Post on 07-Apr-2016
Como proceder à terapia larval:
1- marcar em hidrocolóide o contorno da ferida;
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2- Adicionar solução fisiológica ao frasco com (200) larvas de 1o instar de Lucilia sericata e agitar
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Porcentagem da lesão coberta com pus Tamanho máximo da lesão (cm) 20% 40% 60% 80% 100%
até 2x2 5x5
5x10 10x10 10x15 15x15 15x20 20x20 20x25 25x25 30x30
Número de frascos- cores:
1/2 1 2 3 4 5
Cálculo da quantidade de frascos com 200 larvas de 1o instar:
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3- Derramar o material sobre tela de dacron ou náilon posta sobre gaze
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4- Aplicar a tela com as larvas sobre a ferida, prendendo ao hidrocolóide
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larvas
5- Aplicar gaze úmida, deixando espaço com ar para as larvas
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7- Verificar se não tem líquido demais e, se necessário, substituir a atadura
8- Retirar e descartar tudo após 48-72 horas
6- Cobrir com atadura, deixando espaço com ar, para as larvas
9- Se necessário, aplicar novamente
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Aplicação em biossacos:- Evita fuga de larvas;
- Mais fácil de manusear;
- Evita efeito “eca”.
-Menor efeito: comem menos material (crescem 7x vs. 23X), não rompem crostas. Custam mais.
Limitações:
Vantagens da terapia larval:
- promove desbridamento rápido;
- facilita a remoção de bactérias patogênicas;
- reduz o odor e em geral a dor;
- acelera a cura das lesões;
- tem custo menor.
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Desvantagens da terapia larval:
- as larvas têm curta vida útil (24-48 horas);
-nojo de pacientes e de profissionais (efeito “eca”);
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-é desconhecida no Brasil – lobby e má vontade
Limitações da terapia larval:
- pode causar dor, principalmente em casos com isquemia; é controlável com analgésicos;
- não resolve a estase venosa;
- não resolve a má irrigação em casos de diabetes;
- mesmo limpando lesões neoplásicas, não cura câncer.
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Contra-indicações:
- em cavidades do corpo;
- em fístulas;
- próximo a grandes vasos, já que os enzimas das larvas podem lesar suas paredes;
- em lesões necróticas secas.
- próximo a vísceras (nem sempre!);
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Conclusões:
- a terapia larval é útil para desbridamento e cura de feridas, principalmente em diabéticos;
- pela eficiência, pode salvar membros de amputação e até vidas;
- pode ser desenvolvida com poucos recursos financeiros e de pessoal
- pelo baixo custo e por não depender de itens importados, pode economizar divisas;
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Last but not least (por último mas não menos importante):
Se países desenvolvidos utilizam a Terapia Larval com sucesso, porque não a utilizaremos?
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Carlos Brisola Marcondes
Florianópolis: Editora da UFSC, 2006
- Divulgar a técnica no Brasil e em outros países da América Latina;
- Incentivar a sua utilização, especialmente para pacientes diabéticos;
- Contribuir para a saúde da população;
- Economizar divisas, pela produção local;
- Contribuir para o desenvolvimento da entomologia médica.
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TERAPIA LARVAL- HISTÓRIA E UTILIDADE NA MEDICINA
Breve histórico; Estudos anteriores; Por que e para que casos é utilizada a terapia larval.
COMO SÃO E COMO VIVEM AS MOSCAS
Informações sucintas sobre as moscas e a sua biologia.
COMO COLETAR E CRIAR AS MOSCAS PARA TERAPIA LARVAL
Como coletar as moscas;
Como criar as moscas;
Como montar as moscas para identificá-las.
COMO PROCESSAR E UTILIZAR AS MOSCAS PARA TERAPIA LARVAL
Como escolher as moscas;
Como tratar as lesões;
Como conversar com o paciente;
Como avaliar os resultados;
Futuro da técnica no Brasil.
COMO IDENTIFICAR AS MOSCAS
Descreve de forma sucinta, mas completa e clara, como identificar as moscas.
Inclui cerca de 50 referências básicas à terapia larval, dentre as centenas disponíveis;
Várias referências a sítios de internet;
Tenho ampla bibliografia, à disposição dos interessados.