavanca comercial e, em conjunto com o Japão,
cabe a função de sustentação de um dólar valorizado por um longo período. Tais
países mantém o dólar valorizado ao adquirir no mercado (via seus próprios
bancos centrais) o excesso de dólares provenientes de seus bilionários superávits
comerciais com os EUA. Tal política interessa a ambos os lados, na medida em
que o dólar valorizado barateia as importações nos EUA, diminuindo as pressões
inflacionárias, permitindo a manutenção de baixas taxas de juros nominais4 e
fomentando o crescimento econômico5. Além disso, cria-se um mercado
absorvedor para os papéis do Tesouro americano, financiando seu crescente
déficit fiscal.
4 Permitindo a convivência com taxas de juros reais negativas, inclusive. 5 A valorização do dólar teve papel tão ou mais importante para garantir um crescimento sem pressões inflacionárias que o crescimento da produtividade do trabalho, a despeito do destaque conferido a esta última nos anos mais recentes.
7
De outra parte, o dólar valorizado impulsiona as exportações dos países
que conseguem manter suas moedas desvalorizadas frente ao dólar, recuperando
balanças comerciais e crescimento, principalmente onde as estratégias de
desenvolvimento calcam-se no setor externo. Um menor crescimento chinês,
desta feita, colocaria em questão a continuidade desta dinâmica, ampliando os
riscos para países periféricos que dependem da mesma.
A continuação da existência desse mecanismo, entretanto, amplia
desequilíbrios em todo o globo. O crescimento dos défitis fiscal e externo
americanos amplia a desconfiança sobre o dólar, colocando pressões de
valorização sobre o Euro e deprimindo o crescimento europeu, o que contribui
para concentrar a dinâmica de crescimento global no eixo EUA-Ásia. Além disso, a
persistência de baixas taxas de juros e câmbio valorizado contribuiu para o
surgimento de vários processos de inflação de ativos (bolhas) nos EUA e nos
mercados mundiais, em especial nos mercados imobiliários e de commodities
agrícolas e industriais.
8
Tal dinâmica é benigna no curto prazo, porém acumuladora de
desequilíbrios no médio e longo prazos. Dado o atual momento político
atravessado pelos EUA (com a reeleição de George W. Bush e a proximidade da
sucessão de Alan Greenspan no comando do FED), a disposição de atenuar tais
desequilíbrios pode levar os EUA a elevarem fortemente suas taxas de juros
básicas (fed funds) com o intuito de combater pressões inflacionárias e, em última
instância, retomar o papel do dólar como moeda hegemônica na economia
mundial, da mesma forma como em 1979 Paul Vocker (ex-presidente do FED) o
fez. Naquela ocasião, a abrupta redução de liquidez que se seguiu à subida da
taxa de juros americana, combinada com o elevado passivo externo das principais
nações periféricas, conduziu estas a uma década de estagnação.
Há ainda a possibilidade de um soft landing do dólar, ou seja, uma
desvalorização lenta e segura, que ocorra ao longo dos próximos anos e evite
grandes oscilações dos preços dos ativos nos mercados internacionais. Esta
opção, entretanto, deveria contar com a paciência do eleitor americano, uma vez
que alguma perda de renda real (e de crescimento econômico) seria necessária
para que se evitem pressões inflacionárias que adviriam da desvalorização do
dólar. Se combinada com uma provável elevação dos juros, a fim de combater
possíveis pressões inflacionárias, tal opção econômica e sobretudo política
mostrar-se-ia uma opção de coragem, algo que a administração Bush talvez tenha
guardado inteiramente para um segundo mandato.
Outro fator de risco para a economia mundial em 2005 é a evolução dos
preços do petróleo. Ainda que atenuadas neste final de 2004, a manutenção das
cotações em patamares elevados (algo muito provável nos próximos meses) pode
gerar pressões inflacionárias e diminuição de renda nos principais países
consumidores de petróleo. Isso pode deprimir as expectativas de crescimento
mundial (3,0% para 2005).
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Evolução do Preço do Petróleo
Brent
25
30
35
40
45
50
20/1
1/20
03
4/12
/200
3
18/1
2/20
03
1/1/
2004
15/1
/200
4
29/1
/200
4
12/2
/200
4
26/2
/200
4
11/3
/200
4
25/3
/200
4
8/4/
2004
22/4
/200
4
6/5/
2004
20/5
/200
4
3/6/
2004
17/6
/200
4
1/7/
2004
15/7
/200
4
29/7
/200
4
12/8
/200
4
26/8
/200
4
9/9/
2004
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Seção 2: A economia brasileira em 2005
Por mais que a balança comercial tenha obtido resultados expressivos nos
últimos 3 anos, a vulnerabilidade externa da economia nacional continua presente
e as eventuais alterações do cenário externo benigno ainda podem trazer efeitos
nocivos à performance da estratégia de crescimento adotada. Entretanto, caso as
previsões de crescimento mundial se confirmem, a economia brasileira deve
atravessar 2005 com um crescimento em patamares satisfatórios (3,0%), renda
real em ascensão (dado o crescimento esperado da massa nominal de salários e
a valorização do real), continuidade da trajetória de retomada do emprego,
estabilidade da relação dívida pública/PIB e obtenção de amplos superávits
comerciais.
Quanto aos juros básicos, estes devem manter-se em patamares elevados,
em consonância com a política do Banco Central de redução das expectativas
inflacionárias para 2005 e 2006. Espera-se que a taxa Selic continue a subir até
meados de 2005, reiniciando uma trajetória de queda a partir da metade do ano e
atingindo algo próximo a 16% no final de 2005.
Brasil: Evolução das taxas de juros Selic e futuras
14 .00
15 .00
16 .00
17 .00
18 .00
19 .00
20 .00
21 .00
23/9/2003
23/10/2003
22/11/2003
22/12/2003
21/1/2004
20/2/2004
21/3/2004
20/4/2004
20/5/2004
19/6/2004
19/7/2004
18/8/2004
17/9/2004
17/10/2004
16/11/2004
jan /05 abr/05 jan /06 Selic
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Entretanto, constatado a elevada correlação entre a taxa de câmbio e as
expectativas inflacionárias, é preciso que o real continue apreciado. Nesse
sentido, a política monetária deve ser delineada com esse objetivo em 2005. Se, o
Banco Central não controlar o dólar o esforço do ciclo de juros será em vão.
As recentes decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) de
aumentar a taxa de juros básica não diminuiu a convicção de que tal taxa deverá
cair no médio prazo. Tal elevação seria, portanto, transitória, não se sustentando
para além de junho de 2005. Tal expectativa está disseminada pelo mercado e
pode ser verificada pela convergência entre a taxa Selic e as taxas de juros
futuras.
Entende-se que o aumento da Selic está associado às exigências do
modelo de metas de inflação adotado pelo Banco Central. Este, ainda que
confrontado com taxas de inflação cada vez menores no presente e com um
câmbio sob controle e sem pressões de fluxo (pagamentos externos) programadas
para o futuro, age na tentativa de reduzir as expectativas de inflação colhidas no
mercado e explicitadas no Boletim Focus, publicado pelo próprio BC. Enquanto as
expectativas de inflação para 2005 permanecerem acima do centro da meta
(5,1%), o BC continuará a deprimir, via política monetária, as decisões de
consumo e produção.
O maior risco dessa estratégia está em afetar-se também as decisões de
investimento, o que seria fatal para as perspectivas de crescimento da economia.
Dados preliminares apontam uma pequena redução do fluxo de investimentos na
margem. Essa redução, porém, segue-se a um período de intenso crescimento
dos investimentos e pode significar apenas uma correção temporária.
Um fator de risco para 2005 e além é o desempenho esperado da balança
comercial vis-à-vis a trajetória de apreciação do câmbio real. Ainda que tal
apreciação tenha se concentrado nos anos mais recentes, e mesmo sem
12
descartar a hipótese de que a inserção comercial externa das empresas
exportadoras brasileira tenha criado raízes mais profundas e estruturais6,
Em suma, a trajetória adotada pela política econômica em 2003 e
2004 deve ser mantida em 2005, a menos que choques externos não previstos
nos modelos do BC se imponham às expectativas do Ministério da Fazenda.
6 Discute-se a hipótese de que as empresas exportadoras brasileiras tenham recorrido ao mercado externo de forma diferente daquela prevalecente em décadas anteriores, na qual aquele mercado mostrava-se apenas como um recurso frente à diminuição da atividade interna. Neste ciclo, defende-se, há a percepção de que a inserção comercial externa é fator-chave de competitividade, na medida em que o hedge natural criado por tal inserção permite o acesso a empréstimos externos a taxas bem mais competitivas que aquelas praticadas internamente, principalmente frente à manutenção de elevadas taxas de juros básicas no país.
13
Seção 3: Alocação de recursos em 2005 e resultados esperados
Introdução
O cenário de redução dos juros reais, indicado pela Assessoria de
Planejamento de Investimentos como o mais provável para os próximos anos já na
Política de Investimentos de 2004 e mantido como perspectiva para 2005,
corrobora a estratégia de continuar com a política de diversificação dos
investimentos, planejando a carteira total dos ativos dos planos gerenciados pela
Petros com uma perspectiva de rentabilidade sólida de longo prazo baseada em
conceitos de Investimentos Socialmente Responsáveis.
Dentro desta estratégia de atuação, reforça-se a necessidade de ampliação de
investimentos em veículos que direcionem seus recursos para financiamento de
projetos (incluindo projetos de infra-estrutura) e em operações estruturadas que
resultem em instrumentos financeiros de renda variável e/ou renda fixa.
Nesse momento, portanto, há a necessidade de que a Petros continue
implementando uma Política de Investimentos que amplie a parcela de
investimentos lastreados diretamente em empreendimentos produtivos, reduzindo
a parcela dirigida a títulos públicos. Tais investimentos, se feitos por intermédio de
veículos bem estruturados, têm uma remuneração esperada mais elevada que a
renda fixa calcada em títulos públicos e estão associados a níveis de risco mais
baixos que os oferecidos pelo investimento em renda variável tradicional (bolsa de
valores).
Não obstante, a manutenção de uma parcela considerável de recursos da
Petros em ações com alta liquidez (Carteira de Giro) e em aplicações mais
conservadoras, ancoradas em papéis públicos federais, faz-se necessária dada a
necessidade de manutenção de um nível de liquidez adequado às necessidades
de caixa de Fundação7.
7 Os resultados do modelo de ALM apresentados na próxima seção mostram quais são as necessidades de caixa esperada para os próximos 80 anos.
14
No segmento de alocação em bolsa, a novidade proposta para 2005 é a
extinção da Carteira Indexada como uma sub-divisão da Carteira de Giro, sendo
os recursos atualmente alocados nesta carreados para a Carteira Seleção. Com
isso estaremos enfatizando nossa confiança na expertise acumulada pela equipe
gestora de recursos em renda variável da Petros, cujos resultados em 2004 foram
extremamente favoráveis.
Proposta de Alocação de Recurso por Classe de Investimento.
Na seqüência da seção, são apresentadas proposta de alocação de recursos
por classes de investimentos.
Proposta de Alocação Global
Segmento Percentual alocado Ago/03
Percentual alocado Set/04
Percentual 2005 / 2009: mínimo
Percentual 2005 / 2009 máximo
Renda fixa Títulos públicos* Fundos de Renda Fixa FIDC,Debêntures,LH,CRI e CCI**
74,4552,4519,082,78
68,8548,6617,922,27
55,00 40,00 12,00 3,00
74,0048,6617,9212,00
Renda variável Projetos de infra-estrutura
14,19
2,70
20,83
2,30
20,00
2,47
30,00
5,00
Imóveis 5,19 4,20 2,50 4,50Empréstimo aos Participantes 3,47 3,82 3,00 6,00
*marcados na curva (autorizados pela SPC) ** FIDC’s: Fundos de Investimento em Direitos Creditórios; CRI’s: Certificados de Recebíveis Imobiliários; CCI: Certificado de Crédito Imobiliário; LH’s: Letras Hipotecárias
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Segmento de Renda Fixa
Segmento de Renda Fixa: Proposta de Alocação
Segmento Percentual alocado Ago/03
Percentual alocado Set/04
Percentual 2005 / 2009: mínimo
Percentual 2005 / 2009: Máximo
Renda fixa Títulos públicos Fundos de Renda Fixa* FIDC’s Debêntures e LH’s CRI’s e CCI
74,4552,4519,08
-2,610,17
68,8548,6617,920,281,740,25
55,00 40,00 12,00 0,40 2,30 0,30
74,0048,6617,924,004,004,00
Benchmark: CDI; * 102% do CDI (fundos moderados) e 104% do CDI (fundos
agressivos)
Fundos de Renda Fixa Terceirizados: a partir de 2005 os mandatos de gestão dos
gestores terceirizados de renda fixa darão preferência para gestores que
apresentem expertise em gerenciar risco de mercado de taxa títulos públicos de
médio prazo e papéis privados de curto prazo (com limite de risco de crédito
controlado pela Petros), com potencial de rentabilidade média mensal superior aos
100% do CDI (Certificado de Depósitos Interbancários), benchmark do atual
mandato destes gestores terceirizados e da meta de rentabilidade de 103% do
CDI.
Hoje, os Fundos de Investimento Financeiro com gestão terceirizada são divididos
em dois grupos: moderados e conservadores. Na nova composição os grupos
serão definidos como moderados e multimercado. Nos moderados, os gestores
passarão a estar comprometidos com uma rentabilidade de 105% da taxa Selic
(taxa de juros dos Títulos Públicos de curto prazo), frente aos 103% do CDI atual.
No caso dos multimercados, a meta de rentabilidade do gestor será de 108% da
taxa Selic, exigindo uma alta performance do administrador, que poderá utilizar o
mercado de renda variável para executar operações de renda fixa com o objetivo
de maximizar o retorno do fundo.
16
O mecanismo de estímulo para a melhoria dos resultados financeiros dos gestores
será o pagamento da taxa de performance de 15% dos rendimentos que
superarem o benchmark de 102% da taxa Selic no caso dos fundos moderados e
20% dos rendimentos que superarem os 104% da taxa Selic nos fundos
multimercados. Tais taxas de performance somente serão pagas caso os 102% ou
os 104% da taxa Selic superem a meta atuarial da Petros (IPCA + 6%aa). Hoje,
apenas os gestores dos fundos moderados recebem taxa de performance para
rentabilidade acima da taxa de 100% da taxa CDI.
Por apresentar maior grau de risco, o volume financeiro do grupo de fundos do
tipo multimercado será equivalente a cerca de 25% do volume alocado para os
fundo moderados. Com esses dois tipos de Fundos de Renda Fixa, além do FIF
gerido internamente, acreditamos estar maximizando a rentabilidade dos recursos
mais líquidos da Petros.
Entende-se que a terceirização se justifica em função de dois fatores: i)
diversificação de risco de gestão; ii) obtenção de uma rentabilidade maior, dada a
expertise específica dos gestores terceirizados, principalmente no caso dos fundos
multimercado.
Gestão interna de renda fixa: Cerca de R$ 1,6 bilhão será administrado
internamente pela equipe de gestão de renda fixa da Petros, que também
receberá um mandato de gestão claro quanto à política de gestão a ser
implementada nos próximos meses. Tal volume financeiro foi obtido a partir de
estudos de ALM que apontaram as necessidades líquidas de caixa da Fundação
para os próximos dois anos. Tais recursos terão uma administração próxima ao
mandato de um fundo de renda fixa moderado, embora com maior composição de
títulos altamente líquidos que dê tranqüilidade para a gestão do fluxo de caixa da
Petros e observarão o benchmark de 100% da taxa Selic.
17
Segmento Renda Variável
Segmento renda variável: proposta de alocação
Segmento Percentual alocado Ago/03
Percentual alocado Set/04
Percentual 2005 / 2009: Mínimo
Percentual 2005 / 2009: Máximo
Renda variável Carteira de Giro* Seleção Indexada (IBOVESPA) IBX-50 Dividendos ** Carteira Permanente*** Ações permanentes Fundos de ações Projetos de infra-estrutura***
14,197,561,426,14
-
5,741,743,952,70
20,8312,538,272,761,50
7,022,425,882,30
20,00 12,00 11,00
- 2,00
8,00 2,20 5,80 2,47
30,0020,0015,00
- 5,00
13,004,00
10,005,00
Benchmark: *IBX-50; **IBX-100; ***NTN-B de longo prazo + 5%.
Carteira de giro: Estamos propondo a incorporação da Carteira Indexada pela
Carteira Seleção, consolidando a estratégia de ampliar a confiança na habilidade
de gestão dos responsáveis da Petros pelo gerenciamento da Carteira de Giro.
Como definida na Política de Investimentos de dezembro de 2003, a Carteira
Indexada tem como política reproduzir o Índice IBX-50, tendo uma característica
de administração passiva por parte dos gestores e analistas. Por sua vez, na
Carteira Seleção, embora o benchmark também seja o IBX-50 e a meta atuarial, a
política de gestão dá ao analista a responsabilidade de escolher as ações
negociadas na BOVESPA com a maior perspectiva de rentabilidade em um
horizonte de um ano. Ou seja, na Carteira Seleção as ações selecionadas e o
volume a ser investido não precisam necessariamente estarem próximos aos do
IBX-50. Não obstante, os gestores da Carteira Seleção continuarão sendo
avaliados por sua capacidade de superar o IBX-50, que é um índice de
rentabilidade média das 50 ações mais capitalizadas da BOVESPA, além do
compromisso de superarem a meta atuarial.
18
Esta proposta de extinção da Carteira Indexada é a continuidade da estratégia do
ano anterior que, em resumo, deu maior peso para uma gestão ativa dos
funcionários da Petros responsáveis pela administração da Carteira de Giro.
Como podemos observar pelos ótimos resultados de 2004, a equipe da Petros
demonstrou capacidade para assumir o novo desafio, registrando ganho
significativo para os participantes.
Assim, embora os resultado de 2004 não possam ser considerados como garantia
absoluta para os resultados futuros, ao transformarmos toda a Carteira Indexada
em Carteira Seleção estaremos ampliando nossa confiança na capacidade dos
gestores da Petros superarem o índice médio IBX-50, que permanece como o
benchmark da Carteira de Giro.
O resultado da criação da Carteira de Dividendos também foi expressivo,
apresentando rentabilidade acumulada no ano de 2004, até setembro, de 25,55%
frente ao crescimento acumulado do IBX-50 de 9,58%.
Carteira permanente: propõe-se reforçar a estratégia de melhora da
eficiência do gerenciamento de nossas participações estratégicas de longo prazo
em empresas, estreitando ainda mais o relacionamento com instituições com os
mesmos interesses da Petros, em especial outros fundos de pensão.
Continuaremos a política de ampliação da liquidez dos papéis das empresas nas
quais a Petros tem participação através da defesa por parte de nossos
conselheiros dos princípios de investimento socialmente responsável, com
destaque para as boas práticas de governança corporativa. Com essa estratégia,
será possível ampliar essa carteira mitigando os riscos dos investimentos da
Petros no longo prazo.
Fundos de Ações (envolve Fundos de investimento em Participações – FIP’s - e
Fundos de Empresas Emergentes – fundos de Venture Capital): a busca de
oportunidades de investimento que proporcionem uma rentabilidade mais alta que
19
oferecida pelos títulos públicos no médio prazo conduz à necessidade de
ampliação da participação de veículos de investimento onde a gestão é
compartilhada com outras instituições que têm os mesmos interesses da Petros no
longo prazo, genericamente chamados de Fundos de Investimentos em Ações. As
razões são basicamente as seguintes: por um lado, o mercado de capitais
brasileiro é pequeno para que a Petros consiga aproveitar ótimas oportunidades
de investimento sem estar presente de forma significativa na capital total de um
empreendimento; por outro lado, a legislação das Entidades Fechadas de
Previdência Complementar e as boas práticas de governança corporativa não
permitem uma participação acima de 20% no capital total de um investimento.
Gerir diretamente pequenas participações em empreendimentos pode gerar
ineficiência de gestão e indesejáveis custos administrativos para um volume de
ativos como o da Petros. Assim, estas oportunidades consubstanciam-se, em
grande parte, nos Fundos de Investimento em Participações – FIP’s – e nos
Fundos de Empresas Emergentes – fundos de Venture Capital, cuja característica
básica é a perspectiva de longo prazo, sempre de acordo com as disponibilidades
de liquidez exigidas pelo fluxo de compromissos da Petros. Diferente das
experiências passadas, a estratégia destes fundos é o de diversificar os
investimentos dentro da carteira, evitando a concentração do risco em apenas
uma grande empresa. Com isso, procura-se conseguir ótimas rentabilidades
oferecidas em empreendimentos de porte médio com a diversificação do risco
corporativo.
Dada as condições favoráveis de liquidez para os próximos anos, no período 2005
/ 2009, a Petros continuará a prospectar bons fundos nestes segmentos, inclusive
participando ativamente na estruturação de fundos dessa natureza que possam vir
ao encontro das aspirações da Fundação no que se relaciona às expectativas de
liquidez, rentabilidade e segurança com a aplicação de princípios de investimentos
socialmente responsáveis.
20
A proposta para o período 2005 / 2009 repete a já aprovada para 2004 /
2008, em dezembro de 2003, na medida em que já está de acordo com a
estratégia de alocação de Longo Prazo dos Investimentos da Petros.
Sub-segmento Fundos de Ações: proposta de alocação
Segmento Percentual alocado Ago/03
Percentual alocado Set/04
Percentual 2005 / 2009: Mínimo
Percentual 2005 / 2009: máximo
Fundos de Empresas Emergentes - Venture Capital
0,05 0,04 0,30 0,50
Fundo de Investimentos em Ações – FIA - Fundos de Investimento em Participações - Private Equity - Mezzanine Finance e similares – FIP
3,90 4,56 5,00 10,00
Benchmark: NTN-B de longo prazo + 5%
Segmento de Imóveis
Com a aprovação do Plano de Enquadramento da Petros, que possui
apenas empreendimentos imobiliários, propomos a continuidade do processo de
reavaliação da toda a carteira de empreendimentos imobiliários, incluindo
processos de gerenciamento interno, dando continuidade no processo de
execução da política de revalorização/desimobilização de acordo com a
performance esperada para os próximos anos, objetivando proceder a um
rejuvenescimento da carteira. Já aprovada em dezembro de 2003, essa política
privilegia os investimentos em imóveis através de instrumentos do mercado de
capitais, como é o caso dos Certificados de Recebíveis Imobiliários. Neste caso, o
Certificado oferece como garantia um imóvel, o aluguel, ou a prestação de um
financiamento imobiliário (que pode já estar pronto – performado - ou em fase de
construção – não performado), mas a rentabilidade recebida pela Petros tem
21
características de renda fixa, sendo independente dos resultados correntes do
empreendimento.
Assim, não se trata de deixarmos de investir no setor imobiliário, mas sim
de transformarmos qualitativamente a forma de investir no setor, aperfeiçoando
continuamente a eficiência da gestão da carteira imobiliária.
Benchmark: NTN-B de longo prazo.
Empréstimo a participantes
Implementar um sub-segmento da carteira de empréstimos vinculados à
aquisição de imóveis pelos participantes. Dadas as complexidades do empréstimo
imobiliário, a proposta é a de que tal sub-segmento seja implementado através de
parcerias que reduzam ao máximo os custos de aquisição da casa própria para os
participantes da Petros e não coloque em risco a segurança do patrimônio da
Fundação no longo prazo.
Benchmark: Meta Atuarial.
Projetos de Infra-Estrutura
Desde que tenham marcos regulatórios seguros, as características dos
investimentos em infra-estrutura, em especial energia, transportes, petróleo/gás e
saneamento são apropriados ao perfil de compromissos de longo prazo de um
Fundo de Pensão pelas seguintes características básicas: baixo risco de mudança
tecnológica; alta previsibilidade das receitas futuras; baixo risco de mercado; taxas
de retorno atrativas vis-à-vis o risco. Em outras palavras, os desembolsos com
investimentos nestes setores praticamente ocorrem nos primeiros 3 anos. Após
essa fase inicial, dado a pouca necessidade de atualização tecnológica e baixa
concorrência de mercado, as receitas são contínuas para os investidores.
22
A segurança das regras para correção das tarifas dos serviços oferecidos
pelas empresas garantem a correção das receitas diretamente por um índice de
preços, mantendo o valor no longo prazo, e também pelo conceito jurídico de
preservação do “equilíbrio econômico financeiro do contrato”, comum a todas as
concessões de serviços públicos em todo o mundo. Ou seja, não há interesse de
um governo prejudicar a rentabilidade de investidores de longo prazo, que vão
viabilizar o financiamento da infra-estrutura necessária para promover o
desenvolvimento econômico em qualquer país. A título de esclarecimento, a maior
parte dos investimentos em infra-estrutura de energia elétrica e ferrovias no Brasil
foram privados até a década de 1970, sem registro de prejuízo para os
investidores da época.
O marco regulatório do setor de transportes, em especial rodovias, já pode
ser considerado consolidado, com alto grau de segurança para os investidores.
Hoje, uma das principais empresas da BOVESPA, classificada no Novo Mercado
(que possui o maior grau de comprometimento com boas práticas de governança
corporativa) é a CCR, especializada na gestão de rodovias, muito procurado por
todo tipo de investidores. Outra empresa que tem se destacado em 2004 é a ALL,
que abriu seu capital na BOVESPA este ano, especializada em logística de
transporte baseada principalmente no transporte ferroviário.
No caso do setor de energia, as regras para o Programa PROINFA, de
estímulo a produção de energias alternativas, aprovado em abril de 2004, possui
uma ótima relação risco / retorno, além da garantia de compra da energia
produzida no longo prazo. A regulamentação do marco regulatório geral do setor
energético também sinaliza ótimas oportunidades para os investidores, sendo que
a atual maior incerteza diz respeito às cláusulas ambientais, cujo risco se localiza
no início do projeto, com baixo impacto na rentabilidade para os investidores no
longo prazo. A abertura do capital da CPFL, da qual a Petros é sócia através da
Bonaire Participações, produtora e distribuidora de energia elétrica, foi outro
sucesso do mercado de capitais brasileiro em 2004.
23
A experiência da Petros de investimentos na área de Petróleo em parceria
com a Petrobrás, em conjunto com outras instituições (Fundos de Pensão e outros
investidores), tem se mostrado interessante para a rentabilidade da carteira da
investimentos ao longo do tempo. É fundamental para este êxito a construção de
contratos onde os interesses da parceira operadora, no caso Petrobras, estejam
completamente alinhados com o interesse dos investidores. Esperamos usar tal
experiência de sucesso para prospectar projetos na área de gás.
Em relação ao setor de saneamento, o novo marco regulatório ainda não foi
enviado ao Congresso pelo governo. Ainda possui várias dúvidas para os
afluentes de rios que ultrapassam vários municípios. Os técnicos da Petros estão
acompanhando o tema. Como sempre, investimento nessa área dependerá da
aprovação de regras claras e seguras para os investidores, que ofereça
rentabilidade compatível com a relação risco / retorno e as necessidades da
Petros.
No caso das oportunidades de investimento que se utilizem as regras das Parcerias Público Privadas, que deverão ainda ser aprovadas pelo Congresso Nacional, todos os projetos serão obrigatoriamente apresentados para deliberação do Conselho Deliberativo da Petros. Mantemos a avaliação
de que poderá surgir oportunidades lucrativas e de baixo risco potencial realizadas
por intermédio das Parcerias Público-Privadas (PPP’s) para investidores de longo
prazo, como é a característica de um Fundo de Pensão. Como em todos os
investimentos da Petros, deverá ser aprovado por todos os critérios de avaliação
técnica antes da aprovação, sempre tendo como referência os princípios de
responsabilidade social. Essa diretriz está em linha com a aprovada pelo Conselho
Deliberativo em dezembro de 2003.
Como veículo de ingresso em projetos de infra-estrutura, sugere-se a
adoção pela Petros de instrumentos cuja rentabilidade básica seja semelhante à
renda fixa e que esteja adequado às restrições de liquidez apontadas pelo ALM.
Benchmark: NTN-B de longo prazo + 1,5%aa.
24
Custódia e Controle dos Ativos dos Planos administrados pela Petros.
A criação do Cadastro Nacional de Planos de Benefícios de Entidade Fechada
de Previdência Complementar, através da Resolução no 14 do Conselho de
Gestão da Previdência Complementar, em outubro de 2004, completou as
medidas regulamentares para a definitiva identidade jurídica dos ativos de um
Plano de Benefícios, consolidando a segregação dos ativos dos diversos Planos
administrados por uma EFPC multipatrocionada.
Do ponto de vista do controle destes ativos, há uma completa segregação
contábil destes recursos, que evita qualquer interferência na rentabilidade das
reservas garantidoras de cada Plano.
Nos próximos meses vamos introduzir o controle segregado destes ativos
também pela instituição responsável pela Custódia e Controle dos ativos da
Petros. Medida que se tornou viável após substituição dessa instituição.
25
CRITÉRIOS BÁSICOS DE AVALIAÇÃO INTERNA
Critérios de escolha de gestores de recursos dos planos da Petros em renda fixa Escolha de Instituições Financeiras
Metodologia para estabelecer limites de gestão para renda fixa Etapa 1: Pré-seleção de Gestores As empresas gestoras a serem consideradas para a concessão de limites deverão
possuir um volume mínimo de recursos administrados para que sejam
consideradas no processo de análise. Empresas gestoras com volume inferior ao
limite estabelecido pela Petros serão automaticamente excluídas do processo de
concessão de limites. Este volume será fixado em 0,5% do patrimônio da Petros.
Este limite mínimo aplica-se igualmente a gestores ligados ou não a instituições
financeiras.
Etapa 2: Limite preliminar Nesta etapa serão considerados apenas os gestores pré-qualificados na etapa 1,
isto é, apenas aqueles que já administram um volume mínimo de recursos.
O limite preliminar máximo de gestão será então estabelecido, tomando-se o
menor dentre os fatores, a saber:
• 30% do volume administrado excluindo recursos da Petros;
• 2,5% do patrimônio da Petros.
Etapa 3: Análise de Performance, Due Diligence e Critérios Qualitativos
26
Os limites preliminares sugeridos na etapa 2 estarão sujeitos a redução ou
aumento a partir de “rating interno Petros”, que representa o “grau de confiança”
da Fundação em operar com cada instituição. Os limite finais a serem
estabelecidos serão baseados em uma análise quantitativa e qualitativa que
abordam três etapas:
Etapa 3.1: Processo de Due Diligence
Nesta etapa procurar-se-á obter informações detalhadas sobre a empresa gestora
de recursos, incluindo os aspectos técnicos, operacionais e gerenciais relevantes.
Etapa 3.2: Análise comparativa da performance dos gestores
Ao analisar a performance dos gestores será necessário separá-los em dois
grupos, a saber
• gestores que já administram fundos da Petros e
• gestores que não administram fundos da Petros
Na primeira situação, estar-se-á comparando a qualidade dos gestores com base
na amostra de fundos da Petros. A comparação entre gestores é realizada
através de histórico de rentabilidade e risco, da composição das carteiras e dos
regulamentos e perfis dos fundos.
No segundo caso dever-se-á comparar um grande número de fundos no mercado
para tentar obter um indicador da qualidade de gestão. Qualquer medida, neste
caso, é apenas uma aproximação da capacidade de gestão “real” e portanto os
resultados desta análise deverão ser encarados dentro de um contexto, sem
representarem um critério automático de exclusão/inclusão de gestores.
Etapa 3.3: Critérios Qualitativos
27
Esta última etapa da análise consolida os resultados apurados nas etapas
anteriores, indicando quais gestores têm estrutura operacional, técnica e gerencial
adequadas e que exibem performance considerada superior, segundo os
parâmetros definidos pela equipe da Petros.
Atualização dos limites de gestão
O prazo de vigência dos limites propostos pela metodologia será trimestral, ou
seja, a atualização dos mesmos será trimestral. Os limites poderão ser reduzidos
(ou até cancelados) a qualquer momento, como decorrência de:
• performance insatisfatória;
• aumento da percepção do risco da empresa gestora pela equipe da Petros;
• descumprimento do mandato concedido pela Petros para administração de
fundos.
Critérios de escolha de Corretoras
1) Volume financeiro mensal total transacionado, em valores absolutos e em
proporção ao mercado, no último ano (eliminatório);
2) Se trabalha com operadores autônomos;
3) Taxa de devolução de corretagem mínima (eliminatório);
4) Operações com a carteira própria;
5) Contatos telefônicos entre operadores gravados (eliminatório);
6) Qualidade do Equity Research;
7) Qualidade do Macro Research;
8) Qualidade do serviço prestado;
9) Posse de certificado de qualidade (ISO, etc).
Critérios para participação da Petros em assembléias de acionistas
28
Os critérios para participação em assembléias de acionistas devem ser
definidos pela Política de Investimentos das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar por força da Instrução Normativa n. 44, de 23/12/2002. No Anexo 5 são apresentados os atuais critérios e os novos critérios propostos para tal
participação.
Critérios de mitigação de riscos
Concentram-se basicamente em apontar as formas pelas quais a Petros
busca controlar o risco de suas alocações de recursos em renda variável e em
participação permanente.
Para todas as carteiras, foi adotado a partir de 2004 o cálculo da
Divergência Não Planejada – DNP (ou Tracking Error) como uma medida de
controle da divergência não planejada entre o resultado efetivo de uma carteira e a
rentabilidade projetada para essa mesma carteira, conforme exigido pelo art. 58
da Resolução CMN 3.121, de 25 de setembro de 2003.
A adoção de tal medida de risco, entretanto, poderá ser complementada por
outra, mais apropriada para a mensuração e o controle do risco para um fundo de
pensão e já contida no modelo de ALM implantado na Petros. Este é o conceito de
VaR Relativo, que mede a perda potencial em relação ao benchmark (estar
comprado na carteira e vendido no benchmark).
Este conceito tem o interesse de modelar a “distribuição de probabilidade de: })1({ tTtT bVV −+− , sendo
V T o valor da carteira na data futura de análise, T, (final de trimestre, por exemplo), V t o valor da carteira hoje )(t e
b a taxa do “benchmark” (custo atuarial do fundo!!) a ser observado entre t e T . Nota-se que as variáveis aleatórias
nesta análise seriam V T e b ” (Aragão & La Rocque, 2003). Esta modelagem é exatamente a proposta do ALM.
29
Resultados Esperados
a. Obtenção de uma rentabilidade suficiente para superar a meta
atuarial;
b. Ingresso em setores de excelente perspectiva de crescimento e
remuneração do capital investido;
c. Adequar o posicionamento relativo da Petros para um cenário de
juros básicos reais menores que 10%aa em 2005 e menores que
6%aa a partir de 2017;
d. maior adequação da Petros para o cumprimento de seu papel de
fundo multipatrocinado.
e. Adequação intertemporal do perfil dos fluxos derivados dos ativos e
passivos da Petros. No Anexo 2 apresenta-se o resultado medido
pelo ALM das mudanças alocativas propostas neste documento,
frente às hipóteses macroeconômicas apontadas anteriormente.
30
Princípios norteadores da decisão de alocação de recursos em investimentos de longo prazo
Os princípios norteadores da decisão de alocação de recursos em
investimentos de longo prazo por parte da Petros, elencados abaixo, baseiam-
se na busca da construção de uma situação de maior conforto e tranqüilidade
quanto ao cumprimento por parte da Petros de seu maior objetivo: pagar os
benefícios aos quais têm direito seus participantes.
Sendo assim, a prospecção de novas oportunidades de investimento,
mormente em projetos que tenham forte impacto econômico e social, não pode
prescindir da segurança, conferida por uma adequada estruturação de
garantias, da liquidez necessária aos compromissos atuariais assumidos e da
rentabilidade compatível com o compromisso fiduciário depositado nos
gestores dos recursos da Petros.
Desta feita, listam-se abaixo os princípios que na Petros norteiam a decisão
de alocação de recursos em investimentos de longo prazo:
1. Responsabilidade social. Investir em projetos que primem pelo respeito e
observância das práticas universalmente aceitas como desejáveis do ponto
de vista da responsabilidade social, ou seja, que minimizem os efeitos
nocivos sobre o meio ambiente e a sociedade de sua implantação e/ou
operação e maximizem o bem estar social;
2. Segurança. Ingressar em investimentos que contem com uma estruturação
de garantias suficientes para minimizar o risco de perda de capital para a
Petros;
3. Liquidez. A Petros, como qualquer agente que tem um passivo de longo
prazo de maturação, não necessita manter 100% de seus investimentos em
ativos que tenham liquidez imediata. Os estudos de ALM (indicados no
Anexo 2) apontam para as necessidades de liquidez da Petros ao longo do
tempo. Ainda assim, é imprescindível ingressar em investimentos que
apontem claramente sua fase de desinvestimento. Desta feita, é necessário
31
buscar-se ativos que tenham um horizonte de desinvestimento compatível
com o perfil intertemporal de obrigações da Petros;
4. Rentabilidade. Ingressar em investimentos que tragam o máximo bem estar
para seus participantes. Tal nível máximo de bem estar não deve ser
confundido com a máxima rentabilidade ajustada a um determinado nível
de risco. Alguns investimentos podem ampliar o bem-estar dos
participantes dos planos de benefício de forma indireta, ao proporcionarem
um maior nível de desenvolvimento à região na qual seus participantes se
concentram ou mesmo a todo o país. O piso de rentabilidade compatível
com o compromisso fiduciário dos gestores dos recursos é a meta atuarial
de IPCA mais 6% ao ano.
5. Ampliar a participação de investimentos alternativos no portfólio da Petros.
Tal ampliação se faz necessária frente à contínua queda da taxa de juros
básica no país. Frente à expectativa de manutenção de patamares baixos
de taxas de juros pelos próximos anos (ver cenário macroeconômico no
Anexo 1), a ampliação dos recursos carreados à carteira de projetos
ligados à infra-estrutura, fundos de private equity, fundos de venture capital,
fundos de mezzanine finance, dentre outros, mostra-se como uma decisão
racional de alocação de recursos.
6. Diversificação. Com o propósito de diversificar o risco, os investimentos em
projetos de infra-estrutura selecionados pela Petros terão como pré-
requisito a busca de diversificação setorial.
32
Anexo 1
Cenário Macroeconômico
Abaixo são apresentadas as projeções macroeconômicas da Assessoria de
Planejamento de Investimentos (API) para os próximos 20 anos.
Destaca-se a expectativa de manutenção de um ritmo de crescimento
razoavelmente elevado em 2005 e nos anos seguintes, o que confirmaria o
direcionamento de investimentos para setores que têm forte correção com o
crescimento econômico, como infra-estrutura, por exemplo.
Além disso, a API entende que a trajetória da dívida líquida do setor público
como proporção do PIB tende a cair e que tal queda dar-se-ia a taxas crescentes.
Fator crucial para a ocorrência de tal evento seria a obtenção das taxas de
crescimento nos níveis esperados.
Quanto à taxa de juros, esta deve manter-se em níveis elevados ainda em
2005, declinando a partir de então. Os juros reais devem atingir um nível de 4% no
longo prazo,o que impõe desafios à gestão de recursos da Petros, uma fundação
que administra planos maduros e tem como meta atuarial IPCA + 6%.
Em consonância com o cenário de crescimento e queda da dívida pública
líquida como proporção do PIB, também o risco-país encontraria uma trajetória de
queda. Nesse sentido, o país alcançaria uma condição de grau de investimento a
partir de 2009.
A taxa de câmbio real encontrará, de acordo com as expectativas da API,
uma interrupção de sua trajetória de apreciação, observada em 2004. O real
entraria em um processo de estabilização real, estando suas depreciações
diretamente pautadas pela evolução da taxa de inflação de nossos principais
parceiros comerciais e pela taxa de inflação doméstica.
33
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 PIB(%) 5,2% 3,3% 3,8% 4,0% 4,2% 4,3% 4,5% Superávit Primário 4,75% 4,75% 4,00% 3,75% 3,25% 2,75% 2,00% Divida Líquida(%PIB) 52,5 47,5 45,5 42,9 40,8 37,9 35,5 Selic Média 16,4% 17,0 15,5 14,4 13,5 12,2 11,4 IPCA 7,3% 6,2% 5,5% 5,0% 5,0% 4,5% 4,5% Juros Reais(ex post) 10,30% 9,15% 8,75% 8,50% 8,00% 7,00% 7,00% Risco País (Spread C Bond) 420 370 350 330 310 280 250 Taxa Média de Câmbio 2,80 2,90 2,99 3,08 3,17 3,26 3,36 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 PIB(%) 4,5% 4,0% 4,5% 4,0% 4,5% 4,5% 4,5% Superávit Primário 1,50% 1,00% 0,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Divida Líquida(%PIB) 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 Selic Média 11,0% 11,0% 10,5% 10,5% 10,5% 10,0% 10,0% IPCA 4,5% 4,0% 4,0% 4,0% 4,0% 4,0% 4,0% Juros Reais(ex post) 7,00% 7,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% 6,00% Risco País (Spread C Bond) 250 230 200 200 200 190 190 Taxa Média de Câmbio 3,46 3,57 3,67 3,78 3,90 4,02 4,14 2018 2019 2020 2021 2022 2023 PIB(%) 4,0% 4,5% 4,0% 4,0% 4,5% 4,5% Superávit Primário 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Divida Líquida(%PIB) 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 Selic Média 9,5% 9,0% 8,5% 8,0% 7,5% 7,5% IPCA 4,0% 3,5% 3,5% 3,5% 3,5% 3,5% Juros Reais(ex post) 5,00% 5,00% 5,00% 4,00% 4,00% 4,00% Risco País (Spread C Bond) 150 150 150 150 150 150 Taxa Média de Câmbio 4,26 4,39 4,52 4,66 4,80 4,91
34
Anexo 2
Asset Liability Management – ALM 2005
A ferramenta de ALM utilizada na Petros aponta para um valor presente de
descasamento de ativos e passivos da ordem de R$ 135 milhões. Pelo estudo, a
Petros incorreria em tais descasamentos a partir do ano de 2047, irrelevante do
ponto de vista estatístico.
O modelo trabalha com a previsão de desembolsos que serão efetuados a
cada momento no tempo e soma a isso a previsão do montante de ativos
existentes também a cada ano (valorizados pelas premissas do modelo). Desta
feita, à diferença do cálculo atuarial, não são trazidos a valor presente, em
nenhum momento, nem o passivo nem o ativo da Fundação. Isso justifica a
diferença de valores entre o valor obtido a partir do modelo de ALM e aquele valor
obtido pelo cálculo atuarial (que aponta um déficit técnico da Petros de R$ 2,4 bi).
Deve-se ressaltar a extrema sensibilidade do modelo às premissas
macroeconômicas utilizadas. Tais premissas foram escolhidas a partir de: i)
observação do comportamento passado das variáveis-chave do modelo (câmbio,
juros, inflação, PIB, etc), e ii) expectativas de comportamento futuro destas
mesmas variáveis. Optou-se pela adoção de um viés conservador na projeção das
principais variáveis. Tal viés foi adotado em função de o modelo de ALM da Petros
ser do tipo determinístico, isto é, não trabalhar com cenários estocásticos e
portanto não gerar informações que sejam acompanhadas de distribuições de
probabilidades de sua ocorrência. Um modelo de ALM estocástico está em
construção e tem sua previsão de entrada em operação para março de 2005.
As premissas adotadas na simulação adiante apresentada são as
seguintes:
i) Inflação: para a taxa de inflação, medida pelo IPCA. Após atingir 7,3%aa
no final de 2004, atinge 4,0%aa em 2012, estabilizando no patamar de
3,5%aa a partir de 2019.
35
ii) Juros reais: estes caem de 10,3% em 2004 para 7%aa em 2009,
atingindo 4,0% em 2021, permanecendo nesse patamar a partir daí.
iii) Prêmio das ações: trata-se do prêmio pago pelo mercado de bolsa
acima do juro real. Admite-se a hipótese de que tal prêmio caia de 8%
em 2004 para 6% em 2005, 4% em 2006, 2% em 2007 e 1% em 2008,
fixando-se neste patamar daí em diante.
iv) Rendimento real dos empréstimos: tal rendimento seria mantido na casa
dos 6% reais indefinidamente.
v) Rendimento real dos imóveis e participações permanentes: hoje
negativo em termos reais, o rendimento da carteira de imóveis seria
recuperado para a casa dos 4% até 2012.
vi) Taxa de desinvestimento de imóveis e participações permanentes: 2%
ao ano a partir de 2008. Tal desinvestimento é importante para gerar a
liquidez necessária para que os pagamentos dos benefícios possam ser
feitos nos momentos requeridos.
36
37
Anexo 3
Controle de Riscos
O Cálculo da Divergência Não-Planejada
A Divergência Não-Planejada passou a ser calculada pela área de risco e
controle da Petros a partir das determinações impostas pela Resolução CMN
3121. Abaixo descreve-se sua metodologia de cálculo.
Informações necessárias
Renda Fixa
Relatórios rentabilidade por cotas dos ativos classificados pela
Res. CMN 3121 nos segmentos de Baixo Risco e Alto-Médio
Risco (via Sistema Policentro, de controle gerencial)
Renda Variável
Relatórios de rentabilidade por cotas dos ativos classificados
pela Res. CMN 3121 nos segmentos de Ações em Mercado e
Participações (via Sistema Gerencial de Investimentos, da
Policentro)
Imóveis
Relatórios de rentabilidade dos ativos classificados pela Res.
CMN 3121 nos segmentos de Aluguéis e Renda, Fundos
Imobiliários e Outros Investimentos Imobiliários (via Sistema
Gerencial de Investimentos, da Policentro)
Empréstimos & Financiamentos
38
Relatórios de rentabilidade dos ativos classificados pela Res.
CMN 3121 nos segmentos de Empréstimos a Participantes
(via Sistema Gerencial de Investimentos, da Policentro)
Planos de Benefícios (BD e CD)
Relatórios de Variação das Cotas de todos os planos de
benefícios – BD e CD (via Sistema Quotas contábil, da
Policentro)
Relatórios de Aquisição e Resgates de Cotas para todos os
planos de benefícios – BD e CD (via Sistema Quotas contábil,
da Policentro)
Relatórios de Imposto de Renda e da Conta 6162 – RET para
todos os planos de benefícios – BD e CD (via Sistema Quotas
contábil, da Policentro)
Informações Macroeconômicas
Taxas mensais dos principais índices de inflação para
composição da TMA – Taxa Mínima Atuarial
IPC-A e INPC (via IBGE) e IGP-M (via FGV)
Metodologia de Elaboração do Relatório
Rentabilidade dos Investimentos Consolidados
Preparar planilhas para calcular rentabilidade pelo método de
cotas no trimestre corrente
Converter de .TXT para .XLS os arquivos obtidos pela
exportação das informações de rentabilidade e de variação da
cota para os quatro segmentos de aplicação, definidos na
Res. CMN 3121
39
Copiar os patrimônios e as movimentações para as planilhas
de cálculo da rentabilidade pelo método de cotas para os
ativos dos segmentos de aplicação
Rentabilidade dos Planos de Benefícios
Preparar planilhas para calcular rentabilidade pelo método de
cotas no trimestre corrente
Copiar os patrimônios e as movimentações para as planilhas
de cálculo da rentabilidade pelo método de cotas para os
ativos dos segmentos de aplicação relativos a cada plano de
benefício
Ajustar os valores dos patrimônios nas planilhas dos planos
de benefícios para contemplar os descontos efetuados para
pagamento de imposto de renda (RET), de modo a obter os
patrimônios resultantes do investimento em cada plano de
benefício
Calcular a rentabilidade global dos Planos CD de Benefício
Somar pelo método de cotas as movimentações e patrimônios
de todos os planos CD de benefícios e calcular a cota global
pelo método de cotas
Calcular a rentabilidade global do Plano BD
Subtrair dos relatórios de rentabilidade global dos
investimentos da Petros as movimentações e os patrimônios
consolidados dos planos CD de benefícios
Calcular a diferença de rentabilidade entre os planos CD e BD de
benefícios para as rentabilidades obtidas para a TMA (Taxa Mínima
Atuarial) em cada um dos planos
40
Calcular a diferença de rentabilidade acumulada entre os planos CD
e BD de benefícios para a rentabilidade acumulada da
correspondente TMA no trimestre em análise
Calcular o desvio-padrão da população para os desvios (ou
divergências não-planejadas) encontrados ao subtrair as
rentabilidades mensais de cada plano de sua correspondente TMA
Os desvios mensais das rentabilidades de cada plano BD e CD, em
conjunto com os desvios das rentabilidades acumuladas e o desvio-
padrão dos desvios mensais compõem as informações das DNPs.
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Anexo 4
Nova Política de Gestão Terceirizada em Renda Fixa
A Petros passará a adotar novo modelo de gestão terceirizada em renda
fixa. Como princípio geral, busca-se manter em gestão interna os recursos
necessários aos desembolsos líquidos da Petros nos próximos dois anos
(calculados a partir do modelo de ALM). Dos recursos restantes, parte será
direcionado à gestão terceirizada em fundos moderados e parte em fundos
multimercado, ambos com taxas de retorno esperadas mais altas que aquelas
que atualmente vigem aos gestores que fazem a gestão terceirizada dos ativos
da Petros.
Abaixo apresentamos esquematicamente o novo modelo de gestão.
Mandatos atuais dos gestores terceirizados: R$ 2,8 bi
- Conservador :
Moderado :
0,130% 15% 100% CDI 105% CDI 50% CDI VAR < 0,30% STRESS MÁX 3%
Limites de RiscoPerform. Mín-MêsBenchmark Meta de
RentabTx. Adm A.A. Tx. de Perform A.A.
0 ,1 3 0 % - 1 0 3 % C D I 7 0 % C D I V A R < 0 ,1 5 % S T R E S S M Á X 1 ,5 %
L im ite s d e R is c oP e rfo rm . M ín -M ê s
M e ta d e R e n ta bT x . A d m A .A . T x . d e
P e rfo rm A .A .
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Novos Mandatos gestores terceirizados: R$ 2,8 bi
- Moderado : R$ 2,3 bi
- Multimercado : R$ 500 mi (Concorrência de 4 ou 5 fundos *)
• Gestores Atuais poderão participar da concorrência, mas não poderão acumular 2 mandatos
• Testes Comparativos e de Avaliação para acompanhamento dos resultados dos gestores e da diversificação da gestão externa dos ativos.
A Petros possui três sistemas de avaliação da gestão terceirizada de Fundos de
Renda Fixa, onde o principal risco é o de mercado: uma planilha de ranking de
fundos Petros contendo Índice de Sharp para dois períodos e retorno dos últimos
44 dias; planilha "semáforo" contendo rentabilidade diária por faixa de percentual
do CDI entre os fundos, com janela de 22 dias, apontando a média mensal e anual
ponderada entre os fundos Petros contra o CDI; e Sistema Policentro, contendo
rentabilidade diária, mensal e anual comparativa entre fundos da Petros contra o
CDI.
Além da eficiência em relação à rentabilidade, as Gerências de Administração
Financeira e Operações de Mercado, auxiliadas pela instituição custodiante,
acompanham diariamente os gestores terceirizados no sentido de verificar o
0,130% 20% 104% Selic 108% Selic 20% Selic 80% Selic LIMITE SIM Em análise até 100% Titulo Público Federal; Derivativos: Juros, Câmbio, Bolsa Renda Variável não Direcional
Tx. Adm A.A. Tx. de Perform A.A. Resumo do MandatoLimites de RiscoPerform. Mín-
MêsBenchmark Meta de Rentab
Perform. Mín-Sem.
Perform. META ATUARIAL IPCA+6%aa
0,130% 15% 102% Selic 105% Selic 50% Selic 90% Selic LIMITE SIM VAR < 0,30% STRESS MÁX 2,5%
até 100% Titulo Público Federal; até 25% CDB de baixo risco; Derivativos: Juros, Câmbio
Tx. de Perform A.A. Resumo do MandatoLimites de RiscoPerform. Mín-
MêsBenchmark Meta de Rentab
Perform. Mín-Sem.
Perform. META ATUARIAL IPCA+6%aa
Tx. Adm A.A.
Até100%Tít.P.Federal; 25% CDBs ;Derivativos:Juros,Câmbio,Bolsa e Renda Variável não Direcional
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cumprimento dos limites previstos pela Regulamentação das Entidades Fechadas
de Previdência Complementar utilizados para investimentos em títulos e valores
mobiliários de emissão e/ou coobrigação de uma mesma pessoa jurídica, quanto
às operações com derivativos e aos limites e às condições de atuação nos
correspondentes mercados (atualmente estipulados pela Resolução do Conselho
Monetário Nacional no 3121, de 25 de setembro de 2003).
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Anexo 6
Proposta da ABRAPP dos Princípios Básicos de Responsabilidade Social
1 – Governança Corporativa. Para empresas de capital aberto listadas na Bolsa de Valores, dar prioridade àquelas que estão no Novo Mercado, ou no Nível 1, ou no Nível 2. Para empresas de capital aberto não listadas na Bolsa, sociedades de propósito específico ou empresas limitadas, verificar as que possuem critérios equivalentes aos do Novo Mercado, Nível 1 ou Nível 2. 2 – Balanço Social. Verificar se a empresa publica ou não Balanço Social. Caso publique, analisar a relevância, clareza e, se possível, a veracidade das informações. Caso a empresa não publique Balanço Social, estabelecer como meta para o próximo ano sua publicação. A existência de Balanço deve valorizar a análise da empresa. 3 – Inclusão Social. Verificar, através do Balanço Social ou de informação da empresa, se há políticas claras de não discriminação e políticas afirmativas com relação a mulheres, negros e portadores de deficiência. Políticas desse tipo valorizam a empresa. 4 – Mão-de-Obra. Apesar do uso de mão-de-obra infantil e do trabalho compulsório serem proibidos por lei, solicitar à empresa declaração de não utilização desse tipo de mão-de-obra em suas operações diretas e declaração de que exigiu o mesmo comportamento de todos seus fornecedores. Caso a empresa seja certificada pela SA 8000, a solicitação não é necessária e valoriza a empresa. No caso de mão-de-obra infantil, se a empresa tiver o selo “Empresa Amiga da Criança”, da Fundação Abrinq, não é necessária outra declaração. 5 – Mão-de-Obra Terceirizada. Avaliar se, nos contratos de terceirização, a empresa propicia condições de igualdade de tratamento (salários, benefícios etc.) entre seus funcionários e os terceirizados. Caso haja muita diferença de tratamento entre eles, a empresa deve ser orientada a buscar condições de igualdade de tratamento. Empresas que já têm essa prática devem ser valorizadas. 6 – Meio Ambiente. É importante averiguar autuações ambientais sofridas pela empresa. Isso pode trazer riscos para o negócio. Verificar, através de informações fornecidas pela empresa, situação dos programas de prevenção de poluição, tratamento de resíduos, minimização de uso de recursos naturais e programas de reciclagem. Empresas com preocupação ambiental devem ser valorizadas.
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7 – Geração De Renda. Avaliar se a empresa tem programas de desenvolvimento de pequenos fornecedores ou se emprega profissionais das localidades onde estão instaladas suas operações. Avaliar se há programas outros que objetivem gerar trabalho e renda para comunidades. 8 – Projetos Sociais. A empresa que apresenta um programa consistente de investimentos sociais deve ser valorizada. Isso pode ser verificado através da análise do Balanço Social, quando houver. 9 – Ética E Transparência. A empresa possui Código de Ética estruturado e disseminado pela organização? A empresa, caso faça doações para campanhas políticas, apresenta os valores doados e quem são os beneficiários? 10 – Apresentação Da Política De Investimentos. Pela Resolução CMN 3.121, regulamento anexo, artigos 6º e 7º, todo Fundo de Pensão deve apresentar, anualmente, sua Política de Investimentos à Secretaria de Previdência Complementar e, uma vez que princípios de responsabilidade social constam dessas políticas, eles devem ser explicitamente indicados. 11 – Critérios Tradicionais. Aplicar os critérios já tradicionalmente utilizados pelos comitês de investimentos dos fundos para definição das empresas a investir.