Post on 07-Apr-2016
CURSO DE JORNALISMO
• GÊNEROSGÊNEROS• JORNALÍSTICOSJORNALÍSTICOS
Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó
Propostas classificatórias
caso brasileiro =principais referências # de José Marques de Melo# Manuel Carlos Chaparro
Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó
Propostas classificatórias Perspectiva funcionalista – cinco
classes - duas hegemônicas: gêneros
informativo e opinativo (séc. XVII e XIX)
- Três complementares: gêneros interpretativo, diversional e utilitário (séc XX)
Propostas classificatórias
Propostas classificatórias
Nos estudos recentes sobre os gêneros no jornalismo brasileiro, os pesquisadores já identificam seis categorias:
1. Jornalismo Informativo, 2. Jornalismo Interpretativo, 3. Jornalismo Opinativo, 4. Jornalismo Diversional 5. Jornalismo Utilitário (de Serviço) e,mais recentemente, incluíram 6. Jornalismo Investigativo
Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó
Jornalismo Informativo
Considerado um “gênero referencial” (Marques de Melo, 2006b),
Na percepção de Marques de Melo (2003: 63) é o relato do real.
Tem a função exclusiva de descrever os fatos. O jornalismo informativo é aquele que privilegia a
publicação de notícias de modo sucinto. Seria o jornal que publica “notícias”, ao invés de
“reportagens”.
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Jornalismo Opinativo
O segundo gênero predominante na esfera jornalística é o opinativo, um
“gênero argumentativo”, que emergiu no século XVIII.
Chaparro (2008: 178), atribui aos conteúdos opinativos a terminologia “gênero comentário”.
Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó
Jornalismo Opinativo
o gênero opinativo atende bem mais do que à necessidade humana de se expressar;
Ele também subsidia, em larga medida, a formação da opinião pública.
Diferentemente do jornalismo informativo (objetividade ), os textos opinativos são relacionados a expressões subjetivas
Jornalismo Interpretativo
Também conhecido como jornalismo em profundidade, jornalismo explicativo ou jornalismo motivacional.
jornalismo interpretativo é “o esforço de determinar o sentido de um fato, através da rede de forças que atuam nele – não a atitude de valoração desse fato ou de seu sentido, como se faz um jornalismo opinativo” (Paulo Roberto Leandro e Cremilda Medina (1973: 15-16).
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Jornalismo Interpretativo
A interpretação se distancia da informação por conta da
“complementação dos fatos”, da “pesquisa histórica de antecedentes” e da “busca do humano permanente no acontecimento imediato”
Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó
Jornalismo Interpretativo
“Enquanto a notícia registra o aqui, o já, o acontecer, a reportagem determina um sentido desse aqui num círculo mais amplo, reconstitui o já no antes e no depois, deixa os limites do acontecer para um estar acontecendo atemporal ou menos presente” (Leandro e Medina, 1973: 23)
Jornalismo Interpretativo
Mário Erbolato (2006: 30-31) considera o jornalismo como resposta aos avanços conquistados pelos veículos eletrônicos.
“luta contra o jornalismo falado”- os veículos impressos começaram a oferecer conteúdos complementares às notícias divulgadas em primeira mão pelo rádio, TV e, agora, pela internet.
Jornalismo Interpretativo
Rosa Nava (1996) entende o jornalismo interpretativo como integrante do jornalismo informativo - segundo um preceito fundamental: informar melhor”.
Gerson Moreira Lima (2002) defende que o jornalismo interpretativo “permite maiores possibilidades para que o jornalista desempenhe o seu papel de melhor informar a sociedade”.
Jornalismo Diversional
É o que mais esbarra em controvérsias. Isso porque a própria terminologia voltada para o “divertimento” parece, muitas vezes, não ser bem aceita ou bem interpretada.
Classificar o diversional enquanto gênero autônomo é reconhecer que existe, no universo da imprensa, produção e consumo de “informação que diverte” (Dias et al, 1998)
Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó
Jornalismo Diversional Beltrão (1980), por exemplo,
apesar de entender que a atividade jornalística é formada por quatro funções básicas – informar, orientar, opinar e divertir –, não inclui a diversão nas categorias jornalísticas que trata em sua obra.
Jornalismo Diversional
Resumo: conteúdos destinados à distração do leitor, mas que, ao mesmo tempo, em nada deixam a desejar em termos de verossimilhança das informações e de seu conteúdo.
Tipo de texto voltado à apreciação do público que tem a possibilidade de ocupar seu tempo livre com a leitura de tais relatos (geralmente extensos)
Jornalismo Utilitário
Também chamado de “jornalismo de serviço”, surge no final do século XX.
Tyciane Vaz (2009) considera o termo “jornalismo de serviço” uma redundância, mas o apresenta “como material jornalístico com proposta orientadora ao público”.
Jornalismo Utilitário
Beltrão (2006) - conteúdos dessa natureza são registros sucintos sobre assuntos que auxiliam o público-leitor no seu dia a dia, como “modificações nos horários das linhas de trens ou ônibus, avisos de fechamento extraordinário do comércio, de alterações nas pautas de pagamentos de impostos, vencimentos de funcionários e outras matérias semelhantes”.
Jornalismo e Tratamento da Informação – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó
JornalismoInvestigativo
Jornalismo que utiliza métodos de pesquisa – muitas vezes de inspiração científica– para obter informações e realizar reportagens.
O caso Watergate, que resultou na renúncia do presidente Nixon, projetou essa categoria a uma posição de destaque na profissão.
Projeto Experimental I – Prof. Me. Mariângela Torrescasana – Unochapecó
Referências consultadas BAHIA, Juarez. Jornal: História e técnica. São Paulo: Ática,
1990. ERBOLATO, Mario. Técnicas de codificação em
jornalismo. São Paulo: Ática, 2004 LAGE, Nilson. Estrutura da notícia. São Paulo: Ática, 1987. MARCONDES FILHO, Ciro. O capital da Notícia: jornalismo
como produção social de segunda natureza. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1989
SODRÉ, Muniz; FERRARI, Maria Helena. Técnica de reportagem: notas sobre a narrativa jornalística. São Paulo: Summus, 1986.