Post on 22-Jan-2018
Ipomoea batatas
A cultura da batata doce
Origem Américas Central e do Sul
Desde a Península de Yucatam, no México, até a Colômbia
Mais de dez mil anos Batatas secas - cavernas no vale de Chilca Canyon, Peru
Escritos arqueológicos - Maias - América Central
Dicotiledônea – Convolvulaceae ± 50 gêneros e mais de 1000 espécies Ipomoea batatas - expressão econômica
Ipomoea aquatica - também é cultivada como alimento, principalmente na Malásia e na China, sendo as folhas e brotos consumidos como hortaliça.
I. aquatica
Botânica Caule herbáceo; prostrado, com ramificações de
tamanho, cor e pilosidade variáveis
Folhas largas, com formato, cor e recortes variáveis; pecíolo longo
Flores hermafroditas
Fecundação cruzada
AUTOINCOMPATIBILIDADE
Frutos: cápsula deiscente; 2-4 sementes (6mm)
Da fertilização da flor à deiscência do fruto-6 semanas (Edmond & Ammerman, 1971)
Anatomia As raízes tuberosas - 5 ou 6 feixes de vasos
(hexárquicas)
As raízes absorventes apresentam cinco feixes (pentárquicas).
Pele fina (poucas camadas de células; uma camada de aproximadamente 2 mm denominada de casca e a parte central denominada de polpa ou carne).
A pele se destaca facilmente da casca, mas a divisão entre a casca e a polpa nem sempre é nítida e facilmente separável, dependendo da variedade, do estádio vegetativo da planta e do tempo de armazenamento.
Formatos redondo, oblongo, fusiforme ou alongado. Podem conter veias e dobras e possuir pele lisa ou rugosa.
Vermelho= cels do xilema (transportam água) Azul = cels do câmbio Rosa= grãos de amido no parênquima (energia) Marrom= camada mais externa
Crédito: DR KEITH WHEELER
Genética 13 espécies de Ipomoea
11 - 30 cromossomos (n=15);
01- 60 cromossomos
I. batatas - 90 cromossomos (King e Bamford 1937)
Hexaplóide e autoincompatível
As sementes botânicas Fonte para combinações genéticas
Utilizadas nos programas de melhoramento (Folquer, 1978).
Diversidade genética + 8.000 acessos em BG (Zhang et
al., 2000)
5526 são mantidos in vitro no BG do CIP no Peru ) oriundos de 57 países (Huaman and Zhang, 1997; Huaman et al., 1999; Zhang et al., 2000).
2589 acessos oriundos da América Latina
Papua New Guinea estima-se 5000 cultivares (Takagi, 1988).
Efficient embryogenic suspension culturing and rapid transformation of a range of elite genotypes of sweetpotato (Ipomoea batatas [L.] Lam.)
Yang et al., 2011
Traits: YLD= Storage root yield, t ha-1; DM = dry matter content of storage roots, %; PRO= protein content of storage roots, % DM; STA= starch content of storage roots, % DM; SUC= sucrose content of storage roots, % DM; BC= β-carotene content of storage roots, ppm DM; Fe= iron content of storage roots, ppm DM; Zn = zinc content of storage roots, ppm DM; Ca = calcium content of storage roots, ppm DM; Mg = magnesium content of storage roots, ppm DM.
Introdução
Cultivo em pequena escala
Cultura marginal – ganho extra
Pouco uso de tecnologia e sem orientação profissional
Cultivo empírico
Baixos índices de produtividade
Baixa qualidade dos produtos
Composição e uso Alimento energético (Quadro 5)
Ao ser colhida, apresenta cerca de 30% de MS 85% de carboidratos Maior teor de matéria seca, carboidratos, lipídios, cálcio e fibras que a batata Mais carboidratos e lipídios que o Inhame Mais proteína que a mandioca.
Durante o armazenamento, parte do amido se converte em açucares solúveis, atingindo de 13,4 a 29,2% de amido e de 4,8 a 7,8 % de açucares totais redutores (Miranda et al, 1995).
Vitaminas A e B
Produção X Produtividade
Evolução no sistema de produção
6° lugar entre as hortaliças mais plantadas no Brasil
500.000 t/ano
48.000 hectares
Panorama mundial Cultivada em 111 países Ásia - 90% da produção
China > produtor= 100 milhões de t
África - 5% 2% - países industrializados como
os EUA e Japão. (Woolfe, 1992; FAO, 2001)
A batata-doce é cultivada – desde latitude de 42 ºN até 35 ºS, desde o nível do mar até 3000 m de altitude. Climas diversos:
Cordilheiras dos Andes; em regiões de clima tropical, como o da Amazônia; temperado, como no do Rio Grande do Sul e até desértico, como o da costa do Pacífico.
Uganda
Milhões de hectares de terras foram arrendadas em alguns dos países mais pobres da África para cultivar frutas e legumes para os países ricos.
Foto: Francois Xavier Marit / AFP / Getty Images
Rusticidade Adapta-se melhor em áreas
tropicais = > proporção de populações pobres
Cultura rústica Grande resistência a pragas
Pouca resposta à aplicação de fertilizantes
Cresce em solos pobres e degradados.
Comparada ao arroz, banana, milho e sorgo, é mais eficiente em quantidade de energia líquida produzida /área/tempo.
Produz grande volume de raízes/ciclo curto/custo baixo, durante o ano inteiro.
7° lugar - volume de produção mundial
15° lugar - valor da produção ( baixo custo de produção)
Produtividade brasileira 14 t/ha
R$3400/ha ou US$1300 (tecnologia)= 22 t/ha (1.100 caixas/ha)
R$9,50/cx= retorno do triplo do capital investido / 4 a 5 meses
Tecnologia Qualidade do produto Aumenta aceitação Aumenta o poder de barganha no momento da comercialização
Brasil – cultiva-se em todas as regiões Sul e Nordeste Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Pernambuco e Paraíba
Nordeste Importância social (alimento energético, vitaminas e proteína) População mais carente e melhor clima Produtividade é mais baixa
Região Área plantada (ha) Produtividade (t/ha)
Norte 41.999 11,9
Nordeste 19.527 9,3
Sudeste 5.454 16,4
Sul 16.362 13,3
Centro-Oeste 163 16,9
Estados Área plantada (ha) Produtividade (t/ha)
AM 399 21,67
ES 175 21,09
SC 1658 17,87 IBGE,2010
Cultura
Resistência à seca
Fácil cultivo – rudimentar
Sem fertilizantes, agrotóxicos ou irrigação.
Baixo custo de produção – demanda menos fertilizantes, irrigação e mão-de-obra.
Permite colheita prolongada – não há momento específico de colheita
Ciclo perene
Colheita pode ser parcelada, antecipada, ou retardada,
Desvantagens
É de “difícil” preparo Descascada, picada e cozida
Tem aparência “ruim” Tortuosidade das raízes
Torrões, pedras e fendas do solo.
Orifícios e galerias
Larvas de insetos
Nematóides
Tiririca
Altos teores de produtos fenólicos Aumentam a resistência a pragas
Escurecimento da polpa quando exposta ao ar
Desvantagens Forma manchas – produz látex que se fixa
facilmente na pele e em tecidos - de difícil remoção.
Formação de gases - possui um inibidor da digestão que reduz a ação de enzimas digestivas como a tripsina e quimiotripsina (Ryan, 1981). O prolongamento do tempo de digestão favorece a fermentação dos alimentos no trato intestinal.
É pouco valorizada –
Exportação rara
Consumida por famílias de baixa renda - meio rural.
Raramente é citada como ingrediente em livros de receitas.
Vantagens Baixo IG – Índice glicêmico
Libera a glicose de forma gradual
Alimento dos atletas
Louisiana Agricultural Experiment Station, em 1981 - Variedade Beauregard
Embrapa – Programa Biofort
= padrão proteico de suplementos vendidos até pouco tempo no exterior para controle da glicose no sangue de portadores do distúrbio
Rica em Betacaroteno
25 a 50g suprem a necessidade diária de provitamina A
Usos Cozida
Frita -rodelas /palitos
Substituta do trigo – pães e bolos
Amido ou farinha
Indústria de alimentos - fabricação de doce em pasta ou cristalizado polpa de batata-doce, açúcar e geleificante.
Alimentação animal
Produção de álcool
Raízes
Reserva ou tuberosa - constitui a principal parte de interesse comercial. Formam-se desde o início do desenvolvimento da planta, sendo facilmente identificadas pela maior espessura, pela pouca presença de raízes secundárias e por se originarem dos nós.
Absorvente, responsável pela absorção de água e extração de nutrientes do solo. As raízes absorventes se formam a partir do meristema cambial, tanto nos nós, quanto nos entrenós. São abundantes e altamente ramificadas, o que favorece a absorção de nutrientes
Pele/Casca/Polpa - roxo, salmão, amarelo, creme ou branco
Roxo - antocianina
Laranja - betacaroteno
QUEBRA DA DOMINÂNCIA APICAL As raízes tuberosas – desenvolvem
gemas vegetativas que se formam a partir do tecido meristemático localizado na região vascular, quando a raiz é destacada da planta ou quando a parte aérea é removida ou dessecada.
As primeiras gemas e o maior número delas surgem nas extremidades .
Caule O caule (rama), pode ser
segmentado e utilizado como rama-semente
As ramas-semente emitem raízes em tempo curto – 3 a 5 dias
Dependem da temperatura e da idade do tecido . Mais rápido
Temp. elevada Ramas novas
Paredes menos lignificadas Maior n° de células meristemáticas Menor tempo para ocorrer o processo de
totipotência
Propagação a) Batatas - em promover a brotação de
batatas selecionadas, utilizando-se posteriormente estas brotações inteiras, denominadas de mudas, ou segmentadas, denominadas de ramas-semente Inverno muito rigoroso (túnel) Batatas de boa qualidade 80 cm em leiras 10 cm em canteiros Cobertas por 3 cm de solo Baixa umidade (não apodrecimento
das batatas) 20 ramas de 30cm/raiz 1 ha = 300 kg de batatas com massa
média de 200 g.
Cont. Propagação b) Ramas-semente ou estacas de uma
cultura em desenvolvimento Plantas matrizes – devem ficar em
viveiros protegidos Ideal = 60 cm do ponteiro
6-8 entrenós (cerca de 30 cm) Matrizes devem ter 2 a 3 meses
Ramas - selecionadas e tratadas com defensivos
Partes mais novas (menos patógenos e mais vigor)
Termoterapia Cultura de tecido meristemático
Cont. Propagação c) cultivando-se uma área como viveiro de mudas
Para obter um ha com 30.000 plantas são necessárias 6.000 plantas em viveiro de 2° ciclo
2.000 m2 (2° ciclo); 400 m2 (1° ciclo);
Recontaminação – 3 ciclos
Isolados dos campos de produção
Pesquisas
Enraizamento de folhas (Martin, 1982);
Micropropagação in vitro (Love et al , 1987; Peters et al, 1989);
Cultura de protoplasma seguida do encapsulamento dos embriões para se obter sementes sintéticas (Torres et al, 1999).
Remoção das folhas das ramas-semente
Se destacam da rama em alguns dias após o plantio e, como o enraizamento ocorre em três a cinco dias, não se justifica a execução de tal trabalho, embora as folhas se constituam superfície transpirante que favorece a desidratação das ramas.
Embrapa (2003)
The triple S system
The triple S system Storage in Sand and
Sprouting
Fornece mudas para plantio em áreas com períodos longos de seca
Clima e solo Temperatura média > a 24 ºc
< 10 ºC, o crescimento da planta é severamente retardado
Não suporta geada
Pluviosidade anual média de 750 a 1000 mm (500 mm durante a fase de crescimento)
1ª semana após o plantio = a fase crítica de disponibilidade de umidade no solo
preferencialmente arenoso, bem drenado, sem presença de alumínio tóxico, com pH ligeiramente ácido e com alta fertilidade natural.
pH entre 4,5 e 5,5 = menor ocorrência de sarna (Streptomyces spp.).
Atenção!!! Solos muito ácidos, geralmente têm níveis elevados de alumínio solúvel = calcário dolomítico.
Cont. solo Boa drenagem
Evitar lençol freático pouco profundo ou sujeitos a longos períodos de encharcamento
Formam raízes longas, denominadas de “chicote”.
Topografia Pouco declive= mecanizadas
Relativamente acidentadas = leiras em nível
Preparo do solo Leiras ou camalhões com 30 cm de altura, distanciadas de 80 cm
Sulcador com dois bicos
Arar e gradear antes
Fertilizantes devem ser distribuídos nas linhas correspondente às leiras, antes da sua construção, de forma que os fertilizantes fiquem localizados na base das mesmas (Embrapa, 2003).
Foto: João Bosco Carvalho da Silva
Nutrição Sistema radicular muito ramificado = eficiente
na absorção de nutrientes (P) raros os resultados positivos de adubação fosfatada (Breda Filho et al,
1966; Camargo et al., 1962; Camargo, 1951).
Rotação com outras hortaliças NÃO aduba.
Para uma produção de 30t/ha de raízes, extrai cerca de 129Kg/ha de N; 50kg/ha de P2O5 e 257Kg/ha de K2O (Miranda et al., 1987).
Alta disponibilidade de N= intenso crescimento da parte aérea, em detrimento da formação de raízes de reserva.
Deficiência de N= redução da fotossíntese, amarelecimento e queda das folhas basais.
Adubação nitrogenada até os 45 dias (entrelaçamento das ramas).
K, Ca e Mg Metade da dose no plantio e o restante
aos 45 dias.
Os nutrientes cálcio e magnésio são geralmente supridos através da calagem com calcário dolomítico.
Solos com baixa fertilidade (cerrado) aplicar 10 a 20kg/ha de bórax.
Matéria orgânica Promove o arejamento facilitando o crescimento lateral das
raízes
Ciclo relativamente longo, ocorre a liberação mais lenta dos minerais durante a decomposição da matéria orgânica mantendo um equilíbrio entre a formação de partes vegetativas e a acumulação de reservas.
20 a 30t/ha de esterco de gado
Cultivares Variam - a cor da casca e polpa e formato
Preferência popular variável/região
Variedades locais - permuta entre produtores.
Porteirinha – MG, a cultivar local, denominada de Paulistinha, atingiu 54,50 t/ha, para a colheita realizada aos 200 dias (Resende, 2000).
Distrito Federal e contorno, a variedade Brazlândia roxa é a mais cultivada , produtividade média de 25t/ha (Miranda, 1989)
Adaptabilidade da cultivar às condições climáticas da região
Resistência a pragas e doenças
‘Beauregard’
Características de desenvolvimento da planta
Tamanho das folhas - estreitas e recortadas
Comprimento das ramas – longas > competição e dificultando os tratos culturais
Posição das batatas – Próximas ou distantes da planta.
Espessura da rama – Finas – menos suscetíveis ao ataque da broca-da-rama (Megastes pusialis) - o Ø da rama é insuficiente para a lagarta formar os casulos.
Cor da casca= da pele (não nota-se esfolamento). Lavadores mecanizados comumente utilizados para cenoura e batata.
Ausência de defeitos – > valor comercial são as raízes lisas, retas, de formato alongado, ± 20 cm de comprimento e peso de ± 300g.
Plantio
Estaquia
Manual
Bengala
Distribuição das ramas ao longo da leira
Enterrar no mínimo 1/3 da rama
Preparo das leiras
Cont. plantio
Falta de água – plantar lateralmente e na base das leiras
Plantio mecanizado
Tratos culturais
Capina Manualmente, uma vez que não existem
herbicidas registrados para essa cultura.
Alta infestação de plantas daninhas Preparo do solo duas ou três semanas antes
do plantio Emergência das plantas Eliminação com herbicidas não residuais de
ação de contato ou sistêmico, que deve ser aplicado na véspera do plantio.
Competição até 45 dias após plantio Clima Cultivar
Preservar a leira na capina
Tratos culturais Amontoa
Reforma das leiras Escarifica o solo, tornando-o mais solto Veda as rachaduras do solo (raízes)
Insetos-praga fazem a postura diretamente nas raízes, favorecendo a sua danificação.
Uma única vez, alguns dias após a última capina
Manual ou mecânica (sulcador) Antes do entrelaçamento das ramas
Replantio Recomendada quando mais de 10% das
ramas não vingarem.
Consórcio
Em pomares ou lavouras com plantas de porte alto, principalmente durante a fase de formação dessas plantas (Leal et al, 1996).
Irrigação Irrigação 500 mm de lâmina de água/ciclo produtivo
Primeira semana após o plantio
Em termos práticos Duas vezes por semana, até os 20 dias Uma vez por semana, dos 20 aos 40 dias; e A cada duas semanas, após os 40 dias até a
colheita (Miranda et al., 1995).
A batata-doce possui um sistema radicular profundo (75 a 90cm) e ramificado Explora maior volume de solo e absorver
água em camadas mais profundas do que a maioria das hortaliças.
Colheita
Definido por tamanho e peso da batata (300g).
Antecipada Menor produtividade
Retardada Maior dano por insetos, por
permitir maior número de ciclos das pragas, além de se formarem raízes grandes e frequentemente mais defeituosas.
Manual e mecanizada
Lavagem Brasil
SP = 90% da batata-doce é lavada
Depende do solo
Argiloso
Arenoso
Deve ser evitada, pois prejudica a conservação e aumenta as perdas devido ao ataque de patógenos.
Correto
Escovar as batatas para retirar a terra.
Se lavar deve-se secá-las bem
Se houver necessidade de armazenamento, as batatas não devem ser lavadas (Miranda et al., 1995).
Manual ou mecanizada
Pós-colheita Cura
Venda por atacado
80 – 86 °C
UR (85-95%)/ 4 – 7 dias
Formando uma epiderme corticosa
Perda de água
Aumento no teor de açúcares
http://www.worldcrops.org/crops/Sweet-potato.cfm
Classificação e Embalagem
Normas NÃO oficiais de padronização de tamanho:
Extra A - 301 a 400g Lisas Sem defeitos Alongadas e uniformes Diâmetro entre 5 e 8cm Comprimento entre 12 e
Extra B - 201 a 300g
Especial – 151 a 200g
Diversos – 80 a 150g ou maiores que 400g.
A embalagem mais utilizada é a caixa tipo K, com capacidade para 24 a 26kg.
Comercialização Volume de venda nos supermercados e nos
atacadistas é pequeno.
Falta produção programada ou organizada - cooperativas ou associações.
O maior volume de vendas ocorre em mercados de periferia, como as feiras e quitandas
Ciclo vicioso de baixa qualidade do produto, baixo valor pago ao produtor, pouco investimento, baixo nível tecnológico.
Resistência a pragas e doenças Uma das hortaliças mais cultivadas em períodos
quando não se utilizavam agrotóxicos;
Presença de fitoalexinas, extraída pela primeira vez nesta planta, funcionavam como antibióticos naturais. Müller e Börger – 1940, citado por Woolfe (1992)
Quando as raízes são danificadas por fungos patogênicos, tais como Ceratocystis fimbriata (Clark & Moyer, 1988) ou Fusarium solani (Wilson, 1973) ou então invadidas por brocas como Euscepes postfasciatus (Uritani et al. 1975), a planta reage ao ataque, produzindo uma variedade de sesquiterpenos que tornam o tecido vegetal amargo e com odor forte (Schneider et al., 1984).
Controle da soqueira
Ramas Pequenas batatas Pedaços de raiz podem
originar novas plantas, constituindo a soqueira
hospedam pragas e patógenos
Controle manual difícil Herbicida
Rotação de culturas
Plantios sucessivos Aumentam a ocorrência de
pragas e doenças Redução da produtividade.
Intercalar com milho
Deve ser evitado o plantio da batata-doce em seguida a uma leguminosa excesso de N provoca grande
desenvolvimento vegetativo e pouca produção de batatas.
Distúrbios Produção intensiva, ocorre maior oportunidade
de ataque de pragas e doenças
Reconhecimento precoce
Maioria das pragas e doenças importantes causa danos às raízes, depreciando o produto
Controle difícil
Produto químico no solo tem implicações sérias, dos pontos de vista toxicológico, ambiental e econômico
Cont. distúrbios O sistema de propagação vegetativo favorece a disseminação
de pragas e doenças
Crescem em contato com o solo ou próximo dele
Os cortes e ferimentos facilitam a penetração de microorganismos;
O teor de umidade dos tecidos é alto
Formados durante o crescimento vegetativo da planta-mãe
Não são protegidos por estruturas das flores e dos frutos
Não possuem mecanismos de "filtragem" de vírus (sementes verdadeiras).
Produz compostos fenólicos, fenoloxidase, látex e fitoalexinas que evitam a proliferação ou colonização dos patógenos
Danos maiores na fases de formação de mudas (viveiro) e de pós-colheita, quando são baixas as concentrações dessas substâncias de ação imunológica
Mal-do-pé (Plenodomus destruens)
Manchas, podridões e morte
Necrose úmida, que anela o caule e interrompe a absorção de água e nutrientes. 5 a 10 cm acima do colo (não sistêmica).
Na fase inicial, as plantas murcham e amarelecem. Plantas sobrevivem através das raízes adventícias
Nas necroses mais velhas ou sob a pele das raízes atacadas - pontuações negras brilhantes que são frutificações do fungo.
Fontes de inóculo Ramas contaminadas - infecções no coleto da planta - grande quantidade
de esporos – respingos
Incorporação dos restos da cultura
Controle
MIP
Desinfecção de ramas com fungicida à base de Thiabendazole (Tecto ou similar) com imersão durante 5 min em uma solução contendo 0,5% do princípio ativo, (Lopes & Silva, 1991)
Ramas-sementes retiradas das partes mais novas das plantas resultam em menor incidência de doença (Lopes & Silva, 1993).
Dentre as cultivares mais conhecidas, a cultivar Princesa é a que possui maior nível de resistência ao ataque do fungo (Lopes & Miranda, 1989).
Nanismo - SPFMV É causada por uma das várias raças do vírus
“Sweet potato feathery mottle virus" que é mundialmente disseminado.
Brasil - raça causadora do Nanismo (Di feo, 1989).
Redução de toda a parte aérea da planta; folhas cloróticas e pequenas, ramas finas e entre-nós curtos.
Cultura livre de vírus a produtividade pode dobrar
MIP
Isolamento de áreas superior a 90 m
Nematóides Meloidogyne e Rotylenchulus são
relatados como causadores de danos econômicos (Costilla, s.d).
Brasil - M. incognita e M. javanica
Ferimentos e rachaduras na batata Ferimentos minúsculos crescem de acordo
com o crescimento da raíz tuberosa.
Praticamente não reduz o crescimento – raízes adventícias
As mini galhas são recobertas por tecidos da raiz e formado câmaras - racham dificultando a identificação
Controle
Conhecer o histórico das áreas, evitando aquelas que tenham sido cultivadas com plantas suscetíveis como quiabo, feijão, tomate, alface e batata;
Utilizar cultivares resistentes;
Material sadio;
Nematicidas nas áreas de viveiros;
Fazer rotação de cultura com arroz, milho, cana ou outras gramíneas;
Fazer cultivo de crotalária ou outras plantas antagônicas;
Eliminar soqueiras.
Desordens não infecciosas Fermentação – solo encharcado – formam
etanol e acúmulo de CO2
Alta umidade Entumecimento de lenticelas – diminui o
crescimento e forma-se tecidos entumecidos (bolhas)
Raiz-chicote
Rachaduras Nematóides Bactéria Streptomyces sp. Variações de temperatura Flutuações de umidade no solo Excesso de adubação nitrogenada
Escaldadura – exposição à radiação solar por mais de 30 min.
Coração duro - a raiz permanece dura após o cozimento. Ocorre quando as raízes são armazenadas à temperaturas baixas (1,5 ºC por um dia ou 10 ºC por 3 dias).
Cont. desordens Decomposição interna - o tecido da raiz se
torna esponjoso ou ocado. Solo (5 a 10 ºC) ou armazenamento por longo tempo em condições de baixa UR
Mutações somáticas - são deformações, variegações e fasciação (ramas geminadas)
Brotação prematura da raiz Excesso de N e/ou MO Excesso de irrigação Dano severo na rama principal
Mal-do-pé Broca-da-rama
Pragas
Broca-da-raiz (Euscepes postfasciatus, Coleoptera, Curculionidae) - não voa!!!
Broca-das-hastes (Megastes pusialis, Lepidoptera, Pyralidae) - danos severos
Resistência da planta
Antibiose
Práticas culturais que favorecem o manejo de pragas
Utilização de material de propagação isento de pragas
Tratamento de ramas
Escolha da área
Isolamento da cultura
Preparo do solo
Adubação, correção da acidez, irrigação e capinas
Métodos biológicos
Plantas sadias
Cultivo de meristemas e indexadas para viroses
A manutenção de sistemas individuais de produção de ramas sadias
Restabelecimento das leiras
Antecipação da colheita
Destruição de soqueira
Rotação de culturas
Utilização de agrotóxicos