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Cooperando com a Natureza
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CCS- CENTRO DA CIÊNCIA DA SAÚDE
EDUCAÇÃO FÍSICA – LICENCIATURA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA – 7º PERÍODO
PROFESSORA ORIENTADORA: VANDERLÉA ANA MELLER
ACADÊMICOS:
BENJAMIN NATHAN VIANNA;
JAQUELINE DE PAULO
2014/2
INTRODUÇÃO
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Crianças
Cooperação
Mundo Individualista
Competição
Natureza
Estímulos Sensoriais
Educação Ambiental
Conscientização
PIB
ID
As teorias de base que nortearam as ações e reflexões foram Brotto (2001), Kunz (2006),
Cornell (1996) e Soller (2006).
QUESTÃO PROBLEMA
Quais os impactos que os jogos
cooperativos poderão promover para
a valorização e a interação das
crianças com a natureza?
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Analisar os impactos dos jogos
cooperativos na valorização e a
interação das crianças com a
natureza.
OBJETIVO GERAL
DA PESQUISA:4
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DE PESQUISA
Construir o referencial
teórico adequado ao tema e
sua perspectiva pedagógica;
Elaborar o planejamento
de ensino e de aula a
partir da temática e
demandas do campo de
intervenção;
Articular diferentes
momentos do processo
investigativo produzindo
síntese a partir dos
resultados;6
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Efetivar as intervenções
pedagógicas de forma
reflexiva e crítica;
Investigar a importância dos
jogos cooperativos e meio
ambiente para as práticas
propostas
;
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
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Desenvolver a consciência
ecológica;Participar de discussões
relacionadas à preservação
da natureza;
Investigar a importância dos
jogos cooperativos e do meio
ambiente para as práticas
propostas;
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Reconhecer o senso
ético da prática da
cooperação;
Realizar jogos cooperativos
envolvendo os temas meio
ambiente, sustentabilidade e
reciclagem.
METODOLOGIA
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- Pesquisa de abordagem qualitativa;
- Pesquisa-ação, contemplando a reflexão-ação-
reflexão;
- Abordagem pedagógica crítico-emancipatória;
- Instituição de Ensino não-formal Lar Fabiano
de Cristo – UPI Rodolpho Bosco;
- Oficina I, Idade de 10 e 11 anos, com
predominância do gênero feminino;
- 1 Aula Diagnóstica + 10 intervenções;
- Instrumento de coleta de dados, projeto, plano
de ensino, planos de aula, relatórios, diálogos
com as crianças e fotos;
- Processo de Ensino e Aprendizagem
empregamos a postura interdisciplinar.
JOGOS COOPERATIVOS
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Os jogos cooperativos são acrescentados em nossa cultura, justamente para amenizar a
individualidade, a euforia da competição entre as pessoas, podendo ser mobilizado com ações em
prol da melhoria nas relações, bem estar e interação das pessoas.
Para AMARAL (2009, p. 51):Os jogos cooperativos são os mediadores da união entre as pessoas, compartilhando e
despertando a coragem de assumir riscos, reconhecendo a importância do grupo e
estimulando, por meio da convivência, o desenvolvimento da auto-estima, autonomia e
cooperação, promovendo a alegria e o prazer.
Quando unimos cooperação e natureza temos uma relação de valores que emergem
neste contexto, pois as atitudes que desenvolvemos no jogar e nas ações desenvolvidas na
natureza estão intimamente ligadas ao que valorizamos.
NATUREZA
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A natureza é um sistema vital que permite a vida dos seres vivos num determinado
tempo e espaço e nela determinam-se, também, as condições de existência de cada ser.
Para Marinho (2001, p. 34) a:Educação Física pode, valendo-se a experiência da natureza, potencializar estratégias
de ação para desenvolver, nos alunos, habilidades motoras, capacidades físicas, e até
mesmo fundamentos esportivos específicos. Tais atividades podem ser utilizadas para
atingir diferentes objetivos educacionais, oportunizando diferentes níveis de
desenvolvimento: coletivo, pessoal, cognitivo, físico.
A natureza pode ser um ambiente agradável, atrativo e útil para a
prática de exercícios físicos. As atividades na natureza requerem pensar
sobre o todo, num sistema complexo, por meio das relações com os
indivíduos e estratégias para torná-los mais críticos e conscientes.
UM OLHAR PEDAGÓGICO
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Cornell (1995, p. 17) afirma que:
O aprendizado sequencial permite que você crie
uma infinidade de experiências com a natureza,
cada qual combinando com as circunstâncias do
momento, sendo que nenhuma é idêntica a outra.
Embora esteja baseado em alguns princípios
simples, o aprendizado sequencial não é um
sistema rígido que exige que as atividades sejam
praticadas sempre da mesma maneira.
Despertar o entusiasmo
Concentrar a atenção
Dirigir a experiência
Compartilhar a inspiração
A interdisciplinaridade vivenciada nos aspectos metodológicos utilizados ao decorrer da
pesquisa, propôs às crianças a troca de cooperação entre o grupo, a socialização, a integração
das atividades vivenciadas interligando-as como a proposta sugerida por Cornell (1995):
UM OLHAR PEDAGÓGICO
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Como professores precisamos estar atentos aos processos comunicativos e críticos.
Para KUNZ (2006, p.31),A teoria crítico-emancipatória e a didática comunicativa, fundamentada na teoria crítica da
escola de Frankurt e na teoria do se movimentar humano, propõe ressignificar a prática
pedagógica e EF escolar, ampliando-a a escopos educacionais cuja referência demanda o
fomento à formação de sujeitos críticos e emancipados, capazes de conhecer, reconhecer e
problematizar sentidos e significados desta vida, a partir da reflexão crítica.
Utilizando a didática destacada procuramos dar uma maior ênfase aos temas abordados,
buscando esclarecer para as crianças relações ampliadas com o meio ambiente e que se
não agirmos com cooperatividade em busca de soluções, para melhorar os danos sofridos
pelo planeta, muitos de nós poderemos sofrer as consequências da má utilização destes
recursos.
ESPAÇO NÃO-FORMAL
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O espaço não formal de educação é propício para tratar de conteúdos mais flexíveis e coerentes
com objetivos e necessidades.
Para GOHN (2006, p. 32)Ambiente não formal e mensagens veiculadas ‘falam ou fazem chamamentos’ às pessoas e aos
coletivos, e as motivam. Mas como há intencionalidades nos processos e espaços da educação não-
formal, há caminhos, percursos, metas, objetivos estratégicos que podem se alterar constantemente.
Há metodologias, em suma, que precisam ser desenvolvidas, codificadas, ainda que com alto grau de
provisoriedade pois o dinamismo, a mudança, o movimento da realidade segundo o desenrolar dos
acontecimentos, são as marcas que singularizam a educação não- formal.
ANÁLISE DE DADOS
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Reconhecimento HistóriaRodas de
conversasSensibilidade Expressões
ANÁLISE DE DADOS
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Ao organizarmos nosso planejamento procuramos enfatizar o processo de
experiência, aprendizagem e reconstrução, seguindo esta linha de intervenções levando a
socialização e inclusão das crianças, durante as atividades propostas.
- Sensibilidade;
- Lúdico;
- Sentidos;
- Jogos Cooperativos;
- Natureza;
ANÁLISE DE DADOS
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Elaboração e Confecção de Jogos, relacionados aos
temas explorados;
Construção de regras para
exploração dos jogos
confeccionados
Interações;
Ampliação de conceitos já obtidos e construção de novos conceitos a partir do
que foi explorado
ANÁLISE DE DADOS
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- Dificuldades:
Área externa sem cobertura;
Participação de jogos (competitividade).
- Pontos positivos:
Participação e envolvimento das crianças nas
atividades propostas;
Sensibilização das crianças em relação à natureza e
o uso de seus recursos;
- Interação das crianças com à natureza de forma
consciente;
- Amenizar os problemas de socialização:
(competitividade);
ANÁLISE DE DADOS
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Para Kunz (2003, p. 97),Pedagogicamente, deve-se levar em consideração que oportunizar à criança e ao
adolescente a chance de vivenciar experiências bem-sucedidas de vida, que
escapam do sentido cotidiano das atividades obrigatórios, é contribuir com a
possibilidade da formação de indivíduos críticos e emancipados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Os resultados obtidos durante o processo apontaram que os jogos cooperativos
favoreceram a interação com o meio ambiente e relacionamentos positivos das crianças no
cotidiano; as noções de pertencimento social e ambiental das crianças foram apropriações
fundamentais para entendimento da necessidade da cooperação e cuidados com o meio
ambiente, numa dinâmica vital; os jogos cooperativos tornaram-se uma proposta integradora e
mobilizaram a sensibilização para preservar, cuidar, respeitar, refletir e agir sobre a vida das
pessoas e do meio ambiente; um fator fundamental para a sensibilização foi à percepção das
mudanças positivas e negativas provocadas pela ação do homem na natureza e que este é
resultado de ações cooperadas que podem favorecer ou destruir, depende das nossas
intencionalidades; as mudanças de atitudes individuais para coletivas e cooperadas beneficiaram
a valorização e interação com o meio ambiente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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A Educação Ambiental trouxe importantes princípios que conduziram nossas oficinas no sensível,
que a partir dos movimentos apresentam consciência perceptiva para a experimentação do corpo no
mundo. Também ocorreram processos de auto avaliação.
Identificamos que a Educação Física pode por meio dos jogos cooperativos fazer um exercício
de reflexão sobre a formação do indivíduo, direcionando, criticando e questionando os valores e os
paradigmas da competição presentes em nossa sociedade.
REFERENCIAL TEÓRICO
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AMARAL, Jader Denicol do. Jogos cooperativos. São Paulo: Phorte, 2009.
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Cooperação, 2001. 161
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REFERENCIAL TEÓRICO
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REFERENCIAL TEÓRICO
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______, Reinaldo. Educação Física uma abordagem cooperativa: contendo jogos cooperativos inéditos. Rio de Janeiro, Sprint,
2006.
AGRADECIMENTOS
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- A Deus;
- Aos nossos familiares, por todo o
apoio;
- As crianças e funcionários da
instituição, pela oportunidade;
- A orientadora;
- A banca;
- Aos nossos companheiros de estágio
e de graduação, e demais professores
pelos momentos compartilhados e
vividos ao longo do curso.