Post on 09-Mar-2016
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De coração 026MARÇO 2012 AnoVII
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Da crise à esperança
Neste número, a De coração dá destaque à celebração dos 80 anos da paróquia de S. José, com a
entrevista ao Padre João Castelhano.
As questões de Fé são, por definição, pessoais e subjectivas mas, seja o leitor crente ou céptico, entro no
domínio das certezas se afirmar que esta é uma das instituições “com coração” da cidade.
A acção social, de apoio efectivo e concreto que a paróquia desenvolve, vai muito para além da mera
caridade e tem contribuído decisivamente para a reabilitação de indivíduos em situação de exclusão.
O número de famílias apoiadas – cerca de 700 – impressiona, mas também impressiona saber que todos
os dias há uma equipa de voluntários (gente com tantos compromissos profissionais e familiares como
qualquer um de nós) que de uma forma anónima e sem qualquer compensação que não o simples gosto
de ajudar o outro, disponibilizam o seu tempo e trabalho.
É um exemplo que nos deve fazer reflectir…
Neste espaço, tenho vindo a alertar para a degradação das condições sócio-económicas do país, com
impacto no nível de vida da população. A tendência será para que um número cada vez maior de famílias
dependa deste tipo de apoios, pelo que, a atenção às questões de solidariedade deverá ser reforçada.
É fácil a um empresário, como é o caso, deixar-se absorver por teorias e estratégias económicas ou
opiniões de peritos que aconselham as melhores opções para manter a saúde das empresas em tempo
de crise.
Mas o que nenhuma fórmula prevê é o impacto que um gesto de solidariedade pode ter.
É esta a grande lição que esta entrevista nos deixa: olhar para o outro não como o desgraçado, o
coitadinho, mas aquele que é nosso igual e que, mais do que julgado, merecerá o benefício de uma
segunda oportunidade.
Esta consciência não pode ser só do domínio do espiritual. É uma questão de cidadania que reforça aquele
que é afinal o mais absoluto valor das sociedades democráticas - a dignidade humana.
Presidente do Conselho de Administração da Matobra
... 30 anos de história falam por si
FICHA TÉCNICA
Entidade proprietária | Matobra - materiais de construção e decoração, S.A.
Coordenação | Marta Rio-Torto
Textos | Claúdio Domingos e Marta Rio-Torto
Fotografia | Danilo Pavone
Paginação e Projecto gráfico | Alexandre Saraiva
Tiragem | 2000 exemplares
Periodicidade | Trimestral
Impressão | Joartes, Lda | Águeda
Isenta de registo no I.E.S. mediante decreto regulamentar 8/99 de 9/06 art. 12º nº 1 a)
Índice
3 Editorial
7 Entrevista De coração | Padre João Castelhano
17 Com assinatura Matobra
17 | Com um pé na areia 22 | Branco e depurado 23 | Ao centímetro 24 | Matobra assina decoração de montras Carlo Viscontti
26 Ideias e soluções 26 | Correio do leitor: organizar a sala
28 | Instale uma casa de banho ou cozinha onde e como quiser 30 | Candeeiros para todos os gostos
32 Entrevista |Graça Batista 38 Estilus
38 | Tapetes Antik Patchwork 40 | Lava, a imagem da sua casa 42 | Banho elástico aos seus pés
44 | O AEG da culinária 47 Entrevista | Jorge Vieira
54 Galeria Matobra
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ENTREVISTA 07
João CastelhanoO Padre Sorriso
A boa disposição é talvez a característica
que mais sobressai numa primeira
impressão de João Castelhano. Não é
por isso de estranhar que tivesse ganho
a alcunha de “Padre Sorriso” entre os
alunos do seminário de Coimbra, no
tempo em que aí leccionou.
Desde 74 que gere os destinos da
paróquia de S. José e será, com certeza,
a facilidade com que estabelece empatia
com os outros, a juntar a uma boa
dose de determinação, que justifica o
dinamismo da paróquia e a naturalidade
com que recolhe apoios entre a
comunidade para as muitas iniciativas
desenvolvidas pela Igreja.
Neste espaço, a generosidade acontece
todos os dias e a cada momento ajuda
a melhorar a vida de alguém. Só no ano
passado foram apoiadas cerca de 700
famílias, numa estratégia que vai para
além do combate ao sinal de pobreza
e aposta na reabilitação social do
indivíduo.
No ano em que se celebram 80 anos
de paróquia, a De coração foi ver de
perto uma das instituições com “mais
coração” da cidade.
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08 ENTREVISTA
Como é que descreveria a “sua”
paróquia?
Hoje é um pólo habitacional dos mais
importantes da cidade, mas na altura em
que a paróquia foi criada era um arrabalde.
É interessante ver como a zona residencial
se desenvolveu à volta da Igreja e do Estádio
e a verdade é que esta confluência fez com
que as pessoas ficassem muito ligadas à
Igreja, nomeadamente, os residentes do
Bairro Norton de Matos, que é o principal
centro de fluxo para a Igreja.
Genericamente, a paróquia desenvolveu
uma série de actividades que prendem
as pessoas, mantendo-se este gostar de
participar, de sentir-se membro de uma
comunidade.
Temos razões para continuar satisfeitos, hoje
não temos as 4000 pessoas que tínhamos à
missa de Domingo, como tínhamos há 30
anos atrás, teremos cerca de 2000, mas
estes números, mesmo em comparação
com o que se passa no resto do país e da
Europa, são ainda bastante interessantes.
É uma paróquia viva, de muito trabalho,
de muito dinamismo, com uma população
extremamente solidária, atenta aos sinais de
pobreza.
A área da acção social tem muita tradição
na paróquia. Basta lembrar que temos um
Centro Social que custou, em 2000, 250 mil
contos e a paróquia conseguiu pagar tudo
em três anos.
Mais tarde, nasceu o Centro de Acolhimento
João Paulo II, que foi resultado das
Conferências Vicentinas, que foram das
primeiras instituições a serem criadas na
paróquia, em 1933. Na altura, tivemos o
apoio da Matobra, que nos cedeu todos os
materiais de construção.
Esta é uma componente muito importante
e que dá muita visibilidade à paróquia e à
sua acção.
Centrando-nos mais na sua experiência
individual, o Padre João Castelhano
assumiu funções na paróquia em 1974.
Passados mais de 30 anos, que balanço
faz desta experiência?
Encontrei uma paróquia muito estruturada.
O pároco anterior tinha dois pólos centrais
a que dava muita importância: a formação
cristã, com a catequese, e a caridade,
nomeadamente com as Conferências
Vicentinas.
Ele tinha uma grande preocupação sobretudo
com as áreas mais pobres da paróquia. A
acção dos vicentinos concentrava-se muito
nos lugares periféricos: no Areeiro, na Casa
Branca, na Portela, onde quando cheguei já
havia acções muito concertadas de ajuda,
nomeadamente com a construção de casas.
Nos meus primeiros anos, ainda se fizeram
casas de raiz, para as famílias pobres.
Mais tarde, optámos por outro caminho,
ajudando as pessoas a pagar a sua renda de
casa.
No ano 2000, assumimos o compromisso
de não permitir que nenhuma família
seja despejada por não ter como pagar
a sua casa. É uma meta difícil, mas temos
conseguido mantê-la.
Quanto à catequese tem continuado
também, mas mais alargada, com
a catequese para jovens, sobretudo
preparação para o Crisma e a formação
cristã para adultos.
Mas não respondeu inteiramente à
minha questão… Não referiu a sua
experiência individual…
A minha experiência individual não é mais
do que a experiência da paróquia. Eu não
sou mais do que um dinamizador que tenta
garantir que todos os serviços da paróquia
funcionem. Todos sabem que trabalham para
uma entidade comum, mas cada um tem a
sua iniciativa própria, a sua autonomia. Eu
sou apenas alguém que consegue catalisar
a iniciativa de todos para dar uma unidade
de conjunto a tudo isto.
A paróquia de São José assinala este
ano 80 anos de comunidade cristã
e 50 de construção da Igreja. Esta
comemoração está anunciada através
das faixas colocadas na fachada lateral
e na torre da Igreja, onde se pode ler a
expressão ”Igreja de Pedras Vivas”. Que
significado tem este dístico?
Adoptámos como lema a expressão “Igreja
de Pedras Vivas”, para lembrar que os
cristãos de há 50 anos construíram uma
Igreja de pedras, onde nós hoje nos sentimos
chamados a interiorizar a nossa Fé. Ora, para
além das pedras, nós cristãos somos uns
“[S. José] É uma paróquia viva,
de muito trabalho, de muito
dinamismo, com uma população
extremamente solidária, atenta aos
sinais de pobreza.”
“No ano 2000, assumimos o
compromisso de não permitir que
nenhuma família seja despejada
por não ter como pagar a sua renda
de casa. É uma meta difícil, mas
temos conseguido mantê-la.”
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ENTREVISTA 09
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com os outros Igreja, com Jesus Cristo que é
o cimento a ligar estas “pedras” todas.
Para celebrar esta data está previsto
para 2012 um programa que inclui
diversas actividades religiosas e
culturais. Nos próximos tempos, que
iniciativas decorrerão?
O programa tem, desde logo, uma vertente
social. Estamos a fazer uma campanha para
adquirir uma carrinha para o Centro de
Acolhimento João Paulo II.
Trata-se de uma carrinha polivalente, com
condições de atendimento de rua e de
transporte de alimentos, nomeadamente
sobras de restaurantes que possam ser
doadas a quem delas precisa.
Será uma carrinha para ser usada num
contexto de apoio aos sem-abrigo, mas
também a outras franjas da população
de risco, nomeadamente, situações de
prostituição e idosos em isolamento.
Para além desta área vocacionada para a
acção social, temos também uma vertente
cultural, nomeadamente um Ciclo de
Conferências que pretendem ajudar os
cristãos a sentir-se mais unidos à volta de
uma realidade comum que é o ser cristão e
o ser Igreja.
O programa tem ainda uma vertente
espiritual.
Todas as quartas-feiras temos uma hora
de oração ao Santíssimo Sacramento e
nas primeiras sextas-feiras e sábados de
cada mês, temos um dia de adoração ao
Santíssimo Sacramento, que está exposto
todo o dia de sexta e à tarde no sábado.
Tivemos ainda 24 horas seguidas de oração
ao Santíssimo, desde Domingo dia 18 de
Março a partir da missa das 19h00.
Para além das questões mais espirituais,
muita gente não conhece o trabalho
de apoio à população que é prestado
pela Igreja, nomeadamente através do
Centro de Acolhimento João Paulo II,
que funciona na paróquia desde Julho
de 2005. Como é que surgiu a ideia de
criar este Centro?
Por um desejo grande de crescimento e
de acompanhamento das novas tipologias
de pobreza. Na altura funcionavam três
Conferências Vicentinas na paróquia
e entendeu-se por uma questão de
uniformização de critérios, modos de
trabalho e racionalização dos meios
envolvidos passar a trabalhar numa frente
comum.
O Centro de Acolhimento João Paulo II
recebeu personalidade jurídica e canónica
em 2009 e em 2010 assumiu o estatuto de
IPSS.
O nosso leque de apoio é enorme e
inclui desde o apoio alimentar até tudo
o que é artigo de casa, desde mobiliário,
electrodoméstico, têxtil para quarto,
cozinha, etc.
Temos também apoios pecuniários, isto
é, ajuda no pagamento da renda de casa,
água, luz, gás, medicação, etc e apoio
escolar, como pagamento de propinas a
estudantes universitários carenciados.
Para além do trabalho de rua da nossa
equipa, há também a acção de gabinete,
nomeadamente com o despiste de situações
de alcoolismo, toxicodependência e
respectivo encaminhamento desses casos
para as instituições de saúde.
Temos casos muito bonitos de sem abrigo
que foram recuperados e que estão no
mercado de trabalho e a viver na sua casa.
Não nos limitamos a combater o sinal de
pobreza ou de exclusão social, vamos à
raiz do problema. Por isso é que o Centro,
para além de técnicos de Serviço Social, tem
os gabinetes de psicologia, jurídico e de
apoio à empregabilidade, justamente para
reabilitar o indivíduo.
A nossa tendência é sempre reabilitar, dar
autonomia para que outros em situação
igual possam entrar no sistema de apoio.
A questão da reintegração social do
indivíduo, nomeadamente com o
regresso à vida activa, é particularmente
importante. Aparecem-vos casos de
pessoas que não sabem, por exemplo,
como comportar-se numa entrevista,
como fazer um curriculum…?
Sim, nós também prestamos apoio
na preparação para a vida activa,
nomeadamente ajudamos na elaboração
do currículo, damos algumas dicas de
postura, de imagem, de conversação numa
entrevista.
Mas nunca retiramos ao indivíduo a
“Temos casos muito bonitos de sem
abrigo que foram recuperados e
que estão no mercado de trabalho
e a viver na sua casa.”
“Não nos limitamos a combater o
sinal de pobreza ou de exclusão
social, vamos à raiz do problema.”
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ENTREVISTA 11
intervenção directa na resolução do seu
próprio problema.
Muitos imigrantes, por exemplo, aparecem-
nos com contactos de instituições e pedem-
nos para dar uma palavra por eles, por
considerarem que é uma mais-valia vindo de
uma instituição idónea.
Dentro do que nos é possível procuramos
agilizar a integração no mercado de
trabalho, nomeadamente pela relação de
proximidade que temos com o Centro de
Emprego e através do contacto de empresas
que nos põe à disposição alguns postos de
trabalho.
Tem noção de quantas pessoas terão
sido apoiadas pelo Centro em 2011?
No ano passado a equipa de rua fez 1784
atendimentos na rua e 287 atendimentos
de acompanhamento nas áreas da saúde e
segurança social.
Apoiaram-se ainda 199 pessoas em situação
de sem abrigo ou de risco. Em termos de
atendimentos de serviço social foram 2150
atendimentos durante 2011, que é um
número já muito expressivo.
O Centro exige aos seus técnicos que sejam
técnicos de excelência, porque nós temos
que fazer jus à casa onde trabalhamos.
Temos que saber ouvir, saber compreender,
não fazer juízos de valor, estar ao lado dos
outros.
Claro que temos de ter uma acção
pedagógica e muitas vezes até disciplinar,
mas de qualquer forma tem que pontuar o
humanismo.
Há hoje mais pobres do que em 2005?
Há mais pobreza e pobreza diferente.
Aparecem muitas famílias da classe média,
que já viveram bem, mas porque um dos
elementos do casal perdeu o seu emprego
entram em ruptura. É a nova tipologia de
pobreza e não podemos ficar indiferentes.
Hoje para ser pobre não tem que aparecer
esfarrapado, desgrenhado, aparece-nos
gente bem apresentada.
É preciso ultrapassar esse preconceito, mas
há quem nos critique por achar que estamos
a ajudar quem não precisa.
Nota que há tendência por parte
de algumas pessoas para ficarem
acomodadas a esta dependência dos
donativos?
Claro que há sempre a tentativa de manter
os apoios recebidos, mas compete-nos
reavaliar as situações.
Todos os anos pedimos às nossas famílias
que nos apresentem a declaração de IRS
e aos que não declaram IRS pedimos os
documentos de despesa da água, luz, gás,
renda de casa e do vencimento.
É evidente que alguma franja pode fugir,
mas da nossa parte essa reavaliação é feita.
Nós temos que gerir com consciência
e transparência aquilo que nos é dado,
portanto, temos que fazer essas exigências.
Muita gente desconhece que esta foi
das primeiras paróquias a despertar
para o fenómeno da imigração. Que
tipo de apoios têm sido dados a essa
população?
Desde logo, temos a funcionar na Igreja
o projecto PAI (Projecto de Apoio ao
Imigrante), com salas de estudo para ensinar
português a quem vem de fora e tem um
desconhecimento total da língua.
Temos aqui uma dúzia de professores
que todas as noites, das 20h30 às 22h00,
asseguram este serviços que se mantém já
desde 1993, com benefícios também para
as pessoas que se voluntariam porque se
sentem bem, sentem-se úteis.
Temos casos de sucesso lindos. Um médico
que aprendeu aqui português para depois
fazer o exame de equiparação. Teve uma
prestação belíssima e foi imediatamente
aceite pela Ordem dos Médicos. Hoje exerce
Medicina na Madeira.
Um engenheiro que trabalhava como
pedreiro, aprendeu aqui português, fez
os exames e conseguiu equiparação. Hoje
trabalha como engenheiro civil.
Para além disto, desde 2008, que o Centro
de Acolhimento João Paulo II gere o Centro
Local de Apoio ao Imigrante. É um serviço
de grande relevância e impacto. Para além
das actividades de promoção à integração
do indivíduo, organizamos os processos de
retorno voluntário de todos os imigrantes
que, não pertencendo à União Europeia,
desejem retornar ao seu país. O Estado
português assume o pagamento das
deslocações. Todo o processo é organizado
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pelo Centro de Acolhimento e depois é
transferido para Lisboa.
Outro projecto de apoio da Igreja são
as Salas de Estudo para alunos do liceu
com dificuldades…
Sim, temos uma equipa de mais de 20
professores que todos os dias atendem
alunos. Ainda há dias, faltava um professor
de físico-química, anunciámos na Igreja e no
mesmo dia apareceram duas professoras a
oferecer-se.
A grande maioria são já reformados,
mas há outros que estão ainda no activo,
nomeadamente a Directora, que é
professora na Avelar Brotero.
Em tempo de crise e de austeridade,
numa época em que os portugueses em
geral parecem ter perdido a esperança
e não se vislumbra uma solução, qual é
para si o caminho?
As nossas Conferências Quaresmais deste
ano tentam responder a essa questão. O
título genérico é “Da crise à esperança”.
Começámos por uma avaliação da crise e
do seu impacto para a sociedade de hoje.
Neste âmbito, tivemos cá um sociólogo
conhecidíssimo – António Barreto, que
defendeu que a solução é criar confiança
para criar emprego.
Tecnicamente é correcto, mas para nós
cristãos há um outro factor importante. Nós
somos pelo baptismo corpo de Cristo e esta
comunhão de todos em Cristo obriga-nos a
uma preocupação com os outros muito mais
empenhada, à imitação de Jesus Cristo, com
o sacrifício de nós mesmos para podemos ir
mais longe na nossa ajuda aos outros.
É importante olhar o outro não como o
pobrezinho, não como o desgraçado, mas
como aquele que é o próprio corpo de
Cristo.
E a nossa classe política tem estado à
altura da sua missão?
Eu não sei nada de política, mas às vezes
dá a sensação que há políticos que querem
fazer o melhor para o seu grupo, o seu
partido ou para a sua clientela e não para o
bem público.
Quando eu vejo por aí, não só políticos
mas grupos, que já estão em situação de
privilégio e reivindicam insistentemente para
si, parece-me difícil pôr a economia nacional
em ordem.
E não é fácil haver governo, seja ele qual
for, que consiga pôr mão nesses direitos
adquiridos.
No âmbito das nossas Conferências
Quaresmais, o António Barreto foi muito
crítico em relação a esses direitos adquiridos.
Dizia ele que ninguém tem o direito a ir para
a Universidade. Ir para a Universidade é uma
conquista e é para quem o merece pelo seu
esforço.
O mesmo se passa com a liberalização
do trabalho, aqueles que são os bons
trabalhadores não têm medo de ser
liberalizados, porque têm qualificação, têm
serviço prestado.
Portanto, aquilo que alguns grupos andam
aí a reivindicar é o direito ao ordenado a
quem nunca quis trabalhar. E faz de conta
durante os primeiros meses que é bom
trabalhador e depois, quando já tem os tais
direitos adquiridos, já não quer trabalhar.
E a Igreja, qual é o maior desafio que se
coloca à Igreja, nestes tempos?
Fazer compreender esta fraternidade
humana, que não somos uns privilegiados
e outros cidadãos de segunda. Somos todos
filhos de um Pai que está no céu e que trata
todos por igual. O grande desafio da Igreja é
fazer entender isto: Como é que um cristão
entende a ligação com Deus que é Pai e a
sua relação com um desgraçado que está
desvalido e que é outro filho de Deus.
* No que se refere à acção do Centro de
Acolhimento João Paulo II, o Padre João
Castelhano respondeu conjuntamente
com Armando Garcia, coordenador do
Centro
“Há mais pobreza e pobreza
diferente. Aparecem-nos muitas
famílias da classe média, que já
viveram bem”
“Fazer compreender esta
fraternidade humana, que não
somos uns privilegiados e outros
cidadãos de segunda é o maior
desafio da Igreja”marta_riotorto@matobra.pt
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ENTREVISTA 13
Armando Garcia, Coordenador do Centro de Acolhimento João
Paulo II e Padre João Castelhano
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14 ENTREVISTA
De perfil….
Uma referência? Bento XVI.
A música que não se cansa de ouvir? Prefiro música clássica.
O filme que o marcou? “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson. É impressionante, embora não concorde inteiramente com a versão dele.
Um livro? “Pai nosso que estais na Terra”, de José Tolentino Mendonça.
Um objecto de que não se separa? O meu terço.
Quando tem tempo gosta de…? Ler.
O prato a que não resiste? Bacalhau cozido com couves, mas não sou grande garfo.
Uma bebida? Vinho tinto da Bairrada.
Destino de férias? Mira porque é a minha terra, mas gosto muito de viajar. Conheço a Europa quase toda, já fui à China, ao Brasil, Machu Picchu, etc.
Uma viagem que o tenha marcado? Vietname, pela grande devoção à Nossa Senhora de Fátima.
Uma qualidade de que se orgulhe e um defeito que não possa negar? Gosto de andar sempre bem disposto, o que vejo como qualidade. Como defeito, sou muito caturra.
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COM ASSINATURA MATOBRA 17
Com um pé na areia
Uma casa de praia para passar os fins-de-semana era um sonho
antigo desta família.
Daí que a equipa de decoração da Matobra tenha assumido este
pressuposto na concepção do projecto. A inspiração na praia
era mesmo para assumir, criando um ambiente que permitisse
marcar a diferença face à residência habitual da família.
Pretendia-se uma solução para todo o espaço: um apartamento
com dois quartos e duas casas de banho, para habitar por um
casal com dois filhos.
Desde logo, uma das grandes mais-valias do apartamento é a
vista directa sobre a praia e a excelente exposição solar, que
permite usufruir de iluminação natural ao máximo.
Tratando-se de uma decoração pensada de raiz houve a
preocupação de potenciar este elemento, pelo que os cortinados
são brancos, num tecido translúcido e marcam com uma
presença discreta. Desta forma, a decoração torna-se mais leve e
não se perdem as vantagens do contacto com o exterior.
A casa torna-se uma extensão da praia que se vê através das
janelas e assumem-se os tons água, branco e bege.
marta_riotorto@matobra.pt
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18 COM ASSINATURA MATOBRA
A sala
Trata-se de uma divisão com cerca de 25m2, pelo que o mobiliário deve ser confortável e funcional, mas pensado para não sobrecarregar a área disponível.Foram criados dois ambientes: uma zona de estar e não havendo mesa na cozinha, outra para refeições.Um sofá de dois lugares e uma poltrona completam a zona de estar, apoiada por um móvel TV, onde está prevista arrumação extra.Destaque para a opção pelos móveis lacados de branco e com linhas estilizadas, que tornou a sala significativamente mais leve.A mesa escolhida tem capacidade para oito pessoas e é apoiada por um aparador que permite arrumação no interior e serve de apoio para travessas e bebidas que possam não caber na mesa.Esta opção, em detrimento da alternativa habitual do louceiro, permitiu evitar o impacto visual de um móvel mais alto, que tornaria a sala aparentemente mais
pequena.
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COM ASSINATURA MATOBRA 19
Os quartos
As dimensões dos quartos são relativamente pequenas, pelo que cada peça tem que ter a sua função justificada. A arrumação é garantida sobretudo pelos roupeiros e o apoio das mesas-de-cabeceira. Tal como nas restantes divisões da casa, os elementos decorativos são reservados sobretudo aos tecidos e ao papel de parede. Os acessórios são limitados ao máximo, para garantir que a casa se mantém de manutenção fácil e sem grande dispêndio de tempo.No quarto do casal, destaque para o papel de parede que introduz a decoração do resto da divisão.Para o quarto dos filhos, a paleta de cores, ainda que dialogante com o resto da casa, torna-se mais vibrante com a introdução do vermelho.Destaque para a cabeceira de cama: uma peça única que dá continuidade às duas camas e que foi lacada de modo a replicar o padrão do papel de parede.
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Casas de banho
| Revestimento Jewels Platina, da Cliper| Pavimento Argia Antracite, da Cliper| Coluna de duche Silk, da Sanitana| Misturadora de lavatório Silk, da Sanitana| Acessórios WC da Emacor| Sanita suspensa Nexo, da Sanitana| Conjunto móvel wengué, lavatório e espelho Ibiza, da G+| Base de duche Júlia, da Sanitana
| Cabine frontal Áxis, da Roca
| Revestimento Parede Lavatório Jewels Jade, da Cliper | Revestimento parede sanitários e pavimento Argia Antracite, da Cliper | Restante revestimento Argia Cinza Claro, da Cliper | Móvel e espelho Virtus, da Italbox | Lavatório Sweet, da Sanitana | Sanita suspensa Nexo, da Sanitana | Misturadoras Silk, da Sanitana | Base Spazio, da Sanitana | Toalheiro eléctrico steel em inox escovado, da Foursteel | Cabine Step, da Sanitana
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Cozinha
Como a cozinha comunica directamente
com a sala, onde já existe mesa, todo
o espaço disponível foi reservado para
arrumação e confecção das refeições.
| Móveis Brake Chocolate/Café, da Inata | Tampos e laterais em branco City, da Silestone | Forno, micro-ondas e combinado, da AEG | Placa, exaustor, máquina de louça e máquina de roupa Bosch | Misturadora Zedra, da Grohe | Lava-louça encastre inferior Supra, da Frasa | Pavimento, da Cliper
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22 COM ASSINATURA MATOBRA
Branco e depurado
Mais um caso de remodelação total.
Os proprietários da casa pretendiam renovar a casa de banho, dando-
lhe um aspecto mais actual e consentâneo com o seu gosto.
Em termos de funcionalidade, a única alteração possível era abdicar do
bidé, mas como não pretendiam mexer na canalização, a localização
dos sanitários não poderia ser alterada.
Para este projecto, a equipa de decoração da Matobra, focalizou-
se então na escolha de três elementos base: base de duche, móvel
lavatório e sanita.
Um murete em gesso cartonado (pladur) até 1,15 permitiu ocultar
ligações às canalizações existentes e desta forma, optar por um modelo
de sanita suspenso, mais adaptado a espaços pequenos. Esta solução
permitiu ainda passar a dispor de uma prateleira que, para além da
funcionalidade, cria um efeito decorativo.
Apostou-se nos tons claros, que permitiram criar uma sensação de maior
fluidez ao utilizador que sente o espaço como agradável e confortável,
sem se sentir demasiado restringido, apesar da área reduzida da divisão.
De notar a pastilha colocada na parede principal. Ao contrário do branco
absoluto, que se torna demasiado asséptico, a escolha do Madrepérola
da Ketch cria um efeito visual mais rico, com efeitos de luz.
O resultado final é um espaço funcional, clean, mas ao mesmo tempo
quente e acolhedor.
Recrie este estilo:
| Pastilha Vante Madrepérola, da Ketch
| Restante revestimento e pavimento Light Flint Marfim, da
Revigres
| Móvel e espelho Perfectus Branco/Nogueira, da Italbox
| Sanita Nautilus Suspensa, da Valadares
| Lavatório City, da Sanitana
| Base de duche rectangular, da Emacor
| Misturadoras Lusitano, da Bruma
| Sistemas de suspensão com placa Slim, da OLI
| Resguardo vidro Maria, da Italbox
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Ao centímetro…
A dimensão reduzida desta casa de banho tornou-se um desafio maior,
já que a utilizadora não queria abdicar da banheira e pretendia incluir
um bidé e um móvel com capacidade para arrumação.
Uma vez que a casa seria habitada durante a obra, a remodelação
deveria ser feita evitando arrancar o pavimento e revestimento de
paredes existentes e sem alterações de canalização, minimizando o
incómodo e a duração da intervenção.
Partindo destes pressupostos, para pavimento e revestimento
seleccionou-se um material de espessura reduzida - Kerlite, da Margres
– que, com apenas 3,5mm, permite a aplicação directa sobre o material
existente, evitando acertos da porta e ombreira.
Para aumentar o interesse visual, a parede principal foi revestida a
pastilha - Mix Bronze, da Ketch - e para criar um efeito ilusório de
maior largura, as paredes laterais, acima de 1,15m, foram forradas a
espelho.
Para os sanitários optou-se por uma versão suspensa - Pop, da Sanitana.
Para o móvel qualquer escolha standard seria uma má opção face ao
espaço disponível. A solução encontrada foi desenhada à medida,
permitindo aproveitar ao centímetro a arrumação disponível. O
resultado acaba por ser surpreendente, com uma zona de arrumação
bastante mais ampla do que seria de esperar, com 1,56m de
comprimento e uma profundidade de 35cm.
Recrie este estilo:
| Pastilha parede banheira: Vante Mix Bronze, da Ketch
| Restante revestimento e pavimento Kerlite Buxy
Amande, da Margres
| Louça Pop Suspensa, da Sanitana
| Banheira Nexo, da Sanitana
| Movel desenhado à medida lacado branco da Italbox
| Lavatório Hall da Roca
| Misturadoras Lusitano, da Bruma
| Sistemas de Suspensão com placa Slim, da OLI
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24 COM ASSINATURA MATOBRA
MATOBRA ASSINA DECORAÇÃO DE MONTRAS CARLO VISCONTTI
A Matobra iniciou uma parceria com a marca de vestuário Carlo Viscontti, assegurando
a decoração das montras da loja de Coimbra, situada no piso 1, do Centro Comercial
Dolce Vita.
Recorda-se que, ao longo dos seus 45 anos de actividade, a Matobra tem estado
direccionada para os materiais de acabamento e decoração em ambientes de banho
e cozinha mas, desde há 9 anos, que a empresa conta também com um sector de
decoração, vocacionado para as restantes divisões da casa.
A experiência acumulada no desenvolvimento de projectos de decoração é agora
aplicada num novo contexto, permitindo aos clientes da Carlo Viscontti e do Centro
Comercial Dolce Vita em geral, conhecer algumas das peças de mobiliário e acessórios
que aqui poderá encontrar.
Recordamos que a Matobra está aberta durante a semana entre as 9h30 e as 19h00 e
aos sábados entre as 10h00 e as 19h00, com interrupção para almoço entre as 13h00
e as 14h00.
marta_riotorto@matobra.pt
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26 IDEIAS E SOLUÇÕES
Correio do leitor
ORGANIZAR A SALA
Comprei recentemente um apartamento e estou
com algumas dificuldades em organizar a sala.
Como é a minha segunda casa, tenho mobiliário
ainda em bom estado que gostaria de manter,
nomeadamente: dois sofás de dois lugares, um
aparador de 1,60m em wengué e um móvel TV.
O que me sugerem?
Teresa Paula, Coimbra
Cara leitora,
Parabéns pela sua nova casa.
A sala tem uma boa área e muita luz o que são excelentes
pontos de partida para a criação deste ambiente.
Pela própria configuração, esta divisão define claramente
duas áreas, que podem ser transformadas em zona de
estar e de refeições.
Sugerimos que potencie este conceito com um sistema
de divisória que marque a diferença entre os dois espaços,
sem os fechar demasiado ou retirar luminosidade.
O sistema de ripas até ao tecto, lacado de branco e
com um espaçamento de 10 cm entre elas é uma boa
solução.
Partindo do mobiliário que já tem – linhas direitas e tons
de beje e castanho – para a zona de refeições sugerimos
uma mesa de vidro para oito pessoas.
Para não impedir a circulação, nem saturar o espaço,
para além desta peça, deve ser colocado apenas o seu
aparador. Um espelho por cima ajuda a ampliar a zona e
a reflectir a luz da janela em frente.
Para a zona de estar, uma vez que a área o permite,
os sofás e o móvel TV podem ser complementados
com algumas peças extra que tornam o espaço mais
acolhedor.
Para não criar uma barreira visual excessiva, uma boa
solução são dois pufs baixos e uma mesa de centro
quadrada. No caso optámos por um modelo espelhado.
Para garantir alguma arrumação extra, por cima do
móvel TV foi colocada uma estante.
Por fim, um apontamento de papel de parede ajuda a
personalizar o ambiente.
Envie-nos as suas questões para marta_riotorto@matobra.pt
marta_riotorto@matobra.pt
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28 IDEIAS E SOLUÇÕES
Renove e instale uma casa de banho ou cozinha onde e como quiser
Se pretende otimizar a organização do espaço da sua casa através de uma
remodelação eficaz, fácil e económica a solução pode estar à sua disposição
pelas mãos da SFA. A filosofia da empresa francesa é a de permitir que
qualquer pessoa instale facilmente uma casa de banho ou cozinha em
qualquer local e sem grandes obras. É um conceito do “onde quero e
como quero”, seja uma cozinha, lavandaria ou espaço comercial, graças
a uma gama de bombas de evacuação de fácil instalação em qualquer
local. As casas de banho têm uma montagem que dispensa grandes obras
e a gama de trituradores instala-se facilmente em qualquer local, com
vantagens também quando se pretende a incorporação de aparelhos de ar
condicionado numa divisão.
SFA Sanitrit embora tenha uma nova concepção e novos desempenhos,
permite que as ligações existentes não sofram alterações, de modo a
facilitar a substituição de um unidade antiga.
Uma nova abordagem para ter em conta e que abre novas possibilidades ao
seu projeto de remodelação, ao esmo tempo que poupa tempo e dinheiro.
claudio_domingos@matobra.pt
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Pavigrés Cerâmicas, S.A. • Apartado 42 | EC Anadia • 3781-909 ANADIA - PORTUGAL • TEL: 00351 231 510 600 • FAX: 00351 231 504 143 • E-mail: comercial@pavigres.com
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30 IDEIAS E SOLUÇÕES
Candeeiros para todos os gostos
De entre as oportunidades únicas que podem enriquecer a decoração de interiores lá de
casa, a nossa escolha desta edição vai para os candeeiros. De formas originais, com linhas
para os mais exigentes e de um design só possível nas grandes marcas, deixe que a luz entre
no seu espaço a preços tão exclusivos e surpreendes, só possíveis no Mercado Popular. Seja
para o quarto, para a sala ou outra divisão não perca esta promoção. Se há preços sem
margem de manobra, outros há com margem de Matobra.
claudio_domingos@matobra.pt
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IDEIAS E SOLUÇÕES 31
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32 ENTREVISTA
A Força de Acreditar
Graça Batista ficou com o “menino
nas mãos” numa altura em
que viu desaparecer o homem
forte da casa e da empresa -
Construções Marvoense. Cedo
foi mãe, empresária e viúva mas
tem a vantagem da juventude
e do sexto sentido na gestão de
uma firma que já conta com vinte
anos. O sorriso fácil não esconde
o rigor e a disciplina que exige
dos outros, porque é assim que
ela os defende, com unhas e
dentes. De garras afiadas, tem
escrito um percurso sustentável
na vida da empresa, com uma
equipa que, não se cansa de o
dizer, é fantástica. As dificuldades
de ontem transformaram-se
nas possibilidades de hoje e a
força de acreditar permite-lhe
ter uma atitude positiva perante
os próximos tempos, assim
exista sinceridade, humildade e
transparência. Experimentar o
mercado brasileiro ainda é um
desejo, mas o futuro pode estar
mais próximo do que o esperado.
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ENTREVISTA 33
Em que momento nasce a Construções Marvoense?A empresa surge, em 1992, pela iniciativa conjunta do meu falecido marido e de mim própria. As minhas funções na empresa eram relacionadas com a logística e o aprovisionamento geral. A organização e gestão da empresa, os assuntos do pessoal e o equipamento, bem como as relações públicas eram funções do meu marido.
Teve algumas experiências profissionais anteriores?Em termos profissionais, a Marvoense foi a minha primeira experiência. Tive sempre vontade de crescer e vencer, não temendo quaisquer obstáculos, até cheguei a tirar a carta de pesados e acompanhar o pessoal na deslocação às obras, juntamente com a entrega do material, o que causava admiração a toda a gente. Uma mulher a lidar com um veículo pesado de mercadorias era motivo de admiração, hoje é já uma situação corrente e é uma prova que as mulheres adaptam-se a tudo.
Lembra-se daquilo que queria ser na infância?Quando somos mais jovens temos perspectivas diferentes do mundo do trabalho, todavia, lembro-me de ter o desejo de vir a ser uma bailarina e, noutra área, imaginava que podia ser executiva numa multinacional.
Quem lhe transmitiu os ensinamentos adequados para que hoje seja quem é?Hoje sinto que devo bastante ao meu falecido marido, pela capacidade de liderança que ele incutia nas pessoas que o rodeavam, o que acabou por contribuir para que eu também conseguisse interiorizar algumas noções de gestão. Para além dos valores e princípios que os meus pais me passaram e que se tornam cada vez mais presentes com o passar dos anos.
O que a motiva mais no setor da construção?A nossa missão é a de trabalhar e de contribuir para que os outros também possam ter o seu trabalho. Esse sentimento de entreajuda e de contributo é, na verdade, o elemento mais importante que um empresário pode desempenhar. A capacidade e o nível de profissionalismo da nossa equipa fazem-me sentir ainda mais a obrigação de dedicar o tempo a uma causa em comum. Depois, sentimos orgulho na confiança que transmitimos aos nossos clientes, só possível com um
nível de competência, manifestada pela sua satisfação. Foi essa força que permitiu que superássemos uma fase complicada, há dois anos atrás, com o desaparecimento do meu marido e que foi bastante difícil. Apesar de ser sócia fundadora, devo confessar que em muitas funções que exerço actualmente fui obrigada a começar do zero, porque desconhecia grande parte dos aspectos formais necessários na gestão de uma empresa, ainda para mais sendo mulher, mãe e viúva.
O que lhe tem proporcionado a ligação ao mundo da construção civil?Sinto-me bastante valorizada, tanto em termos pessoais como profissionais. A certa altura era, simultaneamente, mãe e pai e tinha que gerir a empresa. Não foi fácil equilibrar o tempo para que essas situações se mantivessem na normalidade. Todavia, é nos momentos mais difíceis que aprendemos as grandes lições, daí que tenha saído mais forte e hoje sinto um enorme prazer e motivação a fazer o que faço, com uma equipa fantástica e rodeada de clientes e fornecedores que nos respeitam e que admiram o nosso percurso.
É inevitável falarmos de uma crise económica sem precedentes. Qual a forma como a empresa encara esta realidade e se vê algumas perspetivas de crescimento?Sou uma mulher de fé porque acredito que conseguimos trabalhar mais e melhor em prol do país e não por estar à espera que as coisas surjam do céu. Os nossos trabalhadores são de grande valia em qualquer país do mundo, a questão é que se comportam de forma diferente quando trabalham no estrangeiro. Se temos pessoas com provas dadas no exterior, que gerem as melhores companhias e multinacionais, se temos talento, capacidade de adaptação e singramos, é porque o nosso trabalho é reconhecido. Agora temos de nos comportar de igual forma no nosso país e também reconhecermos o que de bom se faz. Essa é uma mudança que tem de acontecer. No nosso país temos de fazer mais e melhor do que fazemos actualmente e não temos de ter vergonha de mostrar ao mundo aquilo que de bom aqui fazemos. O exemplo tem de partir de nós.
Do que tem mais medo nesta recessão económica e social?Em termos práticos, tenho medo dos atrasos de pagamentos por parte dos clientes e da dificuldade das empresas na obtenção
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34 ENTREVISTA
de crédito. Isto traz falta de liquidez ao mercado, o que acaba por afectar as empresas e o mercado, no seu global. Continuamos ativos no mercado, com varias obras na região de Aveiro, Coimbra, Figueira da Foz e agora estamos presentes em Pombal e em Soure, onde os nossos clientes têm demonstrado a sua satisfação pela nossa forma de trabalhar, pelo que a notoriedade da empresa tem vindo a aumentar. É isto que nos faz acreditar em dias melhores.
Acredita que esta conjuntura vai acabar por filtrar as empresas excedentes que, ao longo dos anos, se aproveitaram de um mercado algo enganador?Já estamos a assistir a uma limpeza em relação a muitas empresas. O ritmo de construção dos últimos anos permitiu que se estabelecessem para se servirem do próprio mercado, através de vários interesses e posições estratégicas, esquecendo-se, no entanto, de apostar na formação, na tecnologia e na inovação. Nesta fase, muitas delas vão desaparecer, mas não corro o risco de generalizar, porque existem outras que podem não aguentar porque não encontraram caminhos que possibilitassem a sua mais valia e experiência. Sente que as pequenas e médias empresas de construção civil deveriam ser mais ouvidas por parte dos nossos políticos? O que gostaria de lhes dizer?Pode ser uma ideia comum, mas continua a existir demasiada burocracia no setor da construção civil, o que acaba por prejudicar a vida de muitas famílias e de grande parte das empresas porque não conseguem ser mais competitivas.
Como tem analisado o comportamento do mercado de construção civil nesta região?Temos uma localização de grande valia, já que nos situamos numa região que tem um potencial enorme. A Câmara Municipal de Anadia e a Câmara Municipal da Mealhada são bons exemplos de uma boa gestão por parte do poder local porque são rigorosos nos seus prazos de pagamentos, o que se traduz numa vantagem nos tempos atuais, embora tenha um lado perverso, porque vêm para a região empresas que concorrem com preços que asfixiam o mercado e são as pequenas e médias empresas locais que acabam por pagar a factura dessa loucura.
O que mudou, em termos de atitude, na forma de trabalhar de um profissional
de construção civil?O nível de exigência dos clientes aumentou significativamente, dado o volume de informação alcançado. Sinto especial orgulho em ver que muitas empresas nos procuram porque reconhecem a nossa credibilidade e competência porque soubemos, ao longo do tempo, dar resposta às expetativas e exigências das pessoas.
O que não pode faltar a uma empresa que se quer manter no mercado numa realidade tão rigorosa como a actual?Penso que o comportamento de uma empresa deve andar sempre a par com as características humanas que nos fazem aprender a crescer, daí que valores como a sinceridade, humildade e transparência tenham de fazer parte da essência de uma estrutura que quer construir um bom nome. Para lá das qualidades técnicas, do rigor e da disciplina que devem servir como suportes ao crescimento da empresa.
De que forma se vê a aposta na qualidade por parte das Construções Marvoense?Existe essa preocupação até na sede da própria empresa porque pode ser o espelho das nossas obras. O cuidado dos materiais, o pormenor nos acabamentos e a qualidade nas estruturas são factores dos quais a Marvoense não abdica, também possíveis graças a uma equipa de grande valor. Quer destacar alguma obra que tem a seu cargo, neste momento?Para lá de todas as que executamos e que foram mais valias para a empresa, posso destacar o Centro de Regeneração do Centro Urbano de Anadia e a Adega Jorge Rama, no Carqueijo.
Qual é a forma mais fidedigna de um casal se aperceber da qualidade de uma vivenda ou apartamento?A finalização de uma obra traduz-se nos seus acabamentos e é neles que os clientes mais reparam. As questões de pormenor e de estilo, juntamente com a informação disponível facilmente podem comprovar a qualidade do construtor. Muitas empresas de construção civil encaram o mercado da reconstrução como um balão de oxigénio para o setor, é também essa a sua visão?As empresas têm de se adaptar às possibilidades do mercado e a reconstrução pode ser uma alavanca importante para o setor. Pelas experiências anteriores,
prefiro a construção nova mas a aposta no mercado de reconstrução já deveria ter sido feita. É só observarmos os nossos centros das cidades e muitos edifícios de grande valor arquitectónico, que esperam desesperadamente por obras de remodelação. Penso que os apartamentos também vão começar a ser substituídos pelas moradias e vivendas para não atrofiar ainda mais o stock de casas existentes.
Como imagina que o mercado se vai comportar no curto/médio prazo?Tenho esperança que, a partir do mês de Outubro, a situação possa melhorar e acredito que o ano de 2013 vai ser mais vantajoso do que o atual. Existe a perspectiva familiar de dar a continuidade à empresa?Não nego que quero que os meus filhos continuem a fazer parte da história da empresa e que lhe dêem continuidade. O meu filho mais velho está a estudar engenharia civil e podemos assistir a esse casamento, no futuro. Penso que a mais nova tem tendência para a área das ciências mas tem ainda muito tempo para decidir.
Ao longo deste tempo, que objetivo (s) alcançou que tenha orgulho?O facto de empresa continuar sólida e dinâmica no mercado, ainda para mais num contexto económico de muitas dificuldades.
E um objetivo que queira alcançar?Fazer as pessoas felizes e não nego que gostaria de apostar noutros mercados, embora essa questão não se coloque neste momento, mas gosto de ter sempre novas perspectivas, por exemplo o mercado brasileiro fascina-me.
Porque é que gosta do que faz?O facto de exercer esta atividade permite-me estar presente na vida de várias pessoas. A responsabilidade social da empresa, foi uma constante ao longo dos seus anos de existência, pelo que o apoio a associações de caráter social, ambiental e desportivo foram sempre preocupações da empresa e dos sócios e sempre tentámos dar esse exemplo, até porque estou presente em funções de responsabilidade em varias coletividades de cariz social. É este jogo de dar e receber que torna tudo tão especial.
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ENTREVISTA 35
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36 ENTREVISTA
Breves
Personalidade (s) que a tenha marcado?A minha avó materna.
Um filme?Mamma Mia.
A sua melhor viagem?Brasil.
A sua ementa predilecta?Arroz de molho pardo.
Uma voz que não se cansa de ouvir?ABBA.
Um livro / um autor?Filhos brilhantes, Alunos fascinantes, de
Augusto Cury.
Uma noticia para ouvir?Melhores condições e possibilidades de
vida.
O sucesso é…A luta constante contra as adversidades.
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38 ESTILUS
Tapetes Antik Patchwork
Do velho faz-se novo. Recriar peças
antigas, atribuindo-lhes uma aparência
e uso renovados é, definitivamente, uma
tendência na decoração.
Nesta proposta, sugerimos as tapeçarias
Antik Patchwork, carpetes produzidas a
partir de antigos tapetes manuais, na sua
maioria com mais de 50 anos.
Criteriosamente seleccionadas de acordo
com os seus desenhos, cores e textura,
estas carpetes são cortadas e reunidas
num patchwork que lhes confere uma
personalidade única. No acabamento são
forradas e cosidas manualmente, usando lãs
vintage e de fiação manual.
Com origem Turca, uma cultura reconhecida
pela tradição em tapeçaria, cada tapete
é uma certeza de exclusividade, já que
a produção manual torna cada peça
irrepetível.
A descobrir na Matobra…
marta_riotorto@matobra.pt
Produção manual
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Lava, a imagem da sua casa
Pela Recer, surge Lava, como um produto porcelânico de alta
resistência que reproduz o basalto, traduzindo o equilíbrio
perfeito entre natureza e tecnologia. Pela perceção dos nossos
sentidos, é um conceito próximo da pedra natural, que apresenta
elevados níveis de resistência ao choque e desgaste. Diga-se que
Lava é produzido sem recurso à extracção do basalto natural,
para que a paisagem seja protegida e, em absoluto respeito pela
natureza, preservando-se assim o património natural, um dos
nossos tesouros.
Lava permite a aplicação na arquitetura tradicional, redefinida na
perspetiva de sustentabilidade e na arquitetura contemporânea,
tornando-se versátil e inspirada na Natureza. Num ambiente
natural, um desafio inovador.
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42 ESTILUS
Banho elástico aos seus pés
Uma nova perspetiva que enriquece o
mundo do banho, pelas mãos da Fiora.
Elax é a primeira base de duche flexível e
elástica adptável a qualquer espaço dentro
da casa de banho. Com um simples corte,
Elax garante conforto, segurança e eficácia
a um espaço de duche que pode ser
limitado. É uma espécie de tapete elástico
que absorve impactos e que garante total
aderência ao chão. A sua instalação é de
fácil aplicabilidade e vem acompanhada por
um DVD explicativo para que não existam
falhas. Um conceito desenvolvido pela
equipa da Fiora que demonstrou enormes
vantagens em comparação com outras
bases de duche convencionais.
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44 ESTILUS
O AEG da Culinária
As placas de indução AEG utilizam
a tecnologia mais recente para
levar o controlo de calor a um nível
completamente novo de sofisticação. O
prazer da culinária com total controlo,
rapidez e segurança.
A MaxiSense® detecta a forma e o
tamanho da panela e cria um foco que se
adapta com precisão. Graças ao interface
MaxiSight a confecção passa a ser em
toda a superfície, já não está delimitada
por zonas de dimensão diferentes.
Já a placa profissional MaxiGrill® permite
desfrutar da precisão e do controlo
da placa MaxiSense® quando grelhar
alimentos, porque distribui e retém o
calor uniformemente para resultados
perfeitos. E a FusionWok® é um conjunto
único que inclui um Wok e um suporte
para um aquecimento rápido e focado
quando cozinhar na MaxiSense®.
Para lá das suas escolhas, tem a garantia
que esta tecnologia contém um display
TFT integrado, onde o inovador interface
lhe permite visualizar toda a informação
necessária, incluindo temperatura,
progresso do aquecimento e estado de
cada zona de indução. Pode não ter
jeito para cozinhar, mas é certo que está
garantido o controlo perfeito da sua
receita. Provar para querer ter.
claudio_domingos@matobra.pt
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ENTREVISTA 47
Reinventar soluções
Jorge Vieira é, aos 49 anos, o primeiro responsavel da Roca em Portugal. Fez um percurso
dentro da empresa que lhe permite uma visão sustentatada sobres as necessidades e
possibilidades do mercado português e global. Tem formação religiosa que contribui para
encarar as suas reponsabilidades com o rigor e a disciplina que fazem parte dos escolhidos.
Tem formação em Engenharia Electrónica e em Marketing mas é um cidadão com sede
de uma aprendizagem constante. Devorador de livros e atento às artes é um homem
muito idenficado com organização e capacidade de observar a realidade à lupa e retirar
os valores necessários para ultrapassar esta crise. A filosofia da Roca é a de encontrar
soluções mas o desejo do seu Diretor Geral é o de reinventar possibilidades de mercado e
de trabalho para que o grupo se orgulhe da sua filial, em Portugal.
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48 ENTREVISTA
Ao olhar para trás, a infância parece
distante ou ainda é muito presente?
Recordo uma época num país bastante mais
pobre e com outro tipo de dificuldades na
vida das pessoas, mas podem se traduzir em
bons ensinamentos e em gratas memorias
para a realidade que vivemos hoje, já que
a sociedade esta a passar por momentos
mais difíceis, ainda que me assuste o facto
de ver situações semelhantes às daquela
época. Naturalmente que eram tempos em
que se comunicava pouco, em que era difícil
chegar-se a distancias relativamente curtas e
não existe comparação com a abertura e o
conhecimento disponível atual.
Quais as qualidades que os outros lhe
destacavam?
Não posso falar pelos outros, mas guardo
na memoria o facto de me verem como um
menino bem comportado, organizado, o que
também tem a ver um pouco com a cultura
familiar e escolar que tive, já que frequentei
uma escola primaria de cariz religioso e
uma boa parte do ciclo preparatório e liceu
num colégio ligado a uma ordem religiosa,
em Fátima. Era um ambiente bastante mais
disciplinado e com um tipo de rigor que hoje
é difícil de comparar, mas foram questões
que acabaram por influenciar o nosso
sentido de responsabilidade enquanto
crianças.
Gostava da escola, era um bom aluno?
Sempre gostei da escola, pela vontade
constante de aprender. No período pós-
revolução, entrei na escola publica num
ambiente totalmente diferente ao que
estava habituado mas em que o sentido de
responsabilidade dos alunos era bastante
aceitável, porque as pessoas comportavam-
se de forma correta, daí que a mudança não
foi assim tão grande.
O que o motivou mais para seguir
engenharia?
A área de projecto, de criação de qualquer
coisa é sempre muito aliciante, mas a grande
verdade e, por ironia do destino, é que eu
nunca trabalhei na área que me formei.
Fiz alguns projetos na área da eletricidade,
das comunicações, mas nunca consegui
fazer disso uma forma de subsistência.
Surgiram-me oportunidades na área da
engenharia mas não para o projecto,
daí que trabalhei em informática e
telecomunicações, como responsável de
hardware numa empresa de Lisboa, que
tinha uma filial na Marinha Grande. A partir
daí surgiu outra oportunidade também na
Marinha Grande, na área dos moldes. Até
que me cansei e resolvi mudar de vida e
acabei por incorporar a área comercial da
Roca, no departamento de Aquecimento
Central e Ar Condicionado.
Como se processou essa inclusão na
Roca?
Entrei como Delegado de Vendas no
Departamento de Aquecimento, que já
não existe. Depois, em 1996, convidaram-
me para assumir a chefia de vendas do
Departamento de Aquecimento, posição
que mantive durante cerca de um ano e
meio, após o que me foi proposto passar a
Director Comercial na área do Aquecimento
e dos Sanitários. Foi um desafio já que era
um setor que não conhecia bem. Foi uma
época em que o mercado português de
sanitários estava em grande expansão,
não conseguíamos ter capacidade de
fornecimento para todos os pedidos que
entravam. Exerci essas funções até 2006,
altura em que me deram a oportunidade
de ir chefiar a filial da Roca Argentina, uma
unidade industrial num país distante e num
mercado francamente mais difícil e muito
diferente.
Sente mais responsabilidade na função
de Diretor Geral?
A área das vendas tem um cariz imediato,
enquanto que na direcção geral estamos
a falar de uma função que afeta dezenas
ou centenas de trabalhadores e, na
nossa consciência, pesa esse sentido
de responsabilidade para criarmos
condições para que os postos de trabalho
se mantenham. Isso está sempre muito
presente, ainda para mais na conjuntura
que vivemos hoje.
No momento atual, que características
devem fazer parte de um diretor geral?
Não sei se haverá um livro de receitas
para épocas como as de hoje, a titulo de
exemplo, quando fui para a Argentina e
perguntava às pessoas sobre os seus planos
de negocio, reparei que elas não os faziam
a prazo, então eu entendi que o longo
prazo delas era amanhã. E isso é uma das
características desta crise, em que é difícil
fazer planeamentos porque a realidade
muda a uma velocidade espantosa. Por
exemplo, foram aplicadas as novas taxas
de IRS, em Fevereiro, e já estamos a notar
um comportamento ainda mais rígido por
parte das pessoas, porque sentiram a falta
daquele dinheiro. Temos de saber lidar com
estes momentos que exigem flexibilidade
e polivalência na forma como vemos,
pensamos e fazemos as coisas.
O que tem a Roca construído no mercado
mundial?
A Roca tem raízes localizadas, em
Barcelona, desde 1917 ate à década de 70.
A partir dessa altura começa a expandir-
se, primeiro no mercado europeu e depois
para outros horizontes, como a América
Central, a América do Sul, Oriente e Africa.
A Roca conseguiu diferenciar-se por se ter
constituído como uma empresa que oferece
um conjunto de soluções para o espaço de
banho que, numa época, definimos como
“tudo para casas de banho” e, hoje, como
“soluções de banho”.
Como define um Grupo Multinacional
como a Roca?
Somos um grupo com raízes familiares e isso
pode-se apresentar como uma dificuldade
em relação a outros grupos multinacionais,
já que não somos cotados em bolsa e isso
faz com que as formas com que falamos
e trabalhamos sejam completamente
diferentes. Mas somos um grupo, acima de
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ENTREVISTA 49
tudo, que mantêm uma linha relativamente tradicional e que assenta em
valores fortes no que respeita ao posicionamento do grupo como marca.
Portugal tem características de mercado europeu ou sul-
americano?...
Fazemos parte dos países do sul da Europa, que é totalmente diferente
dos outros mercados europeus. Portugal, Espanha e Itália têm uma
forma de funcionamento similar, mesmo em termos de padrão e
de gostos. Quando passamos dos Pirinéus para diante, países como
França, Alemanha e Bélgica apresentam características de mercados
completamente diferentes, em que até o paradigma do design é único.
Enquanto os mediterrâneos aceitam bem o produto de fora, os alemães,
por exemplo, colocam grandes reservas aos produtos dos outros, têm de
ser mesmo de enorme qualidade.
Concorda que o mercado europeu é o mais inconstante?
O facto de Portugal e Espanha terem tido épocas de especulação
imobiliária bastante fortes pode levar a termos noção dessa inconstância
porque, relativamente a países como a Alemanha, Suiça e França em que
o setor da remodelação predomina sobre a obra nova.
Quais as marcas que a Roca comercializa e o que as define?
Comercializamos a marca Roca, que é a marca mais representativa, que
tem mais historia e que representa um segmento de mercado entre o
económico e o luxo. Depois temos a marca Zoom, que é a segunda em
termos de importância de negócio e que representa o segmento de
mercado mais popular e económico. Para fiinalizar, produzimos a marca
Laufen, que se apresenta como a cereja no topo do bolo, que assenta
no segmento de mercado premium, até pela sua origem suíça e que, em
termos de volume de negócio é a que representa menos.
A Roca é responsável pela revolução no mundo das casas de
banho. Porque é que acha que isso aconteceu?
Diria que pela visão dos fundadores e daqueles que lhes foram seguindo,
a Roca terá sido uma das primeiras fabricas a inscrever nas suas peças
sanitárias o seu logótipo e isso pode ter ajudado a construir parte dessa
imagem, na gestão à época. E depois de terem caminhado no sentido da
revolução e solução nas casas de banho, por ir adicionando e vestindo
um compartimento da casa que ate estava fora do seu interior. Não é por
acaso que numa habitação, as únicas divisões que estão decoradas são a
casa de banho e a cozinha.
Já se inventou tudo na área do banho ou podemos contar com
mais novidades?
Eu acho que está tudo por inventar, se olharmos para outros setores
e vermos as inovações que vão existindo, creio que existe espaço
para muita criatividade. No caso dos espaços de banho, não estamos
a falar de um mercado de grande consumo, pela sua dificuldade de
circuito e de mudança, mas seguramente que vamos assistir a soluções
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inovadoras, algumas delas já foram apresentadas em concursos que a
Roca desenvolveu em termos de design em espaços de banho e são ideias
que podem ser comercializadas se os próprios materiais se adequarem
a essas situações. Recordo uma proposta de um grupo de decoradores
portugueses em que a própria casa de banho não se via mas aproximando
do espaço e carregando nos botões certos, o compartimento surgia do
nada através dos materiais inteligentes que se deformavam e construíam
um habitáculo fechado.
A crise pode ser uma fatalidade e uma oportunidade. Como é que
a Roca se comporta numa realidade tão inconstante?
As crises são o que são, sempre existiram e olhar para elas como uma
fatalidade não é seguramente a solução, temos de saber resistir e de ver
que, nestes momentos, existe a oportunidade de fazer algo diferente.
Porque quando falamos em crises estamos a falar de épocas com baixos
recursos disponíveis e isso acaba por ser uma forma de as empresas se
reinventarem para poder dar corpo a uma sobrevivência sustentável
para o futuro que se avizinha. Talvez a Roca, em Portugal, nunca tenha
passado por uma fase destas, mas a Roca enquanto grupo com cem anos
de historia já passou por uma Guerra Civil de Espanha, por uma Segunda
Guerra Mundial, pela Crise do Petróleo na década de setenta, e tem
sabido reinventar-se e sair mais forte desses momentos de dificuldade.
Qual é o papel que a Roca vai continuar a desempenhar no mundo?
Acima de tudo, querer continuar a desempenhar o papel de líder mundial
no fornecimento de soluções para casas de banho, continuando a ter
preocupações fortes a nível de sustentabilidade e design, oferecendo
cada vez mais e melhor produto com funcionamento económico e
procurando soluções inovadoras, oferecendo aos utilizadores produtos
que os satisfaçam.
E o que gostaria ainda de alcançar como responsável do grupo?
Passar os próximos dois ou três anos e conseguirmos criar mecanismos
para chegarmos ao final com uma boa condição e que isso seja motivo
de orgulho para o próprio grupo sobre esta empresa.
claudio_domingos@matobra.pt
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ENTREVISTA 51
Breves
Uma canção“All we need is love”, dos
Beatles
Um filme“O pai foi em viagem de
negócios”, do Emir Kusturica
Um livroDevoro romances históricos e
thrillers
Um vinhoUm bom vinho do Douro
Uma ementaPeixe grelhado, salada e um
doce conventual
Uma viagemAquela que falta fazer, uma
volta ao mundo
Uma teimosiaIndividualista
O que é o sucesso?É o sucesso dos que estão à
nossa volta
E o fracasso?É deixar os outros infelizes
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GROHE SPA – Enjoy Water
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Um mimo aos seus sentidos
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claudio_domingos@matobra.pt
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GALERIA MATOBRA 55
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