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ATUAGAO DO FARMACEUTICO NA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NOTRATAMENTO ONCOLOGICO
Deise Luciana Adriano”Michelede Oliveira Antunes ~
RESUMOEste estudo trata-se de umarevisdobibliografica, com abordagem qualitativa, a fim de demonstrar as
principais atividades que podem ser desenvolvidaspelo farmacéutico militar na equipe multidisciplinarno tratamento oncolégico, enfatizando a efetividade e seguranga na farmacoterapia; a detecco eprevencdo de erros em prescrigdes de quimioterapicos; 0 auxilio na sustentabilidade financeira dosistema Fundo de Satide do Exército (FUSEx); 0 aumento da produtividade interna das OrganizagoesMilitares de Sade (OMS), com a realizagao de comprasatravés de processoslicitatorios pelas proprias
OMSe,principalmente, contribuindo com tratamentos seguros, no menorcusto e maiorbeneficio para
os usuarios do sistema. O estudo mostra ainda a contribuigaéo da atencdo farmacéutica para apromogaoda satide aospacientes oncolégicos. Ao enfrentar a escassez de recursosna area de saude,© farmacéutico deve cooperar para que as melhores escolhas terapéuticas sejam realizadas e as
patologias possamsertratadas com tecnologia de maior custo-efetividade que se tenha disponivel.Espera-se que 0 assunto abordado neste artigo possa servir como subsidio para as decisées dos
gestores das Organizagdes de Satide do Exército, além do reconhecimento da importancia doprofissional farmacéutico militar na equipe multidisciplinar no tratamento oncoldgico.Palavras-chave: Atencao Farmacéutica. Tratamento Oncolégico. Assisténcia Farmacéutica.Oncologia.
ABSTRACTThis studyis literature review, with a qualitative approach, in order to demonstrate the main activitiesthat can be performed by the military pharmacist in the multidisciplinary team in cancer treatment,
emphasizingthe effectiveness and safety of pharmacotherapy;the detection and preventionof errors in
chemotherapyprescriptions; the assistancein the financial sustainability of the FUSEx system; theincrease in the internal productivity of the Military Health Organizations with purchases made throughbidding processesbythe military organizationsitself and, mainly, contributing to safe treatments at the
lowest cost and greatest benefit to the system users. The study also shows the contribution ofpharmaceuticalattention to health promotion for cancer patients. Facing the scarcity of resourcesin the
Brazilian healthcare system, the pharmacist should cooperate sothat the best therapeutic choices are
madeandthe pathologiescanbetreated with the mostcost-effective technology available.It is expectedthat the subject addressed in this article can serve as a basis for the decisions of Army HealthOrganization managers, beyond recognizing the importance of the importance of military pharmacists
in the multidisciplinary team in cancertreatment.
Keywords: Pharmaceuticalattention. Oncologic treatment. Pharmaceutical care. Oncology.
* Capitao do Servicgo de Satide, Quadro de Farmacia. Especializagao em CiénciasMilitares pelaEscola de Formagao Complementardo Exército (ESFCEx) em 2011.* Capitao do Servigo de Saude, Quadro de Farmacia 2008. Aperfeicoamento em Ciéncias Militarespela Escola de Aperfeigoamento de Oficiais (EsAO) em 2016.
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Nessecontexto, serao abordadasasprincipais atuagdes do farmacéutico militar
nas diversas etapas do tratamento oncolégico. Para que se possa compreendertais
atuagées, 0 objetivo deste trabalho sera apresentar algumas das atividades que
possam ser desenvolvidas pelo farmacéutico militar nos servigos da oncologia, com
6nfase na efetividade e seguranga da farmacoterapia, sustentabilidade financeira e
aumento da produtividade em Organizagédes Militares de Saude. Focando
principalmente, no tratamento seguro, eficiente, eficaz e efetivo sempre almejado para
a Familia Militar e cooperando para a consolidagéo de um Servico de Satide
comprometido com a qualidade e a seguranga da assisténcia de nossos usuarios.
1.1 PROBLEMA
O farmacéutico na area da oncologia busca encontrar e resolver de maneira
sistematizada e documentada os problemasrelacionados com os medicamentos que
aparecem notranscorrer do tratamento, além de envolver-se mais efetivamente na
assisténcia ao paciente, visando um tratamento mais seguro e eficaz (FERRACINI:
FILHO, 2012).
No sentido deorientar a pesquisa e demostrar a atuacao do farmacéutico militar
no tratamento oncoldgico, foi formulado o seguinte problema:
Quais as atividades que podem ser desenvolvidas pelo farmacéutico militar no
universo da oncologia que auxiliem na identificagao e resolug¢ao dos problemas
relacionados com o uso de antineoplasicos e quais atuacéescontribuiriam para uma
reduc&onos custosdeste tipo de tratamento?
1.2 OBJETIVOS
A fim de compreender a atuag&o do farmacéutico militar no tratamento
quimioterapico, o presente estudo pretende discutir as atividades que possam ser
desenvolvidasporestesprofissionais no universo da oncologia em Hospitais Militares,
buscandoidentificar e apresentar solugdes aos problemasrelacionados ao uso de
antineoplasicos no decorrerdo tratamento do usuario do FUSEx e propor acgées que
contribuam para minimizar os custos com sua terapéutica.
Para propiciar a consecugao do objetivo geral de estudo, foram formulados os
objetivos especificos, relacionados abaixo, que permitiram o encadeamento légico do
raciocinio descritivo apresentado neste estudo:
a) Identificar, através da intervencao farmacéutica, a capacidade em reduzir os
problemas relacionados a medicamentos, aumentara efetividade e minimizar
osriscos da farmacoterapia;
b) Verificar o impacto financeiro relacionado a diferenca dos valores pagos pelos
medicamentos quimioterapicos, adquiridos em processoslicitatorios pelas
OMSe dosvalores remunerados via OCS credenciada, considerando osdois
principais hospitais militares pertencentes a 57 RM;
c) Abordar atuagées do farmacéutico que possam detectar e prevenir erros em
prescrigdes de quimioterapicos evitando desperdicios e auxiliando no controle
de custos.
d) Apresentara possibilidade de aumentara produtividadeinterna de um Hospital
do Exército através da implementacao da compra de alguns medicamentos
que que nao necessitam de manipulagaéo da formulagdo pela propria
Organizagao de Satide.
e) Reconhecera contribuigao para o tratamento seguro, eficiente, eficaz e efetivo
através da atuac&o mais efetiva na assisténcia ao paciente realizada pelo
farmacéutico.
1.3 JUSTIFICATIVAS E CONTRIBUIGOES
Atualmente, em oncologia, sao utilizados mais de cem medicamentos,os quais
diferem-se em suas composicées quimicas, células-alvo,finalidade de uso para tipos
de canceres especificos e efeitos adversos. Devido a alta complexidade do
tratamento, 0 paciente requer uma abordagem multidisciplinar que proporcione uma
assisténcia integral e que garanta um tratamento seguro e eficaz. A atuagao do
farmacéutico é parte fundamentalneste cuidado ao paciente, acdes simples de serem
implantadas, como andalise minuciosa de prescrigées, sAo capazes deidentificar e
prevenir problemas relacionados a estes medicamentos e evitar perdasfinanceiras,
agregando imensuravelvalor na seguranga do paciente.Isto reflete em uma economia
de recursos, associada a uma farmacoterapia mais racional e contribui para a
promogao da sauide aospacientes oncolégicos (REIS et al, 2013).
A atengao farmacéutica é caracterizada por agées do farmacéutico, nas quais
0 principal beneficiario é o paciente que recebe umaassisténcia multiprofissional mais
efetiva. O farmacéutico atua na seguranca da farmacoterapia, por meio da
identificagao, da resolugéo e da prevencao dos problemas relacionados a
medicamentos — PRM (AMARAL; AMARAL,2008).
Os PRM podem acontecer devido a erros de medicagdes ou a reagdes
adversas a medicamentos. Osprincipais erros de medicagao sao ocorréncias que
podem ser evitadas, podendo ou nao resultar em danos ao paciente, aumento do
tempo de permanéncia e de gastos hospitalares adicionais. Através da intervencado
farmacéutica, com monitorizagéo continua da farmacoterapéutica, tem-se a
capacidade de reduzir os problemas relacionados a medicamentos, aumentar a
efetividade e minimizaros riscos da farmacoterapia (AGUIARetal, 2018).
Nesse sentido, o presente estudosejustifica por promover uma pesquisa a
respeito de um tema atual, pois o numero de pessoas com cancer vem aumentando
muito a cada ano e é de suma importancia no que diz respeito ao Fundo de Satide do
Exército, que encontra desafios para mantera sustentabilidade do sistema.
O trabalho pretende,ainda, abastecer os gestores das organizagéesde satide
do Exército com informagées que levem a reconhecera importancia do profissional
farmacéutico militar na equipe multidisciplinar no tratamento oncolégico e demostrar
quanto o servigo torna-se mais efetivo e seguro, além de garantir a diminuigdo de
possiveis perdas financeiras, através da atuac&ao factual do farmacéutico.
Contribuindo assim para o compromisso do Servigo de Satide com familia militar,
no qual o respeito e a humanizagao se destacam comopalavras de ordem.
2 METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma revisao bibliografica, com abordagem
qualitativa a fim de procurar as propostas de varios autores para o tema em analise.
Estudo descritivo com abordagem qualitativa com método de revisao da literatura. A
pesquisa bibliografica nao é mera repetigao do que foi dito ou analisado sobre um
determinado assunto, contudo propicia a andlise de uma abordagem com um novo
enfoque ou tematica, chegando a conclusées inovadoras.
A busca dos estudos foi realizada através das seguintes bases de dados:
Biblioteca Virtual em Satde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO),
Revista Ciéncia & Satide Coletiva para a Sociedade e Literatura Latino-americana e
do Caribe em Ciéncias da Saude (LILACS),a partir dos Descritores em Ciéncias da
Satide (DeCS): Atengao Farmacéutica e Tratamento Oncoldégico. Foram realizadas
5
buscasindividuais com os descritores apresentados, assim como a associagao dos
mesmos. Foram realizados também buscas em sitios eletrénicos de procura na
internet, assim como utilizados livros académicos que abordam o assunto. Os
resultados encontrados nos diferentes bancos de buscas foram posteriormente
aplicadososcritérios de inclusao e exclusao.
Oscritérios de inclusao utilizados foram os materiais publicados e disponiveis
na integra, livros, artigos publicados no idioma portugués, inglés e espanhol que
atendessem aosobjetivos do estudo. Foram utilizados trabalhosoriginais no periodo
de 2009 a 2019.
Os critérios de exclusao utilizados foram qualquer publicacao, disponivel
gratuitamente que nao atenda aos objetivos do presente estudo, resumos,trabalhos
incompletos, fora do periodo estabelecido dos Uultimos 10 anos, apresentagao e
analise dos dados buscara a exposic¢ao asdiferentes ideias dos autores, levando em
consideracdo todas as concordancias e discordancias dos mesmos.
Foi mantido umalinha de raciocinio dos materiais pesquisados do referido
assunto, evitando-se plagio. A interpretagaéo das informacgées ocorreu a partir de
leituras exaustivas com resumos préprios e analise critica dos dados. A pesquisa
bibliografica ocorreu durante o periodo de maio a julho de 2019.
2.1 REVISAO DE LITERATURA
2.1.1 Conceitos Gerais em Oncologia
A oncologia é a especialidade médica que se dedica ao estudoe tratamento da
neoplasia, incluindo sua etiologia e desenvolvimento.
A palavra cancer vem do grego karkinos, que quer dizer caranguejo, e foi
utilizada pela primeira vez por Hipécrates, o pai da medicina, que viveu entre 460 e
377 a.C. (INCA, 2019). Cancer é 0 nome geral dado a um conjunto de mais de 100
doencas, que tem em comum 0 crescimento desordenado de células (Figura 1), que
tendem invadir tecidos e orgaos vizinhos, podendo espalhar-se (metastase) para
outras regiées do corpo. Sabe hoje que setrata de uma doenga genética. Porse dividir
rapidamente, estas células tendem a ser muito incontrolaveis e agressivas,
determinando a formagao de tumores (actimulo de células cancerosas) ou neoplasias
malignas. Ja um tumor benigno significa simplesmente uma massalocalizada de
células que se multiplicam lentamente e que se assemelham ao seu tecido original,
raramente constituindo risco de morte (ALMEIDA, 2018).
Figura 1: Células cancerosas. In: INCA, 2019
O surgimento do cancer deve-se a uma mutagdoinicial em algum gene
envolvido na regula¢ao deproliferagao e/ou diferenciagao celular, ocorrendo, desta
forma, uma expansAoclonalde células geneticamente modificada decorrente da sua
maior capacidade deproliferar e escapar do controle do ciclo celular e dos sinais que
induzem a apoptose,predispondo ao acimulo de mutagées sucessivas (ALMEIDA,
2018).
O cancer € a segunda causa de morte no mundoocidental depois das doengas
cardiovasculares. Atualmente, o cancer é a segunda causa de morte por doenca no
Brasil (ALMEIDA,2018).
A explicacao dasaltas taxas de obitos por canceresta diretamente relacionada
a maior exposi¢ao dos individuos a fatores de risco cancerigenos. Os padrées
adotados de vida atuais, em relacao a trabalho, alimentagao e consumo em geral
exp6em os individuos a fatores ambientais mais agressivos, relacionados a agentes
bioldgicos, quimicose fisicos resultantes de um processo cada vez mais crescente de
industrializagao e urbanizacgao (INCA, 2019).
2.1.2 Estatisticas no Cancer
A incidéncia, a morbidadehospitalar e a mortalidade sao dados essenciais para
a vigilancia epidemiolégica analisar a ocorréncia, a distribuigao e a evolugdo das
doengas. Conhecer informacées sobre o perfil dos diferentes tipos de cancer e
caracterizar possiveis mudangas de cenario ao longo do tempo s&o elementos
norteadores para agées de Vigilancia do Cancer.
Os numeros provenientes, principalmente, dos Registros de Cancer e do
Sistema de Informagées sobre Mortalidade (SIM/MS), sao a base para a construcao
dessesindicadores.
TABELA1 — Localizacao primaria de Cancer por Sexo
Em homens,Brasil, 2018
LocalizacdoPrimaria [Casos Novos [%—
Prostata ts 68.220— 81.7%
Traqueia, Brénquio e Pulmao 18.740 18,7 %
ColoneReto47.380— ~B1%|
Estémago 13.540 6.3%
Cavidade Oral 44.200 5.2%
Esofago 8.240 —B8%|
Bexiga ; 6.690 3.1%
Laringe a 6.390 3,0%
Leucemias- 5.940 2.8%
‘SistemaNervoso Central 5.810 2,7 %
Linfoma nao Hodgkin 5.370 2,5 %
PeleMelanoma 2.920 : 1.4%
landula Tireoide 1.570 0,7 %
tee de Hodgkin 1.480 10,7%
‘Todas as Neoplasias, exceto pele nao melanoma 214.970 i
TodasasNeoplasias stst—S~S300.140 -Fonte: Estatisticas do Cancer, 2019
Em mulheres,Brasil, 2018
Localizacao Primaria ICasos Novos |%
Mama feminina ‘59.700 29,5 %
(Colon e Reto 18.980 9,4 %
‘Colo do utero 16.370 8,1 %
Traqueia, Bronquioe Pulmao=——S=«i2.5 6.2%
jagplaypla:
d¢
cinogér
process
ineplac
morvisive
IDA, 2018)
Glandula Tireoide 8.040 40%
Esttmagosss—s 7.750 3.8 %
Corpo do utero ‘6.600 3,3 %
Ovatio 6.150 [3,0 %
SistemaNervosoCental ==6510 2,7%
Leucemias = - 4.860 2,4 %
Linfoma nao Hodgkin 4.810 2,4 %
Cavidade Oral 3.500 1,7 %
Pele Melanoma 3.340 1,7%
Bexiga 2.790 14%
Esdfago 2.550 1.3%
oEermye [ne AAR, U%
. Rifromiaae 4 1bKIN 50 0,5 %
Todas as Ne (20éias, exceto pele nao melanoma 2.040
\Todas as Ne 28%ias 2.450
Fonte: Estatistic ) Cancer, 2019
2.1.3Ca lese
Oio de caro de carcinogénese, ou formacé
‘yeinannlaaLaeUNEVa?MUSPA a'YUSTMAVE,
aumts estagios al. Esse processo passaporvario
(ALMI
icer, geralmente se da
vsaprifrersrtaedngen
ntes de chegarao tumor
Iniciagio Neuinico] (eae) tDosen Alteragbes ’Fisico Biolégica —> D > >
Efetiva’ N Soon iBioldgico, yon t s
- 'inthacio ni aa
" = InstabilidadeEliminagao Gendmica
Dano Reordenamento AlteracdesOxidativo Cromossémico —_Enzimaticas
Figura 2: As etapas da carcinogénese.In: ALMEIDA, 2018
2.1.3.1 Estagio de iniciagao
E 0 primeiro estagio da carcinogénese. Nele as células sofrem o efeito dos
agentes cancerigenos que provocam modificagées em alguns de seus genes. Nesta
fase as células se encontram, geneticamente alteradas, mas ainda nao é possivel se
detectarclinicamente um tumor. Encontram-se "preparadas", ou seja, "iniciadas" para
a ac&o de um segundo grupo de agentes que atuara no proximo estagio (ALMEIDA,
2018).
Como surge 0 cancer?
Agentesiniciadores
Figura 3: 1° estagio da carcinogénese. In: ALMEIDA, 2018
10
2.1.3.2 Estagio de promogao
E 0 segundo estagio da carcinogénese.As células geneticamente alteradas, ou
seja, “iniciadas", sofrem o efeito dos agentes cancerigenos classificados como
oncopromotores.A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma gradual
e lenta. Para que essa transformacao ocorra, € necessario um e continuado e longo
contato com o agente cancerigeno promotor. A suspensaodo contato com agentes
promotores muitas vezes cessa 0 processo nesse estagio. Alguns componentes da
alimentacao e a exposi¢ao prolongada e excessiva a horménios sao exemplos de
fatores que promovem a transformacaodecélulasiniciadas em malignas. Os agentes
promotores,porsi sds, nao causam cancer (ALMEIDA,2018).
Comosurge o cancer?
Agentespromotores
Figura 4: 2° estagio da carcinogénese. In: ALMEIDA, 2018
2.1.3.3 Estagio de progressao
E 0 terceiro e ultimo estagio e se caracteriza pela multiplicagao descontrolada
e irreversivel das células iniciadas. Neste estagio 0 cancerja esta instalado, evoluindo
até o surgimento das primeiras manifestacdes cclinicas da doenca.
Osfatores que promovem a progressAoouiniciagdo da carcinogénese sao chamados
agentes oncoaceleradores ou carcindgenos. Um exemplo de agente carcinégeno
completo, € o fumo, porque possui componentes que atuam nos trés estagios da
carcinogénese (ALMEIDA,2018).
11
‘Como surge o cancer?
Multiplicagao Actimulo de Tumordescontrolada de células cancerosascélulasalteradas
Figura 5: 3° estagio da carcinogénese.In: ALMEIDA, 2018
2.1.4 Agentes Carcinogénicos
Os agentes carcinogénicos sao exposigées a variados fatores que aumentam
o risco de uma pessoa desenvolver 0 cancer. O organismo humano encontra-se
exposto a multiplos fatores carcinogénicos, porém as predisposigéesindividuais tem
um papelimportante na respostafinal.
A carcinogénese podeiniciar-se de forma espontanea ou ser provocada pela
agao de agentescarcinogénicos quimicos,fisicos ou bioldgicos.
A fisica é formada principalmente pela energia radiante, solar e ionizante. A
radiacaoultravioleta natural (RUV) é proveniente do sol e pode causar cancerde pele.
Osraios UV-A nao sofrem influéncia da camada de ozonio e causam cancer de pele
as pessoas que se expdem a dosesaltas e por um longo periodo de tempo. Osraios
UV-B também sao carcinogénicos e sua frequéncia tem aumentado muito com o
impacto da destruigao da camada de ozénio.
A carcinogénese quimica € decorrente do contato com agentes quimicos do
fruto de habitos como etilismo, tabagismo, consumo de produtos condimentados,
profiss6es que sofrem exposi¢ao a produtos quimicos, processos inflamatorios,
horm6nios, dentre outros.
Os agentes carcinogénicos bioldgicos criam condigées propicias para
mutagGesatravés da promogaodaproliferacao celular. Sao exemplos dessetipo de
carcinégenoosvirus como Papilomavirus humano - HPV,Epstein-Barr - EBV, hepatite
B - HBV e HIV,assim comoasbactérias, tal qual Helicobacterpylori.
12
A descoberta de que os oncogenes causadoresde tumoresestao relacionados
aos genes normais levantou varios questionamentos sobre o papel desses genes no
crescimento, desenvolvimento e na diferenciagao das células normais e tumorais.
Acredita-se que etapas da iniciagao e promogao de um tumore a propria existéncia
de uma neoplasia maligna dependem da expressao, ou seja, da presenca de
oncogenes, que possamter ocorrido por amplificagao (aumento do numero de cépias
do gene), por expressdo alterada de genes repressores ou por mutagéescriticas em
areas de determinado oncogene (OLIVEIRA; CRUZ; MAUSUI, 2011).
2.1.5 Tratamentos do Cancer
ton 9 F
Figura 6: Dispensagao de medicamentos.In: https:/www.hipolabor.com.br
Apés a doenga ser diagnosticada, 0 médico discutira com o paciente quais
seréo as opgées de tratamento, que dependerao do tipo e estagio do tumor,
localizagao, estado de satide geral do paciente e dos possiveis efeitos colaterais.
Segundo Almeida (2018) e a Instituigéo Oncoguia, os principais tipos de
tratamentos contra 0 cancer sao:
e Cirurgia. A cirurgia oncoldgica é 0 principal tratamento utilizado para varios tipos
de cancer. Ela pode ser curativa quando a doenga é diagnosticada em estagio
inicial. Pode ser usada também com objetivo de diagndstico, como na biopsia
cirurgica, alivio de sintomas como a dor e em alguns casos de remogao de13
metastases quando o paciente apresenta condicgées favoraveis para a realizagao
do procedimento.
Quimioterapia. Essetipo de tratamento atinge nao somenteascélulas cancerosas
como também as células sadias do organismo. Nessetipo de tratamento, sao
utilizados medicamentos anticancerigenos para destruir as células tumorais. A
quimioterapia é administrada, na maior parte dos casos por via venosa, embora
alguns quimioterapicos possam ser administradosporvia oral e pode serutilizado
a aplicagao de um ou mais quimioterapicos. De acordo com seuobjetivo, pode ser:
- Curativa: quando seu objetivo é de obter o controle completo do tumor; -
Adjuvante: quando realizada apos a procedimento cirurgico, com objetivo de
esterilizar células cancerigenas residuais locais ou circulantes, diminuindo a
incidéncia de recidiva e metastases a distancia e também prevenir
micrometastases; - Neoadjuvante ou prévia: quando realizada para se obter a
reducgao parcial do tumor, visando a possibilidade de uma complementagao
terapéutica com cirurgia e/ou radioterapia; - Paliativa: nao tem finalidade curativa,
utilizada para melhorar a qualidade da sobrevida do paciente e — Sinergismo: com
outras terapéuticas, quando utilizado concomitantemente, ocorre um mutuo
aumento dosefeitos terapéutico. Para evitar os efeitos toxicos intoleraveis dos
quimioterapicos e que eles ponham emrisco a vida dos pacientes, sao obedecidos
critérios para a indicagao da quimioterapia. Sao critérios variados e dependentes
das condigéesclinicas do paciente e das drogas selecionadaspara o tratamento.
Radioterapia. E 0 uso das radiacéesionizantes usadas com a intengdo deinibir ou
destruir o crescimento das células anormais que formam um tumor. Existem varios
tipos de radiacgao, porém as maisutilizadas sao as eletromagnéticas (Raios X ou
Raios gama) e os elétrons (disponiveis em aceleradores lineares de alta
energia). O principal cuidado que se tem aoplanejar a radioterapia é preservar o
tecido saudavel, contudo, sempre ha o risco deste ser afetado pelo tratamento,
gerandoefeitos colaterais. Existem varios tipos de radioterapia e cada um deles
tém umaindicagao especifica dependendo do tipo de tumor e estadiamento da
doenca
14
Hormonioterapia. Tem comoprincipal objetivo impedir a agao dos horménios em
células sensiveis. Algumascélulas tumorais possuem receptores especificos para
horménios, como os de estrogeno, no cancer de mama, por exemplo. Sao esses
horménios os responsaveis pelo crescimento e proliferagao das células malignas.
A hormonioterapia é uma formade tratamento sistémico que leva a diminuicao do
nivel de horménios ou bloqueio da agao desses horménios nascélulas tumorais,
com 0 objetivo de tratar os tumores malignos dependentes do estimulo hormonal.
Terapia Alvo. Nas células humanasexistem diversas proteinas/moléculas com a
funcgao de mantera proliferacao celular. Tais compostos formamvias interligadas
que culminam na efetivagao da fun¢cao celular desejada, seja a multiplicagao
celular, a resposta a um estimulo externo ou até mesmo a ordem de morte celular
programada. Nas células cancerigenas também existem moléculas com papel
semelhante, mas muitas vezes, desempenhando estas fungdes de forma
descontrolada e cadtica. Atacar estas moléculas € 0 objetivo da terapia-alvo
molecular. Esta tem o foco de combater as moléculas especificas, direcionando a
agéo de medicamentos, exclusivamente ou quase exclusivamente, as células
tumorais, reduzindo assim, suas atividades sobreas células saudaveise osefeitos
colaterais.
Imunoterapia. E um tratamento biolégico cujo objetivo é potencializar o sistema
imunoldgico, utilizando anticorpos produzidos pelo préprio paciente ou em
laboratorio. A imunoterapia provoca o aumento da resposta imune, atuando no
bloqueio de determinadosfatores e estimulando a acao das células de defesa do
organismo, fazendo que essas células reconhegam o tumor como um agente
agressor.
Medicina Personalizada. Visa tratar a satide do paciente de maneira exclusiva,
analisando cada caso individualmente, levando em conta informacdes
individualizadas em relagao a historia e dados clinicos, genéticos (genes),
gendémicos (DNA) e ambientais do paciente. Esta, considera cada paciente Unico
e pode serutilizada para entender a genética de uma pessoa e compreender a
biologia do tumor. Baseadosnessasinformacées, os médicos almejam identificar
15
estratégias de prevenc&o, rastreamento e tratamento que possam ser mais
eficazes e com menosefeitos colaterais do que seria esperado em tratamentos
convencionais.
° Transplante de Medula Ossea. A medula ossea é encontradanointerior dos ossos
e contém as células-tronco, responsaveis pela formacao dos componentes do
sangue: hemacias (globulos vermelhos), leucdcitos (globulos brancos) e
plaquetas. O transplante de medula ossea é a coleta da medula Ossea para o
tratamento de algunstipos de cancer. Apos receberaltas doses de quimioterapia,
0 paciente recebe a medula 6ssea por meio de umatransfusao, provenientes do
proprio paciente ou de um doador. O transplante de medula 6ssea pode ser:
alogénico (quando a medula ou ascélulas precursoras provém deoutro individuo
(doador)) ou autdlogo (quando a medula ou as células precursoras provém do
proprio individuo transplantado (paciente)).
Todas as opcdes de tratamento devem sempre ser discutidas pela equipe
médica, bem como suaeficacia e seus possiveis efeitos colaterais, para amparar a
decisao que melhor se adapte as necessidadesindividuais de cada paciente.
2.1.6 Farmacéutico no Universo da Oncologia
Ainda hoje muitas pessoas associam o farmacéutico aquela pessoa de jaleco
branco atras dos balc6es das drogarias ou nos laboratorios das farmacias de
manipulagao, nao tendo nogao do quanto o trabalho desseprofissional € muito mais
abrangente (INCA, 2019).
Desde a década de 90, quando o Conselho Federal de Farmacia estabeleceu
comoprivativa do farmacéutico a manipulagao de medicamentos antineoplasicos,
através da Resolugao N°288/96, este profissional vem aumentando sua area de
atuagao, no universo da oncologia. Este foi o primeiro grande passo para que o
farmacéutico assumisse espaco nesta area. Houve, ainda,o fortalecimento da classe,
em virtude da criagao da Sociedade Brasileira de Farmacéuticos em Oncologia
(SOBRAFO), que colaborou com o suporte técnico-cientifico a estes profissionais
(RIBEIROetal, 2009).
16
Na area oncoldgica,o principal instrumento para a qualidade da farmacoterapia
€ o farmacéutico. Suasatribuigdes ultrapassam a simples dispensacao da prescri¢ao
médica, ou ainda, a manipulagdo propriamente dita. Em varias etapas da terapia
antineoplasica sua atuagdo é de extrema importancia, sejam elas:
2.1.6.1 Informagao sobre medicamentos
O farmacéutico incumbe-se de analisar as bibliografias, divulgar informagdes
seguras e isentas, de fontes confiaveis, auxiliando no aprimoramento da qualidade
das condutas de prescrigao e terapéuticas.
Atua no processo de comunicagaéo, fornecendo aos membros da equipe
multidisciplinar informagées sobre farmacocinética, farmacodinamica, doses usuais,
formas e vias de administragéo, doses maximas, toxicidade acumulativa,
incompatibilidades fisicas e quimicas com outras drogas e estabilidade de
medicamentos. Sabe-se que as orientagées farmacéuticas sao fundamentais para que
se alcance o melhorresultado dentro da posologia prescrita e do protocolo terapéutico
oferecido (RIBEIROet al, 2009).
2.1.6.2 Selegao e Padronizagao de Medicamentose Materiais
Devido ao seu conhecimento efetivo aos protocolos terapéuticos e de suporte
na terapia oncologica, tem a responsabilidade na sele¢ao de medicamentos e
materiais que atendam as exigéncias legais, na averiguag¢éo do cumprimento das
boaspraticas de fabricagao pelo fornecedor, na avaliagao técnica e na notificagado de
queixas técnicas aos orgdos reguladores (ALMEIDA,2018).
2.1.6.3 Auditorias internas
O farmacéutico € o responsavel por realizar auditorias internas, no que
concerne a estrutura da area de preparagao de quimioterapia, estocagem de
medicamentos e manuten¢gao preventiva de equipamentos, de acordo com as
necessidades operacionais e normasestabelecidaspela legislagao vigente (RIBEIRO
et al, 2009).
17
2.1.6.4 Manipulagao dos Agentes Antineoplasicos
No que se refere ao preparo dos medicamentos citotoxicos, este deve ser
realizado com técnica asséptica, em ambiente com infraestrutura apropriada,
seguindo as normasdaslegislagées e padrées internacionais, e por procedimentos
pré-estabelecidos sob responsabilidade do farmacéutico. A acao desse profissional
nessa etapa da terapia oncoldgica é primordial para diminuir os riscos associados a
manipulagéo dos medicamentos além de prevenir certos erros como por exemplo
selegao errénea do diluente. O controle de qualidade deve ser continuo e diario numa
central de manipula¢ao de quimioterapia, nessa etapa, podem seridentificadas nao
conformidades no preparo dos medicamentos, sendoindicativo de necessidade de
notificagao de queixa técnica ou desvio de qualidade (RIBEIROet al, 2009).
2.1.6.5 Farmacovigilancia
A Farmacovigilancia, segundo a Organiza¢ao Mundial de Saude — OMS,define-
se comoa "ciéncia e as atividadesrelativas a deteccao, avaliacao, compreensao e
prevengaodosefeitos adversos dos medicamentos" (ALMEIDA, 2018).
A existéncia de um sistema de farmacovigilancia € imprescindivel para o
mercado farmacéutico, resguardando a populagao de danos causadosporprodutos
comercializados;a utilizagao de ferramentas comoidentificagao precoce dosriscos,
resulta na prevengaoe intervengées imediatas junto a populagao. Historicamente, a
farmacovigilancia surgiu com a tragédia da talidomida em 1961, onde nasceram
milhares de criancas com malformagao congénita resultado da exposicao, ainda no
utero a um medicamento inseguro indicado para uso de gestantes. Diante deste
ocorrido,as politicas de regulamentagao de medicamentosinstituidas pelas agéncias
reguladoras, passaram a ter maior cuidado e determinaram que antes de um
medicamento ser langado no mercado, este deveria ser testado em humanos,
compreendendoasfasesclinicas, com proposito de verificar a qualidade, seguranca
e eficacia dos mesmos (ALMEIDA, 2018).
Se tratando de terapia oncolégica, os pacientes sao candidatos ao
desenvolvimento de potenciais reagées adversas, devido a poliquimioterapia, margem
terapéutica estreita dos medicamentos em uso, tratamento prolongado e
simultaneidade com outros tratamentos de suporte. Neste contexto, o farmacéutico,
na area da farmacovigilancia, tem colaborado muito com a detecgaoe identificagao
18
de reagdes adversas € de fatores de risco para 0 desenvolvimento destas, além de
propor medidas de intervengao e prevencao, visto que as reacdes adversas a
medicamentos so uma das causas deinternagao, onerando assim os custos das
instituig6es (RIBEIRO et al, 2009).
2.1.7 Farmacéutico na Equipe Multidisciplinar em terapia
Atualmente, a multidisciplinaridade em oncologia é fator condicionante da
qualidade da assisténcia prestada, por consequéncia do trabalho harmonioso e
integrado obtém-se uma melhor qualidade de vida aos pacientes. O tratamento
oncoldogico € conduzido por uma equipe multidisciplinar, composta por diversos
especialistas altamente qualificados, responsaveis por diferentes cuidados e
demandasindividuais de cada paciente (ALMEIDA,2018).
O farmacéutico é um dosintegrantes da equipe multidisciplinar e na oncologia,
suasatribuigdes vao além da simples dispensacao da prescric¢ao médica, ou ainda a
manipulagao dos medicamentos propriamente dita. Sua atuacao é€ importante em
varias etapas do tratamento, como na selegao e padronizagéo de medicamentos e
materiais e na manipulagdo dos agentes antineoplasicos. E o responsavel pela
elaboragao dos procedimentos operacionais, garantindo a qualidade e seguranga do
processo que s&o necessarias ao tratamento oncoldgico oferecido aos pacientes. Ele
participa do plano de gerenciamento de residuos toxicos, acompanha e notifica
reagdes adversas que eventualmente o paciente possa apresentar, discute de forma
transparente a qualificagaéo de fornecedores e distribuidores de medicamentos e
materiais, trabalhando de forma eficiente no que se refere ao estoque de
medicamentos e finalmente acompanha o paciente durante seu tratamento
(ONCOGUIA,2019).
A responsabilidade do farmacéutico nao é so entregar um medicamento dentro
do melhor padrdo de qualidade, mas também acompanharo resultado do tratamento,
deve evitar que o paciente sofra danosporerro de medicagao.A analise da prescri¢ao
médica € o momento de maiorinterferéncia e interagdo do farmacéutico com o
prescritor, tem-se a possibilidade de atuar em carater preventivo e ainda corretivo.
Nesta interagao, 0 objetivo do farmacéutico nao é questionaro diagnostico, ouintervir
na condutaterapéutica, mas garantir a seguranca, a provisdo, 0 acesso e a qualidade
destes medicamentos aos pacientes em terapia oncoldgica. A validagao da prescrigao
19
é feita atraves da andlise das caracteristicas do medicamento, das condigéesclinicas
do paciente e do protocolo de tratamento estabelecido. Dentre outras variaveis, sao
avaliadas as interagées medicamentosas, o diluente adequado e a possivel
necessidade de mudanga da dose por ocorréncia de reagées adversas em ciclos
passados. Os quimioterapicos, de modo geral, sao prescritos por superficie corporal,
ou seja, leva-se em conta o peso e a altura do paciente, calculo que é conferido pelo
farmacéutico. Validada a prescrigao, ela devera seguir para a linha de producao, na
qual o medicamento € manipulado na dose necessaria estipulada para o paciente
(RIBEIRO et al, 2009).
Fora das enfermarias, os farmacéuticos oncoldgicos fazem o acompanhamento
farmacoterapéutico dos pacientes ambulatoriais — aqueles que retiram o
quimioterapico de uso oral nas unidades de saude e fazem uso em casa.O objetivo é
de promover a ades&o ao tratamento e 0 uso racional e seguro do medicamento,
obtendo, assim, os melhores resultados terapéuticos possiveis (ONCOGUIA,2019).
Asatribuigdes privativas do farmacéutico, em concordancia com a Resolugao
n°565/12 do Conselho Federal de Farmacia, sao:
- Selecionar, adquirir, armazenar e padronizar os componentes necessarios ao
preparo dosantineoplasicos;
- Avaliar os componentes presentes na prescri¢ao médica, quanto a quantidade,
qualidade, compatibilidade, estabilidade e suas interacdes;
- Proceder a formulacao dos antineoplasicos segundo a prescrigao médica, em
concordancia com o preconizado emliteratura;
- Manipular drogas antineoplasicas em ambientes e condigédes assépticas, e
obedecendoa critérios internacionais de seguranca;
- Orientar, supervisionar e estabelecer rotinas nos procedimentos de manipulagao e
preparacao dosantineoplasicos;
- Determinar 0 prazo de validade para cada unidade de antineoplasico de acordo com
as condig6es de preparo e caracteristicas da substancia;
- Assegurar 0 controle de qualidade dos antineoplasicos apds o preparo até a
administragao;
- Assegurar destino seguro para os residuos de antineoplasicos;
- Compora equipe multidisciplinar nas visitas aos pacientes submetidosa tratamento
com antineoplasicos;
20
- Participar das reunides, discussdes de casos clinicos e atividades didaticas e
cientificas da equipe multidisciplinar;
- Participar, desenvolver, elaborar pesquisas de antineoplasicos, nao so na area de
saude, bem comona area industrial.
2.1.8 Atengao Farmacéutica ao paciente Oncoldgico
O desenvolvimento da oncologia ocorre de forma muito dinamica, e o
farmacéutico é instigado a manter-se informado sobre as novasterapias. Ter pleno
conhecimento dos aspectos farmacolégicos dos medicamentos em uso é primordial
para o desenvolvimento de uma adequada assisténcia farmacéutica, contribuindo com
a qualidade devida do paciente (RIBEIROetal, 2009).
A definigao de atengao farmacéutica por Linda Strand e Charles Hapler(1990),
diz que: “Atengdo farmacéutica é a proviso responsaveldo tratamento farmacolégico
com o proposito de alcangar resultados terapéuticos concretos que melhorem a
qualidade de vida dos pacientes”. Ja a OMS (1993 apud STRAND e HAPLER,1990),
definiu atengdo farmacéutica como sendo o “conjunto de atitudes, comportamentos,
compromissos, inquietacdes, valores éticos, fungdes, conhecimentos,
responsabilidades e destrezas do farmacéutico na prestacao da farmacoterapia, com
© objetivo de alcangar resultados terapéuticos definidos voltados para a salde e
qualidade de vida do paciente”. Baseado nessas definigdes, a necessidade de
desenvolver atengao farmacéutica passou a ser o objeto, se tratando de paciente
oncologico. E umaatividade realizada pelo farmacéutico, logo no inicio do ciclo de
quimioterapia, no transcorrer da terapia de suporte e no controle dos sintomas dos
pacientes em cuidadospaliativos.
Segundo ONCOGUIA(2019), 0 foco da atengao farmacéutica para paciente
oncolégico esta no aconselhamento e monitoramento da terapia farmacolégica. O
aconselhamento do paciente em regime de quimioterapia deve ser antecedido de
todas as informagées necessarias para garantir a adesdo ao tratamento, alem de
desenvolver a confianga entre o paciente e o farmacéutico. O monitoramento da
terapéutica é feito, através do acompanhamento minuciosodotratamento do paciente.
O farmacéutico deve exercer assisténcia, auxiliando-o quanto ao modo de usar e
quanto ao armazenamento correto do medicamento, alertando-o sobre os provaveis
efeitos colaterais e interagdes medicamentosasou alimentares, e sobre a importancia
21
de seguir as orientagdes médicas sobre o horario de administragao. Informar ao
paciente se o medicamento queele vai usar causa dependénciafisica ou psiquica, os
perigos da automedicagéo e de tratamentos alternativos nao comprovados
cientificamente, dentre outras orientagdes. O farmacéutico deve ser capaz de fornecer
recomendacoes para minimizaros efeitos secundarios da terapia. Para tanto, deve-
se definir um plano de atengao farmacéutica que contemple os seguintes aspectos:
- Atentar para que, ao longo do tratamento, as reagdes adversas aos medicamentos
sejam as minimas possiveis. Essas reagées devem ser devidamente registradas e
notificadas;
- Estabelecer uma boa relagao farmacéutico-paciente é fundamental para o sucesso
do tratamento;
- Coletar, sintetizar e analisar as informacées relevantes sobre o paciente;
- Listar e classificar os problemas relatados pelo paciente e identificados na
anamnese;
- Estabelecer o resultado farmacoterapéutico desejado para cada problema
relacionado com o medicamento;
- Disponibilizar informagées sobreasalternativas terapéuticas disponiveis;
- Eleger, juntamente com o médico, a melhor solugao farmacoterapéutica e
individualizar o regime posoldgico;
- Desenvolver um planosistematico de monitorizagao terapéutica;
- Realizar seguimento do paciente para medir o resultado.
A terapia farmacolégica devera ser adequada ao estilo de vida de cada
paciente, respeitando suaslimitacdes, habitos, sua motivagao para cumprir o plano
terapéutico, tendo comoobjetivo maior, garantir a adesao ao tratamento e melhorar a
qualidade de vida do paciente.
2.1.9 Sistema de Satide do Exército
O Sistema de Sade do Exército € o responsavel por prover assisténcia
médico-hospitalar a militares e seus dependentes, seja em tempo de pazou de guerra,
com vistas a manter a higidez de seus militares, seja em combate oufora dele, assim
como, atuar na prevencao e promogao da satide aos beneficiarios do sistema. As
organizagées militares possuem uma Secao de Satide, com médicos, dentistas,
farmacéuticos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, ondeseinicia 0 apoio médico-
22
odontolégico. O Servigo de Salide é estruturado em 545 segées de Saudeinstaladas
em organizagées militares da Forga; 23 postos médicos de Guarni¢ao; 4 policlinicas
militares; 15 hospitais de Guarnigao; 11 hospitais-gerais e ainda o Hospital Central do
Exército. A estrutura € complementada pelo Fundo de Satide do Exército, que efetiva
contratos e credenciamentos com organiza¢éescivis e profissionais auténomos da
area de Satide (DSau, 2019).
O Departamento Geral do Pessoal (DGP) vem alertando sobre as ameacas a
sustentabilidade do sistema FUSEX (Fundo de Satide do Exército), em grande parte,
devido ao aumento dos custos dos servigos médicos hospitalares no Brasil e da
elevacgao no numero de usuarios, principalmente inativos e pensionistas, em faixas
etarias mais elevadas. Isso contribui para o aumento nos gastos per capita nos
encaminhamentos a Organizacdes Civis de Saude (OCS), além do crescimento geral
dos gastos com pagamentos a OCS e a Profissionais de Saude Auténomos (PSA).
Para que ocorra um desenvolvimento sustentavel, com qualidade, do sistema
FUSEX,0 servico de satide deve se basear nas seguintes orientag6es emanadas pelo
DGP:
- Racionalizagao dos encaminhamentos a OCS/PSA;
- Aumento da produtividade interna das Organizagées Militares de Satide
(OMS);
- Controle dos beneficiarios e
- Auditoria permanente nos custos dos servigos médicos prestados.
2.1.10 Oncologia no Sistema de Satide do Exército
Segundoa Diretoria de Satide (DSau), dentro da estrutura do Servigo de Saude
do Exército apenas 5 Organizagées Militares de Satide contam com um servigo de
oncologia préprio, que sao:
- Hospital Central do Exército (HCE);
- Hospital Militar de Area de Porto Alegre (HMAPA);
- Hospital Militar de Area de Recife (HMAR);
- Hospital Geral de Curitiba (HGeC) e
- Hospital Geral de Santa Maria.
23
As outras OMSutilizam dos servicos prestados pelas Organizagées Civis de
Saude credenciadas ou fazem aquisigao de alguns quimioterapicos por processo
licitatorio.
O efeito financeiro relacionado a diferenga dos valores pagos pelos
medicamentos quimioterapicos adquiridos em processoslicitatorios pelas OMS e dos
valores remunerados via OCS credenciada é demonstradona tabela abaixo, levando
em consideragaéo os medicamentos quimioterapicos mais utilizados, no HGeC
(Hospital Geral de Curitiba) e no HGuFI (Hospital de Guarnigao de Florianopolis), os
dois hospitais pertencentes a 5* RM:
TABELA 2 - Comparacdodos valores pagos nos medicamentos quimioterapicos
MEDICAMENTO CONE LIcITAGAO HGuFI HGecFORMA FARMACEUTICA
ANASTROZOL 1 MG/CPR R$ 0,78 R$ 16,70 R$ 19,57
EXEMESTANO 25MG/CPR R$ 5,20 R$ 20,03 R$ 23,76
CAPECITABINA SOOMG/CPR R$ 5,98 R$ 16,56 R$ 19,63
TAMOXIFENO 10MG/CPR R$ 1,38 R$ 4,74 R$ 5,27
ZOLADEX 10,8 MG/INJ R$ 719,13 R$ 1.810,44 R$ 2.121,04
FULVESTRANTO| 500 MG/INJ R$ 812,66 R$ 2.258,20 R$ 2.296,48
ALFAEPOETINA 4000UI/INJ R$ 23,59 R$ 230,80 R$ 196,74
OXALIPLATINA SOMG/INJ R$ 81,83 R$ 1.329,39 R$1.351,92
CARBOPLATINA 450MG/INJ R$ 171,32 R$ 1.180,34 R$ 1.200,35
FOLINATO DE 1OMG/INJ R$ 80,05 R$ 239,89 R$ 243,97
CALCIO Fonte: Pregos Comprasnet/ HGeC/ HGuF!
Observagées:
Valor da Licitagao: valor médio obtido pela consulta no site Comprasnet;
Valor do HGeC: Conforme referencial de custos 2019, (Item do edital de
credenciamento daquela organizacao militar com as OCS credenciadas que norteia
os valores na guarni¢ao de Curitiba-PR), medicamentos e radiofarmacos serao pagos
de acordo com o guia Brasindice, com prego maximo ao consumidor (PMC).
Medicamentos de usorestrito ao ambiente clinico e hospitalar ou apresentados em
embalagensproprias para hospitais e clinicas (embalagens hospitalares) e que nao
tenham PMC noBrasindice, serao pagos de acordo com Prego de Fabricante (PF),
24
acrescido de margem de operacionalidade de 20% (vinte por cento). O valor do ICMS
para todosositens sera de acordo com o estabelecido para o Estado do Parana que
é de 18% (dezoito por cento);
Valor do HGuFL: Conforme referencial de custo 2019, (Item do edital de
credenciamento daquela organizagao militar com as OCS credenciadas que norteia
os valores na guarnigaéo de Floriandpolis-SC). Medicamentos, quimioterapicos,
imunobioldgicos e radiofarmacos serao pagos de acordo com 0 guia Brasindice, Prego
de Fabrica (PF), correspondente a época do atendimento, acrescidos de taxa de
comercializagao de 18% (dezoito por cento). O valor do ICMSparatodosositens sera
de acordo com o estabelecido para o Estado de Santa Catarina que é de 17%
(dezessete por cento).
TABELA3 — Percentualda diferenca dos valores pagos nos medicamentos quimioterapicos
MEDICAMENTO VALOR ry PAGO NA MEDIA DO VALOR PAGO PERCENTUAL PAGO A
LICITACAO AOCS MAIOR:
ANASTROZOL RS 0,78 RS 18,13 2.224,36%
EXEMESTANO RS 5,20 R$ 21,90 321, 15%
CAPECITABINA RS 5,98 RS 18,10 202,67%
TAMOXIFENO RS 1,38 R$ 5,00 262,32%
ZOLADEX R$ 719,13 RS 1.965,74 173,35%
FULVESTRANTO RS 812,66 R$ 2.277,34 180,23%
ALFAEPOETINA R$ 23,59 R$ 213,77 806, 19%
OXALIPLATINA RS 81,83 RS 1.340,65 1,538,33%CARBOPLATINA RS 177,32 R$ 1.190,35 594,81%
FOLINATO DE CALCIO R$ 80,05 R$ 247,93 202,22%
Fonte: Autor
A analise da tabela demostra 0 quanto é relevante a economia obtida com a
compradireta feita pelas OMS em relacao aos valores pagos as OCSconveniadas.
Pode-se notar que a diferencga minima de valor pago é de 173,35% que é 0 caso do
Zoladex. Ja o Anastrozol e a Oxaliplatina, apresentam os maiores percentuais de
diferenca de valores, respectivamente 2.224,36% e 1.538,33%. Com a comprafeita
pelas OMS, além da exorbitante economia gerada, consegue-se aumentar a
produtividade interna e a reducao no numero de encaminhamentos. Embora seja
complicado a estruturagao de centros oncoldgicos préprios para as unidades de
25
saude, infere-se que caso as organizagées militares realizassem compras diretas dos
medicamentos quimioterapicos, poderia ser alcangado enorme economia ao Sistema
de Satide do Exército, principalmente no que diz respeito aos medicamentos que se
apresentam na forma solida (comprimidos e drageas), assim como os medicamentos
que nado necessitam de manipulagao de preparo. Estes medicamentos poderiam ser
entregues diretamente ao paciente, administrados por servigos de pronto atendimento
proprios das unidadesmilitares ou ainda fornecidos ao usuario e aplicados em clinicas
conveniadas.
A criagao de centros de oncologia proprios para cada hospital militar,
demandaria umainfraestrutura complexa, apropriada e equipada seguindo as normas
das legislagdes e padrées internacionais, aleém de uma equipe de miultiplos
profissionais, que nem sempre é viavel, devido a escassez de especialistas nas
unidades de saUde militares e do alto investimento para executar e mantero servigo.
Devido a esta dificuldade de implementagao de um centro oncolégico proprio,
e na tentativa de aumentar a qualidade, a resolubilidade, e otimizagao dos recursos
financeiros do Sistema de Saude do Exército, surge comoalternativa a contratagao
de profissionais farmacéuticos militares habilitados em oncologia, que possam atuar
nas OCScontratadas especializadas em quimioterapicos.A intervencao farmacéutica,
especialmente quanto a analise de prescri¢des, com a continua monitorizagao
farmacoterapéutica, € capaz de identificar problemas relacionados a medicamentos,
aumentara efetividade e minimizar os riscos da farmacoterapia, alem de aumentar a
seguranga do paciente. Através da aten¢ao farmacéutica pode-se agregar extensivo
valor aos servigos prestados aos usuarios do sistema FUSEX.
3 CONSIDERAGOESFINAIS
A literatura é unanime em enfatizar a importancia do farmacéutico numa equipe
multidisciplinar durante o tratamento do cancer. Sua participagao vai muito além da
manipulagao da formulagao dos antineoplasicos, pois seu desempenhoclinico auxilia
os outros profissionais na otimizagao do plano terapéutico, melhorando a qualidade
do servigo oncolégico prestado. Sua atuagao nosdiversos processosdo tratamento,
que vao desde a analise da prescrig&o, notificagaéo de efeitos adversos até o
acompanhamentoclinico do paciente, garantem um servico de satide mais eficaz e
seguro.
26
No Ambito militar, uma atuacgao maisefetiva destesprofissionais, tanto em OMS
quanto em OCSconveniadas, além dosefeitos benéficos na qualidade e efetividade
do tratamento, ocasionaria uma diminuigao nos custos dessetipo de tratamento. A
compra realizada através de processos licitatérios pelas proprias OMS de
medicamentos quimioterapicos que nao necessitam de manipulagao para o preparo,
acarretaria numa economia bastante expressiva.
Com a escassez de recursos na area de satide, 0 farmacéutico deve cooperar
para que as melhoresescolhasterapéuticas sejam realizadas e as patologias possam
ser tratadas com a tecnologia de maiorcusto-efetividade que se tenha disponivel. Nao
se deve levar em conta apenas os aspectos econémicosda terapia, mas sobretudo,
0 sucesso dela, cooperando para uma melhor qualidade de vida do paciente.
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29