Post on 22-Apr-2015
Conversão de São Paulo, Apóstolo
Caríssimos,
“Esta festa, instituída na Gália no século VIII, por ocasião da trasladação de algumas relíquias do Apóstolo, entrou no calendário romano pelo fim
do século X. A conversão de S. Paulo está na base de muitos e importantes elementos de sua doutrina, em particular do tema do poder da graça divina, capaz de transformar Saulo, perseguidor da Igreja, no “Apóstolo” por excelência. Esta conversão é certamente um dos mais importantes acontecimentos da história da Igreja, que deve a Paulo a
iniciativa da evangelização dos pagãos, e a primeira reflexão teológica sobre a mensagem cristã”. A vocação nos leva a uma conversão, a uma
mudança de “caminho”, de direção de vida. Como cristãos, devemos permanentemente nos questionar sobre as exigências práticas de nossa
vocação e vida cristã. Viver uma vocação é viver o amor. É o cristão chamado à comunhão, ao diálogo com Deus.
Meditemos.
Carinhosamente, Graziela
Paulo é o jovem aos pés de quem as testemunhas do martírio de Santo Estevão depuseram as suas capas e a quem Estevão pediu a Deus que não lhe fosse
imputado esse pecado. (At 7,58). Diz Santo Agostinho: “Se Estevão não tivesse orado a Deus, a Igreja não teria
Paulo” (Sermão 315)
Paulo durante seus estudos rabínicos em Jerusalém, mostra-se decidido perseguidor dos cristãos. (At 22,3-5). Pede cartas ao Sumo Sacerdote para
perseguir, prender, algemar os cristãos de Damasco (Atos 9,2).
Mas, Deus tinha outros planos para ele.
A “LUZ BRILHOU NAS TREVAS” – e como todas as conversões, fez-lhe ver de um modo novo a Deus, a si mesmo e aos irmãos. O Episódio de Damasco foi
mais que uma conversão. Representou para São Paulo – o início da sua vocação.
Quando brilhou no céu um deslumbrante resplendor – Saulo caiu ao chão – caiu todo o orgulho. E num instante desapareceu toda a possível resistência à graça por parte
daquele que nesse momento ia ser escolhido como “Apóstolo dos gentios.” (Atos 9, 1-19)
Uma voz falou-lhe, pronunciando o seu nome por duas vezes, num tom de queixa e dor. “Saulo, Saulo, por que me persegues?” A rendição é total e
Saulo põe-se a serviço do vencedor. Que devo fazer, Senhor? (Atos 22,10).
Nunca voltou atrás.
Num instante a CRUZ converteu-se de “escândalo” em sinal de Salvação, em “Força de Deus”, em “trono triunfador”, e a ela dedicará preciosas partes
das suas cartas.
Desde o instante da sua vocação compreendeu que Jesus era o Messias ressuscitado e n’Ele se tinha cumprido as profecias; Creu na Divindade de
Cristo depois de se lhe tornar patente a diferença entre a sua ideia do Messias e a realidade do glorificado, pré-existente e eterno Filho de Deus.
Paulo compreendeu que tinha sido escolhido, chamado por Deus – pôs-se ao seu serviço com FIDELIDADE e se declara “APÓSTOLO POR CHAMADO”
(1Cor 1,1).
Oração
“Jesus, eu vos louvo pela grande misericórdia que tivestes para com São Paulo, transformando-o de perseguidor em apóstolo da Igreja. São Paulo, intercedei por nós ao Senhor, para que alcancemos a graça de sermos disponíveis ao dom de
Deus e nos disponhamos a levar o Evangelho a muitos dos nossos irmãos e irmãs. São Paulo, meu protetor, eu ainda vos peço neste dia a graça de ser forte na fé,
firme na esperança e que possam crescer em mim a compreensão e o amor para com os meus irmãos mais necessitados e doentes.” Amém.
Texto – Missal Cotidiano, Falar com Deus vol.6, A Igreja dos apóstolos e dos Mártires Vol.I - Rops
Imagens – Google
Música – Já não sou eu quem vive - Cantores de Deus
Formatação - Graziela