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CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS DE FLORES E HORTALIÇAS
Gustavo Filgueira Cruz Francisco Aliomar
Albuquerque Feitosa
Engenheiro Agrônomo Consultor Técnico em Hortaliças e
Flores
10ª SEMANA INTERNACIONAL DA FRUTICULTURA, FLORICULTURA E AGROINDÚSTRIA 01 a 04 de setembro de 2003 – Centro de Convenções
Fortaleza – Ceará – Brasil
Copyright FRUTAL 2003
Exemplares desta publicação podem ser solicitados à:
Instituto de Desenvolvimento da Fruticultura e Agroindústria – Frutal
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Fortaleza – CE CEP: 60.120-002
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Site: www.frutal.org.br
Tiragem: 150 exemplares
EDITOR INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DA FRUTICULTURA E AGROINDÚSTRIA –
FRUTAL
DIAGRAMAÇÃO E MONTAGEM PEDRO MOTA
RUA: HENRIQUE CALS, 85 – BOM SUCESSO – FONE: (85): 484.4328
Os conteúdos dos artigos científicos publicados nestes anais são de autorização e
responsabilidade dos respectivos autores.
Ficha catalográfica:
Feitosa, Francisco Aliomar Albuquerque. Controle de pragas e doenças de flores e hortaliças / Francisco Aliomar
Albuquerque Feitosa. – Fortaleza: Instituto Frutal, 2003.
222p. 1.Floricultura – Praga - Controle. 2. Floricultura – Doença – Controle. 3.
Horticultura – Praga – Controle. 4. Horticultura- Doença – Controle. I. Título.
CDD 635.9
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APRESENTAÇÃO A nossa FRUTAL chega a sua 10ª edição e com ela atingimos a marca aproximada de 10.000 pessoas capacitadas nos Cursos Técnicos que anualmente oferecemos. Várias pessoas têm participado dos Cursos da FRUTAL, destacando-se produtores, empresários, pesquisadores, estudantes, além do público geral visitante que, mesmo sendo de outro ramo de atividade, passou a acreditar na fruticultura irrigada estimulados pelo nosso movimento, que tem feito o Ceará se destacar em nível do cenário nacional no Agronegócio da Agricultura Irrigada. Procurando deixar registrado todo o conteúdo técnico dos Cursos da FRUTAL, temos anualmente editado apostilas como esta, com o conteúdo de cada tema que são cuidadosamente selecionados para cada FRUTAL, com uma média de 10 Cursos por edição. A escolha dos temas para os Cursos da FRUTAL se baseia nas sugestões obtidas das Avaliações realizadas com os próprios participantes, acrescida de temas de vanguarda como o Curso “Produção Integrada de Frutas” que estamos promovendo nesta edição. Toda a Programação Técnica da FRUTAL está direcionada para o tema central que este ano foi eleito “Cooperativismo e Agronegócio”, tema este em consonância com a atual política do governo federal. Na sua composição temos Cursos, Palestras Técnicas, Painéis, Seminários Setoriais, Fóruns e Eventos Paralelos variados, que é referendada por uma Comissão Técnico-Científica formada por ilustres e competentes representantes dos principais Órgãos, Instituições e Entidades ligados ao setor do Agronegócio da Agricultura Irrigada do Ceará, cujas contribuições têm sido essenciais para a qualidade e nível que atingimos. Nesta edição a comunidade científica terá uma programação especial. Acontecerá pela primeira vez no Nordeste e terceira vez no Brasil, já em sua 49ª edição, a Reunião Anual da Sociedade Interamericana de Horticultura Tropical, evento que deverá trazer para o ambiente da FRUTAL cerca de 600 pesquisadores, que apresentarão os mais recentes resultados de trabalhos de pesquisa na área de Fruticultura, Floricultura e Horticultura. Vale ressaltar também neste momento a credibilidade que os Patrocinadores tem da FRUTAL, principalmente da iniciativa privada que cada ano tem tido maior participação, sendo este um veredicto de nossa intenção de estimular, incrementar e consolidar a FRUTAL como uma Feira tipicamente de negócios. Portanto, esperamos com a edição desta Apostila estar contribuindo para o aprimoramento tecnológico do setor da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria do Brasil e em especial do Estado do Ceará. Antonio Erildo Lemos Pontes Coordenador Técnico do Instituto Frutal Diretor Técnico do Instituto Frutal
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COMISSÃO EXECUTIVA DA FRUTAL 2003
Euvaldo Bringel Olinda PRESIDENTE DA FRUTAL Idealizador da Frutal, Empresário, Engenheiro Pós-Graduado em Administração e Negócios. Presidente do SINDIFRUTA e da Frutal, Ex-diretor da PROFRUTAS – Associação dos Produtores e Exportadores de Frutas do Nordeste e do IBRAF – Instituto Brasileiro de Fruticultura e das Federações FAEC e FACIC. Afonso Batista de Aquino
COORDENADOR GERAL DA FRUTAL Engenheiro Agrônomo, Pós-graduado em Nutrição de Plantas, com especialização em Extensão Rural e Marketing em Israel e Espanha. Diretor Geral do Instituto Frutal e Coordenador Geral da Frutal desde 1998.
Antonio Erildo Lemos Pontes COORDENADOR TÉCNICO Engenheiro Agrônomo com vasta experiência de trabalho voltado para Fruticultura Irrigada, Especializado em Israel em Agricultura Irrigada por Sistema Pressurizado, Membro Efetivo do IBGE/GCEA do Ceará, Consultor do SEBRAE-CE na Área de Agronegócios da Fruticultura, Coordenador Titular do Nordeste no Fórum Nacional de Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica e Coordenador Técnico da Frutal desde sua primeira edição em 1994.
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COMISSÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DA FRUTAL 2003
Afonso Batista de Aquino INSTITUTO FRUTAL Ana Luiza Franco Costa Lima SETUR Antonio Belfort B. Cavalcante INSTITUTO CENTEC Antonio Erildo Lemos Pontes INSTITUTO FRUTAL Antonio Vieira de Moura SEBRAE/CE César Augusto Monteiro Sobral AEAC Cézar Wilson Martins da Rocha DFA/CE Daniele Souza Veras AGRIPEC Ebenézer de Oliveira Silva EMBRAPA Egberto Targino Bonfim EMATERCE Enid Câmara PRÁTICA EVENTOS Euvaldo Bringel Olinda INSTITUTO FRUTAL Francisco Eduardo Costa Magalhães BANCO DO BRASIL Francisco José Menezes Batista SRH Francisco Marcus Lima Bezerra UFC/CCA Francisco Zuza de Oliveira SEAGRI/CE João Nicédio Alves Nogueira OCEC/SESCOOP José Carlos Alves de Sousa COOPANEI José de Souza Paz SEAGRI/CE José dos Santos Sobrinho FAEC/SENAR José Ismar Girão Parente SECITECE José Maria Freire SEAGRI/CE Joviniano Silva DFA/CE Jussara Maria Bisol Menezes FIEC Leão Humberto Montezuma Santiago Filho DNOCS Liliane Nogueira Melo Lima SEAGRI/CE Marcílio Freitas Nunes CEASA/CE
Maria do Carmo Silveira Gomes Coelho BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A -BNB
Paulo de Tarso Meyer Ferreira CREA-CE Raimundo Nonato Távora Costa UFC/CCA Raimundo Reginaldo Braga Lobo SEBRAE/CE Regolo Jannuzzi Cecchettini INSTITUTO AGROPÓLOS DO CEARÁ Rui Cezar Xavier de Lima INCRA/CE
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO DE HORTALIÇAS.......................................................................7
2. GRÁFICO DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS DO TOMATE NO CEARÁ................ 8
3. DOENÇAS FÚNGICAS DO TOMATE.......................................................................9
4. DOENÇAS BACTERIANAS DO TOMATE................................................................42
5. DOENÇAS VIRÓTICAS DO TOMATE......................................................................78
6. GRÁFICO DE OCORRÊNCIA DE PRAGAS DO TOMATE NO CEARÁ.................. 87
7. PRAGAS DO TOMATE.............................................................................................89
8. PRAGAS E DOENÇAS DO PIMENTÃO................................................................... 136
9. PRAGAS E DOENÇÃS DO REPOLHO.................................................................... 166
10. BIBLIOGRAFIA........................................................................................................176
11. PRAGAS E DOENÇAS DE ROSAS........................................................................177
12. BIBLIOGRAFIA........................................................................................................222
13. CURRÍCULO DO INSTRUTOR...............................................................................223
14. CURRÍCULO DO INSTRUTOR...............................................................................224
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1 - APRESENTAÇÃO DE HORTALIÇAS A elaboração deste trabalho, que vem fazer parte de um conjunto de muitas e ótimas publicações, tem como finalidade principal fornecer dados sobre as principais pragas e doenças da cultura do Tomateiro (Lycopersicon esculentum, Mill), Pimentão (Capsicum annuum) e Repolho (Brassica oleracea) .
Para facilitar a identificação de cada praga e doença, procuramos descrever uma a uma, ao mesmo tempo comparando as mais parecidas – usando uma linguagem simples, de tal modo que qualquer pessoa possa entender. Várias fotos são utilizadas para melhor visualizar e permitir um diagnóstico mais preciso das doenças e identificar cada praga.
Dois pontos são essenciais, quando trabalhamos com pragas e doença, primeiro um diagnóstico perfeito e rápido; segundo um programa de controle eficiente. Pensando assim, incluímos recomendações de controle – seja preventivo ou curativo – para cada praga e doença, com indicações de produtos com nome químico e comercial, doses, volume de calda e cuidados a serem observados.
Acompanhando a evolução no Controle de P&D, apresentamos informações sobre o uso de Feromônio e Trichogramma.
Desejamos, com toda a sinceridade, que o trabalho seja útil.
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CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS DE FLORES E HORTALIÇAS
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2 - GRÁFICO DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS DO TOMATE NO CEARÁ
OCORRÊNCIA DE DOENÇAS EM TOMATE ENVARADO PLANTIO DE CAMPO ESTADO DO CEARÁ
PINTA PRETA – Alternaria solani
FITÓFORA OU REQUEIMA – Phytophthora ssp
SEPTORIORE - Septoria lycopersici
ESTENFÍLIO – Stemphylium solani
MURCHA BACTERIANA – Ralstonia solonacearum
NEMATÓIDES – Meloidogyne ssp
TALO OCO (Erwinia ssp) NECROSE MEDULAR (Pseudomonas corrugata) MANCHA BACTERIANA (Xanthomonas campestris) CANCRO BACTERIANO (Clavibacter michiganensis)
FRISAMENTO (GEMINIVIRUS: TYLCV OUTROS)
DAT
D T
01
07
DAT = DIAS APÓS TRAD.T. = DIA DO TRANSPLTOMATE SANTA CLARATOMATE HÍBRIDO LONGDOENÇAS CITADAS = P
CONTR
8
ALTO RISCO
C O L H E I T A
FLORAÇÃO E FRUTIFICAÇÃO
FASE INICIAL
14
21
28
35
42
49
56
63
70
77
84
91
98
105
112
119
126
NSPLANTE ANTE = CONSIDERAR ATÉ 112 DAT A VIDA = CONSIDERAR ATÉ 126 DAT
RESENTES NO ESTADO COM DANOS ECONÔMICOS
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3 - DOENÇAS FÚNGICAS DO TOMATE
RELAÇÃO DOENÇAS FÚNGICAS
1 = ANTRACNOSE – Colletotrichum ssp
2 = CLADOSPORIOSE – Cladosporium fulvum (Fulvia fulvum)
3 = ESCLERÓCIO OU MURCHA DE ESCLERÓTIUM – Sclerotium rolfsii
4 = ESTENFÍLIO – Stemphylium solani
5 = MURCHA DE ESCLEROTINIA – Sclerotinia sclerotiorum
6 = PINTA PRETA OU ALTERNÁRIA – Alternaria solani
7 = REQUEIMA OU FITÓFORA – Phytophthora infestans,
Phytophthora capsici,
Phytophthora nicotinae, Phytophthora ssp
8 = SEPTORIOSE – Septoria lycopersici
DOENÇAS FÚNGICAS:
1- ANTRACNOSE:
AGENTE CAUSAL = Colletotrichum gloesporioides.
A antracnose foi por muitos anos a doença mais severa na Ibiapaba. Com o
surgimento de fungicidas altamente eficientes, lentamente esse fungo foi sendo
erradicado. Atualmente são raros os casos de perda de tomate causada pela antacnose.
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Vale observar, que nos últimos 4 anos (2000 a 2003), a antracnose tem sido o
principal fungo do pimentão. Sem, no entanto, causar danos no tomateiro. No caso
específico do pimentão, temos registrado perdas de até 100% dos frutos.
SINTOMAS EM TOMATEIRO:
A presença do C. gloeosporioides, no tomateiro, é facilmente identificado nos
frutos. No caules, flores e frutos são mais raros os sintomas, menos perceptíveis e
causam menores danos.
Nos frutos, principalmente no estádio de início de maturação, os sintomas iniciais
são pequenas manchas circulares levemente profundas. Com a evolução, a depressão
aumenta em profundidade e a mancha cresce em diâmetro, apresentando anéis
concêntricos. O centro da mancha apresenta pontos negros que são os microescleródios
dos fungos.
CONTROLE Para o controle da antracnose, recomendamos:
DEROSAL: 15 ml/20 litros de água
STROBY: 20 ml/20 litros de água
CABRIO TOP = 60 g/20 litros de água
MANAGE = 20 g/20 litros de água
DACOSTAR = 50 g/20 litros de água
ORTHOCIDE = 50 g/20 litros de água
POLYRAM = 60 g/20 litros de água
2- CLADOSPORIOSE
AGENTE CAUSAL – Cladosporium fulvum (Fulvia fulvum)
A Cladosporiose é uma doença nova na Região da Ibiapaba. As ocorrências são
raras e de pouco ou quase nenhum dano econômico. Vale, no entanto, citarmos sua
incidência em tomate, tendo em vista que, como em outros casos, poderão surgir surtos
mais significativos, dependendo da evolução do fungo. O que vai depender de vários FRUTAL’2003
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fatores, tais como: condições climáticas, controle efetivo do fungo – na sua fase inicial de
incidência , maior ou menor resistência dos novos híbridos a esse patógeno. Maiores
cuidados devem ser tomados quando do cultivo em Estufas. Verificamos um ataque
severo do Cladosporium fulvum em cultivo protegido, onde as condições climáticas são
plenamente favoráveis ao seu desenvolvimento.
SINTOMAS A presença do Cladosporium fulvum é verificada inicialmente nas folhas mais
velhas, portanto, seu ataque é de baixo para cima. Sua presença tem sido constatada
somente nas folhas. O fungo fica localizado na face inferior do limbo foliar. Sua principal
característica é a formação de manchas de cor marrom claro, de forma irregular, em
grande quantidade, em geral mais de 10 manchas por folíolo. Na face superior das
folhas, surge uma mancha de cor mais clara que o restante da folha, correspondente à
mancha da face inferior – para cada mancha inferior, surge uma igual na face superior,
sem apresentar o fungo. A presença do fungo é somente na face inferior, sendo uma das
causas de passar desapercebido, no início da infestação. Para diagnosticar rápido, há a
necessidade de sempre verificar nas folhas mais velhas, os folíolos nas duas faces.
CONTROLE
A cladosporiose é facilmente controlada com Clorotalonil e com alguns Triazóis.
Ver o programa preventivo de controle de doenças, página 41.
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CLADOSPORIOSE – Cladosporium fulvum
CLADOSPORIOSE EM FOLHA DE TOMATE
FACE INFERIOR DA FOLHA
CLADOSPORIOSE EM FOLHA DE TOMATE
FACE INFERIOR E SUPERIOR DA FOLHA
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3- ESCLERÓCIO Outro Nome: Murcha de Esclerotium
AGENTE CAUSAL - Sclerotium rolfsii.
Mesmo não sendo um fungo muito comum, em algumas regiões do Estado do
Ceará – por exemplo Cariri -, alguns prejuízos já foram registrados. Na cultura do
Pimentão, tem sido o responsável pela mortalidade de plantios inteiros (com perda de
100% das plantas, antes de iniciar a fase de colheita).
O Cultivo de tomate em solos argilosos e com excesso de umidade, ou em áreas
anteriormente cultivadas com pimentão ou tomate, favorecem o surgimento desse
patógeno.
SINTOMAS Sendo um fungo de solo, os sintomas serão visto no colo da planta ou um pouco
acima deste. Inicialmente, o fungo apresenta uma fina camada branca, envolvendo o
caule da planta, na parte externa. Internamente, o caule apresenta uma coloração
arroxeada, que vai evoluindo em dimensão e coloração – ficando próxima a cor
marrom. Com a evolução natural do fungo, os escleródios surgirão. No caso do
Scletorium rolfsii, os escleródios são numeroso (formando um pequena colônia), em
forma de pequenas esferas (muito semelhantes às sementes de repolho) .
O Sclerotium rolfsii, pela sua posição de ataque nas plantas (próximo ao colo da
plantas, em geral encoberto pelo solo), passa desapercebido – principalmente na fase
inicial de parasitismo. Somente nos estádios mais avançados – quando os vasos de
circulação das seivas estão comprometidos – promovendo a murcha das plantas (pela
impossibilidade de absorção de água e nutrientes), os sintomas são mais fáceis de
serem vistos. O murchamento de plantas chama a atenção, demonstrando que algo de
anormal está acontecendo no plantio. Só então, o produtor procura orientação técnica.
O diagnóstico da Murcha de Esclerotium, é inconfundível pela presença de micélio
esbranquiçado e de escleródios esféricos sobre a parte afetada.
Plantas infectadas por esse patógeno, poderão murchar sem a perda da coloração
verde e sem tombamento. As plantas estão aparentemente perfeitas em um dia e no dia
seguinte iniciam o processo de murchamento irreversível, levando à morte. FRUTAL’2003
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CONTROLE Em condições de risco - solos argilosos, solos com facilidade de encharcamento,
áreas antes cultivadas com solanáceas, período de chuvas e métodos de irrigação que
utilizam grande volume de água – os cuidados devem ser bem maiores.
Medidas preventivas precisam ser adotadas, merecendo destaque:
- bom preparo do solo,
- matéria orgânica no mínimo 2,5%,
- construção de sulcos de drenagem,
- controle de irrigação, evitando excesso de água
- controle químico preventivo
- equilíbrio nutricional
Para o controle químico preventivo, pela sua alta eficiência, o PCNB (QUINTOZENE),
nome comercial Kobutol 75 PM, é o mais recomendado.
A aplicação poderá ser realizada via sistema de Fertirrigação ou com jato dirigido ao colo
das plantas.
Utilizar a dosagem de:
A. Fertirrigação = 1 a 2 Kg / H a
B. Jato dirigido ao colo da planta = 40g/20 litros de água, aplicar 15 a 20 ml da calda
por planta.
Em áreas de risco elevado, a aplicação poderá ser realizado de 2 a 3 dias antes do
transplantio, como tratamento de solo. Sendo mais usado a aplicação no colo das
plantas, até 5 DAT.
Cerca de 2 a 3 pulverizações, com intervalos de 10 a 15 dias, no colo da planta são
suficientes para o controle desse fungo
Para o controle do Esclerório em áreas com o fungo já instalado, portanto, com
tratamento curativo, usar:
I. Pulverizar com jato dirigido ao colo da planta, com
Kobutol 75 PM
Dosagem = 50 g/ 20 litros de água.
Mínimo de 20 ml/planta da calda
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Manter o pulverizador com alta pressão
Preferencialmente usar bico regulável Jacto azul.
II.Pulverizar , jato dirigido para as folhas, com
Score
Dosagem = 10 ml/ 20 litros de água
Fazer cobertura total das plantas
Usar espalhante adesivo de boa qualidade
III.Pulverização foliar, 3 dias após a pulverização com Score,
Cercobim700 PM
Dosagem = 20 gramas/20 litros de água
Fazer cobertura total das plantas
Usar espalhante adesivo de boa qualidade
Somente repetir o tratamento quando o fungo voltar a surgir na cultura.
Monitorar a cada 10 dias, verificando o colo das plantas.
Em geral uma única aplicação de cada produto controla totalmente, sem reinfestação.
MURCHA DE ESCLETORIUM – Sclerotium solfsii
ESCLERÓCIOS NO CAULE
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ESCLERÓCIOS NO CAULE
4- ESTENFÍLIO
AGENTE CAUSAL = Stemphylium solani
O Stemphylium solani tem sido um fungo causador de consideráveis prejuízos na
Ibiapaba. Alguns fatores têm contribuído para que esse fungo seja considerado
como uma das principais doenças da região, merecendo destaque:
a) a rapidez com que o fungo evolui, em três ou quatros dias ele contamina todas as
plantas, de modo extremamente agressivo;
b) o estádio das plantas em que o fungo ataca, geralmente após os 40 DAT;
c) a dificuldade de um diagnóstico preciso e rápido. Algumas outras doenças são
confundidas na fase inicial, com o estenfílio. O produtor, em geral, só procura orientação
técnica quando as plantas já estão com mais de um terço das folhas atacadas,
dificultando a eficiência dos produtos indicados para o controle, bem
como, os prejuízos já são irreversíveis.
d) período climático – o estenfílio é mais encontrado nas épocas de alta umidade do ar –
tempo chuvoso, e baixas temperaturas. A eficiência de fungicidas é menor,
principalmente pela lavagem promovida pelas chuvas – em muitos casos, antes mesmo
de terminar a aplicação de fungicidas, a chuva chega e promove uma verdadeira
lavagem das folhas.
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SINTOMAS O Stemphylium solani é um fungo que ataca o tomateiro de forma descendente,
isto é, de cima para baixo. Logo, pela sua posição de ataque, inicia pela parte mais nova,
o topo da planta, descendo de forma rápida e violenta. Por iniciar a infestação nas parte
mais nova, portanto, a mais frágil, as plantas sofrem sérios danos. As variedades mais
sensíveis ou Estenfílio, são rapidamente destruídas. Para o diagnóstico, essa
característica (fungo descendente) facilita muito, evitando confundir com outros fungos –
tendo o cuidado com a semelhança com algumas bactérias. Enquanto a Alternária, a
Septoriose e a Cladosporiose atacam de forma ascendente – de baixo para cima -, o
Estenfílio é uma doença do topo do tomateiro. A presença desse fungo é diagnosticada pela presença de numerosas e pequenas
pintas nas duas faces dos folíolos. As manchas tem cor escura e são de forma circulares,
mas irregulares(por vezes circulares, noutras alongadas). A mancha de Estenfílio tem a
cor mais clara no centro, do que nas bordaduras. Nos estádios mais avançados, o centro
da mancha apresenta furo. O fungo causador do Estenfílio,é específico das folhas. Os
frutos, caules e flores não apresentam sintomas. Em um mesmo folíolo, poderão ser
encontrados manchas com e sem furos.
CONTROLE Para o controle eficiente do Estenfílio, é de primordial importância o diagnóstico
logo no aparecimento dos primeiros sintomas.
Daí, a vistoria periódica do topo das plantas ser muito importante, principalmente
nos períodos chuvosos.
O fungo é facilmente eliminado com uso de fungicidas do grupo químico dos triazóis,
com a ajuda de clorotalonil. Exemplos de fungicidas com alta eficiência para o controle
de Estenfílio:
Caramba (Metconazole),
Sialex (Procimidone),
Dascostar e Isatalonil (Clorothalonil).
Estrobilurinas
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Os tomates Santa Clara, bem como alguns híbridos são muito sensíveis a esse
fungo, merecendo maior atenção quando forem cultivadas. Exemplos de híbridos
sensíveis: Séculus, Monalisa, Carmen.
Muitos dos Híbridos Longa Vida são resistentes ao Estenfílio, sendo o método mais
prático para o controle da doença. Exemplos de Tomates resistentes: BS 9271 (Red
Cheef) e Thomas.
O cultivo de tomates resistentes, no entanto, fica limitado por vários fatores, sendo
os principais:
a) Baixa produtividade, Exemplo do Thomas.
b) Não adaptabilidade ao cultivo de campo, Ex. BS 9271.
c) Não aceitação dos frutos no mercados, por serem frutos pequenos ou frutos de
moles (sem resistência pós-colheitas).
d) Sensibilidade à rachaduras de frutos em condições climáticas adversas (período
chuvoso).
O tomate Red Chif (BS 9271) tem ótimo comportamento em cultivo em estufa.
MANCHA DE ESTENFÍLIO - Stemphylium solani
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MANCHA CARACTERÍSTICAS NA FOLHA MANCHAS EM UMA FOLHA SUPERIOR
MANCHAS CIRCULARES NAS FOLHA MANCHAS COR MARROM 5- MURCHA DE ESCLEROTINIA
- OUTROS NOMES: ESCLERÓTIUM
MOFO BRANCO
PODRIDÃO DE ESCLEROTINIA
AGENTE CAUSAL – Sclerotinia sclerotiorum
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A Murcha de Esclerotium não é uma doença comum na Ibiapaba, sendo
mesmo raros os casos. No entanto, na região do Cariri – sul do Ceará -, tornou-se
em pouco tempo, uma doença causadora da mortalidade de muitas plantas. Sendo,
em alguns casos, o problema principal dentre as doenças fúngicas do início do
cultivo
SINTO
rgilosos e com alta umidade, favorecem o surgimento
desenvolvimento do fungo.
truição do tomate, podemos
aparecimento dos primeiros
A aplicação dos fungicidas, nesse caso, deverá ser dada a seguinte atenção:
.
MAS O fato da planta atacada “murchar”, poderá, em um primeiro momento,
confundir tal sintoma com outras murchas, principalmente a murcha bacteriana.
Com a observação mais detalhada, uma diferença básica entre a murcha de
esclerotium e as demais murchas, é a presença do fungo na base do caule. De cor
branca, o micélio, cresce rapidamente sobre a região infectada, recobrindo
parcialmente a região afetada. O caule apresenta coloração marrom (de claro a
escuro), crescendo de forma ascendente. A região do caule infectada, apresenta
diâmetro menor que a área sadia. Com o progresso da doença, poderão ser
encontrados os escleródios – que são a frutificação do fungo – de forma irregular e
coloração preta, podem ser encontrados dentro ou fora do caule. A murcha total da
planta é verificada logo no início dos primeiros sintomas: escurecimento do caule e
formação de micélio. Após iniciar o processo de murchamento, a doença é
irreversível e rapidamente mata a planta. Os maiores danos são verificados no
início do plantio, geralmente com as plantas no estádio inicial de crescimento, até
os 30 DAT. Solos pesados – a
e
CONTROLE Mesmo sendo um fungo causador de rápida des
classificar como sendo de controle relativamente fácil.
Para não fugir à regra, o diagnóstico feito logo no
sintomas, é de alta importância para o rápido controle.
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a) Quando for usar produto de contato, direcionar o jato para o local da infestação,
geralmente no colo da planta, até à altura de 20 cm;
b) Quando for aplicação de fungicidas sistêmico, direcionar o bico do pulverizador
um
idamente o Esclerotium, são de alta eficiência os fungicidas :
- Orthocide = 50 g
fetadas, retirando de dentro da área cultivada. Sempre
fungo por
da a área plantada.
) Sempre que for realizar amontoa, aplicar antes um fungicida protetor.
para o colo das plantas e para as folhas. Proporcionando uma cobertura a total de
toda a planta.
c) Sempre que for controlar fungos com fungicidas sistêmicos, misturar
fungicida protetor.
Para controlar rap
1- Kobutol, = 80 g
2- Sialex, = 20 g
3- Rovral, = 30 ml
4
5- Doses para 20 litros de água.
Como medidas auxiliares de controle, aconselhamos:
a) Diminuição da umidade do solo, com suspensão total; ou parcial da irrigação;
b) Suspender adubação nitrogenada, até o total desaparecimento do fungo;
c) Erradicar plantas a
utilizando um saco para por as plantas doentes – evitando espalhar o
to
d
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MURCHA DE ESCLEROTINIA – Sclerotinia sclerotiorum
MURCHA DE ESCLEROTINIA
SINTOMAS NO COLO DA PLANTA
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6 – PINTA PRETA
OUTROS NOMES – ALTERNÁRIA
QUEIMA DA SAPATA
QUEIMA DO TOMATE
MANCHA DO TOMATE
AGENTE CAUSAL: Alternaria solani
A Pinta Preta é a doença fúngica principal do tomateiro, estando presente em
todas as regiões do Estado do Ceará. Tem sido por muitos anos o fungo causador
dos maiores custos no controle de doenças. Muitas perdas de produção podem ser
debitadas na conta da alternária.
A pinta preta não obedece a nenhuma regra:
a) De clima – ataca o tomateiro nos períodos de inverno (época de chuvas) e
verão (período do ano sem chuva). Portanto, é uma doença de todo o ano, com
maior incidência nos períodos de chuva, onde as condições climáticas favorecem,
não somente a este fungo, mas a todas as outras doenças.
b) De Variedade - independente de ser tomate de crescimento determinado ou
indeterminado. Sendo tomate Santa Clara ou do grupo de Híbridos Longa Vida.
Todas sofrem as mesmas infestações desse fungo.
c) De Estádio da Planta – em qualquer fase: crescimento, floração ou frutificação,
a presença da pinta preta pode ser detectada, com maior ou menor grau de dano
econômico;
f) De Parte da planta afetada – diferente de outras doenças fúngicas (Ex.
septoriose, estenfílio e murcha de esclerotium), a pinta preta afeta toda a parte
aérea do tomateiro: caule, folhas e frutos. Algumas partes são mais
severamente afetadas, por exemplos as folhas.
d) De Nível tecnológico do produtor – esse fungo é encontrado nos plantios de
menor uso de tecnologias, do mesmo modo que é verificado nos plantios dos
produtores que utilizam todos os recursos técnicos disponíveis.
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e) De Localização geográfica – em todos os Estados do Brasil , onde for cultivado
tomate, a Alternária é sempre um problema preocupante. Em todo os Estado do
Ceará, a Pinta Preta está presente na cultura do tomate.
SINTOMAS: O fungo Alternaria solani inicia o ataque no tomateiro sempre de modo
ascendente. Os primeiros sintomas serão detectados nas folha mais velhas,
evoluindo rapidamente para a parte superior. A característica de infectar de baixo
da cima, facilita no diagnóstico, eliminando qualquer possibilidade de confundir
com o Estenfílio (S. solani – fungo de ataque descendente) . Por outro lado,
poderá deixar alguma dúvida quanto ao ataque de Septoriose (Septoria
lycopersici), fungo que também tem característica ascendente, quando os
sintomas são iniciais. Mas, uma análise cuidadosa, permite distinguir os sintomas.
Vejamos os sintomas apresentados pela Alternária, em cada uma das partes do
tomateiro:
- Sintomas nas folhas – o surgimento da pinta preta será sempre pelas folhas
mais velhas, as chamadas folhas baixeira (ou folhas da base). A presença de
pequenos pontos de cor preta, são os primeiros indícios da presença do fungo.
Nesse estádio é possível confundir com septoriose e com algumas bactérias.
Porém, com a evolução da doença – que se dá de forma muito rápida – a
identificação e extremamente fácil. A formação de anéis concêntricos e o
aparecimento de um círculo amarelado em volta dos anéis concêntricos, tornam os
sintomas da pinta preta inconfundíveis. Cada anel corresponde a uma geração de
fungo. É bom que se esclareça: a formação dos anéis concêntricos, bem como do
círculo amarelo que envolve os anéis concêntricos, não serão necessariamente
perfeitos – alguns serão bem formados, outros serão irregulares, conforme poderão
ser vistos nas fotos. Em uma mesma folhas, surgem várias manchas , de tamanho
diferente; em geral, existe uma pinta preta maior e vários outras menores (de
tamanho decrescente: da pinta preta maior até uma pequena pinta do tamanho de
um ponto), que poderão se unir, conforme o desenvolvimento de cada pinta preta.
As manchas apresentarão no centro um anel de cor mais escura. Com o
crescimento da mancha, há a tendência do centro rasgar, em função da morte dos FRUTAL’2003
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tecidos foliares. Plantas severamente atacadas secam as folhas de baixo para
cima.
- Sintomas no caule – o aparecimento da pinta preta no caule só é constatado em
caso se infestação severa ou quando não são tomadas medidas de controle. Sendo
muito comum o surgimento de pinta preta em plantios velhos – fase final de
colheita, ou em hortas abandonadas – seja por findar a colheita, ou por qualquer
outro motivo. Para diagnosticar a pinta preta em caules, verificar a presença de
manchas com formato alongado, de cor escura e com anéis concêntricos. A
mancha provocada pelo fungo terá formato alongado, no sentido do comprimento
do caule, sem nunca envolver totalmente o caule. Diferente das folhas, no caule as
manchas são isoladas, raramente serão encontradas manchas juntas. No centro da
mancha, será visto um anel mais escuro. Quando os sintomas surgem em plantas
novas, os danos são maiores, podendo comprometer totalmente o plantio, pois as
plantas retardam o crescimento, ficam com cor amarelada e tendem a tombar –
quebrando no centro da mancha, pela ação do vento.
- Sintomas nos frutos – o fungo da pinta preta só ataca os fruto, quando
nenhuma medida for tomada para controlar a doença no início da infestação –
aparecimento dos sintomas nas folhas da base da planta, conforme descrito
acima. Nesses casos, os prejuízos são enormes. Nenhum fruto com sintoma de
pinta preta será comercializado – significando perda de produção.
Para identificar a presença do fungo Alternária solani nos frutos, verificar a região
do cálice – região conhecida pelos produtores como “talo” do fruto, que
corresponde à parte superior do fruto. O fruto atacado pela pinta preta apresenta
anéis concêntricos, na base do talo. Em geral o fruto infectado se desprende do
“cacho”, caindo no solo – seja pela ação do vento, ou provocado por pessoa: um
leve movimento de balançar a planta. As sépalas também podem ser destruídas
pelo fungo. A alternária só atinge o fruto quando as medidas de controle não são
adotadas, quer de maneira preventiva, ou por tratamento curativo. Logo ao
surgirem os primeiros sintomas nas folhas, o controle curativo tem que ser adotado,
evitando o progresso da doença e, consequentemente, prejuízos de frutos
danificados.
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CONTROLE A ação dos fungicidas para o controle da pinta preta, com o surgimento de
produtos dos grupos químicos dos triazóis e das estrobilurinas, é de altíssima
eficiência. Tornou-se muito mais fácil prevenir e curar o tomateiro contra esse
fungo. É importante que se tenham uma coisa como básica : a necessidade de
tratamento preventivo – pois temos a certeza de que o fungo Alternária solani, é
de presença constante nos plantios de tomate.
Exemplos de fungicidas para controle de Pinta Preta:
Doses para 20 litros de água
TRIAZÓIS:
- Caramba = 15 cc
- Folicur = 20 cc
- Sportak =`20 cc
- Score = 10 cc
ESTROBILURINAS:
- Stroby = 8 cc
- Comet = 8 g
- Cabrio Top 80 g
OUTROS GRUPOS :
- Sialex = 20 g
- Dacostar = 40 g
- Isatalonil = 40 g
- Rovral = 30 cc
- Orthocide = 50 g
- Antracol = 50 g
- Polyram = 60 g
- Cantus – 3 g
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PINTA PRETA – Alternaria solani
ANEIS CONCÊNTRICOS NA FOLHA
QUEIMA DAS FOLHAS BASAIS
ANÉIS CONCÊNTRICOS NO CAULE
ANÉIS CONCÊNTRICOS NO CAULE
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PINTA PRETA – Alternaria solani
FOLHAS DA BASE COM PINTA PRETA E ANEL AMARELO
FOLHAS DA BASE COM PINTA PRETA E ANEL AMARELO SINTOMA NO FRUTO
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7- REQUEIMA
OUTROS NOMES = FITÓFORA
MELA
QUEIMA DO TOMATE
OLHO DE VIADO NOS FRUTOS
QUEIMA DOS FRUTOS
TOMBAMENTO
AGENTE CAUSAL - Phytophthora infestans, Phytophthora capsici,
Phytophthora nicotinae, Phytophthora ssp
As várias espécies de fungos do gênero Phytophthora provocam danos
severos em todas as regiões que cultivam tomate no Estado do Ceará. Na região
do Carirí, sul do Estado do Ceará, tem sido o principal fungo do tomateiro. Na
região Central do Estado, tem sido registrado o tombamento de mudas, nos
primeiros dias após o transplante, provocado pela presença da fitófora, com perdas
de até 50% de algumas áreas. A presença das várias espécies desse fungo, com
sintomas diferentes (cada espécie tem seus sintomas característicos), provoca, por
vezes, confusão e dúvidas no diagnóstico da doença. Nas épocas de 80, até ano
de 1998, praticamente tínhamos dois tipos de fitórofora:
PINTA PRETA COM ANEIS CONCÊNTRICOS EM FOLHA
a) Tombamento de mudas;
b) Queima do olho do tomate, geralmente em plantas com idade variando entre 15
e 30 DAT.
De 1999 em diante, fomos registrando outros sintomas de fitófora, com a
presença de todas as espécies atualmente conhecidas.
Conforme veremos na descrição a seguir.
SINTOMAS I – TOMBAMENTO DE MUDAS:
A morte de plantas recém transplantada – do 1o DAT até 15 DAT, é mais
comum em solos já cultivado com hortaliças principalmente pimentão, melão, FRUTAL’2003
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tomate, beringela. Solos pesados (com alto teor de argila), tendem a favorecer a
presença desse fungo, em função da dificuldade de drenagem e, conseqüente ,
presença de alta umidade no solo por vários dias.
A principal característica de fitófora em planta com morte após o transplante,
pode ser visto no caule da planta, bem próximo ao solo, onde apresentam os
tecidos úmidos e apodrecendo, com diminuição do diâmetro do caule, na região
atacada polo fungo. A planta afetada, ao ser puxada, pode quebrar rente ao solo,
ficando o sistema radicular enterrado no solo. O tombamento é imediatamente
verificado, seja pela ação do vento ou pelo próprio peso da planta. Quando uma
planta é infectada, dificilmente poderá ser recuperada.
São necessárias medidas preventivas (em áreas de risco) ou, na ausência
destas, pulverizações curativa (quando são notadas as primeiras plantas com
tombamento).
Preferencialmente o tratamento preventivo deverá ser adotado, por ser mais
eficiente e mais econômico, favorecendo, ainda, a uniformidade do plantio.
Somente os fungicidas específicos e de reconhecida eficiência devem ser usados
para o controle de fitófora, tento sempre, o cuidado com a possibilidade de criar
resistência.
II – REQUEIMA DO OLHO
Trata-se da mais antiga espécie do gênero Phytophthora, detectada no Estado
do Ceará, já nos anos de 1979 causava prejuízos enormes.
O diagnóstico é relativamente fácil. Nas plantas com estádio variando entre 5
DAT até 45DAT, o ataque do fungo é verificado de forma descendente. Iniciando
nos folíolos mais novos, caracteriza-se pela queima do limbo foliar, com manchas
de cor semelhante à ferrugem (muitos produtores, por tal característica, dizem que
o tomate está com “ferrugem“). As manchas queimam as bordas das folhas, de fora
para dentro Com o progresso da doença, o pecíolo e o caule são igualmente
afetados, provocando a queima total da parte nova da planta, em geral os primeiros
30 centímetros, medindo de cima para baixo, são destruídos. Plantas afetadas
pela requeima do olho, paralisam o crescimento, perdendo toda a capacidade
produtiva. Em alguns casos, quando o ataque é iniciado com plantas com idade
acima de 40 DAT, somente uma das “guias” (ramos) poderá ser afetada. Em casos FRUTAL’2003
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de ataque severo, ou quando as medidas de controle não são efetivada, os frutos
novos também serão atacados, apresentando linhas de cor de ferrrugem, de forma
irregular. Nestes casos, os frutos não se desenvolvem, com perda total.
Em geral, o ataque é detectado em plantas isoladas, espalhadas por toda a
área cultivada. Rapidamente as plantas vizinhas serão contaminadas.
No início da infestação, a Requeima do Olho, poderá ser confundida com
algumas bactérias. No entanto, com a observação da evolução durante 48 horas, o
fungo apresenta sintomas diferentes das bactérias. As bactérias formam manchas
úmidas e de formato mais regulares (circulares), distribuídas por varias partes da
planta. Os fungos provocam manchas secas e de formato irregular-alongados, e
concentradas na parte nova da planta.
O controle da Requeima do Olho, pela sua agressividade, precisa ser feito de
modo preventivo – em regiões e épocas de maior incidência. Quando medidas
preventivas não foram tomadas, tendo sido registrada a presença do fungo, o
tratamento curativo tem que ser adotado imediatamente. Nestes casos, a aplicação
de fungicidas sistêmicos específicos em associação com fungicidas protetores, é a
única solução.
III – REQUEIMA DAS FOLHAS
Diferente dos sintomas descritos nos itens anteriores, a requeima das folhas
apresenta algumas particularidades.
Os sintomas mais característicos são:
a) Queima das bordas das folhas, Inicialmente uma fina linha de cor preta é
observada nas folhas – dando a impressão de uma linha formada por um lápis
grafite. Com a evolução, a queima vai aumentando de fora para dentro, provocando
o enrolamento dos folíolos. O enrolamento é para cima, formando, por vezes, um
cone. Muito cuidado devemos ter por ocasião do diagnóstico, para determinar a
severidade do ataque – em geral os sintomas iniciais estão em todas as folhas (das
mais velhas às mais novas), a presença da linha de cor negra (inicio do ataque)
pode passar desapercebido.
b) Manchas grandes, em foram de “V”, quando observamos os folíolos segurando
pelo pecíolo, estarão presentes. Em alguns casos – dependendo do fatores
climáticos – as manchas nas folhas poderão ser notadas inicialmente no segundo FRUTAL’2003
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terço da planta – progredindo para cima e para baixo na mesma planta, e para os
lados nas plantas vizinhas.
Quando as folhas estão com sintomas avançados de requeima, os tecidos morrem
(necrose do limbo foliar). Ao friccionar a folha com a mão, ela se transformará em
pó. Sendo mais uma característica da doença.
IV – REQUEIMA DOS FRUTOS
O ataque de Phytophthora nos frutos de tomate, pode acontecer de duas
modalidade:
a) Nos frutos novos – como consequência do desenvolvimento da Requeima do
Olho, conforme descrito anteriormente. As manchas provocada pelo fungo, tem
forma irregular em qualquer parte do fruto. São manchas de cor semelhante a
chocolate. Aparecem várias manchas no mesmo fruto.
c) Nos fruto velhos – Há a necessidade de detalhamento dos sintomas, tendo em
vista ser diferente de qualquer outro sintoma de Requeima.
Para que o fungo apresente sintomas, algumas condições são necessárias. A soma
dos fatores seguinte determinam a Requeima dos frutos das pencas de baixo:
1° - Climática – em plantios realizados no período seco (sem chuvas - no Ceará
nos meses de Setembro e Outubro), que estejam próximo ao período de Colheita e
recebam as primeiras chuvas de Novembro ou Dezembro.
2° - Deficiência hídrica – áreas com irrigação insuficiente – seja pelo método de
fornecimento , ou pela quantidade de água aplicada – que recebam águas de
chuvas (conforme citado do item 1°).
3° - Desequilíbrio nutricional – junto com as duas condições anteriores, plantios
conduzidos com adubação excessiva de nitrogênio (Ex. Uréia e esterco de galinha),
favorecem ao fungo.
Acontecendo os três fatores juntos:
Plantios próximos à colheita nos meses de Novembro e Dezembro, (transição de
verão para inverno), conduzidos com irrigação deficiente, adubados com nitrogênio
em excesso, que recebam as primeiras chuvas do início do período chuvoso,
apresentam a Requeima dos frutos. A presença do fungo é favorecida pela
absorção de grande quantidade de água e nitrogênio de forma rápida.
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O sintoma característico é a formação de uma mancha de tamanho grande,
localizada geralmente ao lado do fruto, com formato redondo, com cor variando de
marrom claro ao preto e superficial – raramente atinge às sementes. Outra
característica é a presença de grande quantidade de líquido (água) no interior dos
frutos. Cortando um fruto ao meio, mesmo estando em estádio verde, escorre
líquido – sem a necessidade de fazer pressão, o que não ocorre com frutos sadios.
Para o controle da Requeima dos frutos, medidas devem ser adotadas,
especificamente:
a) pulverizar preventivamente com fungicida sistêmico específico, associado a
fungicida protetor. Ver relação de produtos citados nas medidas de controle
específicas para a Requeima.
b) adubar obrigatoriamente obedecendo a relação nitrogênio x potássio, no mínimo
de 1 x 1,66 (em todo o ciclo), tendo o cuidado de manter a relação de no mínimo 1
x 3, do estádio de pré-colheita (50 a 70 DAT)
c) irrigar de modo a fornecer quantidade de água em volume necessário às
necessidades das plantas – ver detalhes sobre o assunto no capítulo sobre
irrigação. Sempre que possível irrigar toda a área cultivada, evitando pontos de alta
umidade (encharcamento) e pontos sem água .
d) dependendo da situação nutricional e hídrica, poderá ser necessário uma
adubação emergencial somente com potássio.
e) No caso de serem registradas chuvas de 50 mm ou acumulado acima de 50 mm
em cinco dias, é necessário a amontoa, formando uma “leira” na linha de plantio,
evitando o excesso hídrico e, ao mesmo tempo, favorecendo novo enraizamento.
Vale lembrar que somente deverá ser feito amontoa quando não tiver sido adotada
tal prática no início da cultura.
CONTROLE 1- FUNGICIDAS - DOSES PARA 20 LITROS DE ÁGUA
1 .1 – SISTÊMICOS
FORUM = 15 GRAMAS
ALIETE = 50 GRAMAS
PREVICUR = 40 ML
1.2 – PROTETORES FRUTAL’2003
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ANTRACOL = 50 GRAMAS
ORTHOCIDE = 50 GRAMAS
DACOSTAR = 50 GRAMAS
DITHANE = 50 GRAMAS
ISATHALONIL = 50 GRAMAS
POLYRAM = 60 GRAMAS
1.3 – SISTÊMICOS + PROTETORES
RIDOMIL GOLD = 40 GRAMAS
FORUM PLUS = 60 ML
ACROBAT Mz = 80 GRAMAS
POSITRON DUO = 50 GRAMAS
2 – MEDIDAS AUXILIARES
2.1 – EQULÍBRIO NUTRICIONAL
Especial atenção deve ser dada para a relação Nitrogênio x Potássio durante todo
o ciclo e principalmente após 50DAT, quando a relação deverá ser:
1 x 1 até 25 DAT
1 X 1,5 de 26 a 40 DAT
1 x 2 de 41 a 50 DAT
1 x 3 após 50 DAT.
2.2 – CONTROLE HÍDRICO – evitando (sempre que possível) períodos com
deficiência e dias com excesso de água.
2.3 – Não irrigar por aspersão ou micro-aspersor. Preferencialmente usar o
sistema de gotejamento.
2.4 – Nos períodos de maior umidade, utilizar espaçamentos maiores. Com
densidade máxima de 16.000 plantas por hectare.
3 – DADOS SOBRE PULVERIZAÇÕES:
3.1 = Preventivamente nas regiões e/ou períodos onde o ataque do fungo seja
favorável.
3.2 = Intervalo de aplicação:
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- Preventivo = A cada 10 dias em possibilidade de baixa infestação. A cada 7
dias em possibilidade de alta infestação.
- Curativo = A cada 5 dias em baixa infestação.
A cada 3 dias em alta infestação
3.3 = Alternar princípios ativos sistêmicos e protetores.
3.4 = Associar sempre um produto sistêmico com um protetor, evitando a
possibilidade de resistência.
3.5 = Preferencialmente usar produtos com mistura pronta
3.6 = Efetuar cobertura total da planta
3.7 = Usar espalhante-adesivo e redutor de pH.
REQUEIMA - Phitophthora ssp
QUEIMA DO TOPO DA PLANTA
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FITÓFORA NOS FRUTOS
FITÓFORA – Phytophthora ssp
QUEIMA DAS BORDAS DAS FOLHAS
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MANCHAS NO CAULE
QUEIMA DAS BORDAS DAS FOLHAS
8 – SEPTORIOSE
AGENTE CAUSAL - Septoria lycopersici
A incidência de Septoriose no tomateiro vem aumentando
consideravelmente a cada ano. Na região do Cariri, Sul do Estado do Ceará, tem
sido a doença fúngica principal desde o ano de 2001. No Norte (Ibiapaba)do Estado
do Ceará os primeiros casos de incidência de septoriose, com perdas de produção,
foram registradas no ano de 1996. Nas estufas de produção de mudas, onde não
existem programas preventivo de controle de doenças, a septoriose causa danos
consideráveis, ao mesmo tempo, sendo responsáveis pela disseminação do fungo
a nível de campo. As mudas sendo infectadas nas estufas, poucos dias após o
transplante, acontece uma verdadeira explosão do fungo no campo.
SINTOMAS Trata-se de um fungo ascendente. As folhas mais velhas são as primeiras a
serem infectadas pelo patógeno, do mesmo modo que a Pinta Preta (Alternária
solani). Em função desta característica, no início da infestação, a septoriose
poderá ser confundida com a Pinta Preta. FRUTAL’2003
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37
Os primeiros sintomas de septorioses são pequenas manchas nas
folhas. As manchas aparecem inicialmente nos ponteiros dos folíolos, avançando
para dentro. Sobre as manchas, com o auxílio de uma lupa, serão vistos
numerosos pontos de cor preta, formando um círculo. O centro de cada mancha
fica com a cor clara, lembrando a cor de palha de milho seca.
Vejamos algumas diferenças entre a Pinta Preta e a Septoriose.
A Pinta Preta apresenta:
- manchas com anéis concêntricos,
- mancha amareladas ao redor dos anéis,
- manchas de tamanho grande, em geral isoladas,
- poucas manchas por folíolo,
- distribuição das manchas em qualquer parte do folíolo.
A Septoriose tem as seguintes características:
- pontuações negras sobre as manchas,
- ausência de anel amarelado ao redor das manchas,
- manchas pequenas,
- numerosas manchas agrupadas,
- início da infestação nas pontas dos folíolos,
- centro da mancha de cor da palha de milho seca.
Comparando as diferenças citadas, fica fácil distinguir um fungo do outro, evitando
erro de diagnóstico.
CONTROLE A nível de campo, o controle da Septoriose é relativamente simples. Maiores
dificuldades de controle serão enfrentadas quando as mudas forem transplantadas
já infectadas.
Dentre os fungicidas com melhor eficiência, merecem destaque:
- Sialex,
- Folicur
- Caramba
- Dacostar
- Isatalonil FRUTAL’2003
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- Rovral
- Orthocide
- Strobilurinas .
As doses a serem aplicadas serão as mesmas para o controle de Pinta Preta.
Tendo o cuidado de não aplicar alguns triazóis em plantas com menos de 30DAT.
SEPTORIOSE – Septoria lycopersici
MANCHAS COR DE PALHA, COM PONTUAÇÕES NEGRAS
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PROGRAMA PREVENTIVO DE CONTROLE DE DOENÇAS FÚNGICAS
REGIÃO COM ALTA INCIDÊNCIA DE FUNGOS E
RTHOCIDE (50 g)
(50 g)
(60 ml)
OLYRAM (60g)
+ ANTRACOL (40g)
CIDE (40g)
g)
CONSIDERANDO
PERÍODO CHUVOSO.
DOSES PARA 20 LITROS DE ÁGUA
DT = PREVICUR (30 ml) + O
3DAT = DACOSTAR (50 g)
6DAT = POSITRON DUO
9DAT = SCORE (10ml)
12DAT= FORUM PLUS
15DAT= SIALEX (20g)
18DAT= ALIETE (40g) +P
21DAT= SCORE (10ml)
24DAT= PREVICUR (30ml)
27DAT= DACOSTAR (50g)
30DAT= SIALEX (20 g) + ORTHO
33DAT= POSITRON DUO (50
36DAT= CABRIO TOP (80 g)
39DAT= ACROBAT Mz (80g)
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40
44DAT= CARAMBA (15 ml)
49DAT= ALIETE (40g) + DACOSTAR (40g)
RTHOCIDE (40g)
)
5DAT= ANTRACOL (50 g)
AT,
gnóstico, quando produtos incompatíveis. No dia seguinte completar o
empre usar Espalhante Adesivo e Redutor de pH.
ROGRAMA PREVENTIVO DE CONTROLE DE DOENÇAS FÚNGICAS
54DAT= STROBY (10 ml)
59DAT= DACOSTAR (50g)
64DAT= CARAMBA (15ml)
69DAT= PREVICUR (30ml) + O
79DAT= CABRIO TOP (80 g
8
Para o período sem chuvas, com dias quentes e noites úmidas e frias, o intervalo
entre aplicações deverá adaptado, podendo ser de 5 em 5 dias até aos 40D
passando a 8 em 8 dias até 70 DAT, depois 12 em 12 dias até o final do ciclo.
Quando houver coincidência de pulverizações com inseticidas e/ou bactericidas,
observar a compatibilidade dos produtos. A preferência de aplicação será em
função do dia
tratamento.
S
P
REGIÃO COM ALTA INCIDÊNCIA DE FUNGOS E
RTHOCIDE (50 g)
(50 g)
(60 ml)
OLYRAM (60g)
+ ANTRACOL (40g)
CONSIDERANDO
PERÍODO CHUVOSO.
DOSES PARA 20 LITROS DE ÁGUA
DT = PREVICUR (30 ml) + O
3DAT = DACOSTAR (50 g)
6DAT = POSITRON DUO
9DAT = SCORE (10ml)
12DAT= FORUM PLUS
15DAT= SIALEX (20g)
18DAT= ALIETE (40g) +P
21DAT= SCORE (10ml)
24DAT= PREVICUR (30ml)
27DAT= DACOSTAR (50g) FRUTAL’2003
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41
30DAT= SIALEX (20 g) + ORTHOCIDE (40g)
g)
COSTAR (40g)
RTHOCIDE (40g)
)
5DAT= ANTRACOL (50 g)
guinte completar o
pH.
Ver no final da apostilha dados de pH e Grupos químicos.
04 - DOENÇAS BACTERIANAS DO TOMATE
33DAT= POSITRON DUO (50
36DAT= CABRIO TOP (80 g)
39DAT= ACROBAT Mz (80g)
44DAT= CARAMBA (15 ml)
49DAT= ALIETE (40g) + DA
54DAT= STROBY (10 ml)
59DAT= DACOSTAR (50g)
64DAT= CARAMBA (15ml)
69DAT= PREVICUR (30ml) + O
79DAT= CABRIO TOP (80 g
8
Para o período sem chuvas, com dias quentes e noites úmidas e frias, o intervalo
entre aplicações deverá ser adaptado, podendo ser de 5 em 5 dias até aos 40DAT,
passando a 8 em 8 dias até 70 DAT, depois 12 em 12 dias até o final do ciclo.
Quando houver coincidência de pulverizações com inseticidas e/ou bactericidas,
observar a compatibilidade dos produtos. A preferência de aplicação será em
função do diagnóstico, quando produtos incompatíveis. No dia se
tratamento. Sempre usar Espalhante Adesivo e Redutor de
OENÇAS BACTERIANAS.
1 - CANCRO BACTERIANO – Clavibacter michiganensis.
(ex-Pseudomonas solanacearum)
3 - NECROSE MEDULAR – Pseudomonas corrugata
D
•
• 2 - MURCHA BACTERIANA – Ralstonia solanacearum
•
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• 4 - MANCHA BACTERIANA – Xanthomonas campestris pv vesicatoria
• 5 - PINTA BACTERIANA – Pseudomonas syringae pv tomato
• 6 - TALO OCO – Erwinia spp
1- CANCRO BACTERIANO: 1.1 - AGENTE CAUSAL – Clavibacter michiganensis
DANOS O cancro bacteriano, conforme o modo de infecção, poderá causar maiores ou
menores danos na produção. Quando o ataque se dá de modo sistêmico,
geralmente muito agressivo, provoca a morte das plantas, podendo chegar a 60%
da área. Nos casos de ataque por contato (ou localizado), modo menos agressivo,
as perdas serão menores - sendo adotadas as medidas de controle logo no início
do ataque, as perdas poderão ser muito pequenas. Sérios danos são causados
quando o ataque da bactéria é localizado no cacho, provocando a queda de flores e
de frutos novos, com forte redução da produção, chegando a perda de mais de 20
% da floração. Somente quando a queda é acentuada, o produtor percebe a
severidade da bactéria. Daí, a necessidade de monitoramento permanente,
quando na condições climáticas forem favoráveis às bactérias.
SINTOMAS - Nos frutos - O surgimento e pequenas manchas, de formato arredondados, com
pequenas depressão, de cor esbranquiçada e vai evoluindo para marrom claro. A
quantidade de manchas por fruto sempre será mais de uma. Algumas pessoas
comparam a mancha formada pelo cancro bacteriano com o olho de passarinho.
Qualquer fruto pode ser atacado, muitos casos são encontradas bactérias em frutos
novos, em plantas em fase de colheita. Quando comparamos com a pinta
bacteriana (Pseudomonas syringae) e com a Mancha bacteriana (Xanthomonas
campestris pv vesicatoria), três características diferem as bactérias umas das
outras: FRUTAL’2003
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43
a) A mancha do cancro bacteriano é de forma depressiva com halo de cor branco,
a pinta bacteriana tem forma levemente elevada, enquanto a mancha bacteriana é
de forma depressiva, com halo úmido (dando a impressão de oleoso)
b) O cancro bacteriano não se destaca do fruto, enquanto a pinta bacteriana pode
ser retirada facilmente (como se fosse uma verruga), a mancha bacteriana também
não se destaca, sendo maior que o cancro e a pinta bacteriana.
c) O cancro bacteriano tem cor clara (marrom-esbranquiçado), enquanto a pinta
bacteriana tem cor escura (quase negra), a mancha bacteriana tem cor marrom
escuro.
- Nos cachos – numerosas pintas - de cor marrom-claro - surgem nos cachos,
provocando a queda acentuada de flores e frutos novos, deixando , por vezes,
cachos com um ou nenhum fruto. O ataque nos cachos, quase sempre é de forma
generalizada, em toda a área, apresentando queda de flores em 100% das plantas,
principalmente quando as condições climáticas são favoráveis (noites frias e dias
quentes). Nesses casos, medidas curativas são de máxima urgência.
- Na planta – o principal sintoma do cancro bacteriano é a murcha de somente um
lado da planta, que se torna mais evidente nas horas mais quentes do dia (por volta
de 9 horas da manhã, a murcha é perfeitamente visível). Na parte mais nova –
olho do tomateiro -, as folhas de um lado murcham e as do outro lado continuam
normal, a murcha será sempre descendente. Uma planta com cancro bacteriano,
murcha durante as horas quentes do dia e, no dia seguinte, amanhece com
aspecto normal – como se não tivesse bactéria, durante alguns dias a planta assim
se comporta . Com o progresso da doença, toda a planta murchará de modo
irreversível, chegando à morte. Sempre surgiram plantas com sintomas de cancro
bacteriano, de forma isolada ou em pequenas reboleiras. Lentamente será
disseminada em toda a área, seja pela prática de desbrota e amarrio, ou pela ação
da água. Fotos na página 45
CONTROLE Em geral os tratamentos químicos, se usados isoladamente, não são
suficientes para o controle da bactéria, quando se apresentam de modo sistêmico.
Todas as medidas devem ser usadas – conforme citado a seguir em “ Controle de
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bactérias “.Nos casos em que o ataque é por contato, o controle químico é
suficiente para o controle total da bactéria.
CANCRO BACTERIANO - Clavibacter michiganensis
MURCHA LATERAL NO TOPO
PINTAS NOS FRUTOS
PINTAS NOS CACHOS
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45
2 – MURCHA BACTERIANA 2.1 – AGENTE CAUSAL - Ralstonia solanacearum
(Pseudomonas solanacearum, Burkholderia solanacearum)
DANOS Dentre todas as bactérias que afetam o tomateiro, a murcha bacteriana é a
mais destrutiva e mais comum nas áreas cultivadas. Em maior ou menor escala,
essa bactéria, provoca danos econômicos. Qualquer planta de tomate após ser
infectada fatalmente morre. Dependendo das condições climáticas, tipo de solo,
espaçamento, adubação, tratamento preventivo, e métodos de condução e
irrigação os danos poderão ser até de 100% da área cultivada. Se todos os fatores
de risco estiverem presentes, dificilmente a murcha bacteriana permite colheita
com bons níveis de produtividade. Em muitos casos não é recomendável tentar o
controle, sendo anti-econômico . Nos casos de ataque generalizado na área
cultivada, é preferível a erradicação e destruição total das plantas, cultivando, nos
anos seguintes, com culturas resistentes, a exemplo de milho, cana-de-açucar,
mandioca, etc.
SINTOMAS Afeta toda a planta, provocando a murcha lenta, progressiva e
irreversível. Diferente do cancro bacteriano, quando a Ralstonia solanacearum
ataca o tomateiro, os sintomas são de murcha dos dois lados das plantas. De modo
mais rápido e mais agressivo a murcha bacteriana é mais destrutiva. Os sintomas
de murcha são detectados em plantas com mais de 20 DAT. Para identificar e tirar
qualquer dúvida quanto ser ou não a murcha bacteriana, basta realizar o teste de
“câmara úmida “ ou “ teste do copo “.
Como fazer o teste:
a) cortar um pedaço de aproximadamente 15 a 20 cm da haste principal,
preferencialmente entre o colo e a bifurcação do caule.
b) usando um copo transparente (ou outro recipiente semelhante), colocar água
até 2/3 do recipiente. A água deve ser a mais limpa possível, se possível filtrada.
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c) mergulhar o pedaço do caule do tomate, de modo que pelo menos 3 cm fique
dentro da água. Fixar o pedaço do caule na borda do recipiente, com um pequeno
corte no pedaço do caule, ou por meio de um arame fino , ou , ainda, com uso de
uma fita adesiva. O importante é que o pedaço do caule não chegue ao fundo do
recipiente, ficando a sua ponta submersa suspensa.
d) Aguardar de 1 a 2 minutos, tempo suficiente para que o “pus bacteriano “ inicie
sua saída do pedaço de caule. Tendo a presença da bactéria, um filete contínuo de
pus bacteriano sairá do pedaço de tomate. Dependendo da quantidade de bactéria
existente, a água do recipiente ficará com cor esbranquiçada, provocado pelo pus
bacteriano. Decorrido 2 minutos, não aparecendo o pus bacteriano, temos a
certeza de que a murcha foi provada por outro agente causal. Em muitos casos
antes mesmo de completar o primeiro minuto, já inicia a saída do pus bacteriano.
e) Importante, devemos sempre fazer o teste em mais uma planta. Achamos que
para cada 5.000 plantas cultivadas, devemos realizar o teste em no mínimo 2
plantas com sintomas de murcha. Cada planta deverá ser testada em água nova.
Fotos pag 47.
CONTROLE Para o controle da Rasltonia solanacearum, todas as medidas preventivas
devem ser adotadas. Nenhuma medida isolada terá qualquer eficiência. Especial
atenção deve ser tomada na escolha da área, evitando regiões de baixada úmidas
e com histórico de encharcamento. Do mesmo modo, áreas já cultivada e que
apresentaram plantas com murcha bacteriana precisam ser evitadas. O controle da
água de irrigação, junto com a adubação nitrogenada são decisivas para o controle
de murcha bacteriana.
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MURCHA BACTERIANA – Ralstonia solanacearum
MURCHA BACTERIANA EM PLANTA EM ESTÁDIO PRODUTIVO
MURCHA BACTERIANA EM PLANTA
PUS BACTERIANO EM TESTE DE COPO
PROVA DA EXISTÊNCIA DE MURCHA BACTERINANA
MURCHA GERAL DAS PLANTAS
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3- NECROSE MEDULAR 3.1 – AGENTE CAUSAL : Pseudomonas corrugata
DANOS Danos a nível econômicos, somente é constatado em casos de alta infestação
e quando não são adotadas medidas de controle. Em casos onde constatamos a
presença de Pseudomonas corrugata e ao mesmo tempo outra bactéria – a
exemplo de cancro bacteriano, os danos são de valores elevados.
SINTOMAS ENRAIZAMENTO DO CAULE – O primeiro sintoma visível de uma planta com
necrose medular, é o surgimento de raízes na parte área da planta. Em qualquer
parte do caule numerosas raízes começam a se desenvolver – dando a
demonstração de que a planta está tentando se recuperar, buscando emitir novo
sistema radicular. Até mesmo nos cachos poderão surgir raízes adventícias. Para
um bom observador, a bactéria poderá ser identificada logo no início, quando no
caule surgem os primeiros pontos, onde surgirão as raízes adventícias. Ainda no
caule, pelo lado externo, manchas escuras surgirão, no local da inserção do pecíolo
da folha.
NA MEDULA DO CAULE – um sintoma característico da Necrose Medular, é o
aparecimento de manchas na medula do caule do tomateiro de cor chocolate e de
formato alongado. Efetuando um corte longitudinal no caule de uma planta com
sintomas externos dessa bactéria, as manchas serão vistas, em contraste com a
cor branca da medula do caule
NAS FOLHAS – com o progresso da doença, as folhas amarelecem e secam, de
baixo para cima – podendo levar à morte da planta. Vale lembrar que somente
haverá a morte da planta se medidas de controle não foram adotadas.
CONTROLE A necrose medular, quando comparada com outras bactérias, tem seu
controle relativamente fácil. Pulverizações com bactericidas e o uso de medidas
auxiliares, são altamente eficientes. Ver mais informações em “Controle de
Bactérias”. FRUTAL’2003
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NECROSE MEDULAR - Pseudomonas corrugata
MANCHAS COR CHOCOLATE NA MEDULA DO CAULE
EMISSÃO DE RAÍZES LOCALIZADAS NO CAULE
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4- MANCHA BACTERIANA 4.1 – AGENTE CAUSAL – Xanthomonas campestris pv vesicatoria
DANOS Queda da floração, perda direta de frutos com manchas e diminuição da área foliar,
são os danos causados por essa bactéria. A perda de floração, em alguns casos pode
comprometer totalmente os cachos, com perdas de até 100%. Os frutos quanto
apresentam a bactéria não são comerciais, principalmente, quando a infestação afeta os
frutos verdes, com danos econômicos elevados.
SINTOMAS NAS FOLHAS, dezenas de manchas escuras aparecem nas folha mais velhas,
progredindo de forma rápida para a parte superior das plantas. Algumas manchas
poderão se unir, dando a impressão de ser uma mancha grande. No início as manchas
da bactéria Xanthomonas campestris, poderá ser confundida com a Pinta Preta
(Alternaria solani) ou com a Septtoriose (Septoria lycopersici) e Pinta Bacteriana
(Xanthomonas campestris). Há a possibilidade de ser confundida com a requeima
(Phytophtora infestans).Vale lembrar que as quatro doenças atacam inicialmente as
folhas da base da planta. Com a evolução das doenças (monitorando por 48 horas) os
sintomas se caracterizam, facilitando a identificação entre bactéria e fungo. Observando
atentamente a mancha da bactéria tem aspecto mais aguado. Provocam o
amarelecimento parcial ou total das folhas, um alo amarelo surgem ao redor das
manchas. Com a evolução, a mancha pode se romper no centro. Plantas em qualquer
idade podem ser atacadas, até mesmo mudas antes do transplantes são susceptíveis.
Os pecíolos atacados apresentam manchas de cor marrom e forma alongada.
NOS CACHOS – a queda de grande quantidade de flores, é um forte indício da presença
da bactéria. Manchas de cor marrom poderão aparecer.
NOS FRUTOS – Diversas manchas nos frutos (muito comum em frutos verdes), de cor
marrom-escuro, com um halo aguado (dando a impressão de oleoso). As manchas são
deprimidas, com bordas levemente elevadas.
CONTROLE FRUTAL’2003
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Muito embora seja uma bactéria que promova a queda de grande quantidade de
flores e destruição de frutos (a nível comercialmente), o seu controle não é dos mais
difíceis. É de primordial importância o diagnóstico precoce e o controle imediato, com uso
de bactericidas. Ver em “Controle de bactérias“
MANCHA BACTERIANA - Xanthomonas campesttris
MANCHAS NAS FOLHAS
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MANCHA BACTERIANA - Xanthomonas campesttri
PINTAS DEPRESSIVAS NOS FRUTOS
MANCHS ESCURAS NO PECÍOLO
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5 – PINTA BACTERIANA 5.1 - AGENTE CAUSAL –Pseudomonas syringae pv tomato
5.2 – Outra demonicação : Mancha bacteriana pequena
DANOS Os danos da pinta bacteriana são semelhantes aos provocados pela mancha
bacteriana (Xanthomonas campestris).
SINTOMAS Inicialmente os sintomas da Pinta bacteriana podem ser confundidos com outras
doenças (fúngicas: pinta preta e septoriose; bacteriana: mancha bacteriana).
NAS FOLHAS: a presença de várias manchas pequenas (até 3 mm) , quando
mais de uma mancha se unem (formando uma única mancha), o tamanho da mancha
será bem maior , principalmente quando atingem as bordas dos folíolos. As manchas são
aguadas.
NOS FRUTOS – as manchas são pequenas, pretas, circulares, superficiais, sendo
bem diferentes das manchas provocadas pelo cancro bacteriano (C. michiganensis) e
pela mancha bacteriana (X. campestris). Vale lembrar que as manchas nos frutos
surgem somente se não forem adotadas medidas de controle, logo ao surgirem os
primeiros sintomas nas folhas.
CONTROLE O combate à pinta bacteriana é idêntico ao adotado para a mancha bacteriana,
erwínia e necrose medular. Ver em “Controle de bactérias”.
PINTA BACTERIANA – Pseudomonas syringae
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MANCHAS ALONGADAS NAS HASTES DOS CACHOS
INTAS NAS FOLHAS COM COR AMARELADA AO REDOR
6.2 – OUTRO NOME: PODRIDÃO MOLE
P
6 – TALO-OCO 6.1- AGENTE CAUSAL – Erwinia carotovora
Erwinia spp
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DANOS O talo-oco tem sido responsável por perdas consideráveis em área de tomate,
principalmente na época chuvosa – quando a incidência é maior e o controle mais difícil.
Em plantios de Campo já contatamos perdas superiores a 50% da produção esperada.
Em estufa, onde a presença da Erwinia é mais agressiva, perdas de 80% de plantas
mortas, com fortíssima redução da produtividade.
SINTOMAS NO CAULE – a Erwinia é uma bactéria praticamente de caule, em tomate. Somente em
casos extremos os sintomas serão vistos nos frutos. A destruição total da medula do
caule é o principal sintoma. A bactéria desintegra a medula de forma ascendente, de tal
modo que ao fazer pressão no caule, com os dedos, o mesmo cede – demonstrando
claramente que está oco – de onde vem o nome popular: talo-oco. Quando a doença
está em estado avançado, um odor forte e característico exala ao cortamos o caule. Por
fim, a planta murcha e morre. Ao iniciar o processo de murcha, a planta não mais se
recupera. O processo de murcha é mais evidente em plantas em início de produção.
CONTROLE Nas épocas de chuvas ou em cultivo protegido o mais sensato é adotar medidas
preventivas, com uso de bactericidas – preferencialmente seguindo um Programa
Preventivo de Controle de bactérias em geral. Ver detalhes em “Controle de Bactérias”.
MANCHA MARROMEXTERNA
NO CAULE
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TALO – OCO OU PODRIDÃO MOLE – Erwinia spp
DESTRUIÇÃO DA MEDULA
MANCHA MARROM NO
CAULE
PLANTA DESTRUIDA POR ERWINIA
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CAUSAS GERAIS DO SURGIMENTO E AUMENTO DE BACTÉRIAS
1 – PRIORIDADE NO COMBATE A FUNGOS As doenças fúngicas, causadoras de grandes prejuízos, se tornaram a preocupação
maior dos produtores de tomate. Ao mesmo tempo, o combate às bactérias ficou
totalmente esquecido. As bactérias não causavam danos visíveis. Por outro lado, a cerca
de vinte anos, por ocasião de um surto de bactérias, foram utilizados bactericidas
específicos, praticamente erradicando as bactérias. A prioridade, nos últimos anos, tem
sido a pinta preta (Alternaria solani) e a requeima (Phytophthora ssp).
2- POUCO USO DE COBRE Nos últimos anos o uso de cobre em pulverizações foi drasticamente reduzido,
principalmente nos anos de 1995 a 1997. A não aplicação de cobre na cultura no
tomateiro era ainda menor nos meses chuvosos e frios. Foi criado, junto aos produtores,
o fato de que nos meses de chuvas (entre janeiro e maio), devem ser aplicados
fungicidas conhecidos como “ massas fortes “ (termo usado para designar os fungicidas
modernos, de ação mais específica, mais ampla e geralmente sistêmica).
Os fungicidas chamados de “massas fracas“, só deveriam ser usadas nos meses
secos (junho a dezembro). O cobre, passou a ser utilizado somente nos meses secos. Esse
foi um grande erro. A ausência do cobre, permitiu o surgimento de bactérias, praticamente
desconhecidas (Necrose Medular); bem como o aumento da incidência de outras bactérias,
que não causavam grande danos (Talo-oco).
3 – USO DE FUNGICIDAS, SEM NENHUMA AÇÃO BACTERIANA O surgimento de novos fungicidas, com ação específica sobre os fungos da pinta
preta (Alternaria solani) e da requeima (Phytophthora ssp), permitiu o uso de menor
número de pulverizações e a aplicação de produto específico para a doença presente.
Os fungicidas modernos substituíram o COBRE, Maneb e Zineb. Dentre muitos, os mais
utilizados são: Sialex (Procimidone), Score (Difenoconazole), Orthocid (Captan),
Curzarte (Cymoxamil), Dacostar (Clorothalonil), Folicur (Tebuconazole), Caramba
(Metconazole), Stroby e Amistar (Estrobilurinas). Sendo o COBRE um fungicida e
bactericida, até então muito utilizado e que mantinha o nível de bactérias sob controle, a
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sua substituição quase que total, por produtos sem ação bactericida, criou um ambiente
favorável ao aumento das bactérias.
A substituição de produtos foi um processo natural, a partir do momento que o
produtor, movidos pela necessidade de combater os fungos, teve ao seu alcance os
novos produtos, lançados pelas indústrias de defensivos, principalmente as estrobilurinas
e os triazóis.
4 – DESEQUILÍBRIO NUTRICIONAL Um dos fatores que mais contribuíram para o aumento excessivo da incidência de
bactérias, foi (e continua sendo) o desequilíbrio nutricional.
4.1 - O uso de Nitrogênio em excesso, principalmente na forma de Uréia e esterco
de galinha. O mais grave é o modo de utilização destes dois produtos:
a) Esterco de galinha em fundação, em grandes quantidades.
b) Esterco de galinha em cobertura, colocado em uma cova aberta entre as plantas,
geralmente entre 15 a 20 dias antes do transplante.
c) Uso somente de Uréia, em cobertura, notadamente a primeira adubação de
cobertura.
4.2 - Pouco uso de Potássio. A grande maioria dos produtores desconheciam os
benefícios o potássio. O efeito imediato dos adubos nitrogenados, promovendo um
crescimento rápido das plantas, estimulava, cada vez mais, o uso de uréia e esterco de
galinha poedeiras. Ao mesmo tempo que as plantas cresciam, por força de adubos com
alto teores de nitrogênio, o desequilíbrio nutricional (pouco potássio, fósforo e cálcio),
tornava estas mesmas plantas muito sensíveis a todas as doenças. As bactérias, tinham
ao seu dispor plantas sem nenhuma ou pouca resistência.
4.3 – Relação Nitrogênio (N) x Potássio (K2O), por falta de conhecimento sobre
adubação, os produtores não levam em consideração a relação de nitrogênio e potássio,
por ocasião das adubações. Na verdade, o que vemos, são misturas de adubos,
tomando como base a unidade de sacos. Não existe um planejamento de adubação,
obedecendo a uma relação correta de N x K2O.
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5- EXCESSO DE ÁGUA O fornecimento de água em quantidade acima da necessária para o
desenvolvimento das plantas, fato comum entre os produtores, vem favorecendo o
aumento das bactérias. O fato se torna mais grave quando, em áreas de declive
acentuado, a água escorre sobre o solo. Em geral, as hortas são irrigadas com grande
volume de água, sem nenhum controle de volume e distribuição. O sistema de irrigação,
por meio de mangueiras, não permite controlar a quantidade da águas; ao mesmo
tempo, a distribuição é totalmente irregular: áreas altas com pouca água, e as áreas de
baixas, com excesso hídrico). Outro erro é a irrigação logo após chuvas. Os produtores
acreditam ser necessário irrigar, para lavar as folhas das plantas, retirando, deste modo,
os fragmentos de solo que a chuva, eventualmente, possa ter depositado sobre as
folhas do tomateiro.
6- PLANTIO EM ÁREAS DE BAIXADA Quase sempre, quando os plantios são feitos em áreas de baixadas, a presença de
bactérias é uma certeza.
As áreas de baixadas, onde geralmente é cultivada a cana-de-açucar, são solos rasos,
em muitos casos a rocha (chamada de laje) pode ser vista aflorando.
As baixadas são sempre lavadas por águas dos córregos, rios e riachos – principalmente
nos anos de período chuvoso normal (em torno de 1700 mm/ano), provocando
encharcamento por vários meses.
Além disso, são solos com alto teor de matéria orgânica.
Todos estes fatores, em conjunto, formam ambiente altamente favorável à presença das
bactérias que, imediatamente após o plantio do tomateiro, se instalam na cultura.
7 – FOCOS DE PLANTAS CONTAMINADAS Não raro, são encontrados verdadeiros focos disseminadores de bactérias, dentro
da própria área cultivadas, ou em áreas vizinhas. Os focos dentro das próprias hortas,
nem sempre são eliminados. O que seria correto, erradicando as plantas atacadas, não
acontece. As plantas infectadas permanecem, por muito tempo, transmitindo a
enfermidade para as plantas sadias.
Outro fato, que contribuiu muito para o aumento das bactérias, é o abandono de plantios
após a colheita. FRUTAL’2003
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8 – MATERIAL CONTAMINADO O produtor somente retira os restos culturais, as varas, estacas e arames das
hortas velhas, quando necessita do material para outra horta. Em muitos casos, no
mesmo dia que o material é retirado de um plantio velho, é utilizado em nova área. Deste
modo, muitas bactérias são transportadas de uma área contaminada, para áreas sadias.
O transporte de doenças, notadamente bactérias, por meio de materiais de trabalho
contaminado, acontece entre propriedades, regiões de um mesmo município e entre
municípios. Raros são os produtores que procedem a algum tipo de desinfecção de
estacas e varas. Vale observar, que o material de trabalho: varas, estacas, arames,
mangueiras, canos, etc, são utilizados em várias hortas seguidamente.
9 – MÉTODO DE CONDUÇÃO ERRADO Muitos erros são cometidos durante todo o cultivo do tomateiro. Alguns são
responsáveis pela disseminação de pragas e doenças. Especificamente no casos das
bactérias, alguns merecem destaque:
9.1- Abertura de covas para irrigação: pelo método de irrigação com uso de
mangueira (a maioria das hortas são irrigadas desse modo), para que a água se infiltre
com maior rapidez, são abertas covas entre as plantas (no salto) e até mesmo no meio
das linha, provocando o corte do sistema radicular e formação de áreas encharcadas.
Quando estas covas transbordam a água excedente escorre sobre o solo, transportando
bactérias para vários pontos da áreas. Por vezes, são formados verdadeiras linhas de
plantas atacadas por bactérias, de cima para baixo, demonstrando que , inicialmente,
algumas plantas foram afetadas na parte superior da horta; posteriormente, as demais
plantas foram atacadas.
9.2- Adubação – Todas as vezes que é realizada a adubação de cobertura, uma cova é
aberta (ou reaberta) para depositar o adubo. Mais uma vez, o sistema radicular é
cortado, com abertura para a entrada de bactérias. Ao mesmo tempo, a planta é afetada
com a redução do seu sistema radicular, onde boa parte das raízes são cortadas a
intervalos de 7, 10 ou 15 dias, conforme o intervalo de adubação.
9.3 – Desbrota ou desolhamento – três erros são cometidos por ocasião da retiradas dos
brotos laterais:
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a) desbrota tardia, quando os brotos estão com mais de 15 centímetros de comprimento
e resistentes à retirada;
b) o que é muito grave, os brotos retirados são deixados dentro do plantio sobre o solo;
c) nenhum tratamento é feito após a desbrota, ficando as feridas abertas e expostas à
contaminação.
9.4 - Capação ou desbrota do olho – os mesmos erros cometidos por ocasião da
desbrota lateral, são verificados na capação final.
10 – DIAGNÓSTICO Por falta de conhecimentos dos sintomas que as bactérias apresetam no tomateiro,
é comum o diagnóstico errado ou tardio da doença. Geralmente, os produtores
confundem as bactérias com fungos, deficiências nutricionais ou simplesmente
fitotoxicidade provocada por defensivos ou adubos químicos. Realmente não é muito fácil
a identificação correta de certas bactérias, principalmente no início da infestação, pois
muitas vezes podem ser confundidas com fungos. Por vezes, a identificação no início é
prejudicada pois, para os produtores, somente quando os sintomas e prejuízos são
bastante visíveis, é que procuram por socorro de técnicos experientes. A não
identificação das infestações de bactérias, logo no início quando são poucas as plantas
atacadas, tem sido um dos maiores problemas para o controle eficiente. Em função do
alto grau de infestação, até mesmo a tomada de medidas curativas, com uso de produtos
químicos e medidas complementares, não atendem às necessidades e expectativas do
produtor, pois os danos econômicos são irreversíveis. Por outro lado, a adoção de
medidas preventivas, de altíssima importância, não são usualmente praticadas, a maioria
dos produtores acreditam muito mais na aplicação de produtos químicos (muitas vezes
esperando verdadeiros milagres), do que em um conjunto de medidas preventivas – de
menor custo final e maior eficiência.
11 – INFORMAÇÕES ERRADAS É um fato cotidiano, para os produtores, buscarem informações técnicas junto às
Revendas de Insumos Agrícolas, em função da insuficiência da extensão rural
(responsável pela assistência técnica no campo), bem como pela proximidade das
revendas com os produtores. Infelizmente, as revendas, não estavam preparadas para
atender às necessidades dos produtores. Não dispunham de pessoas tecnicamente FRUTAL’2003
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habilitadas para diagnosticar com precisão as doenças – nos casos das bactérias,
principalmente. Grosseiros erros foram cometidos. A indicação de fungicidas, quando a
necessidade real era um bactericida, era muito freqüente. O diagnóstico errado e a
aplicação de produtos não adequados, colaboraram para o aumento das bactérias. Vale
observar, para não cometer injustiça, que algumas revendas, dispondo de profissionais
tecnicamente bem preparados, colaboraram para o equilíbrio da situação: trabalhando
com diagnóstico correto e indicação de bactericidas, conforme cada caso necessitasse.
Nos últimos anos, mais precisamente desde 1998, quase todas as revendas já contam
com técnicos agrícolas ou agrônomos, prestando assistência técnica aos seus clientes.
Junto com este fato, as indústrias de defensivos estão, quase que diariamente, com
agrônomos trabalhando na região, colaborando, de modo decisivo, para a melhoria do
nível tecnológico regional.
12 – CLIMA Nos últimos anos as mudanças climáticas tem sido um problema a mais. Em um
passado, não muito distante, tínhamos duas situações bem distintas: um período de
chuvas regulares – entre os meses de dezembro a junho; e um período sem chuvas – de
julho a novembro. Vários fatores, que aqui não cabem serem discutidos, provocaram
mudanças sérias. Os períodos com chuvas são muito irregulares: alguns meses com
pouca precipitação pluviométrica, seguidos de meses com muita chuva. Os meses sem
chuvas estão com baixa umidade e altas temperaturas diurnas, enquanto no período
noturno a temperatura cai para 18oC e a umidade relativa é muito elevadas superior a
80%. Até bem pouco tempo, a incidência de bactérias estava limitada aos meses de
março, abril e maio. Nos dois últimos anos, temos registrado a presença de bactérias
durante todo o ano, independente de maior ou menor precipitação pluviométrica.
Acreditamos que a irregularidade climática, esteja, junto com os outros fatores,
contribuindo não só para o aumento das bactérias, mas outras doenças e pragas.
13 – QUALIDADE DA ÁGUA Consideramos como sendo um dos mais sérios problemas da atualidade, a péssima
qualidade da água. Á água utilizada para irrigação, na sua quase totalidade, é
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proveniente de córregos, riachos e rios. Com a escassez de chuvas, fato registrados
desde o ano de 1997, atingindo os anos de 1998 e 1999, a água para irrigação tem
ficado cada dia em menor volume, restrito a poços amazonas ou buracos cavados nos
leitos dos córregos, riachos e rios.
A água que era corrente, portanto, renovada constantemente; passou a ser de uma
fonte estagnada, sem renovação. A água de poços amazonas e/ou buracos, estão, com
toda a certeza, com maior probabilidade de estarem contaminadas com bactérias.
CONDIÇÕES IDEAIS PARA O ATAQUE DE BACTÉRIAS
Muitas e variadas são as condições ideais para ataque de Bactérias. Dentre todas
algumas merecem destaque. Vale lembrar que nenhuma condição surge isoladamente.
Em geral a soma de vários fatores favoráveis determinam o grau de infestação e de
agressividade da (s) bactéria (s). O conjunto de condições benéficas às bactérias podem
promover a incidência de várias bactérias ao mesmo tempo.
1 - SOLOS INFECTADOS O solo pode ser contaminado por bactérias de diferentes modos. Causas de
contaminação do solo:
a) Encharcamento da área – presença natural de bactérias - são de alto riscos os solos
que apresentam os problemas de:
- lavagem pelas águas das chuvas
- encharcamento periódicos
- montante ou jusante de barragens
- baixadas úmidas
- perímetros de lagoas
Nos casos citados, em geral as bactérias estão presentes em restos de vegetais,
transportados e depositados pelas águas (sobrevivendo durante vários anos).
Quando são cultivados com tomateiro as bactérias migram dos restos de vegetais
para as plantas cultivadas.
Dificilmente o produtor terá sucesso com o cultivo em áreas de alto risco.
b) Contaminação com restos de culturas - muitos produtores ao erradicarem culturas
com bactérias (tomate, pimentão, repolho, etc), adotam dois procedimentos errados:
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1- Incorporam os restos das culturas na própria área cultivada (em geral com uso de
trator) - de tal modo que contaminam toda a área.
2- Transportam e espalham os restos culturais para outras áreas (às vezes despejam
os restos das plantas contaminadas em áreas dos vizinhos).
Em qualquer um dos casos fazem com que áreas - antes isentas de bactérias - fiquem
imprestáveis para o cultivo de tomate por vários anos.
c) Plantas hospedeiras – a presença de plantas nativas hospedeiras de bactérias é um
fato constantemente verificado. Área nunca cultivada pode, mesmo no primeiro plantio,
apresentar altíssima incidência de doenças bacterianas.
2 – CLIMA Dois fatores do clima favorecem o surgimento ou desenvolvimento de bactérias: a
combinação de temperatura e chuva - causa da maior ou menor incidência das doenças
bacterianas.
Temperaturas ideais:
I – Pinta bacteriana – 13 a 25 °C
II – Mancha bacteriana – 24 a 30 °C
III – Murcha bacteriana – 29 a 35 °C
IV – Necrose Medular - 16 a 25° C
V - Erwinia – 16 a 35 °C
Para todas as bactérias as temperaturas de 16 a 21 °C é a faixa ideal .
Todas as bactérias são favorecidas pelo período chuvoso, onde a umidade relativa do ar
permanece acima do 80%. Noites frias , chuvas diurnas e poucas horas de sol
(menos de 6 horas de luz solar por dia) formam clima ideal para o aumento de bactérias.
Nos períodos de ausência de chuva, temperaturas noturnas e diurnas entre 22 e 30 °C,
dias ensolarados (mínimo de 12 horas de luz por dia) são condições climáticas não
favoráveis às bactérias.
3 – ADUBAÇÃO No que diz respeito à nutrição do tomateiro dois aspectos devem ser levados em
consideração.
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65
I – Excesso de nitrogênio favorece o desenvolvimento de bactérias. Existe uma
relação muito grande entre a quantidade de Nitrogênio e a quantidade de espécies de
bactérias e o grau de agressividade com que elas atacam o tomateiro.
Quanto maior for a quantidade de nitrogênio, maior será a incidência. Por diversas vezes
podemos constatar que na presença de uma leve incidência de bactéria em tomateiro,
após uma adubação nitrogenada (exclusivamente com adubo nitrogenado ou com
esterco de galinha em cobertura), há uma explosão da bactéria – impossibilitando
qualquer controle de modo eficiente.
Plantas excessivamente vigorosas (pela adubação nitrogenda) são mais sensíveis ao
ataque de bactérias e de controle mais difícil.
II – Desequilíbrio nutricional - a relação nitrogênio x potássio, quando em
desequilíbrio, tornam as plantas mais susceptíveis às bactérias. O uso de NPK ou NK
onde os teores de Nitrogênios são superiores aos de Potássio (Exemplos 3-1-1, 4-0-1),
sejam adquiridos de Indústrias ou preparados no propriedade rural, promovem o
crescimento das plantas, sem a necessária resistência. É o que chamamos de
crescimento vegetativo desproporcional. Nos casos de desequilíbiro nutricional de N e K
plantas com idade de 30 dias apresentam porte de plantas de 40 dias, as folhas são
excessivamente grandes e suculentas, a distância entre folhas ultrapassa aos 30 cm (o
mesmo acontece com os cachos) e as brotações laterais são muito vigorosas. Há a falsa
impressão de que o plantio está ótimo. No entanto, ao primeiro ataque de bactéria a
verdade aparece. São plantas falsamente vigorosas, muito sensíveis ao menor ataque de
bactérias. Além da proporção N x K, relações Cálcio x Boro, Fósforo x Magnésio,
Nitrogênio x Enxofre e Cálcio x Potássio, precisam de equilíbrio . Ver mais detalhes no
item sobre Adubação.
4 – IRRIGAÇÀO O fornecimento de água, por meio da irrigação, pode ser um fator de disseminação
de bactérias. Conforme o método utilizado e o volume de água aplicado as
conseqüência danosas do ataque de bactérias terá maior ou menor impacto na
produtividade. Irrigação que promove o molhamento das folhas (aspersão e micro-
aspersor) e que permite que a água escorra dentro da área (sulco e mangueiras)
transportam as bactérias de plantas infectadas para as plantas sadias. Para as bactérias
de cancro bacteriano, pinta bacteriana, mancha bacteriana e erwinia a água nas folhas é FRUTAL’2003
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condição ideal para o desenvolvimento. A bactérias da murcha bacteriana é disseminada
pela água quando esta escorre no solo. O volume de água quando aplicado em excesso
ao mesmo tempo que é realizada adubação nitrogenada, inviabilizam a eficiência dos
bactericìdas químicos. O ataque de bactérias se torna incontrolável.
5 - PRÁTICAS DE CULTIVO I - ESPAÇAMENTO – nas épocas de chuva (em condições de alta umidade do solo,
temperaturas baixas, umidade do ar elevada, poucas horas de luz solar e pouca
ventilação), os espaçamentos muito adensados de 1,00m x 0,50 m (com densidade de
18000 a 20000 plantas /ha) , agravam as condições climáticas, e favorecem às bactérias.
II - MÉTODO DE ENVARAMENTO - o método de envaramento inclinadonas épocas
de chuva, dificulta as pulverizações (dificilmente as folhas da parte interna serão
atingidas pêlos bactericidas - o que é mais grave quando pulverizado produtos de
contato) e cria condições de alta umidade na parte interna (o sol não penetra e o vento
não circula).
III - ADUBAÇÀO DE COBERTURA - quando a adubação de cobertura é realizada
manualmente é costume abrir uma cova entre as plantas (o que chamamos de adubar
no salto). Ao abrir a cova, raízes são cortadas, favorecendo a penetração de bactérias -
principalmente murcha bacteriana e cancro bacteriano.
IV - DESBROTA - a desbrota por si só é uma porta de entrada de bactérias. Ao
realizar a desbrota tardia – com brotas grandes (maiores de 10 cm), o fato é mais grave.
As feridas abertas com a quebra dos brotos laterais e o fato de trabalhadores terem
contato com plantas doentes e sadias ao mesmo tempo, levam bactérias de uma planta
para outra. As bactérias erwinia, cancro bacteriana e murcha bacterina são altamente
disseminadas pela desbrota.
V - USO DE VARAS/ESTACAS/ARAME – a reutilização de varas, arames e estacas
de um plantio que foi contaminado por bactérias, é um meio de transporte e
contaminação de bactérias entre áreas . Nem sempre a desinfecção é eficiente. O mais
aconselhável é não reutilizar material contaminado.
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6 - MUDAS E SEMENTES As de sementes retiradas de plantas de áreas contaminadas, podem conter
bactérias. Mesmo sendo uma prática ultrapassada, alguns produtores ainda retiram
sementes de sua própria área. Nenhum tratamento - fermentação, térmico ou químico –
é realizado, tornando o fato mais grave. Do mesmo modo, a aquisição de mudas
produzidas em Estufas sem tratamentos preventivos (muitas são as pequenas estufas de
mudas que não adotam as medidas mínimas de controle de pragas e doenças), são
responsáveis por plantios de mudas já infectadas por bactérias.
MEDIDAS DE CONTROLE DE BACTÉRIAS
O Controle de bactérias, para que tenha eficiência, passa pela adoção de um
conjunto de medidas. Isoladamente nenhuma prática terá êxito. Somente o sinergismos
de práticas e produtos, preferencialmente de modo preventivo, são efetivamente
eficientes.
Podemos relacionar os seguintes cuidados a serem adotados:
1. Escolha do local de Plantio
2. Calagem
3. Adubação química de fundação e cobertura
4. Adubação orgânica
5. Uso de mudas sadias
6. Irrigação
7. Cuidados com desbrota e capação
8. Estimular defesa natural da planta
9. Controle químico
10. Enxertia
11. Cultivo em recipiente
1. Escolha correta do LOCAL DE PLANTIO.
Devemos evitar os locais onde:
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a) Já foram realizados plantios de solanáceas, principalmente pimentão e tomate , e que
tenham apresentados problemas de bactérias. Sendo uma área onde a presença de
murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum) tenha sido registrado, de modo algum
podemos cultivar o tomateiro. É certo que nesses casos, o novo plantio será afetado
pelas bactérias e, o que é pior, com muito mais agressividade. Em alguns casos já
registramos perda total de áreas de tomate.
b) Áreas de baixada, onde periodicamente são registrados alagamentos. A presença de
bactérias, em áreas com alagamento, é quase certo. Devemos, portanto, evitar o risco de
perdas elevadas. Em geral, nos imóveis rurais, dispomos de áreas mais elevadas, onde
jamais foi registrado alagamentos.
2. CALAGEM .
Os baixos teores do pH, junto com outros fatores, pode predispor as plantas ao
ataque de bactérias. Devemos estar atentos para corrigir o pH, de modo a variar entre 6
e 6,5. Sempre que disponível, usar parte da calagem com cal virgem.
3. ADUBAÇÃO de Fundação e Cobertura.
Especial cuidado deve ser dado ao uso de Nitrogênio. O excesso de adubação de
fundação e de cobertura com Nitrogênio,favorece significativamente a presença de
bactérias. Podemos afirmar, sem medo de cometer exageros, que o excesso de
nitrogênio disponível, pode inviabilizar as demais medidas de controle de bactérias. O
bom resultado de todas as medidas, passa inicialmente pelo controle da adubação
nitrogenada. A relação nitrogênio-potássio é de primordial importância. Ver mais
detalhas no capítulo sobre adubação. No entanto, vale lembrar, a relação NxK2O, deve
ser de no mínimo 1 x 1,66 até o limite de 1 x 2,5, para todo o ciclo. A relação ideal deve
ser determinada levando em consideração todos os fatores determinantes da adubação,
sempre considerando que de uma boa adubação depende o eficiente controle de várias
doenças. Além da correta relação NxK2O, a distribuição da adubação, conforme os
estádios da cultura, tem a mesma importância. Muito cuidado deve ser dado ao uso de
esterco de galinha em adubação de cobertura. Em muitos casos a soma do nitrogênio do
esterco de galinha com o nitrogênio de adubos químicos, provocam um crescimento
exagerado das plantas, em um curto espaço de tempo. Quando tal fato é verificado, em
seguida poderemos ter um ataque severo de bactérias e/ou outras doenças. FRUTAL’2003
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Vale lembrar que a adubação não pode ser pensada somente como alimento para a
planta. Temos que considerar a adubação como parte de todo um processo produtivo,
onde o fornecimento de adubos afeta (positivo ou negativamente) todo o conjunto de
fatores de produção.
4. ADUBAÇÃO com Matéria Orgânica.
Solos bem equilibrados, com bons teores de matéria orgânica (preferencialmente de
procedência conhecida), produzem a plantas com desenvolvimento vigoroso (entenda
“vigoroso” como plantas saudáveis, fortes e sem deficiências nutricionais). A escolha e
os teores de matéria orgânica ideais, dependem de cada região, o importante é que os
teores de Matéria Orgânica fique entre 2,5 e 4%. Plantas cultivadas em solos bons são
mais resistentes às doenças – não só às bactérias, mas a outras doenças.
5. MUDAS SADIAS
Somente devem ser plantadas mudas provenientes de Estufas reconhecidamente
responsáveis. Mudas com manchas nas folhas ou com evidências de terem sido
retiradas folhas doente, devem ser rejeitadas. É comum encontrarmos mudas já
contaminadas com mancha bacteriana (Xanthomonas campestris). O produtor de mudas
deve adotar um programa com adoção de medidas preventivas de controle de bactérias
- tais como: desinfecção de bandejas e outros equipamentos, controle de acesso de
pessoas, pulverizações periódicas preventivas com bactericidas. Nunca utilizar sementes
retiradas de plantios próprios ou de amigos. Adquirir sementes produzidas e distribuídas
por empresas idôneas e em suas embalagens originais lacradas.
6. IRRIGAÇÃO :
O controle da quantidade, distribuição , horário e local de aplicação da água é, na
verdade, o fator determinante no controle de doenças, com maior relevância para o
eficiente controle de bactérias. Todo e qualquer esforço será em vão, se não for aplicado
um rígido acompanhamento do uso da água. Portanto, vamos ver alguns dados
importantes:
I- Quantidade de água.
O excesso de água de irrigação, torna o controle de bactérias impossível. A
irrigação, na fase inicial da culturas, nos primeiros 15 DAT, deve ser conduzida de modo FRUTAL’2003
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70
que as plantas estejam bem próximas do ponto de murcha inicial. A evolução do volume
de água deve – rigorosamente – acompanhar o crescimento vegetativo da cultura. O
controle de bactérias, no estádio inicial da cultura, se torna mais fácil quando o tomateiro
tem pequenas deficiências hídricas até os 15 DAT, sem prejuízos para o crescimento
normal (lento e progressivo). Dependendo do sistema de irrigação adotado, o
escorrimento de água dentro da área cultivada, dissemina as bactérias. A contaminação
de plantas sadias, a partir de uma planta infectada por bactéria, ocorre de duas
maneiras:
a) da parte mais alta para os locais mais baixos, formando, por vezes, linhas de plantas
mortas de cima para baixo. Demonstrando, de tal modo, o caminho percorrido pelas
águas de escorrimento, junto com as bactérias.
b) ao longo das linha, para um e/ou outro lado, sempre a partir de uma planta infectada
– em geral, em estado avançado de infecção.
As bactérias, murcha bacteriana, cancro bacteriana e erwínia, são as mais facilmente
disseminadas pelo excesso de água. Quase sempre promovem destruição de grande
número de plantas. Já constatamos perdas de até cem por cento de áreas. Em muitos
casos a adoção de medidas para o controle das bactérias, em áreas com excesso de
água, possuem custo muito elevado, inviabilizando o cultivo, sendo necessário a
erradicação total da cultura – como única medida para conter o avanço bacteriano para
outras áreas.
II- Distribuição do volume total a ser aplicado, diretamente relacionada com o
volume, a distribuição da água diz respeito à quantidade de mm/hora ou tempo de
irrigação. Vários fatores precisam ser levado em consideração, vale lembrar, antes de
tudo, que não existe uma regra fixa e rígida do tempo de irrigação , o acompanhamento
diário do plantio é quem vai determinar a real necessidade hídrica da cultura, basta ver
os fatores que afetam a distribuição hídrica, ver mais detalhes no capítulo de irrigação:
a) Estádio cultural (idade das plantas), nos primeiros 5 DAT, a quantidade de água não
deve ultrapassar à faixa de 200 a 300 ml/dia/planta. Equivalente, por exemplo, para um
gotejador de 1,5 litros /horas, de 8 a 12 minutos por dia de irrigação. A Evolução da
quantidade de água e, logicamente, do tempo de irrigação, vai crescer conforme o
desenvolvimento das plantas. Raramente, o tempo de 3 horas/dia, para o mesmo
gotejador de 1,5 l/h, correspondente a 4,5 l/planta/dia, será ultrapassado, mesmo
considerando planta totalmente adulta, com temperatura elevada e solo arenoso. FRUTAL’2003
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b) Temperatura diária – nos dias com sol mais forte (temperaturas acima de 30ºC), a
necessidade de água será superior aos dias com temperatura amena (menos de 22 ºC).
Temos portanto que tomar, a cada dia, uma atitude, definindo o volume e tempo de
irrigação, conforme a temperatura .
c) Ventos – a presença de ventos forte em algumas épocas do ano, provocam a perda
excessiva de água do solo. Em geral, na Ibiapaba, nos meses de julho, agosto e
setembro, são registrados ventos mais fortes. Quando tal fato ocorrer, há a necessidade
de maior volume de água, para compensar as perdas decorrentes da ação dos ventos.
Maior atenção deve ser dada, quando a linhas de plantio forem feitas no sentido dos
ventos, quase sempre Leste-Oeste. Vale repetir, as perdas de água pela ação dos
ventos são muito grandes. Sendo verificada situações de ventos + sol fortes, devemos
dobrar os cuidados com a possibilidade de falta de água no solo. Tendo sempre o
cuidado de evitar encharcamentos.
Em solos arenosos a ação do vento pode, além do acima citado, ao transportar areia
provocar ferimentos nas folhas do tomateiro, sendo uma porta de entrada de bactérias.
d) Tipo de solo: Conforme a estrutura e textura do solo, a quantidade e tempo de
irrigação será determinada. Seguindo a lógica, os solos mais arenosos necessitam de
maior quantidade de água, que os solos com alto teor de argila. Cada área plantada,
mesmo dentro do mesmo imóvel, terá que ser tratada de modo individualizado.
e) Método de irrigação: Dentre os vários métodos de irrigação (sulcos, aspersão,
mangueiras, gotejadores, micro-arpersão, etc), uns têm maiores ou menores influências
na disseminação e controle de doenças bacterianas, principalmente pela localização da
água na plantas. Os métodos de irrigação que depositam a água nas folhas (micro-
aspersão e aspersão), são responsáveis pela contaminação de plantas sadias – pela
distribuição das bactérias, das plantas infectadas para as sãs; ainda, promovem a
lavagem de bactericidas aplicados via pulverização foliar – diminuindo a eficiência dos
bactericidas e dificultando o controle da doença. A irrigação por mangueiras e sulcos,
onde a água é aplicada em elevado volume, escorrendo por longo trechos (sulcos) ou em
lâminas por toda a área (mangueiras), são responsáveis pela distribuição das bactérias –
especialmente a murcha bacteriana.
A irrigação por meio de gotejadores - distribuindo a água somente no solo (gota a
gota), sem molhar as folhas e permitindo o controle rigoroso da vazão – é o único
método de irrigação que contribui no controle de bactérias, seja evitando a disseminação, FRUTAL’2003
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seja favorecendo a eficiência de bactericidas, permitindo, inclusive, a aplicação de
produtos pelo sistema de injeção de defensivos na água de irrigação.
f) Presença de chuvas: Não é raro encontramos produtores irrigando o tomateiro após
chuvas. Por falta de pluviômetros, de informações de quantidade de milímetros de
chuvas registradas diariamente, sem o conhecimento das necessidades hídricas da
cultura e da capacidade de retenção do solo e por acreditar ser necessário lavar as
folhas do tomate após uma chuva, muitos produtores irrigam logo depois de chuvas.
Assim procedendo, mesmo sem querer, estará elevando ao máximo a quantidade de
água do solo, promovendo encharcamento. Consequentemente, todos os problemas
decorrentes do excesso hídrico afetaram o tomateiro. As bactérias são beneficiadas
pelas chuvas e pela irrigação desnecessária.
7 – DESBROTA E CAPAÇÃO
Após realizado cada desbrota (em cultivo normal é realizado uma desbrota
semanal), é necessário a pulverização com produtos bacterostáticso - cobre ou cobre +
maneb. Quando em condições de alto risco de infecção, aconselhamos associar um
bactericida sistêmico com um bacterostático. A pulverização deve ser realizar no mesmo
dia da desbrota. O mesmo procedimento deve ser adotado por ocasião da capação final.
8 – ESTIMULAR DEFESA NATURAL DA PLANTA
A cada ano surgem no mercado produtos que estimulam o sistema de defesa
natural da planta contra fungos e bactérias. O futuro de controle de doenças passará,
antes de tudo, pela resistência individual de cada planta, por diversos métodos de
estímulos. Um dos produtos disponíveis ao produtor rural é o KENDAL - composto de
vários elementos. Dentro do programa de controle de bactérias o Kendal tem
apresentado ótimos resultados, como mais uma ferramenta eficiente.
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73
Vários outros produtos estão sendo lançados no mercado, no entanto, será necessário
bastante atenção com a origem dos produtos – somente adquirir produtos de empresas
reconhecidamente sérias e com registro no Mistério da Agricultura.
9 -CONTROLE QUÍMICO A associação da medidas preventivas, anteriormente citadas, com produtos
químicos específicos para o controle das doenças, torna possível o cultivo de tomateiro
sem a presença de doenças bacterianas.
Antes de tratarmos dos produtos e método de controle químico, alguns tópicos merecem
ser discutidos:
I – Diagnóstico. A perfeita e rápida identificação da (s) bactéria (s) presentes, é de
primordial importância. Quanto mais rápido e preciso for o diagnóstico, inclusive tendo o
cuidado de quantificar a severidade do ataque , permite
a) determinar no programa de tratamento curativo
- produtos,
- doses,
- intervalos de aplicação;
b) maior eficiência dos produtos aplicados, conseqüentemente sucesso no controle da
doença;
c) viabilizar economicamente o plantio. Pela redução das perdas de produção e de
menor custo no uso de bactericidas.
Para quantificar a severidade do ataque das doenças bacterianas, considerar:
S 1 - inicial ou leve = menos de 10% de plantas com sintomas
S 2 – médio = de 10 a 20% de plantas com sintomas
S 3 – severo ou grave = quando mais de 20% de plantas infectadas.
Ter especial atenção, quando for diagnosticar, pois dificilmente iremos encontrar
somente uma bactéria presente, na mesma planta ou na mesma área, considerando o
grau de severidade a soma das bactérias presentes.
II – As condições climáticas locais ou regionais: presença de chuvas, Umidade
Relativa do ar, temperatura diurna e noturna (mínima e máxima), são fatores que
obrigatoriamente devem ser considerados. Nos meses (ou períodos) onde as condições
climáticas são mais favoráveis ao desenvolvimento das bactérias, as doses de
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bactericidas devem ser maiores (doses máximas recomendadas para cada produto), e os
intervalos entre as aplicações não devem ser maiores do que:
a) Preventivo = no máximo de 10 dias
b) Curativo = máximo 5 dias
Na Ibiapaba, os meses com condições mais favoráveis são Março, Abril e Maio.
Os dados climáticos podem ser vistos em gráficos e quadros anexos, nas páginas
podendo servir de comparativo para outras regiões.
III – Histórico da região e da área. As informações da presença de bactérias na
cultura de tomate (ou outras solanáceas), nos últimos três anos ajudam a definir um
programa preventivo, bem como, deixar em alerta máximo, com vistorias diárias, visando
detectar o momento exato do início da infestação, facilitando a identificação da bactéria,
conseqüentemente seu controle. Prestar bastante atenção nas bactérias em evolução
nos últimos anos, há sempre a possibilidade de uma explosão populacional, dificultando
o controle e causando prejuízos.
PROGRAMA DE CONTROLE QUÍMICO:
I – PREVENTIVO: 5 DAT = KASUMIN (50 cc) + CUPRA-500 (50 gr)
15DAT = DITHANE (50 gr)+ CUPRA-500 (50gr)
20 DAT = KENDAL = 60 cc
25DAT = AGRIMICINA(40 gr)+CUPRA-500 (50gr)
35 DAT = POLYRAM (50 gr) + CUPRA-500 (50 gr)
40 DAT = KENDAL = 60 cc
45 DAT = MYCOSHIELD (40 gr)
55 DAT = MANZATE (50 gr) + CUPRA-500 (50 gr)
60 DAT = KENDAL = 60 cc
65 DAT = KASUMIN (50 cc)+CUPRA-500 (50 gr)
O intervalo entre as pulverizações pode ser considerado o dia de desbrota e no dia da
capação final.
DOSES PARA 20 LITROS DE ÁGUA FRUTAL’2003
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Com as aplicações acima, após 65 DAT, provavelmente as bactérias estarão sob
controle, dispensando outras pulverizações.
II – Curativo
1ª PULVERIZAÇÃO NO DIA DIAGNÓSTICO
AGRIMICINA (50 gr) + CUPRA 500 (50 gr)
2ª PULVERIZAÇÃO
KASUMIN (60 cc) + CUPRA 500 (50 gr)
3ª PULVERIZAÇÃO
KENDAL = 60 cc + MYCHOSIELD (60 gr)
4ª PULVERIZAÇÃO
DITHANE M 45 = (50gr) + CUPRA 500 (50 gr)
5ª PULVERIZAÇÃO
REPETIR A PARTIR DA 1ª
O COBOX (ou outra marca comercial de cobre) PODE SER USADO EM SUBSTITUIÇÃO
AO CUPRA, dependendo da disponibilidade no mercado.
DOSES PARA 20 LITROS DE ÁGUA
Após cinco pulverizações o controle é realizado.
Geralmente novas pulverizações serão feitas conforme o tratamento Preventivo citado
no item I, sendo a primeira aplicação 8 dias depois do 5º tratamento curativo.
O INTERVALO DAS PULVERIZAÇÕES CURATIVAS DEPENDE DO GRAU DE
SEVERIDADE, no entanto, sempre adotar uma pulverização após cada desbrota e no dia da
captação final.
LEVE = 4 EM 4 DIAS após a 1ª Pulverização
GRAVE = 2 EM 2 DIAS após a 1ª Pulverização
FRUTAL’2003 - COOPERATIVISMO E AGRONEGÓCIO -
NOME_DO_CURSO
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A aplicação do Cupra 500 + Dithane M45, necessita uma pré-mistura das doses
em água, pelo período mínimo de 4 horas, para que seja efetuada a reação química,
transformando os dois princípios ativos (cobre e mancozeb) em bisditiocarbamato de
cobre (produto bacterostático).
COMPOSIÇÃO DOS BACTERICIDAS:
KASUMIN = Kasugamycin 20 g/l
AGRIMICINA = Oxitetraciclina (terramicina) 15 g/Kg
+ Estreptomicina 150 g/Kg
MYCOSHIELD = Oxitetraciclina (terramicina) 200 g/Kg
AGRIMAICIN 500 = Cobre metálico (tribásico) 400 g/Kg
+ Oxitetraciclina 3 g/Kg
CUPRA 5OO + DITHANE M 45 = Cobre metálico 500 g/Kg +
800 g/Kg de Mancozeb
COBOX + POLYRAM = Oxicloreto de cobre + Metiram
10- ENXERTIA
É o método mais seguro para o controle de bactérias sistêmicas de solo. A enxertia
se torna mais importante quando o plantio é realizado em Estufas ou em regiões que
historicamente as bactérias são o fator limitante da produção. Com uso de enxertia é
possível o controle de bactérias (principalmente as de solo), bem como nematóides.
As empresas produtoras de sementes estão, mesmo que timidamente, iniciando o
lançamento de porta-enxertos. A enxertia em tomate é um processo fácil, com alto índice
de pegamento (mais de 95 %).
11 - CULTIVO EM RECIPIENTE
Este método de cultivo deve ser usado somente em cultivo em estufa. Vários
recipientes podem ser utilizados: vasos plásticos, túnel de plástico, sacos plásticos 40x40
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cm, etc. A grande vantagens do plantio em recipientes é o isolamento total das plantas
do solo. Temos usado sacos de plástico de 40x40 cm, com 0,15 mm de espessura, com
excelentes resultados – controlando 100% as bactérias.
05 - DOENÇAS VIRÓTICAS DO TOMATE RELAÇÃO DE DOENÇAS VIRÓTICAS:
1 = TOPO AMARELO – TMV
Vírus do Mosaico do Tabaco
2 = FRISAMENTO DO OLHO – GEMINIVIRUS - TG/TY
Vírus do Encrespamento
Amarelo da Folha do Tomate
1- T M V – VÍRUS DO MOSAICO DO TABACO
OUTRAS DENOM INAÇOES: Vírus do topo amarelo
Vírus do olho branco
TMV, por muitos anos (aproximadamente entre 1980 até 1995), foi a principal
doença virótica do tomateiro no Ceará. Naquele período basicamente eram cultivados
dois tipos de tomateiro o MM70 e o Santa Clara, cultivares altamente sensíveis ao TMV,
principalmente o Santa Clara (substituto do MM70). O TMV provocou uma das mais
sérias crises técnica e econômica na região da Ibiapaba, tendo proporcionada perdas
enormes. Em algumas regiões o cultivo de tomate tornou-se inviável, dado o alto grau de
infestação do vírus, conhecido entre os produtores por “olho-branco”. Somente com a
introdução de híbridos resistentes o problema foi solucionado. O primeiro híbrido
resistente ao TMV introduzido na Ibiapaba foi o ALTAIR, comercializado no Brasil pela
Feltrin Sementes. Foi um marco na exploração de tomate na Ibiapaba – os produtores só
acreditaram na resistente do Altair, após várias demonstrações - por meio de plantios
em uma mesma área de tomate Santa Clara e Altair – onde a resistência era visual.
A partir de então, todos passaram a acreditar que a única solução para erradicar o
vírus era o cultivo de tomates resistentes.
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78
Atualmente é praticamente uma regra: todos os tomates híbridos são resistentes ao
TMV. Com o cultivo de quase 100% das áreas com tomates híbridos, o vírus
desapareceu da Ibiapaba.
TRANSMISSOR: Pulgão
SINTOMAS O TMV quando infecta o tomateiro, provoca:
a) descoloração da parte nova (ponteiros) das plantas, os folíolos ficam com um verde
muito claro, dando a impressão de quase branco – de onde gerou o nome de “olho-
branco”.
b) Paralisação do crescimento da planta. Quando a infestação ocorre em plantio com
menos de 20 DAT, os danos são irreversíveis. Quase sempre a infestação com o vírus
acontece em toda a área. Nesses casos, a erradicação total das plantas é a única
medida aconselhável. Em plantas com idade superior a 30 DAT, os danos são severos,
mas possível de colheita – mesmo com baixa produtividade.
CONTROLE a) Controle do transmissor. Na pratica é muito difícil o controle do pulgão, de modo
eficiente, para evitar a transmissão de vírus – a picada de prova do pulgão é suficientes
para transmitir o vírus. Porém, sendo adotado um programa preventivo, usando
inseticidas sistêmicos - Exemplo Orthene, Hamidop, Vexter.
O programa de controle da Mosca Branca, ou mesmo tempo controla o pulgão e outros
insetos sugadores.
b) Adubação de cobertura com macros-elementos e foliar com micros-elementos, ajuda
consideravelmente no fortalecimento das plantas, de modo que elas possam reagir à
presença do vírus. Não elimina o vírus, é claro. No entanto, por meio da reação das
plantas ao vírus, é possível fazer com que elas voltem a crescer, atingindo uma
produtividade aceitável.
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ATAQUE DE TMV EM TOMATE SANTA CLARA
PRIMEIRO PLANO : TOMATE SANTA CLARA COM TMV
SEGUNDO PLANO : TOMATE LONGA VIDA RESISTENTE AO TMV
2 – GEMINIVIRUS
2.1- OUTRA DENOMINAÇÃO- Frisamento do Tomate
Nos últimos cinco anos o Geminivírus é a principal doença do tomateiro no Estado
do Ceará – todas as regiões produtoras estão com alta incidência desse vírus. Os
prejuízos causados pelo “frisamento do tomateiro” são incalculáveis, no entanto, de
modo superficial podemos afirmar que não menos de 40% é o volume geral de perdas
na produtividade. Muitos são os casos de perda de 100%, com erradicação total dos
plantios. Atualmente não se pergunta se tem geminivirus na horta, mas qual a
quantidade de plantas atacadas.
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TRANSMISSOR
Mosca branca (Bemisia tabaci e Bemisia argentifolii) ver detalhes sobre a mosca
branca no item Pragas. SINTOMAS NA PLANTA – uma planta de tomate infectada pelo geminivirus apresenta os
sintomas na parte mais nova (no olho). Os folíolos iniciam a mudança de coloração do
verde para o quase amarelo, a mudança de cor é constatada inicialmente na base de
cada folíolo. Ao mesmo tempo surge o encrestamento (frisamento) de todo o topo da
planta, com folíolos pequenos e enrolados. Praticamente a planta paralisa o crescimento.
O sintoma de frisamento é muito semelhante à deficiência de boro. Em muitos casos
pode existir a deficiência de boro e não o ataque do vírus. A diferença principal entre a
deficiência de Boro e o Vírus é a mudança de cor da base do folíolo (sintoma
característico do vírus). Outro aspecto importante, o ataque do vírus é inicialmente em
plantas isoladas, espalhadas por toda a área, a cada dia surgem novas plantas com
sintomas. A deficiência de boro, quase sempre, apresenta sintomas em todas as plantas
ao mesmo tempo. Com a paralisação do crescimento, consequentemente, a frutificação
deixa de existir. Quando a planta é infectada pelo vírus com mais de 40DAT, as folhas
em geral tendem a enrolar, ficam sem o brilho normal e ficam menos suculentas.
Dependendo do estádio em que a planta é infectada, os danos serão mais ou menos
significativos. Plantas que apresentam os sintomas de geminivírus antes dos 20 DAT,
pode ser considerada como perda total. Nos casos em que os sintomas são vísíveis
entre 21 e 35 DAT as perdas serão significativas, podendo existir produção, desde que
medidas nutricionais sejam adotadas, ver detalhes abaixo. Para os tomateiro que
apresentam sinais da existência do vírus com idade acima de 35DAT os danos
econômicos serão menores, principalmente porque já teremos o mínimo seis cachos
emitidos. O vírus quando infecta com mais de 35 DAT não paralisa totalmente o
desenvolvimento da planta. Sendo adotadas algumas medidas nutricionais, a planta
reage ao vírus, atingindo produtividades médias. Em casos de incidência virótica em
plantas com mais de 50 dias, os danos serão mínimos – por vezes passando
desapercebido. Normalmente uma planta com mais de 50 DAT já se encontra com 9 a 10
cachos emitidos e com as pencas da base praticamente formadas. Nas variedades mais
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precoces, com 60DAT inicia a colheita – principalmente quando as condições climáticas
são favoráveis.
2.4 – MEDIDAS DE CONTROLE
I - MEDIDAS NUTRICIONAIS AUXILIARES.
Sempre que uma planta é infectada por um vírus, há a necessidade de reforço
nutriconal, em cobertura e pôr via foliar, principalmente. O fornecimento de macros,
micro-elementos e aminoácidos é de fundamental importância.
É evidente que o controle da praga vetora tem que ser realizado, ver detalhes do
controle da mosca branca no item sobre Pragas.
Temos visto que alguns elementos são mais necessários para uma planta com
geminivírus, sendo o caso do Boro, Cálcio, Fósforo e Magnésio.
O Boro e o Cálcio são essenciais para o desenvolvimento das células, portanto com
atuação de destaque nas partes mais novas – exatamente onde o vírus mais causa
danos. Com o fornecimento de Cálcio+Boro, estamos fornecendo condições para que a
planta possa reagir, desenvolvendo novas células – continuando com seu processo
normal de crescimento.
O Fósforo é o elemento que fornece energia à planta. Mais do que outra, uma
planta com geminivírus requer energia para enfrentar o vírus.
O Magnésio é elemento essencial para a formação da Clorofila. Tendo em vista que
o vírus provoca a destruição da clorofila dos folíolos, temos que estimular a formação de
quantidade maior de clorofila. Com a adubação de Magnésio, estimulamos a fomação de
clorofila, permitindo que a planta possa repor as perdas provocada pelo vírus.
Com a ação conjunta (sinergismo) do Boro+Cálcio e do Magnésio+Fósforo, o tomateiro
pode reagir ao vírus. Diversos são os casos em que a recuperação é excelente.
Exemplo de Programa de Adubação Foliar, com doses para 20 L de água :
1° Dia – Cálcio SL17 = 50 cc + Boroplus (10%) 20 cc + Kempi 10 cc
2° Dia – MgAtivatto = 50 cc + Plantafol 10-55-10 = 100 cc
3° Dia – Megafol ou Torpeed = 50 cc
Intervalo de 48 horas.
Repetir o tratamento acima por 4 vezes, obedecendo o mesmo intervalo de 48 horas.
Continuar aplicando o tratamento a cada 5 dias, após a 4 aplicação.
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Os foliares poderão ser aplicados junto com defensivos, quando compatíveis. No
entanto, o ideal é que a pulverização seja separada, dando preferência para pulverizar
primeiro com os foliares – quando for usar defensivos no mesmo dia.
Programa de adubação de cobertura:
As quantidades prevista no programa de adubação de cobertura, deverão ser acrescidas
de 30 a 50%, conforme o grau de incidência do vírus. Durante 15 dias a adubação será
reforçada, voltando às doses normais em seguida.
II - USO DE MUDAS SADIAS
Tem sido muito comum plantas com idade entre 5 a 10 DAT, já apresentarem
sintomas de geminivírus. Entre a transmissão (pela mosca branca)e o aparecimentos
dos primeiros sintomas (primeiras plantas com frisamento) existe o intervalo de 12 dias
em média.
Para que os sintomas apareçam entre 5 a 10DAT, a transmissão foi efetuada quando as
mudas estavam em fase de produção, nas Estufas. Portanto, a aquisição de mudas
isentas de vírus, produzidas em Estufas de reconhecida responsabilidade, é o primeiro e
mais importante passo para a produção sem Geminivirus.
III - CONTROLE DO VETOR
O controle da Mosca Branca (Bemisia ssp), por ser o único transmissor do
Geminivírus, é essencial. O nível de mosca branca, tem que ficar abaixo de uma mosca
adulta por planta.
Ver em controle de pragas, programa de controle de mosca branca.
IV – CULTIVO DE HÍBRIDOS TOLERANTES
A cada ano estão sendo lançados novos híbridos com TOLERÂNCIA ao
Geminivirus, no entanto, alguns problemas estão sendo registrados a nível de campo:
a) Híbridos com Baixa produção de flores, com conseqüente baixa produtividade;
b) Frutos não aceitos pêlos consumidores , por serem muito grandes e de baixa vida
pós-colheita;
c) Outros apresentam baixa tolerância, sendo facilmente quebrada;
d) As mudanças climáticas provocam deformações de frutos;
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e) Falta de definição dos níveis de adubação – para cada híbrido -, produzem frutos por
vezes muito pequenos e noutras vezes frutos grande e moles.
Somente por meio de híbridos com alta tolerância ou RESISTENTES, será possível o
controle do Geminivírus (ou qualquer outro vírus). Portanto, a solução será genética, o
combate à mosca branca (vetor) continuará sendo necessária, mas não é a solução
definitiva do problema da virose .
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GEMINIVÍRUS
.
GEMINIVÍRUS EM TOMATE LONGA VIDA
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.
.
SINTOMAS NO TOPO DAS PLANTAS
SINTOMAS NOS FOLÍOLOS DO TOPO, DESCOLORAÇÃO, ENROLAMENTO E
TAMANHO REDUZIDO
.
.
SINTOMAS NO TOPO DAS PLANTAS
SINTOMAS NOS FRUTOS
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06 - GRÁFICO DE OCORRÊNCIA DE PRAGAS DO TOMATE NO CEARÁ OCORRÊNCIA DE PRAGAS EM TOMATE ENVARADO
PLANTIO DE CAMPO CEARÁ
MOSCA BRANCA (Bemisia ssp ) - PULGÃO (Myzus persicae)
MOSCA BRANCA FASE CRÍTICA
TRAÇA - Tuta absoluta
BROCA PEQUE
oleucinoides elegantalis)
LAGARTAS (Heliothis zea – Spodoptera frugiperda ) BROCAS GRANDES
MOSCA MINADORA (RISCADEIRA) – Liriomyza sativa
FORMIGA
LAGARTA
ROSCA (A. ipsilon) CACHORRO
DE AREIA
C O L H E I T A
FLORAÇÃO E FRUTIFICAÇÃO
FASE INICIAL
DAT
D T
01
07
14
21
28
35
42
49
56
63
70
77
84
91
98
105
112
119
126
DAT = DIAS APÓS TRANSPLANTE
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D.T. = DIA DO TRANSPLANTE
TOMATE SANTA CLARA = CONSIDERAR ATÉ 112 DAT
TOMATE HÍBRIDO LONGA VIDA = CONSIDERAR ATÉ 126 DAT
MOSCA BRANCA = PERÍODO CRÍTICO = TRANSMISSÃO DE GEMINIVIRUS.
BROCA PEQUENA = PREOCUPAÇÃO COM OVOS E LARVAS ANTES DE PENETRAR
NOS FRUTOS
PRAGAS CITADAS = PRESENTES NO ESTADO, COM DANOS ECONÔMICOS
07 - PRAGAS DO TOMATE
RELAÇÃO DE PRAGAS 1- LAGARTA ROSCA -Agrotis ypsilon 2- FORMIGAS 3- MOSCA BRANCA – Bemisia ssp 4- MINADORA – Liriomyza sativa 5- TRAÇA – Tuta absoluta 6- BROCA PEQUENA DOS FRUTOS – Neoleucinodes elegantalis 7- MICRO-ÁCARO - Aculops lycopersici 1 – LAGARTA ROSCA A Lagarta Rosca vem se tornando uma praga importante, provocando perdas
significativas em áreas de tomate. A maior incidência tem sido verificada em áreas que já
tenham sido cultivadas com outras hortaliças. Nos últimos anos o cultivo sucessivo das
mesmas áreas, é uma necessidade, pela falta de novas áreas. Mesmo com a rotação de
culturas, algumas doenças e pragas aumentam – até porque algumas são comuns a
várias culturas. A Lagarta Rosca é uma praga de várias culturas, além do tomate merece
destaque, milho, cenoura, repolho, pimentão, feijão, rosas. O ataque de lagarta rosca,
nos últimos anos, tem sido responsável pela maioria da necessidade de replanta em
hortas recém transplantadas. Nos casos mais graves, na primeira noite após o
transplante, perdas de até 20% podem ser registradas.
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DESCRIÇÃO: 1- Classificação: ORDEM = Lepidoptera
FAMÍLIA = Noctuidae
GÊNERO = Agrotis
ESPÉCIE =Agrotis ipsylon, Huf ( A. ipsilon ou Agrotis sp )
2- Descrição
Adulto: Mariposa
Ovo: Postura nas folhas
Larva: Lagarta de hábito noturno, de cor marrom claro com listra
marrom escuro.
Pupa: De cor marrom, ficam no solo.
MODO DE ATAQUE A lagarta rosca passa o dia no solo, saindo à noite para se alimentar. Ela corta
as plantas rente ao solo. Plantas que aparecem pela manhã tombadas sobre solo, com
claros sinais de ter sido cortado por algum inseto, indicam a presença de lagarta rosca.
Cavando ao redor da planta cortada, a uma profundidade de até 15 cm, a lagarta poderá
ser encontrada. Ao ser tocada, ela se enrola – de onde originou seu nome.
CONTROLE A aplicação de defensivos para o combate à lagarta rosca, deve ser realizado
diretamente nas covas ou no colo das plantas, conforme o grau de infestação.
I= Para solos com alta infestação:
Pulverizar as covas 2Dias antes do Transplante
Produtos: Vexter/Astro/Nufos/Lorsban (CLORPIRIFOS )
Dosagem: 30 ml/20Lde água
Repetir a aplicação no dia do Transplante
II = Para solo com baixa infestação
Pulverizar o colo das plantas imediatamente após o
Transplante com um dos produtos citados no item I, na
mesma dosagem.
Repetir, se ainda aparecerem plantas cortadas, 3 DAT. FRUTAL’2003
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LAGARTA ROSCA – Agrotis ipsylon.
LAGARTA LAGARTA ATACANDO UM CAULE
PUPA 2 – FORMIGAS Talvez a praga mais antiga seja a formiga. Mesmo depois de tantos anos, ainda se
constitui uma praga importante. Os danos são causados nos primeiros DAT. Perdas de
até 10%, em uma única noite, tem sido registrado. Ao menor descuido as formigas
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cortam as plantas recém transplantadas, cortando próximo ao solo. Uma planta de
tomate cortada por formigas não mais se recupera. Grande parte dos casos de replanta
são provocados pela ação de formigas.
A “formiga–de-roça” e a “formiga-de-ninho” , são as responsáveis pelas perdas em
tomateiros no Ceará.
Para o controle da formiga-de-roça o uso de inseticidas na formulação de iscas resolve o
problema. Ótimos resultados temos conseguido com uso da isca Blitz.
Para o combate à formiga-de-ninho os melhores resultados são as aplicações de
inseticidas líquidos, diretamente no “ninho”. Com o uso de Vexter/Astro/ Nufos(
Clorpirifos ) na dosagem de 30 ml/20L de água, as formigas são eliminadas. Utilizar um
pulverizador costal, sem o bico, somente com a lança.
Como medida auxiliar de alta eficiência, aconselhamos espalhar dentro e ao redor ( em
todo o perímetro ) da área plantadas, galhos de mandioca, que funcionam como atrativo
para a formigas. Elas dão preferência às folhas de mandioca. De tal modo que o
tomateiro não será atacado e permite localizar com facilidade os formigueiros, o que é
muito importante.
3- MOSCA BRANCA A mosca branca é atualmente a praga mais importante para a cultura do tomate. Os
danos diretos já são muito grandes. O dano indireto, muito mais sério, tem sido o
responsável pelos maiores prejuízos nas áreas cultivadas com tomate. Foi a primeira
praga a merecer do Governo Federal o “Alerta Fitossanitário Número 1”, por iniciativa do
CENARGEN ( Embrapa – DF )
Inúmeros seminários, simpósios, palestras e reuniões foram realizadas por todo o
País, para tratar especificamente da mosca branca.
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3.1– CLASSIFICAÇÃO ORDEM = Hemiptera FAMÍLIA = Aleyrodidae GÊNERO = Bemisia ESPÉCIES = Bemisia tabaci ( ou raça A )
Bemisia argentifolii ( ou raça B )
3 .2 DESCRIÇÃO Exclusiva para mosca branca Bemisia tabaci e Bemisia argentifolii. Outras
espécies de mosca possuem várias características diferentes, principalmente sobre
postura, ovos e ninfas.
A mosca branca não é uma mosca e nem branca. As moscas são da ordem
Díptera, a mosca branca é Hemíptera. O corpo da mosca branca é de cor amarela. O
nome vem da semelhança com uma mosca e em função das asas possuírem uma
camada de pó branco.
Adulto: É um pequeno inseto voador, sugador, de vôo rápido, que vive sob as
folhas, onde realiza sua postura, eclosão, desenvolvimento das ninfas e completa todo o
seu ciclo. Mede pouco menos de 1 mm, com as fêmeas um pouco maior que os
machos, quando são vistas em par, o macho é o menor, sendo facilmente visível a
diferença de tamanho. O corpo é de cor amarelada e as asas são recobertas por uma
fina camada de cor branca – de onde vem o nome. Atacam as plantas durante todo o dia.
Se deslocam nas plantas de forma ascendente, nas folhas mais velhas são encontradas
maiores quantidades de ninfas e nas folhas seguintes os adultos e ovos são mais
presentes. Quase sempre na mesma folha temos ovos, ninfas em todos os estádios e
adultos, o que detectamos é a presença maior ou menor de uma das fases. O ataque da
mosca branca acontece em qualquer idade da cultura. Em tomates transplantados nas
primeiras horas do dia, no final da tarde já são encontradas moscas brancas nas plantas.
Daí, a necessidade de tratamento preventivo no dia do transplante, conforme veremos no
item sobre controle dessa praga – que merece total atenção. A ausência de um controle
planejado e permanente, pode levar a níveis tão elevados do a praga, inviabilizando
totalmente a cultura.
É uma regra: nas áreas de tomate existem moscas branca. Um pequeno número de
adultos é suficiente para infectar uma grande quantidade de plantas, tendo em vista o FRUTAL’2003
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caráter migratório das moscas dentro de um mesmo plantio. Uma mosca transmite vírus
para várias plantas.
A população de adulto nos meses de chuva, em razão das condições climáticas
desfavoráveis, é reduzida consideravelmente.
Nos período secos ( sem precipitação pluviométrica ) é comum verificarmos
verdadeiras explosões populacionais da mosca branca.
A mosca branca prefere os meses de alta temperatura, baixa umidade relativa do ar
e ausência de chuva.
A presença de várias espécies de plantas cultivadas e/ou nativas em todos os
estádios é o ambiente ideal para a mosca branca.
O deslocamento da mosca branca segue o sentido dos ventos.
Ovo Postura na face inferior da folha de modo disperso, um ovo em cada local. Os ovos
eclodem com 5 a 7 dias (variando conforme a temperatura), tem formato piriforme ou
ovóide, cor branco-amarelado (mudando de cor, até atingir a cor marrom quando próximo
à eclosão), medem cerca de 0,2 mm, apresentando dificuldade para visualização a olho
nu, sendo mais prático o uso de uma lupa. Cada adulto fêmea da mosca branca, pode
pôr de 30 a 400 ovos. Ha relatos de que pode chegar a mais de 1.000 ovos por adulto.
Nas condições ideais de cultura e clima ( temperatura alta e baixa umidade relativa do ar
), a postura gira em torno de 300 ovos/fêmea.
Ninfa No primeiro ínstar é muito pequena ( 0,3 mm ), um pouco alongada e móvel e muito
ágil – se desloca alguns centímetros ( por poucas horas ), a procura do melhor local
para se fixar – a partir de então não mais se movimenta. No
segundo e terceiro ínstar são de formato oval levemente alongado, translúcidas e fixas,
medem entre 0,4 a 0,5 mm.
No quarto ínstar ( ou pupa ), muda de translúcida para opaca, evoluindo para cor
amarelada, aparecem os ocelos ( dois pontos de cor escura da parte frontal ), adquire
mais volume no corpo, medindo de 0,6 mm a pouco menos de 1 mm . Ao completar o
estádio de pupa, o adulto eclode por meio de uma fenda aberta na parte frontal-superior.
Após emergir, o invólucro fica preso à folha, podendo ser visualizado com facilidade, é FRUTAL’2003
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translúcido e apresenta a fenda ( que vista de frente tem a forma de um T ) de saída do
adulto.
3.3 – CICLO DE VIDA ADULTO = de poucas horas a 20 dias
OVO = 5 a 7 dias
NINFA = 15 dias
TOTAL DE DIAS = de 21 a 28 dias, em média, podendo ser de vida mais longa.
O ciclo de vida varia conforme a temperatura. Nos meses de temperatura mais
baixa, o ciclo é maior. Quanto mais quentes forem os dias, mais rápido o ciclo será
completado.
3.4 - DANOS: A) DIRETOS: Pelo fato de ser inseto sugador a mosca branca retira sua
alimentação da planta, sugando a seiva, debilitando a planta. Ao mesmo tempo que suga
a seiva, a mosca branca injeta toxinas e vírus. A presença de toxina é mais visível nos
frutos que ficam com aspecto esbranquiçados e sem sabor (o que chamamos de
isoporização ). As folha se enrolam para cima ( expondo a face inferior), ficam menores,
duras, sem brilho e ásperas.
As ninfas são altamente sugadoras de seiva. A alta população de mosca branca,
promove a retirada de grande quantidade de seiva. A grande densidade da mosca
branca eliminam substâncias açucaradas ( excrementos ) sobre o folhas e frutos, onde
se desenvolvem fumaginas. Com isso se forma uma camada de cor negra sobre folhas e
frutos, prejudicando a fotossíntese e dando aparência feia aos frutos ( em alguns casos
os produtores lavam os frutos para retirar a fumagina ) Basta imaginar que em uma
horta, sem controle de mosca branca, com 16.000 plantas ( 1 hectare ), com a população
de 10 adultos/planta , quantidade facilmente encontrada em hortas com infestação
média ( Já contamos cerca de 60 moscas adultas em apenas um folíolo de tomate ).
Teríamos cerca de 160.000 insetos sugando diariamente as plantas, considerando
somente os adultos, sem calcular as ninfas.
Não sendo realizado o controle, considerando:
a) o ciclo completo de 30 dias,
b) condições climáticas favoráveis,
c) hospedeiro ótimo ( que permite completar o ciclo ), FRUTAL’2003
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d) postura de 400 ovos/adulto ( máximo )
e) reprodução de 50% de fêmeas férteis ( igual a 200 fêmeas/ciclo )
f) das fêmeas férteis, somente 50% serão reprodução útil,
g) área de 1 ha ( 16.000 plantas ) com 10 adultos/plantas,
h) sem medidas de controle,
i) calculada com as plantas com 5 DAT, podemos projetar o crescimento populacional
das moscas, considerando uma taxa de crescimento de 25% do total de postura, para
cada ciclo.
1° Ciclo =Aos 5 DAT = 160.000 adultos
2° Ciclo = Aos 35 DAT = 160.000 x 100 = 16.000.000 moscas
3° Ciclo = Aos 65 DAT = 16.000.000 x 100 = 1.600.000.000 moscas
4° Ciclo = Aos 95 DAT = 1.600.000.000 x 100 = 160.000.000.000
Para uma horta de 16.000 plantas, considerando somente 4 ciclo da mosca branca
e uma infestação inicial de 10 adultos/planta. Os valores acima foram calculados visando
demonstrar a rapidez da evolução da praga, o quanto de seiva pode ser retirada e a
quantidade de excrementos açucarados que serão eliminados. Vale lembrar que em
uma mesma planta existem todas as fases: ovo, ninfas e adultos – com o ciclo sendo
completado todos os dias. O que justifica a importância atual da mosca branca no
mundo. Não causa nenhum espanto a formação de nuvem de mosca branca, em regiões
onde não foram adotadas medidas de controle.
B ) INDIRETOS: A transmissão de vírus do grupo Geminivirus, o dano indireto da
mosca branca, é muito mais grave que os danos diretos por ela provocados. Ver
detalhes dos sintomas no item Vírus. Pêlos dados abaixo podemos ter uma idéia da
agressividade do vírus no tomateiro.
GEMINIVÍRUS:
FAMÍLIA = Geminiviridea
GÊNERO = Bogomovirus
Principais Grupos = TYLCV ( Tomato Yellow Leaf Curt Virus)
TGMV ( Tomato Golden Mosaic Virus )
Vejamos um exemplo de Amostragem de Níveis de vírus em tomateiro no Ceará:
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96
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
LABORATÓRIO DE VIROLOGIA VEGETAL
PRESENÇA DE GEMINIVIRUS NO TOMATEIRO
ABSORÇÃO COM AMOSTRAS FOLIARES
MUNICÍPIO N° Plan SINTOMAS Média Min. Máx.
Guaraciaba 70 Lcurl, Lrl, Lrd, St, Fab 1,971 1,037 2,774
Ibiapina 15 Lcurl, Lrl, Lrd, St, Fab 1,732 1,497 2,149
São Benedito 23 Lcurl, Lrl, Lrd, St, Fab 1,695 0,967 2,240
Tianguá 32 Lcurl, Lrl, Lrd, St, Fab 1,570 1,204 2,129
Ubajara 58 Lcurl, Lrl, Lrd, St, Fab 2,098 0,947 3,418
Tomate sadio 10 - 0,253 0,215 0,298
Data do teste : 11 de junho de 1999
Lcurl – Leaf curl,
Lrl – enrolamento para baixo
Lrd – enrolamento para a direita
St – nanismo ( Stunt )
Fab – queda floral ( Flouver abscission )
Testes realizados por Prof. Dr. José Albérsio de Araújo Lima
Dr. Joaquim Torres Filho e Equipe da UFC.
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97
3.5 - DADOS SOBRE TRANSMISSÃO DE GEMINIVÍRUS:
TIPO : Persistente-circulativo
AQUISIÇÃO A mosca branca sadia adquire o vírus ao se alimentar de plantas infectadas, que
pode ser tomate ou qualquer outra espécie. O período de aquisição (tempo necessário
para a mosca branca adquirir o vírus) é de aproximadamente 15 minutos, se alimentando
de uma planta contaminada.
CIRCULAÇÃO O vírus no interior da mosca branca, após a aquisição, circula pelo seu corpo até
atingir as glândulas salivares – quando estará pronto para ser transmitido para uma
planta sadia. O período de circulação (ou período de latência) demora de 4 a 20 horas.
TRANSMISSÃO A mosca infectada transmite o vírus quando está se alimentando de uma planta. Ao
introduzir seu aparelho sugador (estilete) na folha da planta visando sugar a seiva (que é
seu alimento), a mosca branca ao mesmo tempo transmite o vírus e toxinas.
Enquanto durar a vida da mosca em fase adulta, ela estará transmitindo o vírus, período
que pode durar até 20 dias. Uma única mosca pode transmitir vírus para várias plantas,
tendo em vista seu movimento dentro de uma mesma horta.
Na Serra da Ibiapaba mosca branca somente iniciou a transmissão de vírus em
agosto de 1998, quando foram detectados os primeiros sintomas. Nessa época todos os
municípios já tinham alta incidência de mosca branca, provocando somente os danos
diretos. A evolução foi muito rápido tendo em vista que os produtores e técnicos da
região não acreditavam na agressividade e nos danos que a mosca branca poderia
trazer. Somente quando o mal já estava feito é que foram dar crédito, mas já era tarde –
a quantidade de mosca e a infestação de vírus estavam fora de controle.
No Ceará, consideramos impossível a erradicação (ou mesmo um controle eficaz)
da praga, antes da introdução de híbridos tolerantes, por vários fatores:
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98
I = A existência de plantios durante todo o anos, com plantas em todos os estádios de
vida (todos os dias são plantas novas hortas de tomate) Com plantios novos sendo
realizados vizinhos a hortas velhas – com mosca branca e viroses.
II = O cultivo de várias culturas hospedeiras, dentre elas o pimentão, repolho, abobrinha,
pepino, feijão, feijão vargem, couve, mandioca, beringela, maxixe, algodão, abóbora,
melancia, rosas e flores diversas.
III = Várias plantas nativas hospedeiras, com destaque para jurubeba roxa, jurubeba
branca, mata-pasto, taboquinha, babão, goiabinha, e muitas outras.
IV = O abandono de hortas com altas infestação de mosca e com 100% das plantas com
vírus. O produtor ao sentir que a sua horta está em situação de perda total, não erradica
de imediato as plantas. O que é pior, em muitos casos abandona totalmente o plantio,
passando vários dias para erradicar. No período em que o plantio ficou abandonado até
a erradicação (que pode levar até mais de 1 mês), as moscas ficam sem nenhum
controle e com a reprodução plena.
V = Infelizmente os hortas após a última colheita não são imediatamente erradicadas. Já
verificamos plantios que após a colheita ficam mais de 2 meses abandonados. Com as
brotações novas (local preferido pelos adultos da mosca branca) que surgem nas plantas
e com o grande número de ninfas e moscas adultas existentes, há uma explosão
populacional, sendo incalculável o número da praga.
VI = Falta de um programa de controle da mosca branca. Com a total falta de pesquisa e
sem Assistência Técnica os produtores não dispõem de um programa mínimo preventivo
de combate à mosca branca. Mesmo pela importância econômica dessa praga, nenhuma
medida foi adotada pelo governo Federal, Estadual e Municipal, visando manter a
pragas em níveis de danos econômicos mínimos. Cada produtor tenta controlar a praga
de um modo diferente. Erros graves foram e continuam sendo cometidos, seja no uso de
produtos sem eficiência, na dosagem errada, na falta de alternância de princípios ativos,
na preocupação somente com o inseto na fase adulta, na tentativa de controlar a praga
somente quando os níveis de danos são altos e visuais, etc, etc. Informações são
levadas aos produtores por pessoas não capacitadas, em geral orientações que mais
desorientam do que ajudam.
VII = A produção sem nenhum controle de mudas em estufas. Existem dezenas de
pequenos produtores de mudas, muitos sem nenhum conhecimento técnico. Não
realizam pulverizações contra a mosca branca. Não controlam o acesso de pessoas ao FRUTAL’2003
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99
interior das estufas. Mudas contaminadas com geminivírus são comercializadas
livremente. A produção e comercialização de mudas são realizadas sem nenhum
controle.
3. 6 - MEDIDAS DE CONTROLE: A mosca branca é uma praga que morre facilmente, mas de difícil controle, pelo seu
poder de reprodução rápida, alta ovoposição, completar o ciclo em várias plantas
cultivadas e nativas, além de usar outras tantas como hospedeiras-alimentar.
Somente um conjunto de Medidas de Controle permitem a manutenção em níveis
aceitáveis, vejamos as mais imprescindíveis:
1- Aquisição de mudas isentas de mosca branca – adultos, ovos e ninfas.
2- Isolamento da área a ser cultivada com plástico amarelo, pelo menos nos três lados
do sentido do ventos. O plástico deve ter altura mínima de 1,5 m, sendo pulverizado com
óleo lubrificante SAE 40, ou pincelado com graxa incolor + óleo SAE 40 . O uso de cola
especiais é ideal, no entanto o preço é muito elevado – sendo mais usado em culturas
mais nobres, exemplo da rosas, onde se usa a isca Tatoo. O que é também
recomendado para preparar armadilhas de monitoramento em campo e estufas.
3- Transplantar as mudas com idade mínima de 22 DAS, plantas com 28 DAS devem
ser preferidas, desde que tenham qualidade.
4- Fazer uma aplicação com inseticida do grupo químico Neonicotinóide nas bandejas,
no dia anterior ou no dia do transplante, exemplo Confidor, Saurus ou Actara.
5- Realizado o transplante, seguir um programa mínimo de controle da mosca branca,
de modo preventivo (mesmo porque a presença da praga é uma certeza).
6- Monitorar a região, sempre em busca de informação para determinar o grau de
infestação com geminivirus na região do plantio a ser realizado (ação preferencialmente
governamental).Com o resultado do dados, determinar intervalo de pulverização.
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100
3.7 - PROGRAMA DE PULVERIZAÇÃO O INTERVALO entre cada pulverização depende do risco em potencial (grau de
infestação de mosca branca virótica na região da horta a ser plantada).
Realizar o tratamento abaixo até 45DAT. Após 45DAT, reavaliar a situação da horta,
passando a usar no programa os inseticidas com curto período de carência.
Conforme a evolução quantitativa da presença de mosca branca, o intervalo deve ser
modificado. Se iniciado com intervalo pequeno, pode ser aumentado conforme a mosca
for diminuindo a incidência. Se for iniciado com intervalo maior, poderá ser reduzido se a
mosca branca aumentar a quantidade.
Nenhum programa de pulverização pode ser fixo. Os produtos, doses e intervalos de
pulverizações devem ser modificados conforme as necessidades periódicas,
considerando todos os fatores locais – clima, quantidade da praga, estádio e sanidade
geral das plantas, lançamento de novos grupos químicos e/ou princípios ativos,
disponibilidade de produtos no mercado e tipo de tomate cultivada.
O importante é monitorar, sempre no horário da manhã, entre 8 e 10 horas de cada
dia. Vistoriando 0,5% das plantas, a cada dia, até os 30DAT. Contagem aleatória
abrangendo toda a área plantada.
DADOS PARA DETERMINAR INFESTAÇÃO DE MOSCA BRANCA ADULTA EM
TOMATEIRO COM ATÉ 30DAT
CONSIDERANDO 0,5% DE PLANTAS PARA AMOSTRAGEM
ÁREA DE 1,0 ha.
Grau de infestação Soma de mosca
Gravíssimo > 150
Muito Grave 100 a 149
Grave 50 a 99
Medianamente grave 25 a 49
Levemente grave 5 a 24
Sob controle < 5
Em todo Programa de Pulverização alguns cuidados são indispensáveis:
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101
a) Alternar os grupos químicos
b) Alternar os princípios ativos, dentro de um mesmo grupo químico
c) Nunca usar dosagem inferior ou superior às recomendadas.
d) Nunca fazer misturas de muitos produtos, principalmente de inseticidas com
fungicidas e adubos foliares. Muitos produtos são incompatíveis. Somente realizar
misturas com orientação técnica.
e) O volume de calda recomendados deve ser aplicado. Bastante atenção com
pulverizações muito rápidas, que não fazem a cobertura necessária.
f) As pulverizações contra mosca branca, preferencialmente devem ser realizadas
visando praticamente somente a mosca branca e no período da manhã (quando
possível).
g) Muito atenção para o pH da Calda, os inseticidas possuem maior eficiência em pH
5,5. Quando necessário usar um redutor de pH. Exemplo: Compact Zinco, Redufol,
Wuxxal e Kempi, Control DMP.
h) O intervalo de pulverização deve ser determinado pelo grau de infestação, sendo o
intervalo de 3 dias para os casos de infestação gravíssima e 10 dias quando o grau de
infestação for levemente grave.
PROGRAMA DE PULVERIZAÇÕES PARA SITUAÇÃO DE INFESTAÇÃO DE VÍRUS
ALTÍSSIMA (QUADRO ATUAL DA IBIAPABA)
INTERVALO: 1 PULVERIZAÇÃO A CADA TRES DIAS:
Doses para 20 Litros de água
Pulverizar sempre com EPI.
EXEMPLO DE ALTERNÂNCIA DE GRUPOS QUÍMICOS:
1= Neonicotinóide (Cloronicotinil)
2= Fósforado sistêmico
3= Carbamato
4= Piridazona
5= Neonicotinóide (Cloronicotinil)
6= Fosforado + Piretróide
7= Piridil éter FRUTAL’2003
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102
8= Carbamato + Piretróide
9= Piridazona
10= Fosforado sitêmico + Piretróide
11 = Tiadiazin
EXEMPLO DE PROGRAMA DE PULVERIZAÇÃO:
1a Dia do Transplante :
Confidor = Dose 1 pacote de 30 gramas
Local : no colo das plantas
Volume de calda = 20 litros para 1500 plantas
2a : Orthene = 15 gramas
Local : Pulverização foliar
Volume de calda = 20 Litros para 4.000 plantas
3a : Methomex = 15 ml
Local : pulverização foliar por cima .
Volume de calda = 20 Litros para 4000 plantas
4a : Sanmite = 20 ml
Assist = 20 ml
Local : Pulverização foliar por cima e por baixo da folhas
Volume de calda = 20 Litros para 3000 plantas
5a : Saurus = 10 gramas
Local : Pulverização foliar normal
Volume de calda = 20 Litros para 3000 plantas
6a : Deltaphos = 20 cc
Local: pulverização normal
Volume de calda = 20 litros para 2500 plantas
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103
7a : Thiobel = 45 gramas
Applaud = 10 gramas
Local : Pulverização por baixo da folhas e nos cachos
Volume de Calda = 20 litros para 2000 plantas
8a : Sanmite = 20 cc
Assist = 20 cc
Local = por baixo das folhas
Volume de calda = 20 litros para 2000 plantas
9a : Orthene = 15 gramas
Meothrin = 8 cc
Local : Pulverização por cima e por baixo das folhas
Volume de Calda = 20 litros para 1500 plantas
10 a : Cordial = 15 ml
Local : pulverização normal na planta
Volume de Calda = 20 litros para 1.300 plantas
11 a : Thiobel = 45 gramas
Meothrin = 8 cc
Local : Pulverização por cima e por baixo das folhas, procurando atingir os cachos.
Volume de Calda = 20 litros para 1300 plantas
12 a : Capypso = 4 cc
Decis tab = 1 tablete para 50 litros de água
Local : pulverização por cima e por baixo
Volume de calda = 20 litros para 1000 plantas
13a :Cordial = 15 ml
Local : pulverização normal na planta
Volume de Calda = 20 litros para 1.000 plantas FRUTAL’2003
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14a : Deltaphos = 20 cc
Local: pulverização normal nas folhas
Volume de calda = 20 litros para 1.000 plantas
15 a : Orthene = 15 gramas
Sevin = 50 cc
Local = pulverização por cima e por baixo, atingir os cachos
Volume de calda = 20 litros para 800 plantas
16a : Applaud = 10 gramas
Thiobel = 45 gramas
Local : por baixo das folhas, atingir cachos
Volume de calda = 20 litros para 800 plantas
Em todos as aplicações utilizar espalhante adesivo (menos onde for aplicado Assist)
e um redutor de pH, de modo a manter o pH da calda entre 5 e 5,5.
A partir da 20a PULVERIZAÇÃO, avaliar a situação da horta, determinando
quantidade de mosca branca adulta por planta e percentual de plantas viróticas, Fazer
novo planejamento de pulverizações, tendo total atenção com a carência dos produtos,
não usar produtos com carência superior a 7 dias até aos 60 DAT. A partir de então
somente aplicar produtos com carência de no máximo 3 dias.
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105
MOSCA BRANCA – Bemisia argentifolii
OVOS E NINFAS NINFA 2° ÍNSTAR
NINFA 4° ÍNSTAR (PUPA) ADULTO
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106
4 – MINADORA A mosca minadora ou riscadeira do tamateiro não é praga principal. Porém em
algumas regiões e em alguns meses tem causado danos econômicos.
A destruição das folhas promove redução de produção.
Classificação Ordem: Díptera
Família: Agromyzidae
Gênero : Liriomyza
Espécie: Liriomyza huidobrenses , Liriomyza sativa
Descrição O adulto da Minadora é uma pequena mosca, com cerca de 2 mm, de corpo preto
com manchas brilhosas, com as asas transparentes . De vôo rápido, gosta de pousar
sobre varas, arames e barbantes. Realiza a postura nas folhas, onde abre minúsculas
cavidades para depositar o ovos (um por cavidade), sempre iniciando a postura nas
folhas mais velhas. A cavidade é chamada de puncturas. A larva é de cor creme-
amarelada, pequena , ápode, de corpo liso e de alimenta da folha abrindo uma galeria. A
galeria é inicialmente fina, aumentando de largura conforme o desenvolvimento da larva,
observando atentamente, serão vistas dentro da galeria pontuações negras, que são as
feses da larva. Para emergir da folha a larva abre uma pequena fenda no final da galeria.
Fotos na página 102.
Ciclo de Vida A mosca minadora completa o ciclo em período que varia conforme as condições
climáticas. Nos meses de temperatura alta e umidade relativa do ar baixa, o ciclo é mais
curto girando entre 19 e 25 dias. Nos meses de precipitação pluviométrica e baixa
temperatura pode chegar aos 40 dias.
Para cada estádio, em média:
Ovo = eclode com 2 dias
Larvas = 4 dias
Pupa = 9 dias
Adulto = vários dias FRUTAL’2003
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Danos Plantas fortemente atacadas pelas larvas da minadora, sofrem alta redução de área
foliar verde. Como conseqüência a Fotossíntese é prejudicada, com redução da vida da
planta, menor produtividade e qualidade dos frutos. A redução foliar, expõe os frutos à
ação do sol. Perda superiores a 20% já foram constatadas em plantios com alta
incidência de minadora, principalmente no município de Croatá, Serra da Ibiapaba, Ce.
Por outro lado, folhas minadas são portas de entrada de bactérias. Em cultivo protegido
tem sido praga preocupante .
Controle
A minadora não é uma praga de controle difícil. Existem inseticidas com alta
eficiência.
Específico: Trigard
Dose = 3 gramas/ 20 L de água
Ação : sobre as larvas
Não Específico: Vertimec/Abamex
Dose = 20 ml/20L de água
Ação : larvas
Thiobel
Dose = 45 g/20L de água
Ação : larvas
Orthene
Dose = 15 gramas/20 L água
Ação : Adulto / larva
Meothrin
Dose = 6 a 8 ml/20L água
Ação : adulto / larva
Cascade
Dose = 8 ml/20L de água
Ação: ovicida e larva inicial
Armadilhas : Colorida
Atrativo cor : amarela
Apreensão : Cola isca Tatoo FRUTAL’2003
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108
Graxa branca/amarela
Óleo lubrificante SAE 90
Para um controle eficiente, aconselhamos:
1° - Iniciar a pulverização logo no surgimentos da primeiras
puncturas e minas iniciais.
2° - Primeira Pulverização: Cascade + Orthene
3° - Segunda Pulverização: Vertimec/Abamex ,2 dias depois da 1a .
4° - Terceira Pulverização: Thiobel + Meothrin, 5 dias após a 2a
5° - Quarta Pulverização: Trigard + Orthene, 5 dias após a 3a .
6°- Quando necessário associar produtos com modo de ação diferente, que controlem a
praga em estádios diferentes:
Ex.: Cascade + Vertimec/Abamex
Cascade + Orthene
Trigard + Cascade
Trigard + Thiobel
Trigard + Meothrin
Trigard + Orthene
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MINADORA – Liriomyza spp
LARVA EM FOLHA DE TOMATE
PUNCTURAS EM FOLHA DE TOMATE
LARVA EM PLANTA DANINHA
ADULTO
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110
5 - TRAÇA DO TOMATEIRO Dentre as várias pragas do Tomateiro, a Traça é classificada como uma das pragas
chaves. Dependendo da região e do clima, é a praga principal. O certo é que tomateiro
cultivado em qualquer local , em qualquer época do ano e independente do nível de
tecnologia usado, a Tuta absoluta estará sempre presente, em maior ou menor grau de
infestação. A pesquisa pública, as empresas produtoras de defensivos, os técnicos de
campo e os produtores têm dedicado boa parte de seus tempos na busca do controle
dessa praga. Pela sua importância como praga de danos diretos, os esforços são
enormes visando diminuir as perdas de produção e diminuir os custo de controle da traça
do tomateiro. Por outro lado, o comportamento errado (muitas vezes por pura ignorância) da
maioria dos produtores e de muitos técnicos (sem ética profissional, visando somente
atingir cotas de vendas) tem provocado o rápido surgimento de gerações de Tuta
absoluta com, resistência a inseticidas altamente eficientes – destruindo anos de
pesquisas e de investimentos. Em muitos casos a explosão populacional de gerações
resistentes, leva a prejuízos enormes – inviabilizando totalmente o controle da praga,
seja pelo alto custo direto na aquisição e aplicação de defensivos, pela baixa eficiência
dos mesmo, ou pela soma dos dois fatores.
Nos meses de alta temperatura – período de Julho a Dezembro – a presença da
traça é maior, superando os danos provocados por broca pequena, minadora, micro-
ácaro e outras pragas (somente a mosca branca consegue superar a traça).
A traça é uma praga da parte aérea do tomateiro, danificando caule, folhas e frutos.
CLASSIFICAÇÃO ORDEM: Lepidóptera
FAMÍLIA: Gelechiidea
GÊNERO: Tuta
ESPÉCIE: Tuta absoluta , Meyrick
NOME ANTERIOR: Scrobipalpuloides absoluta
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111
DESCRIÇÃO A) Ovo : Os ovos são muito pequenos, medindo menos de 1 mm, quando novos
possuem a coloração amareladas, evoluindo para avermelhado quando estão próximo a
eclodir. Em média cada fêmea põe 200 ovos, podendo ser mais ou menos em função
das condições climáticas, apostura será maior nas épocas mais quentes.
B) Larva: Por ser um Lepidoptero, as larvas da traças são lagartas que se movimentam
na parte aérea das plantas. De tamanho pequeno, variando entre 6,5 a 7,5 mm de
comprimento, com pouco mais de 1mm de largura. Quando o ataque é no “olho da
planta” (broto de crescimento) será visto somente uma lagarta se alimentando em cada
broto. Porém, nas folhas e frutos podem ser várias lagartas atacando ao mesmo tempo.
As larvas são de cor verde, com cabeça escura, apresentando um anel de cor escura no
primeiro segmento, como se fosse um colar.
C) Crisálida: a traça pode empupar em vários locais: - dentro das galerias formadas nos ponteiros,
- nas folhas,
- nas galerias dos frutos,
- no solo
Existem dois tipos de pupas. a) Pupa nua: quando realizada no solo ou sobre lesões abertas nos frutos, b) Pupa em casulo: quando realizada sobre as folhas ou nas galerias do caule. D) Adulto: Trata-se de uma pequena mariposa, portanto com hábito de realizar a
postura ao entardecer, indo até ao amanhecer do dia seguinte. Durante o restante do dia,
se esconde sob as folhas do tomateiro, somente voando se for provocada. O vôo é
curto e rápido, saindo de uma planta para outra, sempre em busca de abrigo. A cor do
adulto da traça do tomateiro é cinza, com muitas pintas escuras sobre as asas, o que a
torna inconfundível. Quando medida da ponta de uma asa à ponta da outra asa mede
aproximadamente 1 cm; medindo da cabeça até a outra extremidade (ovopositor), mede
aproximadamente 6 mm.
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112
CICLO BIOLÓGICO
OVO
4 DIAS, Podendo variar de 4 a 7 dias., dependendo das condições climáticas
LARVA: 14 DIAS
CRISÁLIDA: 8 DIAS
ADULTO: 22 DIAS
TOTAL DE OVO A ADULTO : 26 A 30 DIAS
COMPORTAMENTO O adulto da traça é uma mariposa, portanto, com hábito crespuscular-noturno-
auroral.
A postura é realizada em várias partes da planta: ponteiros, folhas e frutos, com
ovos sendo distribuídos individualmente e de forma aleatória.
As larvas, estádio da praga que causa danos, podem atacar os ponteiros, frutos e
folhas, vejamos os sintomas:
Nos ponteiros, formam galerias no sentido descendente, destruindo a gemas de
crescimento da plantas (em geral para cada ponteiro atacado, existe uma larva de traça).
Uma planta nova (com até 15 DAT) que é atacada no ponteiro principal perde a
capacidade de crescimento, ficando inutilizada. Em alta infestação de traça nos
ponteiros, o plantio poderá ser totalmente prejudicado, sendo os danos irreversíveis.
A identificação de ponteiros atacados é fácil pela presença de fezes, a formação
da galeria (de cima para baixo), a existência da larva e a morte do ponteiro são
inconfundíveis, de visualização rápida e fácil.
Vale lembrar que é a única praga que ataca e danifica o ponteiro do tomate.
Nas folhas, locais preferidos pelas larvas, formam galerias de forma
desorganizadas, largas e com presença de muitas fezes de cor preta. Em ataque inicial,
poderá existir confusão de identificação, com a minadora (Liriomyza). No entanto, vale
saber que as galerias formadas pelas minadoras são mais finas, praticamente não se
visualiza as fezes e de formato mais regular – iniciam muito finas e aumentam a largura
progressivamente (dando a impressão de uma estrada com algumas curvas). Quando
comparamos as larvas de traça com a larva da Liriomyza as diferenças são claras, basta
ler a descrição de ambas. A traça do tomateiro é mais destrutiva. Em alta incidência FRUTAL’2003
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113
provoca a queima total das folhas, dando a impressão de a planta ter sido queimada por
fogo ou herbicida, expondo totalmente os frutos ao sol.
Nos Frutos, onde os danos são maiores e diretos, as larvas preferem se alimentar
na inserção do cálice. No início do ataque poderá passar desapercebido, tendo em vista
serem as larvas muito pequenas e ficarem encobertas pelas sépalas (pequenas folhas
do pedúnculo do fruto). Daí, a necessidade de vistoriar cuidadosamente os cachos,
principalmente em regiões de alta incidência e nos períodos mais favoráveis – meses
quentes (alta temperatura e baixa umidade do ar). As larvas se alimentam por cima dos
frutos (diferente da broca pequena, a traça não penetra para o interior dos frutos),
formando galerias superficiais, deixando um rasto de fezes de cor escura. Quando os
cachos possuem os frutos juntos, um tocando o outro, a larva ataca exatamente no local
onde os frutos se tocam, destruindo os dois frutos de uma só vez – este fato é muito
comum em frutos de tomates de crescimento determinado: os tomates rasteiros. Vale
lembrar que a destruição dos frutos só é constatada em nível de danos econômicos, nos
plantios mal conduzidos, onde o produtor não monitora sua área, e somente adota
medidas de controle quando visivelmente os danos são muito elevados. Em geral os
primeiros sintomas da presença da traça é nas folhas, servindo de alerta para o
produtor. No entanto, não é regra. Muitas vezes as primeiras larvas são vistas nos
ponteiros. Os frutos são atacados posteriores às folhas e ponteiros. As larvas serão
encontradas nos lados e na parte de cima dos frutos, dificilmente elas atacam a
parte inferior dos frutos. DANOS
Por ser uma praga que ataca várias partes da planta, a traça provoca danos
diferentes, conforme a região atacada.
a) Danos nos ponteiros: ao atacar os ponteiros, tornando as planta “cegas” e
paralisando o desenvolvimento natural, em muitos casos é necessário a erradicação da
área e plantar novas mudas. Já verificamos danos de até 80% de uma área de tomate,
sendo anti-econômico cultivar somente 20% da área. Quando o cultivo é realizado com
tomates do tipo Longa Vida, sementes híbridas de alto custo, os prejuízos são muito
elevados, devendo ser levado em consideração todos os outros custos: preparo do solo,
adubação, irrigação, pulverizações, etc. Pelo exposto, devemos ter o máximo de
cuidados para ao surgimentos das primeiras larvas de traça nos ponteiros, FRUTAL’2003
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114
imediatamente adotar medidas de controle, independente do dia da semana. Ver em
Medidas de Controle.
b) Danos nas folhas: a destruição parcial ou total das folhas, reduz a fotossíntese – com
redução do tamanho dos frutos, consequentemente menor produção e produtividade Em
alta infestação a paralisação das atividades da planta é total, inibindo o crescimento dos
frutos. A exposição dos frutos ao sol, pela falta de folhas, reduz em muito a qualidade e
quantidade de frutos comerciais. Ao mesmo tempo, as galerias abertas são portas de
entrada de bactérias.
c) Danos nos frutos – sendo o dano direto no produto a ser comercializado, a presença
de larvas de traça nos frutos, pode levar a perdas de até 100% da produção. São muito
comuns os casos de perdas em torno de 20% da produção. Quando os danos da traça
estão associados aos provocados pela broca pequena, os percentuais chegam
facilmente a 50% da produção. Vale destacar que são perdas de frutos já produzidos,
portanto, com todos os custos já realizados. O produtor não deixar de ganhar por não
produzir, efetivamente ele perde a produção já feita.
CONTROLE Para o controle eficiente da traça várias medidas precisam ser adotadas:
a) uso de feromônio,
b) uso de trichogramma
c) uso de defensivos químicos específicos,
d) erradicação e destruição de restos culturais
Sobre o uso de feromônio e trichogramma ver capítulo específico, vale lembrar que
são indispensáveis para o controle eficiente da traça. Devendo se complementado com
outras medidas.
Controle com uso de defensivos químicos:
Um bom programa de controle de traça, passa pela alternância de princípios ativos,
usando sempre produtos de alta eficiência. Nunca repetir o mesmo princípio ativo
seguidamente. Vale lembrar que o importante não é o preço do litro do produto, mais a
eficiência do controle.
Vejamos um exemplo de programa de controle da Traça:
FRUTAL’2003
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115
1a Aplicação: Pirate = 15 ml
+ Xenthari = 20 gr
2a Aplicação: Atabron = 20 ml
+ Xenthari = 20 gr
3a Aplicação: Thiobel = 45 gr
+ Meothrin = 5 cc
4a Aplicação: Vertimec/Abamex = 20 ml
+ Xenthari = 20 gr
O intervalo de aplicação está diretamente relacionado ao grau de infestação.
Infestação alta = a cada 3 dias uma aplicação
Infestação média = a cada 4 dias uma aplicação
Infestação inicial = a cada 5 dias uma aplicação.
O intervalo entre as aplicações deverá ser aumentado conforme for diminuindo o grau de
infestação. Ter o cuidado de direcionar o bico do pulverizador para a região mais
atacada, realizando uma boa cobertura – ponto de escorrimento. Não realizar
pulverizações sem a presença da traça, os inseticidas são fisiológicos (precisam entrar
em contato com a larva) ou biológicos (necessitam ser absorvidos no ato da praga de
alimentar). O Thiobel tem ação ovicida, sendo muito útil quando a quantidade de ovos for
elevada, evitando a eclosão da larva.
A traça é uma praga que precisa ser eliminada com rapidez, eficiência e no início da
infestação.
O monitoramento permanente da área cultivada é de primordial importância,
fornecendo dados para a tomada de decisão do momento e dos produtos a serem
pulverizados.
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TRAÇA DO TOMATEIRO – Tuta absoluta
LARVA NO FRUTO LARVA MENOS DE 1 cm
FRUTOS DANIFICADOS
TRAÇA NA FOLHA DANO MAIOR
MINADORA NA FOLHA DANO MENOR
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6- BROCA PEQUENAS DOS FRUTOS A Broca Pequenas dos Frutos é a principal praga do tomateiro cultivado no período
chuvoso, no Estado do Ceará. Os maiores danos na produção são decorrentes das
perdas de frutos furados, provocados pela broca pequena, com perdas que vão de no
mínimo 20% até 80%. No período chuvoso (Dezembro a Junho) é quando esta praga é
a maior preocupação e o maior volume de defensivos são direcionados para seu
controle.
CLASSIFICAÇÃO
ORDEM: Lepidoptera
FAMÍLIA: Pyraustidae
GÊNERO :Neoleucinodes ESPÉCIE : N. elegantalis, Guenée CICLO BIOLÓGICO Ovo: 3 a 5 dias
Larva: 28 dias
Pupa: 17 DIAS
Adulto : 10 DIAS
TOTAL DE OVO A ADULTO : 48 a 50 dias
DESCRIÇÃO Ovo : os ovos da broca pequena são encontrados principalmente sobre os frutos,
geralmente a postura é realizada sobre o meio ou ombro dos frutos. Poderão ser
encontrados ovos sobre a flor. No local da postura os ovos estão sempre agrupados,
girando em torno de 3 a 7 ovos juntos, formando uma pequena fila de pequenos ovos de
cor branco-creme. Os produtores costumam chamar de “lêndea dos frutos “, pelo fato de
apresentar semelhanças com a lêndea-do-piolho humano, ao ser pressionado por uma
unha.
Larva: Ao eclodirem as larvas penetram nos frutos pequenos, com menos de 10
mm de diâmetro. Nos frutos maiores as larvas não penetram, a película dos frutos
apresentarem resistência suficiente ao ataque da praga. Os frutos apresentam na parte
externa um pequeno ponto preto – correspondente ao local da entrada de cada larva. Já FRUTAL’2003
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118
tivemos a oportunidade de contar cerca de 32 pontuações em um único fruto. Porém, um
única larva é suficiente para danificar um fruto. No interior dos frutos as larvas se
desenvolvem (destruindo totalmente a placenta do fruto), por um período médio de 28
dias, findo o qual elas saem dos frutos – seguindo o mesmo caminho de entrada. Existe
o canibalismo entre as larvas, onde as mais fortes devoram as menores. Em função do
canibalismo a relação de larvas que entram e as que saem dos frutos é de 5 x 1, esta
relação poderá ser maior – dependendo da quantidade de larvas existente. Inicialmente
as larvas são de cor verde claro, próximo a deixarem os frutos a cor muda para róseo.
Pupa: Após deixarem os frutos, as larvas procuram o solo para empupar. As pupas
ficam à profundidade de 3 a 5 cm, podendo ser encontradas com certa facilidade,
escavando próximo ao pé de tomate - que apresente frutos furados pela larva da broca
pequena.
Adulto: É uma mariposa, portanto com hábito de postura que vai do entardecer ao
amanhecer do dia seguinte. Nos períodos de maior incidência da broca pequena, os
ovos são encontrados com muita facilidade, sobre os fruto, em vistoria no horário entre
8horas e 10horas da manhã. A mariposa mede cerca de 2,5 cm de ponta a ponta das
asas. O corpo até 1,5 cm, com cor variando de creme a marrom claro. Asas de cor
branca, tem uma característica que facilita sua identificação: a presença de uma mancha
de cor marrom em cada asa. Durante a vida de adulto a mariposa põe até 120 ovos (em
geral variando de 30 a 120 ovos por fêmea),o que consideramos um nível de postura
médio (quando comparado com outras pragas).
CONTROLE O controle da broca pequena dos frutos é o mais difícil em tomate. Somente um
conjunto de medidas aplicadas ao mesmo tempo, podem ser eficientes.
Temos adotado o seguinte procedimento:
1° - Uso de armadilhas com feromônio, sendo o método mais eficiente no combate
ao adulto da broca pequena. Ver detalhes em capítulo específico sobre o uso de
feromônio.
2° - Distribuição de ovos de trichogramma. A eficiência do trichogramma,
parasitando os ovos de broca pequena e traça do tomateiro, é indiscutível.
Ver detalhes no capítulo sobre uso de trichogramma.
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119
3° - Pulverização semanal nos cachos. Usando produtos de alta eficiência sobre os
ovos e larvas da broca pequena, com jato dirigido para os cachos (bico invertido: de
baixo para cima), com volume de calda em torno de 1200 litros de calda por hectare –
quando plantas com mais de 60DAT - , promovendo uma cobertura bem feita de todos os
cachos. Ver abaixo relação de produtos e doses.
4° - Cultivo em estufa, com tela nylon tipo sombrite 50%, fechando as laterais da
estufa.
Com o cultivo em estufa (principalmente nos meses de chuva), o controle da broca
pequena é facilmente realizado, tendo em vista a mariposa dificilmente passar pela tela
de nylon. Em estufa o uso de inseticidas é mínimo. Monitorando pelo uso das armadilhas
de feromônio e da presença de ovos nos frutos, podemos realizar pulverizações com
intervalo de 15 dias ou mais.
PRODUTOS PARA CONTROLE DE BROCA PEQUENA
DOSES PARA 20 LITROS DE ÁGUA
USAR ESPALHANTE ADESIVO E REDUTOR DE Ph\
THIOBEL (Cartap)= 45 gramas Ação ovicida e larvicida
METHOMEX/LANNATE (Methomyl) = 20 ml Ação ovicida e larvicida
SEVIN (Carbaryl)= 40 ml Ação sobre larvas
MEOTHRIN (Fenfopathrin)= 5 ml Ação sobre larvas e adultos.
FASTAC (Alfacipermethirna) = 3 ml Ação sobre larvas e adultos.
DECIS TAB (Deltamethrin) = ½ tablete = Ação sobre larvas e adultos.
PULVERIZAÇÕES:
- UMA PULVERIZAÇÃO SEMANAL específica para os cachos.
- ALTERNAR:
1a = THIOBEL + MEOTHRIN
2a = METHOMEX + DECIS TAB
3a = SEVIN + FASTAC
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BROCA PEQUENA DOS FRUTOS - Neoleucinodes elegantalis
ADULTO MACHO
FRUTO DANIFICADO INTERNAMENTE
FRUTO FURADO
OVOS NO FRUTO LARVAS DA BROCA PEQUENA
MANCHA DA ASA
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7 – MICRO –ÁCARO Das sete pragas aqui descritas, o micro-ácaro ou ácaro do bronzeamento do
tomateiro é a de menor importância, tendo em vista ser a que causa menos danos
econômicos na cultura.
Porém, não deixa de ter a sua importância como praga individual, ou quando
analisada no conjunto de pragas e doenças da cultura do tomate. Quando realizado seu
controle, nenhum prejuízo é verificado, por outro lado, em plantios mal conduzidos pode
haver perdas de produção.
CLASSIFICAÇÀO ORDEM – Acari
DAMÍLIA – Eryphidae
GÊNERO – Aculops
ESPÉCIE – Aculops lycopersici
DESCRIÇÃO O ácaro do bronzeamento do tomateiro é um micro-ácaro – individualmente visível
somente com uso de lupa de aumento de 50X. Atacam o tomateiro em colônia de
milhares de ácaros por planta, o que facilita sua identificação rápida e precisa no campo,
mesmo sem uso de qualquer lente de aumento. Nenhuma outra praga apresenta
características semelhantes às do Aculops lycopersici.
É uma praga que ataca inicialmente o caule da planta de modo ascendente. As
folhas e frutos também podem ser atacadas, desde que não seja realizado o controle
logo no início do surgimento no caule.
Quando surgem os primeiros micro-ácaros, o caule do tomateiro apresenta
pontuações amarelas, que ao receberem a luz do sol brilham – semelhante a pontos cor
de ouro. Para identificar o micro-ácaro, basta afastar as folhas e deixar o sol atingir o
caule, estando presentes, os ácaros brilham intensamente.
Com a continuação do ataque, os ácaros mudam de amarelo para o bronzeado e
negro – na fase final. Em geral na base do caule a cor é mais escura (bronzeado ou
negro), sendo nas partes mais novas (ponta do caule, folhas e frutos) de cor amarelo.
Em alta infestação prejudica a fotossíntese , poderá provocar a queda de flores
(casos raros) e recobre os frutos, tornando imprestáveis para comercialização. FRUTAL’2003
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CLIMA O micro-ácaro do tomateiro é uma praga típica dos meses quente (período com alta
temperatura e baixa umidade do ar). Nos meses de transição de inverno (período com
chuva) para o verão (período sem chuva), o que corresponde aos meses de maio e
junho, o ataque do micro-ácaro aumenta rapidamente. Nos meses com quase total
ausência de chuva (período de julho a novembro) é necessário bastante cuidado com
possibilidade de uma explosão da populacional do micro-ácaro. Por outro lado, ao iniciar
o período chuvoso (meses de Dezembro e Janeiro), existe uma redução na incidência
desta praga. Quando a época chuvosa se consolida (meses de fevereiro até abril) o
ácaro do bronzeamento praticamente desaparece.
Pelo exposto podemos concluir que o A. lycopersici é uma praga de transição de
período chuvoso para seco e de meses secos.
CONTROLE Para controlar o micro-ácaro existem produtos de altíssima eficiência, até porque é
um ácaro de fácil controle. Diferente de muitos outros ácaros fitófagos.
Pulverizar com:
Vartimec ou Abamex = 15 ml / 20 litros de água
Em qualquer época do ano.
Kumulus/Thiovit (Enxofre) = 40 gramas/20 litros de água
Somente em dias de baixa umidade relativa do ar e sem possibilidade de chuva.
Geralmente uma pulverização a cada 15 dias é suficiente.
Quando for pulverizar com Abamectin (Abamex ou Vertimec) para o controle de
traça, ao mesmo tempo estará realizando o controle do micro-ácaro.
Em alguns casos serão necessárias pulverizações específicas para o controle do
ácaro do bronzeamento.
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M ICRO-ÁCARO OU ÁCARO DO BRONZEAMENTO - Aculops lycopersici
ATAQUE COM GRAVIDADE
INICIO DO ATAQUE
PERDAS DE
FRUTOS
FOTO MICROSCÓPIO
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CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS EM TOMATEIRO A cada dia o controle das pragas e doenças se torna um desafio maior, principalmente
pêlos fatores abaixo relacionados:
a) o crescente surgimentos de pragas resistentes aos defensivos químicos,
b) fungos e bactérias criando resistências a fungicidas e bactericidas;
c) o crescimento da área cultivada, com fortíssima redução da vegetação nativa –
eliminando a área de sobrevivência em equilíbrio de muitas pragas;
d) mudanças climáticas ao longo dos anos, muitas vezes o clima é uma grande
indefinição: ora chove em excesso, noutros dias total falta de umidade; dias muito
quentes e noites de baixa temperatura – favorecendo às pragas e doenças;
e) a necessidade de produzir alimentos de melhor qualidade externa e interna, para
atender a um mercado consumidor mais exigentes;
f) o alto custo de produção, com grande participação dos defensivos no custo total da
produção;
g) a necessidade de se buscar, ao mesmo tempo, a máxima produtividade, menor
custo, qualidade visual dos frutos (qualidade externa), ofertar alimentos com teores de
defensivos aceitáveis (dentro dos limites pré-estabelecidos);
Diante do exposto, as medidas de controle de pragas de doenças precisam ser
adotadas de forma conjunta. Há a urgente necessidade de trabalharmos o controle
fitossanitário com uma nova visão. O uso de defensivos agrícolas não pode ser encarado
como a única medida a ser adotada.
Dentre as medidas de controle de pragas e doenças, temos:
1- Armadilhas luminosas.
2- Armadilhas com feromônio.
3- Barreiras mecânicas: telas de nylos, cercas de palha, cercas plásticas.
4- Legais: Leis e barreiras fitossanitárias.
5- Educativas: cursos, palestras, formação de profissionais.
6- Defensivos químicos, produtos e técnicas de aplicação.
7- Defensivos naturais.
8- Pedradores naturais.
9- Monitoramento.
10- Equilíbrio Nutricional.
11- Genéticas. FRUTAL’2003
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Algumas das medidas possuem suas limitações. No entanto, devemos aproveitar o
maior número possível de medidas disponíveis. Com o uso equilibrado e responsável de
cada medida – aproveitando ao máximo os benefícios de cada uma podemos adotar o
MIP (Manejo Integrado de Pragas) e o MID (Manejo Integrado de Doenças).
Das onze medidas citadas, o Uso de ARMADILHA COM FEROMÔNIO E A
DISTRIBUIÇÀO DE TRICHOGRAMMA, são duas que estão ao dispor de qualquer
produtor rural, são de fácil aplicação, de baixo custo e altíssima eficiência.
Vamos falar de cada uma separadamente, mas lembrando que devem ser usadas ao
mesmo tempo, sem esquecer os outros métodos de controle.
USO DE FEROMÔNIO CONCEITO Feromônio é o atrativo sexual femenino naturalmente expedido pêlos insetos, para
atrair o parceiro masculino, visando o ato sexual e a reprodução como conseqüência.
A produção de FEROMÔNIO em laboratório, em escala comercial é um prática
antiga, mas de uso recente no Brasil, estando limitado aos produtores mais tecnificados.
Tal fato tem sido registrado simplesmente pela falta de divulgação dos benefícios do
controle biológico das pragas.
FINALIDADE A utilização de Feromônio visa capturar os insetos machos e adultos (supressão) de
modo seletivo, isto é, cada feromônio é atrativo de uma única praga. De tal modo, haverá
uma redução imediata e altamente significativa do número de ovos da praga alvo. Menos
ovos, significa menor número de larvas danificando a cultura. Eliminado os insetos adulto
do sexo masculino, as fêmeas irão morrer virgem – sem produção de ovos.
Ao mesmo tempo, por meio da contagem de insetos capturados realizamos o
monitoramento da praga, ver dados sobre o monitoramento das pragas, neste capítulo.
APLICAÇÃO Feromônio é fornecido em evaporadores plásticos, que devem ser distribuídos sob
proteção de armadilha. A armadilha protege o evaporador e realiza a captura do inseto.
O feromônio é o atrativo.
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126
Conforme as condições climáticas (que determinam a maior ou menor pressão de
cada praga),calculamos o número de feromônio, a ser distribuído na área cultivada.
Para o Tomateiro, recomendamos:
NÚMERO DE ARMADILHAS I = PARA A BROCA PEQUENA (Neoleucinodes elegantalis):
• NO PERÍODO CHUVOSO Ou quando a pressão da Praga for ALTA.
MÍNIMO de 1 Armadilha para cada 200 plantas, ou seja 5 armadilha por 1000 plantas.
• NO PERÍODO SEM CHUVA Ou quando a pressão da praga for BAIXA.
1 Armadilha para cada 400 plantas, ou seja 5 armadilhas por 2000 plantas
II = PARA A TRAÇA (Tuta absoluta)
• NO PERÍODO CHUVOSO ou com BAIXA pressão da praga.
- 1 armadilha para 500 plantas.
• NO PERÍODO DE ALTA TEMPERATURA, ou com ALTA pressão da praga
Mínimo de 1 armadilha para 330 plantas, ou seja 3 armadilhas por 1000 plantas.
Quando falamos de quantidade mínima, lembramos que quanto maior for a pressão
da praga, maior deverá ser quantidade de armadilhas, não sendo necessário mais do
que uma armadilha para cada 100 plantas.
POSIÇÃO DAS ARMADILHAS A distribuição das armadilhas deve obedecer algumas normas, sendo importante:
1° - A primeira linha de armadilha deve ficar no limite do plantio, do lado de entrada da
corrente de ar (favorável ao vento).
2° - A distância entre as linhas seguintes de armadilha será entre 15 e 20 m.
3° - A distância entre cada armadilha (na linha) deve ser de 7 a 10 m.
4° - A disposição em triângulo.
ALTURA DAS ARMADILHAS O fundo da armadilha deve ficar sempre à altura do topo da planta, devendo ser
levantada pelo menos uma vez a cada 15 dias.
Altura usada, para tomate envarado, plantio de campo:
1a Posição = à 30 cm do solo
2a Posição = à 60 cm do solo FRUTAL’2003
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3a Posição = à 100 cm do solo
4a Posição = altura máxima (no arame de condução). Mantendo as armadilhas com
altura superior ao topo das plantas, melhoramos a circulação do feromônio dentro da
área, facilitando a captura dos insetos.
Conforme a disponibilidade de tempo e pessoal, levantar as armadilhas uma vez
por semana é melhor.
Para o tomate de crescimento determinado, conforme o método de condução e a
variedade, determinar o período de levantar e a altura das armadilhas, sempre levando
em consideração que o fundo da armadilha deverá ficar um pouco acima do topo (olho)
das plantas.
Nos cultivos em estufa, onde usamos armadilhas externas e internas, a altura de
cada armadilha, segue o mesmo critério: sempre acompanhando o crescimento das
plantas, com altura mínima igual à altura das plantas.
MODELOS DE ARMADILHAS Existem vários tipos de armadilhas, de formatos e mateiras diversos.
O modelo que vamos descrever a seguir, é muito prático, de baixo custo e de
eficiência altíssima, podendo ser montado por qualquer pessoa.
Montagem de armadilha (Modelo Macapá) para captura de insetos, com uso de
feromômio..
Material : Para uma Armadilha:
- 02 pratos de plástico medindo 8 polegadas (20 cm)de diâmetro interno e 2
polegadas (5 cm) profundidade, com capacidade (volume) de 1 litro .
- 3 pedaço de arame galvanizado número 16, medindo 11 cm cada.
- 1 pedaço de arame galvanizado numero 18, medindo 20 cm.
Montagem:
a) furar os pratos, em três pontos, em forma triangular (furando os dois ao mesmo
tempo, de modo que os furos fiquem eqüidistantes);
b) furar um dos pratos, em dois pontos, no centro , distante 3 cm um furo do outro.
Este prato será usado como parte superior da armadilha.
c) Afixar no prato do “item b”, o arame galvanizado numero 18, para suporte da
armadilha.
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128
d) Afixar os três arames numero 16, unindo os dois pratos, de modo que fique uma
abertura de 5 cm entre os pratos, utilizando uma “bitola” feita em madeira.
LÍQUIDO DE CAPTURA Cada armadilha, que tem capacidade de 1 litros, deve ser cheia com uma solução
contendo água limpa mais detergente neutro. A relação é de 250 ml de detergente neutro
para 10 litros de água. Reabastecer as armadilhas sempre que necessário – dependendo
do clima, a evaporação da água será maior ou menor. A solução água+detergente neutro
deverá ser totalmente trocada sempre que a quantidade de insetos capturar for muito
alta, o que promove mau cheiro água.
MONITORAMENTO A contagem de insetos adultos capturados deverá ser feita diariamente. O prazo
máximo de contagem é a cada 3 dias. Com a contagem diária, vamos dispor de
informações precisas dos níveis de infestação de cada praga, permitindo tomar decisões
sobre o uso de defensivos químicos. Vale lembrar que somente os insetos capturados no
mesmo dia, ficam sobre a solução água-detergente – os insetos dos dias anteriores
ficam depositados no fundo da armadilha. Considerar, no ato da contagem, somente os
insetos sobre a solução água-detergente.
Níveis de danos econômicos:
1- Para a broca pequena: nível aceitável = máximo 3 adultos por armadilha/dia (média
de todas as armadilhas).
2- Para a traça: nível aceitável = máximo de 10 adultos por armadilha/dia (média de
todas as armadilhas).
3- Bastante atenção deve ser dada sobre níveis de danos em áreas localizadas –
principalmente em plantios de grandes áreas. Em muitos dias, em determinadas áreas
do plantio, poderão ser atingidos níveis de danos econômicos. Quando tal fato surgir,
deverão ser pulverizadas as áreas de “entrada“ das pragas – que são os Focos da
Praga.
4- Para facilitar a contagem, identificação de áreas críticas e pulverizações posteriores,
identificar cada armadilha, numerando em seqüência e realizando um croquis da
distribuição das armadilhas.
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5- Utilizando um programa de computador de MIP, ou mesmo por cálculos manuais,
facilmente determinamos os níveis de danos econômicos.
O uso de armadilhas com feromônio realiza e supressão seletiva/natural da praga, e
fornece dados diários para monitoramento, sendo uma ferramenta extraordinária, com
um dos menores custo/benefício no combate às pragas.
USO DE FEROMÔNIO PARA CONTROLE E MONITORAMENTO DE PRAGAS
FEROMÔNIO SINTÉTICO PARA SUPRESSÃO
ARMADILHA PLÁSTICA MODELO MACAPÁ
DISTRIBUIÇÃO DE ARMADILHAS
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DISTRIBUIÇÃO DE ARMADILHAS COM FEROMÔNIO EXEMPLO PARA 1 HECTARE DE TOMATE PARA SUPRESSÃO DA PRAGA 100.00m
A
A 1
7 a 10 m
15 a 20 m
1 0 0 m
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MÉDIA DE OVOS POR DIA
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
100000
OVOS 95080 19040 20129 31403 33597
out/00 nov/00 dez/00 jan/01 Média/dia
5000 PLANTAS107 DIAS 20 ARMADILHAS
15 DIAS
30 DIAS 31 DIAS
31 DIAS
107 DIAS
CONTROLE DE TRAÇA DO TOMATEIRO ( Tuta absoluta ) COM FEROMÔNIO = PREVENÇÃO DE POSTURA =
MESES
Nº O
VOS
OVOS
CONTROLE DE TRAÇA DO TOMATEIRO ( Tuta absoluta ) COM FEROMÔNIO TOTAL DE ADULTOS MORTOS
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
MESES
Nº A
DU
LTO
S
ADULTOS MORTOS
ADULTOS MORTOS 4754 1904 2080 3245 2996 11983
out/00 nov/00 dez/00 jan/01 MÉDIA TOTAL
5000 PLANTAS20 ARMADILHAS
107 DIAS
107 DIAS
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132
APLICAÇÃO DE TRICHOGRAMMA
Dos inúmeros inimigos naturais de pragas existentes na natureza, merecem
destaque o Gênero Trichogramma, com algumas espécies já conhecidas e criadas em
laboratório.
O Genero Trichogramma é formado por pequenas Vespas (menos de 1 mm), que
são parasitóides eficienttíssimos de ovos de muitos insetos da ordem dos Lepidopteros (lagartas), podendo ser Aplicado em qualquer cultura.
Na cultura do tomateiro, o Trichogramma parasita ovos de:
- Agrotis ypsilon – lagarta rosca
- Spodoptera frugiperda – broca grande (Lagarta do cartucho do milho)
- Helicoverpa zea – broca grande (Lagarta da espiga do milho)
- Neoleucinodes elegantalis – broca pequena
- Tuta absoluta – traça do tomateiro
PRODUÇÃO E FORNECIMENTO O uso de Trichogramma so está sendo possível, tendo em vista a tecnologia
desenvolvida pela EMBRAPA, permitindo a criação em Laboratório. Na Natureza a
quantidade de vespas de Trichogramma é insuficiente para controlar as pragas. A
produção em larga escala em Laboratório está disponível a qualquer produtor. O
fornecimento é feito por meio de cartelas com ovos, com data de eclosão prevista. Hoje é
possível planejar a Aplicação de Trichogramma, de modo seguro e contínuo: existe a
produção suficiente e o sistema de entregas rápidas via Correios.
Cada CARTELA é fornecida com 20 Polegadas.
Cada Polegada contém em média 2.500 ovos de Trichogramma
Portanto, uma cartela é comercializada com 50.000 ovos, aproximadamente.
Em média a eclosão será entre 24 e 48 horas após o recebimento das cartelas.
MODO DE AÇÃO: A vespa do Trichogramma, deposita seus ovos no inteiror dos ovos de
Lepidopteros, de modo a ser possível a sua própria reprodução. Realizada a postura,
cerca de 7 a 10 dias depois eclodem novas vespas. Do ovo parasitado somente eclodem
vespas, as lagartas não nascem. De tal modo, o controle das lagartas é realizado antes FRUTAL’2003
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mesmo delas nascerem, evitando danos diretos, principalmente no caso da traça e da
broca pequena.
QUANTIDADE Para um hectare de tomate, com densidade de 16.000 plantas, devem ser
Aplicadas um total de 30 cartelas semanalmente.
Teremos: 30 cartelas/semana
600 polegadas/semana
1.500.000 ovos/semana
DISTRIBUIÇÀO Em uma área de 100 m x 100m, distribuir de modo que:
a) em cada linha de plantas sejam Aplicadas 20 polegadas(20 pontos);
b) para cada 3 linhas da cultura, uma receba trichogramma (em média 30 linhas úteis);
c) cada ponto de aplicaçào receba uma polegada (serão 600 pontos).
TÉCNICA DE APLICAÇÃO Quando da Aplicação dos ovos, alguns cuidados devem ser observados:
1- Ao cortar e distribuir as cartelas, nunca pegar diretamento sobre os ovos.
Sempre pegar nas bordas da cartela e de cada polegada. Qualquer pressão sobre os
ovos, pode danificar (esmagar os ovos).
2- Para cortar usar uma tesoura, amolada e inox.
3- Para fixar cada polegada no campo, usar um dos três métodos :
a) um pequeno saco de tecido tipo malha (ex. volta-ao-mundo ou filó)
b) um clipe (tipo enxertia)
c) cola (tipo sapateiro)
4- No período de chuva, usar algum objeto para proteger os ovos.
O mais prático, eficiente e econômico é copo descartável de 100 ml.
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TRICHOGRAMMA - Trichogramma spp
VESPA CARTELA COM OVOS
1” COM CLIPE FEROMÔNIO + TRICHOGRAMMA
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08 - PRAGAS E DOENÇAS DO PIMENTÃO
DOENÇAS DO PIMENTÃO
FÚNGICAS
1 = MURCHA DE ESCLERÓCIO - Sclerotium rolfsii
2 = ANTRACNOSE – Colletotrichum gloeosporioides
3 = PINTA PRETA – Alternaria solani
4 = OÍDIO – Oidium lycopersicum / Erisiphe cichoracearum 5 = OIDIOPSI – Oidiopsis sicura / Leveillula taurica
BACTERIANAS
1 – Mancha Bacteriana – Xanthomonas campestris
2 – Talo-oco – Erwinia spp
VIRÓTICAS
1 - ToMV – Vírus do Mosaico do Tomate
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DOENÇAS FÚNGICAS: 1 – MURCHA DE ESCLERÓCIO
OUTROS NOMES: Murcha do Pimentão
Mofo do Pimentão
Murchadeira
AGENTE CAUSAL – Sclerotium rolfsii
A mortalidade de plantas ou até mesmo de plantios inteiros, tem sido provocado
pela murcha de esclerócio. Sendo um fungo de solo, se desenvolve de modo lento e
contínuo, passando desapercebido. Somente quando algumas plantas apresentam os
sintomas de murcha repentina, é que o produtor busca auxílio. Tem sido uma regra no
Ceará: todos os plantios de pimentão apresetam esclerócio – em maior ou menor
incidência, mas sempre causando danos econômicos.
DANOS Em plantios de pimentão infectados pelo fungo Sclerotium rolfsii e que não são
adotadas medidas de controle, o desenvolvimento do fungo provoca a morte de até
100% das plantas, em média os prejuízos variam entre 40 e 80% da área cultivada. Em
plantas com alta incidência deste fungo, a produção comercial não existe. A morte das
plantas acontecem poucos dias antes de iniciar a primeira colheita, com os frutos ainda
imaturos. A perda de produção da planta afetada e total.
SINTOMAS Para diagnosticar a presença de esclerócio em pimentão, é necessário examinar o
colo da planta. O fungo se desenvolve no colo, dentro do solo. O sintoma característico é
a presença de pequenas pontuações brancas. No início as pontuações são poucas, com
o desenvolvimento do fungo, forma uma camada branca em volta do caule, semelhante
ao um capucho de algodão. A ser pressionado com movimentos leves feitos pela mão, o
fungo se transformar – junto com a casca do caule, que se desintegra - em uma
substância líquida de cor escura semelhante à lama.. A região um pouco acima e abaixo
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do colo aumenta de volume (intumescência), podendo atingir até o dobro do diâmetro
normal, é o que chamamos de “inchamento do caule “.
O sistema radicular também é afetado, ficando reduzido em quantidade de raízes,
que se tornam pequenas e de cor escura. A parte interna do caule (vasos lenhosos) fica
com cor mais escura marrom claro – normalmente a cor interna d e um caule sadio é
branca. É muito importante que a existência de pontuações brancas na parte externa do
colo da planta seja identificado logo no início. Para tanto devem ser realizadas vistorias a
cada 10 dias, cavando um pouco ao redor do colo da planta, tendo o cuidado para não
atingir o caule da planta – o que danificaria facilmente o fungo. O fungo se desenvolve
acompanhando o crescimento da planta.
Em pleno grau de parasitismo, o fungo provoca a destruição da capacidade de
absorção e movimento de água e nutriente – pela total obstrução dos vasos internos e
destruição da casca , de modo comparativo, podemos dizer que provoca o “enfarte” da
planta. Como conseqüência a planta morre. A morte é constatada de um modo particular:
sempre será detectada no período da manhã. As plantas vão “dormir” aparentemente
perfeitas, todas vivas, verdes e sem nenhum sintomas externo de doença. No dia
seguinte, surgem plantas murchas, sempre em reboleiras. Iniciado os primeiros casos de
murchas, vira um seqüência, todos os dias amanhecerão novas plantas murchas.
A murcha é irreversível, a após iniciar o processo de murcha a planta não se
recupera. A morte de plantas acontece em plantios com idade entre 60 e 70 dias após
transplante (DAT), dependendo somente da intensidade de infestação inicial, níveis de
adubação nitrogenada (quanto mais nitrogênio, mais esclerócio), sistema de irrigação
(excesso hídrico favorece o desenvolvimento do fungo) e do histórico da área (cultivo
anteriores de solanáceas favorecem o surgimento mais rápido e mais agressivo do
fungo).
Em resumo: Plantas murchando subitamente ainda verdes, com colo inchado e
apresentando fungo esbranquiçado, destruição da casca do caule e mudança de cor
interna dos vasos do caule – com certeza o Sclerotium rolfsii é a causa da morte.
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CONTROLE Nas atuais condições de cultivo do pimentão, onde geralmente os solos já foram
cultivados com outras solanáceas, existe a necessidade de realizar tratamento
preventivo para o controle eficiente do esclerócio.
Realizamos inúmeros testes com resultados positivos, preventivamente com:
1° - Pulverizar o colo das plantas, entre 10 e 15 DAT, com Plantacol (Quintozene),
Dosagem: 50 gramas/20 litros de água.
Jato direcionado para o colo das plantas.
Volume de calda: 20 litros para 2.000 plantas.
2° - Pulverizar, via foliar, aos 20 DAT com Score (Difenconazole - Triazol)
Dosagem : 10 ml/20 litros de água
Jato direcionado para as folhas.
Volume de calda: 20 litros para 4.000 plantas.
3° - Pulverizar aos 30 DAT com Cercobin (Thiophante methil – Benzimidázol)
Dosagem: 20 gramas/20 litros de água
Jato dirigido para as folhas
Volume de calda 20 litros para 3.000 plantas.
Em todas as pulverizações usar espalhante adesivo e redutor de pH (para 5
a 5,5). Os produtos atualmente ainda sem registro para Pimentão, devem aguardar
registro para uso em campos de produção comercial.
Tratamento Curativo O Tratamento curativo somente é viável economicamente quando realizado em
casos de infestação inicial, ainda sem a mortalidade de plantas. Em alguns casos,
mesmo com o surgimento de algumas plantas murchando, ainda realizamos o tratamento
curativo, principalmente se o preço do produto estiver bom mínimo de 3 dólares por caixa
de 12 Kg. As plantas em fase de murcha não se recuperam, porém é possível evitar a
morte das demais plantas, alcançando produtividades boas.
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CONTROLE DE ESCLERÓCIO (Sclerotium rolfsii) – TESTES DE CAMPO:
CONTROLE DE 100% DO FUNGO.
1° - Pulverizar com Plantacol (PCNB –Quintozene)
Dosagem: 60 gramas/20 litros de água
Volume de calda: 20 litros para 1.500 plantas.
Descobrir parcialmente o colo das plantas, formando uma pequena bacia em volta
do caule
Jato dirigido para o colo da planta.
2° - Pulverizar com Score (Difenconazole – Triazol)
Dosagem: 10 ml/20 litros de água.
Volume de calda: conforme o estádio da cultura, variando de 400 a 1000 litros por
hectare, o importante é realizar cobertura total da folhas.
Época: 1 dia após a aplicação do Plantacol
3° - Pulverizar com Cercobin (Thiophanate methyl)
Dose: 20 gramas/20 litros de água.
Volume de calda – idem Score.
Época: 3 dias após aplicação do Score.
Repetir o mesmo tratamento cerca de 8 a 10 dias depois.
Em alguns casos não há a necessidade de repetir o tratamento.
Monitorar semanalmente, para diagnosticar o retorno do fungo.
Tendo em vista que o princípio ativo PCNB (Quintozene) será retirado do mercado
em breve, estudos de campo estão sendo realizados , com outros princípios ativos,
visando a substituição do Plantracol.
O Score ainda não está registrado para cultura do Pimentão, seu registro em
solanáceas é somente para tomate . No entanto, em testes realizados em todos os anos
desde 1999, a sua eficiência é muito boa. Lembrando que é um triazol que não causa
retardamento no crescimento – mesmo no uso em mudas não causa fitotoxicidade.
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ESCLERÓCIO - Sclerotium rolfsii
PONTUAÇÕES BRANCAS NO COLO
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ARROXEAMENTOINTERNO DO
CAULE
FUNGO AMPLIADO 60X
IO - S E HORTALIÇAS
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2 - ANTRACNOSE
AGENTE CAUSAL : Colletotrichum gloeosporioides
OUTROS NOMES: Olho de peixe.
Nos últimos 4 anos a antracnose é a principal doença fúngica do Pimentão no
Estado do Ceará, sendo responsável pêlos maiores prejuízos de perda de produção.
Com seu alto poder destrutivo e infectando principalmente os frutos, já foram registrados
perdas de até 100% de plantios.
SINTOMAS A antracnose apresenta os sintomas principalmente nos frutos. Inicialmente surgem
pequenas pontuações nos frutos de qualquer idade. As pontuações são levemente
deprimidas com um alo úmido. No início, pelo seu diminuto tamanho, pode passar
desapercebido. Rapidamente a mancha cresce. Quando a antracnose está totalmente
desenvolvida, forma de uma mancha grande, deprimida (semelhante a uma bacia) e com
cor róseo. A cor róseo é dos micélios do fungo. Sempre serão encontradas diversas
manchas em um mesmo fruto. No entanto, somente uma mancha é suficiente para
danificar o fruto, tornando imprestável para comercialização.
Quando colhidos em plantios com antracnose, os frutos podem apresentar as
manchas em pós-colheita. – durante o transporte da região produtora até o centro
consumidor – de modo que parcial ou total os frutos não são comercializados, com
perdas significativas.
ÉPOCA PROPÍCIA As condições climáticas perfeitas para o surgimento do fungo da antracnose, são
quando estão todos presentes ao mesmo tempo os fatores de Umidade Relativa do Ar
Alta, Tempera Diurna Alta, Temperatura Noturna Baixa e primeiras precipitações
Pluviométricas (início do período chuvoso). No Ceará corresponde aos meses de
Dezembro e Janeiro.
É comum o produtor afirmar: “com as primeiras chuvas vem junto a olho de peixe”.
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CONTROLE Em áreas cultivadas com Pimentão, no período de Outubro de um ano até maio do
ano seguinte, pulverizações preventivas devem ser realizadas. Segue relação de
fungicidas para o controle de antracnose.
Produtos sistêmicos Doses para 20 litros de água
Adicionar espalhante adesivo e redutor de pH (manter entre 5 e 5,5)
STROBY – Kresoxin methil = dose 10 ml
AMISTAR – Azosystrobin = 2 gramas
DEROSAL – Carbendazim = 20 ml
MANAGE - Imibenconazole – 20 gramas
CERCOBIN - Thiophanate methyl - 20 ml
O princípio ativo Pyraclostrobin, em fase de registro e lançamento comercial, em
testes realizados apresentaram eficiência elevadíssima no controle de antracnose.
Produtos protetores
ORTHOCIDE – Captan – 50 gramas DACOSTAR / DACONIL/ BRAVONIL– Chlorothalonil – 50 gramas
POLYRAM – Metiram – 60 gramas
FOLPAN – Folpet – 40 gramas
ANTRACOL – Propineb –60 gramas
Os melhores resultados , em testes realizados nos períodos de maior incidência do
fungo, foram obtidos com tratamento preventivo.
Nas situações que foram necessários tratamentos curativos, testes com o
tratamento abaixo resultaram no controle total do patogênico.
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PROGRAMA CURATIVO PARA ANTRACNOSE 1°= STROBY + DACOSTAR
2°= DEROSAL + FOLPAN
3°= F 518 (CABRIO TOP) – (Pyraclostrobin + Metyram)
3°= MANAGE + ORTHOCIDE
4°= AMISTAR + ANTRACOL
5°= CERCOBIN + POLYRAM
Intervalo a cada 4 dias uma pulverização.
Direcionar o jato para os frutos
Fazer cobertura total da plantas, com volume de calda mínimo 800 litros/ha para
plantas adultas.
Vale observar que alguns produtos estão em fase de registro para o Pimentão,
devendo aguardar os registros para serem indicados a nível de produtor.
Sobre os registros consultar MARA, literatura, fabricantes e Profissionais técnicos.
ANTRACNOSE - Colletotrichum gloeosporioides
TODAS AS MANCHAS SÃO DEPRESSIVAS
PEQUENA MANCHA INICIAL
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MANCHA COM
FUNGO
MANCHA TAMANHO
MÉDIO
FRUTO COM DIVERSAS MANCHAS
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3 - PINTA PRETA
AGENTE CAUSAL – Alternaria solani
SINTOMAS Na cultura de Pimentão os sintomas da Pinta Preta são vísíveis na folhas mais
velhas. É, portanto, um fungo de ação ascendente, iniciado nas folhas da base e
progredindo para as partes mais novas. Esta é uma característica que facilita a
identificação da doença.
O fungo Alternaria solani provoca a formação de manchas foliares com as
seguintes características:
a) A formação de anéis concêntricos – um anel maior e mais novo em volta de um anel
menor e mais velho. Cada anel é resultado de uma nova geração do fungo. Somente a
pinta preta apresenta anéis concêntricos.
b) O formato da mancha será sempre arredondado, com centro mais claro.
c) Várias manchas estarão presentes ao mesmo tempo. Raramente será detectada
somente uma mancha na folha.
d) Os sintomas serão vistos nas duas faces da folha.
e) Várias manchas poderão conforme vão se desenvolvendo, formar uma única mancha
grande e de formato irregular. Porém, uma análise cuidadosa poderá identificar cada
mancha individualmente.
f) A folha atacada apresenta amarelecimento parcial ou total da folha.
g) Os sintomas iniciais podem ser confundidos com outras doenças. Acompanhando o
desenvolvimento do fungo, por no máximo 3 dias, fica fácil diagnosticar.
ÉPOCA MAIS PROPÍCIA Período com alta umidade relativa do ar e baixa temperatura, com dias chuvosos e
nublados, oferece condições ótimas para o desenvolvimento do fungo. É possível que
em períodos sem chuvas posa surgir o pinta preta, sendo mais raro os casos.
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CONTROLE O uso de pulverizações preventivas, nos períodos mais propícios ao fungo, é o
ideal, visando evitar danos econômicos. Para um controle eficiente de pinta preta,
realizamos vários testes com os produtos abaixo, todos com eficiência sobre o fungo da
Alternaria solani.
I - Controle químico:
Pulverização foliar (doses para 20 litros de água)
a) Produtos de ação curativa e preventiva:
SCORE – 10 cc - Difenconazole, pode ser usado em qualquer estádio, sem risco de
redução do crescimento.
CARAMBA – 10 a 20 cc - Metconazole , somente após 30 DAT.
FOLICUR – 20 cc – Tebuconazole – somente após 30DAT
SPORTAK – 30 cc – Prochloraz - somente após 30 DAT
DACOSTAR – 40 gramas – Clorothalonil, qualquer estádio.
STROBY – 8 cc – Kresoxyn methil, qualquer estádio.
ROVRAL – 30 cc – Iprodione, qualquer estádio.
SIALEX – 15 gramas – Procimidone , qualquer estádio
AMISTAR – 2 gramas - Azoxystrobin – cuidado com super-dosagem.
CABRIO TOP – 60 grams – Pyraclostrobin + Metyram – qualquer estádio
b) Produtos de ação protetora, que poderão ser usados associados aos produtos
anteriores:
POLYRAM – 40 a 60 gramas – Metiram -
ANTRACOL – 50 gramas – Propineb
DITHANE – 50 gramas - Mancozeb
ORTHOCIDE – 50 gramas – Captan
c) Em breve serão laçados e registrados produtos da linha F500, Cabrio Top e Cantus,
que em testes realizados foram de altíssima eficiência no controle curativo da pinta preta.
d) Ter o cuidado de aguardar o registro dos produtos não registrados para a cultura do
Pimentão, consultar literatura, fabricantes, MARA E PROFISSIONAIS TÉCNICOS.
II – Medidas Auxiliares – válidas para todos os fungos.
a) Evitar cultivo novos próximos de culturas contaminadas, principalmente de as plantas
infectadas estiverem na parte de cima do vento. O plantio novo deve ser sempre
favorecido pelo vento, de modo que este passe primeiro pelas plantas novas. FRUTAL’2003
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b) Sempre que for realizar pulverizações (preventivas ou curativas) efetuar a cobertura
total das plantas. Evitar as pulverizações muito rápidas.
c) Plantar somente mudas sadias, produzidas em Estufas, isentas de doenças.
d) Vistorias períódicas devem ser realizadas – no máximo a cada 3 dias.
e) Nunca tentar economizar fungicidas diminuindo doses.
f) Sempre que possível usar barreiras vegetais ou plásticas.
g) Evitar circulação de pessoas de áreas contaminadas para sadias.
h) Realizar serviços primeiro nas áreas novas ou sadias, posteriormente nas áreas mais
velhas ou com doenças.
PINTA PRETA – Alternaria solani
2 PINTAS PRETAS CIRCULARES
AMARELECIMENTO DO LIMBO
VÁRIAS PINTAS EM UMA FOLHA
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ANÉIS CIRCULARES
4 – OÍDIO
OUTROS NOMES: Mofo branco
Mofo da folha.
AGENTE CAUSAL : Erisiophe cichoracearum/ Oidium lycopersicum
A presença de oídio em pimentão somente é constatado quando cultivado em
regiões ou épocas de alta temperatura e baixa umidade do ar, o mesmo vale para outras
culturas (tomate, melão, rosas, etc). É um fungo exclusivo de período seco.
Em plantios protegidos (estufas) este fungo causa problemas sérios, podendo ser a
doença principal.
SINTOMAS A formação de uma camada fina de cor branca sobre as folhas é a principal
característica da presença de oídio no pimentão. Inicialmente são observadas pequenas
manchas brancas. Com o desenvolvimento do fungo, o limbo foliar poderá ser totalmente
recoberto. Em casos de ataque severo, todas as folhas apresentam o fungo, podendo
paralisar o crescimento e até mesmo a morte das plantas. É um fungo de folha, que não
sendo controlado, promove prejuízos econômicos .
CONTROLE Existem diversos fungicidas específicos e muitos outros de excelente atuação sobre
o fungo oidium spp. Exemplos de Produtos Comercias, testado em cultivo de Pimentão
na Ibiapaba-Ce. FRUTAL’2003
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Doses para 20 litros de água.
a) Fungicidas sistêmicos específicos:
MANAGE – Imibenconazole = 20 gramas
Os ingredientes ativos (i. a.) Boscolid e Kresoxim-methyl ,(COLLIS, e CABRIO TOP) em
testes de campo foram de eficiência altíssima no controle de oídio, com o Collis
específico para oídio Todos em fase de registro e lançamento comercial.
b) Fungicidas sistêmicos não específicos:
SIALEX - Procimidone = 20 gramas
FOLICUR – Procimidone = 20 ml
CERCOBIN – Thiophanate methyl = 20 ml
c) Fungicidas protetores:
ORTHOCIDE – Captan – 50 gramas
DACOSTAR / DACONIL/ BRAVONIL– Chlorothalonil – 50 gramas
POLYRAM – Metiram – 60 gramas
FOLPAN – Folpet – 40 gramas
Obs.: Aguardar o registro de Produtos Comerciais ainda não registrados para a cultura
do Pimentão. Sempre que for pulverizar um i.a. sistêmico, associar um i.a. protetor
OÍDIO
FOLHA RECOBERTA POR CAMADA DE COR BRANCA
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5 – OIDIOPSI
OUTROS NOMES : Mofo das folhas
Queda das folhas
AGENTE CAUSAL : Oidiopsi sicula
Plantios de pimentão com perdas de produção resultante da infestação de oidiopsi é
recente no Ceará. Nos anos de 2001 e 2002, foram registrados alguns casos com maior
grau de severidade. Nos cultivos protegidos o fungo é mais agressivo, podendo vir a ser
doença principal.
SINTOMAS Manchas recobertas por uma fina camada de mofo de cor inicial branca, na face
inferior das folhas são os primeiros sintomas da presença de oidiopsi.
As manchas são de formato circular irregular.
É um fungo de ação ascendente. Portanto, as folhas mais velhas serão as primeiras
a serem infectadas.
A queda de folhas é imediata. Basta uma única mancha de oidiopsi para provocar a
queda de uma folha. O desfolhamento poderá ser total.
Uma característica deste fungo é o surgimento de manchas de cor verde-claro
(evoluindo para o amarelo), na face superior da folha – cada mancha surgida na face
superior, corresponde à existência do fungo na face inferior da folha.
Com a evolução do fungo surgem nos locais das manchas pequenas pontuações de
cor escura (entre marrom escuro e preto). As folhas perdem a cor verde, surgindo um
amarelecimento parcial do limbo foliar.
TRATAMENTO Para o controle do oidiopsi o uso dos produtos recomendados para oidum são
eficientes. Devendo ser observado os seguintes cuidados:
a) Pulverizar com o bico invertido – de baixo para cima.
b) Sempre que aplicar um produto sistêmico ou estrobilurina, usar um produto protetor
associado.
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c) Pulverizações devem ser realizadas preventivamente ou logo no surgimento
dosprimeiros sintomas, para evitar a queda de folhas.
d) Manter a área cultiva limpa, recolhendo todas as folhas infectadas que caíram das
plantas doentes
OIDIOPSI – Oidiopsi sicula
MANCHAS NA FACE INFERIOR E SUPERIOR DAS FOLHAS.
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DOENÇAS BACTERIANAS
1- MANCHA BACTERIANA
AGENTE CAUSAL : Xanthomonas campestris
Nos últimos cinco anos três bactérias passaram a causar danos ao Pimentão, a
mancha bacteriana, a pinta bacteriana e a erwínia.
Das três, a pinta bacteriana é a de menor incidência, seguida pela erwinia.
A mancha bacteriana é a principal doença bacteriana da parte aérea do pimentão.
SINTOMAS Nas Folhas: O que caracteriza a mancha bacteriana nas folhas do pimentão são
manchas de formato irregular, com aspecto aquoso (encharcadas), dando um aspecto
de mancha provocada por queima de água quente. Com o desenvolvimento da bactéria
as manchas adquirem uma cor escura e menos úmida, provocando o desfolhamento
parcial ou total da planta. Em cultura com a bactéria Xanthomonas, serão encontradas
muitas folhas caídas, junto à planta. Em casos de infestação severa, somente a parte
nova (olho) da planta não é derrubado pela bactéria, o que expões os frutos à ação do
sol e interrompe as atividades da planta. Como conseqüência os frutos não se
desenvolvem e a produção deixa de existir. O surgimento dos sintomas serão primeiro nas folhas e na parte mais velhas.
Nos Frutos: Os sintomas nos frutos aparecem posterior aos sintomas da folhas.
Surgem sobre os frutos manchas de formato irregular e cor marrom, semelhantes à
verrrugas. As manchas possuem tamanho variado, em geral são pequenas - menos de
5 mm. Em cada fruto várias manchas serão detectadas.
Quando as medidas de controle são adotadas no início da infestação da bactéria, os
sintomas dos frutos não serão visto.
Pulverizadas ao surgirem as primeiras manchas dos frutos, o controle é possível, sem
perdas de frutos. Diferente da antacnose, a mancha bacteriana, se controlada
imediatamente e logo no início, possibilita a comercialização do frutos.
Os frutos mais velhos serão infectados primeiro.
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MANCHA BACTERIANA – Xanthomonas campestris
MANCHA NA FOLHA MANCHA AMPLIADA 10 X
MANCHAS NO FRUTO VERRUGAS
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2 – TALO OCO AGENTE CAUSAL - Erwinia spp
De todas as bactérias que atacam o pimentão ao talo-oco é que maiores prejuízos
vem causando. Pelo fato de ser uma bactéria que se desenvolve no interior da planta -
com sintomas não visualizados facilmente - , na maioria dos casos somente quando os
danos são graves é que o produtor procura orientação técnica.
SINTOMAS
a) No caule : a bactéria provoca a destruição do interior do caule, a medula (parte
branca) do caule é atacada e destruída. O caule fica oco, de onde vem o nome da
doença. Manchas de cor escura surgem do lado externo do caule, o que pode ser visto
na bifurcação do caule. Cuidado com sintomas de Fitófora (requeima) que tem sintoma
na bifurcação muito parecido. Lembramos que a requeima é de menor incidência ,
apresenta cor mais escura e não atinge a medula do caule.
b) Nos frutos: a parte interna do fruto é totalmente destruída. Pelo fato da existência da
película externa – que é muito resistentes -, o fruto se transforma em uma “bolsa “de
líquido. O líquido existente dentro do fruto atacado pela erwinia é de cor escura e
apresenta mau cheiro característico.
O fruto ao ser tocado, a bolsa de líquido se desprende da planta, permanecendo fixo o
“talo” (Pedúnculo floral) do fruto. Frutos que ficam na plantas secam totalmente,
adquirindo cor creme com manchas escuras.
c) Na planta: a bactéria erwinia provoca a murcha total da planta, de modo lento e
progressivo – quando uma planta inicia o processo de murcha, não mais se
recupera, qualquer hora do dia ela permanece murcha. Plantas murcham isoladamente
dentro da área. Em vários pontos de uma mesma área, serão detectadas plantas
murchando.
CURATIVO Para todas as bactérias:
1° = Agrimicina (50 gr) + Curpograb (50 gr)
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155
2° = Kasumin (60 cc) + Kendal (60 gr)
3° = Mycoshield (50 gr) + Cuprogarb (50 gr)
Intervalo entre aplicações: a cada 3 dias
Repetir o tratamento 2 vezes.
Reduzir adubação nitrogenada para nível mínimo.
Controlar a irrigação ou excesso de água de chuva (fazer drenagem da área).
TALO OCO – Erwinia spp
MANCHA EXTERNA NO CAULE
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156
DOENÇA VIRÓTICA
1 - ToMV
OUTROS NOMES:
- MOSAÍCO DO PIMENTÃO
- VÍRUS DO PIMENTÃO.
AGENTE CAUSAL Vírus do Mosaico do Tomate. Na cultura do Pimentão no Ceará é o único vírus que
tem causado problemas, com perdas de produção e prejuízos econômicos.
SINTOMAS O vírus do mosaico do pimentão apresenta os sintomas nas folhas mais novas.
Manchas de cores verdes mais claras surgem no limbo foliar. Pontuações mais escuras,
formadas pelo acumulo localizado de clorofila, aparecem na folha. Ao mesmo tempo a
folha reduz o crescimento e apresetam escarquilhamento , dobrando para baixo.
CONTROLE O único método de controle eficiente do ToMV é o cultivo de híbridos com
resistência. Merecem destaque os híbridos Magali – R e Nathalie. São pimentões de alta
produtividade, resistente ao ToMV, suportam o transporte a longas distâncias e de frutos
comercial (atualmente os preferidos do mercado consumidor regional).
FOLHAS COM ToMV
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157
FOLHAS COM ToMV
PROGRAMA PREVENTIVO PARA CONTROLE DE FUNGOS E BACTÉRIAS: TESTADO EM PERÍODO CHUVOSO
EM REGIÕES COM ALTA PRESSÃO DE FUNGOS E BACTÉRIAS.
DT = Previcur(30 ml) + Orthocide (50 gr) = para fungos de solo
05DAT = Agrimicina (50 gr) + Cuprogarb (50 gr).
10DAT = Score (10 cc) + Dacostar (50 gr)
15DAT = Kasumin (50 cc) + Kendal(60 ml)
20DAT = Forum (15 gr) + Folpan (50 gr)
25DAT = Mycoshield (50 gr) + Cuprogarb (50 gr)
30DAT = Sialex (20 gr) + Antracol (50 gr)
35DAT = Agrimicina (50 gr) + Positron Duo (50 gr)
40DAT = Cercobin (20gr) + Dithane (50 gr)
45DAT = Stroby (10 ml) + Dacostar (50 gr) + Kendal (60 ml)
50DAT= Kasumin (50 cc) + Cuprogarb (50 gr)
55DAT = Derosal (20 ml) + Forum (15 gr)
60DAT = Manage (20 gr) + Folpan (50 gr)
65DAT = Cabrio Top = F518 (60 gr)
70DAT = Mycoshield (50 gr) + Cuprogarb (50 gr)
75DAT = Previcur (30 ml) + Dacostar (50 gr) FRUTAL’2003
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158
Depois de 75DAT, avaliar o estado de sanidade das plantas, para decidir novo
programa de pulverizações, tendo o máximo de atenção com a carência dos produtos.
Para o uso de produtos não registrados para a cultura, aguardar o registro junto aos
organismos governamentais, consultando sempre ao MARA, literaturas, fabricantes
profissionais técnicos.
O intervalo de 5 dias deverá ser maior conforme as condições climáticas. No
período sem chuvas, intervalos de 15 dias poderão ser adotados. Especial atenção na
mudança climática de verão (período seco) para inverno (período com chuva),
principalmente com a antracnose.
Os testes foram realizados em Pimentão Magali-R e Martha-R e Natrhalie nos anos
de 2002 e 2003. Conforme a disponibilidade dos produtos comerciais, substituir por
produto similar.
Ver relação de produtos comerciais indicados para cada tipo de doença no final da
apostilha.
PRAGAS DO PIMENTÃO
1- LAGARTA ROSCA - Agrotis ipsilon
2- PULGÃO – Mysus persicae, Aphis gossypii
3- ÁCAROS –Aculops lycopersici, Tetranhicus urticae
4- MOSCA BRANCA – Bemisia tabaci e Bemisia argentifolii
O pimentão é uma cultura de poucas pragas. Praticamente nenhuma praga é
imitante da produção, ao contrário do tomate e repolho que possuem pragas importantes.
Mesmo em regiões onde existem algumas pragas, o controle é relativamente fácil, com
danos econômicos pequenos – desde que adotadas medidas de controle. As sete pragas
citadas acima são as mais encontradas em cultivo de pimentão a céu aberto ou
protegido.
Dados sobre a mosca branca, ver no capítulo sobre pragas do tomate.
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159
1 - LAGARTA ROSCA
OUTROS NOMES : ROSCA
NOME CIENTÏFICO: Agrotis ipsilon.
DETALHES Ver em pragas do tomateiro - descrição, danos e controle iguais, para Tomate,
pimentão, repolho, beringela, cenoura, pepino e outras hortaliças.
Em pimentão já constatamos danos nos frutos, principalmente nos primeiros frutos, que
ficam próximos ao solo. A lagarta consegue penetrar no fruto, danificando a parte interna.
Nos casos de danos diretos em frutos novos realizamos testes de controle com
pulverização com clorpirifos (Marcas comerciais Astro, Vexter, Lorsban, Nufos), na
dosagem de 30 ml/20 litros de água, ter bastante cuidado com a carência que é alta (21
dias). Vale lembrar que os produtos não estão registrados para pimentão, devendo ser
consultado o MARA, literatura, fabricantes e Profissionais técnicos sobre novos registros.
Algumas hortaliças possuem registro do clorpirifos: tomate, couve, repolho, cenoura.
LAGARTA ROSCA EM PLANTIO DE PIMENTÃO
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160
2 - PULGÃO Os danos provocados por pulgão em pimentão são pequenos, a existência de
ótimos produtos químicos, os programas de controle de mosca branca (Bemisia spp)
que ao mesmo tempo controlam outras pragas (inclusive pulgão e tripes), a atenção do
produtor (em identificar rapidamente a praga), uma boa adubação (sem excessos de
nitrogênio) e a rotação de cultura tornaram o pulgão uma praga secundária. Mesmo
assim, os cuidados devem tomados evitando o surgimento da praga com pressão
suficiente para causar danos diretos e indiretos.
DESCRIÇÃO ORDEM : Homoptero
FAMÍLIA: Aphididae
GÊNEROS : Myzus, Aphis,
ESPÉCIES: Myzus persicae e Aphis gossypii
Por se tratar de uma das mais antigas e conhecidas pragas, é desnecessário uma
descrição detalhada, em qualquer livro, revista e informativo técnico é facilmente
encontrado informações precisas e minuciosas sobre o pulgão. Lembrar sempre que o
pulgão é uma praga que se localiza sob as folhas(preferência pelas folhas novas), e
provoca o encarquilhamento das folhas – ao sugar a seiva da planta.
CONTROLE O controle de pulgão deverá ser preferencialmente realizado com inseticidas de
ação sistêmico. Os produtos comerciais relacionados a seguir são eficientes:
Doses para 20 litros de água.
a) Produtos de modo ação sistêmico, para uso em pulverização foliar:
ORTHENE – Acephate = 15 gramas
HAMIDOP/TAMARON- Metamindophos = 20 ml
CALYPSO = Thiacloprid = 5 ml
Produtos com registro para Pimentão.
b) Produtos de modo de ação sistêmico, para uso em esguincho:
CONFIDOR = Imidacloprid = 10 gramas (20 litros para 1500 plantas)
Ao surgirem os primeiros pulgões (monitorando em média um por planta), pulverizar
com intervalo de 7 dias: FRUTAL’2003
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161
1° = Orthene
2° = Calypso
3° = Tamaron ou Hamidop
Reduzir intervalo para 5 dias, em alta infestação.
PULGÃO
AUMENTO 10X
PULGÃONA FACE INFERIOR
DE FOLHAS
FRUTAL’2003 - COOPERATIVISMO E AGRONEGÓCI
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AMPLIADO
O - E HORTALIÇAS
3 - ÁCAROS A maior ou menor incidência de ácaro na cultura do Pimentão está relacionado
diretamente com as condições climáticas. Nos meses de alta umidade relativa do ar (com
chuvas) e baixa temperatura, teremos baixa incidência de ácaros.
Nos meses de baixa umidade do ar (épocas secas) e de alta temperatura, o ácaro
passa a ser problema sério. Podendo reduzir a produção a níveis muito baixos.
DESCRIÇÃO
CLASSE = ARACHNIDA
ORDEM = ACARI
FAMÍLIA = ERYOPHIDAE (micro-ácaro)
TETRANYCHIDAE
GÊNEROS =Aculops, Tetranhicus,
ESPÉCIES = Aculops lycopersici
\Tetranhicus urticae (rajado) T. ludeni (vermelho) A presença do ácaro rajado é de menor importância na cultura do pimentão, esta
praga sempre ser coloca na face inferior das folhas, ver descrição com detalhes no
capítulo sobre pragas de flores. Em raros casos o ácaro da seriguela poderá parasitar os
frutos pimentão, formando uma camada sobre o frutos (igual ao verificado nos frutos da
siriguela). Frutos ficam imprestáveis para o comércio.
O principal ácaro é o Aculops lycopersici, com nome comum de micro-ácaro.
SINTOMAS O micro-ácaro no pimentão fica localizado principalmente na parte de baixo das
folhas. O topo da planta é a parte preferida do ácaro. Na face inferior das folhas serão
vistas manchas de cor marrom claro, formadas pelo agrupamento de ácaros, que vai
evoluindo para marrom escuro, cobrindo totalmente a folha – conforme a infestação do
ácaro for progredindo. As folhas ficam pequenas e tendem a enrolar para baixo. Quando
a infestação for alta, as gemas de crescimento (olho da planta) morrem. É o que o
produtor chama de “cegar a planta”.
A floração é imediatamente afetada, com perda parcial, podendo ser registrada a
queda total de flores e frutos pequenos. Os danos do micro-ácaro em pimentão são FRUTAL’2003
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163
muito mais severos em pimentão do que em tomate. Fotos na página 154.
CONTROLE O ácaro em algumas culturas é de controle muito complicado, exigindo uma série
de medidas e vários produtos químicos. Para o pimentão é mais fácil o seu controle.
Pulverizações com produtos à base de enxofre podem controlar, desde que aplicado no
início do ataque.
Produtos cujo p.a é enxofre. Dose dos produto comercial para 20 litros de água:
THIOVIT – enxofre 800 g/Kg = 50 gramas.
KUMULUS – enxofre 800 g/Kg = 50 gramas
Outros Acaricidas:
TEDION - Tetradifon – ovicida = 50 ml .
Os acaricidas organo-estânicos Caligur (Azociclotrin)10 ml, e Hokko Cyhexatin
(Cyhexatin) 10 gramas, em testes foram os de melhor eficiência. No entanto não
possuem registro em pimentão: Caligur registro em tomate e Cyhexatin em beringela.
RAJADO - OVO =60X ACARO RAJADO ADULTO = 10 X
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164
ÁCARO DA SIRIGUELA – AFETANDO OS FRUTOS
MICRO-ÁCARONO TOPO DE UMA PLANTA DE PIMENTÃO
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165
09 - PRAGAS E DOENÇÃS DO REPOLHO
1 -DOENÇAS DO REPOLHO
BACTERIANA MANCHA BACTERIANA – Xanthomonas campestris pv campestris
2 - PRAGAS DO REPOLHO TRAÇA DAS CRUCÍFERAS – Plutella xylostella
LAGARTA ROSCA – Agrotis ipsilon MOSCA BRANCA – Bemisia argentifolli e Bemisia tabaci.
PULGÃO – Mysus spp
MANCHA BACTERIANA
OUTRO NOME : MANCHA DO REPOLHO
AGENTE CAUSAL – Xanthomonas campestris pv campestris
O repolho é infectado principalmente por duas bactérias a Xanthomonas
campestris e a Erwinia spp. Porém, a mancha bacteriana é a principal doença do
repolho e a responsável por causar danos econômicos significativos.
SINTOMAS
A bactéria ataca as folha do repolho, iniciando pelas folhas mais velhas,
progredindo para as mais novas.
A presença das bactérias será detectada primeiro nas bordas das folha, que apresentam
queimas localizadas, formando manchas que crescem de fora para dentro.
A formação de uma mancha de cor clara, em forma de “V” permite identificar a
Xanthomonas com facilidade.
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166
CONTROLE Para todas as bactérias do repolho. Pulverizar com os bactericidas abaixo, com
doses para 20 litros de água.
1°-Agrimicina (50 gr) + Cuprogarb (50 gr)
3°- Kasumin (50 cc) + Kendal (60 cc)
4°- Mycoshield (50 gr) + Cuprogarb (50 gr)
Intervalos entre aplicações:
I - Para tratamento preventivo em período chuvoso = a cada 8 dias
II – Para tratamento preventivo em período sem chuva = a cada 15 dias
III – Para tratamento preventivo em irrigação por aspersor = a cada 8 dias
IV – Para tratamento curativo em período chuvoso = a cada 3 dias
V – Para tratamento curativo em período sem chuva = a cada 5 dias.
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MANCHA BACTERIANA – Xanthomonas campestris pv campestris
FOLHA COM MANCHAS
MANCHAS NAS FOLHA MAIS VELHAS
MANCHA EM FORMA DE “V’
FRUTAL’2003
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168
PRAGAS DO REPOLHO
1-
Ver informações no capítulo de Pragas do Tomateiro
2-
Ver detalhes no capítulo Pragas do Tomateiro.
- PULGÃO - Myzus persicae
Ver informações no capítulo Pragas do Pimentão.
LAGARTA ROSCA – Agrotis ipsilon
MOSCA BRANCA - Bemisia argentifolii e Bemisia tabaci
3
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169
4- TRAÇA DO REPOLHO
OUTRO NOME: TRAÇA DAS CRUCÍFERAS
NOME CIENTÍFICO: Plutella xylostella
principal praga do repolho, sendo responsável pêlos
tura. A maior quantidade de defensivos usados no
xylostella. Quando o controle não é
icos necesários, pode acontecer uma explosão
ras, com resistência a defensivos – exemplo de tal fato
tivo Profenofos, pelo uso único do produto por vários
nos, no período de 1989 a 1992 na região da Ibiapaba, Estado do Ceará. O controle só
DOPTERA
ylostella é uma micro-mariposa, portanto com hábito de
omodadas, possuem vôo rápido.
ando novos, adquirindo cor um pouco mais escuro quando próximo
A Traça das crucíferas é a
maiores danos econômicos na cul
repolho é direcionado ao controle da Plutella
realizado com os cuidados técn
populacional da traça das crucífe
foi a resitência criada ao princípio a
a
foi possível com a mudança para outros princípios ativos, na época foram usados os
ingredientes ativos Lufenuron (marca comercial Match) e i.a. Fentoato (m. c.. Elsan),
associados ao Bacillus thuringienseis (m.c. Dipel)
DESCRIÇÃO ORDEM : LEPI
SUB-ORDEM: DITRYSIA
SUPERFAMILIA: YPONOMEUTOIDEA
FAMÍLIA: PLUTELLIDAE
GÊNERO: PLUTELLA
ESPÉCIE: Plutella xylostella
O adulto da Plutella x
postura durante o entardecer, noturno e ao amanhecer. Durante o dia ficam escondidas
sob as folhas do repolho, somente voando ao serem inc
Quando a incidência da praga é muito elevada, podem ser formadas pequenas nuvens
de mariposas, mesmo durante o dia, ao serem provocadas. A cor dos adulto é cinza com
pontuações pretas.
A postura dos ovos é feita na face inferior das folhas. Os ovos são muito pequenos,
somente visíveis com uso de lente de aumento (mínimo de 10 vezes), de cor
creme/amarelado quFRUTAL’2003
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170
à eclosão da larva. Podem ser encontrados isolados ou alguns próximos aos outros. O
formato é um pouco alongado. Uma fêmea pode pôr até 350 ovos.
Durante o estádio de larva a traça do repolho passa por 4 ínstares, em cada ínstar o
comportamento é diferente:
1° ínstar – minam as folhas, e se alimentam no interior das folhas, sem provocar
rompimento. Fase de dífícil visualização da praga.
2° e 3° ínstar - se alimentam das folhas, sem romper a epiderme superior,
formando bacias na parte inferior das folhas. Olhando a folha por baixo, é fácil
localizar a praga.
– consomem qualquer parte folha, provocando furos nas folhas. Com o
completar a fase de larva, será iniciada a fase de pupa. Neste estádio, a traça
é realizado nas
pleto desta praga está diretamente relacionado com as
temperaturas acima de 30°C, o ciclo completo pode
i decrescendo, o ciclo de vida vai
iclo biológico pode variar de 12 a 34 dias.
tura, um bom controle
precisam ser adotadas em conjunto, dentre as medidas podemos
micos, visando o
stádios;
) A
f) Época certa de aplicação dos defensivos e armadilhas;
4° ínstar
desenvolvimento da folha o furo aumenta de tamanho. As larvas serão vistas com
facilidade.
Após
confecciona uma teia de fios, sob a qual se empupa. Todo o processo
face inferior da folha. O ciclo com
condições climáticas da região onde o repolho é cultivado.
Em locais de clima seco, com
ser de apenas 12 dias. Quando a temperatura va
aumentando em número de dias, a uma temperatura de 15°C o ciclo é completado em
até 34 dias. Portanto, o c
CONTROLE Pelas características da traça das crucíferas e da própria cul
envolve medidas que
destacar:
a) Uso de feromônio, visando o controle dos adultos, antes da postura;
b) Aplicação de trichogramma;
c) Uso de defensivos químicos de vários grupos e ingredientes quí
atingir a pragas em vários e
d lternância e associação correta de defensivos;
e) Uso de um bom espalhante adesivo, a folha do repolho apresenta dificuldade de
fixação dos defensivos;
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171
g) Doses e volume de calda necessários para uma boa cobertura;
h) Quando necessário, uso de um produto para desalojar a praga
feromônio:
tella. Aplicar 1 armadilha para cada
00 s no mesmo dia transplante . O modelo é o
esm o de feromônio em controle de
rag dilha deve ser de 30 cm do solo.
ita de ovos de Lepidópteros, é muito
istribuir uma polegada para cada 150
lantas. Ver em uso de Trichogramma na cultura do tomateiro como aplicar.
para 20 litros de
in = 10 ml
TAMARON/HAMIDOP = Metamidofos = 20 ml
LANNATE/METHOMEX = Methomyl = 20 ml
b) Produtos eficientes, ainda não registrados para a cultura do repolho:
THIOBEL = Cartap = 45 gramas = ovicida e larvicida
MEOTHRIN = Fenpropathrin = 5 ml = larvicida e adulticida
FASTAC = Alfacipermetrina = 3 ml = larvicida e adulticida
Usados somente a nível de testes de controle, não recomendar para o produtor
produto sem registro para a cultura e praga. Aguardar registro, solicitando
informações do Ministério da Agricultura e dos fabricantes. Em casos de dúvidas
consultar literatura .
I – Uso de
Específico para supressão de Plutella xylos
2 plantas, que deverão ser distribuída
m o adotado para tomate – ver no capítulo sobre us
p as do tomateiro. A altura da arma
II – Uso de Tricogramma:
A vespa de Trchogramma spp sendo um paras
eficiente no controle de ovos de traça do repolho. D
p
III – Defensivos químicos para controle de Plutella xylostella, dose
água.
a) Produtos com registro para a cultura do repolho:
ATAB RON = Clorfuazuran = 20 ml
XENTHARI = Bacillus thuringiensis = 10 gramas
PIRATE = Chlorfenapyr = 20 ml
DECIS = Deltamethr
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172
c) Produtos desalojantes de larvas:
ENXOFRE 80 % = 40 gramas.
d)Espalhante adesivo:
BREAK THRU - Silicone = 5 a 10 ml
PROGRAMA DE CONTROLE DE TRAÇA DO REPOLHO
TESTADO EM 2003 – SÍTIO MACAPÁ = GBA DO NORTE – CE
1a = Atabron + Xenthari
2a = Thiobel + Meothrin
3a = Pirate + Xenthari
4a = Decis + Methomex
5a = Meothrin + Xenthari
6a = Methomex + Fastac.
Produtos não registrados, devem aguardar registro no Ministério da Agricultura.
Intervalos de pulverização:
Infestação inicial = 1 a cada 5 dias
Infestação média = 1 a cada 4 dias
Infestação alta = 1 a cada 3 dias
Nos casos de pulverização em infestação média e alta, após o controle da praga,
aumentar o intervalo entre aplicação. Monitorar a cada 3 dias, examinando as folhas na
face inferior. A presença de adultos voando é um alerta para infestação em futuro
próximo. O uso de trichogramma controla pelo parasitismo dos ovos e o feromônio pela
captura dos adultos machos , evitando a fecundação das fêmeas.
O enxofre deve ser usado para desalojar as larvas, quando já existir formação de
“cabeça”, devendo ser aplicado no mínimo 4 horas antes da pulverização com outros
defensivos.
FRUTAL’2003
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173
TRAÇA DAS CRUCÍFERAS OU TRAÇA DO REPOLHO – Plutella xilostella.
ADULTO DA TRAÇA DS CRUCÍFERAS OVO SOB A FOLHA
LARVA DA TRAÇA NA FACE INFERIOR DA FOLHA
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174
TRAÇA DAS CRUCÍFERAS OU TRAÇA DO REPOLHO – Plutella xilostella.
DANOS CAUSADOS PELA LARVA 2° e 3° ÍNSTAR
PUPA DE TRAÇA EM FOLHA DE REPOLHO
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175
10 - BIBLIOGRAFIA 1 - BLANCARD, D. Enfermidades del Tomate , Ediciones Mundi-Prensa, MADRID,
1996.
2 - GABOR, B AND WIEBE, W. , Tomato Diseases. SVS- PETOSEED, CALIFÓRNIA
USA, 1997.
3 –LOPES, Carlos Alberto, SOARES, Alice Maria Quezado. Doenças Bacterianas das
Hortaliças – Diagnose e Controle, EMBFRAPA , 1997 BRASÍLIA, BR
4 – OLIVEIRA,Maria Regina Vilarinhos de, SILVA, Odilson Luiz Ribeiro e .Alerta
Fitosanitário – 1 – Ministério da Agricultura e do Abastecimento – Brasília-DF-Brasil-
1997.
5- SOUSA, Júlio César de, REIS, Paulo Rebelles, TRAÇA DO TOMATEIRO, Histórico,
Reconhecimento, Biologia, Prejuízos e Controle – EPAMIG- Lavras, MG, Boletim
Técnico N° 38, julho/92.
6- GHINI, Raquel, KIMATI Hiroshi,. Resistência de Fungos a Fungicidas – Embrapa
Meio Ambiente - FRAC, Jaguariúna- S.P. Brasil – 2002.
7-BAYER DO BRASIL ( Atual BAYER CORPSCIENCE )– Catálogo de Produtos – São
Paulo, S.P. Brasil – novembro 1999
8- AVENTIS CROPSCIENCE ( ATUAL BAYER CROPSCIENCE) – Manual Técnico de
Produtos – São Paulo S.P. – Brasil , agosto 2000.
9- NOVARTIS ( ATUAL SYNGENTA PROTEÇÃO DE CULTIVOS ) – Guia de Produtos
Novartis Agro, São Paulo – S.P. Brasil – 1998.
10 – BASF – Informativo F 500 – São Paulo, S.P.. Brasil , 2001.
11 – BASF – Informativos Cabrio Top, Polyram e Collis , São Paulo, S.P. Brasil, 2003.
12 – HOKKO DO BRASIL – Informe Kasumin e Orthene, São Paulo, S.P, Brasil, 2002.
13 – HOKKO DO BRASIL – Manejo da Mosca Branca – informativo técnico – São
Paulo, S.P. Brasil – 2002
14 – HOKKO DO BRASIL –Programas de Tratamento de HortiFruti , informativo
técnico, São Paulo, S.P. Brasil, 2000.
15 – ISCA TECNLOGIAS – Informativos Armadilhas para captura de pragas. Ijuí, R.S.
Brasil – 2002.
16 – BIOPRED ( Tecnologia Embrapa ) – Trichogramma: A solução biológica para o
controle de pragas. - informativo técnico – Uberlândia MG – Brasil, 2002.
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176
11 - PRAGAS E DOENÇAS DE ROSAS APRESENTAÇÃO A Elaboração desta apostila, surgiu pelo fato da cultura de rosas no estado do ceará
ser uma atividade nova, e seu conhecimento ainda está em fase inicial. Muitas são as
dificuldades encontradas sendo que uma das principais é o controle de algumas
enfermidades e pragas em nossas condições.
O cultivo de rosas necessita de pesquisas, adaptação de tecnologias e de um
esforço muito grande nas atividades diárias, pela complexidade da cultura e da
necessidade de produzir e ofertar qualidade.
Não temos a pretensão de esgotar o assunto, mas sim contribuir com as informação
provenientes da experiência acumulada nos últimos dois anos que nos dedicamos
exclusivamente ao cultivo de flores, com destaque para rosas (Rosas sp), gérberas
(Gerbera jamesonii) e lisiantus (Eustoma grandiflorum).
Esperamos que o conteúdo técnico sirva para que novos produtores possam iniciar
suas atividades com informações confiáveis.
Ao mesmo tempo, para os que já trabalham com flores, desejamos que seja
possível aumentar seus conhecimentos, tirar dúvidas e ajudar na evolução natural e
necessária da atividade.
PRINCIPAIS DOENÇAS DE ROSAS 1 - OÍDIO - Sphaeroteca pannosa f. sp. Rosae
2 - MÍLDIO - Peronospora sparsa
3 - BOTRITIS - Botrytis cinerea (Botryotinia fuckeliana)
PRINCIPAIS PRAGAS DE ROSAS 1 - ÁCARO – Tetranychus urticae
2 - MOSCA BRANCA – Bemisia sp
3 - SCIARA – Fungus gnatus (Bradysia ssp)
4 - LAGARTAS – Agrotis ipsilon, Spodoptera frugiperda.
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ENFERMIDADES CAUSADAS POR FUNGOS 1 - OÍDIO
Outros nomes: Cenicilla, Míldio polvoso, Míldio pulverulento
Agente causal: Sphaeroteca pannosa f.sp. rosae
CLASSIFICAÇÃO Divisão: Amastigomycota
Subdivisão: Ascomycotina
Classe: Ascomycetes
Sub-classe: Plectomycetidae
Série: Pyrenomycetes
Família: Erysiphaceae
Gênero: Sphaerotheca
Forma imperfeita: Deuteromycetes - Oidium sp.
O oídio foi citado pela primeira vez em 300 a.c. e até hoje mantém-se como
importante doença tanto em campo aberto como estufas, e, provavelmente é a mais
largamente distribuída. Apesar de descrita pela primeira vez em 1819, a doença estava
presente muito antes e, atualmente, é conhecida em todos os países onde as rosas são
cultivadas.
O agente causal, é uma forma especializada de S.pannosa e parasita obrigatório,
isto é , não permanece vivo em tecidos mortos.
O micélio é branco e cresce na superfície dos tecidos, enviando haustórios
globosos (orgãos de alimentação) dentro das células da epiderme da planta, e forma um
amontoado de hifas na superfície, algumas das quais desenvolvem conidióforos eretos.
No topo de cada conidióforo, são produzidos conídios ovais, que se agarram um aos
outros em cadeia. Sob condições de estufa, o fungo perpetua-se quase que
exclusivamente, por conídios e por micélio. Uma cadeia de 5 a 10 conídios é formada e
são disseminados pelo ar, causando novas infecções. Os conídios estão prontos para
disseminação 24 horas após a sua formação, quando são destacados do conidióforo e
dispersos pelo ar. FRUTAL’2003
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FATORES QUE FAVORECEM - Fortes mudanças de temperatura
- Correntes de ar (vento direcionado no cultivo)
- Alta umidade a noite
- Fertilização com excesso de nitrogênio
SINTOMATOLOGIA - Todas as partes aéreas da planta podem ser atacadas pelo oídio, sendo as folhas e os
brotos jovens os mais afetados.(fotos 1 e 2).
- A parte superior das folhas inicialmente apresentam áreas levemente onduladas, em
forma de bolhas, que logo são cobertas pelas estruturas de crescimento do fungo: de
aspecto farináceo e de cor branco-acinzentada. (foto 3)
- As folhas jovens ficam retorcidas, deformadas e completamente cobertas por um pó
branco. As folhas velhas são usualmente afetadas e quando as condições ambientais
são favoráveis podem desprender-se prematuramente.
- Na haste, o desenvolvimento do fungo acontece principalmente em tecidos suculentos
e freqüentemente no pedúnculo (base do botão).(fotos 4 e 5).
- Os sintomas iniciais do oídio podem confundir-se com os do míldio velloso (míldio). A
diferença entre as enfermidades consiste na abundância de esporos esbranquiçados na
parte superior das folhas.(fotos 6, 7 e 8)
DANOS - Redução da fotossíntese
- Enfraquecimento das plantas pelo ataque aos botões, folhas jovens e pontos de
crescimento.
- Redução na produção de flores de 20 a 40% . - Perda da qualidade comercial (aparência)
CONTROLE g.1) Medidas preventivas: - Assegurar uma boa ventilação na estufa, sem que as plantas sejam diretamente
afetadas por correntes de ventos.
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179
- Controlar a umidade e temperatura (não deixar a umidade cair de aprox. 50% e a
temperatura não passar de 360C)
- Manter sempre limpa a estufa, eliminando partes afetadas das plantas. - Evitar adubações com excesso de nitrogênio (manter um nível de 250 ppm de nitratos) - Aplicar fertilizantes foliares ricos em potássio(MKP, FITOFÓS K-PLUS,...) e silício
(SILILO, SILICATO DE POTÁSSIO,...) periodicamente, para aumentar a resistência dos
tecidos das plantas. g.2) Controle Químico: No controle de oídio, uma das aplicações mais importantes e corriqueira é a
pulverização com produtos à base de enxofre (Thiomex, Sulfure, Nutrienxofre,...).
No mercado, existe uma gama muito grande de produtos para controle dessa
enfermidade, porém ainda são poucos com registro na cultura de rosas.
Um dos aspectos mais importantes que se deve levar em consideração num
programa de pulverização é o cuidado com a rotatividade de grupos químicos e
princípios ativos para minimizar o risco do fungo adquirir resistência. A seguir temos a
sugestão de produtos que podem ser utilizados em um programa de pulverização:
Produto Grupo químico Princípio ativo Dose(g ou ml/100l) Modo de ação
Saprol Piperazinas triforina 150 Contato/sistêmico
Trifmine Imidazole Triflumizole 40 Sistêmico
Score Triazol Difenconazole 60 Sistêmico
Manage Triazol Imibenconazole 75 Sistêmico
Amistar Strobyrulina Azoxystrobim 10 Sistêmico
Sportak Imidazol Prochloraz 60-80 Sistêmico
Thiomex A.M.S. Enxofre 200 Contato
Nutienxofre A.M.S. Enxofre 150 Contato
Sulfure A.M.S. Enxofre 150 Contato
Rosb. Oidium Produto orgânico Polisulfuros
4-metil
guayacol
100 Contato
Micofun Produto Orgânico Compostos de
enxofre
100 Translaminar
A.M.S.- Atividade em múltiplos Sítios
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180
Observações: Amistar ainda não está registrado para o uso em rosas e/ou em
determinadas flores. Consultar o MARA, Fabricantes, Literatura e Profissionais Técnicos.
Os produtos citados foram usados em testes, com resultado de eficiência alto.
FOTOS 1 e 2- Detecção da presença de oídio em folhas novas e brotação nova.
FOTO 3: Parte superior da folha com a presença de manchas ligeiramente onduladas de cor branco-acinzentada.
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FOTOS 4 e 5: Detecção da pesença de oídio em uma haste jovem e num pedúculo (base do botão).
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FOTOS 6 e 7 : Comparativo entre os sintomas de oídio (6) e míldio(7).
FOTO 8 : Presença dos dois fungos na mesma folha.
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1) MÍLDIO Outros nomes: Míldio velloso, Mancha roxa.
Agente causal: Peronospora sparsa Berk.
CLASSIFICAÇÃO Divisão: Mastigomycota
Subdivisão: Diplomastigomycotina
Classe: Oomycetes
Ordem: Peronosporales
Família: Peronosporaceae
Gênero: Peronospora
O míldio da roseira (relatado pela primeira vez em 1862 por Berkeley, na Inglaterra),
uma doença injuriosa com potencial para causar sérias epidemias, se caracteriza por
apresentar um micélio intercelular e uma reprodução através de conídios. Em condições
úmidas, os conídios e conidióforos do fungo aparecem copiosamente na superfície
inferior das folhas e sob condições menos favoráveis, eles podem aparecer de forma
muito esparsa dificultando sua visualização.
O período de infecção é mais vulnerável, porém curto (somente com poucas horas
de duração), dando, ao míldio, vantagem em curtos períodos de clima favorável. A
infecção exige que a superfície do hospedeiro esteja úmida. Uma superfície seca,
mesmo com alta umidade relativa, é inadequada.
O fungo pode manter-se em galhos como micélio latente, sem necessariamente
produzir esporos. Os esporângios germinam em água dentro de 4 horas e a esporulação
na superfície das folhas podem ocorrer em 3 dias em condições ideais e podem
sobreviver até 1 mês em folhas secas desprendidas.
Essa doença (Peronospora sparsa.) muito destrutiva em cultivos protegidos de
rosas, não causa séria preocupação em estufas comerciais aquecidas.
FATORES QUE FAVORECEM - Falta de ventilação no ambiente de cultivo.
- Presença de água “livre” na superfície dos tecidos da planta.
- Plantas debilitadas por algum tipo de estresse (hídrico, salino, fitotoxidez,...). FRUTAL’2003
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- Temperatura na faixa de 180C (ótima para germinação)
- Umidade relativa acima de 85%.
- Épocas do ano em que as tardes e noites são chuvosas e manhãs calorosas com
presença de sol.
* Obs: Os esporos não germinam a 50C e morrem quando são expostos a 270C por um
período de 24 horas.
SINTOMATOLOGIA - Desenvolvimento de manchas irregulares de coloração que varia de púrpura a café
escura nas folhas e os folíolos podem se tornar cloróticos. (foto 1)
- Nas hastes, pedúnculos e sépalas surgem lesões de tamanho variado com uma
coloração que varia de púrpura a preta.
- Nas folhas mais jovens se desenvolvem pequenas áreas arroxeadas ou púrpuras
enquanto em folhas adultas se formam grandes zonas de contorno irregular de cor verde
pálida que logo se torna castanha escura (foto 2)
- Geralmente ocorre queda de folhas (fotos 3 e 4).
DANOS - Enfraquecimento das plantas pelo ataque do patógeno.
- Perda da qualidade comercial (aparência)
- Perda de produção (podendo chegar à 100%)
- Morte de plantas severamente atacadas.(foto 5)
Obs: Alguns sintomas de fitotoxidez provocados pela aplicação de defensivos podem
confundir-se com as manchas de míldio. (foto 6)
CONTROLE g.1) Medidas preventivas: - Garantir uma boa ventilação no cultivo (manejo de cortinas, janelas, podas de
arejamento, ventiladores...). (foto 7).
- Controlar a umidade e temperatura (manter a umidade abaixo de 85% e temperatura
acima de 270C nas horas mais quentes do dia, associando adequada ventilação. FRUTAL’2003
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185
- Eliminação de tecidos vegetais afetados pela doença, mantendo sempre limpo o local
de cultivo.
- Aplicação foliar de produtos que aumentem as defesas naturais das plantas contra o
ataque da doença (FOSFITOS DE POTÁSSIO, FONTES CÁLCIO, AMINOÁCIDOS, ...)
periodicamente.
g.2) Controle químico: No controle químico, temos produtos que agem de maneira preventiva, curativa e
preventiva/curativa.
Devemos iniciar as pulverizações preventivas com fungicidas cúpricos, mancozeb,
furalaxil, fosetyl-Al, e outros, no primeiro momento em que as condições climáticas
favoreçam o desenvolvimento do fungo, tendo o cuidado em rotacionar os grupos
químicos e princípios ativos.
Em países como Equador e Quênia é comum no controle de míldio a aplicação no
“pé da planta” de produtos à base de fosetyl-Al.
Em seguida segue-se alguns produtos que foram utilizados com sucesso no
controle do fungo, em testes realizados ao nível de campo em cultivo protegido (estufas):
Produto Grupo químico Princípio ativo Dose(g ou
ml/100l) Modo de
ação Aliette Monoetil Fosfite
Metalico
Fosetyl-Al 200 Sistêmico
Fólio Gold Multiplos.sitios
Fenilamida
Clorothalonyl +
Metalaxil
180 Sistêmico
contato
Dacostar Cloronitrilo Clorotalonil 200 Contato
Ditane* Ditiocarbamato Mancozeb 200 Contato
Kocide Cúprico Hidróxido de cobre 120 Contato
Cabrio-top Strobylurina Piraclostrobin 200 Sistêmico
Bravonil Ultrex* Cloronitrilo Clorotalonil 150-180 Contato
Rosburg Fosetyl** - Fostato de aluminio 100-200 Protetor
Rosburg Supersiga** - Ácido
hidroxietilsulfônico
100-200 Preventivo
Previcur Propamocarb
Hydrochloride
Carbamatos 150 Sistêmico
* Produtos provocam manchas nas folhas, por deposição de resíduos. FRUTAL’2003
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186
** Produtos orgânicos da Quimirosburg do Equador.
*** Previcur está registrado para várias ornamentais, não incluindo Rosas spp.
FOTO 1 : Aspecto clorótico no folíolo.
FOTO 2: Transição de uma mancha do verde pálido para castanho escuro em uma folha de rosa.
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FOTOS 3 e 4: Sintomatologia de um ataque severo de Míldio em rosas provocando a queda das folhas das plantas.
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FOTO 5: Morte de uma planta de rosa provocada pelo ataque de Paronospora sparsa.
FOTO 6: Comparativo entre uma folha com sintoma de míldio (lado esquerdo) e com fitotoxidez (lado direito).
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Fc
2
C
OTO 7: Algumas técnicas de manejo paraultivo (estufa).
- BOTRYTES: Outros nomes: Podridão de botrytis, Manc
Agente causal: Botrytis cinerea
lassificação: Divisão: Amastigomycota Subdivisão: Deuteromycotina Forma-classe: Deuteromycetes Forma-subclasse: Hyphomycetidae Ordem: Moniliales Família: Moniliaceae
FRUTAL- COOPERATIVISMO E
CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇ
190
aumentar a ventilação do ambiente de
ha de botrytis, mofo cinzento.
’2003 AGRONEGÓCIO -
AS DE FLORES E HORTALIÇAS
Gênero: Botrytis
Forma perfeita: Ascomycetes - Botryotinia fuckeliana de Bary, Whetz.
Botrytis cinerea é um patógeno necrotófico, as infecções têm lugar por meio de
ferimentos, via tecidos mortos ou em deteriorização ou por penetração direta no
hospedeiro intacto.
Os conídios são uniformes, hialinos, unicelulares e se formam em conidióforos
ramificados sobre a superfície do tecido infectado. O agrupamento dos conídeos se da
em forma de cacho de uva (foto 1).
O fungo pode infectar mais de 200 gêneros de plantas e está amplamente
distribuído no mundo. O cultivo de rosas em estufas na Colômbia, é um dos mais
afetados pelo patógeno, especialmente durante a temporada de chuvas, onde a umidade
relativa é alta durante o dia e a noite. No Brasil, a doença é considerada uma das
principais causas de perdas em pré e pós-colheita, nas estufas de produção de Minas
gerais e são Paulo.
O patógeno pode causar perdas consideráveis em plantas ornamentais, hortícolas,
frutíferas e cereais , em condições de sementeira, viveiro, campo e casa de vegetação,
bem como durante o armazenamento e transporte (danos mais severos).
Em rosas, o fungo pode afetar outras partes das plantas (estacas de mudas, tocos
de hastes cortadas,...), porém as flores ou botões florais são os mais afetados e de
importância econômica.
FATORES QUE FAVORECEM - Botrytis está diretamente relacionado com períodos de alta umidade (cerração e
chuvas).
- A faixa de temperatura ideal para o crescimento do fungo e desenvolvimento da
enfermidade é de 150C a 220C.
- Níveis elevados de nitrogênio amoniacal e boro favorecem o desenvolvimento do fungo.
- Injúrias causadas por pragas como trypis, lagartas, etc. e danos mecânicos.
- As partes terminais dos ‘tocos” resultantes do corte das flores, bem como as feridas
provocadas pelas podas, são portas de entrada para o fungo.
- Restos de culturas contaminadas. FRUTAL’2003
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191
SINTOMATOLOGIA: - Nas pétalas aparecem pequenos pontos de 0,5 a 1mm de diâmetro, de cor café clara
ou arroxeada que sob condições úmidas aumentam rapidamente até cobrir toda a
pétala.(foto 2)
- Durante os períodos de umidade contínua e temperaturas baixas, os botões infectados
no campo não se abrem e são cobertos pelos micélios do fungo. Os botões infectados
podem cair. Lesões lisas, um tanto úmidas de cor marrom escuro, evoluindo para preto,
podem crescer desde a base do botão. (fotos 3 e 4).
- Em estacas de mudas na câmara úmida na estufa de propagação, o fungo provoca a
morte das estacas deixando-as pretas e ligeiramente amolecidas (fotos 5 e 6).
- Apodrecimento das pontas dos “tocos” resultantes da colheita das flores e de podas de
limpeza feitas nas plantas (foto 7)
- Em alguns casos, manchas circulares com aparência de ampolas roxo-avermelhadas
podem aparecer sobre a superfície das pétalas. Estas infecções são bem observadas em
cultivares de cor branca (foto 8).
Obs: Na grande maioria das vezes o fungo de Botrytis cinerea se encontra de forma
latente nos campos de produção (estufas) e só se desenvolvem depois que as flores são
embaladas, armazenadas e transportadas em câmaras-frias.
Obs2: Durante o processo de transporte pode ocorrer condensação provocada por
oscilações de temperatura, o que favorece o seu desenvolvimento.
DANOS 1- Diretos: - Morte de mudas em estufas de propagação.
- Perda de flores pelo apodrecimento das pétalas.
2- Indiretos :
- Prejuízos financeiros relacionados a custo de produção e logística.
- Transtornos com os clientes que reclamam e devolvem toda mercadoria.
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192
CONTROLE O controle de Botrytis cinerea é dificultado pelo fato de lutarmos contra um inimigo
“invisível’, pois, como já foi dito, os sintomas do fungo não costumam aparecer no
campo. Dentro de um manejo integrado o saneamento do local (remover as partes
infectadas é muito importante e deve ser feito o mais rápido possível, as partes das
plantas no chão podem dispersar os esporos do fungo, particularmente em cultivos no
solo) , práticas culturais e fungicidas químicos são medidas recomendadas, geralmente
para seu controle em estufas de produção de rosas.
Problema sério no controle químico é a resistência do patógeno a fungicidas, que
pode se desenvolver dentro de uma estação de cultivo mesmo com o uso de misturas de
princípios ativos. Dois grupos de fungicidas de ação específica, benzimidazoles e
dicarboximidas, usados largamente promoveram o surgimento de populações
resistentes, quando aplicados durante período longo, sem alternância com outros grupos
químicos .
Medidas auxiliares ajudam a controlar o seu desenvolvimento, tais como
desinfecção de tesouras, mesas de classificação, da câmara fria, coxos de transporte,
etc.
A literatura cita alguns produtos registrados para o controle de botrytis:
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Tabela 1. Produtos registrados para o controle de Botrytis cinerea e Botrytis gladiolorum,
no Brasil, independente da cultura.
Produto comercial Princípio ativo Modo de ação Benlatea Benomyl Sistêmico Bravonila Chlorothalonil Contato Captan 500 PMa Captan Contato Cercobin 700 PM Thiophanate methyl Sistêmico Cerconil PMa Thiophanate methyl + chlorothalonil Sistêmico e
contato Cerconil SCa Thiophanate methyl + chlorothalonil Sistêmico e
contato Cuprozebb Oxicloreto de cobre + mancozeb Contato Daconil BRa Chlorothalonil Contato Dacostar 500a Chlorothalonil Contato Dacostar 750a Chlorothalonil Contato Dithane PM Mancozeb Contato Dithiobina Thiophanate methyl + mancozeb Sistêmico e
contato Folpan Agricura Folpet Contato Fungiscan Thiophanate methyl Sistêmico Isatalonila Chlorothalonil Contato Kobutol 750a Quintozene Manzate 800 Mancozeb Contato
Metiltiofan Thiophanate methyl Sistêmico
Mythos Pyrimethanil Orthocide 500a Captan Contato Persistb Mancozeb Contato Rovrala Iprodione Contato Rovral SCa Iprodione Contato Sialex 500a Procimidone Sistêmico Sumilex 500 PMa Procimidone Sistêmico Tecto 600a Thiabendazole Sistêmico
Tiofanato Sanachem
Thiophanate methyl Sistêmico
Vanox 500 SCa Chlorothalonil Contato Vanox 750 PMa Chlorothalonil Contato
FONTE: cd-Room Reijers: Doenças em roseiras cultivadas em estufas.
Produtos em negrito registrados para roseira.
a Registrados somente para Botrytis cinerea. b Registrados somente para Botrytis gladiolorum.
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Em teste s práticos realizados ao nível de campo (estufas), conseguimos um bom
controle de Botrytis cinerea ultilizando os seguintes produtos, com alternância de grupos
químicos e princípios ativos:
Tabela 2- Relação de produtos usados em teste no controle de Botrytis cinerea.
GRUPO QUÍMICO
PRINCÍPIO ATIVO
PRODUTO COMERCIAL
RISCO DE RESISTÊNCIA
MODO DE AÇÃO
Dicarboximidas Procimidone Sialex Alto/cruzada sistêmico
Cloronitrilo Clorothalonil Dacostar Baixo Protetor
Benzimidazol Carbendazin Derosal Alto/cruzada Sistêmico
Fenilamida Ofurace / Folpet Folpan Alto
(Oomicetos)
Protetor
Strobyrulina Kresoxim-methyl Stroby Moderado Sistêmico
Benzimidazol Thiofanato-
methil
Cercobin Alto Sistêmico
Ditiocarbamato Methiran Polyran Baixo Protetor
Strobyrulina Piraclostrobin Cabrio Top Moderado Sistêmico
DMI/triazol Imibenconazole Manage Moderado Sistêmico
Produtos em negrito registrados para roseiras
Manage, registrado para Crisântemo.
Para verificar alterações, consultar MARA, literatura e fabricantes.
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FOTO 1-Conídios agrupados em forma de cacho de uva.
FOTO 2: Botão de rosa apresentando sintomas de botrytis .
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FOTOS 3 e 4: pétala coberta pelos micélios do fungo (A) botão infectado na base do botão (B).
FOTOS 5 e 6: Morte de mudas provocadas por Botrytis cinerea.
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FOTO 7: Apodrecimento provocado por botrytis em locais onde
foram realizadas podas de limpeza ou colheita de flores.
FOTO 8: Manchas circulares de coloração avermelhada em um botão de rosa branca.
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PRINCIPAIS PRAGAS
• ÁCARO
• MOSCA BRANCA
• SCIARA
• COCHONILHA
• LAGARTAS 1 - ÁCAROS
Poucos grupos de animais mostram tão grande variedades de formas, habitat e
comportamento como os ácaros, sendo encontrados em quase todos os locais
acessíveis à vida animal. Os três grupos com hábito alimentar diferente que estão
associados às plantas cultivadas são:
I) Os predadores, que são benéficos para os cultivos, pois se alimentam de outros
ácaros prejudiciais, pequenos insetos e ovos de nematóides.
II) Os micófagos que geralmente se alimentam de fungos em grãos armazenados, na
casca de árvores, no solo e em habitat de insetos perfuradores de madeira.
III) Os fitófagos, que causam sérios problemas na agricultura, pois se alimentam dos
vegetais e vivem em colônias na face inferior das folhas, brácteas ou no interior das
inflorescências.
Estes últimos atacam diversas culturas de importância econômica como fruteiras,
hortalíças, plantas ornamentais, roseiras e etc.
Na cultura de rosa, o ácaro rajado (Tetranychus urticae) é sem dúvida a principal praga e
de mais difícil controle.
BIOLOGIA As fêmeas que usualmente predominam nas populações de ácaros possuem
visíveis manchas em ambos os lados do abdômen e medem aproximadamente 0,5mm
de comprimento. Todos os estádios de desenvolvimento acontecem na parte inferior das
folhas. Na espécie de tetranichus urticae a fêmea coloca de 50 a 100 ovos dependendo
da planta em que o ácaro em que o ácaro se encontra (hospedeiro).(foto 1).
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SINTOMATOLOGIA - Em um ataque de ácaro muito intenso a queda de folhas bem como a morte de plantas
podem ser observadas. Nestas condições, os ácaros produzem teias que cobrem
totalmente a folhagem e flores, comprometendo severamente a aparência das plantas.
- Em ataques menores as folhas das plantas ficam cloróticas e coriáceas (duras) (foto 2).
DANOS
I) Diretos:
- Perda de produção
- Perda de qualidade de hastes
II) Indiretos:
- Risco de perda de todo um embarque em uma exportação, pois este é vistoriado
por orgãos competentes (Ministério da agricultura), e dependendo do nível de infestação
a carga pode ser aprendida e queimada.
CONTROLE É de fundamental importância para o controle de ácaros que um acompanhamento
diário seja feito no cultivo monitorando a presença e quantidade de adultos , formas
jovens e ovos presentes. Para isto é necessário o auxílio de uma lupa de bolso com
aumento de 10 a 15X. A associação de medidas alternativas e controle químico deve ser
muito bem aplicados em nossas condições.
Obs: Os ácaros sempre aparecem em focos bem definidos no cultivo, então, a
eliminação imediata deste foco deve ser feita com lavagens e pulverizações localizadas,
evitando assim sua dispersão.
MEDIDAS ALTERNATIVAS - Manter sempre úmido o ambiente de cultivo através de irrigações das ruas com
mangueira, aspersores, micro-aspersores, etc. (foto3)
- Fazer a lavagem da folhagem das plantas com jatos de água pressurizados, dirigidos
em direção dos “pulmões”. (foto4)
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200
- Aplicar produtos como sabão neutro, sabão de coco e sais (nitrato de potássio) nas
plantas.
- Retirar partes de plantas infestadas pela praga e queimar.
- Manter sempre o ambiente limpo.
CONTROLE QUÍMICO As aplicações de defensivos devem ser freqüentes afim de manter níveis baixos de
população do ácaro. Em testes realizados a nível de campo, quando se tem um nível alto
de infestação, o intervalo de aplicação dos produtos deve ser de no máximo 3 dias pois
em nossas condições climáticas o ciclo do ácaro é acelerado. Devemos utilizar sempre
produtos seletivos (não eliminar inimigos naturais) tendo o cuidado em rotacionar sempre
seus princípios ativos para diminuir o risco de resistência.
Tabela 1: Lista de alguns produtos indicados no controle de ácaros.
Produto Grupo
químico Princípio ativo Dose (ml/100l) Modo de ação
Vertimec/abame
x
Avermectina Abamectina 30-50 Contato (adulto)
Tedion Tetradifon Tetradifon 200-300 Contato(ovicida)
Pirate Pyrrole Chlorfenapyr 40-50 Contato (adulto)
Kúmulos/
Thiovit
Enxofre Enxofre 200 Contato
Cascade Fluxenoxuron 50 Contato
(ovo-jovem)
Biosec - Sais
potássicos de
ácidos graxos
200-300 Contato(adulto)
Obs 1: Ácaros predadores são usados com sucesso por alguns produtores de rosas.
Estes são ácaros de corpo achatado e de contorno oval (foto 5) que movem-se
rapidamente a procura do alimento ácaro-praga: de preferência os tetraniquídeos.
Obs 2: Durante a aplicação de produtos é muito importante levar em consideração o
posicionamento do jato (de baixo para cima, para pegar a parte inferior das folhas), o
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CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS DE FLORES E HORTALIÇAS
201
volume de calda aplicado (na faixa de 1200 l/ha), e o uso de espalhantes adesivos para
uniformizar a calda na planta.
Obs 3: Mesmo que o produto tenha registro para o controle de ácaro, deve-se sempre
fazer testes em áreas pequenas para observar sintomas de fitotoxidez, que é muito
comum em nossas condições.
FOTO 1: Detalhe do adulto, forma jovem e ovo de ácaro rajado (Tetranichus urticae).
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202
FOTO 2: Sintoma do ataque de ácaro em uma folha de rosa.
FOTO 3: Detalhe do uso de mangueira (A), Aspersão (B) e microaspersão (C) para manter a umidade no local de cultivo.
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FOTO 4: Técnica da lavagem de ácaros utilizando pistola de pulverização e adaptador caseiro.
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FOTO 5: Ácaro predador em uma folha de rosa. FRUTAL’2003
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2 - MOSCA BRANCA (Bemisia tabaci e Bemisia argentifolii) Nesta seção nos limitaremos a comentar sobre a sintomatologia do ataque, danos e
controle em flores, uma vez que a sua descrição já foi citada no capítulo referente a pragas
em tomateiro.
SINTOMATOLOGIA O sintoma mais notório do ataque de mosca branca em roseiras é a presença de
fumagina (foto1) sobre ramos e folhas, (fungos saprófitos que aparecem devido a excreção
de uma substância açucarada).
DANOS - Por se alimentarem de seiva do floema, provocam a debilidade das plantas podendo
leva-las a diminuição de produção ou até mesmo a morte.
- Perda de qualidade comercial, devido a presença de fumagina (aparência).
- A detecção da presença de apenas um ovo, ninfa ou adulto na folhagem de uma haste
que está sendo exportada, leva a perda total do embarque, pois a carga é apreendida e
incinerada.
CONTROLE Para que se consiga um controle realmente efetivo da “praga do século” (mosca
branca), devemos levar em consideração uma série de medidas, que envolve diversos
órgãos (municipais, estaduais e federais):
I) Medidas Legais:
- Barreiras fitossanitárias devem ser montadas em portos, aeroportos, etc.
- O incentivo a pesquisa é de fundamental importância.
- Registros emergenciais de produtos para seu controle devem ser dados em casos
extremos.
II) Medidas educativas:
Palestras, cursos e campanhas no meio de comunicação devem ser intensificadas, para
um melhor conhecimento da praga (ciclo, hábitos, etc.).
FRUTAL’2003
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205
III) Medidas Físicas:
- Uso de plástico amarelo (atrativo de mosca branca) com uma substância colante (cola
própria, graxa, etc.) é de fundamental importância no monitoramento para se detectar a
presença da mosca no local de cultivo. (foto2)
- Plástico com uma altura mínima de 2,5 metros ao redor das estufas dificulta
significativamente o acesso da praga ao cultivo. (foto3)
- O uso de tela anti-afídeos também constitui uma excelente barreira.
IV) Medidas auxiliares:
- Monitorar diariamente o cultivo.(foto4)
- Procurar posicionar os pulmões das plantas de maneira que facilite a aplicação de
defensivos. (foto 5)
Obs: No cultivo de rosas em vasos, uma prática cultural indispensável é a formação de
pulmões, que consiste em baixar as hastes sem valor comercial para que a planta possua
bastante folhas que realizem fotossíntese. O posicionamento desses pulmões quase que
evita a penetração de defensivos, servindo assim, como esconderijo ideal para pragas,
fazendo com que o controle da mosca branca e ácaros sejam bastante dificultados.
- Erradicar plantas daninhas hospedeiras.(foto6)
- Aplicar detergente neutro na folhagem atacada (excelente controle de ninfas).
V) Controle químico:
Em qualquer programa de pulverização a rotatividade de produtos pertencentes a grupos
químicos e princípios ativos distintos é muito importante no que diz respeito a minimizar o
risco da praga ou doença adquirir resistência.
Um programa de controle de mosca branca utilizado com sucesso ao nível de campo no
cultivo de rosas, gérberas e lisianthus, será apresentado a seguir:
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206
Produto Grupo Químico Princípio Ativo Ação
Calypso / Confidor
Neonicotinoides
Thiacloprid/imidacloprid Adulto-Residual
Sanmite Piridazonas Piridaben Adulto-Choque
Applaud* Tiadiazin Buprofezin Fisiológico-ninficida
Cordial Piridil Éter Pyryproxyfen Ovicida-Ninficida-
esterelizante
Orthene/Cefanol Fosforados Acephate Adulto-Residual
Meothrin Piretróides Fenpropathrin Adulto-Choque
Applaud - Registrado para Gérberas e Begônias
Cordial, registrado para tomate e pepino.
Para verificar alterações, consultar MARA, literatura e fabricantes
O intervalo das aplicações irá depender do nível de infestação que se encontra no cultivo:
ADULTO NINFA NÍVEL N0 DE
APLICAÇÕES
SEMANAIS
% N0 / PLANTA % N0 /
PLANTA
Gravíssimo 4 > 26 > 2 > 26 > 10
Grave 3 11 –25 1,1 a 2 11-25 5 a 9
Médio 2 6-10 0.3 a 1 6-10 2 a 4
Baixo 1 <5 0,1 a 0,2 <5 1 a 2
Obs: Na Serra de Ibiapaba as prováveis espécies que atacam roseiras são Bemisia tabaci
e Bemisia argentifolii.
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FOTO 1: Fumagina causada pelo ataque de Mosca branca em uma folha de rosa.
FOTO 2: Armadilhas amarelas com cola especial para monitoramento de mosca-branca.
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FOTO 3: Detalhe da estufa, mostrando a barreira física contra
a entrada de mosca branca exercida pelo plástico.
FOTO 4: Monitoramento de pragas e doenças em um plantio comercial de rosas.
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FOTO 5: Comparativo entre dois tipos de formação de
pulmão em rosas. Fileira dupla (A) e fileira única (B).
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211
FOTO 6: Presença de mosca-branca em plantas daninhas.
3) SCIARA (“Fungus gnats”): O mosquito sciara é um pequeno inseto (2 a 5mm) pertencente a ordem díptera
(Gênero: Bradysia sp.) e família sciaridae disseminado mundialmente em viveiros de
plantas, floriculturas e jardins. Seu ciclo de vida compreende 4 estágios : ovo, larva,
pulpa e adulto (foto 1) que na temperatura ideal de 250C e umidade elevada ocorre entre
10 e 14 dias. As fêmeas procuram locais úmidos para ovoposição e chegam a por até
200 ovos.
O adulto tem asas cinza fosca e antenas longas (fotos 2 e 3) sendo encontrados
andando sobre vasos e canteiros ou voando ao redor das plantas. A larva, de até 8mm, é
translúcida e com característica particular em possuir a cabeça preta (foto 4).
O adulto se alimenta de fungos existentes na matéria orgânica do substrato e as
larvas, de fungos e também de tecidos das plantas. São conhecidos ao redor de 100
gêneros e possivelmente mais de 1000 espécies do mosquito. 193 espécies colocadas
em 29 gêneros estão reportados para o neotrópico.
SINTOMATOLOGIA As plantas começam a murchar devido ao ataque direto da larva se alimentando
dos tecidos da raiz formando galerias e indiretamente por serem contaminadas por
algum tipo de patógeno, como fungos, bactérias, etc. (foto 5)
DANOS - Na falta de matéria orgânica migram para as plantas.
- Destroem o sistema radicular e o colo das plantas, formando galerias em toda sua
extensão.
- Apodrecimento do colo das plantas e redução de tamanho.
- Morte acentuada de mudas em estufas de propagação.
- Perdas consideráveis na produção devido morte de plantas atacadas.
CONTROLE Para que se obtenha sucesso no controle de sciara (“Fungus gnats”) a associação
de práticas alternativas, controle biológico e a utilização correta de defensivos agrícolas
deve ser levada em consideração.
FRUTAL’2003
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212
I - Medidas alternativas:
- Adquirir mudas de locais idôneos.
- Distribuição de armadilhas amarelas (atrativas de adultos) com cola adesiva dispostas
na horizontal acima dos vasos e na vertical em baixo das bancadas (adultos). (foto 6)
- Distribuição de iscas feitas com pedaços de batata-inglesa cortados em cunha ao nível
do solo e substrato (larvas).
- Utilização de “mulching” ou outras formas para manter a superfície do solo ou substrato
seco, evitando assim que as fêmeas depositem seus ovos (foto 7).
- Isolamento do cultivo com uso de telas com malhas finas (volta ao mundo, tela anti-
afídeos) para evitar o trânsito de adultos de um local afetado para outro.
- Evitar entrar no local de cultivo com roupa amarela.
II) Controle Biológico:
Diversos agentes biológicos de controle estão sendo utilizados por produtores do mundo
inteiro. Estes incluem ácaros e nematóides predadores.
III) Controle Químico:
O controle químico deve ser realizado com pulverizações direcionadas para o colo das
plantas (foto 8), com produtos eficientes, procurando sempre alternar os grupos químicos e
princípios ativos, pois a praga adquire resistência muito rápido aos defensivos.
Objetivando aumentar a eficiência do controle de sciara, utilizando defensivos
químicos, foi realizado um experimento por CRUZ, G.F. et al. a nível de “laboratório”, onde
os resultados se encontram à disposição no livro de resumos do 430 Congresso Brasileiro
de Olericultura.
A seguir temos a relação dos princípios ativos com respectivas dosagens e modo de
ação, que exerceram melhor controle de larvas de Fungus gnats :
Princípio Ativo Dose (ml/100 litros) Modo de ação
Cartap 250 Contato
Carbaryl 150 Contato
Pyridaben 100 Contato
Difluobenzuron 50 Fisiológico
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Atenção: Nem um dos produtos utilizados têm registro para controle de Fungus gnats
(Diptero : Siciaridae), devendo então a quem interessar entrar em contato com ministério da
agricultura ou órgãos competentes.
F
F
F
2
OTO 1: Detalhe da pulpa (A), larva (B) e adulto (C) de Fungus gnats (Sciara)
OTOS 2 e 3: Asas cinza-fosca (D) e antenas lon
OTO 4: Detalhe da cabeça da larva (cor preta
FRUTAL’2003 - COOPERATIVISMO E AGRON
CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS DE FL
14
gas (E).
).
EGÓCIO - ORES E HORTALIÇAS
F
F
FOTO 5: Sintomatologia do ataque de sciara em uma planta de gérbera.
OTO 6: Armadilhas amarelas distribuídas em um cultivo de gérberas.
OTO 7: Alternativas para manter a superfície do substrato do vaso seco.
FRUTAL’2003 - COOPERATIVISMO E AGRONEGÓCIO -
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216
FOTO 8: Detalhe da pulverização dirigida para o colo da planta de gérbera.
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CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS DE FLORES E HORTALIÇAS
4 - LAGARTA
Lagarta rosca – Agrotis ipsilon.
A lagarta rosca provoca danos na cultura de rosas, podendo levar plantas adultas
à morte. Mudas recém plantadas são mais facilmente atacadas e danificadas. Ver danos
nas fotos 1, 2, 3, e 4.
FOTO 1 – Lagarta rosca em rosas
FOTO 2 – Adulto da Lagarta Rosca
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DANOS PROVOCADOS PELO ATAQUE DE LAGARTA ROSCA
d
FOTO 3 – Caule danificado e lagarta rosca
FRUTAL’2003 - COOPERATIVISMO E AGRO
CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS DE
218
FOTO 4 – Lagarta rosca anificando o caule de uma
NEGÓCIO - FLORES E HORTALIÇAS
FRUTAL’2003 - COOPERATIVISMO E AGRONEGÓCIO -
FOTO 6 – Adulto de Spodoptera frugiperda
CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS DE FLORES E HORTALIÇAS
219
Lagarta do Cartucho do milho – Spodoptera frugiperda Os danos causados por esta praga afetam a qualidade das hastes por danificarem
as folhas e botões florais. Flores para exportação terão que ser totalmente isentas de
larvas de lepidópteros, sob pena de apreensão e incineração de todo lote exportado, se
constatado uma única larva. Ver fotos 5, 6, 7 e 8
FOTO 5 - Lagarta do Cartucho ou Lagarta Militar
FRUTAL’2003
FOTO 8 – Botão floral destruído por lagarta militar
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220
FOTO 7 - Folha furada pela lagarta Spodoptera frugiperda
DANOS PROVOCADOS PELA LAGARTA DO CARTUCHO
MÉTODOS DE CONTROLE DE LEPIDOPTEROS
De os vários métodos de controle de lagartas, podemos desntre tacar:
) Uso de armadilhas com feromônio (atrativo sexual ), visando captura dos adultos
machos, com redução de fêmeas fertilizadas e postura de ovos.
FOTO 9 – Armadilha com feromônio = 4 unidades/ha
b) Aplicação de vespas de trichogramma, parasitas de ovos de lepidopteros.
FOTO 10 – Aplicação FOTO 11 – Vespa de Trichogramma.
a
FRUTAL’2003 - COOPERATIVISMO E AGRONEGÓCIO -
CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS DE FLORES E HORTALIÇAS
221
c) Controle químico, com uso de inseticidas, apresenta dificuldade de produtos com
efetuam um
Ver no capítulo sobre tomate, relação de defensivos com eficiência sobre Agrotis
ipisilon e Spodoptera frugiperda.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1- AMORIM, D.S. Família Sciaridae – On Line
URL:http://www.inbio.ac.cr/papers/insectocr
registro em rosas. Por outro lado, o uso de trichogramma e feromônio
controle satisfatório.
5- GALLI, F., et al. Manual de Fitopatologia. Editora Agronômi
– texto 629.html.arquivo capturado em
14.02.2003.
2- SILVA, L. O que é “Fungus gnats”? [Onlina]. URL: http://www.aflori.com.br. Arquivo
capturado em 15/02/02.
3- AZEVEDO, F.R. Identificação e controle de ácaros de importância agrícola para o
estado do Ceará. Agricultura irrigada do Ceará, ano 3, n.3. 40p.
4- HOEST, R.K. Compendio de enfermedades de rosas. Equador, Maio de 1998, 50p.
ca ceres LTDA. 1980,
587p.
6- ROMOLEROUX, A.T. Vademecum florícula ,2 Edição, Quito Ecuador, 2001, 496p.
7- OLIVEIRA, M.R.V., SILVA. O.L.R. Alerta fitossanitário 1. Ministério da Agricultura,
Brasília-DF, 1997, 16p.
8- REIJERS e STWART - Doenças em roseiras cultivadas em estufas (cd-Room)
9- ANDREI, E. Compêndio de defensivos Agrícolas. Organização Andrei editora LTDA.
São Paulo, 1999, 672p.
0
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CCUURRRRÍÍCCUULLOO DDOO IINNSSTTRRUUTTOORR
Nome: Gustavo Filgueira Cruz Formação: Engenheiro Agrônomo Empresa/Instituição: Reijers Produção de Rosas Ltda. Cargo: Gerente Geral de Produção Endereço Com.: SSííttiioo LLaaggooaa JJuussssaarraa ss//nn Cidade: SSããoo BBeenneeddiittoo UF CCEE CEP 62.370-000 Telefone (88) 9961.7876 Fax E-mail reijersceara@uol.com.br
CCUURRRRIICCUULLUUMM VVIITTAAEE
Eng.º Agrônomo, pela Universidade Federal do Ceará (UFC), em 1996;
Ministração de diversos cursos na área de Plantas Medicinais, pela Universidade
Federal do Ceará – UFC em 1999;
Mestrado em Fitotecnia na área de Plantas Medicinais, pela Universidade Federal do
Ceará – UFC em 1999;
Bolsista de Desenvolvimento Científico Regional (DCR) pelo CNPq de mar/1999 a
nov/2000;
Credenciado para emissão de CFO (Certificado Fitossanitário de Origem), pela
Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) em 2002;
Gerente Geral de Produção da Empresa Reijers Produção de Rosas Ltda., no município
de São Benedito – CE, desde 2002.
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CITRICULTURA SEM SEMENTES NO NORDESTE PARA EXPORTAÇÃO
223
CCUURRRRÍÍCCUULLOO DDOO IINNSSTTRRUUTTOORR
Nome: Francisco Aliomar Albuquerque Feitosa Formação: Técnico em Agropecuária Empresa/Instituição: Estufas Macapá Cargo: Proprietário Endereço Com.: CE 187 – Distrito de Sussuanha Cidade: Guaraciaba do Norte UF Ceará CEP 62.380-000Telefone (88) 652.1083 / 9962.9248 Fax 88 652.1210 E-mail estufamcapa@lig.com.br
CCUURRRRIICCUULLUUMM VVIITTAAEE Técnico em Agropecuária, pela EICAM – Mombaça, CE, em 1975;
Coordenador de Escritório Local da ANCAR-CE de 1976 a 1979;
Gerente da Empresa Fazenda Bom Indústria e Comércio – produção de hortaliças e
fruticulturade 1979 a 1981;
Gerente da Companhia Industrial Ducoco – Fazenda Amontada – produção de Coco, de
1981 a 1984;
Gerente da Agropecuária Lima – Fazenda Salgado – Itapipoca – CE, produção de caju, de
1984 a 1985;
Proprietária da Solorico Com. e Rep. Ltda. – insumos e implementos agrícolas de 1986 a
1996;
Proprietário das Estufas Macapá – produção de mudas e hortaliças em estufas, desde 1995;
Consultor e coordenador técnico do Projeto Pingo D’Água – Quixeramobim – CE, 2001 –
2002;
Consultor do Governador do Estado do Maranhão – Projeto Ilha da Produção (hortaliças e
frutas), São Luiz – MA, de julho/2002 a Fev/2003;
Consultor técnico de várias empresas no desenvolvimento de defensivos e sementes e
programas de controle de pragas e doenças em hortaliças.
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CITRICULTURA SEM SEMENTES NO NORDESTE PARA EXPORTAÇÃO
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