Post on 07-Apr-2016
A indústria no mundo atualCONECTE
Capítulo 10
O espaço geográfico atual é resultado das transformações promovidas pela Revolução Industrial;
A atividade industrial desdobra-se em: transporte, comercialização, propagandas etc;
Esta proporcionou:• Transformações urbanas nos setores de serviços,
transporte e comunicações;• Aumento da produção agrícola (máquinas e insumos);• Diferentes modos de vida, hábitos de consumo
(organização da sociedade);
Importância da atividade industrial
Extrativa; De transformação;
De acordo com a finalidade, classificam-se:
Indústrias de bens de produção – produzem matérias-primas que serão utilizadas por outras indústrias – Ex: alumínio e aço;
Indústrias de bens de capital – produzem máquinas, peças e equipamentos para outras indústrias;
Indústrias de bens de consumo – produzem mercadorias para consumo direto; dividem-se em:
- DURÁVEIS – Ex: eletrodomésticos e automóveis etc
- NÃO DURÁVEIS – alimentos, vestuário etc
Classificação da atividade industrial
Potência: Inglaterra Capitalismo Industrial Energia: Carvão Máquina à vapor Indústria têxtil Trabalho assalariado Aumento da produção; Navios e locomotiva a vapor; Formação de mercado consumidor;
Primeira Revolução Industrial
Estabeleceu a Divisão Internacional do trabalho: relação entre países industriais e os fornecedores de matérias-primas;
Maior intercâmbio comercial (aumento da circulação de mercadorias);
Novos eixos comerciais: rios navegáveis, novas rotas marítimas, construção de ferrovias;
Aumento da produção impulsionou a busca por novos mercados
Liberalismo econômico: - pouca participação do Estado na economia; - livre-concorrência;
Localização das indústrias:próximas às fontes de energia e matéria-prima;
Primeira Revolução Industrial
Transformação campo-cidade, acelerada urbanização;
Promoveu a Revolução Agrícola: - novos instrumentos; - mudanças no sistema de propriedade; - nova organização do trabalho no campo;
Mão-de-obra para a indústria
Agricultura passa a estar menos voltada para subsistência e começa a atender as necessidades das cidades!
Primeira Revolução Industrial
Maior produtividade Êxodo-rural
Bases energéticas: eletricidade e petróleo
Ampliação dos sistemas de transporte e circulação de mercadorias;
A localização das industrias passou a ser cada vez mais distante das fontes de matéria-prima e energia;
Desenvolvimento do motor à combustão;
Ramos: siderúrgicas, metalúrgicas, químicas e automobilísticas;
Segunda Revolução Industrial
Novos países se industrializavam: EUA, Alemanha e Japão – incorporação de novas que surgiram tornando-os mais competitivos;
Capitalismo monopolista
- os países dependiam de maiores investimentos (união de empreendedores) e uso de capital bancário e financeiro;
- fusão entre capital industrial e financeiro levou ao aparecimento de grandes empresas formando oligopólios e monopólios, provocando a falência de empresas menores;
Segunda Revolução Industrial
Avanços nos sistemas de telecomunicações e transportes;
Desenvolvimento da informática (equipamentos e programas) e da telemática (informática+telecomunicações);
Desenvolvimento da microeletrônica e da robótica;
Terceira Revolução Industrial ou revolução técnico-científica
Novos produtos
Redução de custos de produção
Empresas mais
competitivas
Desenvolvimento científico e tecnológico
Investimentos em ciência e
tecnologia (C&T)
O Estado, através de universidades e institutos de pesquisa, estimulou o desenvolvimento tecnológico e a formação de profissionais capacitados para manipular e desenvolver novas tecnologias;
Curto tempo entre inovação e a obsolência tenológica:
Formação de teleportos (cibercidades) – o rápido desenvolvimento da telemática formou um conjunto de edificações equipadas (conexões com a rede mundial de computadores, com sinais de banda larga e satélites, redes de cabos de fibras ópticas) que permitem um maior tráfego de informações a um custo reduzido.
Mão-de-obra especializada/qualificada !
Produtos de informática ou microeletrônica, considerados duráveis, são cada vez mais descartáveis, pois logo tornam-
se obsoletos, devido à rápida inovação.
Isso agiliza a comunicação entre grandes empresas e suas filiais por todo o mundo,
por exemplo.
A quantidade de fábricas não é mais um indicador de desenvolvimento econômico;
Os países desenvolvidos abrigam atividades de administração e desenvolvimento de novos produtos – há presença de indústrias de tecnologia avançada (tecnologia médica, softwares e biotecnologia) que dependem de pesquisas e qualificação de mão-de-obra.
A 3ª R.I. apesar de gerar riquezas e ampliar as taxas de lucros contribuiu para o aumento do desemprego devido ao crescente emprego de máquinas.
3ª R.I. e trabalho
Taylorismo – (Frederick Winslow Taylor) – o trabalho fabril era um conjunto de tarefas totalmente independentes umas das outras e sem exigir nenhum conhecimento técnico do trabalhador. Somente o gerente fiscalizar todas as etapas.
O objetivo era o aumento da produtividade. PARA ISTO, ERA NECESSÁRIO O CONTROLE DE TODO PROCESSO PRODUTIVO, DOS OPERÁRIOS E DAS MÁQUINAS E A CORRETA UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS ATÉ O FLUXO DAS MATÉRIAS-PRIMAS, PEÇAS E PRODUTOS ACABADOS.
Taylorismo
Implantado no processo de produção de automóveis (início do século XX)
Associava a linha de montagem à técnicas de organização do taylorismo.
A mercadoria se deslocava para cada etapa de produção.
O trabalhador, especializado em sua tarefa, a reproduzia em um tempo determinado;
Fordismo
Japão: país pequeno e dependente de matérias-primas, organizou um novo sistema de produção JUST IN TIME “tempo exato” , implementado em meados do século XX na fábrica de motores TOYOTA;
As etapas de produção são realizadas de forma combinada entre fornecedores, produtores e compradores;
A matéria-prima que entra na fábrica corresponde à quantidade de mercadorias que será produzida, dentro de um prazo estipulado.
Trabalho que busca a eficiência, aprimorando a qualidade dos produtos;
Toyotismo
Menor custo de estocagem e maior lucro aos empresários;
Produção flexível, onde o trabalhador pode realizar diferentes funções de acordo com a necessidade (operários atualizados, polivalentes e multifuncionais);
Máquinas de ajuste rápido e de maior precisão: adaptação às novas mudanças tecnológicas;
Intensificou-se a formação de rede de empresas. É comum empresas subcontratarem outras para agilização do trabalho (terceirização), o que impacta nas condições dos trabalhadores (subcontratação, maiores jornadas de trabalho, aumento de horas extras e contratação de trabalhadores temporários);
Produção cada vez mais personalizada (customização), adaptada às necessidades do mercado consumidor;
Produzir a quantidade necessária em função da demanda (estoque zero);
Perfil dos novos empregos: substituição dos trabalhos mecânico-braçais por máquinas e emprego de mão-de-obra mais qualificada (áreas de gerenciamento, coordenação e criação de novas tecnologias;
Diferenças entre o modo de produção fordista e o modo de produção flexível
Fordismo
produção em massa e em grande escala;
produtos padronizados; mão-de-obra "técnica" de baixa escolaridade; desperdícios.
Produção Flexível
produção mais personalizada;
preocupação com controle de qualidade;
mão-de-obra qualificada e de alta escolaridade;
atividades feitas com maior precisão e menor custo.
1ª R.I. 2ª R.I.Potencia Inglaterra EUA e AlemanhaFase do capitalismo
Industrial Financeiro-Monopolista
Tecnologia Máquina à vapor Motores à combustãoRamos Têxtil Automobilístico,
siderúrgico, metalúrgicoRecursos Energéticos
Carvão Petróleo/Eletricidade
Local indústrias Perto das fontes de matéria-prima e energia
Distante das fontes de matéria-prima e energia
Desconcentração industrial a partir do término da 2ª G.M. (interna e entre nações);
Expansão das multinacionais; Localização das Indústrias:- Antes: proximidade das fontes de matéria-prima,
energia e do litoral;- Hoje: com a evolução dos meios de transporte , há
maior mobilidade da indústria. Mesmo a indústria de bens de consumo, preferencialmente localizada próxima dos centros de consumo tendem a se desconcentrar e se deslocar para regiões menos saturadas com menores custos de infra-estrutura e maõ-de-obra.
Localização e organização da atividade industrial
Nos grandes centros, ou muito próximo a eles, encontramos setores importantes de empresas como marketing, parte administrativa, pesquisa e desenvolvimento;
A desconcentração industrial favoreceu a formação de clusters ou arranjos produtivos locais (APLs) fora dos aglomerados urbanos – áreas que agrupam empresas do mesmo ramo de atividades para assim compartilhar matéria-prima ou alguma infra-estrutura;
Técnopolos – formados a partir das décadas de 60-70 em países desenvolvidos. São locais de desenvolvimento de produtos de alta tecnologia, situadas próximas de universidades (mão-de obra altamente qualificada) e institutos de pesquisa auxiliados por verbas governamentais. Ex: Vale do Silício – Califórnia/EUA
Industrialização
Processo concentrado na região Sudeste;
1990 – Intensificação do processo de desconcentração industrial em direção ao interior paulista e outras regiões (especialmente o Sul e o Nordeste).
CAUSAS DA DESCONCENTRAÇÃO:
FATORES DE REPULSÃO:
Esgotamento de São Paulo (Capital e arredores)
impostos e terrenos caros; congestionamentos; poluição; elevados custos com
alimentação e moradia (custo de vida mais elevado - maiores salários);
forte presença de sindicatos.
FATORES DE ATRAÇÃO
Incentivos Fiscais terrenos mais baratos ou
doados por prefeituras; Isenção de alguns impostos; energia barateada; mão-de-obra especializada
em alguns locais; Mercado consumidor em
expansão.
Até a 2ª G.M. as indústrias concentravam-se em no EUA, Europa e Japão, locais associados ao desenvolvimento nas 1ª e 2ª R.I. Hoje são os principais centros tecnológicos e sedes de conglomerados industriais.
Principais Centros Industriais
EUA
Sua formação expandiu-se a partir da costa Atlântica, onde estavam as aglomerações financeiras e as indústrias de bens de consumo para a região dos Apalaches e dos Grandes Lagos, onde se situavam as indústrias de bens de produção baseadas na extração do carvão e minério de ferro, o que favoreceu a indústria automobilística;
Área, urbana e industrial, cercada por uma periferia baseada na agropecuária: as imensas Planícies Centrais drenadas pelo rio Mississípi;
Manufacturing Belt
Manufacturing Belt
Em cidades como Nova York, Boston, Washington, Filadélfia e Baltimore concentravam-se as indústrias leves, os serviços financeiros e o poder político;
As grandes indústrias estavam presentes nos centros urbanos dos Apalaches (Pittsburgh) e dos Grandes Lagos (Chicago e Detroit);
Atualmente é a região mais industrializada dos E.U.A. porém, vem diminuindo sua participação na produção industrial do país por causa das crises nos setores siderúrgico e automobilístico e do desgaste do parque industrial.
Sun Belt Formação de novas regiões industriais em direção ao sul e a
oeste do país a partir da Segunda Guerra Mundial; Atração de novos investimentos, fatores:- Construção de estradas de rodagem - Campos petrolíferos (golfo do México e Califórnia)- Proximidade dos mercados japoneses, em expansão no pós
guerra (ocupação da costa oeste, voltado para o Pacífico); - Indústria bélica;- Turismo (regiões mais quentes, como da Flórida e Califórnia);- A partir da década de 70, novo ciclo industrial baseado no
desenvolvimento de tecnologia de ponta (informática, telecomunicações, eletrônica, aeroespacial, química fina etc) e intensa automação.
- O destaque aqui, vai para o Vale do Silício (Califórnia), com a presença de mão-de-obra qualificada (formação em boas universidades, como Stanford).
Diferenças significativas do ponto de vista industrial entre países;
- Elevado desenvolvimento: Alemanha, França, Reino Unido e Itália;
- Abaixo da média: Estônia, Bulgária, Romênia, Eslováquia etc
Com a ampliação da União Europeia, houve expansão da base produtiva em direção aos países de menor desenvolvimento no continente;
União Europeia
Regiões industriais tradicionais:
- Reino Unido – Proximidades do rio Tâmisa- Alemanha – Vale dos rios Reno e Ruhr- Itália – Vale do rio Pó e cidades como Milão, Turim e
Gênova- Países Baixos – Roterdã e Amsterdã- Espanha – Madri, Barcelona e País Basco
- Novos pólos tecnológicos foram instalados nas últimas décadas formando tecnopólos em diversos países;
Os principais parques industriais se situam junto ao litoral do Pacífico, no leste;
Presença de volumosas exportações industriais (automóveis, eletroeletrônicos, e equipamentos de telecomunicações) e de importações de matérias-primas (minério de ferro, petróleo e carvão mineral);
Japão
Industrialização Japonesa Até 1856 o Japão manteve-se isolado no cenário
econômico mundial – período dos SHOGUNATOS
ERA MEIJI (1868-1912)
- Era marcada pelo fim do feudalismo e expansão industrial e fortalecimento militar;
- Formação dos ZAIBATSUS (grupos empresariais de base familiar) – Ex: Mitsui, Mitsubishi, Yassuda etc.
Retomada do desenvolvimento industrial (pós 2ª Guerra) com uma estratégia de desenvolvimento baseada em:
- Fabricação de produtos copiados dos EUA (tecnologia de baixo custo);
- Posteriormente passaram a ser fabricados com tecnologia própria;
- Conquista de mercados externos;
Criou seus próprios tecnopólos (o primeiro, o Tsukuba); é o país que mais investiu no processo de robotização industrial;
Industrialização Japonesa
O acelerado desenvolvimento industrial no pós guerra teve como base investimentos em educação e qualificação de mão-de-obra , além de incentivos dados aos setores exportadores;
1970 – consolidação da base industrial baseada na microeletrônica e na informática e utilização de robôs na produção industrial em grande escala com o sistema just in time;
Atualmente o país enfrenta a competitividade industrial de seus países vizinhos como China, Coreia do Sul e Taiwan
Industrialização Japonesa
Novos países subdesenvolvidos industrializados (NICs);
Novas regiões industriais
Novos países subdesenvolvidos industrializados (NICs):
América LatinaTigres Asiáticos e Novos Tigres
China ÍndiaÁfrica
Novas regiões industriais
Brasil, Argentina e México – grandes mercados consumidores, oferta de infra-estrutura oferecida pelo Estado para atrair empresas multinacionais;
A industrialização teve seu início no período entre guerras;
A dificuldade na importação de bens manufaturados das grandes potências, estas envolvidas em crises/guerras, impulsionou o desenvolvimento industrial através do modelo de SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES;
Internacionalização do Mercado Interno - entre 1950 -1960, Brasil Argentina e México passam a receber investimentos estrangeiros , com a instalação de filiais de empresas transnacionais no ramo automobilístico, por exemplo;
América Latina
1ª Guerra Mundial – Crise de 1929 – 2ª Guerra Mundial
Trimestral
Cap. 9 (caderno + slides) texto sobre energia Nuclear
Cap. 10 até pág. 192
Simulado
Capítulos 8, 9 (caderno + slides) e 10;
Matéria de Geografia - 3º trimestre