COMBATE À CORRUPÇÃO - gestaodefraude.eu · Corrupção a) Conceito Jurídico-Criminal (373.º e...

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COMBATE À CORRUPÇÃO DA TEORIA À PRÁTICA

Ary Ferreira da Cunha

Novas conversas:

a) Focadas na resolução de problemas;

b) Não focadas nos casos;

c) Informadas por boa investigação.

OBJETIVO

Corrupção

a) Conceito Jurídico-Criminal (373.º e ss. do CP)

b) Conceito Sociológico, Económico e Político

- Abuso de poderes de um cargo (pub. ou priv.)

- Obter de uma vantagem (ou evitar desvantagem)

- Para si ou para terceiros

DEFINIÇÃO

Teoria da Agência Modelo Principal-Agente-Cliente

a) Discricionariedade; Monopólios; checks&balances; noção patrimonial dos cargos…

b) Assimetrias de Informação; Transparência; media independentes; liberdade de informação…

c) Não coincidência de Interesses. Rendimentos; dependência de terceiros…

CAUSAS

a) Cultural? - Sim e não. - Noção patrimonial dos cargos. - Histerese.

b) Há alguma coisa a fazer? - Sim. Há casos de sucesso. - Singapura e Hong Kong são talvez os mais conhecidos.

CAUSAS

a) Positivas(?) - Contornar o excesso de regulação; - Resistir contra leis injustas.

b) Negativas - Competitividade; - Desenvolvimento; - Confiança Social; - Outros interesses relevantes.

CONSEQUÊNCIAS

a) Competitividade do Setor Público e Privado - Suborno vs Impostos (incerteza); - Investimento Direto Estrangeiro; - Gestão do Talento; - Produtividade, tempo gasto a estabelecer relações; - Ineficiência administrativa; - Receita e carga fiscal.

CONSEQUÊNCIAS

b) Desenvolvimento - Literacia, mortalidade infantil; despesas com educação e saúde; - Desenvolvimento centrado nas grandes cidades; - Desigualdade na distribuição de rendimentos; - Crescimento económico.

CONSEQUÊNCIAS

c) Confiança Social - 10% em Portugal vs 74% na Noruega; - Participação cívica; - Dimensão das empresas; - Fraude Fiscal; - Solidariedade; - Civismo.

CONSEQUÊNCIAS

d) Outros Interesses Relevantes - Saúde; - Segurança; - Ambiente; - Defesa Nacional; - Concorrência; - Eleitorais.

CONSEQUÊNCIAS

SOLUÇÕESÍndice de Perceção da Corrupção

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2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014Portugal Dinamarca AlemanhaHungria Brasil Angola

Fonte: Transparency International

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2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014

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2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014Portugal Chile BotswanaItália Barbados Gana

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1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014Portugal Lituânia PolóniaEstonia

SOLUÇÕESÍndice de Percepção da Corrupção

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2003 2005 2007 2009 2011 2013Georgia Angola IndonésiaLibéria

SOLUÇÕESÍndice de Percepção da Corrupção

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2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014Síria Eritreia Bielorrússia

MONOPÓLIO + DISCRICIONARIEDADE

- ACCOUNTABILITY

= CORRUPÇÃO

(Robert Klitgaard,1988)

SOLUÇÕES

COMBATE À CORRUPÇÃO=

REPRESSÃO+PREVENÇÃO+EDUCAÇÃO

(Independent Commission Against Corruption, Hong Kong)

SOLUÇÕES

DISCRICIONARIEDADE

DESSINTONIA DE INTERESSES

ASSIMETRIAS DE INFORMAÇÃO

SOLUÇÕES

Limites e Procedimentos

Sanções, Recompensas, Conflitos de Interesses,

Internalização de Normas

Transparência e DenúnciasCompetição

Freios e Contra-Pesos

ParticipaçãoRenegociação de Limites e Procedimentos

SOLUÇÕES

CORUJA FALCÃO

O QUE MUDAR?

SELEÇÃO CONTROLO

RÉDEA LONGA RÉDEA CURTA

CULTURA DE JUSTIÇA CULTURA DE CULPA

QUANDO E COMO INTRODUZIR ESTAS

MUDANÇAS?

INDIRETA DIRETA

REFORMA REVOLUÇÃO

PEDRA ANGULAR BIG BANG

QUEM IMPULSIONA A MUDANÇA? ELITES POVO

SOLUÇÕES

CONCLUSÃOÍndice de Perceção da Corrupção

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1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013Portugal

“Algumas economias (Singapura, Hong Kong, Portugal) conseguiram combater a corrupção de forma significativa. (…) Por isso os governos não

podem ser passivos nem fatalistas no que diz respeito à corrupção”.

Vito Tanzi (1998, p. 586)

CONCLUSÃO

- Precisamos de conversas de café que não sejam só conversas de café;

- Combater a corrupção é difícil, mas é possível.

CONCLUSÃO

Ary Ferreira da Cunha pacunha@porto.ucp.pt

CONTACTOS