Post on 09-Oct-2020
“Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a
sua justiça permanece para sempre.” (2 Co 9.9)
T E X T O D O D I A
Os textos bíblicos que tratam a respeito de dízimos e ofertas estão relacionados com justiça, misericórdia
e fé.
S Í N T E S E
Gênesis 14.18-24
18 - E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era
sacerdote do Deus Altíssimo.
19 - E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o
Possuidor dos céus e da terra;
20 - e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas
tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo.
21 - E o rei de Sodoma disse a Abrão: Dá-me a mim as almas e a fazenda
toma para ti.
22 - Abrão, porém, disse ao rei de Sodoma: Levantei minha mão ao
SENHOR, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra,
23 - e juro que, desde um fio até à correia dum sapato, não tomarei coisa
alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão;
24 - salvo tão-somente o que os jovens comeram e a parte que toca aos
varões que comigo foram, Aner, Escol e Manre; estes que tomem a sua
parte.
Leitura bíblica
• Para falar sobre o tema desta lição será
analisada/o :
1. uma narrativa bem conhecida de Gênesis sobre a
entrega de dízimo por Abraão à Melquisedeque, rei
de Salém, após a vitória surpreendente sobre quatro
grandes reis orientais.
2. um texto do NT bastante usado para falar sobre o
assunto (2 Co 9.9-10), além de dois textos que
mostram „ Jesus também lidou com o tema.
• Refletir como o estudo destes textos poderão
auxiliar no equilíbrio entre as contribuições e a
vida financeira do cristão.
INTRODUÇÃO
I – ABRÃO ENTREGOU O DÍZIMO A MELQUISEDEQUE PORQUE ERA DESPRENDIDO DE BENS MATERIAIS
Pr. Natalino das Neves www.natalinodasneves.blogspot.com.br (41) 98409 8094
• Gn 14 inicia com o relato da guerra entre reis
do orientes e reis cananeus.
• Quatro reis das maiores potências orientais da
época (Sinar, Elasar, Elão e Goim) derrotaram
os cinco reis das cidades cananeias (Sodoma,
Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar).
• Os vencedores, levaram consigo os prisioneiros,
entre eles o sobrinho de Abraão (Ló) e sua
família, além dos despojos da guerra, como era
o costume.
1. O motivo da gratidão de Abrão (Gn 14.1-17)
• Abrão, por meio da aliança com seus
confederados Aner, Escol e Manre e formaram
uma pequena tropa de 318 homens.
• O grupo foi atrás dos grandes reis do Oriente e
libertou os prisioneiros e recuperou os bens
materiais e alimentos (despojos).
• A primeira coisa que faz no retorno é entrega o
“dízimo de tudo” à Melquisedeque.
• Tudo = a totalidade dos despojos resgatados.
• Uma forma de reconhecimento e gratidão a
Deus.
1. O motivo da gratidão de Abrão (Gn 14.1-17)
• Melquisedeque (Malki-Sédeq = Rei de Justiça).
• Sacerdote de El Elyon, o Deus altíssimo.
• Rei de Salém, reino onde posteriormente seria
edificada a cidade santa de Jerusalém (Sl 76.2).
• Melquisedeque ofereceu pão e vinho a Abraão
no santuário de Salém (oferta de paz e de
bênção em nome do Deus Altíssimo).
• Receber o dízimo de Abrão, pela cultura dá
época, o torna maior - ministério superior ao
dos filhos de Levi (descendentes de Abraão) –
Hb).
2. Melquisedeque, o sacerdote do Deus Altíssimo, recebe o dízimo de Abrão (Gn 14.18-20)
• O nome de Melquisedeque mais tarde é
relacionado com a figura do Messias rei e
sacerdote (Sl 110.4; Hb 7).
• Estabelecimento de um nexo entre o patriarca e
Jerusalém.
• Uma legitimação da prática do dizimo em favor
do santuário de Jerusalém ligada ao grande
patriarca de Israel.
2. Melquisedeque, o sacerdote do Deus Altíssimo, recebe o dízimo de Abrão (Gn 14.18-20)
• O rei de Sodoma oferece a Abraão os bens
recuperados como gratidão pela libertação, mas
ele recusa veementemente (v. 21-23).
• Diferente do bom grado como que recebeu os
presentes e a bênção de Melquisedeque.
• Abraão ratifica o seu desprendimento de bens
matériais, como já havia demonstrado no
episódio da separação de Ló e seu grupo (Gn
13).
3. Abrão entregou o dízimo a Melquisedeque e não lhe fez falta (Gn 14.21-24)
• Ele não teve a intenção de enriquecer com o
evento ocorrido – “tirar vantagem”.
• O fato de Abrão rejeitar os valores do desposo
não fez falta em sua vida financeira, pelo
contrário, ele prosperou mesmo assim.
• A entrega do dízimo = forma didática de lidar
com bens materiais.
3. Abrão entregou o dízimo a Melquisedeque e não lhe fez falta (Gn 14.21-24)
Você tem um bom controle econômico e
financeiro?
Como você lida com a questão do dízimo?
A narrativa de Gn 14 mostra como Abrão era
desprendido de bens materiais, por isso teve
uma vida equilibrada e próspera.
APLICAÇÃO PRÁTICA
II – OS CONTRIBUINTES FIÉIS TÊM UMA VIDA EQUILIBRADA E GARANTIA DE BÊNÇAOS ESPIRITUAIS
Pr. Natalino das Neves www.natalinodasneves.blogspot.com.br (41) 98409 8094
• O apóstolo Paulo dedica dois capítulos (8 e 9)
de 2ª Co para orientar sobre a contribuição aos
irmãos pobres de Jerusalém.
• Para incentivar os coríntios, Paulo utiliza o
exemplo das igrejas macedônias, que eram
mais pobres, mas ricas em generosidade e
bens espirituais.
• Paulo incentivava uma contribuição consciente
(igualdade e não a sobrecarga).
• Contexto para compreender 2 Co 9.6, texto
preferido para reforçar a oferta e o dízimo.
1. Paulo incentiva a prática de contribuições para os menos favorecidos
• 2 Co 9.9-10 deixa claro qual é o resultado
esperado: “também multiplicará a vossa
sementeira e aumentará os frutos da vossa
justiça”.
• A recompensa não é riqueza, como muitos
ensinam, mas o crescimento de frutos de
justiça.
• As pessoas com compromisso de ajudar nas
necessidades tem tendência de não viver em
função do acumulo de bens materiais, com
objetivos egoístas.
1. Paulo incentiva a prática de contribuições para os menos favorecidos
• Mt 23.23 faz parte de um contexto de conflitos
entre Jesus e os escribas e os fariseus.
• Jesus adverte-os: “Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas! Porque pagais o dízimo da hortelã, do
endro e do cominho”.
• A prática era pagar o dízimo de rebanhos, vinho,
grão e óleo (Lv 27,30-33; Nm 18.21-32; Dt 14.22-
29; 26.12-15; Ml 3.8-12) para sustento dos levitas,
manutenção do templo e ajuda aos pobres.
2. Jesus ratifica a entrega do dízimo, mas critica sua prática sem justiça, misericórdia e fé (Mt 23.23)
• Mt 23.23 - Jesus reconhece o acréscimo
(dízimo das ervas), mas reprova a motivação
deles.
• Os líderes são criticados não por pagar o dízimo,
mas por se justificarem por isso, e negligenciar
a justiça, misericórdia e fé, que são causas
maiores.
2. Jesus ratifica a entrega do dízimo, mas critica sua prática sem justiça, misericórdia e fé (Mt 23.23)
• Os fariseus observavam os mais rigorosos
padrões legalistas como jejuns, orações,
esmolas, dízimo, entre outras práticas que
excediam até as próprias leis cerimoniais
mosaicas.
• Jesus apresenta por meio da parábola (Lc 18.9-
14) algo que chocou seus ouvintes: colocar um
dos cobradores de impostos, considerados
traidores pelos judeus, como justificado diante
de Deus, enquanto um fariseu zeloso pela sua
religião é reprovado.
3. O dízimo e a parábola do fariseu e do publicano (Lc 18.9-14)
• O publicano:
• reconhecia que sua dívida era muito alta e não tinha
condições de pagá-la;
• única coisa que poderia fazer era rogar pela
misericórdia de Deus;
• Não recorreu a obras que havia realizado, nem
ofereceu fazer nada, simplesmente rogou que Deus
fizesse por ele o que ele próprio não podia fazer;
• Tinha por base a fé em Deus e a confiança na
misericórdia divina.
3. O dízimo e a parábola do fariseu e do publicano (Lc 18.9-14)
• O fariseu:
• demonstrou arrogância;
• confiava que os jejuns realizados, dízimos e outras
obras consideradas justas o tornariam aceito por Deus;
• cobrava retribuição pelas suas obras.
3. O dízimo e a parábola do fariseu e do publicano (Lc 18.9-14)
Jovem, você tem disposição para contribuir com
a obra de Deus em sua igreja?
Deus abençoa aqueles que contribuem com
alegria e com a motivação correta.
APLICAÇÃO PRÁTICA
1. A narrativa de Gn 14 demonstra que Abraão era
desprendimento de bens materiais. Por isso, ele
teve uma vida equilibrada e próspera.
2. As contribuições e dízimo não são meios de
barganhar com Deus, mas boa forma de lidar
com o dinheiro de forma solidária;
3. Jesus ratificou a entrega do dízimo, mas repeliu
veementemente essa prática para promoção
pessoal ou meio de justificação pessoal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Pr. Natalino das Neves www.natalinodasneves.blogspot.com.br natalino6612@gmail.com Natalino.neves@ig.com.br (41) 98409 8094 (WhatsApp/TIM)
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