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SANDRA REGINA GOMES DA SILVA
CROMO NA FORMA ORGÂNICA PARA FRANGOS DE CORTE ESTRESSADOS
POR CALOR
TERESINA, PIAUÍ
2011
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SANDRA REGINA GOMES DA SILVA
CROMO NA FORMA ORGÂNICA PARA FRANGOS DE CORTE ESTRESSADOS
POR CALOR
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciência Animal da
Universidade Federal do Piauí, para obtenção
do título de Mestre em Ciência Animal, Área
de Concentração: Produção Animal.
Orientador: Prof. Dr. Márvio Lobão Teixeira de Abreu
Co-Orientador: Prof. Dr. João Batista Lopes
TERESINA/PI
2011
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S586c Silva, Sandra Regina Gomes da
Cromo na forma orgânica para frango de corte
estressados por calor. / Sandra Regina Gomes da
Silva . – 2011.
45 f.: il.
Dissertação(Mestrado em Ciência Animal) –
Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2011.
Orientador: Prof. Dr. Mávio Lobão Teixeira de
Abreu.
1. Avicultura 2. Estresse 3. Minerais I.
Título.
CDD 636.5
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CROMO NA FORMA ORGÂNICA PARA FRANGOS DE CORTE ESTRESSADOS
POR CALOR
Sandra Regina Gomes da Silva
Dissertação aprovada em: 18/08/2010
Banca examinadora:
Prof. Dr. Márvio Lobão Teixeira de Abreu– CCA/UFPI
Orientador
Prof. Dr. Felipe Barbosa Ribeiro CCAA/UFMA
Examinador Externo
Prof. Dr. Amilton Paulo Raposo Costa CCA/UFPI
Examinador Interno
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À minha família, amigos, professores e
colegas.
Dedico
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“Não devemos nos esquecer do nosso passado,
de onde viemos, do que fizemos, dos caminhos
que percorremos. Não podemos esquecer de
nossas vitórias, nossas quedas e nossas lutas”
Letícia Thompson
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AGRADECIMENTOS
À DEUS que sempre me iluminou.
Aos meus amados pais Maria e Francisco, por terem investido na minha formação sem nunca
terem medido esforços para que eu tivesse o melhor; por representarem o exemplo que
sempre quis seguir e por estarem sempre ao meu lado me apoiando, pelo amor que doaram e
por tudo que sou.
Aos meus queridos e amados irmãos Francisca, Antônio, José e Fernando e a seus filhos,
meus sobrinhos pela presença constante em minha vida, pelo companheirismo, pelo amor que
sempre nos uniu e pelos momentos felizes que sempre compartilhamos.
Aos amigos e amigas a quem os amo e admiro, pelo incentivo, pela amizade, força, por serem
a família que escolhi.
Aos demais membros da minha FAMÍLIA, pelo apoio e carinho necessários, em especial tio
Pedro e Tia Raimunda;
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, pelo apoio
financeiro pelo financiamento do projeto.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Marvio Lobão Teixeira de Abreu, exemplo de pesquisador,
competência e sabedoria, e por ter me oferecido a oportunidade de ser sua aluna de Mestrado.
Aos Professores Dr. Manoel Henrique Klein Júnior e Silvana M. M. S. Silva, João Batista
Lopes, pela imensa ajuda oferecida na parte final da parte experimental do projeto;
Aos colegas e amigos, Snaylla Aumendra; Daniel Leal; Antonio B. G. Leal; Yatta L. Boakari;
Cristian e Jarsão pela imensa ajuda na colheita e processamento das amostras.
Aos professores da Pós-graduação em Ciência Animal da Universidade Federal do Piauí
Aos funcionários da Pós-graduação, Luis Gomes da Silva, Laelma e Vicente, sempre
prestativos;
Aos meus colegas de pós-graduação, pela amizades e momentos de descontração.
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SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS.............................................................................................................viii
RESUMO...................................................................................................................................ix
ABSTRACT...............................................................................................................................x
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................11
2 CAPÍTULO I: Cromo na forma orgânica em rações para frangos de corte estressados por
calor...........................................................................................................................................18
ABSTRACT..............................................................................................................................18
RESUMO..................................................................................................................................20
2.1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................21
2.2 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................................23
2.3 RESULTADOS E DISCUSÇÃO.......................................................................................28
2.4 CONCLUSÕES..................................................................................................................37
2.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................38
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DA INTRODUÇÃO GERAL.................................42
vii
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LISTA DE TABELAS
Tabela Página
Tabela 1. Composição percentual e calculada da ração basal fornecida às 27
aves no período de um a 21 dias de idade
Tabela 2. Composição percentual e calculada da ração basal fornecida às 28
aves no período de vinte e um a 41 dias de idade
Tabela 3 - Desempenho e mortalidade de frangos de corte alimentados 32
com diferentes níveis rações suplementadas com cromo- metionina
Tabela 4- Pesos, absoluto e relativo de órgãos linfóides (bolsa cloacal, baço 34
e timo) de frangos de corte aos 21 e aos 41 dias de idade, mantidos em
estresse por calor e recebendo ração suplementada com diferentes níveis
de cromo- metionina
Tabela 5- Pesos absoluto e relativo de órgãos digestivos (fígado, moela e 35
intestino) e coração de frangos de corte aos 41 dias de idade, mantidos em
estresse por calor e recebendo ração suplementada com diferentes níveis
de cromo-metionina.
Tabela 6- Rendimento de carcaça e de cortes nobres de frangos de corte 36
alimentados com rações suplementadas com cromo-metionina
viii
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Resumo
O experimento foi conduzido com o objetivo de avaliar o efeito da suplementação de cromo-
metionina, sobre o desempenho, pesos dos órgãos linfóides, dos órgãos digestivos, coração e
rendimento de cortes nobres de frangos de corte de 1 a 41 dias de idade, mantidos sobre
estresse por calor. Foram utilizados 400 pintos de corte da linhagem Cobb, em um
delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (0; 350; 700;
1050 e 1400 μg/kg de cromo na ração, quatro repetições e vinte aves por unidade
experimental. Observou-se efeito quadrático dos tratamentos sobre a conversão alimentar dos
animais, no período de 1 a 21 dias, estimando-se em 667 μg/kg o melhor nível de cromo-
metionina. Não houve efeito dos tratamentos sobre os outros parâmetros de desempenho e de
rendimento de cortes nobres nas fases estudadas nem sobre o peso relativo e absoluto dos
órgãos linfóides das aves aos 21 e 41 dias de idade. Os tratamentos não influenciaram o peso
dos órgãos do sistema digestório e coração dos frangos de corte aos 41 dias de idade. O
cromo na forma orgânica (cromo-metionina) melhora a conversão alimentar de frangos de
corte, mantidos em ambiente de estresse por calor, no período de 1 a 21 dias de idade.
Palavras-chave: avicultura, estresse, minerais
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Abstract
Chromium in organic form in diets for broiler chickens stressed by heat
The present study was conducted to evaluate the effect of chromium dietary supplementation
on performance, weights of lymphoid organs, digestive organs, heart, carcass and noble
cuttings of broilers from 1 to 41 days of age kept under heat stress. We used 400 chicks
Cobb. The experimental design adopted was a completely randomized, the treatments
consisted of basal diet supplemented with chromium-methionine: 0, 350, 700, 1050 and 1400
μg/kg. There was a quadratic effect of treatments on feed the animals in the period from 1 to
21 days, estimated at 667 μg/kg the better level chromium-methionine. There was no
treatment effect on other parameters of performance and yield cuts in the studied stage or
about absolute and relative weight of lymphoid organs in broilers to 21 days and from 41
days of age. There was no effect of the treatment on the weight of the organs of the digestory
system and heart of chicken broilers from 1 to 41 days age. The chromium in the organic form
(chromium-methionine) improves feed conversion of broiler chickens, kept in an environment
of heat stress, from 1 to 21 days of age.
Keywords: aviculture, stress, minerals
x
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1. INTRODUÇÃO
A evolução da seleção genética na avicultura resultou em frangos de corte precoces e
com grande eficiência para converter diferentes alimentos em proteína animal. Isso permitiu o
grande crescimento da avicultura nas duas ultimas décadas, com aves terminadas em períodos
de tempo cada vez menores e com melhor conversão alimentar. No entanto, estas aves têm
apresentado menor capacidade fisiológica de suportarem condições estressantes (YAHAV et
al., 2000).
O clima tropical, no Brasil, (altas temperatura e umidade) tem interferido negativamente
na produtividade e na qualidade da criação de frangos de corte devido, principalmente, ao
aumento da mortalidade, diminuição da ingestão de alimento e piora na conversão alimentar
(SILVA E SILVA, 2001).
Aves submetidas a temperaturas ambientais fora da zona de termoneutralidade
respondem com comportamentos alimentares e atitudes físicas características. À medida que
os efeitos da temperatura ambiente elevada sobre as aves se intensificam, diversas respostas
fisiológicas são desencadeadas com o objetivo de aumentar a dissipação e reduzir a produção
metabólica de calor (ALTAN et al., 2003). Ao elevar a temperatura corporal, em função de
aumento da temperatura ambiental, as aves aumentam a freqüência respiratória e reduzem o
consumo de ração, na tentativa de manter a temperatura corporal dentro de limites
fisiológicos. É sabido que o consumo médio da água geralmente corresponde a duas vezes o
consumo alimentar, entretanto, essa relação aumenta em condições de temperaturas
extremamente altas, com isso, reduzem o consumo ideal de nutrientes (LANA et al., 2000).
11
12
Quando a taxa de crescimento nas aves é reduzida, ocorre um ajuste no turnover dos
tecidos, onde alguns tecidos respondem mais rapidamente que outros (tecidos viscerais >
adiposo > muscular). Provavelmente, isto seja resultante de alterações endócrinas
(HORNICK et al., 2000). Os tecidos viscerais possuem uma maior capacidade de redução de
tamanho em condições de subnutrição e, por conseqüência, eles reduzem suas atividades
metabólicas mais efetivamente, se comparados aos tecidos de carcaça. Por exemplo, no fígado
e no intestino, qualquer período de subnutrição pode ser imediatamente observado diminuição
destes órgãos (LAWRENCE et al., 2002).
Em geral, os quadros de estresse se manifestam com distintos graus de involução do
sistema linforreticular. O peso proporcional e a morfologia dos órgãos linfóides são adotados
para avaliar a resposta de casos de estresse (REVIDATTI et al., 2002). A liberação de
corticosterona pode ocasionar a involução do tecido linfóide (timo, bursa de Fabricius e baço)
e a supressão da imunidade humoral e celular (ROSALES et al., 1989). A perda de peso que
acompanha a hipotrofia e a redução dos órgãos linfóides constitui um indicador muito
sensível do estresse nas aves. A regressão temporária da bursa de Fabricius com conseqüente
imunodepressão tem sido reportada em diferentes tipos de estresse (SIEGEL, 1990), ou com
injeção de corticosterona (PUVADOLPIROV E THAXTON, 2000).
Medidas podem ser tomadas para minimizar as perdas decorrentes do estresse por calor,
destacando-se, entre outras, a utilização de ventiladores e nebulizadores, aclimatação das
aves, utilização de ácido ascórbico, eletrólitos, manejo da água de bebida (BORGES et al.,
2003).
Dentre as estratégias nutricionais, a suplementação com minerais e vitaminas pode se
constituir em ferramenta útil para o favorecimento do desempenho das aves estressadas por
calor. Isto se deve ao conhecimento de que as altas temperaturas ambientais diminuem as
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concentrações de vitaminas e minerais no soro sanguíneo, bem como, aumenta a excreção
mineral em aves (LANA et al., 2000).
Entre os minerais mais estudados em ambientes de estresse, destaca-se o cromo.
Quando utilizado em dietas para aves, o cromo mostra-se eficaz em reduzir os efeitos
negativos causados pelo estresse por calor, mantendo elevada produtividade e qualidade dos
ovos (ARAÚJO et al., 2007).
O cromo é um elemento metálico encontrado nos estados de oxidação 0, +2, +3, +6,
sendo a forma trivalente a mais estável, este é reconhecida como um elemento traço essencial
exigido no metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídeos (MERTZ, 1992).
Caracterizado como um elemento traço essencial, o cromo participa da formação da
molécula conhecida como fator de tolerância a glicose (GTF) exerce desta forma, seu papel
fisiológico principal. Esta forma biologicamente ativa do cromo é uma molécula orgânica
composta por ácido nicotínico, glicina, ácido glutâmico, cisteína, cálcio e cromo (MERTZ,
1993). Sabe-se que sem o cromo a molécula de GTF é inativa (HOSSAIN et al., 1998).
O GFT foi isolado de leveduras por Shuwarz e Mertz em 1959. Sobre seu mecanismo
de ação, o GTF funciona como um carregador de cromo para proteínas celulares deficientes
neste elemento (VINCENT, 1994). O cromo aumenta a fluidez da membrana celular para
facilitar a ligação da insulina com seu receptor, aumentando a sensibilidade da célula à glicose
(EVANS E BOWMAN, 1992). O cromo ainda foi caracterizado como componente
participante do mecanismo de amplificação da sinalização celular da insulina, ou seja, um
fator colaborador do aumento da sensibilidade de receptores insulínicos na membrana
plasmática (VINCENT, 1999). Este estimula a atividade da insulina, potencializando suas
ações, facilitando o acoplamento insulina-receptor da superfície da célula (MORRIS, 1993).
O cromo é necessário como cofator na mobilização da glicose da circulação para os tecidos
14
periféricos (ANDERSON E MERTZ, 1977). Desta forma, ocorre potencialização da atividade
anabólica da insulina, sendo a função principal do GTF a regulação dos níveis sanguíneos da
glicose. Quando ligada ao seu receptor, a insulina possibilita a absorção e o metabolismo
celular da glicose participando do metabolismo bioquímico de sua remoção do sangue. Uma
vez, absorvida pela célula, este carboidrato é utilizado como fonte de energia o qual, por
regulação anabólica pelo hormônio do crescimento (GH) e um fator de crescimento insulínico
I (IGF-I) controlam a síntese de proteínas que proporcionam a manutenção e função dos
órgãos ( LINDER, 1985).
O cromo atua ainda como antioxidante, além de ser essencial para a ativação de certas
enzimas e estabilização de proteínas e ácidos nucléicos (LINDER, 1991). Este micromineral
pode acelerar a lipogênese a partir da glicose e armazenar os lipídeos no fígado e no tecido
adiposo (ROSEBROUGU E STEELE, 1981).
O mecanismo de absorção do cromo não é totalmente conhecido, mas em pesquisa feita
em ratos, foi observado que o cromo é absorvido na parte média do intestino delgado, seguido
pelo íleo e duodeno. Após a absorção o cromo é transportado por proteínas carregadoras de
ferro do plasma sanguíneo, denominada transferrina. A partir do intestino o cromo segue para
o fígado e quando os níveis de glicose sanguineos se elevam, a insulina é secretada,
aumentando os níveis de GTF e o cromo flui para o interior do plasma. Posteriormente o
cromo é excretado via urina (LINDER, 1985).
O cromo pode ser disponível nas dietas na forma inorgânica ou orgânica. Os compostos
inorgânicos do cromo têm baixíssima disponibilidade para os animais quando comparados
com as formas orgânicas, tanto que o oxido crômico é rotineiramente utilizado como
marcador indigestível nos estudos de digestibilidade dos alimentos “in vivo” (ANDERSON et
al., 1978). As razões desta pobre absorção são devido a formação de complexos insolúveis
15
durante a ingestão e a aderência de moléculas de cromo livre em seus antagonistas da dieta
(carboidratos). As formas inorgânicas de cromo mostram efeitos mínimos no desempenho
quando fornecidos nas dietas de animais (ANDERSON, 1988).
A deficiência de cromo resulta do estresse físico e metabólico que causam incremento
no metabolismo da glicose e aceleram a mobilização de cromo, e aumentaram a excreção
urinária, produzindo queda nas reservas corporais (ANDERSON, 1988). Yousef e Johnson
(1985) argumentaram que, durante o estresse incrementa-se o metabolismo da glicose e,
simultaneamente, há aumento da secreção do cortisol, que atua antagonicamente à insulina e
como depressor da função imune.
A suplementação da dieta com esse microelemento, o cromo trivalente, tende a reduzir
os efeitos nocivos do estresse em espécies domésticas (MOWAT, 1997). Segundo Fujimoto
et al. (2005), pacus submetidos a estresse por alta densidade de estocagem e alimentados
com ração suplementada com cromo trivalente apresentaram diminuição de cortisol
plasmático, indicando redução do estresse após sete dias de alimentação.
Em aves, a suplementação dietética de cromo orgânico resulta em melhora na
velocidade de crescimento, eficiência alimentar, rendimento de carne e qualidade de carcaça
com reduzida quantidade de gordura (GURSOY, 2000). Pode ter ainda efeito positivo no
crescimento e na eficiência alimentar de aves sob condições de estresse ambiental (LIEN et
al., 1999; SAHIN et al., 2003).
Araújo et al. (2007) trabalhando com diferentes níveis de cromo na ração de codornas
japonesas em fase de postura, concluíram que houve aumento no consumo e melhora na
conversão alimentar de aves, quando suplementados ao nível de 500 ppb na ração,
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observaram ainda que houve um aumento da produção de ovos comercializáveis, quando os
animais estavam em ambiente de estresse por calor.
Suplementando dietas de perus com 0,1 e 3 mg Cr/Kg, na forma de nicotinato de cromo,
Chen et al. (2001), observaram que 1 mg Cr/Kg aumentou singnificativamente o ganho de
peso e a consumo de ração entre 9 e 18 semanas de idade, porém, com o nível mais alto não
se observou difernça significativa em relação ao tratamento controle. Para rendimento de
peito, obteve-se o maior rendimento com a suplementação de 1 mg Cr/Kg e menor redimentos
com 3 mg Cr/Kg. Para o redimento de coxa, observou-se que independente do nível utilizado,
a suplementação de cromo proporcionou melhora no redimento.
Lien et al. (1999), trabalhando com suplementação de frangos de corte com 0, 800, 1600
e 3200 μg Cr na dieta, verificaram que 1600 μg Cr proporcionou maior consumo e maior
ganho de peso. Foi observado ainda que aves suplementadas com 1600 e 3200 μg Cr
apresentaram menores níveis de glicose sanguinea.
Avaliando o efeito da suplementação do cromo levedura (300 e 500 μg/kg Cr) sobre o
crescimento e caracteríticas de carcaça em frangos de corte, Króliczewska et al. (2005)
verificaram que a suplementação com 500 μg Cr proporcionou um aumento no peso corporal,
ganho de peso e conversão alimentar, quando comparado com a dieta basal e com 300 μg Cr.
O uso de cromo levedura na alimentação de frangos causou uma diminuição no nível e teor de
colesterol na carne.
Por outro lado, Lee et al. (2003), observaram que a suplementação da ração com cromo
não influenciou o ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar de frangos de
cortes. Vaz et al. (2009), trabalhando com a suplementação de frango de cortes estressados
por calor, mantidos em câmaras sob temperatura constante, observaram que não houve
17
influência no desempenho e nas caracateristicas das carcaças. Resultados semelhante foram
obtidos por Silva et al. (2007), ao trabalharem com a suplementação da ração com cromo,
observaram que este não alterou o desempenho, redimento de carcaça, qualidade de carne e
colesterol e, os parametros bioquimicos de frangos de corte.
O capitulo sequinte entitulado Cromo na forma orgânica em rações para frangos de
corte estressados por calor, será encaminhado à Revista Ciência Animal, estando seguindo assim,
as normas de publicação da citada revista.
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2 CAPÍTULO I
Cromo na forma orgânica em rações para frangos de corte estressados por calor
Chromium in organic form in diets for broiler chickens stressed by heat
Sandra R. G. da Silva1; Marvio L. T de Abreu
2; João Batista Lopes
2;
Daniel I. B. Leal
3;
Snaylla N. O. Almendra³, Manoel H. Klein Júnior4
RESUMO
Com o avanço da seleção genética as linhagens de frangos de corte apresentam-se com menor
desempenho frente a condições estressantes, sobretudo o estresse por calor tão comum num
Brasil de clima tropical e subtropical. Existem diversas medidas nutricionais, como a
suplementação com vitaminas e minerais, para diminuir os efeitos do estresse por calor nestes
animais. Dentre os minerais destaca-se o cromo como importante para o metabolismo dos
carboidratos e proteínas nas aves. O experimento foi conduzido com o objetivo de avaliar o
efeito da suplementação de cromo-metionina, sobre o desempenho, pesos dos órgãos
linfóides, dos órgãos digestivos, coração e rendimento de cortes nobres de frangos de corte de
1 a 41 dias de idade, mantidos sobre estresse por calor. Foram utilizados 400 pintos de corte
da linhagem Cobb, em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco
tratamentos (0; 350; 700; 1050 e 1400 μg/kg de cromo na ração, quatro repetições e vinte aves
1Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Área de Produção
Animal, Campos Agrícola da Socopo, s/n, Teresina, PI, 64049-550, Brasil, * autor para correspondência:
sandravet2006@hotmail.com. 2Departamento de Zootecnia, UFPI, Campos Agrícola da Socopo, s/n, Teresina, PI, 64049-550, Brasil.
Aluno de graduação do curso de Medicina Veterinária, UFPI, Campos Agrícola da Socopo, s/n, Teresina, PI,
64049-550, Brasil. 3Aluno de graduação, UFPI, Campos Agrícola da Socopo, s/n, Teresina, PI, 64049-550, Brasil. 4 Departamento de Morfofisiologia Veterinária, UFPI, Campos Agrícola da Socopo, s/n, Teresina, PI, 64049-
550, Brasil.
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19
por unidade experimental. Observou-se efeito quadrático dos tratamentos sobre a conversão
alimentar dos animais, no período de 1 a 21 dias, estimando-se em 667 μg/kg o melhor nível
de cromo-metionina. Não houve efeito dos tratamentos sobre os outros parâmetros de
desempenho e de rendimento de cortes nobres nas fases estudadas nem sobre o peso relativo e
absoluto dos órgãos linfóides das aves aos 21 e 41 dias de idade. Os tratamentos não
influenciaram o peso dos órgãos do sistema digestório e coração dos frangos de corte aos 41
dias de idade. O cromo na forma orgânica (cromo-metionina) melhora a conversão alimentar
de frangos de corte, mantidos em ambiente de estresse por calor, no período de 1 a 21 dias de
idade
Palavras-chave: avicultura, estresse, minerais
20
ABSTRAT
With the advancement of genetic strains of broilers are presented with poor performance in
the face of stressful conditions, especially heat stress so common in Brazil's tropical and
subtropical climates. There are many nutritional measures such as supplementation with
vitamins and minerals, to lessen the effects of heat stress in these animals. Among the
highlights is mineral chromium as important for the metabolism of carbohydrates, and
proteins in birds. The present study was conducted to evaluate the effect of chromium dietary
supplementation on performance, weights of lymphoid organs, digestive organs, heart, carcass
and noble cuttings of broilers from 1 to 41 days of age kept under heat stress. We used 400
chicks Cobb. The experimental design adopted was a completely randomized, the treatments
consisted of basal diet supplemented with chromium-methionine: 0, 350, 700, 1050 and 1400
μg/kg. There was a quadratic effect of treatments on feed the animals in the period from 1 to
21 days, estimated at 667 μg/kg the better level chromium-methionine. There was no
treatment effect on other parameters of performance and yield cuts in the studied stage or
about absolute and relative weight of lymphoid organs in broilers to 21 days and from 41
days of age. There was no effect of the treatment on the weight of the organs of the digestory
system and heart of chicken broilers from 1 to 41 days age. The chromium in the organic form
(chromium-methionine) improves feed conversion of broiler chickens, kept in an environment
of heat stress, from 1 to 21 days of age.
Keywords: aviculture, stress, minerals
21
2.1 INTRODUÇÃO
Nas duas últimas décadas verificou-se avanço significativo na seleção genética de
frangos de corte, levando ao rápido crescimento e aumento na eficiência alimentar. No
entanto, as novas linhagens apresentam menor desempenho frente a condições estressantes,
resultando em perdas econômicas importantes.
Em climas tropicais e subtropicais como no Brasil, a radiação solar intensa e a elevada
temperatura e umidade relativa do ar, no verão, geram desconforto térmico quase permanente
às aves, prejudicando seu desempenho produtivo e tornando-se o principal problema que afeta
a exploração avícola (TINÔCO, 1994).
Para minimizar as perdas decorrentes do estresse calórico, na definição das estratégias
nutricionais, destaca-se a suplementação da ração com minerais e vitaminas. Isto se deve ao
conhecimento de que as altas temperaturas ambientais diminuem as concentrações de
vitaminas e minerais no soro sanguíneo, bem como, aumenta a excreção mineral em aves
(LANA et al., 2000).
Os minerais podem ser fornecidos complexados ou não a substâncias orgânicas. Na
forma complexada, os minerais são mais eficientemente absorvidos, uma vez que, como são
transportados pelos carreadores intestinais de aminoácidos e peptídeos, não competem com
outros minerais pelos mesmos mecanismos de absorção (RUTZ et al., 2003). O cromo é
reconhecido como nutriente funcional por participar ativamente de diversos processos
metabólicos envolvidos no desempenho animal. Os mecanismos fisiológicos de ação do
cromo ainda não foram totalmente esclarecidos.
22
A suplementação com cromo tem efeito positivo no crescimento e na eficiência
alimentar de aves sob condições de estresse ambiental (LIEN et al., 1999; SAHIN et al.,
2001). O principal papel do cromo no metabolismo é potencializar a ação da insulina por sua
presença na molécula organometálica, chamada fator de tolerância à glicose (GTF) (SAHIN et
al., 2003). O metabolismo da insulina influencia na peroxidação de lipídios, e o cromo, como
um cofator da insulina, age como antioxidante. O cromo assim como algumas vitaminas são
usados nas dietas de frangos devido aos seus benefícios com relação à melhora no
desempenho produtivo e resposta imune de animais submetidos a altas ou baixas temperaturas
(SAHIN et.al., 2001).
Outro aspecto positivo da suplementação com cromo na ração é o de que, além de ser
considerado nutricionalmente essencial para frangos (SAHIN et al., 2003), é excessivamente
excretado quando as aves são submetidas a estresse por calor (SMITH E TEETER, 1987). A
deficiência de cromo no organismo pode influenciar o metabolismo de carboidratos e de
proteínas, reduzindo a sensibilidade à insulina nos tecidos periféricos e modificando a taxa de
crescimento das aves (SAHIN et al., 2003).
O trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar o efeito da suplementação de níveis
de cromo, na forma orgânica, na ração sobre o desempenho e sobre peso relativo e absoluto
dos órgãos linfóides nas aves de 1 a 21 e de 1 a 41 dias de idade e sobre o peso de órgãos
digestivos e coração rendimento de cortes nobres de aves de 1 a 41 dias de idade mantidos
sobre estresse por calor.
23
2.2 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido no Setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia do
Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Piauí (CCA/UFPI), no período de
novembro a dezembro de 2008, em Teresina-PI.
Foram utilizados 400 pintos da linhagem Cobb, machos, vacinados contra as doenças de
Marek e Bouba aviária no incubatório. O delineamento experimental adotado foi o
inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições, sendo vinte aves por
unidade experimental.
As aves foram alojadas em boxe de 3x1 m, com piso de cimento coberto com
aproximadamente 5 cm de casca de arroz, que funcionou como cama, em um galpão de
alvenaria, com pé direito de 2,80 m de altura, cobertura com telhas de cerâmica, provido de
lanternin. O galpão possui muretas laterais de 0,60 m de altura, sendo o restante fechado com
telas de arame liso, cortinas plásticas com abertura de baixo para cima.
Durante todo o período experimental foi adotado um programa de luz continuo (24
horas de luz natural+artificial) utilizando lâmpadas incandescente de 75 W.
As variáveis ambientais, temperatura e umidade relativa do ar, foram medidas com
termômetros de máxima e de mínima, termômetros de bulbo seco e bulbo úmido e
termômetro de globo negro para obtenção do Índice de Temperatura do Globo e Umidade
(ITGU).
A leitura dos termômetros foram realizadas diariamente, três vezes por dia (7; 12 e 17
horas), com exceção da máxima e mínima, que foram medidas uma vez por dia (7 horas),
24
durante todo o período experimental. Posteriormente, foi calculado o ITGU para
caracterização ambiental, segundo Buffigton et al. (1981), conforme a equação:
ITGU=Tgn+0,36Tpo-330,08
Em que: Tgn= temperatura de globo negro e Tpo= temperatura de ponto de orvalho.
Foram utilizadas duas rações basais, formuladas à base de milho e farelo de soja,
suplementadas com vitaminas e minerais, de forma a atender as exigências nutricionais das
aves, nas fases de crescimento (1 a 21 dias de idade) e terminação (22 a 41 dias de idade),
segundo Rostagno et al. (2000). Os tratamentos consistiram da suplementação das rações
basais com cromo-metionina (0,1% de Cr) em substituição ao inerte, caulim, obtendo-se os
níveis de 0,00; 350; 700; 1050 e 1400 μg/KG Cr (Tabelas 1 e 2).
Na fase inicial foram utilizados comedouros infantis e bebedouros do tipo copo de
pressão até o oitavo dia de vida, sendo os comedouros substituídos pelos comedouros
tubulares e bebedouros automáticos do tipo pendular, estes foram higienizados duas vezes ao
dia. A água provinha de caixa d’água protegida do sol, localizada no interior do galpão. A
água e a ração formam fornecidas à vontade.
As aves foram pesadas no inicio e no final de cada fase experimental para determinação
do ganho de peso, o consumo de ração foi calculado pela diferença entre a quantidade de
ração fornecida e as sobras nos comedouros, e os desperdícios. A conversão alimentar foi
calculada pela relação entre o consumo de ração e o ganho de peso das aves.
25
Tabela 1. Composição percentual e calculada da ração basal fornecida às aves no período de
um a 21 dias de idade
Ingredientes (%)
Níveis de Cromo (ppb)
0 350 700 1050 1400
Milho 59,633 59,633 59,633 59,633 59,633
Farelo de soja (45% PB) 34,139 34,139 34,139 34,139 34,139
Óleo vegetal 1,820 1,820 1,820 1,820 1,820
Fosfato bicálcico 1,823 1,823 1,823 1,823 1,823
Calcário 0,991 0,991 0,991 0,991 0,991
Sal comum 0,455 0,455 0,455 0,455 0,455
DL-Metionina (98%) 0,235 0,235 0,235 0,235 0,235
L-Lisina-HCl (78%) 0,204 0,204 0,204 0,204 0,204
Caulim 0,200 0,165 0,130 0,095 0,060
Suplemento vitamínico mineral* 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400
Cloreto de colina 0,090 0,090 0,090 0,090 0,090
BHT 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010
Cromo – metionina 0,1% 0,000 0,035 0,070 0,105 0,140
TOTAL 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Composição calculada
Proteína bruta (%) 21,000 21,000 21,000 21,000 21,000
EM (kcal/kg) 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000
Lisina total (%) 1,258 1,258 1,258 1,258 1,258
Lisina digestível (%) 1,143 1,143 1,143 1,143 1,143
Metionina + cistina digestível (%) 0,807 0,807 0,807 0,807 0,807
Treonina digestível (%) 0,700 0,700 0,700 0,700 0,700
Triptofano digestível (%) 0,232 0,232 0,232 0,232 0,232
Cálcio (%) 0,960 0,960 0,960 0,960 0,960
Fósforo disponível (%) 0,450 0,450 0,450 0,450 0,450
Fósforo total (%) 0,682 0,682 0,682 0,682 0,682
Sódio (%) 0,222 0,222 0,222 0,222 0,222
* Níveis de garantia/kg do produto: 1.680.000 UI vit. de A; 436,50 mg de vit. B1; 1.200 mg de vit. B2; 624 mg vit de. B6; 2.400 mg vit.de B12; 400.000 UI vit.de D3; 3.500 mg de vit. E; 360 mg de vit. K3; 2.125 de mg virginiamicina; 200mg de ácido fólico; 3.120 mg de ácido pantotênico; 10.000 mg de biotina; 8.400 mg de niacina; 78.102 mg de colina; 2.000mg de Cu; 11.250 mg de Fe; 187,50 mg de I ; 18.738,60 mg de Mn; 75 mg de Se; 6.250 mg de Senduramicina; 25.000mg de antioxidante.
26
Tabela 2. Composição percentual e calculada da ração basal fornecida às aves no período de
vinte e um a 41 dias de idade
Ingredientes (%) Níveis de Cromo (ppb)
0 350 700 1050 1400
Milho 63,770 63,770 63,770 63,770 63,770
Farelo de soja (45% PB) 29,646 29,646 29,646 29,646 29,646
Óleo vegetal 2,529 2,529 2,529 2,529 2,529
Fosfato bicálcico 1,614 1,614 1,614 1,614 1,614
Calcário 0,937 0,937 0,937 0,937 0,937
Sal comum 0,385 0,385 0,385 0,385 0,385
DL-Metionina (98%) 0,205 0,205 0,205 0,205 0,205
L-Lisina-HCl (78%) 0,214 0,214 0,214 0,214 0,214
Caulim 0,200 0,165 0,130 0,095 0,060
Suplemento vitamínico mineral* 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400
Cloreto de colina 0,090 0,090 0,090 0,090 0,090
BHT 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010
Cromo – metionina 0,1% 0,000 0,035 0,070 0,105 0,140
TOTAL 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Composição calculada
Proteína bruta (%) 19,300 19,300 19,300 19,300 19,300
EM (kcal/kg) 3.100 3.100 3.100 3.100 3.100
Lisina total (%) 1,151 1,151 1,151 1,151 1,151
Lisina digestível (%) 1,045 1,045 1,045 1,045 1,045
Metionina + cistina digestível (%) 0,741 0,741 0,741 0,741 0,741
Treonina digestível (%) 0,640 0,640 0,640 0,640 0,640
Triptofano digestível (%) 0,208 0,208 0,208 0,208 0,208
Cálcio (%) 0,874 0,874 0,874 0,874 0,874
Fósforo disponível (%) 0,406 0,406 0,406 0,406 0,406
Fósforo total (%) 0,627 0,627 0,627 0,627 0,627
Sódio (%) 0,192 0,192 0,192 0,192 0,192
* Níveis de garantia/kg do produto: .400.000 UI de vit. A; 388 mg de vit. B1; 1.000 mg de vit. B2; 520 mg de vit. B6; 2.000 mg de vit. B12; 300.000 UI de vit. D3; 2.500 mg de vit. E; 300 mg de vit. K3; 4.125 mg de virginiamicina 162,50 mg de ácido fólico; 2.600 mg de ácido pantotênico; .000 mg de niacina;71.593,48 mg de colina; 2.000 mg de Cu; 11.250 mg de Fe; 187,50 mg de I; 18.738,60 mg de Mn; 7 16.500 mg de salinomicina; 75 mg de Se; 1 25.000 mg de antioxidante;.
27
No 21° dia, todas as aves foram pesadas para continuação do experimento. Duas aves
com peso mais próximo da média do Box (+- 10%) foram sacrificada, após permanecerem 24
horas em jejum, seus órgãos linfóides (baço, bolsa cloacal e timo) foram pesados.
No período de 21 a 41 dias foram utilizados 240 aves, distribuídas nos cinco
tratamentos (mesmo nível de cromo) com quatro repetições e 12 animais por repetição. As 12
aves foram mantidas no experimento
Aos 41 dias, as aves de todos os tratamentos foram pesadas e os cinco animais com os
pesos mais próximos da média foram utilizados para coleta de dados. Os animais foram
sacrificados após 24 horas de jejum. Dos cinco animais, dois foram utilizados para coleta de
órgãos linfóides (baço. Bolsa cloacal e timo), órgãos digestivos (fígado, moela e intestino) e
coração, as outras três aves restantes foram utilizadas para fazer-se avaliação da carcaça e dos
cortes nobres (peito, coxa e sobre coxa).
Para determinar a viabilidade da criação, considerou-se o número de aves mortas,
expressando tal número em termos de percentagem, em relação ao número de pintos de um
dia alojados.
As análises estatísticas das variáveis estudadas foram realizadas utilizando o programa
SAEG (Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas). A estimativa do melhor nível de
adição de cromo foi estabelecida por meio de modelos de regressão polinomial e/ou
descontínuo “Linear Response Plateau” – LRP.
28
2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A temperatura média no interior do galpão de 1 a 21 dias foi de 33,4 °C e dos 22 a 41
dias de 30,3 °C. Durante todo o período experimental a temperatura máxima média e a
mínima média foram de, respectivamente, 35,6°C e 25,0 °C. De acordo com Baeta e Souza,
(1997) e Tinoco et al. (2004) a faixa de temperatura ideal para aves na fase de crescimento e
final é de 15 a 26 °C, respectivamente. Desta forma, a temperatura no interior do galpão
estava acima do ideal para as duas fases do ciclo produtivo das aves, o que caracterizou um
ambiente de estresse por calor. A umidade relativa média no interior do galpão registrada
durante o período experimental foi de 62,75%, sendo a faixa de normalidade , segundo
Ronchi (2008), de 50 a 70%.
Os valores do índice de temperatura de globo e umidade (ITGU) calculados para as
fases de 1 a 21 e de 22 a 41 dias foram respectivamente, 83,39 e 80, acima dos valores de 69
a 77 sugerido por Medeiros et al. (2005), como sendo ambiente de conforto térmico para as
aves. Pode-se concluir pelos valores de ITGU obtidos, que as aves foram submetidas a
estresse por calor.
No período de 1 a 21 dias os tratamentos não influenciaram o ganho de peso nem o
consumo de ração das aves (Tabela 3). Estes resultados corroboram com os encontrados por
Vaz et al. (2009) quando forneceram cromo-metionina para frangos estressados por calor em
câmaras climáticas, e por Oba (2004) que suplementou dietas de frangos de corte com 0, 400,
800, 1200 μg/kg de Cr na forma complexado a leveduras e Chen et al. (2001) que
suplementando dietas de perus com nicotinato de cromo nos níveis de 0,1 a 3 mg/Kg ambos
não verificaram efeitos do cromo sobre o peso das aves e consumo de ração.
29
Por outro lado, os tratamentos influenciaram (P<0,001) de forma quadrática a
conversão alimentar dos animais segundo a equação Y=1,67-0,00016x+0,00000012x² (r²
0,976) (Figura 1), no período de 1 a 21 dias, que melhorou até o nível estimado de 667 μg/Kg
de cromo na ração correspondente a um consumo de 0,94 mg de cromo-metionina/dia. Os
resultados para conversão alimentar neste estudo diferenciam-se dos encontrados por Silva et
al. (2007a) que, trabalhando com tripicolinato de cromo, não encontraram efeito sobre o
desempenho dos frangos de corte.
Os resultados obtidos neste estudo são discordantes dos encontrados por Vaz et al.
(2009) que, ao avaliarem a suplementação com cromo para frangos de corte submetidos em
um ambiente a 33°C, não encontraram efeitos significativos sobre a conversão alimentar. No
entanto, corroboram com os encontrados por Sahin et al. (2001) que, trabalhando com
suplementação de cromo na dieta de frangos de cortes estressados pelo calor, encontraram
melhora na eficiência alimentar. Da mesma forma, Jackson et al. (2008) e Lien et al. (1999),
ao avaliarem o desempenho de frangos de corte com diferentes níveis de cromo na dieta,
observaram que as rações suplementadas com cromo proporcionaram melhora na conversão
alimentar das aves criada em ambiente de termoneutralidade.
As diferenças dos resultados verificadas entre os estudos podem ser atribuídas às
condições experimentais, tais como faixa de temperatura estudada, rações experimentais,
genética/linhagem e estado imunológico das aves
30
Figura 1. Conversão alimentar de frangos de corte de 1 a 21 dias mantidos
em ambiente de alta temperatura recebendo ração com diferentes
níveis de cromo na forma orgânica.
No período total de um a 41 dias de idade, não se observou efeito dos tratamentos sobre
o ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar. Estes resultados assemelham-se
aos encontrados por Vaz et al. (2009), que também não observaram efeito da adição do cromo
na ração sobre o desempenho de frangos de corte mantidos em câmaras climáticas com
temperatura de 33°C. Silva et al. (2007a), em seu estudo com frangos de corte de um a 42
dias de idade, não observaram efeito significativo da suplementação de cromo, sobre o
desempenho dos animais mantidos em um temperatura máxima de 30°C e mínima de 23°C.
Para Lee et al. (2003) a suplementação da ração com cromo não tem efeito sobre o
desempenho dos frangos quando estes estão estressados por calor.
No entanto, estes resultados diferem dos encontrados por Sahin et al. (2003) que ao
avaliarem a suplementação com 400 μg/Kg de cromo da ração de frangos de corte estressados
31
por calor, constataram aumento no ganho de peso e consumo de ração e ainda melhora na
conversão alimentar.
Sahin et al. (2002) observaram um aumento no consumo de ração e do ganho de peso ao
trabalharem com codornas japonesa mantidas sobre estresse por calor. Lein et al. (1999)
constataram que a suplementação com cromo da ração de frangos de corte estressados por
calor, ocasionou maior consumo de ração, ganho de peso e melhor conversão alimentar.
Sands et al., (1999) observaram que a suplementação de cromo melhora a eficiencia
alimentar, resultados semelhantes foram observados em condições de termoneutralidade por
Kroliczewska et al. (2004), Ahmed et al. (2005), Jackson et al. (2008) que demonstraram que
o cromo melhora a conversão alimentar dos animais na fase de crescimento e terminação.
Durante todo o período exerimental a temperatura média superior foi de 35,6°C. Para
frangos de corte, as temperaturas do limite superior de conforto térmico são, segundo Zanusso
et al. (1999), de 31; 28; 26; 24; 23 e 21ºC, respectivamente, para as fases de vida de 0 a 3; 4 a
7; 8 a 14; 15 a 21; 22 a 30 e de 31 dias até o abate, e, para Lana et al. (2000), de 35; 32; 29; e
23ºC, para a segunda, terceira, quarta e quinta semana de vida. Assim, pode-se verificar que a
temperatura no interior do galpão pode ter ocasionado maior desconforto térmico nos animais
mais velhos. Embora não tenha sido observada diferença estatística, numericamente o ganho
de peso das aves, no período de 1 a 41 dias de idade, melhorou conforme se aumentou os
níveis de cromo na dieta. Da mesma forma, também numericamente, a pior conversão
alimentar observada foi das aves do tratamento sem adição de cromo.
O tempo de exposição e a condição de alta temperatura e umidade relativa do ar
influenciam negativamente os parâmetros fisiológicos e as características de carcaça
caracterizando o conseqüente efeito do estresse térmico no metabolismo e no equilíbrio
térmico corporal das aves, o que leva o animal a chamada morte súbita por estresse calórico
32
(SILVA, et al., 2007b). Neste estudo, a suplementação com cromo não influenciou a
mortalidade dos animais, diferentemente dos resultados encontrados por Jackson et al. (2008)
e Kim et al. (1996) que, observaram que a suplementação da ração com cromo reduziu a
mortalidade dos animais. As diferenças dos resultados entre os estudos podem ser atribuídas à
linhagem das aves estudadas, bem como à taxa de lotação (aves/m2) utilizada.
Tabela 3 - Desempenho e mortalidade de frangos de corte alimentados com diferentes níveis
rações suplementadas com cromo- metionina.
Variáveis
Níveis de Cromo na forma orgânica (μg/Kg Cr)
CV (%) 0 350 700 1050 1400
1 a 21 dias de idade
Consumo de ração, kg 1,41 1,42 1,38 1,41 1,45 6,07
Ganho de peso, kg 0,86 0,93 0,91 0,92 0,86 8,00
Conversão alimentar* 1,63 1,53 1,53 1,55 1,68 4,79
1 a 41 dias de idade
Mortalidade (%) 6,25 11,25 7,50 8,75 7,50 -
Consumo de ração, kg 4,18 4,11 4,02 4,05 4,19 6,15
Ganho de peso, kg 2,41 2,43 2,46 2,47 2,53 3,88
Conversão alimentar 1,74 1,69 1,64 1,64 1,66 5,45
*P<0,05
Os tratamentos não influenciaram (P>0,05) o rendimento dos órgãos linfóidesdas aves,
aos 21 e 41 dias de idade (Tabela 4). Estes resultados não comprovaram os possíveis efeitos
positivos da suplementação de cromo sobre a fisiologia linforrreticular das aves submetidas a
estresse por calor, atribuídos à sua possível ação na redução da síntese de corticorterona,
33
conforme proposto por Sahin et al. (2003) e por Muck et al. (1984). Estes autores,
evidenciaram que a suplementação da ração com cromo pode amezinar a imunodepressão
induzida pelo cortisol, cuja produção é aumentada nos animais em situação de estresse.
Pesquisas (THAXTON E SIEGEL 1982; MILLER E QURESHI 1991) têm
demonstrado que galinhas quando expostas a temperaturas elevadas apresentam metabolismo
protéico alterado e respota imune reduzida, expressa pela redução do sistema linfático
incluindo hopotrófia do timo, bolsa cloacal e baço. A inconstância dos resultados entre os
trabalhos pode estar relacionada, entre outros fatores, a diferença no status imunológico das
aves utilizadas nos diferentes estudos.
34
Tabela 4- Pesos, absoluto e relativo de órgãos linfóides (bolsa cloacal, baço e timo) de
frangos de corte aos 21 e aos 41 dias de idade, mantidos em estresse por calor e
recebendo ração suplementada com diferentes níveis de cromo- metionina.
Níveis de cromo na forma orgânica1 (ppb)
0 350 700 1050 1400 CV%
Fase 21 dias de idade
Peso do animal
em jejum (g) 779,37 813,75 827,50 813,12 831,25 2,27
Peso absoluto (g)
Bolsa cloacal
Timo Baço
1,59
3,17 0,47
1,66
3,55 0,40
1,97
3,04 0,47
1,67
3,47 0,44
1,94
3,67 0,51
12,29
22,41 22,77
Peso relativo (%)
Bolsa cloacal Timo
Baço
0,20 0,41
0,061
0,19 0,43
0,049
0,24 0,37
0,057
0,20 0,43
0,054
0,23 0,44
0,061
11,77 22,57
22,99
Fase 41 dias de idade
Peso do animal
em jejum (g) 2406 2469 2499 2529 2542 4,69
Peso absoluto (g)
Bolsa cloacal
Timo Baço
3,56
6,54 2,27
3,47
6,39 2,03
3,79
6,81 2,27
3,51
7,56 2,28
4,16
7,15 2,19
30,55
43,51 16,54
Peso relativo (%)
Bolsa cloacal
Timo
Baço
0,15
0,20
0,095
0,20
0,37
0,082
0,15
0,27
0,090
0,14
0,30
0,090
0,16
0,28
0,087
29,63
40,43
16,85
1Não houve efeito significativo entre os tratamentos (P>0,05).
Não foi verificada influência (P>0,05) dos níveis de cromo-metionina sobre o peso
absoluto e relativo do fígado, moela, intestino e coração dos frangos de corte abtidos aos 41
dias de idade (Tabela 5). Anandhi et al. (2006), trabalhando com 250, 500 e 750 μg Cr/Kg,
não verificaram efeito da inclusão de cromo sobre o peso e porcentagem de coração, fígado e
35
moela. Da mesma forma, Zubair e Leeson (1994) e Subsbilla et al. (1994) não verificaram
diferenças significativas entre os pesos relativos de fígado e intestino de frangos submetidos
ao estresse.
Esses resultados diferem dos encontrados por Ribeiro et al. (2001), que observaram
que os pesos relativo e absoluto do intestino, moela, fígado e coração mantiveram-se menores
nas aves com o estresse por calor prévio. Os autores comentaram que o fato de não haver
ganho compensatório para esses órgãos, após período de estresse por calor, pode ser devido
ao fato dos nutrientes terem sido dirigidos preferencialmente para outros tecidos.
Tabela 5- Pesos absoluto e relativo de órgãos digestivos (fígado, moela e intestino) e coração
de frangos de corte aos 41 dias de idade, mantidos em estresse por calor e recebendo
ração suplementada com diferentes níveis de cromo-metionina.
Níveis de cromo na forma orgânica1 (ppb)
0 350 700 1050 1400 CV%
Peso absoluto (g)
Fígado
Moela
Intestino
Coração
41,50
76,25
102,25
12,00
43,00
77,50
99,25
12,00
44,00
78,50
95,75
10,50
40,50
72,25
92,50
10,75
46,25
78,50
104,50
12,50
8,67
9,44
8,94
12,39
Peso relativo (%)
Figado
Moela
Intestino
Coração
1,69
3,11
4,18
0,49
1,75
3,15
4,06
0,49
1,85
3,30
4,04
0,45
1,69
3,03
3,87
0,45
1,84
3,13
4,17
0,49
6,48
8,00
8,51
9,06
1Não houve efeito significativo entre os tratamentos (P>0,05).
Não houve efeito (P > 0,05) dos níveis de suplementação de cromo na ração sobre o
rendimento de carcaça e de cortes nobres, (Tabela 6). Resultados semelhantes foram
36
encontrados por Anandhi et al. (2006) e Silva et al. (2007a) que não verificaram efeito da
inclusão de cromo sobre o rendimento de carcaça, e rendimento de cortes nobres. Vaz et al.,
(2009), ao suplementarem dietas de frangos de corte com 0, 150, 300, 450, 600μg Cr/kg
também não observaram efeito sobre o rendimento de carcaça de frangos de corte no seu
estudo. Lee et al., (2003) trabalhando com a suplementação de cromo nos níveis de 200, 400 e
800 ppb não observaram efeito sobre o rendimento de carcaça, concordando com Motozono
(1998) e Amatya et al. (2004) que, não constaram variação significativa na deposição de
proteína e gordura na carcaça de frangos de corte mantidos sob alta temperatura, devido a
suplementação de cromo na ração.
Tabela 6- Rendimento de carcaça e de cortes nobres de frangos de corte alimentados com
rações suplementadas com cromo-metionina
Parâmetros de
Carcaça
Níveis de Cromo na forma orgânica (ppb)
CV (%) 0 350 700 1050 1400
Rendimento de
Carcaça 82,68 83,82 83,33 84,00 82,35 1,12
Coxa (%) 13,37 12,81 13,48 12,71 12,71 4,64
Peito (%) 27,51 29,30 28,48 28,42 29,06 4,12
Sobrecoxa (%) 11,59 13,03 12,15 12,77 12,29 11,59
37
2.4 CONCLUSÃO
A suplementação da ração com 667 μg/Kg de cromo-metionina melhora a conversão
alimentar de frangos de corte estressados por calor, no período de 1 a 21 dias de idade, não
tendo efeito sobre o desempenho e a viabilidade das aves de 1 a 41 dias de idade e o
rendimento de carcaça e de cortes nobres e peso de órgãos digestivos aos 41 dias de idade.
A suplementação da ração com cromo-metionina não influencia os pesos absoluto e
relativo dos órgãos linfóides aos 21 e 41 dias de idade.
38
2.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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