Post on 11-Nov-2018
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CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE E
SEGURANÇA DO TRABALHO
ERGONOMIAAnálise Ergonômica do Trabalho
Profª. MSc. Marta Cristina WachowiczEspecialista em Psicologia do Trabalho
Mestre em Engenharia de Produção-Ergonomia
ERGONOMIA
1. Histórico e NR 17
2. Aspectos Físicos Ambientais
3. Organização do Trabalho
4. Ergonomia Cognitiva
5. Layout e Antropometria
6. Análise Ergonômica do Trabalho
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REFERÊNCIAS
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. São
Paulo: Edgar Blucher, 2000.
KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem.
Porto Alegre: Artes Médicas, 2005.
SITES de PESQUISA
www.protecao.com.br
www.mtb.gov.br ou www.trabalho.gov.br
www.anamt.com.br
www.previdenciasocial.gov.br ou www.mpas.gov.br
www.anvisa.gov.br
www.fundacentro.gov.br
www.ergonomia.com.br
www.amb.gov.br
www.saude.gov.br
www.fiocruz.br
www.saudeetrabalho.com.br
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ANÁLISE ERGONÔMICA
DO TRABALHO
Intervenção MacroErgonômica
1.Lançamento do Projeto
Apresentação das pessoas e esclarecimento do que será realizado na empresa.
É importante estabelecer o Comitê de Ergonomia - COERGO
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2. Diagnóstico Levantamento preliminar para a coleta
de dados, analisando as atividades da tarefa com base no trabalho real e prescrito, considerando as exigências físicas, cognitivas, psíquicas, o posto, ferramentas usadas e a organização do trabalho
2. Diagnóstico ...(autonomia, repetitividade,
monotonia, pausas, fadiga, estresse, ritmo circadiano, tempo de ciclo, alargamento e enriquecimento de tarefas, turnos, responsabilidade, relações interpessoais com colegas e chefias.
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A fase de Diagnóstico é fundamental identificar o usuário através de uma coleta organizada de informações sobre a demanda ergonômica:
Quem? O que?
Como? Onde?
Quando? Quanto?
Em que tempo?
É ouvir as “falas” do usuário mediante o uso de entrevistas e/ou questionários para levantar as queixas estabelecendo um grau de importância.
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Neste levantamento deve constar ainda:
- Histórico dos postos decorrentes de acidentes, erros ou doenças.
- As condições ambientais.
3. Propostas de Modificações
Projeção de soluções e melhorias tendo em vista:
- Posto de trabalho- Organização do trabalho- Qualidade de vida como um todo
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3. Propostas de Modificações
O projeto incorpora:
- Conceito ergonômico- Configuração e o dimensionamento de
estações, equipamentos, ferramentas, ambientes e sistemas.
4. Validação
Testar o projeto proposto através de protótipos até chegar a uma solução adequada a maioria das pessoas e ao sistema produtivo.
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5. Implementação das Modificações
Revisão e acompanhamento do projeto como um todo até chegar ao ok dos usuários e as especificações ergonômicas.
Análise Ergonômica
dos Postos de Trabalho
- Conhecimento sobre o comportamento do trabalhador em atividade laborativa.
- Discussão dos objetivos de estudo com o conjunto das pessoas envolvidas.
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Análise Ergonômica
dos Postos de Trabalho
- Aceitação das pessoas que ocupam o posto a ser analisado.
- Esclarecimento de responsabilidades.
Análise Ergonômica
dos Postos de Trabalho
Prescreve 3 fases
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Análise da Demanda
Definição do problema a ser estudado, a partir do ponto de vista dos diversos atores sociais envolvidos.
Análise da Tarefa
Análise das condições ambientais, técnicas e organizacionais de trabalho.
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Análise das Atividades
Análise dos comportamentos do ser humano no trabalho (gestuais, informacionais, regulatórios e cognitivos).
1950 – COMITÊ MISTO OIT/OMS
Trabalho conjunto entre a Organização Internacional do Trabalho e a Organização Mundial da Saúde, que define as funções da Medicina do Trabalho:
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PROMOVER e MANTER o mais alto grau de bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores de todas as ocupações.
PREVENIR entre os trabalhadores os desvios de saúde causados pelas condições de trabalho.
PROTEGER os trabalhadores em seus empregos contra os riscos resultantes de fatores ou agentes prejudiciais a sua saúde.
COLOCAR e MANTER o trabalhador em um trabalho adequado as suas aptidões fisiológicas e psicológicas.
ADAPTAR o trabalho ao homem e cada homem a sua atividade.
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Avaliação do Trabalho Físico
A biomecânica ocupacional estuda as interações entre o trabalho e o homem sob o ponto de vista dos movimentos músculo-esqueléticos envolvidos no trabalho.
O custo fisiológico da tarefa pode ser avaliado por meio do consumo de energia despendido pelo trabalhador para executá-la.
O estresse contínuo em certos músculos como resultado da execução de força, movimentos repetitivos ou de manutenção prolongada de postura leva à fadiga muscular.
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Avaliação de Posturas
RULA (Rapid Upper Limb Assessment)
Método para avaliação rápida de DORTs (principalmente membros superiores)e permite uma intervenção ergonômica que venha minimizar o problema.
Fatores de Risco Avaliados - RULA
- Número de movimentos/repetitividade
- Postura estática desnecessária e viciosas
- Força
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Fatores de Risco Avaliados - RULA
- Postura de trabalho determinada por equipamentos e mobiliário
- Tempo de trabalho e pausa- Velocidade e precisão de movimentos- Frequência e duração das pausas
O método de processa em três estágios
1º. Identificação da postura de trabalho
2º. Aplicação de um sistema de escore
3º. Aplicação de uma escala de níveis de ação
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Método ou Equação de NIOSH
Desenvolvida pelo National Institute for Occupational Safety and Health.
É utilizada para determinar a carga máxima em condições desfavoráveis:
- Distâncias horizontais = H
- Distâncias verticais = V
- Entre a carga e o corpo, rotação do tronco = A
- Deslocamento vertical da carga = D
- Frequência do levantamento = F
- Dificuldade de manuseio da carga = C
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LRC = Limite Recomendado de Carga
LRC* = 23 x (25/H)x(1-0,003/[V-75)x(0,82+4,5/D)x(1-0,0032xA)xFxC
* Potencial de dano físico associado com atividades de manuseio de carga
Método OWAS
Desenvolvido para melhorar os métodos de trabalho pela identificação de posturas corporais prejudiciais durante a realização de tarefas/atividades.
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OWAS avalia as posturas
4 das COSTAS
- Erecta.
- Inclinada para frente ou para trás.
- Torcida ou inclinada para os lados.
- Torcida ou inclinada para frente e para
os lados.
OWAS avalia as posturas
3 das BRAÇOS
- Ambos os braços abaixo do nível do
ombros.
- Um braço no nível dos ombros ou
abaixo.
- Ambos braços no nível dos ombros ou
abaixo.
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OWAS avalia as posturas
7 das PERNAS
- Sentado.
- De pé com ambas pernas esticadas.
- De pé com o peso em uma das pernas
esticadas.
OWAS avalia as posturas
7 das PERNAS
- De pé ou agachado com ambos
joelhos dobrados.
- De pé ou agachado com um dos
joelhos dobrados.
- Ajoelhado em um ou ambos joelhos.
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OWAS avalia as posturas
3 divisões de FORÇAS
- Peso ou força necessária é 10 Kg oumenos.
- Peso ou força necessária excede 10 Kg mas é menor que 20 Kg.
- Peso ou força necessária excede 20 Kg.
Os dados são coletados pela observação de um sujeito desempenhando seu trabalho.
Cada observação requer o registro das costas, braços, pernas e forças.
O número mínimo de observações sugerido é de 100 e é fundamental avaliar a frequência cardíaca.
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DIAGNÓSTICO DE SEGURANÇA
O desafio maior é a mudança de olhar sobre o sentido do trabalho nas organizações.
Mário César Ferreira
Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da UnB
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Diagnóstico de Segurança
Levantamento do estado de segurança da organização:
Pessoas, Instalações, Meio-ambiente, processos, produtos, equipamentos...
Objetiva identificar os agentes agressivos conforme o grau de periculosidade
- Elétrico
- Mecânico
- Elástico
- Cinético
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Objetiva identificar os agentes agressivos conforme o grau de periculosidade
- Térmico
- Biológico
- Ergonômico
- Radiante
É um instrumento fundamental de gestão organizacional e a possibilidade de sucesso depende, principalmente, de um novo modelo de gestão do trabalho.
(CULTURA ORGANIZACIONAL)
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Que abordagens são indispensáveis para que um programa de
Segurança tenha êxito?
1. Buscar compatibilizar três dimensões que devem ser indissociáveis
- Bem-estar de quem trabalha
- Produtividade saudável
- Responsabilidade social
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2. Participação dos trabalhadores no processo de tomada decisão nas questões que lhes são concernentes.
3. É uma tarefa de todos!!!
4. E, antes de tudo, é uma responsabilidade institucional.
Mas por que ainda
há resistência por
parte dos gestores?
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- Ausência de uma visão social e
histórica do papel da organização no contexto contemporâneo.
- Despreparo gerencial, sobretudo, porque faltam teoria, método e ética nas práticas de gestão.
- Mentalidade centrada no lucro, produtividade e resultados.
- Concepção empobrecida do sentido do trabalho humano que tende a pensar o trabalhador como peça de engrenagem.
- Receio de perder o poder de decisão, dentre outros.
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Segurança preventiva não é uma panaceia para todos os males organizacionais, mas um modo seguro para contribuir no resgate do sentido humano do trabalho nosso de cada dia.
Etapas fundamentais de um Programa de Segurança
1. Concepção2. Implantação 3. Avaliação4. Replanejamento
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Ensinar a trabalhar com consciência de segurança passa por ensinar a pessoa a conhecer criticamente sua realidade, a fazer escolhas com relação a elas, e ter claro as consequências para si e para outros.
A mudança de comportamento em segurança pode ser entendida como uma alteração naquilo que o trabalhador consegue produzir na interação com o meio.
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As CIPAs e SIPATs têm ações educativas na prevenção de ocorrência de acidentes de trabalho através das palestras, treinamentos, cursos, jornais, feiras, peças de teatro, cartazes e campanhas.
CHECK-LIST
1. Identificação da empresa e da entidade sindical.
2. Aspectos históricos da organização da empresa e dos trabalhadores.
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3. Processo de produção
- Matérias-primas.
- Meios de produção.
- Fluxograma.
- Processos auxiliares.
- Situações de transtorno, subprodutos, produtos finais e resíduos.
4. Organização do trabalho
5. Instalações e layout
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6. Condições ambientais de trabalho
- Riscos físicos, químicos e biológicos.
- Riscos de acidentes: natureza, dose, fonte, ponto crítico.
- EPI e EPC: adequação, manutenção, eficácia, uso de efetivo.
7. Relação com o meio ambiente
- Poluentes do ar, água e solo.
- Formas de tratamento, contaminação de vizinhos.
- Informações ao consumidor.
- Embalagens.
- Transporte de cargas.
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8. Observação de funções, postos de trabalho e das pessoas (quando, quanto, onde, como) conteúdo da tarefa (requisitos, decisão monotonia, responsabilidades, repetitividade, iniciativa), mecanismos de controle de ritmo de trabalho e do modo operatório
9. Descrição das condições ambientais nos posto de trabalho.
10. Percepção dos trabalhadores sobre o trabalho.
11. Assistência médica
12. SESMT
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13. CIPA
14. Dados epidemiológicos:
absenteísmo
15. Educação e informação do
trabalhador