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Traduzido do original em Inglês
Christ in the Everlasting Covenant — Sermon Nº 103
The New Park Street Pulpit — Volume 2
By C. H. Spurgeon
Via SpurgeonGems.org
Adaptado a partir de The C. H. Spurgeon Collection, Version 1.0, Ages Software.
Tradução por Camila Almeida
Revisão e Capa por William Teixeira
1ª Edição: Fevereiro de 2015
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com permissão de
Emmett O´Donnell em nome de SpurgeonGems.org, sob a licença Creative Commons Attribution-
NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.
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Cristo No Pacto Eterno
(Sermão Nº 103)
Um sermão proferido na manhã de Sabath, 18 de julho de 1856.
Por C. H. Spurgeon, em New Park Street Chapel, Southwark.
“Te darei por aliança do povo.” (Isaías 49:8)
Todos nós acreditamos que nosso Salvador tem uma forte relação com o Pacto Eterno.
Temos nos acostumados a considerá-lO como o Mediador do Pacto, como o Fiador do
Pacto e como o Escopo ou Substância do Pacto. Nós O consideramos como o Mediador
do Pacto, pois estamos certos de que Deus não poderia fazer nenhum Pacto com o homem,
a menos que houvesse um Mediador — um árbitro que ficaria entre os dois. E nós temos
saudado a Ele como o Mediador, que com misericórdia em Suas mãos, desceu para contar
ao homem pecador as novas daquela Divina graça que fora prometida no eterno conselho
do Altíssimo. Nós também amamos o nosso Salvador como o Fiador do Pacto, o qual, em
nosso nome, Se comprometeu a pagar as nossas dívidas, e em nome do Pai, comprome-
teu-Se, também, a ver que todas as nossas almas estarão seguras e salvas, e, finalmente,
apresentadas irrepreensíveis e perfeitas diante dEle. E, não duvidem, temos também nos
alegrado com a ideia de que Cristo é a Soma e a Substância do Pacto. Nós acreditamos
que, se somássemos todas as bênçãos espirituais, deveríamos dizer: “Cristo é tudo”. Ele é
o Tema, Ele é a Substância da mesma. E, apesar de que muito pode ser dito sobre as gló-
rias do Pacto, ainda assim, nada poderia ser dito que não fosse encontrado em uma pala-
vra: “Cristo”. Mas hoje pela manhã, me debruçarei sobre Cristo, não como o Mediador, nem
como o Fiador, nem como o Escopo do Pacto, mas como um grande e glorioso Artigo do
Pacto que Deus concedeu aos Seus filhos! É nossa firme convicção que Cristo é nosso e
é dado a nós por Deus. Nós sabemos que “Ele voluntariamente se entregou por todos nós”,
e nós, portanto, cremos que Ele nos dará “também com ele todas as coisas” [Romanos
8:32]. Podemos dizer como a esposa: “O meu amado é meu” [Cânticos 6:3]. Nós sentimos
que temos uma posse pessoal em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. E eu, portanto,
nos conduzirei a nos deleitarmos por um momento, nesta manhã, da forma mais simples
possível, sem a guarnição da eloquência ou a pompa da oratória, apenas meditar sobre
este grande pensamento, a saber, que Jesus Cristo no Pacto é a Porção de cada crente.
Primeiramente, examinemos essa posse. Em segundo lugar, observaremos a finalidade
para que isso foi transmitido a nós. E em terceiro lugar, ofereceremos um preceito que pode
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muito bem ser afixado sobre uma tão grande bênção como esta pois e é, de fato, uma
inferência a partir da mesma.
I. Em primeiro lugar, então, aqui há uma GRANDIOSA POSSESSÃO — Jesus Cristo, por
meio do Pacto, é a Porção de todo o crente! Por isso, devemos entender Jesus Cristo em
muitos sentidos diferentes. Vamos começar, em primeiro lugar, ao declarar que Jesus
Cristo é nosso, em todos os Seus atributos. Ele tem um conjunto duplo de atributos, uma
vez que existem duas naturezas reunidas na gloriosa união em uma Pessoa. Ele tem os
atributos do próprio Deus e Ele tem os atributos de Homem perfeito. Quaisquer que estes
possam ser, eles são, cada um deles, a propriedade perpétua de cada crente filho de Deus!
Não preciso me debruçar sobre os Seus atributos como Deus — todos vocês conhecem
quão infinito é Seu amor, quão vasta a Sua graça, quão firme a Sua fidelidade, quão inaba-
lável a Sua veracidade. Vocês sabem que Ele é onisciente. Vocês sabem que Ele é onipre-
sente. Vocês sabem que Ele é Onipotente e isso consolará vocês se apenas pensarem que
estes grandiosos e gloriosos atributos que pertencem a Deus são todos seus! Ele tem
poder? Esse poder é de vocês — vosso para consolá-los e fortalecê-los — vosso para
vencerem os seus inimigos, vosso para guardá-los imutavelmente seguros! Ele ama? Bem,
não há uma partícula de Seu amor em Seu grandioso coração, que não seja vosso. Todo
o Seu amor pertence a vocês! Vocês podem mergulhar no imenso oceano, sem fundo de
Seu amor e vocês podem dizer de tudo isso: “É meu”. Ele tem Justiça? Esta pode parecer
um atributo severo. Mas mesmo este é vosso, pois Ele, por Sua Justiça, velará por isso, de
forma que tudo o que é vinculado a vocês pelo juramento e a promessa de Deus certamente
será garantido a vocês. Mencionem o que quiserem, que seja uma característica de Cristo
como o sempre glorioso Filho de Deus e, ó fiéis, vocês podem colocar a vossa mão sobre
isso e dizer: “É meu!” Seus braços, ó Jesus, sobre os quais os pilares da terra se penduram,
são meus! Aqueles olhos, ó Jesus, que perfuraram a espessa escuridão e contemplaram o
futuro — Seus olhos são meus a olhar para mim com amor! Aqueles lábios, ó Cristo, que
às vezes falam mais alto do que dez mil trovões, ou sussurram sílabas mais doces do que
a música das harpas dos glorificados — aqueles lábios são meus! E aquele grandioso cora-
ção que bate alto com tanto amor altruísta, puro e imutável — aquele coração é meu! Tudo
de Cristo, em toda a Sua gloriosa natureza como o Filho de Deus, como Deus sobre todos,
bendito para sempre, é seu, positivamente, realmente, sem metáfora, em verdade, seu!
Considerem-nO como Homem, também. Tudo o que Ele tem como Homem perfeito é de
vossa. Como um homem perfeito Ele permaneceu diante de Seu Pai, “cheio de graça e
verdade”, cheio de favor e aceito por Deus como um Ser perfeito. Ah! crente, a aceitação
de Cristo por Deus é a sua aceitação! Vocês não sabem que o amor que o Pai pôs sobre
um Cristo perfeito, Ele agora repousa sobre vocês? Pois tudo o que Cristo fez é vosso.
Aquela justiça perfeita, que Jesus operou, quando através de Sua vida incorruptível Ele
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guardou a Lei e a fez honrosa, é sua. Não há virtude que Cristo já teve, que não seja sua!
Não há um ato sagrado que Ele já fez que não seja vosso! Não há uma oração que Ele já
elevou ao Céu que não seja vossa! Não há um pensamento solitário em direção a Deus,
que fora Seu dever pensar e que Ele pensou como homem servindo ao Seu Deus, que não
seja vosso! Toda a Sua justiça, em sua vasta extensão e em toda a perfeição de Seu
caráter, é imputada a você! Vocês podem pensar no que vocês têm obtido na palavra
“Cristo”? Venha, crente, considere esta palavra, “Deus”, e pense em quão poderosa é. E
então medite sobre essa palavra, “Homem perfeito”, por tudo isso o Homem-Deus, Cristo,
e o glorioso Deus-Homem, Cristo, sempre teve, ou sempre terá como a característica de
cada uma de Suas naturezas — tudo isso é seu! Tudo pertence a você — isso é dado por
puro livre favor, tudo isso está além do medo de revogação, passou para você para ser sua
possessão real, e isso para sempre!
1. Assim, considere, crente, que não somente Cristo é seu em todos os Seus atributos, mas
Ele é seu em todos os Seus ofícios. Grandes e gloriosos são esses ofícios. Temos pouco
tempo para mencionar todos eles. Ele é um Profeta? Então, Ele é o seu Profeta. Ele é um
Sacerdote? Então, Ele é o seu Sacerdote. Ele é um Rei? Então, Ele é o seu Rei. Ele é um
Redentor? Então, Ele é o seu Redentor. Ele é um Advogado? Então, Ele é o seu Advogado.
Ele é um Precursor? Então ele é o seu Precursor. Ele é um Fiador do Pacto? Então, Ele é
o seu Fiador. Em cada nome que Ele carrega, em cada coroa que Ele usa, em cada
vestimenta na qual Ele está vestido, Ele é do próprio crente! Ó filho de Deus, se você tivesse
graça para unir este pensamento à sua alma, isso o confortaria maravilhosamente, a saber,
o fato de pensar que em tudo o que Cristo é em ofício, Ele é mui seguramente seu! Você O
vê ali, intercedendo diante de Seu Pai, com os braços estendidos? Você observa a Sua
estola sacerdotal, Sua lâmina de ouro em Sua testa, com a inscrição “Santidade ao
Senhor”? [Êxodo 39:30]. Você O vê enquanto Ele levanta as Suas mãos para orar? Você
não ouve aquela intercessão maravilhosa tal como o homem nunca orou na terra? Aquela
intercessão autorizada, como Ele próprio fez em meio às agonias do Jardim? Pois:
“Com suspiros e gemidos, Ele se ofereceu
Sob Sua própria humildade
Mas, Ele intercede com autoridade
Agora, entronizado em Glória.”
Você vê como Ele pede e como Ele logo recebe enquanto a Sua petição é feita? E você
pode ousar crer que aquela intercessão é toda sua, que em Seu peito está escrito o seu
nome? Que em Seu coração o seu nome está gravado em marcas de indelével graça e que
toda a majestade desta maravilhosa, desta transcendente intercessão é propriamente sua
própria, e seria toda gasta por você, se você requeresse isso? Ele não tem qualquer autori-
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dade junto ao Seu Pai que Ele não usará em seu nome se você precisar disso! Ele não tem
poder para interceder que Ele empregaria por você em todos os momentos de necessidade!
Venha, pois, as palavras não podem expressar, apenas as suas meditações podem te ensi-
nar sobre isso. É somente Deus, o Espírito Santo, quando traz a verdade para o interior
que pode encaixar este encantador, este arrebatador pensamento em sua apropriada posi-
ção em seu coração, isto é, que Cristo é seu em tudo o que Ele é e tem! Você O vê na ter-
ra? Ali está Ele, o Sacerdote que oferece o Seu sacrifício sangrento! Contemplem-nO na
cruz, Suas mãos estão perfuradas, Seus pés estão jorrando sangue? Oh! você vê aquele
semblante pálido e Seus olhos lânguidos fluindo com compaixão? Você observa aquela
coroa de espinhos? Você contempla aquele mais poderoso dos sacrifícios, a soma e a
substância de todos eles? crente, isto é seu! Aquelas preciosas gotas defendem e reivindi-
cam a sua paz com Deus! Aquele lado aberto é o seu refúgio. Aquelas mãos perfuradas
são a sua redenção, aquele gemido Ele geme por você, aquele brado de um coração aban-
donado Ele profere por você. Aquela morte Ele morre por você. Venha, eu te suplico, consi-
dere Cristo em qualquer um dos Seus vários ofícios. Mas quando você O considerar, lance
mão desse pensamento: em todas estas coisas, Ele é o seu Cristo, dado a você para ser
um artigo no Pacto Eterno, sua porção para sempre!
2. Em seguida, observem: Cristo é do crente em cada uma de Suas obras. Se elas são
obras de sofrimento ou de dever, elas são propriedade do crente. Como uma criança, ele
foi circuncidado e é meu este rito sangrento? Sim: “Circuncisão de Cristo” [Colossenses
2:11]. Como um crente Ele é batizado, e é meu este sinal pela água do Batismo? Sim: “Se-
pultados com Cristo pelo batismo na morte” [Romanos 6:4]. Eu compartilho do batismo de
Jesus quando eu repouso sepultado com o meu melhor Amigo no mesmo túmulo em água.
Veja ali, Ele morre e esta é a Sua principal obra, mas Sua morte é minha? Sim, eu morri
com Cristo! Ele é sepultado e é meu este sepultamento? Sim, eu estou sepultado com
Cristo. Ele ressuscita. Observem-nO assustando os seus guardas e erguendo-Se do túmu-
lo! E é minha esta Ressurreição? Sim, estamos “ressuscitados juntamente com Cristo” [Co-
lossenses 3:1]. Observem novamente, Ele ascende ao alto e conduz cativo o cativeiro. Esta
Ascensão é minha? Sim, pois Ele “nos ressuscitou juntamente” [Efésios 2:6]. E olhem, Ele
se assenta no Trono de Seu Pai, é minha esta ação? Sim, Ele nos fez “assentar nos lugares
celestiais” [Efésios 2:6]. Tudo o que Ele fez é nosso! Por decreto Divino houve uma tal união
entre Cristo e Seu povo que tudo o que Cristo fez, o Seu povo fez, e tudo o que Cristo reali-
zou, Seu povo realiza nEle, pois eles estavam em Seus lombos quando Ele desceu ao tú-
mulo e em Seus lombos eles ascenderam ao alto! Com Ele, eles entraram na bem-aventu-
rança e com Ele assentam-se nos lugares celestiais. Representados por Ele, seu Cabeça,
todo o Seu povo, até agora, é glorificado nEle, mesmo nEle que é o Cabeça sobre todas as
coisas por Sua Igreja! Em todas as obras de Cristo, quer na Sua humilhação ou na Sua
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exaltação, lembre-se, ó crente, você tem uma participação no Pacto e todas aquelas coisas
são suas!
3. Gostaria de, por um momento, indicar um doce pensamento, que é este: Vocês sabem
que na Pessoa de Cristo “habita corporalmente toda a plenitude da divindade” [Colossenses
2:9]. Ah, crente: “E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça”
[João 1:16]. Toda a plenitude de Cristo, e você sabe o que é isso? Você entende essa fra-
se? Eu garanto a você, você não conhece isso e não conhecerá por enquanto. Mas toda
esta plenitude de Cristo, a abundância do que você pode imaginar de pelo seu próprio vazio,
toda esta plenitude é sua para suprir as suas múltiplas necessidades! Toda esta plenitude
de Cristo para manter você, para guardá-lo e preservá-lo. Toda esta plenitude de poder, de
amor, de pureza, que é armazenada na pessoa do Senhor Jesus Cristo, é sua! Entesoure
este pensamento, para que assim, o seu vazio nunca seja uma causa de receio. Como você
pode se perder quando você tem toda a Plenitude para a qual recorrer?
4. Mas eu venho com algo mais doce que isso, a própria vida de Cristo é propriamente do
crente. Ah, este é um pensamento no qual eu não posso mergulhar e eu sinto que eu tenho
excedido a mim mesmo em apenas mencioná-lo. A vida de Cristo é a porção de todo crente.
Você pode conceber o que a vida de Cristo é? “Claro”, você diz, “Ele a derramou na cruz”.
Ele o fez e isso foi a Sua vida que Ele deu por você, então. Mas Ele tomou essa vida nova-
mente, mesmo a vida de Seu corpo foi restaurada e a vida de Sua grande e gloriosa Divin-
dade nunca sofreu qualquer alteração, mesmo naquele momento! Mas agora você sabe
que Ele tem a imortalidade: “Aquele que tem, ele só, a imortalidade” [1 Timóteo 6:16]. Você
pode conceber que tipo de vida é a que Cristo possui? Ele nunca pode morrer? Não, mais
cedo as harpas do céu podem ser paradas e o coro dos redimidos cessar para sempre! Ma-
is cedo os muros gloriosos do Paraíso podem ser abalados e os seus fundamentos removi-
dos do que o Cristo, o Filho de Deus, possa alguma vez morrer. Imortal como o Seu Pai,
Ele agora se assenta, o Grande Eterno. Cristão, esta vida de Cristo é sua! Ouça o que Ele
diz: “Porque eu vivo, e vós vivereis” [João 14:19]. “Porque já estais mortos”, e a vossa vida
onde está? “Está escondida com Cristo em Deus” [Colossenses 3:3]. O mesmo golpe que
nos fere à morte, espiritualmente, deve matar Cristo, também! A mesma espada que amea-
ce tirar a vida espiritual de um homem regenerado terá tirar a vida do Redentor também!
Elas estão unidas juntamente, elas não são duas vidas, mas uma. Somos apenas os raios
do grande Sol da Justiça, nosso Redentor, e estes raios devem retornar para o Grande
Astro novamente. Se somos, de fato, verdadeiros herdeiros do Céu, não podemos morrer
até que Aquele, de Quem obtemos a nossa ascensão, também morra. Nós somos o rio que
não pode parar até que a fonte esteja seca! Nós somos os raios que não podem cessar até
que o Sol também deixe de brilhar. Nós somos os ramos e nós não podemos murchar até
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que o Tronco, em si, morra! “Porque eu vivo, e vós vivereis”. A própria vida de Cristo é a
porção de cada um de Seus irmãos e irmãs!
5. E o melhor de tudo, a Pessoa de Jesus Cristo é a porção do Cristão. Estou convencido,
amados, de que nós pensamos muito mais sobre os dons de Deus do que sobre Deus.
Pregamos muito mais sobre a influência do Espírito Santo, do que sobre o Espírito Santo.
E eu também estou certo de que falamos muito mais sobre os ofícios, obras e atributos de
Cristo do que sobre a pessoa de Cristo! Por isso é que existem poucos de nós que frequen-
temente conseguem compreender as figuras que são usadas no Cântico de Salomão, em
relação à pessoa de Cristo, porque nós raramente buscamos vê-lO ou desejamos conhecê-
lO. Mas, ó crente, às vezes você tem sido capaz de contemplar o seu Senhor. Você não viu
Aquele que “é branco e rosado, o primeiro entre dez mil e totalmente desejável”? [Cânticos
5:10, 16]. Às vezes, você não tem ficado perdido em deleite quando você vê os Seus pés,
que são como ouro finíssimo, como se tivessem sido refinados numa fornalha? Você não
O contemplou em dupla característica, o branco e o vermelho, o lírio e a rosa, Deus, ainda
assim Homem, morrendo, ainda assim vivendo, o perfeito e ainda tendo carregando sobre
Ele um corpo de morte? Alguma vez você já viu o Senhor com os sinais dos cravos em
Suas mãos e ainda a marca em Seu lado? E você já foi arrebatado por Seu sorriso amoroso
e sentiu-se encantado com a Sua voz? Você já teve visitações amorosas dEle? Ele já colo-
cou Seu estandarte sobre você? Alguma vez você já andou com Ele pelas aldeias e jardim?
Alguma vez você já se sentou sob a Sua sombra? Você já provou alguma vez a doçura do
Seu fruto em seu paladar? Sim, você o fez. Sua Pessoa, então, é sua! A esposa ama o
marido. Ela ama a sua casa e sua propriedade. Ela o ama por tudo o que ele lhe concede,
por toda a generosidade que ele fornece e todo amor que ele concede. Mas a sua pessoa
é o objeto de sua afeição. Assim, com o crente, ele bendiz a Cristo por tudo que Ele faz e
por tudo o que Ele é. Mas ó, é Cristo que é tudo! Ele não se importa tanto com Seu ofício,
quanto ele se importa sobre o Homem Cristo.
Veja o filho no colo de seu pai, o pai é um professor Universitário. Ele é um grande homem
com muitos títulos e, talvez, o filho conheça que estes são títulos honoríficos e o estima por
eles. Mas, ele não se importa tanto quanto ao professor e sua dignidade, quanto sobre a
pessoa de seu pai! Não é o capelo, ou a toga que a criança ama. Sim, e se é uma criança
amorosa, não será tanto a refeição que o pai provê, ou a casa na qual mora, quanto o pai
que ela ama. É a sua querida pessoa que se tornou o objeto da verdadeira e saudável
afeição. Tenho certeza de que é assim com você, se você conhece o seu Salvador. Você
ama Suas misericórdias, você ama Seus ofícios, você ama Seus feitos, mas, ó, você ama
mais a Sua pessoa! Reflita, então, que a pessoa de Cristo é comunicada a você no Pacto:
“Te darei por aliança do povo”.
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II. Agora chegamos ao segundo ponto: PARA QUE PROPÓSITO DEUS COLOCOU
CRISTO NO PACTO?
1. Bem, em primeiro lugar, Cristo está no Pacto, a fim de consolar todos os pecadores que
vem a Ele. “Oh!”, diz o pecador que vem a Deus, “eu não posso lançar mão de uma grande
Aliança, como essa! Eu não posso acreditar que o Céu é concedido a mim. Eu não posso
conceber que aquele manto de justiça e todas estas coisas maravilhosas podem ser desti-
nados para tal miserável como eu sou”. Aí vem o pensamento de que Cristo está no Pacto.
Pecador, você pode lançar mão de Cristo? Você pode dizer:
“Nada em minhas mãos eu trago,
Simplesmente à Tua cruz me agarro”?
Bem, se você pode fazer aquilo, isso foi colocado com o propósito de que você segure
firme! Por meio da Aliança de Deus, todas as misericórdias prosseguem juntas, e se você
se agarrou a Cristo, você ganhou todas as bênçãos do Pacto! Essa é uma razão do por que
Cristo é colocado ali. Se Cristo não estivesse ali, o miserável pecador diria: “Eu não ouso
lançar mão desta misericórdia. É uma misericórdia celestial e Divina, mas eu não me atrevo
a agarrá-la. É muito boa para mim. Eu não posso recebê-la, isto estremece a minha fé”.
Mas ele vê Cristo, com toda a Sua grande expiação no Pacto — e Cristo olha tão amável-
mente para ele e abre tão largamente os braços, dizendo: “Vinde a mim, todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28), que o pecador vem e lança seus
braços em torno de Cristo. E então Cristo sussurra: “Pecador, ao segurar-Me, você segura
tudo”. “Ora, Senhor, eu não me atrevo a pensar que eu poderia ter as outras misericórdias.
Atrevo-me a confiar em Ti, mas eu não me atrevo a segurar as demais”. “Ah, Pecador”, diz
o nosso Mestre, “mas ao segurar a Mim, você se segura a tudo, pois as misericórdias do
Pacto são como elos da cadeia”. Este único elo é um elo atrativo. O pecador se apodera
disso, Deus propositalmente o coloca ali para atrair o pecador a vir e receber as miseri-
córdias do Pacto! Pois, quando ele uma vez segurou a Cristo — aqui está o consolo — ele
tem tudo o que o Pacto pode conceder!
2. Cristo também é posto para confirmar o santo duvidoso. Às vezes, ele não consegue ler
a sua participação no Pacto. Ele não consegue ver a sua porção entre os que são
santificados. Ele tem medo de que Deus não seja o seu Deus, que o Espírito não tenha
operações em sua alma. Mas então:
“Em meio às tentações, agudas e fortes,
Sua alma a esse querido refúgio voa!
A esperança é sua âncora, firme e forte,
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Quando as tempestades sopram e as ondas elevam-se.”
Assim, ele se apodera de Cristo e se não fosse por isso, mesmo o crente não ousaria de
modo algum. Ele não lançaria mão de qualquer outra misericórdia, senão aquela em que
Cristo é vinculado. “Ah”, ele diz, “eu sei que sou um pecador e Cristo veio para salvar os
pecadores”. Assim, ele se apega a Cristo. “Eu posso segurar firmemente aqui”, diz ele, “as
minhas sombrias mãos não contaminarão a Cristo, minha imundícia não O tornará impuro”.
Assim, o santo apega-se fortemente a Cristo, tão fortemente como se fosse um homem
prestes a afogar-se! E depois? Ora, ele tem todas as misericórdias do Pacto em suas mãos!
É a sabedoria de Deus que Ele inseriu Cristo, de modo que um miserável pecador, que
porventura tenha medo de lançar mão de outro, conhecendo a natureza da graça de Cristo,
não tem medo de apegar-se a Ele e aí ele agarra inteiramente.
3. Novamente, era necessário que Cristo estivesse no Pacto, porque há muitas coisas ali
que seriam como nada sem Ele. Nossa grande redenção está no Pacto, mas não temos re-
denção, exceto através de Seu sangue. É verdade que a minha justiça está no Pacto, mas
eu não posso ter justiça à parte da que Cristo operou e que é imputada a mim por Deus. É
bem verdade que a minha perfeição eterna está no Pacto, mas os eleitos são perfeitos
somente em Cristo. Eles não são perfeitos em si mesmos, nem jamais serão até que te-
nham sido lavados, santificados e aperfeiçoados pelo Espírito Santo. E, mesmo no Céu sua
perfeição consiste não tanto em sua santificação, quanto em sua justificação em Cristo:
“Sua beleza é a sua gloriosa veste,
Jesus, o Senhor, a sua justiça.”
Na verdade, se você retira Cristo do Pacto, você faz justamente o mesmo como se você
quebrasse a sequência de um colar, todas as joias, ou pérolas, ou corais, caem e separam-
se uns dos outros! Cristo é a cadeia de ouro no qual as misericórdias do Pacto estão vincu-
ladas e quando você O segura, você obtém todo o colar de pérolas. Mas se Cristo é retirado,
é verdade, haverá as pérolas, mas nós não podemos usá-las, não conseguimos alcançá-
las, eles se separam a pobre fé não pode saber como obtê-las. Oh, é uma misericórdia mui-
tíssimo valiosa, o fato de que Cristo esteja no Pacto!
4. Mas, observem mais uma vez, como eu lhes disse quando preguei a respeito de Deus
no Pacto, Cristo está no Pacto para ser desfrutado. Deus nunca concede aos Seus filhos
uma promessa que Ele não pretende que eles utilizem. Há algumas promessas na Bíblia
as quais eu ainda nunca utilizei, mas eu estou bem certo de que haverá momentos de pro-
vação e dificuldade, quando eu encontrarei aquela improdutiva e desprezada promessa,
que eu pensei que nunca fora feita para mim, sendo somente a única na qual eu possa vir
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a flutuar! Eu sei que está chegando a hora em que cada crente conhecerá o valor de cada
promessa no Pacto. Deus não nos deu qualquer parte de uma herança em que Ele não in-
tencione que lavremos! Cristo nos foi concedido para ser útil. Crente, use-O! Digo-vos mais
uma vez, como eu disse anteriormente, que vocês não utilizam a Cristo como deveriam.
Ora, irmãos e irmãs, quando vocês estão em apuros, por que vocês não vão e contam a
Ele? Ele não tem um coração empático e Ele não consegue consolá-los e aliviá-los? Não,
vocês estão vagueando por todos os seus amigos, exceto indo ao seu melhor Amigo, e
contando o seu relato em todo lugar, exceto no seio do seu Senhor. Ah, usem-nO, usem-
nO! Vocês estão obscurecidos com os pecados de ontem? Aqui está uma Fonte cheia de
sangue, usem-nA! Santo, use-A! A sua culpa retornou? Bem, Seu poder foi provado por di-
versas vezes, venha usá-lO! Use-O! Você se sente nu? Venha cá, alma, vista o manto. Não
fique olhando para ele, vista-o! Retire, senhor, retire a sua justiça própria e os seus próprios
medos também, coloque isso e use-o, pois isso foi feito para ser usado. Você se sente
doente? O que houve? Você não irá e puxará o sino noturno da oração e despertará o seu
Médico? Rogo-te que vá e desperte-O e Ele lhe dará o tônico que lhe vivificará. O que
houve? Você está doente? Com tal Médico ao seu lado, um socorro bem presente na hora
da angústia, e você não irá até Ele? Ah, lembre-se que você é pobre, mas que você tem
“um parente, um homem valente e poderoso” [Rute 2:1]. O que aconteceu? Não quer ir até
Ele e pedir para que lhe conceda de Sua abundância, quando Ele fez a você esta promessa,
a saber, que enquanto Ele tiver alguma coisa, você irá compartilhar com Ele, pois tudo o
que Ele é e tudo o que Ele tem é o seu?
Ah, crente, lance mão de Cristo, peço-te! Não há nada que Cristo mais repugne do que Seu
povo faça dEle um espetáculo e não desfrute dEle. Ele ama ser solicitado. Ele é um grande
Trabalhador, Ele sempre foi para Seu Pai e agora Ele ama ser um grandioso Trabalhador
para Seus irmãos e irmãs. Quanto mais fardos você coloca sobre os Seus ombros, mais
Ele te amará! Lance o seu fardo sobre Ele. Você nunca conhecerá a compaixão do coração
de Cristo, o amor de Sua alma, tão bem como quando você lançar uma grande montanha
de tribulação de si mesmo para os Seus ombros, e descobrir que Ele não cambaleará sob
o peso! Os seus problemas são como enormes montanhas de neve sobre o seu espírito?
Faça-os rolar como uma avalanche sobre os ombros todo-poderosos de Cristo! Ele pode
carregá-los e jogá-los nas profundezas do oceano. Desfrute de seu Mestre, para este pro-
pósito Ele foi colocado no Pacto, para que você pudesse desfrutá-lO sempre que necessitar
dEle.
III. Agora, por fim, aqui há um PRECEITO e qual será o preceito? Cristo é nosso, então
sejam de Cristo, amados! Vocês são de Cristo, vocês sabem muito bem. Vocês são dEle
pela oferta do Pai, quando Ele entregou o Filho a vocês. Vocês são dEle por Sua compra
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sangrenta, quando Ele pagou o preço da vossa redenção. Vocês são dEle por dedicação,
pois vocês se dedicaram a Ele. Vocês são dEle por adoção, pois vocês são trazidos a Ele
e feitos um de Seus irmãos e coerdeiros com Ele.
Rogo-vos, esforcem-se, queridos irmãos e irmãs, para mostrar ao mundo que vocês são
dEle na prática. Quando tentados a pecar, respondam: “Eu não posso fazer tamanha mal-
dade. Eu não posso, porque eu sou um dos de Cristo”. Quando as riquezas estiverem diante
de vocês mas tiverem que ser conquistadas pelo pecado, não as toquem; digam que sois
de Cristo, caso contrário, você as levariam. Mas agora vocês não podem. Diga a Satanás
que vocês não ganhariam o mundo se vocês tivessem que amar menos a Cristo. Você está
exposto no mundo a dificuldades e perigos? Permanecei firmes no dia mau, lembrando-se
de que você é um dos de Cristo. Você está em um campo onde há muito a ser feito e os
outros estão sentados de braços cruzados e preguiçosamente sem fazer nada? Vá ao seu
trabalho e quando o suor estiver em sua testa e a você for proposto que pare, diga: “Não,
eu não posso parar. Eu sou um dos de Cristo. Ele tinha um batismo para ser batizado e as-
sim eu também, e estou angustiado até que isto seja cumprido. Eu sou um dos de Cristo.
Se eu não fosse um dos Seus um dos comprados pelo Seu sangue, eu poderia ser como
Issacar, deitado entre dois fardos [Gênesis 49:14]. Mas eu sou um daqueles que pertencem
a Cristo”. Quando o canto da sereia do prazer tentá-lo a desviar-se do caminho reto, respon-
da: “Cesse seu esforço, ó tentadora! Eu sou um daqueles que pertencem a Cristo. Sua mú-
sica não pode afetar-me. Eu não pertenço a mim mesmo, eu sou comprado por um preço”.
Quando a causa de Deus precisar de você, entregue-se a ela, pois você é de Cristo. Quan-
do os pobres precisarem de você, dê-se a si mesmo, pois você pertence a Cristo. Quando,
em qualquer momento, há algo a ser feito por Sua Igreja e por Sua cruz, faça isso, lembre-
se que você é um dos de Cristo. Rogo a você, nunca negue a sua profissão de fé! Não vá
aonde outros poderiam dizer de você: “Ele não pode ser de Cristo”, mas seja sempre um
daqueles cujo sotaque seja Cristão, cujo idioma é mui semelhante ao de Cristo, cuja con-
duta e conversa são tão perfumados pelo Céu, que todos os que veem você possam saber
que você um daqueles que pertencem ao Salvador e possam reconhecer em você, Suas
características e Sua adorável face!
E agora, queridos e amados, devo dizer uma palavra para aqueles a quem eu não tenho
pregado, pois existem alguns de vocês que nunca lançaram mão do Pacto. Às vezes o ouço
sussurrado e, por vezes, leio isso, que há homens que confiam nas misericórdias de Deus
à parte do Pacto. Deixe-me agora assegurar-lhe solenemente que não há tal coisa no Céu
como misericórdia à parte do Pacto! Não existe tal coisa debaixo do Céu ou acima dele,
como graças para os homens à parte do Pacto! Tudo o que você pode receber e tudo o que
você deve esperar necessariamente deve vir através do Pacto da Livre Graça, o Pacto
Eterno, e deste somente!
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Talvez, pobre pecador convicto, você não ousa tomar posse do Pacto hoje. Você não pode
dizer que o Pacto é seu. Você está com medo de que nunca possa ser seu. Você é um
desgraçado indigno. Ouça! Você pode apegar-se a Cristo? Ousa fazer isso? “Oh”, você diz:
“Eu sou muito indigno”. Não, alma, você ousa tocar a orla de Sua veste hoje? Você ousa
vir até Ele bem como tocar o próprio manto que está arrastando no chão? “Não”, você diz
“eu não ouso”. Por que não, pobre alma, por que não? Você não pode confiar em Cristo?
“Não são as Suas misericórdias ricas e gratuitas?
Então me diga, pobre alma, por que não para ti?”
“Eu não me atrevo a entrar, eu sou tão indigno”, você diz. Mas ouça, o meu Mestre ordena
que você venha e você terá medo depois disso? — “Vinde a mim, todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” [Mateus 11:28-29]. “Esta é uma palavra fiel, e
digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores” [1
Timóteo 1:15]. Por que você não ousa vir a Cristo? Oh, você está com medo que Ele mande
você embora! Ouça então, o que Ele diz: “O que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei
fora” [João 6:37]. Você diz: “Eu sei que Ele me expulsaria”. Venha, então, e veja se você
pode provar que Ele é mentiroso. Eu sei que você não pode, mas venha e tente! Ele disse:
“o que vem a mim...”. “Mas eu sou o mais miserável”. No entanto, ele disse que “o que vem
a mim”. Venha, mais miserável dentre os miseráveis. “Ah, mas eu sou imundo”. Venha, pes-
soa imunda, venha e experimente-O, venha e prove-O. Lembre-se que Ele disse que Ele
não lançará fora ninguém que venha até Ele pela fé. Venha prová-lO! Eu não instei você a
lançar mão de todo o Pacto, você deve fazer isso, aos poucos. Mas lance mão de Cristo e
se você fizer isso, então você terá o Pacto. “Oh, eu não posso segurá-lO”, diz uma pobre
alma. Bem, então, prostre-se aos Seus pés e peça-Lhe para segurar você! Você geme, e
com um gemido diz: “Senhor, tem misericórdia de mim, pecador!”. Suspire, e suspirando
diga: “Senhor, salva-me, senão pereço”. Deixe o seu coração dizer isso, se os seus lábios
não podem. Se a dor, há muito tempo reprimida, queima como uma chama dentro de seus
ossos, pelo menos, deixe uma faísca vir para fora. Agora faça uma oração e em verdade
lhes digo que, uma oração sincera provará mais seguramente que Ele te salvará! Um verda-
deiro gemido, quando Deus o colocou no coração, é o penhor de Seu amor! Um verdadeiro
desejo por Cristo, se for seguido de busca sincera e honesta por Ele, deve ser aceito por
Deus e você será salvo!
Venha, alma, uma vez mais. Apodere-se de Cristo. “Ah, mas eu não me atrevo a fazê-lo”.
Agora eu estava prestes a dizer uma coisa tola. Eu ia dizer que eu gostaria de ser um
pecador como você, neste momento, e eu acho que eu correria na sua frente e lançaria
mão de Cristo e, em seguida, lhe diria: “Segure-O também”. Mas eu sou um pecador como
você e nada melhor do que você mesmo! Eu não tenho nenhum mérito, nem justiça, nem
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obras. Eu serei condenado ao inferno, a menos que Cristo tenha misericórdia de mim! E eu
estaria no inferno agora, se eu tivesse meus justos merecimentos. Aqui estou eu, um
pecador uma vez tão vil quanto eles eram. E, no entanto, ó Cristo, estes braços abraçam-
Te! Pecador, venha e tome a sua vez atrás de mim! Eu não O abracei? Não sou eu tão vil
quanto você é? Venha e permita que meu exemplo lhe encoraje. Como Ele me tratou, quan-
do eu primeiramente lancei mão dEle? Ora, Ele me disse: “com amor eterno te amei, por
isso com benignidade te atraí” [Jeremias 31:3]. Venha, Pecador, venha e experimente! Se
Cristo não me lançou fora, Ele nunca rejeitará você. Venha, pobre alma, venha:
“Aventure-se sobre Ele, (isto não é aventura), aventure-se totalmente,
Não permita que outra confiança intrometa-se!
Ninguém, senão Jesus
Pode fazer bem aos pecadores desamparados!”
Ele pode fazer-lhe todo o bem que você necessita. Oh, confie em meu Mestre! Confie em
meu Mestre! Ele é o precioso Senhor Jesus! Ele é o doce Senhor Jesus! Ele é o Salvador
amoroso! Ele é o amável e misericordioso Perdoador do pecado!
Venha, você que é vil! Venha, imundo! Venha, você, miserável! Venha, você moribundo!
Venha, você perdido, você que tem sido ensinado a sentir a sua necessidade de Cristo!
Venham, todos vocês, venham agora, pois Jesus ordena que vocês venham! Venham
depressa!
Senhor Jesus, atraia-os, atraia-os por Seu Espírito! Amém.
ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use este sermão para trazer muitos
Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
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10 Sermões — R. M. M’Cheyne
Adoração — A. W. Pink
Agonia de Cristo — J. Edwards
Batismo, O — John Gill
Batismo de crentes por Imersão, Um Distintivo
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleição
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos
Cessaram — Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da
Eleição — A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
pelos Arminianos — J. Owen
Confissão de Fé Batista de 1689
Conversão — John Gill
Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins
Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne
Eleição Particular — C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —
J. Owen
Evangelismo Moderno — A. W. Pink
Excelência de Cristo, A — J. Edwards
Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon
Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink
Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah
Spurgeon
Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —
Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação
dos Pecadores, A — A. W. Pink
Jesus! – C. H. Spurgeon
Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon
Livre Graça, A — C. H. Spurgeon
Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield
Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry
Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill
OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.
— Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —
John Flavel
Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston
Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
Spurgeon
Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.
Pink
Oração — Thomas Watson
Pacto da Graça, O — Mike Renihan
Paixão de Cristo, A — Thomas Adams
Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards
Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —
Thomas Boston
Plenitude do Mediador, A — John Gill
Porção do Ímpios, A — J. Edwards
Pregação Chocante — Paul Washer
Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon
Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado
Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200
Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon
Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon
Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.
M'Cheyne
Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer
Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon
Sangue, O — C. H. Spurgeon
Semper Idem — Thomas Adams
Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,
Owen e Charnock
Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de
Deus) — C. H. Spurgeon
Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.
Edwards
Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina
é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen
Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos
Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.
Owen
Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink
Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.
Downing
Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan
Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de
Claraval
Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica
no Batismo de crentes — Fred Malone
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2 Coríntios 4
1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está
encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10 Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste também nos nossos corpos; 11
E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal. 12
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13
E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
por isso também falamos. 14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15
Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
Deus. 16
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia. 17
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18
Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas.