Dengue Leônidas Lopes Braga Júnior Aspectos clínicos, diagnóstico, estadiamento e tratamento.

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Dengue

Leônidas Lopes Braga Júnior

Aspectos clínicos, diagnóstico, estadiamento e tratamento

...é uma simples virose!

...qual é o diagnóstico, Dr.?

• MENINGOCOCCEMIA

• SEPTICEMIA

• S. HENOCH-SCHONLEIN

• PTI

• FEBRE AMARELA

• MALÁRIA GRAVE

• LEPTOSPIROSE

• HANTAVIROSE

DENGUEDENGUE

SÍNDROME

FEBRIL

SÍNDROME

FEBRIL

SÍNDROME

EXANTEMÁTICA

SÍNDROME

EXANTEMÁTICA

SÍNDROME

HEMORRÁGICA

SÍNDROME

HEMORRÁGICA

• MALÁRIA

• IVAS

• ROTAVIROSE

• INFLUENZA

• HEPATITE VIRAL

• LEPTOSPIROSE

• MENINGITE

• OROPOUCHE

• RUBÉOLA

• SARAMPO

• ESCARLATINA

• MONONUCLEOSE

• EXANTEMA SÚBITO

• ENTEROVIROSES

• ALERGIAS

• KAWASAKI

• MAYARO

SÍNDROME

DO CHOQUE

SÍNDROME

DO CHOQUE

SÍNDROME DOLOROSA

ABDOMINAL

SÍNDROME DOLOROSA

ABDOMINAL

SÍNDROME

MENÍNGEA

SÍNDROME

MENÍNGEA

HÁ SUSPEITA DE DENGUE?

QUESTIONAMENTO

SITUAÇÃO ENDÊMICA X EPIDÊMICACASO SUSPEITO DE DENGUE (MS):):

Febre com duração de até 7 dias + dois ou mais sintomas:

cefaléiacefaléia

dor oculardor ocular

mialgiamialgia

artralgiaartralgia

prostraçãoprostração

exantemaexantemahemorragiashemorragias

lactente→ toda sintomatologia dolorosa → choro freqüente lactente→ toda sintomatologia dolorosa → choro freqüente

DIFICULDADE DE AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS E SINAIS NA CRIANÇA

FORMAS CLÍNICAS DE DENGUE

Assintomática

Oligossintomática

Dengue Clássica

Dengue Grave

• Febre Hemorrágica (FHD)

• Dengue com Complicações

• Síndrome do choque da dengue

(SCD)

DENGUE ASPECTOS CLÍNICOS

• Crianças pequenas e lactentes

– Assintomática ou oligossintomática

– Sintomas inespecíficos (semelhante a outras viroses):Febre alta, intermitente - evolução bifásica

Recusa alimentar, mal estar

Irritabilidade

Choro freqüente, adinamia

DENGUE ASPECTOS CLÍNICOS

• Crianças pequenas e lactentes

Exantema

Sintomas de vias aéreas superiores raros

Hiperemia discreta de orofaringe

Dor abdominal / hepatomegalia não dolorosa/ vômitos/ fezes amolecidas

DENGUE ASPECTOS CLÍNICOS

• Crianças Maiores, Adolescentes e Adultos– Doença + severa + aguda

Febre alta, calafrios, adinamia, anorexia, náuseas, vômitos, diarréia

Cefaléia frontal e dor retro-orbitária–envolvimento musculatura extrínseca

do olhoSevera dor músculo-esqueléticaHiperestesia de pele

DENGUE ASPECTOS CLÍNICOS

- Pode apresentar fenômenos hemorrágicos: petéquias, epistaxe, gengivorragia e outros

NÃO SIGNIFICA DENGUE HEMORRÁGICO

• Tanto adultos quanto crianças:

EXANTEMA - DENGUE

HEMORRAGIA E EXANTEMA - DENGUE

QUADRO CLÍNICO – DENGUE

ETAPA FEBRIL0 - 48 HORAS

Febre

Cefaléia

Dor retro-orbitária

Mialgias, artralgias

Exantema (50%)

Discreta dor abdominal

AO FINAL DO 2° DIA OU COMEÇO DO 3º DIA:Sangramentos:

Petéquias

Epistaxe

Gengivorragia

Vômitos sanguíneos

Sangramento por punção venosa

Hematúria

Prova do laço positiva

QUADRO CLÍNICO – DENGUE

ETAPA FEBRIL

A PARTIR DO 3° a 5 ° DIA – CRIANÇAS /

A PARTIR DO 4° a 6 ° DIA - ADULTOS

Com a queda ou desaparecimento da febre

Surgimento de sinais de alarme da dengueSurgimento de sinais de alarme da dengue

↓↓

Provável evolução para sinais de choque

QUADRO CLÍNICO – DENGUE

ETAPA CRÍTICA

• São indicadores iniciais de provável evolução para FHD ou SCD

• Dificuldade de avaliação dos sinais em lactentes e crianças menores

- Dor abdominal intensa e mantida

- Vômitos freqüentes

- Irritabilidade e/ou sonolência

- Queda brusca da temperatura ou hipotermia/ lipotímia

DENGUE - ETAPA CRÍTICASINAIS DE ALARME

DENGUE – ETAPA CRÍTICASINAIS DE ALARME

- Hepatomegalia dolorosa

- Hemorragias importantes: hematêmese, melena

- Hipotensão postural

PAS sentado – PAS em pé > 10mmHg

- Diminuição da diurese

- Desconforto respiratório

- Aumento repentino do hematócrito

- Queda abrupta das plaquetas

- Presença de derrames cavitários

DENGUE – ETAPA CRÍTICASINAIS DE CHOQUE

- Enchimento capilar lento ( > 2s )

- Extremidades frias / cianose

- Pressão arterial convergente (PA diferencial ≤ 20mmHg)

- Hipotensão arterial

- Pulsos rápidos e finos

- Taquipnéia

- Taquicardia

Melhora clínica

Adinamia / Fadiga fácil / Síndrome da fadiga crônica pós-dengue

Retorno do apetite ou anorexia

Prurido generalizado

Queda de cabelo

Depressão / distúrbios psiquiátricos

QUADRO CLÍNICO – DENGUE

ETAPA DE CONVALESCENÇA

Estabilização hemodinâmica – PA normalizada ou aumentada

Exantema tardio – “isles of white in the sea of red”

Bradicardia

Aumento da diurese – Hto estável ou baixo

Sinais de hipervolemia – se hidratação venosa excessiva e persistente e/ou comprometimento renal

Descompensação cardíaca – miocardiopatia

Atentar para infecções bacterianas

QUADRO CLÍNICO – DENGUE

ETAPA DE CONVALESCENÇA DA FHD

ETAPAS CLÍNICAS DA DENGUE HEMORRÁGICO

ETAPA FEBRIL Manifestações gerais Sangramentos menores SINAIS DE ALARME

ETAPA CRÍTICACHOQUE HEMATÊMESE

ETAPA DE RECUPERAÇÃO

Com ou sem superinfecção bacteriana

Fonte: Torres, E.M. 2005

DENGUE COM COMPLICAÇÕES – “FORMAS ATÍPICAS”

- Alterações neurológicas: encefalite, polineuropatia,

S. Guillain-Barré, S. Reye.- Hepatite

- Plaquetopenia isolada inferior a 50.000/mm3

- Hemorragia digestiva isolada

- Leucopenia inferior a 1.000/mm3

- Miocardite

O PACIENTE TEM SANGRAMENTO?

QUESTIONAMENTO

SANGRAMENTO NA DENGUE

ESPONTÂNEO – ATENTAR PARA SANGRAMENTO “SUTIL”

INDUZIDO PROVA DO LAÇO

NEGATIVANEGATIVA

GRUPO A

POSITIVAPOSITIVA

GRUPO B

AUSÊNCIA DE SINAIS DE ALARME

PROVA DO LAÇO - DENGUE

Garrotear por 3 min (crianças) e 5 min (adultos) mantendo na média da PA

Positiva: 10 ou mais petéquias (crianças)

20 ou mais petéquias (adultos)

2,5 5,0 cm

Atentar para uso adequado do manguito

PROVA DO LAÇO POSITIVA - DENGUE

ACHADOS CLÍNICOS - DENGUE

HEMORRAGIAS - PETÉQUIAS

ACHADOS CLÍNICOS - DENGUE

PETÉQUIAS DE PALATO

ACHADOS CLÍNICOS - DENGUE

EPISTAXE

ACHADOS CLÍNICOS - DENGUE

RASH PETEQUIAL

PACIENTE COM FHD/ DENGUE

HEMORRAGIA + EXANTEMA + EDEMA

QUAIS EXAMES PODEM SER SOLICITADOS NA SUSPEITA

DE DENGUE?

QUESTIONAMENTO

EXAMES LABORATORIAIS INESPECÍFICOS - DENGUE

– HEMOGRAMA COMPLETO • o principal exame, serve para suspeitar, monitorar

gravidade, quando feito e recebido a tempo

• Leucograma variável Leucopenia → pensar em Dengue Leucocitose → não afasta Dengue Linfocitose relativa, monocitose, ás vezes, neutrofilia Raro ou ausente→ desvio à esquerda, granulações tóxicas e

vacúolos citoplasmáticos nos neutrófilos

EXAMES LABORATORIAIS INESPECÍFICOS - DENGUE

– HEMOGRAMA COMPLETO

• HEMATÓCRITO: normal Hto com hemoconcentração → MONITORAR! baixo nas hemorragias

• PLAQUETOMETRIA: normal plaquetopenia → MONITORAR!

EXAMES LABORATORIAIS INESPECÍFICOS - DENGUE

– TRANSAMINASES → normais ou elevadas

– PROTEINOGRAMA: • ALBUMINA → pode estar normal ou baixa → indica extravasamento plasmático

– PESQUISA DE HEMATOZOÁRIOS: afastar malária

EXAMES LABORATORIAIS INESPECÍFICOS

– IONOGRAMA → distúrbio eletrolítico– URÉIA– CREATININA– TAP– TTPA

– GASOMETRIA ARTERIAL → avaliar acidose metabólica

– HEMOCULTURA → solicitar na suspeita de sepse ou infecção bacteriana

avalia função renal

avalia distúrbios de coagulação epotencialidade para sangramentos

EXAMES DE IMAGEM - DENGUE

– RADIOGRAFIA DE TÓRAX

– ULTRA-SONOGRAFIA DE TÓRAX

– ULTRA-SONOGRAFIA DE ABDOME

– ECOCARDIOGRAMA

ACHADOS DE IMAGEM - FHD DERRAME PLEURAL ASCITE ESPESSAMENTO DE PAREDE DA VESÍCULA BILIAR HEPATOMEGALIA ESPLENOMEGALIA DISCRETA - RARA LÍQUIDO PERICOLECÍSTICO DERRAME PERICÁRDICO → CASOS MUITO GRAVES COLEÇÃO PARARENAL/ PERIRENAL EFUSÃO SUBCAPSULAR HEPÁTICA EDEMA DE PÂNCREAS

ACHADOS DE IMAGEM - FHD

DERRAME PLEURAL

ACHADOS DE IMAGEM - FHD

DERRAME PLEURAL

ACHADOS DE IMAGEM - FHD

EFUSÃO SUBCAPSULAR HEPÁTICA? PATOLOGIA DIAFRAGMÁTICA? DERRAME PLEURAL?

ACHADOS DE IMAGEM - FHD

DERRAME PLEURAL DIREITO – INCIDÊNCIA DE LAURELL

ACHADOS DE IMAGEM – US - FHD

DERRAME PLEURAL

ACHADOS DE IMAGEM – US - FHD

ASCITE

ACHADOS DE IMAGEM – US - FHD

ESPESSAMENTO DE PAREDE DA VESÍCULA BILIARESPESSAMENTO DE PAREDE DA VESÍCULA BILIAR

EXAMES LABORATORIAIS ESPECÍFICOS - DENGUE

• Diagnóstico Sorológico– ELISA (IgM e IgG)– NS1 – uso recente no Brasil

• Diagnóstico por detecção de vírus ou antígenos virais– Isolamento do vírus – Imuno-histoquímica

• Diagnóstico molecular– RT - PCR

DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO – IgM Elisa para DENGUE

• Momento da coleta: após o 5° dia• Melhor dia: entre 14 a 16º dia

• ELISA de Captura de IgM – Método de escolha para diagnóstico– Detecção de infecções agudas/recentes– Boa Sensibilidade (92%)

• Momento da coleta: do 1º ao 5º dia• Técnicas:

– Inoculação em cultura de células – Inoculação em cérebro de camundongo– Inoculação intratorácica em mosquitos

• Importância: – Vigilância de sorotipos

EXAMES LABORATORIAIS ESPECÍFICOS – ISOLAMENTO VIRAL - DENGUE

COMO CONDUZIR O PACIENTE COM SUSPEITA DE DENGUE??

QUESTIONAMENTO

ORGANIZAÇÃO DE ATENDIMENTO - DENGUE

ORGANIZAÇÃO DE ATENDIMENTO DO PACIENTE COM DENGUE

DENGUECOMO CONDUZIR O PACIENTE DO

GRUPO A ?SEM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME

- Hemograma completo: situações especiais e em crianças

- Sorologia ELISA IgG e IgM: períodos endêmicos

períodos epidêmicos

- Tratamento ambulatorial

- Oferta de líquidos de forma abundante – água,chás, sucos, água de coco- hidratação oral precoce – crianças: oferta de líquidos e soro oral (1/3 das necessidades hídricas basais), de forma sistemática (4/4 horas); adolescentes: 60 a 80ml/kg/dia (1/3 de soro oral)

- PA em 2 posições

Soro oral de forma precoce é muito importante! Mas não evita febre hemorrágica, tenta evitar gravidade!

Soro oral de forma precoce é muito importante! Mas não evita febre hemorrágica, tenta evitar gravidade!

DENGUEPACIENTE SANGRAMENTO

DENGUEPACIENTE SANGRAMENTOSEMSEM

DENGUECOMO CONDUZIR O PACIENTE DO

GRUPO A ?SEM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME

- Analgésicos, antitérmicos

- Orientar sinais de boa hidratação, sinais de sangramentos, alimentação

- Cartão de Acompanhamento - Dengue

- Orientar sinais de alarme – caso surjam, retorno imediato

- Agendar retorno de todos os casos →

reavaliação clínica + reestadiamento + coleta de exames

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO B ?COM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME

→ Hemograma completo obrigatório: verificar Hto

Se Hto normal: menor que 38% na criança,

menor que 40% na mulher e menor que 44% no homem:

- oferta de soro oral de forma sistemática (1/3 das

necessidades hídricas basais) + líquidos abundantes

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO B ?

COM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME

- retorno para reavaliação em 24h e reestadiamento ou

observação clínica hospitalar

- orientar sinais de boa hidratação, desidratação e

sinais de alarme

- retorno imediato para unidade de saúde de

referência → caso surjam sinais de alarme

- Sorologia ELISA IgG e IgM agendada

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO B ?COM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME

→ Hemograma completo obrigatório: verificar Hto

Se Hto aumentado: maior que 38% na criança,

maior que 40% na mulher e 44% no homem: - hidratação oral supervisionada - fase rápida (50ml/Kg –

4 a 6 horas).

ou- hidratação venosa – 20ml/Kg em 2h – pode-se repetir

até 3 vezes.

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO B ?COM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME

- Repetir Hto: melhora do Hto → conduzir como grupo A:

oferta de soro oral de forma sistemática (1/3 das

necessidades hídricas basais) + líquidos abundantes

piora do Hto → conduzir como grupo C- Refazer o estadiamento- Se em observação clínica: hidratação oral ou venosa

de manutenção com as necessidades hídricas basais- monitoramento clínico - avaliar diurese

Hidratação oral ou venosa?

O importante é : hidratar sempre!!!!

Hidratação oral ou venosa?

O importante é : hidratar sempre!!!!

DENGUEPACIENTE SANGRAMENTO

DENGUEPACIENTE SANGRAMENTOCOM

O PACIENTE TEM SINAIS DE ALARME?

QUESTIONAMENTO

DENGUEPACIENTE COM SINAIS DE ALARME

(COM OU SEM SANGRAMENTO)

SEM HIPOTENSÃO ARTERIAL E SEM

SINAIS DE CHOQUE

““FASE SUTIL - FASE SUTIL -

PRÉ-CHOQUE COM PRÉ-CHOQUE COM DESIDRATAÇÃO”DESIDRATAÇÃO”

DENGUEPRESSÃO ARTERIAL NA CRIANÇAS

•PERCENTIL 50 (P50) = IDADE EM ANOS X 2 + 90 → PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA MÉDIA

•PERCENTIL 5 (P5) = IDADE EM ANOS X 2 + 70 → VALOR DE P.A.S. ABAIXO DESTE PERCENTIL → HIPOTENSÃO ARTERIAL

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO C ?

COM SINAIS DE ALARME, SEM SINAIS DE CHOQUE

- Hospitalização + hidratação imediata

- Fase rápida de hidratação: SF ou Ringer Lactato20ml/kg/h até 3 vezes + reavaliações → diurese, estado de

hidratação e Hto. - Se piora clínica e de Hto: conduzir como Grupo D- Se melhora clinica e de Hto:

Fase de manutenção de hidratação (Holliday-Segar) + reposição de perdas estimadas – (SF ou Ringer lactato) - metade das necessidades hídricas basais)

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO C ?

COM SINAIS DE ALARME, SEM SINAIS DE CHOQUE

Fase de manutenção de hidratação ( regra de Holliday-Segar):- até 10 kg: 100 ml/kg/dia;- de 10 a 20 kg: 1.000 ml + 50 ml/kg/dia para cada kg acima de 10 kg;- acima de 20 kg: 1.500 ml + 20 ml/kg/dia para cada kg acima de 20 kg;- acima de 30 kg: 40 a 60 ml/kg/dia ou 1.700 a 2.000ml/m²SC*;* Superfície corporea (SC) m² = Peso (kg) x 4 + 7 Peso (kg) + 90Sódio: 3 mEq/100 ml de solução ou 2 a 3 mEq/kg/dia (máx de 70mEq/dia); Potássio: 2 mEq/100 ml de solução ou 2 a 4 mEq/kg/dia (máx de50 mEq/dia).

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO C ?

COM SINAIS DE ALARME, SEM SINAIS DE CHOQUE

- Fase de reposição de perdas estimadas (causadas pela fuga capilar): SF 0,9% ou Ringer lactato: 50% das necessidades hídricas basais (NHB), em Y com dupla via ou em dois diferentes acessos.

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO C ?

COM SINAIS DE ALARME, SEM SINAIS DE CHOQUE

- Exemplo: 5anos, Peso – 18kg, dor abdominal intensa

Fase rápida: SF 20ml/kg/h = 360ml EV 1h→ diurese? Hidratou? Repetir hidratação? Fazer Hto. - Se piora clínica e laboratorial → conduzir como Grupo D

-Exemplo: 40anos, Peso – 60kg, vômitos persistentes

Fase rápida: SF 20ml/kg/h = 1200ml EV 1h→ diurese? Hidratou? Repetir hidratação? Fazer Hto. - Se piora clínica e laboratorial → conduzir como Grupo D

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO C ?

COM SINAIS DE ALARME, SEM SINAIS DE CHOQUE

- 5anos, 18Kg

Fase de manutenção de hidratação (Holliday-Segar): 1000ml + 8 x 50ml = 1400ml /dia:

HV (4 etapas 6h):

SG a 5% - 350ml

NaCl a 20% - 3,5ml EV ± 20gt/min

KCl a 10% - 7ml +

reposição de perdas – metade das NHB = 700ml/dia → 4 etapas de SF – 175ml EV em Y com HV

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO C ?

COM SINAIS DE ALARME, SEM SINAIS DE CHOQUE

- 40anos, 60Kg

Fase de manutenção de hidratação: ± 2000ml/dia:

HV (4 etapas 6h):

SG a 5% - 500ml

NaCl a 20% - 5ml EV ± 28gt/min

KCl a 10% - 10ml

reposição de perdas – metade das necessidades hídricas basais: ± 1000ml/dia → 4 etapas SF – 250ml EV

em Y com HV

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO C ?

COM SINAIS DE ALARME, SEM SINAIS DE CHOQUE

- 40anos, 60Kg

Fase de manutenção de hidratação: ± 2000ml/dia:

HV (4 etapas 6h):

SG a 5% - 500ml

NaCl a 20% - 5ml EV ± 28gt/min

KCl a 10% - 10ml

reposição de perdas – metade das necessidades hídricas basais: ± 1000ml/dia → 4 etapas SF – 250ml EV

em Y com HV

Solução de ± 70mOsm/l

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO C ?

COM SINAIS DE ALARME, SEM SINAIS DE CHOQUE

- 40anos, 60Kg

Fase de manutenção de hidratação: ± 2000ml/dia:

HV (4 etapas 6h):

SG a 5% - 500ml

NaCl a 20% - 5ml EV ± 28gt/min

KCl a 10% - 10ml

reposição de perdas – metade das necessidades hídricas basais: ± 1000ml/dia → 4 etapas SF – 250ml EV

em Y com HV

Solução de ± 70mOsm/l

Aumentar a osmolaridade? até ± 150mOsm/l

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO C ?

COM SINAIS DE ALARME, SEM SINAIS DE CHOQUE

- 40anos, 60Kg

Fase de manutenção de hidratação: ± 2000ml/dia:

HV (4 etapas 6h):

SF a 0,9% - 500ml

KCl a 10% - 10ml

EV ± 28gt/min

reposição de perdas – metade das necessidades hídricas basais: ± 1000ml/dia → 4 etapas SF – 250ml EV

em Y com HV

Solução de 154mOsm/l

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO C ?

COM SINAIS DE ALARME, SEM SINAIS DE CHOQUE

O QUE É UMA “BOA DIURESE”? Diurese entre 1 a 2ml/kg/h

SE DIURESE ACIMA DE 2ml/Kg/h ?pode significar hiperhidratação

SE DIURESE ACIMA DE 4ml/Kg/h?

Hidratação “iatrogênica”? e/ouReabsorção de líquidos? risco de grandes derrames e edemas ou fase de convalesçença – SUSPENDER!!!

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO C ?

COM SINAIS DE ALARME, SEM SINAIS DE CHOQUE

COMO MEDIR DIURESE EM LACTENTES? Pesar as fraldas e anotar a diurese

Enfermagem capacitada e compromissada é fundamental!

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO C ?

COM SINAIS DE ALARME, SEM SINAIS DE CHOQUE

Hidratação de manutenção + reposição de perdas

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO C ?

- Monitoramento laboratorial:

-Ht de 4/4h e plaquetas de 12/12h-Reavaliação clínica sistemática:

diurese horária

DU 6/6h

PA de 2/2h

- Solicitar: Hemograma completo, eletrólitos, TGO, TGP, albumina, TAP, TTPA, gasometria, Raio x de tórax em Laurel D, US de abdomen

TAX

freqüência de pulso

enchimento capilar

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO C ?

- Sintomáticos

- Sorologia para dengue IgG/IgM, NS1 e isolamento viral

DENGUEPACIENTE COM SINAIS DE ALARME

A avaliação contínua e hidratação venosa em unidadede saúde é fundamental!

A avaliação contínua e hidratação venosa em unidadede saúde é fundamental!

QUESTIONAMENTO

O PACIENTE TEM SINAIS DE CHOQUE?

DENGUEPACIENTE COM SINAIS DE CHOQUE

(COM OU SEM SANGRAMENTO)

SEM HIPOTENSÃO

ARTERIAL

CHOQUE COMPENSADODESIDRATAÇÃO

COM HIPOTENSÃO

ARTERIAL

CHOQUE DESCOMPENSADO

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO D ?SÍNDROME DO CHOQUE DA DENGUE (SCD)

COM SINAIS DE CHOQUE, COM OU SEM HEMORRAGIAS

- Hospitalização/ UTI /monitorização contínua

- Fase de expansão do choque: SF ou Ringer Lactato20ml/kg em até 20min + reavaliações

- Uso de albumina ou colóide sintético: choque refratário

- Uso de plasma fresco: coagulopatia de consumo

- Fase de manutenção de hidratação (Holliday-Segar) + reposição de perdas estimadas – fuga capilar ( SF ou Ringer lactato - metade das necessidades hídricas basais)

ACHADOS CLÍNICOS - DENGUE

EDEMA GENERALIZADO + DERRAMES

DENGUECOMO CONDUZIR O GRUPO D ?

SÍNDROME DO CHOQUE DA DENGUE (SCD)

- Uso de concentrado de hemácias: hemorragias importantes

- Uso de concentrado de plaquetas (controverso): < 20.000/mm3 + sangramentos ativos importantes ou < 50.000/mm³ com suspeita de sangramento do SNC

- Sorologia para dengue IgG/IgM e isolamento viral

ACHADOS CLÍNICOS - DENGUE

HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA

ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇO - DENGUE

EQUIPE DE SAÚDE CAPACITADA E PRESENTE: MÉDICOS, ENFERMEIROS, MÉDICOS RESIDENTES,ACADÊMICOS, TÉCNICOS DE ENFERMAGEM,EQUIPE DA SAMU, BIOQUÍMICOS, ETC

REDE PÚBLICA E PRIVADA

PROTOCOLO DE HIDRATAÇÃO E MANEJO CLÍNICO

LEITOS DISPONÍVEIS: ENFERMARIAS E EM UTI

LABORATÓRIO FUNCIONANTE 24 HORAS

ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇO - DENGUE

ACESSO AOS EXAMES DE IMAGEM

EQUIPAMENTOS BÁSICOS E INSUMOS ESSENCIAIS:

• TENSIÔMETRO COM MANGUITO PARA ADULTO E CRIANÇA• TERMÔMETRO• FRASCOS DE DIURESE – UROFIX• SORO ORAL • SORO VENOSO• FITAS PARA DENSIDADE URINÁRIA• BALANÇAS • CENTRÍFUGA CAPILAR ,ETC

ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇO – CARTÃO DO PACIENTE COM

SUSPEITA DE DENGUE

“Un buen gerente de salud salva

mas enfermos de dengue que un

intensivista”

Dr. Eric Martínez Torres

IPK – Habana, Cuba

ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇO - DENGUE

DEFINIÇÃO DE CASO DE DENGUE HEMORRÁGICADEFINIÇÃO DE CASO DE DENGUE HEMORRÁGICA

Critérios: O diagnóstico da FHD É baseado em

critérios estabelecidos pela OMS que incluem :

Critérios clínicos:

a) Febre alta, de início agudo, contínua, natural e duradoura (2 a 7 dias)

b) Manifestações hemorrágicas incluindo pelo menos a Prova do Laço Positiva

c) Hepatomegalia

d) Sintomas de choque

Critérios laboratoriais:

- Trombocitopenia

(< 100.000 plaquetas/mm3).

– Extravasamento plasmático:

elevação do Hematócrito em

20% ou mais além do

normal ou hipoalbuminemia

ou presença de derrames

cavitários

NOVA CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DA DENGUE – OMS - 2009

DENGUE - TRATAMENTOPODE-SE PRESCREVER:

- Antitérmicos:Dipirona – 10 a 15mg/kg/dose (6/6h)Paracetamol – 10 a 15mg/kg/dose (6/6h)

- Antieméticos:Bromoprida – 0,5 a 1mg/kg/dia (8/8h) VO ou EVMetoclopramida – 0,1 a 0,2mg/kg/dose VO ou EVDimenidrato – 1mg/kg/dose VO

-Antipruriginosos:Hidroxizine – 2mg/kg/dia (6/6h)Dexclorfeniramina – 0,15 a 0,35mg/kg/dia (6/6h)

DENGUE - TRATAMENTONÃO PRESCREVER:

- Heparina

- Gamaglobulina

- Corticóides

- Antiinflamatórios não esteróides, inclusive ibuprofeno

- Ácido Acetilsalicílico

DENGUE - TRATAMENTOEVITAR:

- Medicações intramusculares

- Punção ou drenagem torácica: proscrita até 2ª ordem

- Punção abdominal

- Acessos venosos profundos (somente em pacientes com choque)- Procedimentos invasivos

NÃO ESQUECER::

Fazer Prova do Laço

Hidratar sempre e monitorar!!!

Orientar sinais de alarme

Notificar

Dengue

MANEJO CLÍNICO

TEM DENGUE?

TEM HEMORRAGIA?

TEM SINAIS DE ALARME?

TEM CHOQUE?

Dengue4 PERGUNTAS BÁSICAS

ESTADIAMENTOE

CONDUTA

→→

DENGUE GRAVE

DENGUE TRATADA

DENGUE GRAVE

DENGUE GRAVE

DENGUE TRATADA

DENGUE GRAVE

DENGUE TRATADA

DENGUE + HIDRATAÇÃO ADEQUADA + MONITORAMENTO → ÓBITO ZERO

OBRIGADO!!!

lebrajr@gmail.com99733240

Feliz dia do Pediatra !!!!!! 27/07/2010

Saúde e paz para todos!!!!!