Costa de Caparica minha desconhecida

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6ª UFCD

• STC - MODELOS DE URBANISMO E MOBILIDADE

Profs: Gabriela e Carla

• CLC – CULTURA DE URBANISMO E MOBILIDADE

Profs: Isabel e Silvestre

• CP – TOLERÂNCIA E MEDIAÇÃO

Profs: Paula e Armando

• Numa pequena povoação risonha e sobranceira ao mar, a meio caminho entre Almada e o Oceano por cima da falésia ao Sul do Tejo,

vivia uma pobre velhinha esfarrapada com um corpo magro e diminuído pelos anos. Arrastava-se com dificuldade envolta da sua

capa remendada num xadrez caprichoso e multicolor. Chamavam-lhe bruxa e avarenta, sendo com frequência escorraçada e recusavam-lhe

a esmola com enfado, sendo suposto possuir muito dinheiro escondido, não se sabia onde, tendo vivido anteriormente com

abastança e que possuía bens segundo a descrição da vizinhança. Nunca faltou à missa, caminhando entre montes e vales, ficando encolhida a um canto, embrulhada na capa a pesar-lhe sobre os ombros. Ao voltar, devagar e vergada com o peso dos anos, e pacificamente pedindo sempre estranhando a sua prolongada

ausência, as gentes do lugarejo foram procurá-la na humilde cabana onde habitava, sendo encontrada morta e o seu corpo envolto na capa

que usava ao longo dos anos. Com admiração de todos, a seu lado encontrava-se uma carta para EL-REI. Perante surpresa do soberano, a pobre velha legava-lhe a capa, mediante promessa de se proceder à

construção duma igreja no povoado. Surpreendido com o peso da oferenda, este mandou rasgá-la começando a cair do seu forro uma

grande quantidade de dobrões em ouro.  Depois do desejo cumprido, ainda sobrou fortunas, daí terem surgido várias povoações com o

sobrenome de CAPA-RICA.

Elementos Típicos Herdados

Embarcações Típicas

• Os Saveiros (Meia Lua)

• O Olho, pormenor ornamental, símbolo duma divindade Deusa Egípcia.

• Trajes Típicos oriundos das tricanas

OS SAVEIROS E AS REDES

• Os saveiros tipo meia lua, sulcavam as águas, imponentes, com a força de braços de oito remadores, instruídos pelo arrais sentado na popa , de frente para o mar.

• As redes essas eram feitas pelos próprios pescadores, e depois da safra, espraiavam-se pelo areal para secarem. Por vezes eram tingidas com a casca das acácias cozidas, para melhor resistência, e tonalidade.

OS TRAJES TRADICIONAIS

• O MESTRES: Calça e colete, bota fina e jaqueta.

• CAMPANHA: calçado leve, calça e boné ao alto, camisa aos quadrados.

• OS RESTANTES: camisa aos quadrados, pé descalço, calça arregaçada, barrete preto, com borlas farfalhudas, as mulheres com tamancas, saias rodadas, e lenços na cabeça.

Os Pescadores

• De braços queimados e ressequidos pelas águas, cabelos secos e grisalhos, testa franzida, rostos duros e rijas barbas, olhos de noites sem dormir, e de ar desconfiado.

• À espera do próximo golpe do mar, luta ansioso pela chegada ao areal, onde está o seu coração e o espera a família.

• Quando a pesca era farta o “Homem do Búzio” corria a vila a anunciar a boa nova, e logo os cabazeiros corriam a ajudar ao transporte do pescado.

• Os primeiros povoadores da Costa de Caparica:

• MIGRAÇÕES SAZONAIS

1. Pescadores migrantes de Ílhavo (Aveiro)

2. Pescadores migrantes do Algarve

• As primeiras habitações eram em colmo e madeira

• Em 1800 foi erguida a primeira casa em Alvenaria, A CASA DA COROA, casa onde se instalou D. João VI rei do Brasil.

ANDO Cansado, esgotado, enervado, Irritado

Com os problemas do meu reinado…e a Carlota JoaquinaQue é muito mais nova…Sempre a exigir, a pedirA pôr-me à provaQUERO Descansar, sossegar, repousar, lá longePr’a além do mar,Espera-me o Brasil,De riquezas mil.Deixem-me ainda ficar, mais uns tempos a

gozarE descansar no meu Portugal, do Gama e

Cabral,É que às vezes sou bruto, mas sou liberal

ADOROpetiscos, mariscos, pexe assado, grelhadocaldeiradas bem regadas temperadas e apaladadas.

Mas em boa companhia com muito vinho e alegria

1825 – Levem-me à praia da Sobreda

1940

2009

2009

BAIRRO COSTA PINTO

• Bairro destinado ás gentes do norte (Ílhavo)

Termos construtivos

• Casas construídas em Alvenaria.

• Substituição dos pavimentos em madeira por lajes. (evitando os incêndios)

• Telha de canudo ou telha Marselha em barro. (substituindo o Colmo)

• Soleiras e ombreiras (raras) em mármore ou granito português natural.

BAIRRO 15

• Bairro para as gentes do sul• Imagem actual do Bairro.• O Bairro é unicamente uma Rua, daí ser

conhecido por Rua 15.• As casa são bastante pitorescas e a

distância entre elas chega a ser de 30 cm.

Homenagem ás gentes da Costa• Por toda a Costa são bem visíveis as rua com os nomes

do vários habitantes do local.

• Urbanismo antes e depois.

• Urbanismo irracional

• Subdesenvolvimento da Caparica

• A POLIS.

• Modelo Arquitectónico inicial

• Modelo Arquitectónico Actual

A Degradação da Costa de Caparica

A Degradação da Costa de Caparica

Casas de Praia anos 60 - 70

Bairro dos Pescadores Anos 60 Bairro Campo da Bola Anos 70

Bairro Santo António Bairro Santo António 2009

BAIRROS DE LATA DA ACTUALIDADE

O 2º Torrão da Trafaria

Oferta Turística

HOTEL PRAIA DO SOL

O 1º hotel da Costa de Caparica, e o 1º existente ao sul do Tejo, construído em 1934, por Manuel Agro Ferreira, Politico, homem empreendedor, e poeta também.

Residencial Mar e Sol

• Residência Fundada em 1927, sendo uma das primeiras residenciais da Costa de Caparica.

• UTÓPIA OU NÃO?– O Futurista Arquitecto Cassiano Branco

nos anos de 1930 projectou este aspecto para a Costa de Caparica.

– Qual Le Corbusier, ou o utópico Arq. António Sant’Elia!!! Ambos do inicio do Século IXX.

NOVO URBANISMO

• Aldeia dos Capuchos

• Execução de todas as infra-estruturas.

Arranjos exteriores, Arruamentos. Asfaltos, lancis, e calçadas.

Esgotos, águas Domesticas e pluviais.

Electricidade, e comunicação.

Hotel Meliâ da Aldeia dos Capuchos

TERMOS CONSTRUTIVOS

Alvenaria, Lajes ou placas

Cantarias em pedras nobres polidas ou bujardadas.

Vidros Térmicos e perfis em PVC

Cerâmicas

Esculturas em Ferro

Escudo das Armas dos

Távoras

Símbolo da Ordem de S.

Francisco

Convento dos Capuchos Edificado em 1558 por Lourenço Pires de Távora

Com o Terramoto de 1755 ficou neste estado

TERMOS CONSTRUTIVOS• Construção composta de

paredes de pedra unidas por uma argamassa de areia, barro e cal.

• Utilização de pedra mármore, natural não polida.

• Caixilharia em madeira maciça em duas folhas ou em Guilhotina.

• Emoldurada total ou parcialmente por pedra natural.

Escudo das Armas dos

Távoras

Símbolo da Ordem de S.

Francisco

Adquirido pela C.M.A. Em 1950, reabre remodelado em 1952

Elementos de Modernização

Elementos em ferro

Calçada Portuguesa

Revestimentos em conchas e azulejos

Edificada em 1880 e custeada por João Inácio da Costa (imigrante)

TERMOS CONSTRUTIVOS

• Paredes de Alvenaria• Betão Armado• Pedras naturais• Madeiras maciças• Telha Lusa• Janelas de guilhotina• Perfis de alumínio

Janelas de guilhotina

Telha Lusa

Festas e Romarias

• Festas da Cidade (Janeiro / Fevereiro)

- Festas dos Santos Populares (Junho)

- Feira do Artesanato (Julho / Agosto)

- Feira do Livro (Julho / Agosto)

- Concurso da Caldeirada Pescador (Janeiro / Fevereiro)- Feira de Artesanato (3º e 5º Domingo de cada mês e feriados)

O Cruzeiro do Cemitério data de 1780

A Viradela dos Onze• A 12-12-1929, O maior

de todos, a embarcação o «Pensativo», voltava para terra quando um enorme vagalhão o virou, com os seus vinte a um homens a bordo. Destes, só dez conseguiram salvar-se. Os outros onze foram dando à terra, nos dias que se seguiram, com excepção de um que nunca apareceu.

Esculturas Existentes

• Monumento aos Pescadores do escultor Pé Curto

• Símbolo á Costa “Tocar o Sol” do escultor Quintino Sebastião

Tradições Gastronómicas• O povoamento híbrido de

gentes vindas de Ílhavo e do Algarve, foi criando uma cultura própria e nasceu uma culinária genuína, especialmente baseada nas dádivas do mar e nos mimos das hortas das terras da Costa. 

• Os ingredientes utilizados são simples, pouco elaborados e de custo reduzido, atendendo ás dificuldades financeiras que a população originária apresentava.

• Área de Paisagem Protegida

• Condicionalismos Ecológicos na Agricultura.

• Área de Elevada Fertilidade Natural– Clima (Mediterrânico)– Níveis Freáticos– Solos Arenosos– Fertilidade Natural comprovada.

Intervenção Plural

Colectividades e Associativismo

Administração e Segurança no Território

Cova do Vapor

Cova do Vapor Vanguardista?

• O Aeroporto do Bugio ???

Património Botânico na Cova do Vapor

Pé Canhão – amante incondicional da Costa de Caparica

Uma das lojas mais castiça de toda a Costa de Caparica

A PRAIA DE CAPARICA

A praia de CaparicaNão é uma praia pobreComo disse alguém um dia;-Lembra uma dama afastadaDo convívio da cidadeMas dama com “senhoria”É simples. Não tem aquelaPretensão de praia chic;Mas tem a amplidão do azul,E a graça de quem não gostaDa moderna coquetice…-É bela sem senão,E é linda sem ter tolice,Convive mais a miúdoCom pescadores. E é vê-losNa faina triste das ondasArriscando a própria vidaCom vibrante valentia!...Não!-

A praia da CaparicaNão é uma praia pobreComo disse alguém um dia.Aqui o mar tem magia,Canta e ri de outra maneira,Tem mais encanto, é mais forte;E até nas horas amargasParece compadecer-se-Depois de ter dado a morte…E elas, as mães ou as noivas,Mutiladas pela dorE na dor desfalecidasSão obrigadas a amá-lo!...-Sepulcro de tantas vidas!

“António Botto” - Caparica 24-09-1931

F I M

• ANA PAULA MARQUES

• 03 DE FEVEREIRO DE 2010

• OBRIGADA