Determinação de Turbidez, Temperatura, Cor e pH em Águas_Química_UTFPR_2010

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE QUÍMICA E BIOLOGIA

BACHARELADO EM QUÍMICA TECNOLÓGICA / LICENCIATURA EM QUÍMICA

CAMILA FERNANDA PADILHA FILIPE LEONARDO DOS SANTOS LEITZKE

JOÃO MARCOS LENHARDT SILVA LUCAS BLITZKOW SCREMIN

DETERMINAÇÃO DE TURBIDEZ, TEMPERATURA, COR E PH EM

ÁGUAS

RELATÓRIO

CURITIBA 2009

CAMILA FERNANDA PADILHA FILIPE LEONARDO DOS SANTOS LEITZKE

JOÃO MARCOS LENHARDT SILVA LUCAS BLITZKOW SCREMIN

DETERMINAÇÃO DE TURBIDEZ, TEMPERATURA, COR E PH EM ÁGUAS

CURITIBA 2009

Trabalho acadêmico, apresentado à disciplina de Química Analítica Aplicada 1, do Curso Superior de Bacharelado em Química Tecnológica/ Licenciatura em Química do Departamento Acadêmico de Química e Biologia -DAQBI- da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR como meio de avaliação da capacidade dos estudantes registrarem e organizarem dados resultantes de experimentos, bem como a habilidade em obtenção de conhecimentos e aplicação dos mesmos na explicação e compreensão dos fenômenos ocorridos. Prof. Marcus Vinícius de Liz

RESUMO

Cerca de dois terços da superfície da Terra está coberta por água. O

aglomerado de gelo do Antártico contém cerca de 90% de toda a água potável

existente no planeta. Limpa, a água potável é essencial para os humanos e para

outras formas de vida. O acesso à água potável tem melhorado continuamente e

substancialmente nas últimas décadas em quase toda parte do mundo. É muito

importante que a água destinada ao consumo humano passe por testes fisico-

quimicos e de qualidade antes de chegar a seus consumidores. Em aula pratica

determinou-se alguns parâmetros que devem ser considerados na análise da

qualidade da água como pH, temperatura, turbidez e cor, através de equipamentos

simples como um termômetro e equipamentos de campo como o pHmetro e o

turbidímetro.

Palavras-chave: Analise de água; turbidez; pH; cor.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1

2 MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................... 2

2.1 MATERIAIS E REAGENTES ................................................................................ 2

2.2 MÉTODOS ........................................................................................................... 2

2.2.1 DETERMINAÇÃO DA COR EM ÁGUAS ........................................................... 2

2.2.2 DETERMINAÇÃO DO pH DE ÁGUAS .............................................................. 2

2.2.3 DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA DE ÁGUAS ........................................ 3

2.2.4 DETERMINAÇÃO DA TURBIDEZ EM ÁGUAS ................................................. 3

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................ 4

4 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 6

5 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 7

1 INTRODUÇÃO

―Sem dúvida, o composto mais importante de oxigênio e hidrogênio é a

água, H2O. A água corrente para o uso da população passa, normalmente, por

vários estágios de purificação.‖ (ATKINS; JONES, 2006, p. 676), com o objetivo de

tornar a água do consumo humano potável, ou seja, ―cujos parâmetros

microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e

que não ofereça risco a saúde‖ (PORTARIA 518/2004 MINISTÉRIO DA SAÚDE.).

Alguns parâmetros físicos e químicos são a cor, o pH, a temperatura e a

turbidez da água; essas análises podem fornecer informações acerca a potabilidade

da água. Para isso, os dados das análises devem estar dentro dos parâmetros

estabelecidos pelos órgãos de controle da qualidade da água como, por exemplo, o

estabelecido pelo mistério da saúde (MS) através da portaria nº 518, de 25 de março

2004.

A turbidez representa a ―propriedade de dispersão de luz associada com as

partículas suspensa em um líquido‖ (HARRIS, 2001, p. 768), nesse caso a água. Já

o pH é ―definido como pH = - log AH+ , em que AH+ é a atividade de H+, em

aplicações mais aproximadas, o pH é dado como – log [H+]‖ (HARRIS, 2001, p. 764),

soluções com pH igual a 7,00 é considerado neutro, com valores inferiores a 7 é

considerada ácida, enquanto que as com pH valores superiores a 7 são soluções

alcalinas.

A prática laboratorial teve como objetivo determinar a qualidade da água do

laboratório N-109, por meio dos testes analíticos das propriedades físicas e químicas

da água( cor, pH, temperatura e turbidez).

2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 MATERIAIS E REAGENTES

— Turbidímetro, Del Lab modelo DLM-2000 B.

— Papel absorvente macio.

— Um béquer de 100 mL.

— Uma cubeta.

— Um frasco lavador.

— Padrões de turbidez.

— Termômetro.

— Um pH-metro.

— Solução tampão de pH 7,00 à 25ºC.

— Solução tampão de pH 4,00 à 25ºC.

— Colorímetro.

2.2 MÉTODOS

Uma alíquota de água foi coletada, diretamente, da torneira da bancada em

béquer de 100 mL. Esta amostra foi utilizada em todas as análises (cor, pH,

temperatura e turbidez).

2.2.1 DETERMINAÇÃO DA COR EM ÁGUAS

A água coletada foi introduzida no tubo de Nessler do colorímetro; esse foi

comparado com um padrão, água destilada, dessa maneira foi determinada a cor

aparente da amostra, a partir o disco de cor do aparelho.

2.2.2 DETERMINAÇÃO DO pH DE ÁGUAS

Primeiramente, calibrou-se o medidor de pH. Lavou-se o eletrodo com água

destilada e enxugou com papel absorvendo. Então calibrou o aparelho, com um

solução de pH 4,00; limpou-se o eletrodo e, em seguida, calibrou o pH-metro com a

solução de pH 7,00; e limpo, de novo, o eletrodo. Depois se determinou o pH da

água da torneira.

2.2.3 DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA DE ÁGUAS

Primeiramente se mediu a temperatura da água com um termômetro. O

béquer com a amostra estava diretamente em contato com a bancada, e ninguém

estava segurando a vidraria.

Em seguida, com a padronização do professor, mediu a temperatura com

termômetro, sendo que este ficou no béquer por um período de dois minutos, e não

entrou em contado com as paredes da vidraria. O béquer ficou em cima de pano,

para manter a temperatura.

2.2.4 DETERMINAÇÃO DA TURBIDEZ EM ÁGUAS

Após calibrar o turbidímetro com as soluções padrões, devidamente

homogeneizadas, colocou a amostra a ser analisada na cubeta. Homogeneizou a

amostra e a colocou dentro do aparelho, e em seguida, conforme o manual, se fez a

leitura da turbidez.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados obtidos nas análises foram agrupados na tabela abaixo.

Tabela 1: Resultados da análise da água

Análise 1ª medição 2ª medição

Temperatura (ºC) 20,9 21,8

pH 5,26 Não houve

Cor (uH1) 0,0 Não houve

Turbidez (NTU2) 0,02 Não houve

Fonte: Autoria própria.

Os valores referentes a análises realizadas pela Sanepar foram agrupados

na tabela 02.

Tabela 2: Características da água distribuída

Média dos Últimos 30 Resultados Mínimo / Máximo Permitido Portaria 518-MS

Cor aparente 2,5 15,0 uH-Un.Cor

Turbidez 0,46 5,0 NTU

pH 6,7 6,0 a 9,5 Un. pH

Fonte: Sanepar.

A diferença da primeira medição de temperatura para a segunda pode ser

causada pela distinção dos modos em que os béqueres com água foram deixados.

O béquer da primeira medição ficou em contato direto com a bancada, que facilita a

troca de calor da água no béquer com a bancada. O segundo béquer com água

estava em cima de um pano quando a temperatura foi medida, o que dificultou a

mesma troca de calor. Portanto, o valor da segunda medição foi mais elevado, e,

além disso, pode ser considerado mais exato.

A medida de cor e a turbidez obtidas estavam bem abaixo dos valores

fornecidos pela Sanepar, talvez porque a água fornecida para os laboratórios passa

por uma filtração, mesma que simples o que explicaria a redução dos itens

1 Unidades Hassen de cor

2 Unidades Nefelométricas de Turbidez

analisados. Os equipamentos turbidímetro e colorímetro foram utilizados seguindo o

manual do fabricante e o POP.

Por último, o pH. Este teve um valor muito abaixo do mínimo permitido.

Como nenhum dos analistas tocou na água e o pHmetro foi padronizado e a

medição foi feita corretamente, conclui-se que um ou os dois padrões estavam fora

dos pH corretos.

4 CONCLUSÃO

Por meio da análise realizada na água da torneira, do laboratório N-109,

constatou-se que os valores encontrados apresentaram uma grande variação em

relação ao notificado pela Sanepar (prestadora do serviço de abastecimento de

água no local).

A equipe, durante o processo, usou de perícia nos métodos, ou seja,

precisão e exatidão; além disso, a Sanepar apresenta um sistema de gestão de

qualidade, no caso a ISO 9001; portanto o erro, dificilmente, é oriundo de algumas

dessas partes. Assim sendo a contaminação da água, provavelmente, aconteceu

depois de sair da Sanepar e antes de entrar em contado com o analista, por

exemplo, em tubos, encanações ou torneiras.

É recomendável que a água passe por algum tipo de tratamento adicional

antes de chegar às torneiras do laboratório, além disso, as torneiras do laboratório

poderiam passar por higienização, devido ao seu estado.

5 REFERÊNCIAS

ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de química: Questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. HARRIS, Daniel C. Análise Química Quantitativa. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.

PORTARIA 518/2004 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: <http://pessoal.utfpr.edu.br/marcusliz/arquivos/Port_518_2004_ms_qualidadeagua.pdf> Acesso em: 05 março 2010 SANEPAR (ANÁLISE DE ÁGUA – CIDADE DE CURITIBA). Disponível em: <http://www.sanepar.com.br/sanepar/usav/resultados.nsf/Analises?OpenAgent&Cod=001> Acesso em: 05 março 2010