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Contexto do Novo AcordoContexto do Novo AcordoContexto do Novo AcordoContexto do Novo AcordoOrtográficoOrtográficoOrtográficoOrtográfico
Livro 5
Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB
Curso: Conhecendo o Novo Acordo Ortográfico - Turma 09
Livro: Contexto do Novo Acordo Ortográfico
Impresso por: Mauricio Contratres
Data: terça, 28 Abr 2015, 07:27
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SumárioSumárioSumárioSumário
Módulo I - Contexto do Novo Acordo Ortográfico
Unidade 1: O acordo ortográfico
Unidade 2: A presença da língua portuguesa no mundo
Unidade 3: Como fica o nosso dicionário?
Unidade 4: Breve histórico do acordo ortográfico
Pág. 2
Exercícios de Fixação - Módulo I
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Módulo I - Contexto do Novo AcordoMódulo I - Contexto do Novo AcordoMódulo I - Contexto do Novo AcordoMódulo I - Contexto do Novo Acordo
OrtográficoOrtográficoOrtográficoOrtográfico
Ao final deste módulo, você deverá dominar o contexto do
novo acordo ortográfico, a presença da língua portuguesa no
mundo, as alterações no nosso dicionário e também um breve
histórico do Acordo Ortográfico.
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Unidade 1: O acordo ortográficoUnidade 1: O acordo ortográficoUnidade 1: O acordo ortográficoUnidade 1: O acordo ortográfico
Desde 1º de janeiro de 2009, estão em vigor no Brasil as regras do novo Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa.
Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
tem o objetivo primordial de unificar a ortografia nos países que têm o português como língua
oficial.
Ao fazê-lo, pretende garantir maior status à língua portuguesa no plano internacional, facilitando
o intercâmbio cultural, comercial e jurídico-institucional entre os países da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Assim, incrementando o prestígio internacional do português, habilita-o a ingressar no rol dos
idiomas oficiais utilizados na Organização das Nações Unidas (ONU).
Tais medidas, entretanto, não têm aplicabilidade imediata. O decreto legislativo assinado pelo
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê um período de transição para a aplicação das novas
regras: de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015.
Nesse período, as duas grafias são reconhecidas como oficiais. No entanto, a partir de 1º de
janeiro de 2016, a ortografia oficial vigente será aquela assentada nas bases do Acordo
Ortográfico.
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Unidade 2: A presença da língua portuguesa noUnidade 2: A presença da língua portuguesa noUnidade 2: A presença da língua portuguesa noUnidade 2: A presença da língua portuguesa no
mundomundomundomundo
Estima-se
que mais de
240 milhões
de pessoas
falem
português, o
que faz da
nossa, a
quinta língua
mais falada no mundo e a terceira no Ocidente. Ainda assim, o português ostentava (ou
ostenta) o título de ser o único idioma no mundo a ter duas ortografias oficiais, a do
Brasil e a de Portugal.
Vídeo 1/2
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Não é possívelconectar-seO Firefox não conseguiu estabelecer uma
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Este site pode estar temporariamente fora do
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alguns instantes.
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computador.
Vídeo 2/2
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alguns instantes.
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Países e regiões onde se fala português.
Ocorre que, do
ponto de vista das
relações
internacionais, a
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dupla grafia oficial
implica flagrantes
desvantagens ao
País, pois dificulta a
afirmação do idioma
no âmbito das
Nações Unidas, bem
como limita a
possibilidade de compartilhamento, entre países lusófonos, de conteúdos no plano cultural,
comercial e político.
Com vistas a mudar essa realidade, um dos propósitos fundamentais do Acordo, como vimos, é
congregar em torno do mesmo sistema ortográfico, todos os Estados signatários (as chamadas
partes), a saber: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e
Príncipe e Timor-Leste.
Ressalte-se que as partes, na formulação do Acordo, mesmo buscando o consenso entre as
ortografias brasileira e portuguesa, optaram, em alguns casos, por manter duas redações
oficiais.
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Unidade 3: Como fica o nosso dicionário?Unidade 3: Como fica o nosso dicionário?Unidade 3: Como fica o nosso dicionário?Unidade 3: Como fica o nosso dicionário?
Do ponto de vista do léxico da língua portuguesa, estima-se que o número de palavras cuja
ortografia foi alterada com a celebração do Acordo, segundo dados da Academia de Ciências de
Lisboa, é de pouco mais de duas mil num universo de cerca de 110.000. Com isso, unifica-se a
ortografia de aproximadamente 98% do total de palavras da língua portuguesa.
No caso brasileiro, calcula-se que as modificações atingiram aproximadamente 0,5% das
palavras. Já no caso do português de Portugal, a estimativa é de que 1,6% dos vocábulos foi
alterado com a entrada em vigor do novo Acordo.
Observamos que, nesse levantamento, não foram contabilizadas, à época, as alterações
decorrentes das novas regras de uso do hífen, bem como aquelas resultantes da supressão do
trema.
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Unidade 4: Breve histórico do acordo ortográficoUnidade 4: Breve histórico do acordo ortográficoUnidade 4: Breve histórico do acordo ortográficoUnidade 4: Breve histórico do acordo ortográfico
Pelo quadro abaixo, pode-se acompanhar, no tempo, como evoluiu o processo de unificação da
ortografia da língua portuguesa.
BREVE HISTÓRICO DO ACORDO ORTOGRÁFICO
1904O foneticista Gonçalves Viana (1840-1914) publica, em Lisboa, a maior
obra sobre ortografia da língua portuguesa, a Ortografia Nacional, que foi
adotada pelo governo português como oficial em 1911. Nela, o estudioso
apresenta proposta de simplificar a ortografia:
• eliminação dos fonemas gregos /th/ (theatro), /ph/ (philosofia), /ch/
(com som de < k >, como em chimica), /rh/ (rheumatismo) e /y/ (lyrio);
• eliminação das consoantes dobradas, com exceção de < rr > e < ss >:
‘cabello’ (=cabelo); ‘communicar’ (=comunicar); ‘ecclesiastico’
(=eclesiástico); ‘sâbbado’ (=sábado).
• eliminação das consoantes nulas, quando não influenciam na pronúncia
da vogal que as precede: ‘licção’ (=lição); ‘dacta’ (=data); ‘posthumo’
(=póstumo); ‘innundar’ (=inundar); ‘chrystal’ (=cristal);
• regularização da acentuação gráfica.
1907A partir de uma proposta do jornalista, professor, político e escritor
Medeiros e Albuquerque, a Academia Brasileira de Letras (ABL) elabora
projeto de reformulação ortográfica com base nas propostas de Gonçalves
Viana.
1911Portugal oficializa, com pequenas modificações, o sistema de Gonçalves
Viana.
1915A ABL aprova a proposta do professor, filólogo e poeta Silva Ramos, que
ajusta a reforma ortográfica brasileira aos padrões da reforma portuguesa
de 1911.
1919A ABL volta atrás e revoga o projeto de 1907, ou seja, não há mais
reforma.
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1931A Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras
assinam acordo para unir as ortografias dos dois países.
1933O governo brasileiro oficializa o acordo de 1931.
1934A Constituição brasileira revoga o acordo de 1931 e estabelece a volta das
regras ortográficas de 1891, ou seja, ‘ortografia’ voltaria a ser grafada
‘orthographia’. Protestos generalizados, porém, fazem com que essa
ortografia seja considerada optativa.
1943Convenção Luso-Brasileira retoma, com pequenas modificações, o acordo
de 1931.
1945As modificações introduzidas pelo novo Acordo, ao priorizarem a ortografia
lusitana, foram de tal monta que provocaram intensos protestos de parte
dos brasileiros, culminando com a revogação do Acordo em 1955,
restabelecendo-se o sistema ortográfico, instituído no Brasil em 1943.
Divergências na interpretação de regras resultam no Acordo Ortográfico
Luso-Brasileiro. Em Portugal, as normas vigoram, mas o Brasil mantém a
ortografia de 1943.
Como consequência passaram a existir duas normas ortográficas oficiais
para a língua portuguesa: uma brasileira (1943) e uma lusitana (1945).
1971 Decreto do governo altera algumas regras da ortografia de 1943:
• abolição do trema nos hiatos átonos: ‘saüdade’ (=saudade), ‘vaïdade’
(=vaidade);
• supressão do acento circunflexo diferencial nas letras < e > e < o > da
sílaba tônica das palavras homógrafas, com exceção de ‘pôde’ em
oposição a ‘pode’: ‘almôço’ (=almoço), ‘êle’ (=ele), ‘enderêço’
(=endereço), ‘gôsto’ (=gosto);
• eliminação dos acentos circunflexos e graves que marcavam a sílaba
subtônica nos vocábulos derivados com o sufixo < -mente > ou iniciados
por < z >: ‘bebêzinho’ (=bebezinho), ‘vovôzinho’ (=vovozinho), ‘sòmente’
(=somente), ‘sòzinho’ (=sozinho), ‘ùltimamente’ (=ultimamente).
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1975As colônias portuguesas na África (São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau,
Cabo Verde, Angola e Moçambique) tornam-se independentes.
1986São finalmente redigidas as Bases Analíticas da Ortografia Simplificada
de 1945, renegociadas em 1975 e consolidadas em 1986.
Iniciam-se, assim, as discussões de que resultaram as bases do novo
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entre Brasil, Portugal, Angola,
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
1991Surge outra versão do documento anterior (1986): o Acordo de
Ortografia Simplificado entre Brasil e Portugal para a Lusofonia,
conhecido como Acordo Ortográfico de 1995, aprovado oficialmente em
1995 pelos dois principais países envolvidos (Brasil e Portugal).
1995Brasil e Portugal aprovam oficialmente o documento de 1991, que
passa a ser reconhecido como Acordo Ortográfico de 1995.
1998Em Cabo Verde, foi assinado um Protocolo Modificado ao Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa, mas apenas Brasil, Portugal e Cabo
Verde o aprovaram.
No Primeiro Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa, fica estabelecido que todos os membros da Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) devem ratificar as normas
propostas no Acordo Ortográfico de 1995, para que este seja
implantado.
2002Timor-Leste torna-se independente e passa a fazer parte da CPLP.
2004Com a aprovação do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa, fica determinado que basta a
ratificação por três membros para que o acordo entre em vigor.
No mesmo ano, o Brasil ratifica o Acordo.
2005Cabo Verde ratifica o Acordo.
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2006São Tomé e Príncipe ratifica o documento, possibilitando a entrada em
vigor do Acordo.
2008Portugal aprova o Acordo Ortográfico.
2008 O Decreto Presidencial nº 6.583, de 29 de setembro de 2008,
determina a implementação do Acordo Ortográfico a partir de 1º de
janeiro de 2009 no Brasil, estabelecendo período de transição de 1º de
janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012.
2012 O Decreto Presidencial n° 7.875, de 27 de Dezembro de 2012, alterou
o Decreto no 6.583, de 29 de setembro de 2008, e prorrogou o período
de transição, que, agora, corresponderá a 1o de janeiro de 2009 a 31
de dezembro de 2015. Durante o período coexistirão as duas normas
ortográficas.
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Exercícios de Fixação - Módulo IExercícios de Fixação - Módulo IExercícios de Fixação - Módulo IExercícios de Fixação - Módulo I
Parabéns! Você chegou ao final do Módulo I de estudo do curso Conhecendo o Novo Acordo
Ortográfico.
Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e
responda aos Exercícios de Fixação. O resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá
como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma
de ensino faz a correção imediata das suas respostas!
Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui.
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