Post on 02-Dec-2018
DÉCIMA PRIMEIRA AULA DE CONSTRUÇÕES RURAIS
INSTALAÇÕES PARA AVES DE CORTE e POSTURA
INTRODUÇÃO
• A grande expansão do consumo protéico – animal
verificada nos últimos vinte anos tem alcançado níveis
explosivos nos últimos dez anos, devido,
fundamentalmente, à carne de aves, que se tornou ao
longo dos anos mais abundantes, mais acessível, mais
segura e conveniente ao consumidor.
• O Brasil em termos de volume de produção, é um dos
mais importantes produtores mundiais de carne de
frango, sendo superado apenas pelos Estados Unidos e
China.
• Atualmente com o objetivo de reduzir custos em novas
instalações e ao mesmo tempo melhorar a
produtividade, foi lançada no campo a criação de
frangos em alta densidade. Aloja-se em média
densidade de 14 – 18, ou mesmo 20 aves por metro
quadrado. O objetivo não é outro senão o de baixar
custos pela necessidade constante do setor que
trabalha com estreitas margens de lucro, através do
melhor aproveitamento das instalações e do aumento
da produtividade por área.
• É necessário que ocorra uma modificação das
construções para que os ambientes se adéquem a uma
máxima produtividade, minimizando os problemas
gerados pelo excesso de calor, na criação intensiva de
aves. Desta forma serão alcançados benefícios para o
acréscimo da produtividade das aves e
consequentemente, benefícios econômicos aos
produtores.
• Para que isso ocorra, o ambiente térmico das
instalações deve ser bem dimensionado em seu projeto
inicial, levando-se em conta os materiais de construção,
a localização da estrutura na propriedade, sua
geometria, orientação em relação ao sol, além da
previsão da necessidade e instalação de equipamentos
de resfriamento eficientes, que sejam utilizados de
maneira adequada, e economicamente viáveis.
Localização
• Os aviários deverão ser locados em um terreno plano,
com boa drenagem e que permita futuras ampliações
(outros galpões) se necessário. Ao mesmo tempo seria
interessante verificar na propriedade o melhor local
(meia encosta, ou próximo de morros) para evitar a
influência de ventos excessivos.
• Se possível evitar locais onde ocorram ventos fortes
com frequência, pois isto dificultaria o manejo da
ventilação dentro do galpão, além de exigir instalações
mais sólidas e resistentes.
• Regiões com alta umidade na maior parte do ano e com
formação de nevoeiro e cerrações devem ser evitadas.
• Devem ser evitadas regiões com temperatura muito alta
ou baixa (media anual acima de 25ºC e abaixo de 14ºC),
assim como umidade relativa do ar elevada (média
anual acima de 80%).
Terraplanagem
• O movimento de terras para nivelar o local onde será
construído o galpão ou galpões para criação de frangos
de corte é quase sempre necessário nas condições
topográficas brasileiras, mesmo porque é difícil
encontrar um pedaço de terra plano com o
comprimento de mais de cem metros.
• Primeiramente deve-se determinar exatamente o local
onde construiremos, o galpão, que normalmente será
em posição transversal ao declive natural do terreno.
• Iniciamos cortando a terra com uma moto niveladora
no lado mais alto e acumulando no lado mais baixo,
indo aos poucos nivelando a área sobre a qual será
construído o galpão.
• A área nivelada deve ser pelo menos 10 metros mais
larga e 20 metros mais longa que as dimensões do
aviário. Esta área em excesso é necessária para a
construção dos canais esgotos, calçadas, promover
estabilidade da terraplanagem e dar espaço para a área
de serviço. Este espaço adjacente ao galpão deve
possuir uma pequena inclinação para permitir que a
água das chuvas escoe normalmente para os lados.
• O canal de drenagem para água das chuvas deve ser construído ao lado do galpão junto à parte alta da inclinação do terreno, deve se localizar 80 centímetros mais baixo que o chão do galpão e possuir um inclinação de 2 a 3% no comprimento para escoamento da água. As áreas laterais terão uma inclinação de 2cm em cada 10 metros. No barranco cortado a inclinação deve ser de 1 metro horizontal por 1 metro vertical, ou seja, de 45º, para evitar desmoronamentos.
• Após a construção do galpão, é necessário plantar grama nos cortes de terra e nos lados do galpão para evitar a erosão. Essa grama deverá ser cortada periodicamente para evitar a proliferação de mosquitos.
Instalações da Granja Avícola
• De uma forma geral uma granja de frangos de corte se compõe das seguintes seções: sede, depósitos de ração, casa do tratador, caixa d’água e abrigos industriais ou galpões para criação dos lotes. Os quatro primeiros itens podem ser construídos num agrupamento de fácil acesso, porem isolado da parte de criação da granja, para proteger as aves dos ruídos e das contaminações trazidas pelos veículos, engradados, sacarias, visitantes, etc. Já os abrigos criatórios, caso os isolemos muito entre si, dificultaremos de certa forma os trabalhos de rotina.
• Deve-se planejar de acordo com uma distribuição racional das construções; observando-se a funcionalidade e a disposição harmônica do conjunto.
• Instalações Elétricas
• Depósito de Ração
• Fossa Séptica
• Rede de Esgoto e Canais de Drenagem
• Captação, Reservatório e Distribuição de Água
• Pedilúvios e Rodolúvios
• Cerca protetora
• Ruas
• Escritório e Galpões ou Aviário
Instalações Elétricas
• A rede elétrica deve localizar-se de maneira que não
dificulte o acesso de caminhões, e esta deve ser
executada sempre por pessoas habilitadas.
• Deverá fornecer energia suficiente para as lâmpadas de
iluminação dentro do galpão, para o motor do
misturador de rações, para as bombas de água, para os
comedouros mecânicos e demais equipamentos
elétricos, caso estes forem empregados.
• As lâmpadas deverão ser de 40 watts e estar dispostas à
altura de 2,10 metros e espaçadas entre si de 3 metros,
sendo que a distância das filas laterais de lâmpadas e a
parede externa em cada lado, deverá ser ao redor de
1,5 m ou menos. Assim, um galpão de 8, 9 ou 10 metros
de largura terá três filas de lâmpadas, e um galpão de
11 a 12 metros terá quatro fileiras.
• A fonte de energia elétrica poderá ser externa ou de
gerador próprio na granja. O gerador se torna
importante a medida que os processos de manejo
nutricional, controle ambiental etc...vão sendo
automatizados na granja, evitando que quedas de
tensão provoquem paralisação total desses processos.
Depósito de Ração
• Pode ser uma construção simples, com o pé direito alto
para permitir uma boa ventilação e certa proteção
contra o calor do telhado nos dias do verão.
• A instalação deve ser a prova de roedores, pois se não
houver este cuidado, a perda de grãos ou ração poderá
ser grande alem da contaminação pelos dejetos e
urina.
• A fábrica deve ser dimensionada de maneira tal que
permita a expansão da granja, sem necessidade de
alterá-la. Para um aviário de 15 a 30 mil aves
recomenda-se uma fábrica com as dimensões de 20 x
12m e 4,5m de pé direito com dois silos de alvenaria
(tipo piscina), em uma extremidade do galpão, sendo
uma divisão de 4 x 6m e de 2m de altura para
armazenamento do farelo de soja, com capacidade de
32 t e o outro de 8 x 6m com 2 m de altura para
armazenamento do milho com capacidade de 63 t.
• A recepção dos ingredientes será do lado externo do
cordão sanitário; o caminhão deve descarregar
diretamente sobre a plataforma da cisterna de
recepção, de onde os ingredientes são transportados
por meio de uma rosca sem fim, aos silos no interior as
fábrica de ração.
• Podem ser instalados neste depósito, caso a granja
utilize, um moedor de milho e um misturador de rações,
ambos com capacidade de acordo com as necessidades
da granja.
• Estrados de madeira devem ser colocados no interior da
fábrica, para proteger as rações e ingredientes
ensacados contra a umidade e fungos.
• Caso se fabrique totalmente as rações na granja, é
necessário mais espaço para armazenamento de
matéria prima em pilhas separadas, bem como uma
sala especial para pré-mistura de vitaminas e minerais.
Fossa Séptica
• As aves mortas devem ser destruídas o mais
rapidamente possível, para evitar qualquer
possibilidade de contaminação de doenças às outras
aves. Uma das maneiras mais eficazes e econômicas de
realizar isto é construir um fosso de putrefação. Um
método melhor, mas muito mais caro, seria o uso de
incinerador.
• Um fosso de putrefação nada mais é que um fosso
subterrâneo, hermeticamente fechado, coberto com
uma tampa de madeira ou laje de concreto, com terra
em cima, com uma abertura através da qual as aves
mortas são lançadas.
• Esse fosso deve estar num lugar acessível, mas pelo
menos a uns 100 metros de distância dos galpões e dos
poços de água potável. Os canais naturais de drenagem
que passam pelo fosso devem passar longe dos galpões
e fontes de água.
• O fosso deverá estar localizado no terreno mais baixo da
granja, porém livres de inundações. Três metros cúbicos
são suficientes para 1.000 frangos de corte. A
profundidade do fosso poderá ser 1,80m (nunca inferior
a 1,20m), e a largura pode variar de 1,40 a 1,50m. O
comprimento varia de acordo com a quantidade de
aves, sendo que para 10.000 frangos pode ser de
1,70m, para 20.000 de 3,40m e para 30.000 frangos de
5,00m.
• O fosso poderá ser revestido nas laterais por tijolos e na
parte superior poderá ter uma laje de concreto (10 cm)
ou uma tampa feita com duas camadas de tábuas (5
cm) cruzadas de madeira e cobertas por terra. A
abertura poderá ser feita com uma manilha de 8
polegadas (20 cm) de largura, com uma tampa que
ajuste bem ao fechar.
Rede de Esgoto e Canais de Drenagem
• Uma rede de esgoto deve ser construída para conduzir a água usada dos bebedouros de bóias ou de água corrente e a água usada durante a lavagem dos galpões e equipamentos.
• Esta rede constará de um canal subterrâneo construído com manilhas de barro ou similar, paralelo à uma das paredes laterais do galpão, preferentemente àquela em que desembocam no lado externo os bebedouros transversais de água corrente, caso seja usado este tipo, a uma distância aproximada de 3 metros do galpão.
• Este canal irá desembocar em outro, proveniente de
outros galpões, que desembocará ao ar livre nos canais
de drenagem distantes pelo menos uns 100 metros da
extremidade dos galpões.
• Caso sejam usados somente bebedouros de bóia, pode
ser feito um conduto subterrâneo de escoamento do
bebedouro até o esgoto, para escoar a água usada na
hora da limpeza destes bebedouros.
• É recomendável que se instalem dois ou mais condutos
subterrâneos que comuniquem o piso do galpão com o
canal de esgoto para escoar a água das lavagens.
• Os esgotos dos bebedouros de bóia ou de água corrente
devem ser coletados com manilhas que os levarão até
fossas ou lagoas afastadas do aviário.
• Os canais de drenagem nada mais são que valas
revestidas ou não com tijolos ou outro material com a
finalidade de conduzir a água das chuvas aos lugares
mais baixos sem provocar erosão.
• A água da chuva recolhida pelo telhado do galpão cairá
diretamente da borda sobre duas valas abertas (em
cada lado do galpão) e revestidas de tijolos ou condutos
abertos de cimento que vão desembocar nos canais de
drenagem.
Captação, Reservatório e Distribuição de Água
• Um poço artesiano ou semi artesiano é o ideal para
prover um aviário de água o ano inteiro. No entanto,
nem sempre as condições de solo são favoráveis, ou
então não existe um lençol d’água subterrânea acessível
que permita a instalação de poço artesiano.
• Neste caso tem-se que procurar uma fonte natural ou
um curso d’água.
• A água deve ser potável para uso humano e conduzida
para um reservatório, evitando-se contaminação de
qualquer espécie neste trajeto.
• Em último caso se usará água proveniente de cursos
d’água, sendo necessário o uso de instalações para
tratamento da água com cloro ou algum outro produto
desinfetante para garantir a sua potabilidade. Jamais
usar água de açudes.
• Toda granja deverá ter um reservatório ou caixa d’água
central, localizada no ponto mais alto do aviário ou fora
deste, localizada à sombra, coberta e revestida com
material isolante para evitar o aquecimento da água.
• A capacidade deste reservatório vai depender da
capacidade de vazão da fonte de água, mas devemos
levar em conta que somente para consumo das aves são
necessários entre 2.000 a 5.000 litros por dia para
10.000 frangos se os bebedouros forem do tipo fixo de
bóia e duas a três vezes este total se forem a água
corrente.
• É aconselhado que cada galpão tenha uma pequena
caixa d’água com volume determinado para permitir a
dosagem de drogas, antibióticos ou vitaminas que se
deseje misturar por via oral, na água de beber.
• Se forem usados bebedouros de água corrente, devem
estar sempre na posição transversal ao galpão, as
torneiras serão instaladas do lado de fora de um dos
lados do galpão no ponto exato onde estará a ponta
externa da calha de cada bebedouro, de maneira a
permitir o controle da vazão da água sem necessidade
de entrar no galpão.
• Se forem usados bebedouros fixos de bóia, as torneiras
serão instaladas no piso, já nos locais definitivos onde
se instalarão os bebedouros. Também poderão ser
usadas mangueiras conectadas ao encanamento de
água nas vigas do telhado, para alimentar os
bebedouros.
• Seria útil instalar uma torneira em cada pedilúvio
situado nas duas portas principais do galpão, podendo
servir também para conectar as mangueiras de limpeza
das áreas externas do galpão.
• A rede de água no aviário deve ser instalada na parte superior, com canos rígidos de PVC. Os encanamentos externos devem ser enterrados para evitar o aquecimento no verão e o congelamento da água no inverno.
Pedilúvios e Rodolúvios
• Pedilúvios são depósitos rasos de cimento ou bandejas
de lata que, quando cheios de desinfetante líquido, em
geral embebido num capacho ou esponja, servem para
desinfetar os calçados das pessoas que entram e saem
no galpão ou aviário.
• Cada porta de entrada no galpão deve possuir um
pedilúvio, que ultrapassa a largura da porta e seja
suficientemente grande para impedir que as pessoas
saltem por cima.
• Deve ter profundidade aproximada de 10 cm, possuindo
um ralo que se comunica com o canal de esgoto ou
drenagem, para permitir seu rápido escoamento
quando for necessário a limpeza e troca de
desinfetante.
• Também pode ser colocado um pedilúvio para pessoas
no portão de entrada, que fica na cerca que separa os
galpões de criação das outras construções (escritório,
residências, depósito de ração, etc.) da granja, e outro
no portão principal de entrada da granja.
• No portão principal da granja e no portão da cerca
divisória dos galpões devem ser instalados rodolúvios
para caminhões, os quais devem ser mais largos que um
caminhão e de comprimento suficiente para que cada
roda dê uma volta completa dentro do desinfetante,
cuja profundidade deverá ser suficiente para cobrir o
pneu e aro da roda (um quarto do diâmetro da roda). É
importante que as pessoas e os veículos passem pelo
pedilúvio/rodolúvio ao entrar ou ao sair para que não
tragam de fora e tampouco levem organismos
patogênicos a outras granjas.
Cercas Protetoras
• São necessárias, duas cercas ou aramados na granja
avícola, uma nas delimitações da propriedade e outra
que circunda os galpões de criação.
• Esta última será até uma altura de 1 metro de tela de
arame forte para evitar a passagem de aves caipiras,
cães, gatos e outros pequenos animais.
• Ela deverá dificultar a passagem de pessoas, para forçá-
las a usar o portão de acesso, passando pelos
pedilúvios. Deverá estar a uma distância mínima de 100
metros de cada galpão.
• Podem ser fixados avisos nos portões de entrada,
proibindo a passagem de pessoas não autorizadas.
Ruas
• As ruas dentro da granja servem para proporcionar livre
trânsito dos veículos de serviço entre os galpões,
depósito de rações e escritório.
• Devem ter uma largura mínima de 6 metros e valetas
para que a água das chuvas escoe sem formar barro.
• Preferencialmente devem ser cascalhadas ou
empedradas para permitir livre trânsito mesmo com
chuva.
Escritório • O escritório deverá ter uma sala com um arquivo com
os registros de produção, consumo e custos dos vários lotes, e os livros de escrita contábil da granja. É útil outra sala para receber visitas, com fotos e plantas, com fotos e plantas da granja. Deve haver, também, um banheiro para os empregados, com chuveiro e instalações sanitárias. Ai também estarão armazenados os guarda-pós e botas de borracha a disposição dos visitantes da granja. O escritório deve estar localizado em lugar que permita avistar todos os galpões e depósito de ração.
Galpões ou Aviário • Os galpões geralmente são em forma retangular e suas
dimensões variam de 6 a 14 metros de largura, por 100 a 120 metros de comprimento. Alguns autores apresenta a escolha do tamanho ideal do galpão em função do clima.
Clima Largura (m) Pé-direito (m)
Quente e seco 10 a 14 3,0 – 3,3
Quente e úmido 6 a 8 2,7 – 3,0
Tabela 1 – Largura e Pé-direito dos galpões em função do clima
Fonte: TEIXEIRA. 1990
• Porém, essas dimensões também serão variáveis, em
função do número de aves, em que se deseja produzir.
• De maneira geral, as aves são criadas soltas no piso, sob
a cama (material devia ser: palha de arroz, maravalha,
etc.). E durante todo o ciclo de produção.
• A variação na densidade de produção de frangos, é hoje
um avanço da avicultura de corte, e objetivo de
diferentes estudos na área.
• O sistema tradicional propõem a criação de aves, nas
densidades de 10, 12 e 14 aves/m2, durante um ciclo
que varia de 42 a 55 dias aproximadamente
dependendo da linhagem produzida.
• Porém, atualmente fala-se na produção em alta
densidade, que significa (caracteriza) a colocação de um
número maior de aves/m2 de construção. Nesse
contexto fala-se em kg de carne/m2 de área; supõem-se
que no final da produção a ave esteja pesando entre 2 a
2,1 kg.
• Dessa forma a alta densidade é considerada as
produções acima de 3 kg/m2. Isso significa que um
galpão tradicional de 100 x 12 com 12.000 aves,
passaria por exemplo para 18.000 ou 20.000 aves.
• O objetivo dessa forma de produção nada mais é do
que reduzir os custos de produção. O alto custo da
alimentação e dos baixos preços dos frangos, tem
levado os avicultores a aumentar a taxa de lotação.
• O sistema de criação de alta densidade também requer
melhores condições de conforto dentro das instalações
ao longo do ciclo de produção, principalmente na fase
final de criação.
• Porem essa opção á uma decisão do produtor, no geral
deverá observar os seguintes dados, referentes ao
sistema de produção no verão e no inverno.
• Abaixo temos todas as partes de um aviário que são:
- Dimensões - Espaço entre Galpões
- Paredes - Manutenção
- Divisões Internas - Gramados
- Estruturas - Quebra Ventos
- Portas
- Piso
- Cobertura
- Orientação
- Sombreamento
- Calçada Externa
Dimensões
• Variam conforme a quantidade de frangos a serem
criados. A largura mínima deve ser de 8 metros, sendo
12 metros considerado excelente.
• Como altura do pé direito, considera-se no mínimo
3,00m a fim de se evitar a entrada excessiva de calor
pela cobertura.
• O comprimento recomendável atualmente deverá ser
no mínimo 50 metros e no máximo 120 metros.
Paredes
• As muretas paredes laterais devem possuir uma altura
máxima de 30 cm, sendo o restante do pé direito
fechado com cortina. As muretas podem ser
construídas de alvenaria de tijolos ou de blocos, não
havendo necessidade de reboco.
• Deve-se ter cuidado, ao erguer as colunas que
sustentarão o telhado e que poderão ser de madeira
(eucalipto), tijolos ou cimento armado, para que
estejam localizadas para o lado de fora da parede,
evitando a formação de cantos no interior do galpão
que roubariam espaço e dificultariam a higiene.
• Entre o bordo superior da mureta e o telhado, será
colocada uma tela de arame à prova de passarinhas que
além de trazerem, enfermidades, poderão comer a
ração das aves.
• Os oitões ou paredes das extremidades do galpão não
necessariamente devem ser construídos de tijolos até o
teto, podendo ser fechados com cortina apenas.
• A distância entre os pilares dependerá do material a ser
usado na cobertura. Normalmente se considera o
espaço de 3 metros.
• Pelo lado de fora de cada parede lateral instalaremos
uma cortina, que poderá ser de plástico especial
trançado, lona que servirá para o manejo da ventilação.
• É importante que estas cortinas estejam sempre presas
ou fixas no bordo superior da parede lateral, para
correrem de baixo prá cima ao fechar e de cima para
baixo ao abrir, evitando a incidência direta de correntes
de ar sobre as aves.
• Esta cortina poderá ser facilmente operada por meio de
uma roldana com manivela e um cabo de aço que corre
junto ao teto com guias de cordas de nylon presas ao
bordo da cortina. Com este sistema poderemos fechar
toda cortina de um lado de uma vez só.
Divisões Internas
• As divisões internas são feitas de tela, as quais
permitem dividir o galpão de modo que cada divisão
abrigue 1.000 ou mais frangos, dependendo da
densidade utilizada, sendo que cada divisão tenha sua
porta de acesso.
• Essas divisões são aconselháveis para evitar grandes
amontoamentos em situações de “stress” e facilitar o
manejo de vacinações, e recolhimento de aves para o
abate.
Estrutura
• Os galpões avícolas podem ter estrutura de madeira,
concreto pré fabricado ou metálica. A escolha de um ou
outro material vai depender principalmente do fator
custo do material a ser empregado. A largura do aviário
deve ser levada em conta nessa escolha. Vãos maiores
exigem estruturas mais resistentes como as metálicas e
de concreto. Utilizar estrutura de madeira em grandes
vãos, dependendo da telhas a ser utilizada, pode
significar um grande gasto com o madeiramento.
Portas
• As portas deverão estar nas divisórias internas, ou
poderão também ser externas. O importante é que as
portas externas possuam cada uma um pedilúvio fixo.
• Para facilitar a carga de cama nova e a descarga de
cama velha é bom a instalação de uma porta que
poderá correr sobre trilhos, em cada uma das paredes
das extremidades do galpão, permitindo a entrada de
um caminhão ou trator com reboque e também que as
divisórias internas sejam desmontáveis com o mesmo
fim.
Piso
• O piso poderá ser de concreto, tijolos rejuntados com
argamassa de cimento ou acascalhado acimentado,
ficando de 0,15 a 0,20 m ou mais, acima do nível do
terreno, com 0,5 a 1% de declividade no sentido das
laterais do galpão, partindo do centro.
• Não é aconselhado o piso de chão batido por não isolar
a umidade.
• Um detalhe importante é instalar no centro do piso
uma caixa coletora de esgoto. Esta é ligada à rede de
esgoto externa, para quando lavar-se o piso toda a água
ser canalizada por meio desta caixa, evitando assim que
seja despejada próximo à porta, o que poderia ser um
foco de contaminação.
Cobertura
• Em climas cujo verão é mais significativo que as
estações frias, o telhado deve ser projetado de modo a
não ser o maior responsável pelo ganho de calor do
edifício. Sugere-se o uso de materiais de cobertura com
maior inércia térmica, bem como o uso de um sistema
de ventilação adequado e de isolamento térmico.
• O telhado poderá ser constituído de telha francesa de
barro, cimento amianto ou de alumínio ou zinco. Tem-
se dado preferência as telhas de amianto ou metálicas
pelo fato de serem auto-portantes o que diminui o
gasto com madeiramento o qual na maioria das vezes
acaba prejudicando a renovação do ar nos galpões.
• Neste caso, pelo fato das telhas de amianto ou
metálicas promoverem um menor conforto térmico,
pela sua menor inércia térmica, recomenda-se a
utilização de pés direitos maiores que 3,20 m e se
possível uso de forro.
• No Brasil, o uso de materiais isolantes no forro, muitas
vezes se torna antieconômico. Não é recomendado em
regiões que predominem altas taxas de umidade
relativa, por facilitar a ocorrência de condensação do
vapor d’água no material poroso do forro, o que torna-o
apenas mais uma barreira física, para a entrada do calor
de radiação solar.
• Quando se pinta as telhas de amianto com tintas
refletivas brancas, estas passam a ter um desempenho
térmico muito próximo ao das telhas de barro. Sendo
assim, o fator custo tanto das telhas como do material
necessário para suporte das mesmas, vai definir o tipo
de telha mais indicado para cada região.
• A dimensão de beirais também é fator preponderante
no sombreamento do interior de abrigos. Em
instalações com pé-direito de 3m, os beirais devem
possuir no mínimo, 1,40m de comprimento. A melhor
dimensão obtida em pesquisas foi a de 2,0m.
Dimensões maiores não ocasionariam melhores
significativa nas condições de conforto dos aviários.
Orientação
• A localização de uma instalação, em termos de orientação quanto aos pontos cardeais, é fator de extrema importância na construção, tanto urbana como rural. Dependendo da época do ano alguma face da instalação receberá maior índice de insolação, tanto em termos de radiação solar como difusa, de acordo com a trajetória do sol. Este fato irá influenciar na carga térmica total, que é transmitida para o interior da instalação. Desta forma, a carga térmica incidente em um abrigo a ser construído poderá ser reduzida, utilizando-se uma orientação adequada em relação ao sol.
• A orientação leste – oeste em galpões para
confinamento de animais é recomendada
universalmente, a fim de minimizar a incidência direta
do sol sobre os animais através das laterais da
instalação, já que nesse caso o sol transita o dia todo
sobre a cumeeira da instalação.
• Porém, em certos locais, este tipo de orientação pode
prejudicar a ventilação natural, podendo ser a
orientação norte – sul mais recomendável, quando faz o
cálculo do balanço térmico total do abrigo.
• Em outros locais, a própria topografia do terreno
impede que o aviário seja construído na orientação
leste – oeste. Nestes casos, sugere-se que a radiação
incidente nas laterais do abrigo seja amenizada através
do uso de beirais maiores, além do plantio de árvores e
arbustos ao redor da instalação.
• Em aviários totalmente fechados, com ambiente interno
controlado pelo uso de ventilação forçada, deve ser
levar em conta a direção predominante do vento para
determinar a melhor orientação a ser dada ao galpão.
Neste caso, deve-se evitar que o sistema de exaustão do
ar fique voltado para a direção predominante dos
ventos, o que prejudica a eficiência do processo de
saída do ar.
• Instalações com orientação norte – sul devem ser
sombreadas para evitar que a radiação solar atinja
diretamente o interior do prédio.
Sombreamento dos Galpões
• A carga térmica de radiação que incide sobre um abrigo
pode ser reduzida sombreando-se o mesmo através do
uso de árvores e arbustos. Árvores capazes de sombrear
as paredes e o telhado são mais vantajosas para abrigos
com orientação norte – sul, pois a radiação solar
somente atinge o telhado quando o sol estiver “a pino”
o que ocorre em um espaço curto de tempo.
• O sombreamento do telhado e das aberturas também
favorece a economia de energia, reduzindo o montante
de radiação que atinge a instalação. Um bom
sombreamento pode reduzir o gasto de energia em um
ambiente termicamente controlado em 20 a 30%.
• Para regiões de inverno rigoroso, devem ser escolhidas
arvores que caduquem no período mais frio do ano
permitindo a entrada do sol nos edifícios como é o caso
da Uva do Japão.
• As árvores devem ser escolhidas principalmente pela
qualidade de sua sombra em relação ao prédio, devem
ser de crescimento rápido, possuir raiz pivotante e copa
que cresça acima do pé direito do abrigo para que não
atrapalhe a ventilação natural.
• No caso de paredes de fundo (oitões), que recebem
frontalmente o sol de nascente e poente nas instalações
orientadas em seu maior comprimento na direção leste
– oeste, a proteção pode ser feita pintando-as com
cores claras, sombreando-as por meio de vegetação ou
beirais, adotando paredes de grande capacidade
calorífica, como as de tijolos maciços de barro ou blocos
furados com no mínimo 15cm de espessura, para
aproveitar o fato de que a instalação é um fenômeno
transitório provocando o desejável amortecimento das
variações da temperatura externa.
Calçada Externa
• É recomendável a presença de uma calçada externa
contornando todo o abrigo com largura de 0,70 a
1,50m, o suficiente para proteger os alicerces, o piso e
as paredes contra a unidade, além de facilitar o trabalho
dos tratadores. Esta calçada poderá ser de pedra, laje
ou cimento.
Espaçamento dos Galpões
• A distância mínima recomendada para galpões paralelos
de uma mesma unidade ou granja, em que as aves
criada são da mesma idade, varia de 15 a 30 metros,
permitindo o livre tráfego do homens e das máquinas
de trabalho.
• Também é necessário deixar espaço para os possíveis
futuros planos de expansão da granja.
Manutenção dos Galpões
• A conservação dos galpões é prática que se recomenda, para proteger um capital de elevado preço e para garantir o sucesso econômico da exploração avícola. É fundamental para o desfrute prolongado das instalações a pintura periódica do material usado na construção, principalmente da madeira. Os reparos no material de piso ou nas paredes de alvenaria preservam a integração dos abrigos e sua continuidade funcional. Todo aviário deveria construir um fundo de reserva para a conservação das instalações, como garantia do capital investido na avicultura industrial.
Gramados
• Manter uma área gramada no espaço entre os galpões
e no espaço circundante entre os galpões e a cerca
divisora, faz com que a radiação solar que chega ao
solo, não seja irradiada na forma de calor para o
interior do aviário, além de melhorar as condições
sanitárias do local.
Quebra Vento
• Para proteger os aviários dos ventos frios, os quebra-
ventos deverão estar situados preferencialmente no
lado Sul e Sudeste, especialmente nos Estados do Sul.
• Devem ser formados de espécies vegetal de
crescimento rápido, caso forem instalados durante ou
após a construção da granja. Pode ser plantada
somente uma espécie ou alternar espécies de
eucaliptos ou coníferas (Pinu’s elliotti, P. taeda, P. patula
e outras).
• Os quebra-ventos deverão estar a uma distância de pelo
menos 100 metros dos galpões, para não impedir a
ventilação.
• Caso existam matas e arbustos a menos de 100 metros
dos galpões, podem ser cortados os galhos inferiores
das árvores para permitir uma melhor ventilação nas
instalações.
Equipamentos • Os equipamentos necessários para o galpão de criação
de frangos de corte constam essencialmente de:
- Comedouro
- Bebedouro
- Campânulas
- Círculos de proteção
- Cama
- Lâmpadas
- Quebra-canto
- Cortinas
- Ficha de controle
Instalação Para Aves de Postura
• Ao projetar uma instalação de uma unidade avícola
para a produção de ovos, devemos considerar uma
série de itens que terão influência econômica e
técnica na rentabilidade e o bom funcionamento do
empreendimento. Dentre eles, podemos citar:
1) Capital disponível;
2) Mercado consumidor e potencial de consumo;
3) Estradas e vias de acesso;
4) Energia elétrica;
5) Água;
6) Considerações climáticas;
7) Considerações topográficas;
8) Tipo de solo e drenagem;
9) Mão-de-obra disponível;
10) Área da granja;
Características Construtivas
• Piso
• Pilares/Esteios
• Pé direito
• Cobertura
• Disposição das gaiolas
• Dimensionamento
• Iluminação artificial
Aviário de Postura
• Manejar bem uma exploração agrícola, é saber
administrá-la, de tal forma que, possamos alcançar os
melhores resultados técnicos e econômicos dentro
desta exploração. Para que isto aconteça, há a
necessidade de um planejamento adequado nos
seguintes itens:
Instalações
Água
Temperatura Ambiente
Higiene das Instalações
Programa de luz
Manejo de Ovos
Manejo e Alimentação das Poedeiras
Manejo de Esterco
Mão-de-obra
Registros