Post on 06-Dec-2020
COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nº 175948
Metodologia de verificação e governança do ecossistema de controle de eclusagem Alessandro Santiago dos Santos Leandro Avanço Mauro Kendi Noda Matheus Jacon Pereira Roberto Gonçalves
Palestra apresentada no Congresso de Pesquisa e Ensino em Transporte da ANPET, 32, 2018, Gramado
A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________
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METODOLOGIA DE VERIFICAÇÃO E GOVERNANÇA DO ECOSSITEMA DE
CONTROLE DE ECLUSAGEM
Eclusagem
Operação compreende todo processo automático ou manual, das atividades de eclusagem de Montante para Jusante, e de Jusante para Montante. Assim como, o controle feito pelo Sistema Digital de Supervisão e Controle (SDSC), nos três níveis (equipamento de campo; controles – CLP; supervisão)
Objetivo Analisar o Sistema Digital de Supervisão e Controle (SDSC) de TA das eclusas para avaliar a qualidade e eficiência, utilizando um modelo de governança de TI, nas eclusas do rio Tietê na Hidrovia Tietê-Paraná.
Como funciona uma eclusa
Arquitetura do SDSC
Criação de metodologia
IPT desenvolveu uma metodologia de verificação:
da automação da operação de eclusas,
do controle das operações locais e remotas.
Baseado em experiências anteriores de trabalhos similares e na metodologia de verificação de sistemas inteligentes de transporte das rodovias do estado de SP.
Baseado em práticas de Governança Referência ao modelo de Governança COBIT, Control Objectives for Information and related Technology.
Modelo de referência para gestão da TI, incluindo um sumário executivo, um framework, controle de objetivos, mapas de auditoria, ferramentas para a sua implementação e principalmente, um guia com técnicas de gerenciamento
Governança dos Sistemas de Arrecadação
Método
Governança dos Sistemas de Arrecadação
Domínios
Método
Governança dos Sistemas de Arrecadação
Avaliação das ações, procedimentos e estratégias operacionais, para manter fluidez do tráfego e segurança do sistema de eclusagem;
Método
Governança dos Sistemas de Arrecadação
Todo conglomerado tecnológico instalado nas eclusas interligado ao SDSC, que é responsável pela aquisição e controle de sinais do processo, através dos painéis de automação. Todos os equipamentos de campo (nível 0), Controles CLPs (nível 1) e Supervisório (nível 2)
Método
Governança dos Sistemas de Arrecadação
Aspectos que envolvem a estrutura de atendimento da manutenção e a sua gestão no âmbito das Eclusas. Considerando que todos os recursos eletroeletrônicos devem ser mantidos dentro dos padrões de operacionalidade, critérios de revitalização, atualização e novas tecnologias incorporadas ao parque instalado;
Análise das políticas e procedimentos formalizados, com enfoque na estrutura organizacional adotada na gestão de operação, manutenção nas Eclusas, associada às ferramentas utilizadas no aprimoramento dos controles e serviços operacionais, bem como a capacitação do quadro de agentes operacionais.
Método
Governança dos Sistemas de Arrecadação
Se tomando em consideração, que o atual estágio das inspeções do IPT é inicial, recomendam-se realizar as verificações por etapas, e convém a realização de testes e avaliações de um número reduzido de itens, com crescimento gradativo até cobrir todos os domínios recomendados.
Método
Avaliando
Domínios Processos Atividades
Avaliação feita pelo analista na inspeção em campo,
orientando-se por critérios
Apesar das similaridades do transporte por rodovia e hidrovia, ocorreu a necessidade da adaptação ao contexto de eclusas sendo imprescindível para aumentar a representatividade dos resultados, e ampliar o conceito de melhoramento contínuo instituído pelas boas práticas de governança.
Critérios de Avaliação
Uma vez equalizado todos os processos e atividades, o especialista, para conseguir avaliar as atividades, baseia-se nos critérios: Disponibilidade; Integridade; Conformidade; Confidencialidade; Confiabilidade e Segurança Pessoal. Assim, cada atividade poderá ser categorizada em três classes:
• Aceitável – Avaliação que indica que a atividade está
dentro dos padrões de funcionamento, ação ou estado de conservação;
• Insuficiente – Avaliação que indica que convêm melhoramentos na atividade, para tornar-se aceitável;
• Crítico – Avaliação que indica situação da atividade que merece atuação imediata e inaceitável para o sistema de eclusagem.
Estrutura de verificação
Domínio Processos Atividades e itens de verificação
Operação Automática Modo de preparação
Modo de atracação
Modo de enchimento
Modo de esvaziamento
Modo de Saída
Manual Modo jusante para montante
Modo montante para jusante
Estrutura de atendimento Eclusagem local
Eclusagem remota
Infraestrutura Sistemas de proteção e segurança Sistema de emergência
Sistema de reversão
Amarração
Flutuante
Calado
Intertravamento
Incêndio
Sistemas de aviso e alarmes Registro de alarmes
Sensores e atuadores Sensores
Atuadores
Painel de relés
Disponibilidade de controle de operação Controle Local Controle Remoto
Monitoração e comunicação CFTV
Radiocomunicação
Gestão de infraestrutura Políticas de governança
Domínio Processos Atividades e itens de verificação
Operação Automática Modo de preparação
Modo de atracação
Modo de enchimento
Modo de esvaziamento
Modo de saída
Manual Modo jusante para montante
Modo montante para jusante
Estrutura de Atendimento Eclusagem local
Eclusagem remota
Processos e atividades de Operação do Sistema de eclusagem
Formulário de procedimento de avaliação de atividades
Domínio Processos Atividades e itens de verificação
Infraestrutura Sistemas de proteção e segurança Sistema de emergência
Sistema de reversão
Amarração
Flutuante
Calado
Intertravamento
Incêndio
Sistemas de aviso e alarmes Registro de alarmes
Sensores e atuadores Sensores de nível
Atuadores
Painel de relés
Disponibilidade de Controle de Operação Controle Local Controle Remoto
Monitoração e comunicação CFTV
Radiocomunicação
Gestão de Infraestrutura Políticas de governança
Domínio - Infraestrutura
Foram geradas interrupções intencionais temporárias nos equipamentos e cabos da rede que suportam as eclusas;
Interrupção do equipamento de rede: tempo de retorno;
Desconexão e reconexão de cabos: tempo de retorno.
O link de comunicação remota principal da Usina foi desativado, tornando ativo o link redundante;
SDSC: tempo que ficou inoperante após ativação do link redundante;
CFTV: tempo que ficou inoperante após ativação do link redundante;
Radiocomunicação: tempo que ficou inoperante após ativação do link redundante.
Disponibilidade de Controle de Operação
Domínio Processos Atividades e itens de verificação Avaliação
Operação Automática Modo de preparação A
Modo de atracação I
Modo de enchimento C
Modo de esvaziamento A
Modo de Saída I
Manual Modo jusante para montante C
Modo montante para jusante A
Infraestrutura Sistemas de proteção e segurança Sistema de emergência I
Sistema de reversão C
Amarração A
Flutuante I
Calado C
Intertravamento A
Incêndio I
Sistemas de aviso e alarmes Registro de alarmes C
Sensores e atuadores Sensores A
Atuadores I
Painel de relés C
Disponibilidade de Controle de Operação
Controle Local A
Controle Remoto I
Monitoração e comunicação CFTV C
Radiocomunicação A
Gestão de Infraestrutura Políticas de governança I
A – aceitável, I – Insuficiente, C – crítico.
Avaliação fictícia das atividades de verificação
Resultado ilustrativo de avaliação
Comparação simulada entre os resultados de eclusas
Arquitetura do SDSC com operação remota
Conclusão Boas práticas de governança são modelos já implementados e validados em vários cenários tecnológicos, principalmente quando envolvem tecnologia da informação, onde modelos como COBIT, ITIL, COSO são comumente referenciados como práticas consolidadas de mercado. Aproveitar-se desta experiência e transpor para o cenário de transporte traz benefícios em um setor onde esta prática ganha, cada vez mais espaço.
No entanto, a sua implementação exige muita disciplina, apoio da alta direção das instituições e apoio de órgãos públicos que sofrem com continuidade dos planos de longo prazo.
Uma vez estabelecidas boas práticas, um ciclo virtuoso de melhoramento se institui, trazendo benefícios a médio e longo prazo.
Além disso, o agente fiscalizador compartilha de alguns riscos de todo o sistema de navegação. Sendo assim, é importante obter informações que dariam maior subsídio ao diagnostico de possíveis problemas, chegando, no futuro próximo em um modelo preditivo de atuação.
Obrigado! Mauro Noda
mknoda@ipt.br