Post on 05-Jul-2015
LEITURA DELEITE
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas... Que já tem a forma do nosso corpo... E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares... É o tempo da travessia... E se não ousarmos fazê-la... Teremos ficado... Para sempre... À margem de nós mesmos...
FERNANDO PESSOA
Compreender e produzir textos orais e escritos de diferentes gêneros, veiculados em suportes
textuais diversos, e para atender a diferentes propósitos comunicativos, considerando as
condições em que os discursos são criados e recebidos.
Apreciar e compreender textos do universo literário (contos,fábulas, crônicas, poemas, dentre outros), levando-se em conta os fenômenos de fruição estética, de imaginação e de lirismo, assim como os múltiplos sentidos que o leitor pode produzir durante a leitura.
Apreciar e usar em situações significativas os gêneros literários do patrimônio cultural da
infância, como parlendas, cantigas, trava línguas.
Compreender e produzir textos destinados à organização e socialização do saber
escolar/científico (textos didáticos, notas de enciclopédia, verbetes,resumos,
resenhas, dentre outros) e à organização do cotidiano escolar e não escolar
(agendas, cronogramas, calendários, cadernos de notas...).
Participar de situações de leitura/escuta e produção oral e escrita de textos destinados à reflexão e discussão acerca de temas sociais relevantes (notícias,reportagens, artigos de
opinião,
cartas de leitores, debates, documentários...).
Produzir e compreender textos orais e escritos com finalidades voltadas para a reflexão sobre
valores e comportamentos sociais, planejando e participando de situações de combate aos
preconceitos e atitudes discriminatórias (preconceito racial, de gênero, preconceito a grupos
sexuais, preconceito linguístico, dentre outros).
Atividade prática
Examinem os livros didáticos adotados em nosso município;
Leiam os descritores do PNAICEscolham um conteúdo programático;Relacionem o descritor com o conteúdo;E escrevam a habilidade que essa atividade
desenvolve no seu aluno.
O Direito à Educação Básica é garantido a todos os brasileiros e, segundo prevê a Lei 9.394,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, “tem por finalidades desenvolver
o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores” (Art. 22).
Art. 32.O ensino fundamental obrigatório,com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade,terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I- o desenvolvimento da capacidade de aprender,tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II- a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III- o desenvolvimento da capacidade deaprendizagem,tendo em vista a aquisiçãode conhecimentos e habilidades e aformação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
No documento “Indagações sobre o currí-
culo”, Moreira e Candau (2007) apontam
a necessidade atual de recuperar o direito
do estudante ao conhecimento. Recupera, portanto, os vínculos entre cultura,
currículo e aprendizagem
• QUANDO CONCEBE A EDUCAÇÃO COMO UM DIREITO DE TODOS;
• QUANDO ENCARA OS DIREITOS DE APRENDIZAGEM COMO UM COMPROMISSO SOCIAL;
• QUANDO ELE PROMOVE A IGUALDADE DE OPORTUNIDADES;
• QUANDO CONSIDERA A DIVERSIDADE DE PROCESSOS DE APRENDIZAGEM;
• QUANDO RESPEITA A HETEROGENEIDADE DAS TURMAS;
• QUANDO CUMPRE A DIMENSÃO POLÍTICA E PEDAGÓGICA DA ALFABETIZAÇÃO.
Moreira e Candau (2007, p. 19) afirmam que “o papel do educador
no processo curricular é, assim, fundamental. Ele é um dos grandes artífices, queira ou não, da construção dos currículos que se materializam nas escolas
e sala de aula”.
(Art. 3º inciso IV, p. 48)As Diretrizes Curriculares Nacional( DCN) orientam para que as propostas curriculares contemplem várias áreas do conhecimento: Ciências Humanas, Ciências Naturais e Matemática e Linguagens, de forma articulada e interdisciplinar.
• A interdisciplinaridade funciona como elemento estruturante do plano curricular no ciclo de alfabetização e aponta para a necessidade de um planejamento que dialogue com as diversas áreas do conhecimento.
• Além disso, planejamento deve ser coletivo, contextualizado e fundamentado no contexto escolar.
• PARA IDENTIFICAR CONHECIMENTOS PRÉVIOS;
• PARA CONHECER AS DIFICULDADES E PLANEJAR ATIVIDADES ADEQUADAS;
• PARA VERIFICAR O APRENDIZADO E DECIDIR O QUE PRECISA RETOMAR;
• PARA VERIFICAR A UTILIDADE/VALIDADE DAS ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS E REDIMENSIONAR O ENSINO.
“A avaliação cruza o trabalho pedagógico
desde seu planejamento até a execução, coletando
dados para melhor compreensão da relação entre o planejamento, o ensino e aprendizagem e
poder orientar a intervenção didática para
que seja qualitativa e contextualizada.” (Silva,
2003, p. 14)
ESTUDO DE CASOS
PELA TARDEPELA TARDE
Dinâmica da caixa – DeleiteDinâmica da caixa – Deleite
Alfabetização e Alfabetização e Letramento Letramento
Ilustração: André Neves
TEMPO DE LETRAMENTO Nessa tarde pretendemos discutir o
fenômeno do letramento, diferenciando-o do processo de alfabetização que muitos ainda insistem em realizar, bem como fazer com que reflitamos sobre nossa prática pedagógica, atualizando-nos em termos de novas teorias. Verifica-se que não se pode pensar em alfabetização, distanciada das práticas de letramento, pois uma completa a outra.
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ALFABETIZAÇÃO E SUAS CRENÇAS
• Cartilhas - caminhos sintéticos ou analíticos;• se ensinava “do mais simples para o mais complexo”;• só era oferecido à criança textos que ela pudesse
dominar;• repetição e memorização;• funções perceptivo motoras; • não se ensina a ler e a escrever antes da prontidão;
1970
Há alguns anos, as pessoas eram classificadas em alfabetizadas ou analfabetas, pela condição de saber, ou não, escrever o próprio nome -condição para que se pudesse votar e escolher os governantes.
Na década de oitenta, surgiu o termo analfabetismo funcional para designar as pessoas que, sabendo escrever o próprio nome e identificar letras, não sabiam fazer uso da leitura e da escrita, sendo, portanto, analfabeto funcional.
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Mas, observou-se que, mesmo dentre os que permaneciam por mais tempo nas escolas, alguns não eram capazes de interagir e se apropriar da leitura e da escrita
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Surge então, a necessidade das escolas repensarem seu papel social. Não apenas alfabetizar. Não apenas fazer com que o indivíduo permaneça na escola por mais tempo. Mas dar qualidade a esse tempo de permanência nas escolas. Ou seja, que o indivíduo modifique as suas condições iniciais, sob os aspectos: social, cultural e econômico para este crescer tanto cognitiva quanto criticamente.
A apropriação da leitura e escrita
...e além da
literatura...
Mudanças nas concepções
de alfabetização
1970
Psicogênese da língua escrita:
• compreensão das escritas não convencionais;
• questionamento da graduação de dificuldade;
• importância da função social da escrita;• ambiente alfabetizador;• apresentação de diferentes tipos de
texto;• entendimento do erro.
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Mudanças conceituais e práticas
Letramento:
•Percepção da escrita como um outro modo de falar (discurso monológico letrado);•Atenção voltada para os gêneros dos textos;•Questionamento da validade do trabalho centrado no texto.
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Mudanças Conceituais e Práticas
É tempo de letramento!
Usos, conhecimentos, valorização da escrita
e
valores e crenças em torno da escrita
(Silvia Terzi)
“Uso social da escrita e da leitura”
“DESINVENÇÃO” DA ALFABETIZAÇÃOPerda da especificidade do processo de apropriação do sistema alfabético devido a:
• Inferências errôneas na transposição da concepção
construtivista e da psicogênese para a prática pedagógica;
• Ideia de que o convívio com textos seria suficiente para a
alfabetização acontecer;
• ideia da incompatibilidade entre a concepção construtivista e
a questão do método;
• Privilégio da faceta psicológica em detrimento da linguística;
• Foco no processo de letramento.
Reinvenção da Alfabetização
Ao lado do trabalho com a leitura e escrita em
diversos gêneros, é preciso, então, garantir
intervenções no sentido de:
• favorecer a conquista gradual do nível alfabético (provocar o
avanço nas hipóteses de escrita) e, depois, das
correspondências grafofônicas;
• provocar a reflexão fonológica (consciência fonológica com e
sem a presença da escrita);
• ampliar, no contexto de práticas lúdicas, contextualizadas e
significativas, o conhecimento das letras, signos da escrita no
nosso sistema (categorização gráfica e funcional);
• favorecer o uso de estratégias várias de reconhecimento de
palavras, de leitura.
As crianças pensam sobre a escrita. Ora, pensam
também sobre as unidades menores como letras, sobre
sons, pensam sobre relação entre letras e sons...
a
fffffffff r
MP
xxxxx
...pensam. Sobre tudo.
Desde textos, palavras, até unidades fonológicas e
gráficas menores que a palavra.
rimas
Sílabas -ola
-ÃO
trrprrr
palavras
aliterações
assonâncias
Versos, frases
ALFABETIZAR LETRANDO
ALFABETIZAÇÃO
LETRAMENTO
REFLETINDO!
ACHE O INTRUSO...
PONDO EM PRÁTICA O QUE REFLETIMOS!
Nessa perspectiva Avaliação x Erro:
Organizar grupos de 5 pessoas; Escolher um conteúdo atual do livro de
Língua Portuguesa; Relacioná-lo com o descritor proposto; Criar uma atividade avaliativa; Listar as habilidades a serem avaliadas nessa
atividade;Socializar a atividade.
Aconteceu aqui...
“Momento das atividades exitosas”
O que estou levando
para casa . . .
Ensinamos para que todos
possam aprender
a ousadia, e não o medo;
a solidariedade,e não o
individualismo; o prazer, e não o
Sofrimento... são os pilares
de um CurrículoInclusivo.
Dinâmica de encerramento Dinâmica de encerramento