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COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO
Avenida XV de Novembro, 413 – Centro - Ferraz de Vasconcelos - SP - CEP: 08500-405 - Tel.: (11) 4678.5508 saobento@colegiotecnicosaobento.com.br
Anatomia Corporal Ano: 2012 1
Organização do corpo humano
Para entender as funções e estruturas desta incomparável e complexa máquina que é o
corpo humano há de se entender e estudar sua anatomia e fisiologia. Aprendendo então que a
função (fisiologia) nunca poderá ser completamente separada da estrutura (anatomia).
Níveis de organizações
� Nível químico: Inclui todas as substâncias químicas necessárias para a manutenção da
vida, essas substâncias são constituídas de átomos, os essenciais para a manutenção de
nosso corpo são sódio (Na), potássio (K), cálcio (Ca), nitrogênio (N), oxigênio (O),
hidrogênio (H), carbono (C). A combinação de átomos forma as moléculas, como por
exemplo, as proteínas.
� Nível celular: Combinação de moléculas forma as células, que são unidades estruturais
e funcionais básicas de um organismo, como por exemplo, as células nervosas,
musculares e sanguíneas. Cada célula com estrutura diferente desenvolverá uma
função diferente.
� Nível tecidual: É um grupo de células semelhantes que, juntas realizam uma
determinada função, como os tecidos epiteliais, tecidos conjuntivo, muscular e
nervoso.
� Nível orgânico: É a união de diferentes tipos de tecidos, os órgãos possuem dois ou
mais tipos de tecidos como, por exemplo, o coração.
� Nível sistêmico: Consiste em órgãos relacionados que desempenham uma função
comum.
� Nível de organismo: O mais alto nível de organização são todos os sistemas do corpo
funcionando, um ser humano.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 2
Posição Anatômica
Para podermos descrever universalmente a posição em que um dado segmento
corporal se encontra, necessitamos de parâmetros que são possíveis através de uma posição
anatômica, nesta posição o indivíduo analisado sempre estará de pé, ereto, com os membros
superiores posicionados lateralmente e as palmas das mãos voltadas para frente.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 3
Há também os termos de direção, para a localização das estruturas corporais, como:
� Superior: Em direção a cabeça, ou a parte superior de uma estrutura;
� Inferior: Em direção oposta à cabeça, ou a parte inferior de uma estrutura;
� Anterior (ventral ou frontal): Frente do corpo, ou próximo a ela;
� Posterior (dorsal): Atrás do corpo, ou próximo e ele;
� Medial: Próxima a linha medial do corpo (linha imaginária feita verticalmente
dividindo o corpo em direita e esquerda simetricamente);
� Lateral: Distante da linha medial;
� Intermédio: Entre a porção medial e lateral, ou entre a porção proximal e
distal;
� Proximal: Mais próximo ao tronco;
� Distal: Mais distante ao tronco;
� Superficial: Em direção a superfície do corpo;
� Profundo: Distante de superfície do corpo.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 4
Há também a descrição segundo os planos, que são linhas imaginárias que atravessam o copo.
� Plano sagital: Divide o corpo anteriormente e verticalmente em duas porções,
direito e esquerdo, podendo ser simétrico (plano sagital mediano), ou
assimétrico (plano parassagital)
� Plano frontal: Divide o corpo em porções anteriores e posteriores
(verticalmente);
� Plano transversal: Divide o corpo horizontalmente em porção superior e
inferior;
� Plano oblíquo: Divide o corpo em um ângulo entre o plano transversal e os
demais planos.
Articulações
A articulação é um ponto de contato entre ossos, entre a cartilagem e os ossos, ou entre
os ossos e dentes. A estrutura da articulação determina como ela funciona, pois há
articulações que permitem movimentos, já outras são imóveis. Em geral quando mais rígida a
articulação menos movimento ela produz, assim como quanto mais frouxas, mais livremente
elas se movimentam, mas esse movimento também é determinado por outros fatores como
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Anatomia Corporal Ano: 2012 5
forma dos ossos que se articulam, posição dos ligamentos, dos tendões e dos músculos
associados.
Classificação estrutural
� Fibrosa: Os ossos são mantidos juntos por tecidos conjuntivos fibrosos;
� Cartilagínea: Quando os ossos estão ligados por fibrocartilagem ou cartilagem hialina;
� Sinovial: Quando os ossos são mantidos por uma cápsula articular (apenas esse tipo de
articulação possui cavidade articular).
Classificação funcional
� Sinartrose: Imóvel (do tipo fibrosa), podendo ser subdividida em:
� Sutura: É uma articulação encontrada entre os ossos do crânio, unidos por tecido
conjuntivo denso;
� Gonfose: É ossos de encaixe unidos por material fibroso como os dentes nos
alvéolos;
� Sincondrose: É uma articulação cartilaginosa em que o material de juntura é a
cartilagem hialina, que será substituída por osso.
� Anfiartrose: Levemente móvel (do tipo cartilagínea), divididas em dois tipos:
� Sindesmose: Existe mais tecido conjuntivo denso que na sutura, mas os ossos se
encontram mais frouxos, permitindo algum movimento;
� Sínfise: É uma articulação cartilaginosa, em que a articulação é um disco largo e
plano de fibrocartilagem.
� Diartrose: Livremente móvel (do tipo sinovial), subdivididas em seis grupos, são eles:
� Plana: Movimento de deslizamento, sem qualquer movimento angular ou rotatório;
� Gínglimo: A superfície convexa de um osso se acopla a superfície côncava de
outro osso, realiza o movimento de flexo-extensão;
� Trocóide: A articulação é formada por um processo em forma de pivô rodando
dentro de um anel, realizando o movimento de rotação;
� Condilar: A superfície oval de um osso se ajusta em uma depressão de outro osso,
realizando os movimentos de flexo-extensão, abdução e adução e circundução;
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Anatomia Corporal Ano: 2012 6
� Sela: A superfície articular de um osso possui a forma de sela e a superfície do
outro osso apresenta a forma de membros inferiores de um cavaleiro, realiza a
mesma movimentação que a articulação condilar;
� Esferóide: A superfície articular de um osso é semelhante a uma bola, e a
superfície do outro osso como um copo, realiza o movimento de rotação, flexo-
extensão e abdução- adução.
Cápsula Articular
É uma membrana conjuntiva que envolve a articulação sinovial como um manguito
constituído de duas camadas: a membrana fibrosa que é externa e resistente pode estar
reforçada, em alguns pontos por feixes também fibrosos, que constituem os ligamentos
capsulares e a membrana sinovial (interna). Em muitas articulações sinoviais, existem
ligamentos independentes da cápsula articular denominados extra-capsulares e em algumas,
como na do joelho, aparecem também ligamentos intra-articulares. Os ligamentos e cápsula
articular tem por finalidade manter a união entre os ossos e impedir movimentos em planos
indesejáveis e limitar a amplitude dos movimentos considerados normais. A membrana
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Anatomia Corporal Ano: 2012 7
sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular e é abundantemente vascularizada e
inervada sendo encarregada da produção da sinóvia.
Discos e Meniscos
Em várias articulações são encontradas formações fibrocartilagíneas, chamadas de
discos e meniscos, que proporcionam melhor adaptação das superfícies que se articulam, e
amortecem pressões.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 8
Sistema muscular
O movimento de um segmento é resultado da contração e relaxamento de um músculo.
O tecido muscular constitui cerca de 50% do peso corporal total e é composto de células
altamente especializado.
Existem três tipos de tecido muscular.
� Tecido muscular esquelético: É um tecido muscular estriado, de contração voluntária;
� Tecido muscular cardíaco: É um tecido muscular estriado, porém de contração
involuntária (forma a maior parte da parede do coração);
� Tecido muscular liso: É um tecido que não apresenta estrias, de contração
involuntária, e está localizado em estruturas internas ocas.
Funções do tecido muscular
� Produção de calor: Quando há contração muscular, seu subproduto é a produção de
calor, que é utilizado para a manutenção da temperatura corporal (até 85%);
� Estabilização corporal e regulação dos volumes dos órgãos: As contrações musculares
mantêm o corpo em posições estáveis, esses músculos posturais apresentam uma
contração sustentada, da mesma forma que a musculatura lisa se mantém em uma
determinada contração para impedir o refluxo do conteúdo de um órgão oco;
� Movimentação de substâncias intracorpóreas: O músculo cardíaco se contrai movendo
o sangue, que passa do coração para vasos sanguíneos, o músculo liso movimenta o
alimento através do trato gastrointestinal, etc;
� Movimento do corpo: Normalmente realizado por um sistema da alavancas
movimentadas pela contração e relaxamento da musculatura, produzindo o movimento
de um dado segmento.
O tecido muscular possui quatro características principais, sendo elas:
� Excitabilidade que é a capacidade do tecido muscular receber e responder a um
estímulo;
� Contratilidade que é a capacidade de contrair-se (encurtar e espessar);
� Extensibilidade que é a capacidade do tecido se distender (alongar);
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Anatomia Corporal Ano: 2012 9
� Elasticidade que é a capacidade do músculo voltar ao seu estado normal de
relaxamento após uma contração ou a um alongamento.
O tecido muscular esquelético possui um suprimento nervoso e sanguíneo, e é
revestido por um tecido conjuntivo.
Este tecido conjuntivo é composto de uma fáscia que se apresenta na forma de lâmina
de tecido conjuntivo sob a pele ou em torno dos músculos, existindo dois tipos de fáscia:
� Fáscia superficial: Composta de tecido conjuntivo areolar possui tecido adiposo junta
a ela e se encontra imediatamente abaixo da pele;
� Fáscia muscular profunda: Composta de tecido conjuntivo denso e irregular que
mantém os músculos unidos e separando-os em grupos funcionais.
A partir da extensão da fáscia muscular profunda, podemos observar o epimísio que
envolve o músculo por inteiro, o perimísio que recobre os fascículos e o endomísio que
recobre cada fibra muscular individual.
A extensão do epimísio, perimísio e do endomísio vai além do músculo, dando origem
ao tendão que nada mais é que um cordão de tecido conjuntivo, seu papel é fixar um músculo
a um osso.
Os músculos esqueléticos necessitam de uma boa nutrição sanguínea, normalmente
uma artéria e uma veia acompanham cada nervo que penetra em um músculo esquelético.
Cada fibra muscular esquelética está em contato com um ou mais capilares, e faz contato com
uma porção de um neurônio motor, denominado bulbo sináptico terminal.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 10
Para uma fibra muscular esquelética se contrair, ela deverá ser estimulada por um
neurônio, denominado neurônio motor. Uma unidade motora é composta de um neurônio
motor e todas as fibras musculares que ele estimula, realizando uma contração simultânea de
todas essas fibras quando estimulado. Para um músculo se contrair, é necessário íons de
cálcio, e energia, na forma de ATP.
Anatomia Muscular
Na anatomia muscular, os músculos serão divididos em grupos de acordo com a parte
do corpo em que eles atuam, sendo evidenciados os principais grupos musculares.
Músculos do abdome
Músculo Origem (ponto
fixo)
Inserção (ponto
móvel)
Ação
Reto do abdome Púbis e sínfise
púbica
Cartilagem da 5ª
à 7ª costela e
processo xifóide
Flexão de tronco auxilia na
expiração forçada, micção,
evacuação e estabilização do
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Anatomia Corporal Ano: 2012 11
tronco
Oblíquo externo do
abdome
Oito costelas
inferiores
Ílio e linha
branca
Rotação do tronco para o lado
oposto, e quando contraído
bilateralmente flexiona o tronco
Oblíquo interno do
abdome
Ílio, ligamento
inguinal e fáscia
toracolombar
Cartilagem as
três últimas
costelas
Rotação do tronco para o mesmo
lado e quando contraído
bilateralmente flexiona o tronco
Transverso do abdome
Ílio, ligamento
inguinal, fáscia
lombar e
cartilagens das
seis últimas
costelas
Esterno, linha
branca e púbis
Comprime o abdome e auxilia na
estabilização de tronco
Piramidal Púbis Linha Alba Tenciona a linha Alba
Psoas Maior
Processo
transverso das
vértebras
lombares, corpos
e discos
intervertebrais
das últimas
torácicas e todas
lombares
Trocânter maior
do fêmur
Flexão da coxa, flexão da coluna
lombar (30° - 90°)
Psoas Menor Corpo vertebral
de T12 e L1
Eminência
iliopectínea
Flexão de quadril, anteroversão
da pelve
Ilíaco
2/3 superiores da
fossa ilíaca, crista
ilíaca e asa do
Trocânter menor Flexão de quadril, anteroversão
da pelve
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Anatomia Corporal Ano: 2012 12
sacro
Quadrado Lombar
Crista ilíaca e
ligamento ílio
lombar
12ª costela e
processo
transverso da
vértebra lombar
Flexão lateral do tronco
Músculos utilizados na respiração
Músculo Origem (ponto
fixo)
Inserção (ponto
móvel) Ação
Diafragma
Esterno,
cartilagens costais
das seis últimas
costelas e
vértebras
lombares
Centro tendíneo
Forma um assoalho para a
cavidade torácica e traciona o
centro tendíneo para baixo na
inspiração
Intercostais externos Margem inferior
da costela
Margem superior
da costela
Elevação das costelas na
inspiração
Intercostais internos Margem superior
da costela
Margem inferior
da costela
Aproximação das costelas na
expiração
Músculos do Dorso
Músculo Origem (ponto
fixo)
Inserção (ponto
móvel) Ação
Trapézio
Osso occipital e
processos
espinhosos da 7ª
vértebra cervical
e todas torácicas
Clavícula e
escápula
Eleva a clavícula, aduz e roda
superiormente a escápula,
extensão cervical
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Anatomia Corporal Ano: 2012 13
Latíssimo do Dorso
Processos
espinhosos da 6ª
últimas vértebras
T e todas L, crista
do sacro, 1/3
posterior da crista
ilíaca e face
externa da 4
últimas costelas
Sulco
intertubercular
Adução, extensão e rotação
medial do braço
Rombóide
Processos
espinhosos da 2ª à
5ª vértebra
torácica
Escápula Aduz a escápula
Levantador da escápula
Quatro vértebras
cervicais
superiores
Escápula Eleva a escápula
Serrátil Póstero
Superior
Processos
espinhosos da C7
à T3
Borda superior e
face externa da 2ª
a 5ª costelas
Elevação das primeiras costelas
Serrátil Póstero Inferior
Processos
espinhosos da
T11 à L3
Borda inferior e
face externa das
4 últimas
costelas
Depressão das últimas costelas
Rotadores
Estende-se do sacro até a C2.
Ligando o processo transverso de
uma vértebra ao processo espinhoso
da vértebra suprajacente
Extensão e rotação lateral da
C.V.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 14
Multifidos
Dorso do sacro,
EIPS, processos
mamilares das
lombares,
processo
transverso das
torácicas e
processos
articulares da C4
à C7
Processo
espinhoso de 3 a
5 vértebras acima
Estabilização da C.V.
Intertransversais
Processo
transverso da
vértebra superior
Processo
transverso da
vértebra inferior
Inclinação da C.V.
Interespinhais
Processo
espinhoso da
vértebra superior
Processo
espinhoso da
vértebra inferior
Extensão da C.V.
Esplênio da cabeça
1/3 lateral da
linha nucal
superior e
processo
mastóide do osso
temporal
Processos
espinhosos da C7
à T4
Extensão, inclinação e rotação
homolateral da cabeça
Esplênio do pescoço
Processo
transverso das 3
primeiras
vértebras
cervicais
Processo
espinhoso da T3
à T6
Extensão, inclinação e rotação
homolateral da cabeça
Semi espinhal da
cabeça
Entre a linha
nucal superior e
inferior
Processo
transverso da T1
à T7 e processos
articulares da C5
a C7
Extensão da cabeça e inclinação
homolateral da cabeça
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Anatomia Corporal Ano: 2012 15
Semi espinhal do
pescoço
Processo
espinhoso da C1 à
C7
Processos
transversos das
T1 à T6
Extensão e rotação contralateral
do pescoço
Semi espinhal do tórax
Processo
espinhoso C6 a
T4
Processos
transversos das
T6 à T10
Extensão e rotação contralateral
do pescoço
Eretores da espinha Esta é a maior massa muscular do dorso e consiste em três partes:
Iliocostal (mais lateralmente)l, dorsal longo (intermédio) e espinhal
(medial). Consistem de uma série de músculos sobrepostos.
Iliocostal (cervical)
Processos
transversos de C4
a C6
Ângulo da 6
primeiras
costelas e
processo
transverso de C7
Extensão e inclinação
homolateral da C.V.
Iliocostal (torácica) Ângulo da 3ª à 6ª
costelas
Ângulo das 6
últimas costelas
Extensão e inclinação
homolateral da C.V.
Iliocostal (lombar) Ângulo das 6
últimas costelas
Face dorsal do
sacro
Extensão e inclinação
homolateral da C.V.
Dorsal Longo (cabeça) Processo
mastóide
Processos
articulares de C4
a C7 e
transversos de T1
a T4
Extensão e inclinação
homolateral da C.V.
Dorsal Longo (pescoço)
Processos
transversos de C2
a C6
Processos
transversos de T1
a T4
Extensão e inclinação
homolateral da C.V.
Dorsal Longo (tórax)
Processos
transversos das
vértebras
torácicas e das 10
últimas costelas
Processos
transversos das
vértebras
lombares e
aponeurose
lombocostal
Extensão e inclinação
homolateral da C.V.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 16
Espinhal (cabeça) Ligado ao semi-espinhal da cabeça
Espinhal (pescoço)
Ligamento nuca e
processos
espinhosos de C7
a T2
Processos
espinhosos C2 a
C4
Extensão
Espinhal (tórax) Processos
espinhosos T11 a
L2
Processos
espinhosos das
torácicas
superiores
Extensão
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Anatomia Corporal Ano: 2012 17
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Anatomia Corporal Ano: 2012 18
Músculos do membro superior
Músculo Origem (ponto
fixo)
Inserção (ponto
móvel) Ação
Subclávio Primeira costela Clavícula Depressão da clavícula
Peitoral menor Da 3ª a 5ª costela Escápula
Peitoral maior
Clavícula,
esterno,
cartilagens da 2ª a
6ª costela
Úmero Flexão e adução horizontal
Deltóide Clavícula e
escápula Úmero Abdução, flexão e rotações
Subescapular Escápula Tubérculo menor
do úmero Rotação medial
Supra espinal Escápula Úmero Auxilia na abdução
Infra espinal
Fossa infra-
espinhal da
escápula
Faceta média do
tubérculo maior
do úmero
Rotação lateral do braço
Redondo menor
2/3 superior da
borda lateral da
escápula
Faceta inferior
do tubérculo
maior do úmero
Rotação lateral e adução do braço
Redondo Maior
1/3 inferior da
borda lateral da
escápula e ângulo
inferior da
escápula
Crista do
tubérculo menor
do úmero
Rotação medial, adução e
extensão da articulação do ombro
Braço
Bíceps Braquial
Porção longa:
Tubérculo supra-
glenoidal
Tuberosidade
radial
Flexão do cotovelo, ombro e
supinação do antebraço
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Anatomia Corporal Ano: 2012 19
Porção Curta:
Processo
coracóide
Braquial Anterior
Face anterior da
metade distal do
úmero
Processo
coronóide e
tuberosidade da
ulna
Flexão de cotovelo
Coraco braquial
Processo
coracóide -
escápula
1/3 médio da
face medial do
corpo do úmero
Flexão e adução do braço
Tríceps Braquial
Porção longa:
Tubérculo infra-
glenoidal
Olecrano Extensão do cotovelo
Porção Medial: ½
distal da face
posterior do
úmero
Porção Lateral: ½
proximal da face
posterior do
úmero (acima do
sulco radial
Antebraço (Anterior)
Pronador Redondo
Epicôndilo
medial do úmero
e processo
coronóide da ulna
Face lateral do
1/3 médio da
diáfise do rádio
Pronação e auxilia na flexão
Flexor Radial do Carpo Epicôndilo
medial
Face anterior do
2º metacarpal Flexão do punho e desvio radial
Palmar longo Epicôndilo
medial
Aponeurose
palmar e Flexão do punho
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Anatomia Corporal Ano: 2012 20
retináculo dos
flexores
Flexor Ulnar do Carpo Epicôndilo
medial e olécrano
Osso pisiforme,
hamato e 5º
metacarpal
Flexão de punho e desvio ulnar
Flexor superficial dos
dedos
Epicôndilo
medial
Face anterior da
falange
intermédia do 2º
ao 5º dedos
Flexão de punho, flexão, abdução
e adução dos dedos
Flexor profundo dos
dedos
Face anterior dos
¾ proximais da
ulna e do rádio
Face anterior da
falange distal do
2º ao 5º dedos
Flexão palmar e flexão dos dedos
Flexor longo do polegar
Face anterior do
rádio e epicôndilo
medial
Falange distal do
polegar
Flexão palmar, flexão, adução e
oposição do polegar
Pronador Quadrado ¼ da face anterior
da ulna
¼ da face
anterior do rádio Pronação
Antebraço (Posterior)
Extensor dos Dedos Epicôndilo lateral
do úmero
Falanges média e
distal do 2º ao 5º
dedos
Extensão dos dedos
Extensor do Dedo
Mínimo
Epicôndilo lateral
do úmero
Tendão do
extensor comum
para o 5º dedo
Extensão do 5º dedo
Extensor Ulnar Epicôndilo lateral
do úmero
Base do 5º
metacarpal Extensão do punho e desvio ulnar
Ancôneo Epicôndilo lateral
do úmero
Olécrano da ulna
e ¼ proximal da
face posterior da
diáfise da ulna
Extensão do cotovelo
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Anatomia Corporal Ano: 2012 21
Abdutor Longo do
Polegar
Face posterior do
rádio e da ulna e
membrana
interóssea
1ª metacarpal Abdução da mão e do polegar
Extensor Curto do
Polegar
Face posterior do
rádio e membrana
interóssea
Face dorsal da
falange proximal
do polegar
Extensão do polegar
Extensor Longo do
Polegar
Face posterior do
1/3 médio da ulna
e membrana
interóssea
Falange distal do
polegar Extensão do polegar
Extensor do Segundo
Dedo
Face posterior da
diáfise da ulna e
membrana
interóssea
Tendão do
extensor comum
do 2º dedo
Extensão do 2º dedo
Antebraço (lateral)
Braquirradial
2/3 proximais da
crista
supracondiliana
lateral do úmero
Processo
estilóide do rádio
Flexão do cotovelo, pronação de
antebraço e supinação até o ponto
neutro
Extensor Radial Longo
do Carpo
Face lateral do
1/3 distal da crista
supracondiliana
do úmero
Face posterior do
2º metacarpal
Extensão do punho e desvio
radial
Extensor Radial Curto
do Carpo
Epicôndilo lateral
do úmero
Face posterior do
3º metacarpal Extensão do punho
Supinador
Epicôndilo lateral
do úmero e
ligamento
colateral radial
Face lateral e 1/3
proximal da
diáfise do rádio
Supinação do antebraço
Músculos da mão
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Anatomia Corporal Ano: 2012 22
Região Hipotenar (Palmar Curto, Abdutor do Dedo Mínimo, Flexor Curto do Dedo
Mínimo e Oponente do Dedo Mínimo);
Região Tenar (Abdutor Curto do Polegar, Flexor Curto do Polegar, Oponente do
Polegar e Adutor do Polegar);
Região Mediana (Lumbricais, Interósseos Palmares e Interósseos Dorsais).
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Anatomia Corporal Ano: 2012 23
Membro Inferior
Músculo Origem (ponto
fixo)
Inserção (ponto
móvel) Ação
Glúteo Máximo
Linha glútea
posterior do íleo,
sacro, cóccix e
ligamento
sacrotuberoso
Trato íleotibial
da fáscia lata e
tuberosidade
glútea do fêmur
Extensão e rotação lateral do
quadril
Glúteo Médio Face externa do
íleo Trocânter maior
Abdução e rotação medial da
coxa
Glúteo Mínimo Asa ilíaca Trocânter maior Abdução e rotação medial da
coxa
Piriforme
Superfície pélvica
do sacro e
margem da
incisura isquiática
maior
Trocânter maior Abdução e rotação lateral da coxa
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Anatomia Corporal Ano: 2012 24
Gêmeo Superior Espinha isquiática Trocânter maior Trocânter maior
Obturatório Interno
Face interna da
membrana
obturatória e
ísquio
Trocânter maior
e fossa
trocantérica do
fêmur
Rotação lateral da coxa
Gêmeo Inferior Tuberosidade
isquiática Trocânter maior Rotação lateral da coxa
Obturatório Externo
Ramos do púbis e
ísquio e face
externa da
membrana
obturatória
Fossa
trocantérica do
fêmur
Rotação lateral da coxa
Quadrado Femoral Tuberosidade
isquiática
Crista
intertrocantérica Rotação lateral e adução da coxa
Coxa (Ântero-Lateral)
Tensor da Fáscia Lata
Crista ilíaca e
Espinha Ilíaca
Ântero Superior
Trato íleo-tibial
Flexão, abdução e rotação medial
do quadril e rotação lateral do
joelho
Sartório Espinha ilíaca
ântero-superior
Superfície medial
da tuberosidade
da tíbia
Flexão, abdução e rotação lateral
da coxa e flexão e rotação medial
do joelho
Quadríceps
Reto Anterior Espinha ilíaca
ântero-inferior
Patela e, através
do ligamento
patelar, na
tuberosidade
anterior da tíbia
Extensão do joelho e o reto
femoral realiza flexão do quadril.
O vasto medial realiza rotação
medial e o vasto lateral, rotação
lateral
Vasto Lateral
Trocânter maior,
linha áspera, linha
intertrocantérica e
tuberosidade
glútea
Vasto Medial
Linha áspera e
linha
intertrocantérica
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Anatomia Corporal Ano: 2012 25
Vasto Intermédio
2/3 proximais da
face anterior e
lateral do fêmur e
½ distal da linha
áspera
Coxa (Posterior)
Semitendinoso Tuberosidade
isquiática
Superfície medial
da tuberosidade
da tíbia
Extensão do quadril, flexão e
rotação medial do joelho
Semimembranoso Tuberosidade
isquiática
Côndilo medial
da tíbia
Extensão do quadril, flexão e
rotação medial do joelho
Coxa (Póstero - Medial)
Grácil
Sínfise púbica e
ramo inferior do
púbis
Superfície medial
da tuberosidade
da tíbia
Adução da coxa, flexão e rotação
medial do joelho
Pectíneo
Eminência ílo-
pectínea,
tubérculo púbico
e ramo superior
do púbis
Linha pectínea
do fêmur
Flexão do quadril e adução da
coxa
Adutor Longo
Superfície
anterior do púbis
e sínfise púbica
Linha áspera Adução da coxa
Adutor Curto Ramo inferior do
púbis Linha áspera Adução da coxa
Adutor Magno
Tuberosidade
isquiática, ramo
do púbis e do
ísquio
Linha áspera e
tubérculo
adutório
Adução da coxa
Perna (Anterior)
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Anatomia Corporal Ano: 2012 26
Tibial Anterior
Côndilo lateral da
tíbia e ½ proximal
da face lateral da
tíbia e membrana
interóssea
Cuneiforme
medial e base do
1º metatarso
Flexão dorsal e inversão do pé
Extensor Longo dos
Dedos
Côndilo lateral da
tíbia, ¾ proximais
da fíbula e
membrana
interóssea
Falange média e
distal do 2º ao 5º
dedos
Extensão da MF, IFP e IFD do 2º
ao 5º dedos
Extensor Longo do
Hálux
2/4 intermediários
da fíbula e
membrana
interóssea
Falange distal do
hálux
Extensão do hálux, flexão dorsal
e inversão do pé
Fibular Terceiro 1/3 distal da face
anterior da fíbula
Base do 5º
metatarsal Eversão do pé
Perna (Lateral)
Fibular Longo
Cabeça, 2/3
proximais da
superfície lateral
da fíbula e
côndilo lateral da
tíbia
1º metatarsal e
cuneiforme
medial
Flexão plantar e eversão do pé
Fibular Curto 2/3 distais da face
lateral da fíbula
Base do 5º
metatarsal Flexão plantar e eversão do pé
Perna (Posterior)
Gastrocnêmio Medial Côndilo medial
do fêmur Calcâneo
Flexão do joelho e flexão plantar
do tornozelo
Gastrocnêmio Lateral Côndilo lateral do
fêmur Calcâneo
Flexão do joelho e flexão plantar
do tornozelo
Sóleo 1/3 intermédio da
face medial da Calcâneo Flexão plantar do tornozelo
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Anatomia Corporal Ano: 2012 27
tíbia e cabeça da
fíbula
Poplíteo Côndilo lateral do
fêmur
Linha solear da
face posterior da
tíbia
Flexão e rotação medial do joelho
Flexor Longo dos
Dedos
Face posterior da
tíbia
Falanges distais
do 2º ao 5º dedo
Flexão plantar e inversão do
tornozelo, flexão da MF, IFP e
IFD do 2º ao 5º dedos
Flexor Longo do Hálux
2/3 distais da face
posterior da fíbula
e membrana
interóssea
Falange distal do
hálux
Flexão do hálux, flexão plantar e
inversão do tornozelo
Tibial Posterior
Face posterior da
tíbia e 2/3
proximais da
fíbula e
membrana
interóssea
3 cuneiformes
(medial, médio e
lateral), cubóide,
navicular e base
do 2º ao 4º
metatarsais
Flexão plantar e inversão do pé
Músculos do Pé
Região Plantar Medial (Abdutor do Hálux, Flexor Curto do Hálux, Adutor do Hálux);
Região Plantar Lateral (Abdutor do Mínimo, Flexor Curto do Mínimo, Oponente do
Mínimo);
Região Plantar Média (Flexor Curto dos Dedos, Quadrado Plantar, Lumbricais,
Interósseos Plantares, Interósseos Dorsais);
Região Dorsal (Extensor Curto dos Dedos, Extensor Curto do Hálux).
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Anatomia Corporal Ano: 2012 28
Sistema Esquelético
O sistema esquelético compreende os ossos e as cartilagens, e tem como funções:
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Anatomia Corporal Ano: 2012 29
� Proteção aos órgãos internos, como por exemplo, o coração é protegido pela caixa
torácica, medula pelas vértebras;
� Sustentação aos tecidos moles e fixação para os músculos esqueléticos, fornecendo
uma moldura para o corpo;
� Movimento, pois os músculos são fixados nos ossos e quando se contraem; tracionam
os ossos;
� Armazenamento de minerais, especialmente cálcio e fósforo;
� Produção de células do sangue em determinados ossos, num processo de hematopoiese
(medula óssea vermelha);
� Armazenamento de energia (lipídios) nas denominadas medula óssea amarela.
Classificação dos ossos
Os ossos são classificados em quatro principais formas, sendo elas:
� Longos com seu comprimento maior que sua largura possui principalmente osso
compacto, e em menor quantidade ossos esponjoso (fêmur);
� Curtos com comprimento e largura semelhantes são esponjosos e em sua superfície
possui uma fina camada de osso compacto (ossos do carpo);
� Planos geralmente finos e compostos de duas lâminas paralelas de osso compacto
revestido por osso esponjoso (ossos do crânio);
� Irregulares possuem formas complexas e não se encaixam nas classificações acima
(vértebras).
Estruturas dos ossos longos
� Diáfise a parte longa, a haste do osso a parte principal;
� Epífise é a extremidade do osso;
� Metáfise junção no osso maduro da diáfise com a epífise. No osso em crescimento
essa região contém uma cartilagem hialina denominada epífise de crescimento que é
por onde ocorre o crescimento longitudinal de um osso;
� Cartilagem articular é uma fina camada de cartilagem hialina que reveste a epífise,
onde é formada uma articulação com outro osso, reduzindo o atrito entre esses ossos;
� Periósteo é uma resistente membrana que reveste todo o osso que não se encontra
protegido pela cartilagem, necessário para a proteção, nutrição, crescimento em
diâmetro de um osso e local de fixação de tendões e ligamentos;
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Anatomia Corporal Ano: 2012 30
� Endósteo reveste a cavidade medular são células osteoclastos e osteoprogenitoras;
� Cavidade medular é o espaço dentro da diáfise que contém medula óssea amarela em
adultos.
Histologia
Esse sistema consiste de quatro tipos de tecido conjuntivos sendo eles: cartilagem, osso,
medula óssea e periósteo.
� Tecido ósseo contém uma grande quantidade de matriz, que consiste num componente
inorgânico (sais minerais), que é responsável pela dureza do osso e um componente
orgânico (principalmente fibras colágenas), que oferece ao osso resistência. No tecido
ósseo possui quatro tipos de células, as células osteoprogenitoras (osteogênicas), os
osteoblastos, os osteoclastos e os osteócitos.
� Células osteoprogenitoras sofrem mitose e tornam-se osteoblastos, são encontradas no
periósteo, no endósteo e canais ósseos que possuem vasos;
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Anatomia Corporal Ano: 2012 31
� Osteoblastos são células formadoras de osso, e não possuem capacidade para se
dividir por mitose, são encontradas na superfície do osso (forma colágeno e outros
componentes orgânicos);
� Osteócitos é a denominação dos osteoblastos que ficam isolados na matriz óssea,
mantendo as atividades celulares diárias, tornando-se as principais células do tecido
ósseo;
� Osteoclastos são encontrados na superfície do osso e é responsável pela reabsorção
óssea para que ocorra o desenvolvimento, crescimento e reparação do tecido ósseo.
A matriz óssea é rica em sais minerais como o fosfato de cálcio e algum carbonato de
cálcio, que à medida que são depositado pelos osteoblastos em torno das fibras de colágeno da
matriz, o tecido enrijece sendo denominado este processo de calcificação.
O osso não é completamente sólido, há espaços que fornecem canais para os vasos
sanguíneos que suprem as células ósseas, além de conferir leveza ao osso, podendo ser
classificado como compacto ou esponjoso.
� Tecido ósseo compacto contém pouco espaço, ele forma a camada externa de todos os
ossos e o maior volume do corpo dos ossos longos, fornecendo proteção e suporte.
� Tecido ósseo esponjoso consiste de uma rede irregular de lâminas finas de osso
chamadas trabécula, os espaços macroscópicos entre as trabéculas de alguns ossos são
preenchidos de medula óssea vermelha.
Normalmente pensa-se no osso como um material muito duro e rígido, porém nos
ossos de um infante são bem maleáveis, tornando-se rígidos somente após a cessação do
crescimento ósseo (epífise de crescimento). O osso é um tecido vivo, constantemente
degradado e reconstruído.
Divisões do sistema esquelético
O esqueleto humano adulto é composto de 206 ossos, formando o esqueleto axial e o
esqueleto apendicular.
� Esqueleto axial consiste nos ossos do crânio, ossículos auditivos, hióide, costelas,
esterno e as vértebras;
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Anatomia Corporal Ano: 2012 32
� Esqueleto apendicular consiste nos ossos das extremidades dos membros inferiores e
superiores, mais os ossos dos cíngulos que conectam os membros ao esqueleto axial.
Coluna vertebral
É constituída por vinte e seis ossos, que formam uma barra flexível e resistente,
sustentando a cabeça, serve como ponto fixador das costelas, proteção da medula espinal e
músculos do dorso. A coluna é dividida em segmentos, sendo sete cervicais; doze torácicas;
cinco lombares; cinco que são vértebras fundidas e quatro coccígeas também fundidas, antes
desta fusão o número total era de 33 vértebras.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 33
Entre as vértebras há o disco intervertebral que é composto em sua periferia por um
anel fibrocartilaginoso e m seu interior o núcleo pulposo que é altamente elástico. O disco
possui um papel muito importante na absorção de choques.
Curvaturas normais da coluna vertebral
Num plano sagital podemos observar duas curvaturas convexas anteriormente
(lordose) encontradas no segmento cervical e lombar e mais duas curvaturas côncavas
anteriormente (cifose) no segmento torácico e sacral.
Essas curvaturas conferem a coluna mais força e equilíbrio na posição ereta, absorvem
mais os choque na deambulação e auxiliam na proteção contra fraturas. Há o desenvolvimento
destas curvaturas por volta do terceiro mês pós-natal, iniciando-se pela curvatura cervical, e
ao se manter na posição ereta e deambular é formada a curvatura lombar da criança.
Anatomia das vértebras
As vértebras variam de tamanho, forma e detalhe, mas há características similares quanto:
� Corpo: Parte anterior que sustenta a vértebra, espessa e em forma de disco;
� Arco vertebral: Estende-se posteriormente ao corpo, formado por dois processos
curtos e espessos chamados pedículos que se unem com as lâminas terminando em um
processo espinhoso único;
� Forâme: Espaço entre o arco vertebral e a medula espinhal chama-se forame vertebral,
e o conjunto desses forames formam o canal vertebral, onde se aloja a medula;
� Processos: Originam-se do arco vertebral, na união entre a lâmina e o pedículo existe
o processo transverso que se estende lateralmente, e um único processo espinhoso
posterior e inferior a união das lâminas. Esses processos são postos de fixação
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Anatomia Corporal Ano: 2012 34
muscular e os restantes dos processos formam articulações com outras vértebras sendo
eles os processos articulares superiores e os inferiores.
Curiosidades
� Todas as vértebras cervicais possuem três forames, um vertebral e dois transversários.
A primeira vertebral cervical, o atlas, sustenta a cabeça, ela não tem corpo nem
processo espinhoso, e se articula com o osso occipital, permitindo o movimento de
flexo extensão da cabeça. A segunda vértebra, o áxis, possui um processo chamado
dente, que permite que a cabeça rotacione. Da terceira à sexta vértebra não apresentam
nenhuma particularidade.
� A sétima vértebra cervical, proeminente, possui um grande processo espinhoso que
pode ser visto e palpado.
� Nas vértebras torácicas observamos que elas são maiores e mais fortes que as
vértebras cervicais. Essas vértebras possuem uma superfície denominada fóvea que se
articula com as costelas.
� As vértebras lombares são as mais fortes e maiores da coluna vertebral e fixam os
grandes músculos do dorso.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 35
� A fusão de cinco vértebras sacrais dá origem ao sacro, essa fusão tem início por volta
dos 16 anos de idade e seu término em meados dos 25 anos, possui papel fundamental
na fundação do cíngulo pélvico.
� O cóccix é formado pela fusão das vértebras coccígeas (em torno dos 20 aos 30 anos),
articulando superiormente com o sacro.
Tórax
Formado pelo esterno, cartilagens costais, corpos das vértebras torácicas e pelos doze
pares de costela (duas últimas flutuantes). Possui a função de proteção dos órgãos presentes
em sua cavidade e de sustentação dos ossos do cíngulo peitoral e membros superiores.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 36
Cíngulo peitoral
Compostos por apenas dois ossos, a clavícula e a escápula, são responsáveis pela
fixação dos ossos dos membros superiores ao esqueleto axial. Essa articulação da cintura
escapular é livremente móvel, permitindo assim movimentos em várias direções.
� Clavícula: Situa-se horizontalmente sobre a primeira costela, articulando-se na porção
medial com o esterno e lateralmente com o acrômio da escápula.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 37
� Escápula: Situada no dorso, se apresenta na forma triangular, diagonalmente a
superfície posterior encontra-se a espinha da escápula, e sua extremidade é o acrômio,
inferiormente ao acrômio está uma depressão denominada cavidade glenóide.
Membros superiores
Compostos por sessenta ossos, úmero, rádio, ulna, carpos, metacarpos e falanges (contagem
bilateralmente).
� Úmero: é o maior osso do membro superior, se articulando com a escápula (cabeça do
úmero com a fossa glenóide) e distalmente com o rádio e ulna (fossa radial e tróclea);
� Ulna: é o osso medial do antebraço, em sua extremidade proximal se articula com o
úmero (olécrano), e em sua parte distal com os ossos carpais (processo estilóide);
� Rádio: é o osso lateral do antebraço, em sua extremidade proximal se articula com o
úmero (cabeça do rádio) e em sua parte distal com os ossos carpais (processo
estilóide);
� Carpos: São oito pequenos ossos unidos através de ligamentos e distribuídos em duas
fileiras transversais, sendo eles de proximal para distal e de lateral para proximal o
escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme, na fileira distal trapézio, trapezóide,
capitato e hamato;
� Metacarpos: São cinco iniciando sua contagem de lateral para medial, visíveis com a
mão cerrada;
� Falanges: São quatorze em cada uma das mãos, sendo o polegar o único dedo com
apenas duas falanges (proximal e distal), enquanto os demais possuem a falange
média, sendo denominado comumente como polegar, indicador, médio, anular e
mínimo.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 38
Cíngulo pélvico
Constituído de dois ossos do quadril, fornecendo um suporte forte e estável para a
coluna vertebral, são unidos anteriormente pela sínfise púbica e posteriormente ao sacro.
A pelve é subdividida em pelve maior (superior a margem pélvica) e pelve menor
(inferior a margem pélvica). No recém nascido cada pelve consiste em um ílio, um púbis e um
ísquio, a área comum desta fusão é denominada acetábulo, que consiste numa fossa onde se
articula a cabeça do fêmur.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 39
Membro inferior
Assim como os membros superiores apresentam-se em sessenta ossos (contagem
bilateralmente). Incluindo o fêmur, patela, tíbia, fíbula, tarso, metatarsos e as falanges.
� Fêmur: É o maior osso do corpo humano, na porção proximal articula sua cabeça com
o osso do quadril (fossa do acetábulo) e distalmente expande-se formando os côndilos
mediais e laterais que se articulam com a tíbia e anteriormente esses côndilos se
articulam com a patela.
� Patela: osso pequeno triangular que se articula na porção frontal do joelho.
� Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana, 3 ed. Porto Alegre: Artmed,
2001
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Anatomia Corporal Ano: 2012 40
� Tíbia: Articula-se na porção proximal com o fêmur (côndilos medial e lateral da tíbia)
e a fíbula (lateralmente), e na porção distal com a fíbula e o tálus.
� Fíbula: Articula-se na sua porção proximal com o côndilo lateral da tíbia, e em sua porção
distal tem uma projeção denominada maléolo lateral que se articula com o tálus tarsal.
� Tarso: Termo coletivo para os sete ossos tarsais, sendo eles o tálus e calcâneo
localizado na região posterior do pé e na porção anterior o cubóide e navicular e três
cuneiformes (médio, lateral e intermédio).
� Metatarso: Consiste em cinco ossos metatarsais numerados de I a V, possuem uma
base, um corpo médio e uma cabeça distal.
� Falanges: As falanges dos pés lembram as falanges das mãos tanto em sua disposição
como em números, exceto o polegar que possui somente a falange proximal e distal, as
demais possuem a falange média (entre a distal e a proximal).
� Os ossos dos pés são divididos em dois arcos que permitem sustentação e alavanca na
deambulação. Eles curvam-se à medida que o peso é aplicado, retornando a posição
normal assim que a força aplicada é retirada. O arco longitudinal é formado pelos
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Anatomia Corporal Ano: 2012 41
ossos metatarsais (uma parte medial e uma lateral), já o arco transverso é formado
pelo osso navicular, três cuneiformes, e as extremidades proximais dos ossos
metatarsais.
Principais diferenças entre o esqueleto feminino e o esqueleto masculino
Nos homens, geralmente os ossos são maiores e mais pesados, as extremidades
articulares mais espessas, alguns músculos são maiores e consequentemente suas
tuberosidades (pontos de fixação muscular) são maiores que nas mulheres.
A pelve feminina apresenta um espaço maior na pelve menor (verdadeira), para a
acomodação do feto e para dar passagem no parto.
Sistema Linfático
Esse sistema é constituído por um fluído chamado linfa, vasos linfáticos que
transportam a linfa de órgãos e estruturas que contém tecido linfático e da medula óssea
vermelha, que é responsável pelo armazenamento de células que se transformam em glóbulos
brancos (linfócitos).
O tecido linfático é uma forma especializada de tecido conjuntivo reticular e contém
muitos linfócitos do tipo B (transformam-se em plasmócitos e nos protegem contra possíveis
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doenças através dos anticorpos) e linfócitos tipo T(nos protegem contra doenças destruindo as
células invasoras).
Os linfonodos (nódulos linfáticos) são massas de tecido linfático de formato oval que
não são encapsulados, alguns desses folículos são isolados como na túnica serosa, vias
respiratórias, trato urinário e no trato genital. Outros folículos linfáticos são agrupados em
partes específicas do corpo como as amígdalas, placas de Peyer, no intestino delgado e no
apêndice vermiforme. Os órgãos linfáticos do corpo como os linfonodos, baço e timo contém
tecido linfático encapsulado.
Funções do sistema linfático
� Drenagem de fluído intersticial. São devolvidos ao sistema circulatório as proteínas e
fluídos não reabsorvidos, que são formados através da filtração nas terminações
arteriais dos capilares (fluído intersticial).
� Transporte de lipídios e vitaminas lipossolúveis. Responsáveis pelo transporte de
triglicerídeos e algumas vitaminas (A, E, D e K) do trato gastrintestinal ao sangue.
� Defesa do organismo. É um sistema de vigilância e defesa contra invasores. Com o
auxílio dos macrófagos protegem o corpo das células invasoras (micróbios e das
células cancerosas).
Linfa e Fluído Intersticial
A principal diferença entre os dois fluídos é sua localização. Quando banha as células,
é denominado fluído intersticial, quando flui através dos vasos linfáticos é chamado de linfa.
Em sua composição são semelhantes ao plasma (contém menos proteína e não possui
hemácias, apesar de conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos). A cada dia uma
média de 20 litros passa do sangue para os espaços tissulares, esse fluído e as proteínas
plasmáticas devem retornar ao sistema circulatório para manter o volume e as funções
normais, cerca de 85% do fluído é reabsorvida pela terminação venosa, o restante retorna ao
sangue indiretamente passando ao sistema linfático e então ao sangue através das veias
subclávias.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 43
Capilares Linfáticos e Vasos Linfáticos
Eles são encontrados por todo corpo (exceto no tecido avascular, sistema nervoso
central e medula óssea vermelha), apresentam-se ligeiramente maior que os capilares
sanguíneos e com uma estrutura única responsável por permitir que o fluído intersticial
penetre seu interior e evitando sua saída. As extremidades linfáticas não são ligadas e sim
sobrepostas, logo quando a pressão é maior no fluído intersticial que na linfa, as células se
separam ligeiramente (abrindo uma porta) e o fluído entra no capilar linfático, quando a
pressão maior é no vaso linfático, as células aumentam sua aderência e o fluído não pode
voltar ao fluído intersticial. Os capilares linfáticos se iniciam nos tecidos e carregam a linfa
em direção a um vaso linfático maior (os capilares unem-se para formar vasos linfáticos cada
vez maiores), por fim esses grandes vasos drenam a linfa para dois principais canais: o ducto
torácico e o ducto linfático direito.
Os vasos linfáticos assemelham-se estruturalmente às veias, mas têm paredes mais
finas, mais válvulas e contém linfonodos em intervalos variáveis.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 44
Tecido Linfático
Os linfonodos são órgãos ovais, localizados ao longo dos vasos linfáticos por todo o
corpo, e geralmente em grupos. Cada linfonodos é coberto por uma cápsula de tecido
conjuntivo denso, internamente, os linfonodos são divididos em folículos, que são regiões de
linfócitos T e B. Por todo o linfonodo existem canais denominados de seios linfáticos e fibras
reticulares.
Os vasos aferentes apresentam válvulas que se abrem na direção em direção do
linfonodo para que a linfa seja direcionada para seu interior, fluindo para os seios linfáticos e
deixando um linfonodo através de um vaso linfático eferente, que possui válvulas que se
abrem em direção contrária ao linfonodo para drenar a linfa para seu exterior.
Os linfonodos filtram a linfa que passa do espaço tissular através dos vasos linfáticos
durante seu retorno ao sistema circulatório. As fibras reticulares retém substâncias estranhas
que podem ser destruídas pelos macrófagos, por linfócitos e pelos plasmócitos.
� Tonsilas
É um grupo de folículos linfáticos grandes a arranjados em forma de anel na junção da
cavidade da boca e faringe, e da cavidade do nariz e faringe, elas auxiliam nas respostas
imunes contra substâncias ingeridas ou inaladas.
� Baço
É oval e a maior massa individual de tecido linfático no corpo, é coberto de tecido
conjuntivo denso e situa-se entre o estômago e o diafragma. O baço possui plasmócitos,
macrófagos e leucócitos, ele não filtra a linfa, mas possui espaços para o armazenamento de
sangue que é vital frente a uma perda significativa de sangue, onde através de impulsos
simpáticos irá liberar o sangue armazenado para manutenção de volume e pressão sanguínea.
Também é no baço o local onde ocorre a transformação dos linfócitos T em plasmócitos
produtores de anticorpo, e durante i inicio da vida fetal participa na formação das células
sanguíneas.
� Timo
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Anatomia Corporal Ano: 2012 45
É um órgão bilobado, onde cada lóbulo está coberto de tecido conjuntivo, internamente
consiste de macrófagos, linfócitos T e células epiteliais que produzem hormônios.
São responsáveis pela distribuição os linfócitos T a outros órgãos linfócitos.
Circulação Linfática
A linfa circula através dos capilares linfáticos, passa pelos vasos linfáticos e através
dos linfonodos. Os troncos linfáticos são formados pelos vasos eferentes dos últimos
linfonodos em uma cadeia, os principais troncos transferem a linfa para dois ductos.
O ducto torácico é o principal coletor do sistema linfático, e recebe a linfa do lado
esquerdo da cabeça, pescoço, tórax, membro superior esquerdo e todo o corpo abaixo das
costelas (esvazia a linfa na junção jugular interna esquerda e veia subclávia esquerda). O
ducto linfático direito recebe a linfa do lado superior direito (esvazia a linfa na junção da veia
jugular interna direita e da veia subclávia direita). Assim a linfa drenada é direcionada ao
sangue e forma-se um ciclo. Sequencialmente o sistema linfático segue essa direção: artérias
(plasma sanguíneo), capilares sanguíneos (plasma sanguíneo), espaços intersticiais (fluído
intersticial), capilares linfáticos (linfa), vasos linfáticos (linfa), ductos linfáticos (linfa), veias
subclávias (plasma sanguíneo).
As contrações musculares comprimem os vasos linfáticos, forçando seu conteúdo em
direção as veias, outro mecanismo que favorece o retorno linfático é a diferença de pressão
entre as duas terminações linfáticas. A linfa flui da região abdominal, onde a pressão é maior
para a região torácica, onde ela é menor durante os movimentos respiratórios.
O edema é o acúmulo excessivo de fluído intersticial, podendo ser por uma obstrução
por causado pelo bloqueio de um linfonodo, ou um linfonodo infectado. Outra provável causa
é a formação excessiva de linfa o que aumenta a permeabilidade capilar, ou aumento da
pressão sanguínea capilar.
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Sistema Circulatório
O coração é o centro do sistema circulatório, responsável por impulsionar o sangue por
milhares de quilômetros de vasos sanguíneos. Mesmo em repouso o coração bombeia trinta
vezes o seu próprio peso a cada minuto, bombeando mais de 7.000 litros de sangue
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Anatomia Corporal Ano: 2012 48
diariamente. À medida que o sangue é bombeado pelos tecidos é transferido nutriente e
oxigênio para o fluído intersticial e posteriormente para dentro das células, e ao mesmo tempo
vai recolhendo resíduos, dióxido de carbono e mantém a temperatura adequada.
Localização do coração
Situado entre os dois pulmões, no mediastino, cerca de dois terços ficam à esquerda da
linha mediana do corpo. Ele possui o tamanho aproximado se sua própria mão fechada. Os
principais vasos sanguíneos estão localizados em sua base (formado pelos átrios), e seu ápice
é formado pelo ventrículo esquerdo.
Pericárdio
Recobre e mantém o coração no local correto, consiste de duas porções, o pericárdio
fibroso, mais externo que restringe sua distensão e o sustenta no mediastino e o pericárdio
seroso, consiste em uma bicamada ao redor do coração, entre essas camadas encontra-se o
fluído pericárdico que evita a fricção entre as lâminas quando o coração se move.
Parede do coração
É composta de três camadas:
� Epicárdio uma lâmina externa, fina e transparente;
� Miocárdio é o tecido muscular cardíaco, é responsável pelo bombeamento do coração,
as fibras musculares formam duas redes, que se separam em atrial e ventricular. Os
átrios se contraem como uma unidade e os ventrículos como outra;
� Endocárdio é uma camada fina que reveste o interior do miocárdio e recobre as
válvulas e cordas tendíneas ligadas a elas.
Câmaras do coração
O interior do coração é dividido em quatro cavidades que recebem e bombeia o
sangue, as duas câmaras superiores são chamadas de átrios separados por uma parede o septo
atrial, as duas câmaras inferiores são os ventrículos (mais espessos) separados pelo septo
ventricular. Podemos dividir o coração em duas partes a esquerda onde circula só sangue
arterial (oxigenado) e a direita onde transita sangue venoso (rico em gás carbônico).
Grandes vasos do coração
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Anatomia Corporal Ano: 2012 49
O átrio direito recebe o sangue venoso através da veia cava superior (sangue
principalmente das partes corporais superiores ao coração), veia cava inferior (sangue
principalmente das partes corporais inferiores ao coração) e seio coronário (drena o sangue
dos vasos da parede do próprio coração), então o átrio expede o sangue venoso para o
ventrículo direito, que por sua vez o bombeia para o trono pulmonar que se divide em artéria
pulmonar direita e esquerda, que encaminham o sangue a cada pulmão correspondente. Nos
pulmões liberam o gás carbônico e absorvem oxigênio e esse sangue é encaminhado através
de quatro veias pulmonares chegando assim ao átrio esquerdo, passando então ao ventrículo
esquerdo e finalmente retorna a circulação sistêmica através da aorta ascendente, passando
pelas artérias coronárias, arco da aorta, torácica e abdominal da aorta descendente e as
ramificações das artérias supracitadas.
Valvas do coração
Quando uma câmara do coração se contrai, ela impulsiona o sangue e para evitar seu
refluxo há um sistema de quatro valvas compostas de tecido conjuntivo denso, elas abrem e
fecham de acordo com a variação de pressão na contração e relaxamento do coração.
� Valvas atrioventriculares localizadas entre os átrios e os ventrículos
� Valva tricúspide, entre o átrio direito e o ventrículo direito;
� Valva bicúspide, entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo;
� Valvas semilunares próxima da origem do tronco pulmonar e da aorta
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Anatomia Corporal Ano: 2012 50
� Valva do tronco pulmonar, localizada no óstio onde o tronco pulmonar deixa o
ventrículo direito;
� Valva da aorta, localizada no óstio onde a aorta inicia, deixando o ventrículo
esquerdo.
Suprimento sanguíneo do coração
O coração possui seus próprios vasos sanguíneos, esse fluxo de sangue recebe o nome
de circulação coronária, os principais vasos coronários são as artérias coronárias direita e
esquerda de origem na aorta ascendente, e a maior parte do sangue venoso é coletado pelo
seio coronário que o expede para o átrio direito.
Sistema condutor do coração
Inervado pelo sistema nervoso autônomo, que regula a freqüência cardíaca, mas não
inicia a contração, sendo assim o coração pode continuar batendo sem qualquer estímulo
direto do SN, pois possui um sistema intrínseco de regulação denominado de sistema
condutor. Esse sistema é composto por tecido muscular especializado que gera e distribui
potenciais de ação, estimulando a contração das fibras musculares cardíacas.
Medula Espinal
� Canal vertebral é um canal ósseo que abriga e protege a medula;
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Anatomia Corporal Ano: 2012 51
� Meninge é um revestimento de tecido conjuntivo que recobre a medula espinal e
encéfalo, subdivididas em três camadas:
� Dura máter é a meninge mais externa;
� Aracnóide é a meninge central;
� Pia máter é a meninge interna.
A medula consiste em trinta e um segmentos medulares, cada um desses segmentos
dará origem a um par de nervos espinais.
Os nervos espinais conectam o SNC aos receptores (sensitivos) e aos efetores
(músculos e glândulas), os 31 pares de nervos são denominados e enumerados de acordo com
a região e nível da medula que eles emergem. São subdivididos em 8 pares de nervos
cervicais, 12 pares de nervos torácicos, 5 pares de nervos lombares, 5 pares de nervos sacrais
e 1 par de nervo coccígeos.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 52
Cada nervo espinal é formado pela união das raízes dorsal (sensitiva) e ventral
(motora), que se ligam ao sulco lateral posterior e lateral anterior da medula (respectivamente)
através de filamentos radiculares.
A raiz ventral emerge da superfície ventral da medula espinal na forma da diversas
radículas ou filamentos que normalmente irão se combinar para formar dois feixes próximo
ao forame intervertebral.
O gânglio espinal é um conjunto de células nervosas na raiz dorsal do nervo espinal.
� Ramos dorsais dos nervos espinhais torácicos
Divididos em ramo medial e lateral. Cada ramo medial corre entre a articulação e as
margens mediais do ligamento costo-transversário superior e o músculo
intertransversal, e cada ramo lateral corre no intervalo entre o ligamento e o músculo
intertransversal antes de se inclinar posteriormente sobre o lado medial do músculo
levantador da costela.
� Ramos dorsais dos nervos espinhais lombares
Os ramos dorsais dos nervos lombares passam para trás mediais aos músculos
intertransversários, dividindo-se em ramos medial e lateral. O ramo medial corre
próximo dos processos articulares das vértebras para terminarem no músculo
multífido; eles estão relacionados com o osso entre os processos acessórios e
mamilares.
� Ramos dorsais dos nervos espinhais sacrais
Os três ramos superiores são cobertos na saída pelo músculo multífido, dividindo-se
em ramo medial e lateral. O ramo medial é pequeno e termina no músculo multífido.
O ramo lateral une-se ao ramo lateral do último lombar e ramo dorsal do quarto nervo
sacral, formam alças dorsais ao sacro; destas alças ramos correm dorsalmente para o
ligamento sacrotuberal para formarem uma segunda série de alças.
� Ramos Ventrais dos Nervos Espinhais
O ramo ventral do nervo espinhai inerva os membros e as faces ântero-laterais do
tronco. O cervical, lombar e sacral unem-se perto de suas origens para formar plexos.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 53
Complemento da matéria na apostila de anatomia facial.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 54
Sistema Respiratório
Nossas células necessitam constantemente de oxigênio para reações metabólicas que liberam
energia, ao mesmo tempo essas reações liberam dióxido de carbono. O consumo de oxigênio
e liberação de gás carbônico ocorre na mitocôndria e é chamada como respiração celular.
Anatomia
Descrita na apostila da anatomia facial.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 55
Pulmões
São dois pulmões e se localizam na cavidade torácica, separados pelo coração e
algumas estruturas do mediastino. A pleura é uma membrana serosa dividida em duas
camadas, a pleura parietal aderida à cavidade torácica e ao diafragma, e a pleura visceral que
reveste os pulmões.
Cada pulmão é dividido em regiões chamadas de segmentos broncopulmonares, cada
um dele é suprido por um brônquio (segmento), que é dividido em lóbulos, cada um deles
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Anatomia Corporal Ano: 2012 56
contém um vaso linfático, uma arteríola, uma vênula e um ramo de um bronquíolo terminal,
que se dividem em bronquíolos respiratórios.
Sistema Digestório
Responsável pela degradação do alimento para que ele possa atravessar a parede do trato
gastrintestinal, esse processo é chamado de digestão.
Processos da digestão
� Ingestão do alimento;
� Mistura e movimentação do alimento;
� Digestão, que é realizado por diversos processos químicos e mecânicos
� Química degradam moléculas grandes e complexas em moléculas simples;
� Mecânica composta de vários movimentos que auxiliam na digestão,
exemplo mastigação, musculatura lisa do estômago e intestino delgado e o
peristaltismo;
� Absorção é a passagem do alimento digerido do trato gastrointestinal ao
sistema linfático e sanguíneo para a distribuição às células;
� Defecação é a eliminação de substâncias não digeridas.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 57
Sistema Urinário
Ao metabolizar nutrientes, nossas células produzem resíduos como o dióxido de
carbono, muita água e calor, mais as impurezas nitrogenadas oriundas do catabolismo de
proteínas. Todos esses materiais tóxicos e o excesso de matérias essenciais devem ser
retirados de nosso corpo para manter a homeostasia (condição em que o ambiente interno do
corpo permanece relativamente constante dentro do limite fisiológico).
A principal função deste sistema é o auxílio à homeostasia, controlando a composição
e volume sanguíneo, também ajuda na regulação da pressão arterial, secretando a enzima
renina, que aumenta a pressão.
Cada rim possui cerca de 11 cm de comprimento e 7,5 cm de largura num adulto.
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Anatomia Corporal Ano: 2012 58
Sistema Reprodutor
É o sistema responsável pelo processo onde um novo indivíduo de uma espécie é
produzido e o material genético é passado de geração para geração
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Anatomia Corporal Ano: 2012 59
Os órgãos de reprodução feminino incluem os ovários (gônadas femininas que
produzem os ovócitos secundários e quando maduram desenvolvem-se em óvulos e
hormônios sexuais femininos), as tubas uterinas (que realizam o transporte do óvulo ao útero),
a vagina, a vulva e as glândulas mamárias que também são consideradas parte do sistema
genital feminino.
Os órgãos do sistema reprodutor masculino são: os testículos (que produzem os
espermatozóides e hormônios), os ductos (que armazenam ou transportam os espermatozóides
para o exterior), as glândulas sexuais acessórias (que secretam o sêmen) e as várias estruturas
de suporte (inclui-se o pênis).
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Anatomia Corporal Ano: 2012 60
Referências Bibliográficas
NETTER, FRANK H.. Atlas de Anatomia Humana – 3ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2001;
TORTORA, GERARD J.. Corpo Humano, Fundamentos de Anatomia e Fisiologia – 4ª Ed.
Porto Alegre: Artmed, 2003;
DANGELO, J.G.; FATTINI, C.A. Anatomia humana, sistêmica e segmentar para o estudante
de Medicina. 2ª. Ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
PUTZ, R.; PABST, R. Atlas de Anatomia Humana Sobotta; cabeça pescoço e extremidade
superior. Vol. 1 21ª ed. 2v. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
PUTZ, R.; PABST, R. Atlas de Anatomia Humana Sobotta; tronco, vísceras e extremidade
inferior. Vol. 2 21ª ed. 2v. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000
Sites
WWW.anatomiaonline.com.br
WWW.auladeanatomia.com.br
Agradecimentos
Agradecemos a toda equipe do Colégio Técnico São Bento e em especial a Professora
Marcela Nogueiro Nunes da Silva que participou da revisão desta apostila.