Post on 18-Apr-2015
Desertificação no SemiáridoIêdo Bezerra Sá
Engº Florestal - D.Sc.Pesq. na área de Sensoriamento Remoto e
Geoprocessamento
Semi-Árido
- Área: ≈1.000.000 km2;
- Precipitação: 700 bilhões de m3/ano;
- Vegetação de Caatinga, típica da depressão sertaneja;
- Solos predominantemente rasos, baixa fertilidade;
- População: ≈ 23 milhões de hab.
- 1.133 municípios;
- Sistema tradicional de produção: exploração conjunta de agricultura e pecuária.
Zona Semi-árida
Zona Úmida/Subúmida
JuazeiroPetrolina
Maranhão
CearáR. G. do Norte
Paraíba
Pernambuco
Sergipe
Bahia
Minas Gerais
Piaui
Alagoas
Zona Semi-árida
Zona Úmida/Subúmida
JuazeiroPetrolina
Maranhão
CearáR. G. do Norte
Paraíba
Pernambuco
Sergipe
Bahia
Minas Gerais
Piaui
Alagoas
Zoneamento Zoneamento Agroecológico do Agroecológico do
NordesteNordeste
São LuísSão Luís
NatalNatal
RecifeRecife
MaceióMaceió
SalvadorSalvador
TeresinaTeresina
FortalezaFortaleza
AracajuAracaju
João PessoaJoão Pessoa
MGMG
CONCEITOS - UNCCDCONCEITOS - UNCCD
DEGRADAÇÃO DA TERRADEGRADAÇÃO DA TERRA significa a perda ou redução da produtividade econômica ou biológica dos ecossistemas secos, causadas pela:
Erosão do solo Deterioração dos recursos hídricos Perda da vegetação natural
DESERTIFICAÇÃO:DESERTIFICAÇÃO: É a degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas, resultante de vários fatores, entre elas as variações climáticas e atividades humanas..
CONCEITOS - UNCCDCONCEITOS - UNCCD
INDICE DE ARIDEZ: classificação climática de Thornthwaite
MudançaClimática
Perda de Biodiversidade
Desertificação
A UNCCD é a Convenção dos PobresMenos recursos Menos atenção dos Países PartePrecária implementação
Subúmido úmido
Subúmido Seco
Semi-árido
Árido
Até 2050 a desertificação e a salinização afetarão 50% das terras agrícolas da América
Latina e Caribe
Aumento migratórioAumento migratório1 milhão de pessoas deixaram as áreas 1 milhão de pessoas deixaram as áreas
rurais nas ASD entre 1991 e 2000rurais nas ASD entre 1991 e 2000
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A Desertificação no Semi-Árido
l
Severo
Acentuado
Moderado
Pouco significante
1 http://www.desert.org.br/sobre_desert/nobrasil/diagnostico.html
Embrapa, 1994 MMA (2002)1
Área (km2) e população afetadas pelos processos de desertificação
Parâmetro Ferreira et al. (1994) Lemos (1995)Área afetada 665.543 159.577População afetada 15.750.000 4.000.000
Degradação Ferreira et al. (1994) EMBRAPA (1994) MMA (1998)
Muito Grave 52.425 118.667 98.595Grave 247.831 31.616 81.869
Moderada 365.285 21.841 393.897Total 665.543 172.124 574.361
Indicadores usados por diferentes autores na avaliação da desertificação no semi-árido brasileiro
Ferreira et al. 1994 EMBRAPA (1994) Lemos 1995 MMA (1998)
Densidade demográfica Precipitação Evolução da Cobertura Vegetal Índice de AridezSistema fundiário Classe de solo Evolução da Produtividade Feijão AntropismoMineração Relevo Evolução da Produtividade MilhoQualidade da água Sensibilidade à erosão Evolução Capacidade Suporte PastagensSalinização Tempo de ocupação Cobertura Vegetal em 1985Tempo de ocupaçãoMecanizaçãoEstagnação econômicaPecuarizaçãoErosãoPerda de FertilidadeÁrea de PreservaçãoDefensivos agrícolasÁrea agrícolaBovinoculturaCaprinoculturaOvinoculturaEvolução demográficaSuscetibilidade à desertificação
Lemos (1995)
Atividades cujo manejo inadequado conduzem à desertificação
ExtrativismoVegetal
Mineral
IndústriaOlarias
Panificação
Gesso
Oferta de energia por fonte (%)Oferta de energia por fonte (%)
FontesFontes MundMundoo
BrasilBrasil
Petróleo e derivadosPetróleo e derivados 35,535,5 28,628,6
Carvão mineralCarvão mineral 29,829,8 5,55,5
Gás naturalGás natural 20,220,2 1,91,9
HidreletricidadeHidreletricidade 6,66,6 35,135,1
NuclearNuclear 5,45,4 0,10,1
Lenha/carvão vegetalLenha/carvão vegetal 2,52,5 16,516,5
Derivados de cana-de-açúcarDerivados de cana-de-açúcar -- 9,69,6
Oferta de energia por fonte (%) no mundo e Brasil
Fonte : Revista Tempo e presença Nº 261 (sd).
Consumo de lenha e carvão vegetal (em st/ano equivalente de lenha) por setor no Estado de Pernambuco em 1991.
SetorSetor Consumo (st/ano)Consumo (st/ano)
IndustrialIndustrial 3.118.0203.118.020
ComercialComercial 92.07592.075
DomiciliarDomiciliar 8.907.0568.907.056
TotalTotal 12.117.15112.117.151
Fonte: Silva et alli, 1998a e 1998b.
REDE DESERTIFICAÇÃOREDE DESERTIFICAÇÃOPortaria Interministerial (MMA e MCT) Nº 92-A no Diário Oficial da União, Edição Nº 67, sexta-feira, 9 de abril de 2010, páginas 118 e 119
O PONTAPÉ DA CRIAÇÃO DA REDE
2 Simpósios Nacionais (2008 em Petrolina/PE e 2009 em Campina Grande/PB) e uma Oficina de Trabalho realizada no INPE/MCT (Natal/RN, outubro de 2009).
Projeto de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros
por Satélite
CAATINGAIBAMA, INPE, EMBRAPA, UEFS e
Parceiros
Humberto Mesquita/CSR-IBAMA
UFÁREA DE
CAATINGA (km2)
ÁREA DESMATADA
ANTES DE 2002
ÁREA DESMATADA ENTRE 2002 E
2008
% DO BIOMA DESMATADO ENTRE 2002 E
2008
BA 300.967 149.619 4.527 0,55%
CE 147.675 54.735 4.132 0,50%
PI 157.985 45.754 2.586 0,31%
PE 81.141 41.159 2.204 0,27%
RN 49.402 21.418 1.142 0,14%
PB 51.357 22.342 1.013 0,12%
MG 11.100 5.371 359 0,04%
AL 13.000 10.320 353 0,04%
SE 10.027 6.683 157 0,02%
MA 3.753 1.134 97 0,01%
TOTAL 826.411 358.540 16.576 2,00%
Objetivos do Projeto de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite, acordo SBF/MMA e CSR/Ibama:Proteção dos biomas brasileiros, aprimorando a
ação do Estado no monitoramento e controle do
desmatamento, incluindo ações de fiscalização;
Humberto Mesquita/CSR-IBAMA
Subisidiar os tomadores de decisões na definições
de políticas públicas destinadas à conservação da
biodiversidade nos biomas; e contribuição ao inventário de emissões de GEE.
Humberto Mesquita/CSR-IBAMA
2002/2006
2008
Monitoramento Identificação
Vegetação Nativa
Desmatamentos
Fornos de Carvão
Documentos Indicativosde Desmatamento
Sobrevôos
Abordagem no solo
Fiscalização Estratégias
Prioridades de Ação
Áreas Críticas
Humberto Mesquita/CSR-IBAMA
CONSIDERAÇÕES SOBRE A CAATINGA E O CONSIDERAÇÕES SOBRE A CAATINGA E O SEMIÁRIDOSEMIÁRIDO
É o único bioma inteiramente brasileiroÉ o único bioma inteiramente brasileiro Cobre uma área de 844.453 km2Cobre uma área de 844.453 km2 Natureza com fragilidades ambientais, Natureza com fragilidades ambientais,
principalmente relacionadas à água e aos solos. principalmente relacionadas à água e aos solos. Semi-árido mais densamente populoso do mundo. Semi-árido mais densamente populoso do mundo. Estrutura sócio-cultural com forte relação com o uso Estrutura sócio-cultural com forte relação com o uso
dos recursos naturais.dos recursos naturais. Agricultura era itinerante e gerou ocupação Agricultura era itinerante e gerou ocupação
desordenada e impactante, que, por sua vez, desordenada e impactante, que, por sua vez, reduziu a biodiversidade regional e alterou reduziu a biodiversidade regional e alterou processos do sistema.processos do sistema.
Nas áreas suscetíveis à desertificação predominam Nas áreas suscetíveis à desertificação predominam solos de potencialidade agrícola baixa solos de potencialidade agrícola baixa
Conservação está, também, intimamente associada Conservação está, também, intimamente associada à prevenção e ao combate da desertificação e ao à prevenção e ao combate da desertificação e ao processo de desenvolvimento sócioeconômico.processo de desenvolvimento sócioeconômico.
Humberto Mesquita/CSR-IBAMA
MONITORAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Revisão das Áreas Prioritárias para a Conservação
Mapa das Unidades de Conservação e das Terras Indígenas da Caatinga (TNC – 2008)
Monitoramento do Desmatamento - IBAMA/INPE/EMBRAPA…
Macrozee do Nordeste – Informações Cartográficas e Banco de Dados, Diretrizes para o Uso da Terra
Plano de Controle do Desmatamento da Caatinga
Plano de Fiscalização da Caatinga -–DIPRO/IBAMA e SUPES-NE e de Minas Gerais .
Humberto Mesquita/CSR-IBAMA
ÁREAS PROTEGIDASÁREAS PROTEGIDAS
• A caatinga está entre os biomas mais crítico em A caatinga está entre os biomas mais crítico em termos de conservação termos de conservação – 7,12% território protegido em unidades de conservação e 7,12% território protegido em unidades de conservação e – 0,24% protegido como terras indígenas, 0,24% protegido como terras indígenas,
• Somente 1% da Caatinga está protegido como Somente 1% da Caatinga está protegido como unidades de conservação de proteção integral.unidades de conservação de proteção integral.
• As Reservas Privadas do Patrimônio Natural As Reservas Privadas do Patrimônio Natural (RPPN) ainda protegem uma pequena área da (RPPN) ainda protegem uma pequena área da Caatinga, apenas 0,08% de seu territórioCaatinga, apenas 0,08% de seu território
• Novos processos de criação/ampliação deverão Novos processos de criação/ampliação deverão acrescer mais acrescer mais 2.069.576 ha, - + de 2% a mais.2.069.576 ha, - + de 2% a mais.
• Necessários R$ 200 milhões para implementaçãoNecessários R$ 200 milhões para implementaçãoHumberto Mesquita/CSR-IBAMA
GEF CAATINGA GEF CAATINGA
Desenvolve alternativas para o uso Desenvolve alternativas para o uso sustentável do biomasustentável do bioma
- Promoção do manejo florestal madeireiro;Promoção do manejo florestal madeireiro;
- Geração de modelos de manejo diferentes Geração de modelos de manejo diferentes dos usuais com ganhos econômicos e dos usuais com ganhos econômicos e ambientais (assentamentos no PE e na PB)ambientais (assentamentos no PE e na PB)
- Melhoria da eficiência de fornos e técnicas Melhoria da eficiência de fornos e técnicas que economizam o uso da lenha e carvãoque economizam o uso da lenha e carvão
Humberto Mesquita/CSR-IBAMA
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
30
Semi-ÁridoBR 428, km 152, Zona Rural, Cx. Postal
2356302-970 Petrolina-PE Fone: 0 ** 87 3862-1711 Fax: 0 ** 87 3862-1744
Iêdo Bezerra Sáiedo@cpatsa.embrapa.br
sac@cpatsa.embrapa.brhome page:
www.cpatsa.embrapa.br
Muito obrigado