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COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nº 175865
Transição das micro, pequenas e médias empresas (MPME) para a indústria 4.0 Mari Tomita Katayama
Palestra apresentada no Congresso Iberoamericano dos Laboratórios, 5., 2018, Lisboa. 13 slides.
A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A - IPT
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Mari Tomita Katayama
17 de outubro de 2018
TRANSIÇÃO DAS MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
(MPME) PARA A INDÚSTRIA 4.0
IPT – INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO
ESTADO DE SÃO PAULO
Edifício Adriano Marchini
Missão:
Criar e aplicar soluções tecnológicas para aumentar a
competitividade das empresas e promover a qualidade de vida
119 anos de existência
Sociedade Anônima, cujo sócio
controlador é o Governo do Estado
de São Paulo
9 Centros e 3 Núcleos de negócios
36 laboratórios
Localização: Cidade Universitária
Área total: 96.000m2
IPT
Transição das MPME rumo a indústria
4.0 ou manufatura avançada
Atualmente menos de 2% das empresas nacionais aplicam
os conceitos da indústria 4.0 (maioria empresas de grande
porte), enquanto que é realidade em países como Alemanha,
Coreia do Sul, Estados Unidos, entre outros¹
MPEs representam 99% dos estabelecimentos no Brasil², na
maioria das vezes não dispõem de recursos financeiros e
nem capacitação técnica para vivenciar essa tecnologia
A adoção desse conceito pode gerar economia anual de R$
73 bilhões ( USD 17 bilhões) para o setor produtivo
brasileiro¹.
¹ABDI apud Fiesp, 2018
²Sebrae, 2017
Situação da indústria 4.0 no Brasil
Falta de cultura pelo uso de tecnologias digitais
Suposição de que a integração de recursos físicos e virtuais,
com a instalação de robôs, IoT, etc. requer altos
investimentos, o que nem sempre é verdade.
Demonstrar que as MPME podem implementar
progressivamente os conceitos da indústria 4.0, desde que
devidamente preparadas:
Adotando cultura por tecnologias digitais
Fabricando produtos comercializáveis sempre com inovação
Otimizando processo tecnológico de fabricação, reduzindo
refugos, melhorando a qualidade dos produtos
Otimizando continuamente o processo de gestão da produção,
visando aumento de produtividade e/ou redução de custos
Desafios da indústria 4.0 no Brasil
Projeto Piloto: patrocinado pelo Sibratec, do MCTIC/Finep, do
Governo Federal, do Programa de Apoio Tecnológico às MPME,
do Governo Estadual, e do PIC-PLAST - Programa de Incentivo à
Cadeia do Plástico, da ABIPLAST e da Braskem.
Objetivo: Trabalhar com 13 MPME do setor de transformados
plásticos, visando aumentar a cultura pelo mundo digital e
maturidade tecnológica, otimizar processo e gestão em direção à
manufatura avançada. Ações realizadas:
Cultura digital: virtualização/simulação de processo
Ação tecnológica com uso de Laboratório Móvel
Ação de Gestão visando aumento de produtividade
Projeto Piloto : Preparando as MPMES
rumo à Manufatura Avançada
Ações de cultura digital e gestão da produção:
Virtualização do processo produtivo
Digitalização do processo produtivo, de modo a
permitir identificar oportunidades de melhorias de
gestão
Simulação do processo produtivo
Lay-out da empresa na forma digital
Simulação do comportamento do processo produtivo,
permitindo trabalhar com cenários e propor melhorias
Ação tecnológica com uso de Laboratório Móvel
Otimizar o processo de fabricação, in loco, nas
condições reais de operação da empresa
Metodologia Metodologia
UM – Unidades / laboratórios Móveis
(Certificado pela ISO 9001 versão
2015 )
Veículos dotados de equipamentos
laboratoriais portáteis operados por um
engenheiro e um técnico.
Atendimento Tecnológico com uso de
Laboratório Móvel
Atendimento Tecnológico com uso de
Laboratório Móvel
O atendimento dura até dois dias. A
UM vai às empresas e opera no
chão de fábrica, para identificar,
resolver e implementar soluções in
loco, dos principais problemas
tecnológicos, melhorando a
qualidade dos produtos e reduzindo
as perdas.
Das 13 empresas atendidas obteve-se:
redução de custos em 62%
aprimoramento da qualidade em 46%
produção mais limpa em 38%.
aumento da produtividade em 23%.
Virtualização do processo nas 13 empresas.
Simulação do processo em 4 empresas
Resultados do projeto piloto
Próxima etapa : aplicação de IoT em duas
empresas, das 13 do Projeto Piloto
Implantação de tecnologia digital,
em especial IoT, visando aumentar
produtividade e/ou reduzir custos,
incluindo as seguintes ações:
Definição e implantação de placas
e sensores nos pontos críticos
verificados
Definição do dash board com as
informações desejadas
Armazenagem das informações
em nuvem
Acompanhamento da produção
em tempo real
Placa colocada em máquina
Exemplo de dashboard com informações
de produção em tempo real
Definição de níveis de acesso aos dados da produção, em tempo real,
permitidos para cada tipo de funcionário da fábrica (dono, gerente
industrial, operador, etc).
Esse trabalho contribuiu para a mudança de cultura do
empresário, em termos de uso de tecnologias digitais,
baseada na experiência e resultados práticos.
As empresas passaram a desejar novas tecnologias
digitais, para otimizar e controlar seu processo
produtivo.
A ação tecnológica com o Laboratório Móvel se mostrou
muito importante para a manufatura avançada, pois
permitiu otimizar processo de fabricação, antes de
implementar as tecnologias digitais
A metodologia do projeto piloto pode ser modelo para a
melhoria das políticas públicas brasileiras, a fim de
preparar as MPME em direção à manufatura avançada,
com pouco investimento financeiro.
Conclusões
Mari T. Katayama1, João C. M. Coelho2, Henrique J. M. Seguchi3,
1,2,3 Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Núcleo de Atendimento
Tecnológico à Micro e Pequena Empresa, São Paulo, Brasil
Cezar Luciano C. de Oliveira4 e Cristina A. Shimoda Uechi5
4, 5 Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil
(MCTIC), Coordenação de Serviços Tecnológicos e Gestão da Inovação,
Brasília, Brasil
Obrigada !
Autores: