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Dependência Química Entre Médicos: Projeto de Pesquisa
Hamer Nastasy Palhares AlvesOrientador:
Luiz Antônio Nogueira Martins
journal club, 14 de novembro de 2003
RoteiroRoteiro
Caracterização do Problema e Implicações
Estudo inicial
Descrição da Rede de Apoio a Médicos
Descrição do Projeto de Pesquisa
Discussão
Epidemiologia Dependências tem a mesma prevalência
da população geral
Para Benzodiazepínicos e opióides a
freqüência é maior. (Emergência, Anestesiologia e Psiquiatria)
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Bloco I
Pontos Chave Identificação é geralmente mais difícil
O prognóstico, uma vez em tratamento, é melhor
Programas específicos para Assistência.
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Epidemiologia População Estudada
Terminologia
Critérios Diagnósticos
Mudanças com o tempo?
Problemas acerca de anonimato.
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EPIDEMIOLOGIA - Geral Mesmos índices da população geral Menores índices se comparado com outras
ocupações Maiores índices de uso com:
Benzodiazepínicos Opióides prescritos
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Estudantes Uso começa antes da faculdade Tipos de substâncias similares à população Abuso e Dependência de Álcool é variável Uso e Dependência de outras drogas é menos
comum
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Residentes Taxas de abuso e dependência é de 10-14% Álcool & drogas ilícitas começam antes da
residência Benzodiazepínicos & opióides começam durante:
“Auto-medicação” Auto-prescrição
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Médicos Prevalência de problemas é de 8-12% Uso e abuso de opióides prescritos e
benzodiazepínicos é 5X mais prevalente
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Por Especialidade Maior Freqüência
Medicina de Emergência
Psiquiatria
Anestesiologia
Menor Freqüência
G.O.
Patologia
Radiologia
Pediatria
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Razões Recreacional Melhora do desempenho Auto Medicação
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Razões de Uso
Fatores de Risco História Familiar Características de Personalidade Religiosidade Saúde/Estilo de Vida ESTRESSE???
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Sinais de Alerta Isolamento Discussões freqüentes Desorganização, Inacessibilidade Faltas freqüentes Visitas a pacientes em horários impróprios Prescrições para familiares Tentativa de suicídio Overdose
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Demora na Detecção: Poucos controles formais Independência “Negação Maligna” “Eu posso cuidar de mim mesmo” “Conhecimento é protetor” Medo das conseqüências “Conspiração do Silêncio”
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“Conspiração do Silêncio” Família, colegas e o médico não rompem o
silêncio acerca do problema por: Preocupação e temores em relação ao
tratamento Medo e Intimidação “Orgulho Profissional” Medo de perder a reputação Aspectos Financeiros Medo de acusar o colega sem ter provas
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Tratamento Dados Variáveis Maioria dos estudos mostra melhores
resultados que a população geral 70-80% “sucesso”
pouca correlação com a substância pouca correlação com a especialidade
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Tratamento Tratamento Ambulatorial
É o melhor setting pois nesta abordagem as mudanças biológicas ocorrem ao mesmo tempo das psicológicas
Internação Deve ser reservada para situações críticas e de
preferência em Unidades Gerais para preservar a reputação do colega médico, driblando resistências ao tratamento. (Talbott, Farley)
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Tratamento Objetivos
Abstinência Aceitação do Conceito de Abuso/Dependência Identificação de problemas, fatores de risco
para recaídas. Seguimento a longo prazo Abordagens não medicamentosas para lidar
com os problemas (reduzir otimismo farmacológico)
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“Re-entrada” A maioria volta a exercer a Medicina
Mudança de Especialidade (“Re-entrada”)
Restrições nas Prescrições
Alterar a Jornada de trabalho, plantões
Especialização em Dependência
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Na literatura, características individuais são os preditores mais consistentes de mudança no padrão de uso.
Menor nível educacional e menor renda1,2,3
Situação instável no emprego são fatores de pior prognóstico4
Melhor prognóstico para mulheres5 (?) Fatores étnicos também não são bem
explorados. Pior prognóstico para indivíduos mais jovens6
Fatores Preditores
²McLellan, 1983³Polich et al., 1980¹Institute of Medicine, 19904Vaillant, 1988
5Anglin et al., 19876Brewer et al., 1998
Maior nível de consumo é relacionado a pior desempenho no tratamento1,2,3
Indivíduos dependentes de drogas têm menores taxas de retenção e abstinência que dependentes de álcool 4,5
Fatores motivadores para a mudança, internos e externos (prontidão para a mudança, pressão de empregadores, pressão legal) são relacionados a melhora do desfecho a curto-prazo6
Fatores Preditores
²McLellan et al., 1983³Carrol et al., 1993¹Simpson et al. 20024Miller et al., 1990 6Miller & Rollnick, 1991
5Weisner, 2000
Características do tratamento, como intensidade e “retention”, são relacionadas a efeito mais longo.
Outros estudos mostram que mudanças a longo-prazo não ocorrem tipicamente com um único tratamento e readmissões são importantes em promover recuperação a longo-prazo.
Fatores Preditores
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PROGRESSION Family Community Finances Spiritual/emotional Physical health Job performance
Often one of the last things affected
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Fatores de Risco
História Familiar
Características de Personalidade
Estilo de Vida
Stress???
Disponibilidade???
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Comorbidades
Estudo Transversal
0
50
100
Problemas em Decorrência do Uso de Substâncias
Na profissãoNo CasamentoNo Exercício InternadoAcidente AutoPerda de EmpregoProblemas c/ JustiçaC/ o Conselho Regional
Bloco II
EspecialidadesCLINICA GERAL
25%
CIRURGIA12%
PEDIATRIA8%
GINECOLOGIA6%
PSIQUIATRIA5%
OUTRAS32%
ANESTESIA12%
Substâncias Consumidas
0
20
40
60
80
100
120
140
160
ALCOOL 150
BZDs 67
COCAINA 66
MACONHA 56
OPIACEOS 54
ANFETAMINAS 24
SOLVENTES 1
NUMERO
Comorbidades
0
5
10
15
20
25
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Convênio entre o Conselho Regional de Medicina e a Escola Paulista de Medicina.
Formação de uma Rede de Profissionais para atendimento dos médicos com problemas relacionados à álcool e drogas.
Triagem, Orientação, Avaliação, Discussão Clínica, Encaminhamento e Tratamento.
Rede de Apoio a Médicos
Bloco III
Contato inicial por telefone fixo, celular ou e-mail
25 médicos psiquiatras no Estado, alocados nas principais cidades.
Consultoria Jurídica. Tratamento visa a reintegração do médico. Proteção do médico e do público.
Rede de Apoio a Médicos
Hipótese do Estudo A dependência de álcool e drogas entre
médicos apresenta prognóstico diferente da população nos vários estudos por conta de diferenças sócio-econômicas e por maior pressão para mudança entre médicos.
Médicos em tratamento têm melhor desfecho que profissionais de outras áreas?
Bloco IV
Objetivos 1.
2.1 Identificar fatores preditores de abstinência
2.2 Comparar médicos e outros profissionais de nível universitário, em relação à padrão de consumo, drogas mais utilizadas, perfil sócio-demográfico, adequação social e qualidade de vida.
2.3
Objetivos
Critérios de Inclusão Dependência de álcool e/ou drogas Médicos e/ou profissionais de nível superior Ambos os sexos. Capacidade de fornecer consentimento informado Tratamento ambulatorial Meta de Abstinência Período de abstinência: 5 a 30 dias
Critérios de Exclusão
Desenho do Estudo Quase-experimental, prospectivo e
longitudinal, grupo-controle interno Período de coleta dos dados: 01/2004 a
07/2006 Duração do seguimento 6 meses Follow-up telefônico no mês 1 e 3. N = 120 em cada grupo
Local do Estudo Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
(Uniad). Um psiquiatra Uma secretária
Organograma
T e rm o deC o nse ntim e n to
C o ntra to deC o nting ên c ia
In stru m e ntos deA va lia ção
In stru m e ntos deA va lia ção
E nca m inh am en toD isc . C lín ica
A va lia çãoF ina l
A va liaçõe s deS eg u im en to
E nca m inh am en toT ra tam en to
D e sin tox icaçãoA m b ula to ria l
D iscussãoC lín ica
C on su lto r iaJu r íd ica
A va lia çãoIn ic ia l
C r ité rio s pa raA d m issão
T r ia ge m T e le fô n icaO r ien tação
Instrumentos de Avaliação Termo de consentimento livre e esclarecido Inventário sócio-demográfico. ASI (Addiction Severity Index) SCID-1/MINI-PLUS. URICA (Escala Auto-aplicável de Motivação) SF-36 (Qualidade de Vida) EAS (Escala Auto-aplicável de Adequação
Social) Questionário Elaborado pelos Autores
AvaliaçãoInicial
FUP30
FUP90
FUP180
Inventário SócioDemográfico
+ - - -ASI + - - +URICA + - - +SF-36 + - - +EAS + - - +SCID-I + - - +QuestionárioAutores
+ - - -MINI-PLUS + - - -Padrão de Uso + + + +
Procedimento
Desfechos Clínicos Padrão de Uso:
Abstinência completa Redução de 50% Inalterado ou Pior
Qualidade de Vida Adesão ao tratamento:
Completa, Parcial (Acima de 50% das consultas) ou Não-aderência.
Discussão
apoiomedico@psiquiatria.epm.br
tel.: (11)5579-5643cel.: (11)9616-8926
Bloco V
journal club, 14 de novembro de 2003