Post on 07-Apr-2016
Congresso Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão
Silvio Renato Rangel SilveiraABRAPP – Coordenador da Comissão AD HOC, membro CTNI, membro Conselho DeliberativoCNPC – representante da ABRAPP na CT 4FIBRA – Fundação Itaipu Brasil - Diretor Superintendente
“Rentabilidade dos investimentos, solvência e perspectivas dos planos CD e CV”
As opções previdenciárias, vistas como um MENU disponibilizado aos potenciais participantes e patrocinadores
regulação
EXIGÊNCIASflexibilidade
ExigênciasFLEXIBILIDADE
mídia
Investe em canais de venda, marketing, é cliente da mídia
Visto como “churrascão da gente diferenciada”, é alvo da mídia.
MENU
PREVIDÊNCIA ABERTAPromoção: Coma aqui pagando com a dedução de seu imposto, e ainda leve um brinde.
PREVIDÊNCIA FECHADAFechado para os outros. Só atendemos clientes convidados. Fazemos a comida saudável que você precisa, não a que você gosta. NÃO INSISTA.
Cliente em potencialPatrocinador em potencialInstituidor em potencial
Sistema Fechado ou Previdência em Grupo, Previdência coletiva?
Sistema Fechado: nome passa percepção negativa, ideia de exclusividade, privilégio, exclusão.
Entidades ditas “fechadas” não trabalham com o conceito de exclusividade, e sim o com o conceito de cooperativismo, coletividade, solidariedade, gestão sem fins lucrativos, produzir o máximo benefício possível para o participante, ao menor custo para o participante e patrocinador.
Mudança de conceito: para crescer, precisamos nos abrir, sem perder a característica coletiva, sem fins lucrativos e solidária.
Modelo atual de regulação produz incentivos a produtos financeiros equivalentes aos incentivos de produtos previdenciários, e as exigências dos produtos previdenciários são superiores às exigências dos produtos financeiros, induzindo a decisão dos potenciais participantes e patrocinadores.
Necessidade de quebra de paradigmas! Fundos Fechados Fundos Previdenciários Coletivos / em grupo.
Fundos de Pensão brasileiros apresentam resultados de investimentos acima das necessidades atuariais no longo prazo
OBS: Resultado preliminar, sujeito à modificação dependendo da necessidade de consistência do levantamento de dados da previdência complementar aberta. Elaboração dos dados: ABRAPP, utilizando extração dos dados da ANBIMA com programa da RiskOffice , com o seguinte filtro: categorias de fundos de Previdência da ANBIMA, excluindo os FICs para não gerar duplicidade. Universo de dados mantidos na amostra: Fundos de Pensão: 321 fundos associados à ABRAPP, que administram R$ 700 bilhões Previdência Aberta: 471 fundos selecionados da base de dados, com patrimônio de R$ 480 bilhões.
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 20140%
50%100%150%200%250%300%350%400%450%500%
Rentabilidade Acumulada (Ponderada pelo PL)
Fundos de Pensão Previdência AbertaMeta Atuarial dos Fundos de Pensão
Sistema Fechado apresenta bons resultados de investimentos no longo prazo
Sistema fechado (fundos de pensão): dados transparentes e disponíveis demonstram que EFPCs geraram resultados consolidados acima das metas atuariais no longo prazo (450% x 300%)
Sistema aberto (visa lucro): não há clareza nas bases de dados que permitam segurança na análise comparativa. Análises preliminares (em fase de conclusão) indicam que fundos de pensão podem ter obtido desempenho de rentabilidade 60% maior do que o sistema aberto no período de 2003 a 2014 (450% x 280%);
Resultado de investimentos obtidos pelos fundos de pensão brasileiros contradiz imagem negativa da opinião pública e da mídia em geral quanto à gestão de investimentos do sistema fechado. Ao mesmo tempo há total omissão de dados e de atenção da mídia para os resultados dos fundos previdenciários vendidos pelo sistema aberto.
Casos pontuais e isolados de problemas no sistema fechado contaminam a imagem de todo o sistema. Necessidade de apurar e punir responsáveis, mas também de separar o “joio do trigo”, evitando generalizações que, além de equivocadas, são injustas com o sistema como um todo (e acabam atendendo a interesses de terceiros).
Apesar de ser um sistema mais protetivo, mais rentável e barato, os fundos de pensão tem tido baixo crescimento de novos participantes e de novos patrocinadores.
Qtde de participantes: de 1,87 milhões em 1995 para 2,78 milhões em 2014 (crescimento vegetativo de 2% ao ano)
Planos estão se tornando maduros (pagando mais benefícios do que recebendo contribuições)
2010 2011 2012 2013 2014Contribuições 22,60 27,93 29,15 32,22 33,59Benefícios 35,04 49,03 47,64 48,54 53,09Saldo -12,44 -21,10 -18,49 -16,32 -19,50
COMPARATIVO ENTRE CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS E BENEFÍCIOS PAGOS PELOS FUNDOS DE PENSÃO
Fundos de Pensão vem efetivamente cumprindo a missão para a qual foram instituídos, pagando benefícios a seus participantes.
Baixas adesões + pagto de benefícios = estagnação / encolhimento do patrimônio do sistema, apesar das boas rentabilidades
20052006200720082009201020112012201320140.00
100,000,000,000.00
200,000,000,000.00
300,000,000,000.00
400,000,000,000.00
500,000,000,000.00
600,000,000,000.00
BDCVCD
Ano
Ativo
Em função da estagnação da qtde de adesões, e do pagamento de benefícios em valores superiores às receitas, o patrimônio dos fundos de pensão tende à estagnação ou redução, apesar das boas rentabilidades de investimentos
Enquanto isto, as entidades abertas (que visam lucros) ganham terreno
Contribuições anuais superiores a R$ 70 bilhões para sistema aberto (contra R$ 33 bilhões de contribuições de contribuições para sistema fechado);
Estima-se em mais de 10 milhões de planos ativos no sistema aberto (contra 3,2 milhões de participantes ativos e assistidos dos planos fechados)
Situação demanda reflexão profunda dos rumos dos fundos de pensão (produtos , necessidade dos clientes, regulação) de forma a tornar-se atrativo para novas adesões de patrocinadores e participantes, como alternativa viável ao sistema aberto.
Fonte: Folha de SP, informe publicitário do sistema aberto
Planos BDs: uma espécie em extinção
Planos BDs representam menos de 30% do total dos planos ativos Mas ainda possuem mais de 70% do patrimônio dos fundos de pensão
10
ATIVOS PASSIVOS
Contribuições PatrocinadorParticipantes AtivosParticipantes assistidos
RentabilidadeCondições de mercadoAlocaçãoGestão
Massa de participantesSalário dos AtivosBenefício dos AssistidosIdadeGrupo Familiar (filhos, cônjuges)
Gestão de RH do patrocinadorReajustes anuais acima da inflaçãoCrescimento salarialConcessão de adicionais salariais
Hipóteses atuariaisLongevidadeTaxa de jurosEtc.
Demandas Judiciais
Equilíbrio de um fundo de pensão: fatores relevantes
Déficits e suas diferentes origens
Todo déficit é produto de má-gestão?
Algumas possíveis origens de déficits:
1) Resultados insuficientes dos ativos no longo prazo má-gestão dos investimentos? conjuntura do mercado financeiro? risco inerente aos investimentos?
2) Elevação não prevista dos passivos aumento da longevidade? elevação salarial acima da inflação dos ativos? reajuste dos aposentados acima da inflação? contingências judiciais? da redução da taxa de juros atuarial?
3) Precificação de ativos e passivos? Regulação?
4) Combinação dos fatores acima? Outros fatores?
Déficits e suas diferentes origens
Identificar corretamente a origem do déficit demanda análise individualizada, caso a caso, numa perspectiva de longo prazo, considerando tanto aspectos estruturais quanto conjunturais.
IMPORTANTE SEPARAR O “JOIO DO TRIGO”, PARA NÃO AFETAR, INJUSTAMENTE, A IMAGEM DE TODO O SISTEMA DE FUNDOS DE PENSÃO.
NECESSIDADE DE EQUILIBRAR A JUSTA DEMANDA PÚBLICA E DOS PARTICIPANTES POR PUNIÇÃO DOS CASOS PONTUAIS COM A DEFESA E EXALTAÇÃO DAS QUALIDADES DO SISTEMA FECHADO.
QUANTO VALE? (Programa TV “PRICING THE PRICELESS”)
Aspectos Regulatórios: Precificação de Ativos e Passivos
Valor para: Objetivo Analogia
Construção Busca apurar custo de construção, e identificar oportunidade lucro na venda.
Operações ilíquidas, médio e longo prazos, seu valor está no futuro!
Exploração Econômica
Busca auferir fluxo de caixa futuro, no longo prazo.
Demolição e venda como sucata
Busca auferir valor no curto prazo. Operações líquidas, curto prazo, MtM. Seu valor está no presente!
Fluxo de caixaFuturo
20152016..
2050
Critério de Precificação
REALIDADE
PERCEPÇÃO Valor Presente
MUDANÇA DE PARADIGMA
PRESENTE
FUTURO
Aspectos Regulatórios: Precificação de Ativos e Passivos
15
GESTÃO DO PLANO
Precificação de Passivo
Precificação de Ativos
Solvência
O Tripé da Gestão do Plano: Passivo + Ativo + Solvência
16
GESTÃO DO PLANO
Precificação de Passivo
Precificação de Ativos
Solvência
2012 – CNPC 9(Tx fixa arbitrada)(queda de juros)
O Tripé da Gestão do Plano: Passivo + Ativo + Solvência
17
GESTÃO DO PLANO
Precificação de Passivo
Precificação de Ativos
Solvência
2012 - CNPC 9(Tx fixa arbitrada)
(queda juros)
2012 – CNPC 10 (queda juros, superávit)
2013 – CNPC 13 (alta juros, déficit)
2014 – CNPC 14 (alta juros, déficit)
O Tripé da Gestão do Plano: Passivo + Ativo + Solvência
DURATION
GESTÃO DO PLANO
Precificação de Passivo
Precificação de Ativos
Solvência
CNPC 15(MtM suavizado)
CNPC 16(MtM suavizado)
CGPC 26(déficit 10% / 3 anos)
(superávit 25%)2014
O tripé regulatório ainda não permite a gestão equilibrada dos planos: falta ajustar a regra de solvência!!!
O Tripé da Gestão do Plano: Passivo + Ativo + Solvência
PRINCIPIOS DEFENDIDOS PELA ABRAPPINTEGRAÇÃO Integrar abordagens de gestão de ativos , passivos e
solvência
EQUILÍBRIO Demonstrar da situação real de equilíbrio dos planos, evitando artificialismos e casuísmos
EQUIDADE Tratar igualmente os iguais, e desigualmente os desiguais, na medida da desigualdade
ESTABILIDADE Regulação auto-ajustável às diferentes conjunturas e aos diferentes planos
INCENTIVOS Gestão de longo prazo, anti-cíclico.
ABRAPP: coerência e persistência na defesa dos princípios regulatórios
(ABRAPP, ANAPAR, PATROCINADORES, INSTITUIDORES)
SOCIEDADE CIVIL
GOVERNO(PREVIC, SPPC, FAZENDA,
PLANEJAMENTO, CASA CIVIL)
CONTADORES
ATUÁRIOS
ECONOMISTAS
ADVOGADOS
Etc.
(ABRAPP, ANAPAR, PATROCINADORES, INSTITUIDORES)
SOCIEDADE CIVIL
GOVERNO(PREVIC, SPPC, FAZENDA,
PLANEJAMENTO, CASA CIVIL)
CONTADORESATUÁRIOS
ECONOMISTASADVOGADOS
Etc.
Diferentes visões
acadêmicas
Diferentes papéis e
experiências
Diferentes diagnósticosDiferentes soluçõesDisputas por espaço
Conflitos
Sustentabilidade como premissa
Diagnósticos ComunsVisão Integrada
Diálogo
Estratégia de atuação
XA importância da união da sociedade civil na
apresentação de propostas e demandas ao governo
21
DURATION
GESTÃO DO PLANO
Precificação de Passivo
Precificação de Ativos
Solvência
O Tripé da Gestão do Plano: Passivo + Ativo + Solvência
22
Modelo Anterior x Novo Modelo
ANTES NOVO MODELOPASSIVO Taxa fixa para todo o fluxo, independente
do durationArbitrada pelo governoDesvinculada do mercado
CNPC 15 - Taxa variável, dependendo do duration, das condições de mercado (média 3 anos) e da carteira de investimentos.
ATIVO CGPC 4 – MtM e curva CNPC 16 – MtM e MtM Suavizada (média 3 anos) – efeito do ajuste na prática acaba com accrual
SOLVÊNCIA Déficit – 10%, 3 anos consecutivosSuperávit – 25%, redução 1% meta atuarialCritérios iguais para todos os planos, independente do estágio de maturidade
Déficit – 1% x durationSuperávit – 10% + (1% x duration)Critérios proporcionais ao duration dos planos.
SÍNTESE Modelo estático, desconsidera a maturidade dos planos, gera incentivos equivocados para gestão de curto prazo.
Modelo dinâmico, considera maturidade do plano, carteira de investimentos e condições de mercado, produz incentivos adequados às diferentes situações dos planos.“BD LIFE CICLE”
Fluxo de caixa projetado do
passivo
20152016..
2050
CNPC 15
Valor Presentedo Passivo
impacto proporcional ao duration do passivo
1 ano 5 anos 10 anos
Duration do Passivo
Taxa atuarial volátil
(CNPC 15)
Mantida a atual regra de solvência, há o risco de distribuição de superávits e de equacionamentos desnecessários de déficits, por não considerar as especificidades de cada plano.
Regras novas de precificação com regra antiga de solvência pode afetam destinação de superávits e equacionamento de déficits!
Superávit – teto de 25%
Déficit – limite de 10%
Necessidade de individualizar regra, para adequar os limites às necessidades específicas de cada plano
Limites automaticamente regressivos (gatilho automático)
Redução do duration (ciclo de vida, maturidade)
Limite superávit10% + (1% x duration)
Limite déficit(1% x duration)
Zona de equilíbrio
Zona de desequilíbrio
Equacionamentodéficit
Zona de desequilíbrio
Destinação superávit
15 anos 10 anos 1 ano
CONCLUSÕES
O Brasil possui um dos melhores sistemas de fundos de pensão do mundo, mas ele está estagnado, correndo o risco de encolher-se rapidamente nos próximos anos; Precisamos defender o sistema de fundos de pensão, punindo exemplarmente os desvios de conduta, mas exaltando as qualidades da maioria, separando o “joio do trigo”, e evitando generalizações; Precisamos buscar entender os potenciais clientes (participantes e patrocinadores), e procurar oferecer produtos que atendam suas necessidades; É importante identificar e monitorar a concorrência, e demandar regulação que não produza desequilíbrios e incentivos equivocados; São necessários ajustes na regra de solvência, de forma a permitir a gestão de longo prazo, e evitando imposição de contribuições extrarodinárias de participantes e patrocinadores quando elas não são necessárias, ao mesmo tempo em que exigindo-as quando são efetivamente necessárias. Os fundos de pensão precisam de condições adequadas para que se desenvolvam sadiamente, dentro de elevados padrões de governança que assegurem a gestão voltada para o legítimo interesse dos participantes e patrocinadores.
PARA REFLETIR
O lápis✏
O menino observava seu avô escrevendo em um caderno, e perguntou:
— Vovô, você está escrevendo algo sobre mim?
O avô sorriu, e disse ao netinho:
— Sim, estou escrevendo algo sobre você. Entretanto, mais importante do que as palavras que estou escrevendo, é este lápis que estou usando. Espero que você seja como ele, quando crescer.
O menino olhou para o lápis, e não vendo nada de especial, intrigado, comentou:
— Mas este lápis é igual a todos os que eu já vi. O que ele tem de tão especial?
— Bem, depende do modo como você olha. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir vivê-las, será uma pessoa de bem e em paz com o mundo, respondeu o avô.
PARA REFLETIR
— Primeira qualidade: assim como o lápis, você pode fazer coisas grandiosas, mas nunca se esqueça de que existe uma "mão" que guia os seus passos, e que sem ela o lápis não tem qualquer utilidade: a mão de Deus.
— Segunda qualidade: assim como o lápis, de vez em quando você vai ter que parar o que está escrevendo, e usar um "apontador". Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas ao final, ele se torna mais afiado. Portanto, saiba suportar as adversidades da vida, porque elas farão de você uma pessoa mais forte e melhor.
— Terceira qualidade: assim como o lápis, permita que se apague o que está errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos trazer de volta ao caminho certo.
— Quarta qualidade: assim como no lápis, o que realmente importa não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro dele. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você. O seu caráter será sempre mais importante que a sua aparência.
— Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida deixará traços e marcas na vida das pessoas, portanto, procure ser consciente de cada ação, deixe um legado, e marque positivamente a vida das pessoas.
OBRIGADO!Silvio Renato Rangel SilveiraABRAPP – Coordenador da Comissão AD HOCCNPC – representante da ABRAPP na CT 4FIBRA – Fundação Itaipu Brasil - Diretor Superintendente
41-3321-4365 - rangel@fundacaoitaipu.com.br
Congresso Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão
“Rentabilidade dos investimentos, solvência e perspectivas dos planos CD e CV”