Post on 09-Dec-2018
Despido de vaidade.
Seria melhor para humanidade O amor mais sincero, universal,
Se o ser humano fosse mais igual, Mais fraterno, despido de vaidade.
O consumismo gera até maldade
Em uma individualidade sem igual, Na ganância e egoísmo tão abissal,
O ser humano teria mais humildade.
Talvez houvesse mais igualdade, Pois, a vaidade gera toda ansiedade Não haveria fortunas tão desiguais.
Despida a ambição haveria caridade
Haveria no universo, mais sensibilidade, Talvez, seria o ser humano, mais natural,
Norma Aparecida Silveira Moraes
Beleza castigada.
No olhar o frio e cinzento piso Não reflete seu medo e sua dor Na paisagem sinistra, um aviso Serás tu, castigado com pendor
Seu crime, postulante e declarado
Foi ter nascido belo...só isto somente Numa época sombria e decadente
Gerou inveja e cobiça, foi seu pecado!
O castigo será seu aprisionamento Desgastará sua imagem....beleza perdida
Ali jaz, na irreversível roda do tempo Sentirás a dor de morrer em vida!
Marta Biscoli – março/ 2018
Constrição.
Já sem ventre e sem placenta
Num simulacro de pós-parto
Envolto em fiel abandono
O impossível fielmente desejado
Pesa sobre cabeça, ombros e braços.
Quando, constrito, o corpo gentil
É dado á luz de íntimo temor
Esmagando sua força fálica
Como se fora asa quebrada
De anjo ex-comungado
Decaído do sétimo céu?
Da nuvem de cor na chuva
Indo à lama em vez do ouro?
Da alta montanha do orgulho
Ao abismo da consciência?
Vulnerável e absoluto
Como se é só num tempo antigo
Antes e agora o ar de chumbo.
Menos é o corpo desnudo
Oposto à máxima nudez
Que vem mais de dentro
Ao perceber igual ao som do riso
O salmo elegíaco do choro.
Então, o que era mundo se desfaz
E, de novo, pequeno, sabe-se
Nascido para ser humano
Um filho na solidão de Deus.
(Edvaldo Rofatto).
Sua nudez.
Homem que me tira do sério Que arrebata meus neurônios
Atiça meus mais profundos desejos.
Sossegue vamos com calma Deixe que eu possa apreciar Este momento da sua nudez.
Transferir para minha imaginação
Estes delírios da natureza Sentir sem tocar, mais arrepiando.
Este meu corpo já entregue as mais
Insinuações e desejos por ti Se chegue assim, devagarzinho, ti quero!
Eudalia Martins...
O seu castelo, desmoronou.
Agora é tarde para pensar Sofre reflexos de uma atitude
Aversa aos seus princípios Foi movido pelo o ódio
Hoje, se encontra nesse lugar, cinzento e vazio Cercado por grades e correntes
Imensos muros de concreto Acima, atiradores na espreita
Atentos às movimentações. Agora, é banho de sol Nu de cabeça baixa
Na mente um filme que passa Como fora parar ali?
'Matou por amor“ aquele era o discurso. Mas o sentimento de posse, o ciúme doentio a
Acendeu o pavio, o gatilho puxou. Julgado e condenado, branco, pálido
Sonha com a liberdade, E reconquistar seu grande amor.
Em questão de segundos uma atitude impensada A força extrema foi usada, o seu castelo, desmoronou
Everaldo Magalhães
Nu.
Estava assim, só corpo... Inteiramente nu,
Uma friagem estranha me rodeava, envolvia,
O frio e o medo... Cabisbaixo, olhava o chão.
Como correr os olhos em derredor? Onde estava? Como vim? Por que? Minha roupa?
Casa? Família? Amigos? Céu? Estou sonhando? Surtei?
Sem censura, defesa, direito, valor. Comigo só:
Meu corpo, minha pele, Olhos, boca, pernas, braços, cabelos,
Mãos pequenas para tanto defender, Esconder, salvar.
Apavoro ante tal responsabilidade, Suo, tremo, arrepio, sinto o bater dos dentes...
Estendo o olhar, mais adiante, Minha amada estende-me um roupão macio
Salvando-me deste pesadelo!
Maria Helena da Silva Campos Cruz
Devaneios.
Menino alinhado, sutil, tão acanhado Revela-se em performances varonil
Atrai, retrai e encanta-me ! Me perco, enlouqueço sem saber onde é o começo
Sua nudez amedronta meus olhos rebeldes
Sinaliza meu corpo febril, esfomeado. Ataca meu cérebro sem postura
Adoça minha boca sem amargura.
Venha menino! Componha-se. Desiniba teu corpo, retrate seu ego. Desarme seus passos, atire teu alvo.
Querias eu, subestimar minha inteligência.
Desligar meus neurônios apurados Tapar meus olhos rebeldes Ignorar meus devaneios
E não querer-te nos meus desejos
Arrasto meu corpo sobre cama... Adormeço lentamente !!!
Selda Kalil
PPS – Atividade poética Poesia Sobre Imagem.
Edição – Fevereiro/ Março de 2018 na rede literária:
Casa dos Poetas e da Poesia.
Imagem colhida no Google para inspiração dos autores.
A responsabilidade autoral dos
trabalhos apresentados neste PPS, é dos poetas que assinaram suas
respectivas obras.
Edição designer: Marsoalex.
Casa dos poetas e da Poesia. http/.casadospoetasedapoesia.ning.com