Post on 17-Feb-2015
COMPLEXO DE GOLGICOMPLEXO DE GOLGI
PROF. RODRIGO NETO-FERREIRA
COMLEXO DE GOLGI
Identificar os principais aspectos morfológicos do Complexo de Golgi;1
Listar as funções do Complexo de Golgi;2
Diferenciar os processos de Glicosilação do tipo N e do tipo O;3
Como o processo de Glicosilação é ordenado;4
Histórico
Foi descrito pela primeira vez por Camillo Golgi em 1898;
Ramón-Cajal.Golgi & Cajal = ganharam o prêmio Nobel em
1906;Método de coloração denominado “método de
Cajal” que demonstrou que o SNC é formado por células individualizadas e não por uma rede contínua.
Organização Morfológica
Apenas um complexo de Golgi por célula;
Formados por lamelas (ou cisternas) que são contínuas;
Em conjunto se arranjam em pilhas de sáculos.
De cada lado da pilha há uma rede de túbulos.
As vesículas que trazem material do RE se incorporam a primeira rede de túbulos do Golgi, até atingirem a primeira Lamela;
O complexo de Golgi possui uma face diferente da outra;
As vesículas que vêm do RE sempre se incorporam ao Golgi pelo mesmo lado.
Esse lado de “entrada” do Golgi, que recebe o material do RE, é chamado Face CIS;
Enquanto a outra extremidade, mais distante do retículo, o lado de “saída” do Golgi, é chamado de Face TRANS.
As estruturas que ficam entre uma face a outra, são denominadas LAMELAS;
O número de lamelas entre uma extremidade e outra varia de célula para célula.
Mas recebem uma configuração mínima de formação;
FACE CIS
REDE CIS
LAMELA CIS
LAMELA MEDIAL
LAMELA TRANS
REDE TRANS
FACE TRANS
Localização do Complexo Golgi se dá sempre na região central da célula , próximo ao envoltório nuclear;
Citoesqueleto (estrutura de fixação);
Diferenças funcionais entre os compartimentos CIS, MEDIAL e TRANS do aparelho de Golgi estão caracterizadas pela presença específicas Glicosiltransferases em cada compartimento;
São enzimas que transferem açúcares das porções terminais de glicoproteínas e glicoplipídios;
FUNÇÕES
TEM TRÊS FUNÇÕES PRINCIPAIS:Realizar a Glicosilação (adicionar açúcares a
proteínas e a lipídios que foram sintetizados no RE).
Adicionar grupamentos sulfato a proteínas (síntese de proteoglicanos);
Distribuir as macromoléculas provenientes do RE e que percorreram o Complexo de Golgi;
Distribuição de Macromoléculas
A membrana plasmática;
Vesículas de secreção que se acumulam no citoplasma esperando um sinal para exocitarem seu conteúdo;
Lisossomos (onde formaram a própria membrana da organela ou terão papel na digestão celular);
Glicosilação
Chamamos de GLICOSILAÇÃO ao processo de acrescentar monômeros de açúcar a proteínas e lipídeos, formando as glicoproteínas e glicolipídeos;
Glicosilação ≠ Glicolisação;Existem dois tipos de glicosilação:
GLICOSILAÇÃO TIPO N
GLICOSILAÇÃO TIPO O
A via de glicosilação pode ser traçada por auto-radiografia em ME utilizando-se (Fucose tritiada);
É um carboidrato presente apenas na porção terminal da cadeia oligossacarídica.
GLICOSILAÇÃO DO TIPO N
Local de início: Retículo endoplasmático;
Local de finalização: Rede Trans;
Aminoácido que é adicionado o primeiro açúcar: ASPARAGINA;
Último açúcar da cadeia: Ácido siálico. OBS: árvore glicídica
Local de início: Retículo endoplasmático;
Local de finalização: Rede Trans;
Aminoácido que é adicionado o primeiro açúcar: ASPARAGINA;
Último açúcar da cadeia: Ácido siálico. OBS: árvore glicídica
Pré-montagem da árvore glicídica
Ocorre no RE;Os açúcares são adicionados passo-a-passo, a
um fosfolipídeo;São colocados 02 primeiramente;Depois são colocados mais 05 (manoses – são
colocadas uma de cada vez);A pré-árvore glicídica passa pela bicamada
lipídica por um mecanismo ainda pouco esclarecido, ficando voltada para o Lúmen do RE.
Então no lado voltado para o lúmen do RE, a árvore glicídica recebe mais 04 manoses e 03 glicoses;
Lembrando sempre uma de cada vez;
Transferência da árvore glicídica para a Asparagina (Asn) numa cadeia protéica recém formada no RER;
Até aqui não saímos do RE!Até aqui não saímos do RE!
Requisitos básicos para sair do RE
Que a proteína seja terminada e corretamente enovelada.
Se estiver tudo correto com as cadeias protéicas e glicídica, aí sim a proteína poderá passar ao complexo de Golgi;
O processamento da glicoproteína continua no complexo de Golgi!
O processamento da glicoproteína continua no complexo de Golgi!
No complexo de Golgi
Árvore glicídica previamente montada já foi transferida para a proteína;
Ela agora tem que sair do RER;Mas antes dela sair do RER, ela sofre uma
“poda”, é isso mesmo parece um absurdo depois de tanto trabalho para fazer, ela terá que ser podada.
As três glicoses terminais serão cortadas e mais uma manose; (são cortadas por enzimas, uma por uma )
Glucosidase I, Glucosidase II e Manosidase.
Árvore glicídica previamente montada já foi transferida para a proteína;
Ela agora tem que sair do RER;Mas antes dela sair do RER, ela sofre uma
“poda”, é isso mesmo parece um absurdo depois de tanto trabalho para fazer, ela terá que ser podada.
As três glicoses terminais serão cortadas e mais uma manose; (são cortadas por enzimas, uma por uma )
Glucosidase I, Glucosidase II e Manosidase.
Para passar ao complexo de Golgi, as glicoproteínas (e todas as moléculas transportadas entre o retículo e Golgi) são colocadas em vesículas que brotam da região da transição do RE e seguirão em direção à rede CIS do Golgi;
Na região CIS do Golgi, manoses são retiradas, deixando a árvore glicídica com apenas 07 açúcares.
A glicoproteína contida em uma vesícula saíra da lamela CIS, e será levada à lamela Medial;
Lá essa glicoproteína vai encontrar enzimas que farão um balanço em colocar ou retirar açúcares (retira duas manoses e adiciona um açúcar);
A glicoproteína sairá da lamela Medial, mais uma vez a bordo de uma vesícula, e chegará a Lamela TRANS.
Na lamela TRANS mais açúcares serão acrescentados;
A árvore glicídica retorna o seu crescimento;Na lamela TRANS além da adição de 02
açúcares (N-acetilglucosamina) serão adicionados 03 açúcares (galactose);
A glicoproteína passa então para a rede TRANS (onde o último açúcar da árvore será adicionado)
Este último a ser adicionado é o ácido siálico.
Proteoglicanas
Complexo de Golgi também é local de formação das Proteoglicanas.
Essas moléculas possuem uma porção protéica e uma porção glicídica (mas a proporção entre as duas são diferentes);
Possuem muito mais açúcar do que proteína.Estrutura morfológica difere da glicoproteínas.Possui um eixo protéico com várias ramificações
glicídicas.
São encontradas na superfície das células (protegendo a membrana plasmática e a matriz extracelular);
Formam grande polímeros que sustentam e conectam as células;