Curso de Atendimento Fraterno 2014 - Completo

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Curso de Atendimento Fraterno

Grupo Espírita e Filantrópico Adolfo Bezerra de Menezes

Edna Costa - 2014

“Coloco em primeira instância o consolo que é precisooferecer aos que sofrem, erguer a coragem dos caídos,arrancar um homem de suas paixões, do desespero, dosuicídio, detê-lo talvez no limiar do crime! Não valemais isto do que os lambris dourados?”

Allan Kardec (discurso aos espíritas de Lyon e Bordeaux )

Curso De Atendimento

Fraterno

“Vinde a mim todos vós que estais aflitos e

sobrecarregados (...)”

Em Jesus temos o Atendente Fraterno perfeito que, além de ter ensinado às multidões,

através de Seus inolvidáveis discursos, deixou-nos preciosas lições dialogadas, através das

quais o Seu verbo de luz socorreu os indivíduos, cada um a sua necessidade.

O Moço Rico, a Samaritana, Zaqueu, Joana de Cusa, e tantos outros.

Também propôs: “Que vos ameis uns aos outros.”

Apoiando-se nessa proposta os primeiros apóstolos da Palavra, no Cristianismo Primitivo, após suas pregações, ainda tocados pelas

“línguas de fogo” inspiradoras da oratória finda, se punham à

disposição para ouvir e aconselhar os irmãos de caminhada,

encorajando-os para a luta.

“Eis o Atendimento Fraterno, ontem, hoje e

sempre.”

(Equipe do Projeto Manoel Philomenode Miranda)

As Patologias da Alma

Violência, ódio, ciúme, ressentimento, amargura, suspeita, insatisfação, dentre outras muitas — respondem por incontáveis

aflições que aturdem o ser humano.

Alma encarnada, nela se encontram as matrizes do bem como do mal em que se compraz, dando campo ao seu desenvolvimento.

Os sofrimentos humanos de qualquer tipo são manifestações dosdistúrbios profundos que remanescem no ser espiritual,

desarticulando os sensores emocionais e a harmonia vibratória que vige nas células, o que faculta a instalação das enfermidades.

O conhecimento do ser imortal, da sua preexistência ao berço e sobrevivência ao túmulo, torna-se indispensável para qualquer cometimento terapêutico em

relação aos problemas e dores humanos.

Por isso mesmo, a terapia do amor é de vital importância, envolvendo o

paciente em confiança e ternura, ao mesmo tempo esclarecendo-o quanto àsua realidade e constituição espiritual.

Qual o objetivo primacial do Atendimento Fraterno?

Receber bem e orientar comsegurança todos aqueles que obuscam. Mas, o AtendimentoFraterno não se propõe aresolver os desafios nem asdificuldades, eliminar as doençasnem os sofrimentos, mas proporà pessoa os meios hábeis para aprópria recuperação.

Apoiando-se nos postulados espíritas, oatendimento fraterno abre perspectivasnovas e projeta luz naqueles que sedebatem nos dédalos das aflições.

Joanna de Ângelis

“Mediante conversação agradável, evitando-se atitudes de confessionário, o atendente fraternal deve saber desviar os temas que incidem nos vícios da queixa, da lamentação, da autopunição, demonstrando que o momento de libertação e paz está chegando,

mas a ação para o êxito depende do próprio paciente, que deve iniciar, a partir desse momento, o processo de autoterapia.”

“Nessa ocasião, tem início a ação fluídica, o auxílio bio-energético, a inspiração, que lhe propiciarão a mudança de clima mental (...).”

“Preparar-se bem, psicologicamente e doutrinariamente, faz-se imprescindível para o desempenho correto do mister a que o

atendente fraterno deseja dedicar-se.”

“Ao lado desses requisitos cabe-lhe desenvolver o sentimento deamor, embora vigiando-se para evitar qualquer tipo deenvolvimento emocional, jamais esquecendo a fraternidade gentile carinhosa como recurso hábil para a desincumbência da tarefa aque se propõe.”

“ O atendimento fraterno na Casa Espírita é de vital

importância, para que todo aquele que lhe busque a ajuda, seja

orientado com equilíbrio, guiando-o para o labor de

auto-iluminação.”

Joanna de Ângelis

O papel fundamental do Centro Espírita na sociedade é ajudar as

pessoas no processo de reequilíbrio, levando a mensagem moral de Jesus, à luz da Doutrina

Espírita, à vida daqueles que ainda se encontram sob o jugo da

ignorância.

Trata-se de uma atividade que deve ser feita com seriedade, disciplina e preparo, pois às vezes, sendo esse o

primeiro contato que o assistido tem com o Espiritismo, vai obrigatoriamente refletir a

seriedade ou não do trabalho da casa.

O que é?

- Acolher é estar presente para o outro

- É esquecer um pouco de si

- É enxergar que existe alguém ao seu lado

- É ouvir, mas também escutar nas entrelinhas, o não dito entre o dito

- É esquecer um pouco de si

- É perceber que o silêncio também fala

- No olhar que suplica… Na mão estendida , pedindo Socorro….

- É entender o grito de exaltação mendigando uma migalha de paciência.

- É enxergar o desequilíbrio clamando poruma gota de temperança

- É saber que a dor do outro é a maior do mundo, tão grande, que as vezes não pode

ser contida na queixa. Mas que cabe na escuta de um minuto.

- É compreender, sem julgar.

- Sabendo que a verdade se transmuta de mil versões.

Enfim, acolher é estar presente na presença do outro.

E ser para ele tudo o que ele precisa que você seja, ainda que por um

breve instante.

“O Atendimento Fraterno é uma psicoterapia que modifica a estrutura do problema no indivíduo que se acerca da Casa

Espírita com idéias que não correspondem à realidade.”

Divaldo Franco

Qual a utilidade doutrinária do serviço de Atendimento Fraterno na Casa Espírita?

“Receber as pessoas, orientando-as quanto às possibilidades de que a Casa dispõe em forma de recursos que são colocados às ordens daqueles que vêm até ao núcleo de

iluminação espiritual, encaminhando os que têm problemas para receberem as respostas pertinentes às suas necessidades e, por fim, fazendo o trabalho educativo e fraternal de bem conduzir todos aqueles que batem às portas da Instituição Espírita.”

(Divaldo Franco)

Âmbito de Ação

Os problemas que aturdem as criaturas humanas, nos dias de

hoje, são osmais diversificados possíveis e

vão, desde a necessidade pura e simples do

conhecimento, às angústias superlativas dos que se

encontram sobraçando osmais pesados fardos. Nesta

variada gama está a clientela que busca o

Atendimento Fraterno dos Centros Espíritas.

Quem procura o Atendimento fraterno?

Pessoas que perderam entes queridos e não conseguiram superar a dor

Que não conseguem um relacionamento estável na vida afetiva ou familiar, transferem para o convívio social os seus conflitos, desajustando-se e

fracassando nas metas programadas

alguns, pedindo por outros, tocados de compaixão ou incomodados pelo desequilíbrio daqueles com quem se relacionam;

há os vitimados pela pobreza, pelo desemprego, cuja problemática, conquanto de ordem material, tem raízes e implicações mais profundas

se incluem os viciados, vítimas de si mesmos mas, de um certo modo, atingidos pelo meio hostil de uma sociedade ainda não transformada pelas

luzes do Evangelho

doentes de toda ordem: da mente, do corpo e da emoção, em processos demorados de inadaptação social

os que, de uma hora para outra, se vêem a braços com desafios superiores às suas forças

Em síntese, poderíamos dizer que o alcance do Atendimento Fraternoengloba as diversas nuances do sofrimento humano e diretamente os

problemas engendrados pelo ego personalístico, que induz os indivíduos à utilização incorreta do livre arbítrio.

Destaque para a problemática da obsessão a doença do século, aindapouco considerada — pois de permeio com muitos desses conflitos

humanos estão as interferências espirituais variadas, gerando alterações do comportamento e da emoção de ampliados riscos e

consequências.

Causas que desencadeiam as aflições humanas

O egoísmo é o câncer da sociedade, porque é ele que desencadeia outros distúrbios em nossa área espiritual. É o egoísmo que responde

pela nossa agressividade, porque ele nos leva ao egocentrismo, ao direito de crer que somos o centro do Universo, e de merecermos tudo

e todos, tornando-nos soberbos.

O ciúme também é causa infeliz, porque nos faz pensar que somos proprietários uns dos outros, dos objetos, das ocasiões e das

circunstâncias;

O ódio a todo aquele que não concorda conosco e nos agride é fator dissolvente e desprezível; a revolta e, consequentemente, a cólera

fulminante, que abre espaço ao ódio, constituindo-se elemento pernicioso.;

Graças a esses fatores, as enfermidades se alojam com maisfacilidade, porquanto o egoísmo produz enzimas destrutivas, que vêm

perturbar o metabolismo e facultam campo para a instalação de doenças degenerativas.

Ao mesmo tempo, torna-nos distônicos, e passamos a ter problemaspsicológicos, abrindo ensejo para a vinculação com as Entidades perversas, malévolas, tendo início aí os processos de obsessão.

Por isso, Jesus ofereceu como terapia fundamental o amor,

porque, quando se ama, sai-se de si para poder tornar-se útil; o

indivíduo esquece seus próprios problemas para contribuir pela

diminuição dos alheios.

Jesus sintetizou tudo isso de uma forma muito bela, quando os discípulos afirmaram que Ele sempre atendia as criaturas

tomado por compaixão. Não esse sentimento de piedade vulgar,mas, com a paixão de ternura,

com o desejo veemente de modificar aquela situação.

Oportunidades onde o Atendimento Fraternose impõe como um dever:

No larEsteja atento ao comportamento

psicológico do seu familiar.

Notando que alguém do círculo familiar vive dificuldades ásperas, inerentes

ao carreiro evolutivo, adiante-se para oferecer sua contribuição de ajuda,

tornando-se solidário...

Lembre-se, sempre, queDeus ajuda à criatura através de outra criatura...

No Trabalho

Não se isole do companheiro que divide com você as horas estafantes de

sua jornada de trabalho.

Surgindo na vida do colega a dificuldade moral e o momento inquietante, eis o seu

instante de compartilhar ajudando, extravasando sentimentos fraternais em

ondas de amizade pura.

Defenda princípios de cooperação, valorizando o esforço de todos. Não explorar nem se deixar explorar é atitude educativa que abre, sempre,

possibilidades para trocas de qualidade superior.

Se hoje você ajuda, mais adiante poderá ser aquele que necessita ser ajudado.

Esforce-se para conservar o bom-humor, para que não seja você ointerruptor a desligar o circuito da alegria, destoando dos demais.

Na via públicaTalvez seja coincidência um encontro inesperado, na rua, com uma pessoadesconhecida; mas pode ser alguém

trazido à sua presença, por Deus, a fimde que você exercite a capacidade de

amar ao próximo.

Cumprimentando-a, gentilmente, ouça-a com a devida atenção, a fim de que possa ser útil e (quem sabe?) ajudá-la

na solução de alguma dificuldade.

Suas palavras, envolvidas por um sentimento empático, podem redirecionar aquela mente, se atribulada, abrindo espaço para que

encontre resposta adequada.

No transporte coletivo

Verifique, sempre, quem está sentado ao seu lado, familiarizando-se comaquela fisionomia que lhe parece

desconhecida.

Tente auscultar o que transita na mente da pessoa, mantendo uma

conversação amistosa;

Demonstre o seu interesse por aquilo que ele fala pois, assim, terá aoportunidade de prender a atenção do novo amigo para o que você lhe

quer transmitir. E passe-lhe pequenas notas de compreensão e de interesse, construindo, a partir daquele instante, vínculos novos de

amizade fraternal.

No Centro Espírita

Ao perceber alguém que chega, por primeira vez, a Casa Espírita a quevocê está vinculado por laços de

afeição e compromissos de serviços,aproxime-se, sorria, converse... seja

alguém a dar boas-vindas com efusão de legítima fraternidade.

Cuidado com a indiferença, o desapreço e as preferências para que

tais atitudes não maculem a sua participação no esforço coletivo.

Se o companheiro se afastou, conquanto não saiba o motivo, interesse-se por ele; nada custa um telefonema, uma visita, uma conversa estimuladora e, se enfermo, a sua presença junto a ele. São essas

atitudes deveres impostergáveis, sem os quais a convivência cristã deixa de ter sentido, tornando-se igual a outra qualquer.

“É muito importante para o Atendimento Fraterno que o atendente conheça algumas noções básicas (ainda que bem simples) acerca dos

problemas de personalidade, a fim de evitar-se o equívoco, diante de certos casos, considerados como processos obsessivos quando, na realidade,

expressam conflitos, desajustes, traumas, transtornos psíquicos, enfim, que têm como origem o próprio indivíduo, que é um Espírito enfermo, digamos

assim.”

“Infere-se, pois, que a falta de ajustamento das tensões pode ocasionar conflitos a manifestar-se

sob variadas formas e sintomas, desde a timidez, excessivo acanhamento, medo de relacionar-se com as pessoas, ansiedade,

angústia, fobias, depressão, até desaguar nos transtornos psíquicos como as neuroses ou, em

casos mais graves, como a esquizofrenia, as psicoses, etc.”(Suely Caldas)

Problemas de Personalidades

“Essa fuga passa por uma vasta gama de subterfúgios, como os vícios, por exemplo, que constituem supostas válvulas de escape, ou o

fechar-se em si mesmo, tentando evitar o confronto com as tensões naturais da vida.”

“Esses problemas de origem cármica, cujas causas estão no Espírito endividado perante

as Leis Divinas, encontram nos esclarecimentos da Doutrina Espírita os

recursos terapêuticos imprescindíveis para que alcancem a própria libertação...”

(Suely Caldas)

“O ajustamento, a estrutura da personalidade, faz-se pela interação dos componentes bio-psico-sócio-espirituais.”

Perfil do Atendente Fraterno

A ajuda possível de ser prestada a alguém (...) está vinculado avalores subjetivos relacionados com o seu comportamento,diríamos, seu carisma, o amor que irradia — que o torna umapessoa dotada de qualidades inter-pessoais relevantes e qualidadesintímas (força interior) que o credenciam para o trabalho.

Em sendo uma pessoa tolerante (sem ser conivente), expressará umrespeito e uma aceitação incondicionais em relação ao ajudado (...)

Ser autêntico (sem ser grosseiro), pois no espaço do AtendimentoFraterno não há campo para dissimulação da parte de quem atende,que deverá expressar sentimentos com sinceridade e interesse realde ajudar.

O atendente fraterno será sempre uma pessoa comedida e discreta,dosando aquela informação cujo teor integral o ajudado não teriaainda condições de suportar.

Não cabe ao atendente fraterno passar receitas prontas,encaminhar soluções que saiam exclusivamente de sua cabeça.

Levar o atendido a essa compreensão de si mesmo (ainda que emníveis superficiais, no início) para que ele atendido — seja capaz deflexibilizar suas crenças pouco racionais e lógicas e alterar os seusvalores, a forma de ver a vida e a própria situação, tornando-se maisotimista.

É da responsabilidade da Direção da Casa estabelecer o perfil ideal do

atendente fraterno, que será passado ao Coordenador do serviço que, por sua

vez, se incumbirá de organizar um processo seletivo capaz de identificar esses

valores humanos e incorporá-los ao trabalho.

Como e quem define o perfil do atendente fraterno ?

Qual seria o perfil do atendente fraterno?

Digamos que um perfil apropriado englobaria duas ordens de requisitos: os humanos básicos e os de natureza doutrinária.

Humanos básicos

- Saber ajudar-se

- Interesse fraternal por outras pessoas

- Bom repertório de conhecimentos

- Hábito de oração e de estudo

- Pessoa moralizada

- Equanimidade, ponderação, equilíbrio emocional, paciência e segurança

(Conquistas emocionais e psíquicas que o capacitam a lidar com situações desafiadoras)

Natureza Doutrinária

- Integração nas atividades do Centro e conhecimento da sua estrutura de funcionamento

- Familiaridade com o Evangelho de Jesus

- Conhecimento das obras básicas da Codificação e obras complementares

- Competência para aplicar passes.

- Empatia

- Equanimidade, ponderação, equilíbrio emocional, paciência e segurança

O Atendimento Fraterno assume um carátereminentemente inspirativo, em queatendentes e atendidos são auxiliados pelosbons Espíritos que se vinculam à tarefa.

Relembrando:

- A condição essencial é a boa moral

- Ir a Deus através da prece é outra condição imprescindível

- Conhecimento da Doutrina Espírita

- Um bom tato psicológico é necessário

- A capacidade de saber ouvir é valiosa

- Saber tratar as pessoas com generosidade, simpatia, brandura, indulgência e segurança

- Participar ativamente de, pelo menos, um grupo de estudos na Casa Espírita

- Ser um trabalhador envolvido e comprometido com tarefas da Casa

Outros requisitos:

- Confiança no poder divino

- Fé vigorosa

- Boa vontade em servir

- Domínio dos vícios

- Elevada compreensão da vida

- Humildade

- Amor aos semelhantes

ATENDER: expressar de forma indireta (não verbalmente) disponibilidade e interesse pelo ajudado

RESPONDER: demonstrar, por gestos e palavras, compreensão por ele, correspondendo-lhe à expectativa pessoal

PERSONALIZAR: conscientizá-lo de que é uma pessoa ativa, com responsabilidade no seu problema, e capaz de solucioná-lo

ORIENTAR: saber avaliar, com ele, as alternativas de ação possíveis, de modo a facilitar-lhe a escolha (que é dele) da ação transformadora

Quando o atendente atende bem

o ajudado envolve-se

Quando o atendente responde bem

o ajudado explora-se

Personalizar processo de compreender no ajudado

Capacidade de orientar possibilidade para o agir

Essa trajetória, que vai do envolver-se à ação transformadora, talvez nãoaconteça plenamente num único encontro. Que hajam outros, nãonecessariamente com o mesmo atendente fraterno, e, por isso, voltamosa enfatizar a importância de se dispor, no Centro Espírita, de uma equipecoesa e que vibre em uníssono sob a regência de idênticos princípios.

cuidado com o ambiente físicoAtender envolve polidez e interesse do atendente

atenção, posturasaber ouvir, ter empatia

Responder é identificar e confirmar com o próprio ajudado o seuproblema principal, expressar com os próprios, os sentimentos do outro, perceber a linguagem corporal do outro.

Perguntar somente quando não entender ou para ajudar o atendido a se expressar.

Personalizar é o momento do ajudado se descobrir como pessoa,perceber o fato de que não é um passivo diante de sua experiência mas um atuante, uma pessoa responsável por seus atos, pensamentos e emoções (...)

Orientar será a parte mais fácil, se o Atendente conhece

a Doutrina, cabendo-lhe organizar a sua expressão de

forma clara e simples para transferi-la para o atendido

como informações práticas, a partir das quais se definirá umplano de ação, que o atendido

deverá seguir por iniciativa própria, objetivandoa solução almejada.

“Ouvir é mais produtivo que falar, em todos os níveis. A pessoa que sabe ouvir é mais simpática, conquista o interlocutor e,

acima de tudo acrescenta ao seu próprio patrimônio cultural, a informação que o outro exterioriza”.

“Ouvir é renunciar. É a mais alta forma de altruísmo, em tudo

quanto essa palavra significa de amor e atenção ao próximo.”

“O ato de ouvir, exige, de quem ouve, associar-se a quem fala. É necessário empenho de quem

fala para fazer-se compreender.”

“Qualquer pessoa pode melhorar sua capacidade para ouvir.”

“Escutar é colocar-se de lado por um instante, esvaziar-se de alguns conceitos pré-estabelecidos e perceber o que o outro quer lhe

transmitir.”Reinaldo Passadori

Falar é uma necessidade.

Ouvir é uma arte.

Aprendamos a ouvir para

auxiliar,sem a presunção

de resolver.

Fatores que devem ser observados

Físicos Temperatura Mentais IndiferençaRuído ImpaciênciaIluminação Preconceito Meio Ambiente PreocupaçãoCondições de saúde Ansiedade

“Ouvir é uma técnica mental que pode ser aperfeiçoada em treinamento e prática.”

Empatia

Como você gostaria de ser atendido?

X

É a capacidade que temos de nos colocar no lugar do outro esentir como ele, entendendo melhor seu problema.

Empatia Simpatia

Tendência instintiva que atrai uma pessoa para outra: sentirsimpatia por alguém.Inclinação recíproca entre duas pessoas ou duas coisas.

Simpatia

“A empatia ocorre nomomento em que umser humano fala como outro.”

“É impossível compreender outro indivíduo se não for possível, ao mesmo tempo, identificar-se com ele... “

“Se buscarmos a origem dessa capacidade de agir e sentir como sefôssemos outra pessoa, iremos encontrá-la na existência de umsentimento social inato. Na realidade, ela é um sentimento cósmicoe um reflexo do encadeamento de todo o cosmo que vive em nós. Éuma característica inevitável do ser humano.”

Alfredo Adler

A capacidade de empatizar denota amadurecimento espiritual (...) Para os serviços de Atendimento Fraterno o significado da empatia

amplia-se e torna-se, realmente, na capacidade de amar ao próximo, consoante o inolvidável ensinamento de Jesus, que sintetiza tudo isto

em plenitude:“Amar ao próximo como a si mesmo.”

Atendimento Fraterno

Pronto SocorroEspiritual

Recomendações Práticas para os Atendentes

Não prometer curas ou estabelecer certezas absolutas

Recusar gratificações, atenções ou distinções especiais

Evitar opiniões pessoais

Não interferir em receituários médicos

Manter privacidade mas não vedação absoluta da sala

Falar com simplicidade

Atender o indivíduo de preferência sozinho

Não fazer revelaçõesNão dizer ao atendido: “Você está

obsidiado”

Não doutrinar Espíritos durante o Atendimento

Não utilizar-se de informações do Atendimento para orientar

Doutrinadores nem informações destes para orientar o Atendimento

Recomendações Práticas para os Atendentes

Não encaminhar ou indicar pessoas para Reuniões

Mediúnicas

Não asseverar para o Atendido: “Você é Médium”

Não atender incorporado (Transe mediúnico)

Não estimular que o assistido, em atitude de queixa, revele

os nomes dos Centros Espíritas por onde passou.

Motivos para a procura do atendimento fraterno

- Doenças orgânicas, psíquicas e espirituais (destaque para a obsessão)- Questões existenciais- Insucessos e frustrações, pessoais, sociais, profissionais, etc.- Morte de entes queridos

- Orientação em matéria de espiritualidade - Aborto- Aconselhamento familiar - Adultério- Drogas, alcoolismo, vícios - Suicídio- Transtornos de comportamento

Relembrando

“Ouvir é mais produtivo que falar, em todos os níveis. A pessoa que sabe ouvir é mais simpática, conquista o interlocutor e,

acima de tudo acrescenta ao seu próprio patrimônio cultural, a informação que o outro exterioriza”.

Perfis dos Atendidos

Convém estarmos alertas para as diferentes personalidades, com

seus diversos problemas. Dentre o grande número de tipos de

pacientes, citaremos alguns a título de exemplo:

O Desesperado

A pessoa que procura o centro em estado de desespero, tem que ser acudido a qualquer momento. Em

primeiro lugar, procura-se acalmá-la envolvendo-a em palavras de

conforto, transmitindo-lhe confiança e carinho. Na maioria das vezes está sem condições para ouvir instruções

mais objetivas, portanto o melhor será encaminhá-la ao passe, para

num segundo momento entrar com as conversas instrutivas e de

orientação.

O Desesperado

O desespero pode ser oriundo das mais diversas causas, mas todo o

fundamento dele se baseia na falta de fé e confiança no futuro. A

pessoa se desespera porque não vê saída para seu problema. O sentido de perda lhe traz a sensação de que

tudo está acabado. Através da segura orientação da

Doutrina Espírita, temos que incutir lentamente no indivíduo a confiança em Deus e em Sua justiça, tirando-o

do desespero.

O Desesperado

Com o tempo e o auxílio dos amigos espirituais, o paciente reencontrará o

equilíbrio.

O Desanimado

Normalmente um paciente é desanimado porque sua vida

está sem sentido. Ele não tem ânimo para o trabalho e na

maioria das vezes se isola do convívio social e familiar.

Frequentemente tem depressão profunda e pensamentos que se

relacionam com a morte.

O Desanimado

É necessário ter muita cautela com a orientação

doutrinária e ter sempre o cuidado de encaminhar o caso

também ao médico terreno para que seja avaliada a necessidade do uso de

medicações, por possíveis enfermidades físicas que

possam estar instaladas no organismo.

O Desanimado

Se possível, envolver a família na orientação, mostrando os riscos que corre o doente de

enveredar-se pelo caminho do desequilíbrio. Explicar, através

do diálogo fraterno e convincente, a necessidade de sua moralização, pela prática da religiosidade, da moral e organização da própria vida

O Descrente

É aquele que inicia sua conversa já dizendo que foi trazido por sua família ou

amigos, mas que não acredita em nada etc. Na maioria das vezes quer ser convencido de alguma coisa ou espera que

seus problemas sejam resolvidos por outros. Tenta fazer parecer que não está muito interessado na ajuda

oferecida pelo centro espírita.

O Descrente

Nestes casos, deixar claro que ele só será auxiliado se quiser

e que terá que se esforçar para isso. Evitar atitudes

paternalistas com o paciente. Muitas vezes a ação mais

enérgica do entrevistador faz com que o indivíduo mude sua postura perante a vida. Mostrar as desvantagens da

descrença e os benefícios que poderia ter, revertendo esse

quadro.

O Fanático

Esse tipo de personagem é muito encontrado entre

espíritas que supõem resolver seus problemas com a ação

dos Espíritos superiores, sem se esforçarem para vencer as dificuldades. Geralmente não

aceitam interferências de terceiros em suas convicções

e nos casos de doenças orgânicas chegam a desprezar

o tratamento da medicina terrena.

O Fanático

Acham que, por trabalharem no centro espírita, os irmãos

espirituais estão a postos para ajudá-los a resolver seus

problemas. É muito delicada a abordagem desse tipo de

personalidade, pois trata-se na verdade de pessoas

equivocadas quanto ao papel do Espiritismo na vida do

homem.

O “Espírita”

São pessoas que se dizem "espíritas" porque tiveram contato

com outros segmentos espiritualistas e mesmo com o Espiritismo. Querem ler muitas

obras psicografadas (ou dizem que já o fizeram) e vão logo afirmando

que gostariam de trabalhar na casa. Procuram auxílio por não

estarem bem, mas na maioria das vezes, já dizem o que acham

necessário para a solução de seus males.

O “Espírita”

Isso torna bem difícil uma orientação mais efetiva. Na

medida do possível, conscientizá-lo sobre a responsabilidade de ser

espírita e demonstrar que a possibilidade de trabalho será definida mais tarde. Primeiro é necessário buscar um estado

mínimo de equilíbrio espiritual

O Médium

Este tipo de assistido já vem com o diagnóstico de sua "mediunidade". Acha que a mediunidade é a causa

de sua perturbação. Verificar, através da própria entrevista, onde

e como exerce (ou exerceu) seu trabalho de intercâmbio. A

atividade mediúnica inadequada pode gerar perturbações no

psiquismo das pessoas.

O Médium

Além do mais, dependendo de onde estava "trabalhando", o

paciente pode estar sendo vítima de processo obsessivo oriundo de

contaminação. Orientá-lo no sentido de que seu dom será

reavaliado mais tarde, depois do tratamento. Jamais prometer que ele vai trabalhar como médium na casa, pois muitas vezes a pessoa

vem à entrevista com essa intenção.

O Médium

Nunca encaminhar o paciente para sessões práticas de

Espiritismo, antes de submetê-lo a tratamento, mesmo que o

paciente já tenha tido orientação kardequiana.

O que perdeu ente querido

Geralmente procuram o centro inconformados pela perda de

alguém da família, com o objetivo de conseguir notícias do ente

querido. Confortá-lo com a ajuda das ferramentas da Doutrina

Espírita. Pode-se anotar o nome do desencarnado para fazer preces

por ele ou verificar na sessão prática com está sua situação, se

houver necessidade.

O que perdeu ente querido

Nunca prometer mensagens mediúnicas. Isso gera uma

expectativa na família e nem sempre tal coisa é possível. As

conversas em torno da imortalidade da alma trazem

grande conforto espiritual, bem como a sugestão da leitura de

livros adequados para o caso. O convívio na casa, no contato com a

Doutrina Espírita, com o tempo fará a pessoa compreender mais e

sofrer menos.

O que quer resolver problemas dos outros

Geralmente são pais aflitos ou cônjuges tentando fazer qualquer

coisa para salvar determinada situação de desequilíbrio instalada em suas vidas. Não raro querem se submeter a tratamento no lugar do

necessitado, na desesperada tentativa de ajudá-lo, pois de

maneira geral são pessoas refratárias a procurar ajuda.

O que quer resolver problemas dos outros

O entrevistador deve esclarecer como se dá o auxílio espírita e a

necessidade da presença do doente na casa. Deve pedir que façam o possível para trazê-lo no centro espírita. Oferecer ajuda indireta através do livro de pedidos de

amparo. Em casos graves, pode-se anotar nome e endereço do

necessitado, para ser levado às sessões práticas.

O "sábio"

Aquele que busca auxílio na casa espírita, mas acha-se muito sábio, culto e inteligente e não se sente à

vontade submetendo-se à orientação de alguém que ele julga

ser inferior a ele. Através da conversa, quer mostrar-se superior e

se o entrevistador não for suficientemente experiente, ele

pode monopolizar o diálogo, tornando infrutífero o trabalho de

esclarecimento.

O "sábio"

Agir com tato, demonstrando que todos temos muito a aprender na

escola da vida. Nos casos em que o entrevistado demonstrar que quer

"duelar" no campo das idéias, deve-se ter a sutileza de desviar seu intento,

fazendo-o ver que aquele não é o momento e o local apropriado para

disputas. Jamais esquecer que se está diante de pessoa em desequilíbrio.

Mostrar que a casa espírita e o Espiritismo estão ali para ajudá-lo, se tiver humildade para se colocar como

necessitado da alma.

O pessimista

O pessimismo é uma atitude mental inadequada que gera uma energia

negativa na mente da pessoa, prejudicando todas as atividades na

vida. Tratar com o pessimista é muito difícil, pois ele se coloca a

todo momento como fracassado e descrente de possíveis melhorias.

Geralmente são indivíduos que portam auto-obsessões e não raro frequentam casas espíritas a vida

inteira.

O pessimista

O pessimista pode necessitar de psicoterapia e têm-se que estar

atentos a esse fato, para encaminhá-lo a profissionais da área, se for necessário. Com o

estabelecimento da ajuda espiritual, sua atitude mental poderá se

modificar, facilitando a compreensão das instruções a ele oferecidas através das palestras e conversas periódicas na sala de

entrevistas.

O portador de doença orgânica

Normalmente a pessoa que procura a casa espírita com problema

orgânico, pensa encontrar ali a cura de sua doença, pois acha que vai ser

"operado" etc. É bom que seja informado que a etiologia das doenças podem ser de ordem

externa e interna. Externas são aquelas provenientes do meio onde vivemos e circunstâncias da própria

matéria que constitui nosso organismo.

O portador de doença orgânica

Internas, quando são oriundas do corpo espiritual e constituem-se em

conseqüências de condutas e posicionamentos inadequados de outras encarnações. É importante certificar-se se o paciente está em

assistência médica e jamais se deve suspender o uso de medicamentos.

Encaminhar para tratamento adequado na casa espírita.

O portador de doença grave

São pessoas que vêm à casa espírita, normalmente trazidas por seus

familiares, em estado de desespero por portarem doenças graves e às vezes crônicas. Essas pessoas vêm com grande esperança de serem

curadas. É importante não prometer curas milagrosas, mas a ajuda que a Doutrina Espírita traz é fundamental para a superação da prova a que o

paciente está submetido.

O portador de doença grave

A fluidoterapia e a orientação sobre a origem dos males ajudará o

enfermo no processo de conscientização e até, quem sabe,

da cura propriamente dita. Prescrever assistência espiritual e

deixar claro que o tratamento espírita é um auxiliar da medicina

terrena.

O esquizofrênico

A esquizofrenia é uma enfermidade mental semelhante à obsessão

espirítica e pode ser classificada como auto-obsessão. Os pacientes portadores dessa anomalia mental escutam vozes constantemente e

têm mania de perseguição. Julgam-se saudáveis e na maioria das vezes resistem ao tratamento médico ou

espírita. Nos casos em que o enfermo aceitar, ele poderá ser

encaminhado ao tratamento convencional de desobsessão.

O esquizofrênico

O atendente não deverá considerar as manifestações do psiquismo doentio desses pacientes, como sendo informações consistentes

para suas investigações. Geralmente os esquizofrênicos são Espíritos

muito endividados com o passado, que estão em encarnações de grave expiação. A terapia espírita deverá

estar associada ao tratamento psiquiátrico.

Como se mostra o atendido

AGITADO?Portemo-nos com serenidade para que se

acalme.

ANGUSTIADO?Sejamos extremamente habilidosos para

que abra o coração.

DESCONFIADO?Externemos segurança no que afirmamos,

a fim de que nos dê crédito.

NÃO QUER SER NOTADO?Tenhamos a sensibilidade de acolhê-lo, respeitando a sua vontade.

Às vezes, nesses casos, um sorriso franco causa melhor efeito.

Como se mostra o atendido

INIBIDO?Façamos-lhe perguntas com discrição, estimulando-o a tomar a iniciativa da

conversa.

ZANGADO?Deixemos que esgote o desabafo sem lhe cortar a palavra, concedendo-lhe o direito

de pensar como julga acertado, lamentando as causas do seu

descontentamento com mansuetude e terminando por colocar-nos à disposição

para ajudar no que puder ser útil, o recepcionista e a Casa ...

Como se mostra o atendido

CURIOSO?Informemos-lhe da grandeza do Espiritismo, que nos convida à fé raciocinada, sugerindo-lhe leitura

adequada e orientando-lhe sobre as obras básicas.

FALANTE?Não se exceder na conversação,

procurando encaminhá-lo para o diálogo fraterno, se for este o caso.

Como conduzir a orientação a uma pessoa que já tentou o suicídio algumas vezes e persiste na mesma idéia? Deve-se, de

alguma forma, dizer- lhe quais as consequências funestas do seu ato infeliz ou ser-lhe compreensivo e consolador?

A melhor maneira de consolar é advertir quanto aos riscos que advêm como consequências dos nossos atos impensados. Consola-se, quando se

esclarece. A melhor forma de consolar alguém é arrancá-lo da ignorância,

educá-lo.

Dinâmica do Atendimento

Fraterno

Apresentar-se e perguntar o nome da pessoa entrevistada.

Colocar a pessoa à vontade, perguntando-lhe delicadamente o motivo da sua vinda ao centro espírita.

Permitir que a pessoa narre seu problema, ouvindo com atenção todos os detalhes, procurando ajudá-la a expressar-se caso

encontre dificuldades em expor seu caso. Não crivá-la de perguntas desnecessárias

que possam descambar para a mera curiosidade.

Manter-se sempre interessado e fraterno, procurando conduzir oassunto para os aspectos mais importantes, e se não conseguir,abreviar, delicadamente a entrevista. O tempo utilizado em cadaentrevista irá variar, de acordo com a gravidade dos casos, mas a médiaserá de aproximadamente dez a quinze minutos por entrevista..

Se cabível, orientar a pessoa com base nos fundamentos da doutrina, quanto à teoria, mas a postura deve ser sempre cristã.

Procurar falar com simplicidade, adequando a linguagem ao interlocutor..

Procurar estabelecer relacionamento agradável, mostrando semblante simpático e fraterno para que o

entrevistado se sinta em ambiente de confiança e encorajado a prosseguir no

diálogo.

Tratar a pessoa respeitosamente pelo nome, quando se dirigir àmesma, informando-lhe da importância da reunião que vaiassistir e das recomendações que lhe estão sendo prescritas.

Nunca acusar o entrevistado, nem criticá-lo, lembrando sempre que a finalidade da entrevista é ajudar.

Se receber agradecimentos, seja humilde, sendo preferível convidar o entrevistado a endereçá-los a Jesus ou a Deus, nosso Pai.

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Tratar a pessoa respeitosamente pelo nome, quando se dirigir àmesma, informando-lhe da importância da reunião que vaiassistir e das recomendações que lhe estão sendo prescritas.

Recomendações práticaspara os atendentes

AtendimentoFraterno

Recomendações práticaspara os atendentes

Não Prometer Curas ou Estabelecer Certezas Absolutas

O atendente fraterno deve ser positivo, estimulante e animadopara influenciar as pessoas a fazerem as mudanças necessárias àconquista de si mesmas, avançando no rumo do progresso e dapaz.

Porém, deve trabalhar sempre com o relativo, fugindo àsdeclarações extremadas, carregadas de promessas maravilhosas,que, nem sempre os atendidos estão em condições de construirou delas são merecedores.

Deve-se deixar bem claro, isto sim, que Deus ajudaincessantemente, na medida do esforço e da boa vontade decada um, e que nenhuma ação no bem nem qualquer movimentoda alma no sentido de reparação das faltas ficará sem resposta.

Recomendações práticaspara os atendentes

Recusar Gratificações, Atenções ou Distinções Especiais

Tais encômios poderiam ser vistos como pagas indiretas. Todosos que trabalham nas Casas Espíritas, servindo aos propósitos doConsolador, na Terra, já sabem que o “dai de graça o que de graçarecebestes” é regra insubstituível. A confiabilidade de uma CasaEspírita repousa na observância desse princípio ético que, nãosendo único, é fundamental, como base de apoio para todos osdemais.

Recomendações práticaspara os atendentes

Evitar Opiniões Pessoais

O suporte para o aconselhamento num serviço deAtendimento Fraterno de uma Casa Espírita está nos postuladosda Doutrina Espírita. Ela representa hoje, na Terra, aconcretização da promessa do Consolador Prometido. As pessoasbuscam o Centro Espírita porque estão sequiosas desseConsolador que lhes esclarecerá as razões do sofrimento, aomesmo tempo apresentando para elas a metodologia capaz delibertá-las desse sofrimento. Sonegar esse “divino alimento” aosque dele precisam, dando-lhes, em troca, opiniões pessoais,pode ser qualificado como traição ou burla injustificável e degraves consequências.

Recomendações práticaspara os atendentes

Não Interferir em Receituários Médicos

O suporte para o aconselhamento num serviço deAtendimento Fraterno de uma Casa Espírita está nos postuladosda Doutrina Espírita. Ela representa hoje, na Terra, aconcretização da promessa do Consolador Prometido. As pessoasbuscam o Centro Espírita porque estão sequiosas desseConsolador que lhes esclarecerá as razões do sofrimento, aomesmo tempo apresentando para elas a metodologia capaz delibertá-las desse sofrimento. Sonegar esse “divino alimento” aosque dele precisam, dando-lhes, em troca, opiniões pessoais,pode ser qualificado como traição ou burla injustificável e degraves consequências.

Recomendações práticaspara os atendentes

Manter privacidade, Mas Não Vedação Absoluta da Sala

A privacidade é da estrutura do próprio Serviço. Um local emque a pessoa possa falar sem ser escutada e expressar. suasemoções de forma mais reservada.

Não há necessidade, todavia, de se fechar a porta e mantê-latrancada, como se estivéssemos guardando “delicados segredos”.O ato de se manter a porta apenas encostada garante essaprivacidade, ao mesmo tempo deixando-se um certo acesso paraalguma providência que se faça necessária, e o atendido, quevem pela primeira vez, mais tranquilo, por não estar totalmenteisolado da sala de recepção, das pessoas que ali estão, dospróprios amigos ou parentes que o trouxeram àquele encontro.

Recomendações práticaspara os atendentes

Manter Privacidade, Mas Não Vedação Absoluta da Sala

A medida é também uma precaução para o próprio atendente,que não está isento das ciladas que lhe podem ser armadasatravés de pessoas em desarmonia íntima que acorrem aoAtendimento Fraterno. A porta apenas encostada inibe um poucoas arremetidas do desequilíbrio, permitindo-se que rapidamentealguém seja chamado para ajudar.

Recomendações práticaspara os atendentes

Falar Com Simplicidade

O vocabulário do atendente deve ser ajustado à cultura e àspossibilidades de compreensão do atendido. Não é necessárioviolentar-se, mas proceder de tal forma que a comunicação seestabeleça, sob pena de comprometer a própria relação deajuda. Aliás, a boa técnica da comunicação dita a necessidade dese verificar, durante a conversação, se está havendocompreensão de parte a parte, o que poderá ser percebido pelasreações emocionais, posturas ou mesmo através de perguntashabilmente formuladas.

Recomendações práticaspara os atendentes

Atender o indivíduo, de preferência, sozinho

São comuns as inibições e constrangimentos que presençasaparentemente inofensivas provocam. Quantas vezes, pessoasafins (pais, maridos, esposas, etc.) acompanham os seusafeiçoados aos gabinetes de Atendimento Fraterno não paraajudarem, mas, para fiscalizarem, colocarem seus pontos devista, recalcando os dos seus entes queridos.

O atendente deve sugerir delicada e habilmente que cada umseja atendido separadamente, porém, em hipótese alguma,recusar-se a fazer o atendimento em grupo.

Tal recomendação, às vezes, se inverte: quando o atendido nãotiver condições de assimilar a orientação, face às suasdesarmonias íntimas, a presença de um acompanhante poderáser bastante útil.

Recomendações práticaspara os atendentes

Não Fazer Revelações

Comentários sobre vidências de Espíritos, revelações dopassado, cenas de outras vidas, etc., são claramente indesejáveis,prejudiciais e despropositadas na maioria dos casos.

Quando ocorrem tais fenômenos com o atendente (e sãoextremamente raros) é para orientá-lo, dar-lhe mais segurançano atendimento e não para que revele ao seu interlocutor o queestá acontecendo.

Cuidados não serão poucos para que o prazer egóico de secolocar em evidência não estimule semelhante procedimento.

Recomendações práticaspara os atendentes

Não Dizer ao Atendido: “Você Está Obsidiado!”

Conquanto se perceba, numa entrevista, a obsessão como umfato evidente e consumado, a colocação do fato nunca pode sertão enfática, para não deprimir nem gerar pânico, ocorrênciasmuito prejudiciais a quem já está fragilizado e dependente.

Pode-se falar, em tese, na ação dos Espíritos sobre as criaturashumanas, demonstrando que o fato é mais comum do que seimagina e aconselhar-se um “menu” de providências capazes depreservar o ajudado desse mal e erradicar-lhe as primeirasmanifestações.

Fixar na mente do atendido a idéia da obsessão é fragilizá-lo ainda mais e colocá-lo no rol dos doentes, quando poderemos colocá-lo entre os companheiros de trajetória.

Recomendações práticaspara os atendentes

Não Doutrinar Espíritos Durante o Atendimento

Incorporações ocorrem, algumas vezes, através dos própriosatendidos em situação de descontrole emocional, obsessãoinstalada ou aforamento de mediunidade. A postura correta doatendente fraterno é chamar à lucidez o atendido-médium paraque o Espírito se afaste. Pode ser necessária uma breveexortação austera ao Espírito com este propósito, seguida, emcasos renitentes, de passes dispersivos.

Não se trata de descartar uma presença indesejada masassegurar a harmonia de ambos, o Espírito e o atendido-médium,bem como do ambiente.

Recomendações práticaspara os atendentes

Não Utilizar-se de Informações do Atendimento para OrientarDoutrinadores nem Informações destes para Orientar o

Atendimento

A experiência do Atendimento Fraterno é de uso pessoal parao atendente. Qualquer julgamento que ele faça não passa de umjulgamento, de uma presunção. Como passar para outrem essematerial informativo, que em si mesmo é apenas uma verdadeparcial, relativa, sabendo-se que ele sofrerá outras tantasadaptações ao serem transferidas para terceiros, deformando-semais ainda?

Por outro lado, os médiuns e doutrinadores que atuam nasreuniões mediúnicas precisam exercer as suas funções emabsoluta liberdade, sem peias, livres das sugestões alheias a fimde assumirem a responsabilidade do que fazem, imunes dequaisquer sugestões que os induzam ao erro.

Recomendações práticaspara os atendentes

Não Utilizar-se de Informações do Atendimento para OrientarDoutrinadores nem Informações destes para Orientar o

Atendimento

A discussão desse assunto vem a propósito de práticas dessaordem que se vêm vulgarizando e fazendo escola no MovimentoEspírita.

Quando é o próprio atendente fraterno que, em sendomédium ou doutrinador, percebe, nas reuniões mediúnicas,presenças espirituais ligadas a pessoa por ele atendida, o caso édiferente. As identificações, nessas oportunidades, que sãomuito comuns, se constituem ajudas, informações adicionaisvaliosas para nortear o seu trabalho.

Recomendações práticaspara os atendentes

Não Encaminhar ou Indicar Pessoas Para Reuniões Mediúnicas

Já é por demais conhecida a recomendação de que a reuniãomediúnica não é um gabinete de terapia para os encarnados,diretamente, mas para os desencarnados. Do AtendimentoFraterno para a reunião mediúnica nenhuma pessoa deve serencaminhada, sob pretexto algum, nem para receber ajudamomentânea, tampouco para aferir se a pessoa é médium e,muito menos, para ser um dos seus membros, o que requer umapreparação bem cuidada, estudos e integração na Casa Espírita.

Ver na obra: Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Reuniões Mediúnicas.

Recomendações práticaspara os atendentes

Não Asseverar para o Atendido: “Você é Médium”

Não raro, pessoas chegam ao Atendimento Fraterno comsintomas presumíveis de mediunidade em afloramento. É muitocomum que os “entendidos” em se acercando delas afirmem:“Você é médium”.

O Atendimento Fraterno tem por filosofia ajudar o ser a sedescobrir. Assim sendo, todo o trabalho se desenvolverá nosentido de orientá-las para o estudo da Doutrina Espírita e de simesmas, de tal maneira que, cada uma, em se percebendo, diga:“Tudo indica que eu sou médium. Vou criar as condições paraexperimentar, como recomendava o Codificador, condição únicapara se ter certeza do fato”.

Recomendações práticaspara os atendentes

Não Atender Incorporado (Transe Mediúnico:)

O Atendimento Fraterno é trabalho dos homens paraos homens. A mediunidade, nesse Serviço, se expressará sob oaspecto da inspiração e capacidade de intuir, mas, nunca pormeio do transe mediúnico. Mesmo porque, esse é um trabalhode equipe, não se admitindo que uns atendam ostensivamentemediunizados e outros não.

Recomendações práticaspara os atendentes

Não Estimular Que o Assistido, em Atitude de Queixa, Revele osNomes dos Centros Espíritas Por Onde Passou:

Trata-se de uma medida ética, acautelatória, para deixar oatendente livre de modo a orientar a pessoa comespontaneidade e seguro de não estar estimulando que seveicule a palavra de descrédito, o conceito desairoso a respeitode Instituições co-irmãs.

Recomendações práticaspara os atendentes

Comentários Finais

Atendimento Fraterno

“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”

Jesus (Mt 11:28-30)

Recomendações práticaspara os atendentes

Recomendações práticaspara os atendentes

Edna Costa

Ilustrações dos slides: Google Imagens

Curso de Atendimento Fraterno2014