Post on 02-Dec-2018
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
O ENSINO DE ASTRONOMIA NA DICIPLINA DE CIÊNCIAS. UM ENFOQUE SOB
A PERSPECTIVA DAS DIRETRIZES CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO
BÄSICA DO ESTADO DO PARANÄ.
Autora: Juraci Hamann Andrade1
Orientador: Ricardo Yoshinitsu Miyahara2
RESUMO
Este artigo apresenta reflexões decorrentes de uma experiência com a
implementação do material didático produzido e aplicado em Escola da Rede Pública
Estadual do Paraná, como atividade do Programa de Desenvolvimento Educacional
do Estado Paraná. Esse trabalho foi realizado no Colégio Estadual Edite Cordeiro
Marques, de Turvo, Paraná, aplicado a alunos da sétima série ou oitavo ano do
ensino fundamental. Teve como objetivos principais revelar a importância do
conhecimento de astronomia para entender o mundo que nos cerca, despertar o
interesse pelo conhecimento cientifico escolar; desenvolver a capacidade de
organização, aquisição, manipulação criatividade e comunicação; possibilitar o
trabalho individual e em grupo, a pesquisa, a discussão e a produção e testar a
eficácia do material produzido. Pela motivação e interesse demonstrados pelos
alunos e os resultados obtidos, confirmam que é possível.
Palavras-chave: Astronomia; Aprendizagem; Experimentação.
1 Especialista em Educação Especial e Inclusiva; e Biologia Geral, Licenciada em Ciências com Complementação em Biologia, Colégio Estadual Edite Cordeiro Marques, Professora do Ensino Fundamental.
2 Doutor em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Graduado em Física. UNICENTRO. Professor Universitário
2
THE TEACHING OF ASTRONOMY IN THE SCIENCE DISCIPLINE. AN
APPROACH IN THE PERSPECTIVE OF THE CURRICULUM GUIDELINES
FOR BASIC EDUCATION IN THE STATE OF PARANÁ.
ABSTRACT
This article presents considerations arising from an experience with the
implementation of educational materials produced and used in the Public School
of State of Parana, as the activity of the Educational Development Program of
Paraná State. This work was done in the Scholl Edite Cordeiro Marques, Turvo,
Paraná, applied to students in seventh grade or eighth grade of elementary
school. Aimed to reveal the major importance of the knowledge of astronomy to
understand the world around us, awakening interest in the academic scientific
knowledge, developing organizational skills, acquisition, manipulation, creativity and
communication, enabling the individual and group work, research the discussion and
the production and test the effectiveness of the material produced. Motivation and
interest shown by students and the results confirm what is possible.
Keywords: Astronomy; Learning; Experimentation
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho desenvolvido no Programa de Desenvolvimento Educacional –
PDE do estado do Paraná e teve como objetivos principais revelar a importância do
conhecimento de astronomia para entender o mundo que nos cerca, despertar o
interesse pelo conhecimento científico escolar; desenvolver a capacidade de
organização, aquisição, manipulação criatividade e comunicação; possibilitar o
trabalho individual e em grupo, a pesquisa, a discussão e a produção e testar a
eficácia do material produzido.
3
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A curiosidade do homem ao observar o céu, despertou seu interesse pelo
Universo e fez surgir a Astronomia. Que foi uma das primeiras áreas do saber
humano a ter seus conhecimentos sistematizados por vários povos e culturas.
Conhecimentos estes que, ao longo do tempo, são complementados, e/ou
rapidamente superados, pela análise dos dados obtidos através informações
coletadas por sondas, naves espaciais, estações e observatórios espaciais e
terrestres.
Comumente nos deparamos com questionamentos referentes à Astronomia,
como por exemplo: para que serve a Astronomia? Qual a sua aplicação? Basta-nos
olharmos à volta para percebermos que tais conhecimentos revolucionaram o nosso
dia a dia, e também o da sociedade.
Dentre algumas das aplicações dos conhecimentos relacionados à
Astronomia temos: o código de barras, as antenas via satélite, os exames médicos,
os capacetes, os equipamentos sem fios, o “joystick”; que inicialmente foram criados
para comunicação, controle e proteção nas viagens espaciais.
A Astronomia evoluiu muito nos últimos anos, assim como seus métodos de
estudo, que deixaram de ser apenas observacionais, devido aos grandes avanços
tecnológicos das últimas décadas. Tornando-se uma ciência experimental,
originando novos ramos, dentre eles: a Astrobiologia, Astrofísica, Astroquímica e a
Cosmologia. E ainda contribuindo com várias áreas da Ciência, especialmente nos
levantamentos dos recursos naturais do Planeta.
Mesmo diante dos avanços tecnológicos e do conhecimento científico
alcançados nos últimos anos, vimos aumentar na mesma proporção as crendices e
as superstições. Tais fatos levaram a Astronomia a ser confundida com a Astrologia,
Mitologia, e Alquimia, isso acontece pela ignorância em Astronomia, mesmo entre
aqueles que deveriam ensiná-la. O que não é diferente nas outras áreas da ciência
também.
Assim justifica-se a importância do ensino de Astronomia, que por seus
conhecimentos, pode transitar pelas demais áreas dos saberes e do pensar humano,
como a Física, a Química, a Biologia, a Geografia, a História, a Filosofia, a
Sociologia, a Arte, a Poesia e a Literatura. Seus conhecimentos podem servir para
4
explicar, contextualizar, exemplificar, e/ou complementar conceitos, de maneira
abrangente e integradora. Além disso, o estudo da Astronomia nos reporta a tempos
remotos e ao mesmo tempo a modernidade, quando nos deparamos com
conhecimentos antigos como a Lei da Gravitação Universal, Leis de Kepler entre
outros sendo usadas atualmente pelos cientistas.
O ensino de Astronomia no Brasil, como as demais ciências e o próprio
sistema de ensino, serviram ao contexto histórico da época. Após a promulgação da
Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (LDB, Lei N 9.394/96 de
20/12/96), era necessário um plano de organização de um currículo nacional, e
assim surgiram os PCN‟s, Parâmetros Curriculares Nacional, que propunham uma
nova organização curricular em âmbito nacional. Assim com os PCN‟s, os conteúdos
de Ciências Naturais foram organizados em quatro eixos temáticos: 1. Terra e
Universo; 2. Vida e Ambiente; 3. Ser Humano e Saúde; e 4. Tecnologia e Sociedade.
Eles foram uma luz no fundo do túnel para o ensino de Astronomia, no entanto,
houveram interferências curriculares e extracurriculares que em forma de projetos,
que valorizava todo tipo de aprendizagem na escola, e poderia ser considerado
conteúdo curricular, que passou a ser entendido então em três dimensões:
conceitual, atitudinal e procedimental.
O Paraná foi um dos pioneiros dentre os estados brasileiros a pensar e
organizar um currículo próprio. Após um longo processo de discussões coletivas,
que envolveram os professores da Rede Estadual de Ensino, nos anos de 2004 a
2006. Destas discussões e a partir da síntese dos documentos elaborados nestas
discussões, foram produzidas as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná (DCE‟s).
As Diretrizes Curriculares de Ciências foram construídas com base na
história e filosofia da ciência, na história da disciplina e estabelecem novos rumos
para o ensino de Ciências na Rede Pública do Estado do Paraná. Neste contexto,
levando em conta as áreas do conhecimento que compõe a disciplina de Ciências
como a Biologia, a Física, a Química, a Geologia, a Astronomia, entre outras, devem
ser abordados de maneira que estabeleça relações conceituais, relações
interdisciplinares e relações contextuais, levando a uma abordagem integradora
visando superar a fragmentação de um mesmo conceito.
Para essa nova identidade da disciplina de Ciências é preciso repensar:
fundamentos teóricos e metodológicos que sustentam o processo ensino-
5
aprendizagem; a reorganização dos conteúdos científicos escolares (entende-se
como conteúdos escolares os conhecimentos científicos organizados para a escola
(Lopes, 1999)), levando em consideração a relevância dos mesmos para entender o
mundo atual.
Na DCE de Ciências os conteúdos mais significativos que identificam a
disciplina de ciências foram concebidos como Conteúdos Estruturantes, pois tem
sua historicidade comprovada pelos conceitos científicos, visando superar a
fragmentação do currículo, e estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de
especialização do seu objeto de estudo e ensino (Lopes, 1999). Dentre estes
conteúdos estruturantes, esta a Astronomia, pela sua historicidade, seu caráter
interdisciplinar e capaz de fazer a integração entre as demais áreas do
conhecimento da disciplina de Ciências.
Ensinar astronomia é um desafio, pois a maioria dos professores não teve
formação, ou se tiveram foi insuficiente, com uma visão linear de conceitos, visão
inadequada para os dias de hoje, que exige do professor uma visão integradora de
conceitos para entender o mundo do conhecimento como um todo. Pouco tem sido
feito no sentido de capacitar os professores para essa nova realidade da educação,
as vagas nos cursos ofertados são limitadas, não atingindo todo o contingente de
professores da rede: o material existente nas escolas é muitas vezes falho com
conceitos de dados errôneos; o livro didático público não atende as exigências do
novo modelo de educação. Neste novo modelo de educação o professor precisa ser
criativo, participativo, disposto e preparado para enfrentar novos desafios.
O Ensino de Astronomia, bem planejado, é fundamental no ensino de
ciências, pois através dela podemos explicar os fenômenos naturais como as
estações do ano, as fases da lua, as viagens espaciais e outros fenômenos
terrestres, que despertam grande interesse nos alunos. Segundo Moran (2007), do
ponto de vista metodológico, o educador precisa aprender a mediar processos de
organização e de “provocação” na sala de aula. Uma das dimensões fundamentais
do ato de educar é ajudar a encontrar uma lógica dentro do caos de informações
que temos que organizá-las numa síntese coerente. Compreender é organizar,
sistematizar, comparar, avaliar e contextualizar. Uma segunda dimensão pedagógica
procura questionar essa compreensão, criar uma tensão para superá-la, para
modificá-la, para avançar para novas sínteses, outros momentos e outras formas de
6
compreensão. Para isso, o professor precisa questionar criar tensões produtivas e
provocar o nível da compreensão existente. (MORAN, 2007).
Neste contexto exige-se do professor não só de ciências, mas de todas as
disciplinas escolares, uma organização em suas ações, que se inicia com a seleção
dos conteúdos, com a escolha dos encaminhamentos metodológicos e instrumentos
pedagógicos e avaliativos que serão utilizados para atingir seus objetivos, visando
atender as necessidades dos alunos, respeitando a diversidade existente, levando
em consideração seu desenvolvimento cognitivo, as vivências do seu cotidiano no
processo de ensino-aprendizagem significativo. Pois como diz Moreira (2006 12-
13), para uma aprendizagem significativa é necessário que o objeto da
aprendizagem tenha significado para o aprendiz.
A falta de formação dos professores de Ciências na área de Astronomia
reflete-se principalmente na dificuldade que os mesmos encontram para trabalhar o
conteúdo, de maneira eficaz e integradora, sendo que a grande maioria do material
didático utilizado nas escolas públicas, bem como os livros didáticos recebidos do
Programa Nacional do Livro Didático, é baseada nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN‟s), que já estão obsoletos, pois apresentam um conhecimento
banalizado e/ou simplificado, próprio de uma visão utilitarista e simplista da Ciência,
incorrendo muitas vezes, na falta de cientificidade e na fragmentação.
Este fato foi observado por Oliveira, 1997 onde relata em seu texto que:
Não é difícil encontrar professores de Geografia explicando erroneamente - com
livros didáticos nas mãos a lhes endossar as palavras - que as estações do ano
devem-se à eletricidade da órbita da Terra. Também é fácil encontrar, entre alunos
e professores, adeptos de teorias estapafúrdias como a da "Terra Oca", a da
"Civilização Marciana" extinta, de "Herdeiros de Atlântida" ou de "Deuses
Astronautas". Isso, sem nos esquecermos dos ufólogos, com seus contatos de 3º
grau, suas abduções, teorias conspiratórias etc. (OLIVEIRA, 1997. p.2)
Bisch (1998), também apresenta as deficiências no ensino de Astronomia e
relata que diversas pesquisas realizadas sobre este tema demonstraram "que o
conhecimento dos professores é deficitário" (Idem, p 73). O mesmo autor alerta para:
“a necessidade de uma política de alfabetização científica, a ausência de material
didático adequado e de qualidade, em especial o livro texto, e a má formação dos
7
profissionais de ensino são causas para a baixa qualidade do ensino de Ciências.
(Ibidem)”
Segundo as DCE‟s de Ciências do Estado do Paraná, o professor deve ter o
domínio do conhecimento científico relacionando a sua disciplina e as demais áreas
que, de alguma maneira impliquem no processo de ensino e aprendizagem. Dessa
forma, indaga-se: Como trabalhar o conteúdo estruturante Astronomia da forma em
que o mesmo é proposto nas Diretrizes Curriculares de Ciências do Estado do
Paraná?
Nesta perspectiva, o estudo pode propiciar uma reflexão da prática
pedagógica e subsidiar materiais didáticos que venham a contribuir para uma
abordagem histórica, atualizada e, que possibilitem discussões críticas sobre a
origem e a evolução do Universo, a dinâmica dos corpos celestes e as viagens
espaciais.
2.1 Aprendizagem significativa
Segundo Katia Cristina Stocco Smole, a aprendizagem significativa não
combina com a idéia de conhecimento encadeado, linear, seriado. Essa forma de
conceber o conhecimento pode organizar o ensino, mas não a aprendizagem. A
linearidade nos conteúdos reforça a tese dos pré-requisitos que justifica o fracasso
do aluno e impede a aprendizagem como um todo, pois essa maneira de pensar o
conhecimento armazena e mecaniza informações temporariamente, para obter notas
e avançar de uma série para outra, por isso o desinteresse dos alunos pelos
conhecimentos científicos escolares, pois estão desconectados do mundo que o
cerca.
A aprendizagem ocorre através de conceitos e esses são adquiridos por
meio de processos como a formação de conceitos generalizados e específicos, são
aqueles conceitos que a criança aprende antes da idade escolar.
A maioria permite a aprendizagem significativa por recepção e assim, pode
compreender por meio da assimilação, da diferenciação progressiva de conceitos
(NOVAK, 1977). Uma aprendizagem significativa está relacionada à possibilidade
8
dos alunos aprenderem por múltiplos caminhos de forma colaborativa, permitindo o
desenvolvimento da sua autonomia intelectual.
Segundo Moreira 2006), a aprendizagem significativa ocorre quando há
significado, isto é quando novos conhecimentos são compreendidos pelo o aprendiz,
quando esse pode explicar conceitos, fórmulas, idéias ou modelos, com suas
próprias palavras.
Na concepção de uma aprendizagem de significados, o ensino é um
conjunto de atividades sistemáticas, cuidadosamente planejadas, em torno das
quais conteúdos e formas articulam-se inevitavelmente e nas quais o professor e o
aluno compartilham parcelas cada vez maiores de significados com relação aos
conteúdos do currículo escolar, ou seja, o professor guia suas ações para que o
aluno participe de tarefas e atividades que o façam se aproximar cada vez mais dos
conteúdos que a escola tem para lhe ensinar.
Para que aconteça a aprendizagem com significados, deve-se partir daquilo
que já é conhecido, só assim poderá agregar, compreender, reorganizar a sua
estrutura cognitiva, agregando novas formas de pensar, entender, explicar e se
comunicar com o mundo que o cerca através do conhecimento.
Moreira (2006) complementa ainda que para ocorrer a aprendizagem
significativa estejam envolvidos três conceitos: o significado, a interação e o
conhecimento. O significado que esta nas pessoas não nas coisas ou eventos, que é
a linguagem, que pode se apresentar através de sinais, ícones, gestos e, sobretudo
por palavras; a interação esta entre os conhecimentos pré-existentes com os novos
conhecimentos onde a linguagem tem papel fundamental, a interação pessoal; a
terceira é o conhecimento, como o conhecimento é linguagem, então a chave esta
na esta em conhecer a linguagem do contudo ou da disciplina para poder
compreender, e é a inter- relação entre esses três conceitos básico que
possibilitam a aprendizagem significativa.
Na aprendizagem significativa espera-se que o aprendido sirva de ponte
para novos conceitos, para tanto se faz necessário uma organização onde: o
material a ser aprendido seja potencialmente significativo para o aluno, que seja
relacionável com a sua estrutura de conhecimento de forma não arbitrária e não
literal, com o qual o aluno possa fazer relacionar, compreender os novos conceitos
usando como ponte os conceitos pré-existentes na sua estrutura cognitiva.
9
2.2 Experimentação
A experimentação em sala de aula hoje é quase inexistente por falta de
apoio material e pedagógico das escolas, o desenvolvimento de metodologias que
privilegiem atividades experimentais e investigativas, o número de alunos em sala de
aula, espaços adequados para essa finalidade, bem como a limitação dos
professores nos saberes experimentais, são fatores importantes para o ensino de
Ciências e em especial para o ensino de astronomia.
Segundo silva (2000), contextualizar os conteúdos através de atividades
práticas é uma das estratégias que visam dinamizar a sala de aula e pode propiciar
negociações de saberes e favorecer o desenvolvimento de aprendizagens
significativas e novas formas de leituras seja os saberes vindos de fora da escola
para dentro da sala de aula, as vivências dos alunos, ou fatos criados na sala de
aula através de experimentos.
As atividades experimentais podem desenvolver nos alunos a capacidade de
ouvir, de questionar, de estar atento, observar, sistematizar, pesquisar, registrar,
comparar, classificar, planificar, avaliar, rever, em fim de se organizar e também
desenvolver capacidades criativas como planejar, arquitetar, inventar, sintetizar
aprende a manipular e cuidar dos instrumentos, „capacidade de se comunicar
através de diferentes linguagem entre outras.
Na atividade experimental é importante saber o que os alunos já sabem, pois
fica mais fácil questionar, entender, responder e até pesquisar. Segundo Ausubel
(1980) o fator mais importante de que depende a aprendizagem dos alunos é aquilo
que o aluno já sabe.
Cabe ao professor investigar o que os alunos já sabem e partir daí, pensar
nas estratégias e metodologias adequadas, tendo o cuidado para não abrir muito o
leque, pensando na qualidade da aprendizagem, onde a experimentação se
desenvolva junto com a teoria, reforçando o que o aluno já sabe e ao mesmo tempo
agregando novos conceitos e desenvolvendo sua capacidade de se organizar, se
comunicar, ouvir, ficar atento, observar.
10
3 METODOLOGIA
O trabalho desenvolvido foi constituído de quatro tapas sendo: formação,
desenvolvimento do projeto, produção do material didático pedagógico, aplicação na
escola de origem do professor.
O material didático produzido foi focado na escola onde seria aplicado, nos
recursos pedagógicos existentes, na diversidade cognitiva e sócio cultural existente
na escola. Com ele pretendeu-se despertar o interesse pelo conhecimento cientifico
escolar através da Astronomia, desenvolver as capacidades descrição, observação
dos fenômenos naturais do seu cotidiano, demonstrar que através da pesquisa
científica é possível explicar os fenômenos naturais de maneira lógica e
incontestável até aquele momento. Construir experimentos com materiais
convencionais e alternativos, como a luneta e o relógio de sol entre outros.
A fase de aplicação do material didático aconteceu aos alunos da sétima
série e ou oitavo ano do ensino fundamental no Colégio Estadual Edite Cordeiro
Marques, de Turvo, Paraná.
Esta última fase do trabalho iniciou-se com a aplicação de um pré-teste para
avaliar as concepções dos alunos a respeito dos conceitos astronômicos. O referido
instrumento constou de 12 questões e está como anexo a este documento. Após o
término do pré-teste foi realizou a apresentação do projeto e uma apresentação de
slide sobre história da Astronomia.A partir dessa data passamos a realizar as
atividades organizadas e desenvolvidas.
A primeira atividade desenvolvida foi a construção de um relógio de sol, com
os seguintes objetivos: despertar no aluno o interesse pela observação dos
fenômenos do seu cotidiano; comprovar para o aluno que existem várias maneiras
para descrever um mesmo fenômeno; demonstrar para o aluno a importância do
conhecimento científico escolar para compreender o mundo nos cerca; promover a
inserção do aluno no mundo científico. Esse instrumento serviu para que eles
pudessem, durante o dia, observar o movimento aparente do sol e descrê-lo, através
de desenho e ou do próprio relato escrito. Para tanto os alunos foram divididos em
grupos, depois confrontaram e discutiram o que foi descrito e fizeram desenhos no
coletivo, com a finalidade de chegar numa única descrição para o fenômeno
observado. Depois de discutirem dentro do grupo foi proporcionada a troca entre os
grupos e montado um texto final. Que depois de corrigido, foi devolvido para o grupo.
11
Para realizarmos o confronto das observações com o conhecimento
científico, foi distribuído o texto de apoio Movimento aparente do Sol (presente no
material didático que desenvolvemos), aos grupos para leitura, discussão e
comparação. Juntamente com o texto, foram propostas algumas questões para que
os grupos respondessem através de pesquisa em bibliografias e sítios da web
sugeridos.
A segunda atividade realizada foi a construção de uma mural sobre
Astronomia que intitulados de “Viagem pelo espaço através da leitura” com os
seguintes objetivos; valorizar o trabalho dos alunos; fazer a socialização dos
conhecimentos astronômicos na escola; despertar nos alunos a curiosidade, e o
interesse pelo conhecimento científico escolar através da astronomia; desenvolver
habilidades manuais, a criatividade e incentivar a pesquisa. Por sugestão dos
alunos , compramos no ferro velho 3 biombos e concertamos, pintamos, para utilizar
como expositor dos trabalhos realizados. Cada grupo colocou no painel suas
descobertas e ou curiosidades e colocamos esse painel no saguão da escola, e
sempre que achavam algo interessante colocavam no painel para socializar.
A terceira atividade realizada foi a construção da luneta para observação da
lua, utilizando materiais de fácil acesso, entre outros materiais. Esta atividade teve
os seguintes objetivos: aprender como funciona esse aparelho, os cuidados para
com ele e finalmente como observar; constatar como são formadas as imagens;
fazer observações da lua e ou outros corpos celestes; compreender como ocorre a
formação de imagens em luneta; desenvolver a capacidade de descrever e desenhar
os fatos observados. Os alunos formaram duplas, prepararam o material, e
montaram a luneta, seguindo as instruções e montando-a por partes, as duplas
reuniram-se para realizar observações e desenhar principalmente das fases da lua,
e algumas fotos foram tiradas.
Seguidamente à montagem da luneta, foi distribuído o texto, “Conhecendo a
Lua”, para leitura e discussão individual e depois em grupo. Essa atividade teve
como objetivos: conhecer o satélite natural da Terra; entender os processos e saber
explicar os fenômenos naturais como marés, fases da lua, eclipses lunar e solar;
comparar e ter noção das distâncias astronômicas. Após a leitura e a discussão
sobre o texto os alunos desenvolveram as atividades onde desenharam as fases da
lua, e identificando-as; pesquisaram sobre os eclipses solar e lunar, e produzam
texto. , fizeram uma pesquisa de campo sobre a influência da lua no cotidiano,
12
trouxeram vídeos, realizaram um experimento usando bolinhas de isopor para
demonstrar como o correm os eclipses, as fases da lua. Trouxeram curiosidades,
poemas e fotos das fases da lua para o mural “Viagem pelo espaço através da
leitura”, e foi feita uma exposição “O uso múltiplo das lentes” onde foram expostos
óculos de sol, de grau, a luneta construída por eles, telescópio, binóculo,
microscópio, lupa manual e eletrônica, explicaram sobre cada um e fizeram
demonstrações.
Como encerramento realizou-se um seminário com uma exposição dos
trabalhos, com a apresentações dos alunos e seus experimentos, a exposição “O
múltiplos usos das lentes” o mural “Viagem pelo espaço através da leitura.
Depois do desenvolvimento das atividades planejadas, ao final da fase de
aplicação, realizou-se o pós-teste, com as mesmas questões aplicadas inicialmente
no pré-teste com a finalidade de observarmos e avaliarmos a aprendizagem e a
eficácia das atividades que desenvolvemos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÔES
4.1 Pré-teste
Constatamos que os alunos tinham conceitos incorretos sobre astronomia
básica, como estações do ano, os eclipses do Sol e da Lua, orbita da Terra ao redor
do Sol, dificuldade de entender a dinâmica do sistema solar.
Com relação ao pré-teste constatamos ainda que ao serem indagados se já
tinham estudado Astronomia, todos os alunos responderam que sim. Assim como
também todos acham que o conhecimento de Astronomia é importante. Acreditam
que o homem já foi à Lua, isso se deve também ao fato de que tal evento é bem
divulgado na mídia além de ser marcante nos livros didáticos, com fotos inclusive.
13
Na questão relacionada à definição de Astronomia o resultado obtido foi o
evidenciado no gráfico1:
Definição de Astronomia
estuda os astros
estuda o sistema solar
estuda o espaço sideral
Figura 1 – Definição de Astronomia Fonte: Pré-teste e pós-teste, aplicado aos alunos no início e no final da implementação do
material didático produzido no PDE.
Verificou-se que 100% dos alunos reconhecem que a Terra apresenta pelo
menos dois movimentos: o de rotação e o de translação. Porém ao descreverem
estes movimentos 70% disseram que o movimento de translação é aquele que a
Terra realiza em torno do sol. E a apenas 30% descreveram o movimento de rotação
como aquele que a Terra realiza em torno do seu próprio eixo.
Na questão onde pedimos para os alunos identificar qual das figuras abaixo
representava a órbita da Terra ao redor do Sol, obtivemos os seguintes resultados
demonstrados ilustrados no gráfico da Figura 2.
órbita 1 órbita 2 órbita 3
14
Representação da órbita da Terra ao redor do Sol
figura 1
figura 2
figura 3
Figura 2 - Representação da órbita da ao redor do Sol.
Fonte: Pré-teste e pós-teste, aplicado aos alunos no início e no final da implementação do material didático produzido no PDE.
Com relação às estações do ano as respostas obtidas no pré-teste para o
motivo pelo qual elas ocorrem foram basicamente três: a) por causa da órbita da
Terra ser elíptica; b) Pela inclinação do eixo da Terra e c) pela incidência dos raios
solares. O resultado das conclusões dos alunos está representado na Figura 3.
15
Motivo pelo qual ocorrem as estações do ano
resposta a
resposta b
resposta c
Figura 3 – Motivo pelo qual ocorrem as estações do ano. Fonte: Pré-teste e pós-teste, aplicado aos alunos no início e no final da implementação do material
didático produzido no PDE.
Sendo que todos os alunos ao justificarem suas respostas afirmaram que
por causa da órbita da Terra ser elíptica, há momentos que fica mais próxima do Sol.
Nenhum deles se referiu ao eixo de inclinação da Terra em suas respostas, o que
demonstra um conhecimento equivocado e que muitas vezes é trazido de forma
errada em diversos livros didáticos.
Todos os alunos ao serem questionados por que vemos sempre a mesma
face da Lua responderam que não sabiam.
Metade dos alunos sabiam o nome do astronauta brasileiro que foi ao
espaço a outra metade responderam que não sabiam o nome do astronauta
brasileiro mas que sabiam que era um militar.
Na questão em que pedimos para os alunos justificarem como aconteciam
as fases da Lua, percebemos que a maioria não sabia justificar corretamente, o
restante responderam as opções a) por causa da luz do Sol que ilumina parte ou
toda ela ou b) Por causa da posição em que se encontram que a Lua esta ocupando
m relação a Terra e o Sol, recebendo mais ou menos luz . Como se evidencia pela
Figura 4.
16
Como acontecem as fases da Lua
Não sei
alternativa a
alternativa b
Figura 4 – Como acontecem as fases da Lua. Fonte: Pré-teste e pós-teste, aplicado aos alunos no início e no final da implementação do material
didático produzido no PDE.
Outra questão levantada no pré-teste foi sobre os eclipses. Perguntamos
por que ocorrem os eclipses solar e lunar e pedimos também para que os alunos
explicassem o fenômeno. Todos os alunos responderam que é por causa da posição
em que se encontram Sol, Lua e Terra, eclipse solar a Lua esta entre o Sol e a Terra,
no eclipse lunar a Terra esta entre o sol e a lua.
Você acha que os estudos e descobertas da astronomia contribuíram para
melhorar a nossa vida? Como? Todos os alunos responderam que a Astronomia é
muito importante, pois alem de desvendar e desmistificar os fenômenos naturais
ainda despertou neles o interesse pelo conhecimento cientifico. e foi comprovado
quando no inicio do ano, me convidaram para participar do clubinho de Astronomia
que alguns dos alunos que participaram da implementação, estavam formando e
também com o resultado da prova da Olimpíada de Brasileira de Astronomia, OBA,
desse ano onde três dos alunos participantes do projeto, ficaram entre as dez
melhores notas da escola, elas notas do ensino fundamental foram muito melhores
do que as do ensino médio.
17
4.2 Desenvolvimento das atividades propostas
Durante a aplicação da primeira atividade referente ao relógio solar, que
envolvia diversos conhecimentos de geometria cálculo, transferência de ângulos, e a
montagem do relógio de sol, observamos as seguintes dificuldades: ao utilizar o
transferidor, de identificar um retângulo, falta de habilidades para recortar, de
descrever o fenômeno observado, falta de organização no registro de dados e
dificuldade de fazer relações, como por exemplo, o horário de verão ao fato de que
os horários não coincidiam com as observações. Notamos ainda que os alunos
tinham conhecimento básico de informática, mas tem dificuldades para selecionar,
complementar dados, utilizando varias fontes de pesquisa, em descrever com suas
próprias palavras os assunto em questão. Eles responderam e socializaram com os
demais grupos o que tinham descoberto e também as respostas das perguntas
sugeridas. Definiram o que iriam apresentar na amostra a comunidade escolar e o
que iria para o painel de astronomia, percebemos que o painel despertou a
curiosidade dos demais alunos que sempre estavam visitando o mural e comentando
com os colegas sobre o mural.
Durante a construção da luneta percebi o interesse, a curiosidade e a
ansiedade dos alunos para terminar e observar. Nas duas ocasiões marcadas para a
observação da lua com todos os alunos, o céu estava nublado, mas eles
conseguiram fazer isso em suas casas. As observações que fizeram, relatavam com
tanto entusiasmo, demonstrando assim a importância da motivação para que
aconteça a aprendizagem.
4.3 Pós-teste
A aplicação do pós-teste aconteceu depois da realização de todas as
atividades a que nos propomos e nele foram respondidas as mesmas questões
aplicadas no pré- teste, o resultado foi surpreendente, todas as perguntas foram
respondidas corretamente. Isso demonstra que as atividades realizadas foram
válidas. Constatamos que as atividades de experimentação foram importantes para
provar a curiosidade dos alunos e automaticamente a busca do conhecimento
18
cientifico escolar que pudesse ajudar a entender e explicar os fenômenos
observados. Os textos produzidos também contribuíram, pois estavam numa
linguagem acessível e de fácil entendimento.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando professor prima pela qualidade de seu trabalho docente deve ter o
compromisso de estar sempre procurando se atualizar, pois com o avanços das
tecnologias, todas as áreas do conhecimento avançaram na mesma proporção. O
professor deve ter os mesmos pré - requisitos que quer ver nos seus alunos que
são: organização, planejamento, compromisso, responsabilidade, interesse,
independência intelectual, pois deve dar o exemplo, dominando os conteúdos de
sua disciplina e pelo menos ter noções básicas dos conteúdos das demais áreas do
conhecimento, principalmente daquelas que estão mais intimamente ligadas a sua
área de atuação.
Ao se pretender uma ação docente eficaz, significativa, o professor precisa
conhecer a real dimensão do processo educativo, o conhecimento sobre e dos
sujeitos envolvidos da articulação ensino aprendizagem. Isso só é possível a partir
de um criterioso planejamento. Em qualquer profissão o planejamento se faz
necessário, mas para os educadores ele é primordial, começando pela escolha dos
conteúdos, as metodologias e tendo sempre presente o aluno, a heterogeneidade, o
tempo disponível, contar com os imprevistos, ter sempre o plano b para usá-lo
quando precisar. Esse é dos bons exemplos que podemos dar para nossos alunos,
que devemos sempre estar preparados para enfrentar situações adversas,
imprevistos.
Trabalhar de maneira contextualizada e levando em conta o que o aluno já
sabe, faz com que sinta - se parte do processo do ensino e da aprendizagem. Assim
sente-se a vontade para interagir com o professor e com os demais alunos,
despertando o interesse pela pesquisa, aprendendo a falar e a ouvir, observar e
descrever, comparar e classificar, sintetizar e analisar, se expressar nas diversas
formas de linguagens, refinado o seu conhecimento, enfim caminhando para sua
independência intelectual.
19
Nessa experiência tive a real visão que veio confirmar que as ações devem
ser dimensionadas a proporção dos alunos, sempre partindo do que já sabem, da
sua vivência, para trabalhar os conteúdos científicos escolares necessários a sua
formação. Sabemos que não é fácil, pois a heterogeneidades existente na sala de
aula, tanto no que tange ao cognitivo como ao sociocultural, o numero de alunos por
sala, é um desafio para o professor, mas é preciso no mínimo tentar, pois não
aprendemos só com os acertos, mas também com os erros com os erros. Além
disso, temos ainda os desafios de cada escola, como por exemplo, ser uma escola
na sede do município e ter grande parte de seus alunos morando no interior do
município. Mas apesar de todos os desafios a experiência e a eficácia do material
foram comprovadas e que a astronomia pode sim ser o elo para despertar nos
alunos o interesse pelo conhecimento científico escolar.
20
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
AUSUBEL, D.; NOVAK, J.; HANESIAN, H. Psicologia Educacional. Rio de Janeiro.
Ed Interamericana 1980.
BISCH, S. M. Astronomia no ensino fundamental: natureza e conteúdo do conhecimento de estudantes e professores. São Paulo: USP, 1998. 301p. Tese de Doutorado
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei No. 9.394 de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais, Ciências Naturais, terceiro e
quarto ciclos do ensino Fundamental. Ministério da Educação. Secretaria de
Educação fundamental, 139p. Brasília: MEC/SEF, 1998.
LOPES, A. C. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: UERJ, 1999.
MORAN, J. M. A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. São Paulo: Papirus, 2007
MOREIRA, M. A.; MASANI, A. F. S.. Aprendizagem significativa: A teoria de David Ausbel: São Paulo: Centauro, 2ª Ed. 2006.
NOGUEIRA, S.. Astronáutica: ensino fundamental e médio. Brasília: MEC, SEB;
MTC; AEB, 2009. (Coleção Explorando o ensino; v.11)
NOGUEIRA, S.; PESSO FILHO, J. B.; SOUZA, P. N. de S.. Astronomia: ensino
fundamental e médio in Nogueira, S.; CANALLE, João Batista Garcia. Brasília:
MEC, SEB; MCT; AEB, 2009. (Coleção Explorando o ensino; v.12).
NOVAK, José Human. Contructivism: a unification of psychological end
Epistemological Phenomena in Meaning Making. Paper apresentado no Fourth
north American Conference on Personal Construst Psycology, sun Antonio,
Texas (1990).
OLIVEIRA, G. S. de. Mudanças Climáticas: ensino fundamental e médio. In
OLIVEIRA, G. S. de.; NEITON, F. da S., Henriques, R.. Brasília: MEC, SEB; MCT;
AEB, 2009. (Coleção Explorando o ensino; v.13).
OLIVEIRA, R. da S. Astronomia no Ensino Fundamental. Planetário Áster Domus:
São Paulo 1997. 5 p. Disponível em http://www.asterdomus.com.br/Artigo_astronomia_no_ensino_fundamental.htm.
PARANÁ, Governo do Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Ciências. Secretaria de Estado da Educação, departamento de Educação Básica.
21
Curitiba: SEED, 2009.
Silva, L. H; ZANON, R. B. A experimentação no ensino de ciências. In:
SHNETLER, R. P.; ARAGÀO, R. M. R.(orgs) Ensino de Ciências: fundamentos e
abordagens. CAPES / UNEP, 2000
SMOLE, K. C. S. Aprendizagem Significativa. Disponível em
http://www.fe.unb.br/pie/zAPRENDIZAGEM%20SIGNIFICATIVA. htm. Acesso em
24/04/2009.
22
7 ANEXOS
Pré- teste e pós-teste
Leia as questões e responda:
1. Você já estudou astronomia?
( ) Sim ( ) Não
2. Defina o que a Astronomia estuda:
3. Você acha que a astronomia é um conhecimento importante?
4. A Terra possui movimentos, você pode descrer algum deles aqui?
5. Marque um X na figura que representa a órbita da Terra ao redor do Sol:
órbita 1 órbita 2 órbita 3
6. Você sabe como ocorrem as estações do ano, quais das questões abaixo se
relacionam com esse fenômeno?
a) ( ) por causa da órbita da Terra ser elíptica.
b) ( ) Pela inclinação do eixo da Terra.
c) ( ) pela incidência dos raios solares.
Justifique sua resposta.
7. Por que vemos sempre a mesma face da Lua?
8. Como podemos justificar as fases da lua?
9. Por que ocorrem os eclipses solar e lunar? Explique:
10. Você acha que os estudos e descobertas da astronomia contribuíram para
melhorar a nossa vida? Como?
11. Você acredita que o homem foi à lua?
12. Você sabe o nome do astronauta brasileiro que foi ao espaço?