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COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICOPEDAGÓGICO
IVATÉPR/2012
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SUMÁRIO
Apresentação............................................................................................................…3Identificação do Colégio............................................................................................ ...4Aspectos dos Atos Oficiais...........................................................................................4Organização, Localização e Características................................................................5Estrutura Física............................................................................................................7Recursos Humanos – Direção, Equipe Pedagógica, Docentes e Agentes Educacionais................................................................................................................8Objetivos Gerais......................................................................................................... 15Marco Situacional....................................................................................................... 16Marco Conceitual....................................................................................................... 23Proposta PedagógicaCurricular................................................................................ 38
• Disciplina de Arte............................................................................................41• Disciplina de Biologia ….................................................................................60• Disciplina de Ciências Naturais …..................................................................65• Disciplina de Educação Física …...................................................................73• Disciplina de Ensino Religioso …...................................................................78• Disciplina de Filosofia …................................................................................82• Disciplina de Física …....................................................................................88• Disciplina de Geografia …..............................................................................93• Disciplina de História …..................................................................................98• Disciplina de LEM – Espanhol ….................................................................105 • Disciplina de LEM Inglês ….........................................................................113• Disciplina de Língua Portuguesa ….............................................................119• Disciplina de Língua Portuguesa Sala de Apoio …....................................127• Disciplina de Matemática ….........................................................................132• Disciplina de Matemática – Sala de Apoio...................................................138• Disciplina de Química …..............................................................................141• Disciplina de Sociologia …...........................................................................146
Marco Operacional...................................................................................................150Projetos Desenvolvidos pela Escola…......…...........................................................155Referências..............................................................................................................168
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APRESENTAÇÃOO projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola. (VEIGA, 1997, p. 12).
O projeto políticopedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio político e com os interesses reais e coletivos da comunidade. É politico no sentido de obrigação com a formação de cidadão para um tipo de sociedade. Como afirma Saviani (2008): “ a dimensão politica se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica.” Na dimensão pedagógica se encontra a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formar um cidadão participativo, responsável, comprometido, critico e criativo. Portanto, é pedagógico quando define as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade.
Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação formal são motivos de ampla discussão na sociedade. Surge a necessidade de um esforço coletivo para vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma escola pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento real de transformação social.
A construção desse projeto políticopedagógico contribui para estabelecer novos paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas que levem a instituição escolar a transgredir a chamada "educação tradicional", cujo conteudismo de inspiração positivista está longe de corresponder às necessidades e aos anseios de todos os que participam do cotidiano escolar. Para tal construção, foi convidada toda comunidade escolar, pais, alunos, funcionários, professores, direção, APMF, Conselho Escolar para discutir quais são os entraves que dificultam a melhoria do processo ensinoaprendizagem. E assim, buscar possíveis soluções para que a escola seja realmente um espaço democrático de socialização do saber historicamente construído pela humanidade, não se limitando a reproduzir a realidade sócioeconômica em que está inserida.
Para que a escola seja realmente um espaço democrático e não se limite a reproduzir a realidade sócioeconômica em que está inserida, e relatarem principalmente sobre os pontos negativos, e a partir deles, verificar as causas decorrentes, e assim buscar alternativas que possam contribuir para uma educação mais satisfatória ou de um espaço físico mais condizente ao ensinoaprendizagem.
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IDENTIFICAÇÃOColégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e MédioRua Serra dos Dourados, nº 4351Site: www.ivtrachequeiroz@seed.pr.gov.brEmail:cerachel@bol.com.brCódigo da escola: 00078Telefone: 044 36731155Município: Ivaté (código: 1165)Dependência Administrativa: Estadual SEEDCódigo: 48196 NRE: Umuarama (Código: 028)Entidade Mantenedora: Governo Do Estado Do ParanáAto de Autorização do Colégio: Resolução nº. 3457/81 de 28/05/81Ato de Reconhecimento do Colégio: Resolução nº. 3447/81 de 30/12/81Ato de Renovação do Reconhecimento do Colégio: Resolução nº. 3120/98 de 11/09/98Distância do Colégio ao NRE: 50 kmLocalização do Colégio: Zona UrbanaOrganização da Entidade Escolar: Ensino Fundamental (5ª A 8ª séries) e Ensino MédioModalidades de Ensino: Ensino Fundamental e Ensino Médio regular.
ASPECTOS DOS ATOS OFICIAISOs atos oficiais que deram legalidade, denominando, autorizando
e reconhecendo curso foram: Decreto nº 3030/73, DOE 17/01/73, que autoriza o
funcionamento do estabelecimento Grupo Escolar Rocha Pombo de 1ª a 4ª série;
Resolução nº 3457/81, DOE 28/05/81, que muda a denominação do estabelecimento para Colégio Rachel de Queiroz – Ensino de 2º Grau do distrito de Ivaté;
Resolução 3447/81, DOE 30/12/81, que reconhece o curso de 2º Grau Básico em Comércio;
Resolução 3022/83, DOE 13/09/83, que muda a denominação de Colégio Rachel de Queiroz Ensino de 1º e 2º Graus para Colégio Estadual Rachel de Queiroz Ensino de 1º e 2º Graus do Município de Umuarama;
Resolução 766/98, DOE 26/03/98, que reconhece o Curso de Magistério do Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino de 1º e 2º Graus;
− Resolução 3120/98, DOE 11/09/98, que muda a denominação de Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino de 1º e 2º Graus para Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e Médio.
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ORGANIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E CARACTERÍSTICASO Colégio Estadual Rachel de Queiroz Ensino Fundamental e Médio,
está localizado à Rua Serra dos Dourados, nº 4351, atendendo alunos do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e Ensino Médio. O mesmo funciona em três turnos, sendo no período matutino: Ensino Fundamental e Médio; no período vespertino: Ensino Fundamental; e no período noturno: Ensino Médio. O horário de funcionamento no período matutino é das 07:30 às 11:55 horas; no período vespertino é das 13:00 às 17:25 horas; e no período noturno é das 18:55 às 23:05 horas.
O horário de aulas das disciplinas é feito no início do ano de uma forma que atenda uma boa acomodação para os alunos e professores. Dáse preferência à geminação das aulas, para que o professor tenha um tempo maior para o desenvolvimento do conteúdo, facilitando assim para que haja uma aprendizagem eficaz.
A horaatividade dos professores é organizada obedecendo o cronograma semanal definido pela SEED de forma que possibilite tempo disponível para discussões coletivas referentes a organização do trabalho pedagógico como: elaboração do da PPC e PTD, trocas de experiências, análise e avaliação de avanços e dificuldades relacionadas à aprendizagem, entre outras. No entanto, em alguns casos, não foi possível atender essa sugestão pois os professores trabalham em outras instituições de ensino.
Para verificar a aprendizagem, utilizase instrumentos diversificados de avaliação, considerando essa prática pedagógica intrínseca ao processo de ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento do aluno. Tal processo deve ser contínuo, cumulativo e processual, devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Caso não haja apropriação do conhecimento é concedido ao aluno o direito de realizar a recuperação de estudos, de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem.
Se ao final do processo de avaliação o aluno não obtiver aprovação final em 1 (uma) disciplina em regime seriado, poderá matricular com Progressão Parcial e cursála subsequente e concomitantemente à série seguinte, cursandoa em turno contrário ou com plano especial de estudos, se houver incompatibilidade de horário. Essa dependência não se aplica ao aluno que cursava o Ensino Fundamental e fará a matrícula inicial no Ensino Médio.
O estabelecimento pode utilizarse do Processo de Classificação e Reclassificação para posicionar o aluno na série compatível com sua idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais ou informais.
A Educação básica nos níveis Fundamental e Médio, será organizado de acordo com a carga horária mínima anual de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de 200 dias letivos.
Ivaté está localizado na região noroeste do Paraná e conta com aproximadamente 7.500 habitantes na zona rural e urbana. Possui um Distrito:
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Herculândia, e três vilas rurais. Limitase: ao norte com Querência do Norte e Santa Cruz do Monte Castelo; ao sul com Umuarama; ao leste com Douradina; e a oeste com Icaraíma.
Possui clima temperado e tem como fonte de renda a pecuária, a sericicultura, o comércio e a indústria. Possui atualmente as seguintes industrias: Usina de Álcool e Açúcar Santa Terezinha; Petras Madeira Tratada, Laticínio Luana, e algumas facções.
Ivaté é um município predominantemente agropecuário e conta em média com 60% das terras ocupada com produção agrícola e 40% com pastagens.
Grande parte dos alunos são da zona urbana. Muitos dos alunos do período noturno trabalham na usina Santa Terezinha. Os habitantes da zona rural são pequenos produtores como sericicultores, hortifruticultores, pecuaristas com pequena quantidade de gado leiteiro que abastece o laticínio do município. Dentre os da zona rural, alguns são filhos de comerciantes, outros são de comerciários e vários são filhos de funcionários da Prefeitura Municipal. Muitos são de família que vem para o corte de cana, cujos pais trabalham durante o dia todo, desde a madrugada, dificultando o acompanhamento escolar de seu filho.
NÚMERO DE ALUNOS POR TURMA/TURNO ANO 2012
ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO
MANHÃ 6º A 7º A 7º B 8º A 8º B 9º A 9º B 1ªEM A 1ª EM B 2ª EM A 2ª EM B 3º EM A
Alunos 32 30 29 29 29 26 29 34 30 20 20 21
TARDE 6º B 7º C 7º D 8º C 8º D 9º C
Alunos 30 26 28 28 24 23
NOITE 1ª EM C 2ª EM C 3º EM B 3º EM C
Alunos 36 23 26 29
Subtotal 363 239
Total Geral: 602
Porte da Escola: IVTurnos de Funcionamento:
Matutino: 15 turmas, sendo 07 do Ensino Fundamental, 05 do Ensino Médio, , 02 Sala de Apoio a aprendizagem e 01 do Programa Segundo Tempo (50 alunos);
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Vespertino: 10 turmas, sendo 06 do Ensino Fundamental, 01 de Espanhol – CELEM ( Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna), 02 de Apoio a aprendizagem, 01 de Atividade Complementar – Artes e 01 do Programa Segundo Tempo (50 alunos);
Noturno: 08 turmas, sendo 04 turmas do Ensino Médio, 01 de Espanhol – CELEM ( Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna), 01 de Técnico em Logística, 01 de Técnico em Segurança do Trabalho e 01 de Técnico em Administração – todos os cursos técnicos são Telessalas em parceria com o IFPR – Instituto Federal do Paraná;Números de alunos: 602Número de professores: 41Número de pedagogos: 05 Número de funcionários: 14Número de diretor auxiliar: 01Número de salas de aula: 16Organização escolar: organização por ano no Ensino Fundamental e série no Ensino Médio.
ESTRUTURA FÍSICABuscando ir ao encontro das metas básicas da educação, este
estabelecimento possui um espaço físico assim distribuído:➢ 01 Sala Direção;➢ 01 Sala Secretaria;➢ 01 Sala Professoras Pedagogas;➢ 01 Sala de Arquivos da Secretaria;➢ 01 Sala Professores;➢ 01 Sala Biblioteca;➢ 14 salas de aula;➢ 01 Cozinha;➢ 01 Sala de depósito de merenda;➢ 01 Sala de Apoio à Aprendizagem (6º ano) e para o ETEC Brasil
( Escola Técnica Aberta do Brasil);➢ 01 Sala de Apoio à Aprendizagem (9º ano);➢ 01 Laboratório de Física, Química, Biologia/Ciências;➢ 01 Laboratório de Informática com internet sistema PRDigital e
Proinfo;➢ 02 banheiros para alunos;➢ 02 banheiros para professores e funcionários;➢ 01 sala para hora atividade;➢ 02 sala de almoxarifado;➢ 01 sala de Educação Física;➢ 01 casa do caseiro;➢ 01 quadra poliesportiva coberta;
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Todas as dependências estão em uso e acomodam satisfatoriamente o número de alunos da Rede Estadual.
A ventilação é boa, pois além das janelas há ventiladores em todas salas. As salas de aula possuem cesto para lixo, quadro de giz, TV Multimídia ( duas salas não possuem) e um armário de aço.
A instituição possui um grande pátio coberto onde é servida a merenda, realizada reuniões com pais, promoções, etc. Possui também um palco onde são feitas apresentações artísticas, culturais, entre outras.
Além das salas de aulas, existem outras salas que servem de espaço pedagógico:
Biblioteca – com um acervo de aproximadamente 5.000 livros, além de diversas revistas, jornais, globo, mapas, CDR, visando incentivar os alunos à pesquisa e a outras atividades complementares;
Secretaria – onde são guardadas toda a Documentação Escolar (matrícula, histórico, declaração, transferências etc.);
Laboratório de Física, Química e Biologia – possui mesa e cadeiras suficiente para as atividades desenvolvidas pelos professores juntamente com seus alunos nas disciplinas nominadas. Contém materiais básicos necessários para realização de experimentos, como: reagentes, vidrarias, balanças, microscópios, etc.
Laboratório de informática possui vinte computadores que serão usados pelos professores e alunos exclusivamente nas atividades de cunho pedagógico. Também há três projetores multimídia interativo que podem ser levados para as salas.
Videoteca – possui aproximadamente 250 fitas de vídeo que contém conteúdos de todas as disciplinas, além de 70 DVDs.
Quadra Poliesportiva Coberta.Sala de Educação Física: possui tênis de mesa, armário de aço ( jogos de
dominó, xadrez ).Depósito de Merenda Escolar – neste local fica estocada a merenda
repassada pelo Governo do Estado que serão utilizadas para o atendimento aos alunos do colégio.
RECURSOS HUMANOS – DIREÇÃO, EQUIPE PEDAGÓGICA
DIREÇÃO: Diretor: Alberto Viduino Stela Diretor Auxiliar: Rinaldo Andreucci de Souza
PROFESSOR PEDAGOGO:
Iraci Ferreira da SilvaGraduação: PedagogiaPósGraduação: Especialização em Educação EspecialCargo: REPR
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Iolanda Aparecida RufinaGraduação: PedagogiaPósGraduação: Especialização em Psicopedagogia
Cargo: REPR
Maria PestanaGraduação: PedagogiaPósGraduação: Especialização em Educação EspecialCargo: REPR
Neide Favero EspoladorGraduação: Estudos Sociais / Historia / Geografia / PedagogiaPósGraduação: Especialização em GeografiaCargo Efetivo: QPM
Neuza Valério de AbreuGraduação: Letras e PedagogiaPósGraduação: Especialização em PsicopedagogiaCargo: REPR
CORPO DOCENTE:
Adiel de OliveiraGraduação: Educação FísicaPósGraduação: Especialização em Educação FísicaCargo Efetivo: QPM
Adelinda Ruht Nilson Graduação: Letras /Português e InglêsPósGraduação: Especialização em Educação Especial e atendimento as necessidades especiais.Cargo Efetivo: REPR
Ana Lúcia SantiagoGraduação: Ciências Econômicas com complementação em matemática PósGraduação: Especialização em educação de Jovens e AdultosCargo Efetivo: QPM
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Ana Delcia P. BarrosGraduação: QuímicaPósGraduação: Especialização em Educação EspecialCargo Efetivo: REPR
Carlos de Oliveira SantiagoGraduação: HistóriaPósGraduação: Especialização em Educação EspecialCargo Efetivo: REPR
Celina da Costa SantosGraduação: Português / InglêsPósGraduação: Especialização em PortuguêsCargo Efetivo: QPM
Cibeli da CunhaGraduação: Acadêmica (Matemática)Cargo: REPR
Claudenir Romeiro PivaGraduação: Ciências e BiologiaPósGraduação: Especialização em Biologia / Pedagogia Escolar Orientação Supervisão e DireçãoCargo Efetivo: QPM
Clementina do Carmo MenegassiGraduação: Português / Inglês / PedagogiaPósGraduação: Especialização em PortuguêsCargo Efetivo: QPM
Cristiane Sampaio FariasGraduação: QuímicaCargo: REPR
Delma Rufino CostaGraduação: Português / InglêsPósGraduação: Especialização em PortuguêsCargo Efetivo: QPM
Deoly Eloi da SilvaGraduação: Estudos Sociais / Geografia PósGraduação: Especialização em Geografia
Cargo Efetivo: QPM
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Durcelina dos Santos FerreiraGraduação: Educação Artística / Licenciatura Plena em Artes PlásticasPósGraduação: Metodologia do EnsinoCargo Efetivo: QPM
Edna Pereira GalvãoGraduação: LetrasPósGraduação: Especialização em Língua PortuguesaCargo Efetivo: QPM
Ednalva Chalegre Nunes Graduação: Letras – Espanhol
PósGraduação: Especialização em Produção Textual e Literatura Brasileira Cargo Efetivo: QPM
Edson Chalegre NunesGraduação: Estudos SociaisPósGraduação: Especialização em História do Mundo ContemporâneoCargo Efetivo: REPR
Erika AridaGraduação: Ciências e MatemáticaPósGraduação: Especialização em Matemática e Educação Jovens e AdultosCargo Efetivo:QPM
Fernanda Buzon MarquesGraduação: Educação FísicaPósGraduação: Especialização em Treinamento Desportivo Personalizado; Educação Especial; Educação Física EscolarCargo: REPR
Ilza Maria da SilvaGraduação: Português / InglêsPósGraduação: Especialização em Língua Portuguesa – Metodologia e Técnica em Produção de Texto.Cargo Efetivo: QPM
Iraci Leotério TavaresGraduação: Português / InglêsPósGraduação: Especialização em Processo de Ensinoaprendizagem da Língua PortuguesaCargo Efetivo: QPM
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Ivanilda Dos SantosGraduação: LetrasPósGraduação: Língua Portuguesa: Metodologia e Técnica de Produção de TextoCargo Efetivo: QPM
João Elói da Silva Graduação: Estudos Sociais / HistóriaPósGraduação: Especialização em História do Mundo ContemporâneoCargo Efetivo: REPR
Jodele Paes MilaniGraduação: Ciências BiológicasCargo Efetivo: REPR
José Elói da Silva FilhoGraduação: Estudos Sociais / HistóriaPósGraduação: Especialização em História do Mundo ContemporâneoCargo Efetivo: QPM
Laudemir SantinGraduação: HistóriaPósGraduação: Especialização em História do Mundo ContemporâneoCargo Efetivo: QPM
Lourival PestanaGraduação: Ciências e MatemáticaPósGraduação: Especialização em Matemática e Educação EspecialCargo Efetivo:QPM
Luis Carlos de SouzaGraduação: Educação FísicaPósgraduação: Educação Especial Cargo: REPR
Luis Carlos PolinGraduação: GeografiaCargo: REPR
Magda Batista de SáGraduação: Artes PlásticasPósGraduação: Especialização em Educação EspecialCargo: REPR
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Maria Aparecida Pedroso da SilvaGraduação: LetrasPósGraduação: Especialização em Educação Infantil
Cargo: REPR
Maria Aparecida TavaresGraduação: MatemáticaPósGraduação: Especialização em Pedagogia EscolarCargo Efetivo: QPM
Maria de Lourdes CoelhoGraduação: Ciências BiológicasPósGraduação: Especialização em Pedagogia EscolarCargo Efetivo: QPM
Marluci de BritoGraduação:Ciências BiológicasPósGraduação: Especialização em Química Ambiental Cargo contrato: REPR
Neide Favero EspoladorGraduação: Estudos Sociais / Historia / Geografia / PedagogiaPósGraduação: Especialização em GeografiaCargo Efetivo: QPM
Rinaldo Andreucci de SouzaGraduação: Ciências e BiologiaPósGraduação: Especialização em Biologia; Especialização em Biologia AquáticaCargo Efetivo: QPM
Rivelina Andreuci de SouzaGraduação: QuímicaPósGraduação: Especialização em QuímicaCargo Efetivo: QPM
Rosangela de Souza Graduação: CiênciasPósGraduação: Especialização em Ensino da Matemática eEspecialização em Educação Especial Cargo Efetivo: QPM
Sérgio Lima PimentelGraduação: Filosofia
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PósGraduação: Metodologia do Ensino de Filosofia e SociologiaCargo: REPR
Sirley VieiraGraduação: Ciências e Matemática PósGraduação: Especialização em Ensino de Matemática e Educação Especial.Cargo Efetivo: QPM
Sonia Amador TorneiroGraduação: LetrasPósGraduação: Especialização em Educação Especial: atendimento às necessidades especiaisCargo Efetivo: REPR
Terezinha AndreguetteGraduação: GeografiaPósGraduação: Ensino de Geografia e Pedagogia EscolarCargo: QPM
Agente Educacional II: Secretária – Inês Ângela Navarro
Graduação: Ciências/BiologiaPósGraduação: Especialização em Pedagogia EscolarCargo Efetivo:QFEB
Técnico administrativo: Cristiane Mantelato KuhnGraduação: PedagogiaCargo Efetivo: QFEB
Técnico administrativo: Maria de Lourdes Coelho Graduação: Ciências/BiologiaPósGraduação: Especialização em Pedagogia EscolarCargo Efetivo: QFEB
Técnico administrativo: Maria José da Silva BritoGraduação: PedagogiaPósGraduação: Especialização em Pedagogia EscolarCargo Efetivo: QFEB
Técnico administrativo: Renata Jaqueline de MeloGraduação: Sistema de Informação
Cargo: REPR
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Técnico administrativo: Vilma Tonhi Graduação: Normal Superior e PedagogiaCargo Efetivo: QFEB
Agente Educacional I:
Abivaldo Ferreira da Silva Aparecida Dirce de Sá Cleusa Rodrigues Iolanda Bússula Maria de Fátima Laurindo da Silva Maria da Conceição Alberti Ferreira Marta Antonio dos Santos Milani
OBJETIVOS GERAIS O Colégio Estadual Rachel de Queiróz – Ensino Fundamental e Médio tem a finalidade de efetivar o processo de apropriação do conhecimento, respeitando os dispostos constitucionais Federal, a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9394/96, o Estatuto da Criança e do adolescente – ECA, lei nº 8060/90 e a Legislação do Sistema de Ensino aprendizagem.
A proposta da escola é:➢ Possibilitar o ensino aprendizagem às crianças, adolescentes e jovens
objetivando a inclusão social através da formação de sujeitos críticos, capazes de mudar a si mesmo e seu meio.
➢ Oferecer requisitos necessário para que os alunos compreendam o contexto social e histórico e que, pelo acesso ao conhecimento, criticamente sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade;
➢ Oferecer ao aluno a formação necessária para o enfrentamento, com à transformação da realidade social, econômica e política do seu tempo.
➢ Utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para a construção do conhecimento;
➢ Criar possibilidades para o aluno demonstrar sua capacidade criativa, na produção do conhecimento nas diversas disciplinas;
➢ Utilizar as diferentes linguagens: verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal como meio para produzir, expressar e comunicar seu conhecimento;
➢ Acompanhar a ação da prática do plano de trabalho docente, que deve ser de autoria do próprio professor;
➢ Acompanhar a capacitação dos professores nos grupos de estudos e cursos de capacitação, visando seu aperfeiçoamento para melhoria de sua prática pedagógica;
➢ Organizar o trabalho pedagógico de cada disciplina, partindo sempre do conteúdo estruturante, conteúdos básicos e conteúdos específicos elencados
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pela SEED, observando a expectativa de aprendizagem definida para cada ano/série de cada disciplina;
➢ Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo contextualizado, estabelecendose, entre eles, relações interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Desta perspectiva, propõese que tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem;
➢ Abordar os assuntos sobre diversidades étnicocultural nas disciplinas que lhes são afins, de forma contextualizada, articulados com os respectivos objetos de estudos dessas disciplinas, de acordo com a lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “ História e Cultura Afro – Brasileira”;
➢ Assegurar que sejam abordados nas disciplinas afins, de forma contextualizada, os demais desafios sociais contemporâneos, como: Educação Ambiental, Uso Indevido de Drogas, Violência na Escola, Educação do Campo e Gênero e Diversidade Sexual;
➢ Garantir através da gestão democrática o acesso, permanência e qualidade de ensinoaprendizagem a todos os alunos.
MARCO SITUACIONALOs últimos tempos devido as grandes revoluções da tecnologia, a
informatização, a crise econômica do capitalismo, as mudanças na política, na economia, a globalização, o mundo tornouse mais complexo. Os processos são muito dinâmicos e, portanto, sofrem várias transformações. Todos os indivíduos estão sujeitos a essa série de mudanças. O mesmo ocorre com a educação brasileira.
O Estado do Paraná através da SEED ( Secretaria de Estado da Educação) e NRE (Núcleo Regional de Educação), tem trabalhado diretamente com as escolas, com objetivos de ajudar, colaborar e elaborar planos de trabalho que venham ao encontro das necessidades da escola rumo a uma educação de qualidade. Nos últimos anos, o Paraná avança muito em relação à organização e valorização do currículo das escolas, através de discussões oriundas de encontros, da produção de materiais didáticos através do Programa de Desenvolvimento da Educação, seminários, Formação em Ação, Grupo de Trabalho em Rede, Grupos de Estudos, Semana Pedagógica – envolvendo professores, pedagogos e gestores. O Estado passa a investir mais na capacitação dos docentes. Isto, junto com ampliação do quadro de professores efetivos através de concursos públicos, promoveu na escola um processo de decisões coletivas envolvendo todos os trabalhadores da educação, valorizando a permanente discussão e análise da
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prática educacional desenvolvida nas mesmas. Esta prática educacional aponta como base a concepção históricocrítica para direcionar o trabalho pedagógico.
A escola nos últimos tempos tornouse paternalista. Isso se deu, principalmente, a partir da promulgação da Constituição de 1988, onde está explicito que o zelo pela criança não é uma tarefa apenas da família, mas também de instituições organizadas da sociedade, como a escola. Os reflexos são sentidos nos dias de hoje, pois a maioria dos pais não acompanha ativamente a vida escolar de seus filhos.
Com a democratização do acesso à educação, todos devem permanecer na escola, mesmo aqueles que não consideram a educação como prioridade. Acomodar e proporcionar aprendizado para os mesmos não é tarefa fácil, mas é algo imprescindível.
Atender a essa demanda é o maior desafio da escola. Desenvolver um pensamento de que a escola é um meio de apropriação do conhecimento historicamente produzido pela humanidade, que possibilita dignidade ao cidadão, e não um fardo, exige um esforço imenso. Por isso, é verificado o descaso de muitos alunos pelo ato do lecionar do professor e do aprender do educando, além da falta de respeito com os colegas e com o professor gerando assim problemas de indisciplina em algumas salas de aula.
Muitos desses alunos, crianças/adolescentes permanecem sozinhos em casa enquanto seus pais estão trabalhando, a maioria na usina de açúcar e álcool. O tempo ocioso no período em que estão fora do turno de aula não é ocupado com atividades de formação, esportivas ou culturais. São raros os projetos nesta área ofertados pelo poder público municipal. Para isso a escola deve ofertar atividades, como as citadas anteriormente, no contra turno. No último mês do ano anterior iniciou o Programa Segundo Tempo, que oferta atividades esportivas a 100 alunos divididos no período da manhã e tarde e o Projeto de Atividades Complementares na área de Artes (teatro) com 30 alunos. Além disso a escola oferta o CELEM – Espanhol com duas turmas com cerca de 25 alunos – uma turma à tarde e outra à noite.
Existem vários fatores que contribuem com os problemas verificados nas famílias do nosso município. Muitos trabalham na Usina tendo uma folga a cada cinco (5) dias, e diz não ter tempo de acompanhar a vida escolar de seus filhos, outros não querem mesmo e acham que a escola tem que dar conta de ensinar e educar. No ano anterior enfrentamos sérios problemas com alguns alunos do período vespertino. Os mesmos deram muito trabalho para os professores e equipe pedagógica, não parando na sala, não desenvolvendo as atividades propostas pelos professores e ainda desacatando e agredindo verbalmente a todos, desde o Diretor, professores até os colegas de sala. Todos os dias assinam advertência. Muitos pais já foram chamados e alguns declararam que não tem mais condições de disciplinar seus próprios filhos. Nem todos os pais comparecem para ajudar a resolver situaçõesproblemas de seus filhos.
Analisando e avaliando os anseios de alguns pais, podese observar que eles também almejam um ensino de qualidade para os seus filhos. Há uma parcela que não participa de reuniões ou de eventos na escola, mas muitos outros atendem
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prontamente quando são convidados ou convocados. Esses almejam uma escola pública de qualidade e se esforçam acompanhando a vida escolar do filho e dando sugestões para melhorar o trabalho pedagógico, pois entendem que a educação é uma condição essencial para mudar sua realidade.
Existem algumas turmas com problemas sérios de participação nas atividades de sala de aula. Isso ocorreu, principalmente, nas turmas com maior números de alunos, destacandose as 7ª séries dos períodos matutino e vespertino do ano anterior que, além de serem turmas numerosas, são compostas de alguns alunos com inadequação idadesérie, e que portanto, não se adaptam à turma e apresentam baixa produtividade e consequentemente pouca aprendizagem. Alguns alunos da turma da 7ª série da tarde reprovaram (Gráfico 1). O maior índice de reprovação e desistência ocorreu nas duas turmas do 1º ano do Ensino Médio do
período da manhã (Gráfico 2).
GRÁFICO 1 – Resultado final das turmas do Ensino Fundamental dos períodos manhã( turmas A e B) e tarde (tumas C e D) – 2011.
GRÁFICO 2 – Resultado final das turmas do Ensino Médio dos períodos manhã( 1º A e B, 2º e 3º A) e noite (1º C, 2º B e C e 3º B) – 2011.
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5ª A 5ª B 5ª C 5ª D 6ª A 6ª B 6ª C 6ª D 7ª A 7ª B 7ª C 8ª A 8ª B 8ª C 8ª D
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RESULTADO FINAL ENS. FUNDAMENTAL - 2011
Nº DE ALUNOSDESISTENTESREPROVADOSAPROVADOSAP. PELO CONSELHO
TURMAS
Nº
ALU
NO
S
1ºEMA 1ºEMB 1ºEMC 2ºEMA 2ºEMB 2ºEMC 3ºEMA 3ºEMB
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RESULTADO FINAL - ENSINO MÉDIO 2011
Nº DE ALUNOSDESISTENTESREPROVADOSAPROVADOSAP. PELO CONSELHO
TURMA
Nº
DE
ALU
NO
S
Analisando os índices do IDEB contido na tabela abaixo (Tabela 2), percebese que a escola avança além das metas projetadas. Um dos fatores preocupantes, que certamente afeta a conquista de índices maiores revelando maior condição de aprendizagem do aluno, é a baixa porcentagem de alunos leitores, pois sabemos que muitos dos erros obtidos pelos alunos na prova são oriundos da capacidade parcial de interpretação de textos e enunciados das questões.. Tal incapacidade também pode ser reforçada pela forma como são produzidas as questões utilizadas pelos professores nas avaliações aplicadas na escola em cada disciplina. Portanto, as médias obtidas nas provas de Matemática e L. Portuguesa ( Tabela 2) indicam que há um avanço, embora tímido, na aprendizagem dos alunos.
IDEB Observado Metas Projetadas
2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
3,5 3,9 4,2 3,5 3,6 3,9 4,3 4,7 5 5,2 5Tabela 1 – Resultados do IDEB e metas do Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e Médio.
PROVA BRASIL TAXA DE ABANDONO
MATEMÁTICA L. PORTUGUESA E.F. ANOS FINAIS
ENSINO MÉDIO
2005 2007 2009 2005 2007 2009 2009 2010 2009 2010
231,85 241,67 237,31 210,5 225,74 237,49 1,3 0,7 7,8 6,7Tabela 2 – Média da proficiência dos alunos na Prova Brasil e taxas de abandono do Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e Médio.
Comparando com o os resultados do estado do Paraná e do Brasil (Gráfico 3), percebemos similaridade com nosso estabelecimento. Isso indica as deficiências de ensino e aprendizagem são praticamente as mesmas nas escolas públicas. Também foi verificado um desconhecimento por parte da comunidade escolar da importância destes índices para nortear a organização do trabalho pedagógico. Muitos pais desconhecem os índices da escola. Muitos alunos, por sua vez, não levam a sério o momento em que realizam as provas.
No ano anterior, foi realizado um trabalho contínuo com orientação e conscientização de toda a comunidade escolar sobre a importância da Prova Brasil, instrumento de avaliação externa que mostra a aprendizagem dos alunos através de resolução de problemas, leitura e interpretação. No começo do 2º semestre foi aplicado instrumentos avaliativos diversificados para auxiliar os alunos e professores a conhecerem as deficiências que os alunos apresentavam, permitindo assim, reorientar a prática pedagógica, reestruturando PTDs das disciplinas e da Sala de Apoio das então 8ª séries.
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IDEB Anos Finais - Rede Estadual - 2005/2009
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1
2
3
4
5
2005 2007 2009
Brasil Paraná Município Escola
GRÁFICO 3 – Resultado do IDEB Anos Finais 2005 à 2009.
Na taxa de aprovação, conforme Tabela 3, o outro fator que compõem o IDEB, nossa escola tem avançado, pois a cada ano temos índices menores de reprovação e desistência. Como já foi citado em outro momento, a taxa maior de reprovação se concentrou na 6ª série B (manhã), 7ª série C (tarde) e 1º Ensino Médio A e B (manhã). A desistência ocorreu principalmente no 1º ano B do Ensino Médio diurno. Verificase (Tabela 2) que a evasão sempre ocorreu mais no ensino Médio. Embora houve um pequeno decréscimo de 2009 para 2010, no ano anterior, 11,8% dos alunos das duas turmas do 1º ano do Ensino Médio da manhã abandonaram a escola. Creditase isso, ao desestímulo e desinteresse dos alunos, as defasagens de aprendizagem e ausência da família no acompanhamento da vida escolar do filho.
Taxa de aprovação 2005 Taxa de aprovação 2007
5ª à 8ª
5ª 6ª 7ª 8ª Indicador de rendimento
(P)
5ª à 8ª
5ª 6ª 7ª 8ª Indicador de rendimento
(P)
85,4 84,6 83 85,3 90 0,86 87,4 88,9 86,7 90,5 83,3 0,87
Taxa de aprovação 2009
5ª à 8ª
5ª 6ª 7ª 8ª Indicador de rendimento
(P)
90,6 93,5 84,8 91,2 94,7 0,91
Tabela 3 – Taxa de aprovação do Colégio Estadual Rachel de Queiroz – Ensino Fundamental e Médio.
Em 2011, especialmente nas 5ª séries, existiam alunos que necessitavam de acompanhamento psicológico ou tratamento médico para que tivessem as condições minímas para frequentar a sala de aula. Foram realizados orientações aos pais para que procurassem os serviços públicos que oferecem o serviço. Toda orientação foi baseada em avaliação para averiguar se os mesmos possuem necessidades especiais. Houve orientação para os professores no sentido de
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organizar o trabalho pedagógico tendo um olhar diferenciado para alunos com essas características, já que não possuímos sala de recurso.
Outra característica verificada na turma, que atrapalhou as atividades pedagógicas realizadas na sala, foi a dificuldade dos alunos em compreender a dinâmica de funcionamento da escola, como por exemplo, o processo de avaliação, já que na escola municipal não tinham provas. Também alterouse o número de professores e o tempo de duração das aulas. Inclusive foi realizado na semana do ano anterior uma reunião de todos o professores com a coordenadora pedagógica da escola municipal com o intuito de melhorar o processo pedagógico nas turmas. Outro ponto observado é a interrupção brusca da presença de vários pais no acompanhamento da vida escolar do filho.
Para tentar resolver os problemas de aprendizagem existe, em contraturno, a Sala de Apoio à Aprendizagem nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, no 6º e 9º anos. No entanto, embora todo o esforço da equipe pedagógica e professores para detectar alunos com problemas de aprendizagem e encaminhálos para esta sala, ainda há resistência de vários alunos para frequentála. Alguns pais, que foram informados da necessidade da frequência do filho, também não tem colaborado exigindo que o mesmo vá até a escola. Em relação ao processo pedagógico nesta sala, verificamos que houve avanços, principalmente no tocante à elaboração do Plano de Trabalho Docente. Foi imprescindível colocar atividades com metodologias diferenciadas, haja visto a defasagem de aprendizagem do aluno.
A exigência legal da implantação curricular de Língua Espanhola fez com que nossa escola optasse pela oferta facultativa ao aluno no contraturno através do CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna) com duração de dois anos sendo quatro aulas semanais em cada um deles. Observamos que há uma considerável taxa de desistência por parte dos alunos matriculados. Pelo visto, eles ainda não perceberam a importância do aprendizado dessa língua para seu desenvolvimento, potencializando as possibilidades de ingresso dele no mundo do trabalho.
Sabese que a realidade dos alunos do noturno é diferenciada, pois a grande maioria dos alunos matriculados são trabalhadores. Ainda existem problemas relacionados à frequência, principalmente na 1ª aula. Para muitos falta estímulo ao estudo. Sempre argumentam que devido ao trabalho não tem tempo para realizar atividades pedagógicas.
Na nossa escola há uma grande maioria de professores e funcionários participativos, abertos a mudanças e a novos conhecimentos, dispostos a participar de capacitações bem como receber novidades para trabalhar com as diversidades dos educandos. Praticamente todos são comprometidos com a educação, participam dos programas estaduais de formação continuada, como GTR (Grupo de Trabalho em Rede), PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional), Grupo de Estudos, PróFuncionário, além de outras atividades de formação continuada. Professores e funcionários desmotivados, acomodados e omissos são exceções, mas entre todos os professores, alguns apresentam dificuldades nos encaminhamentos metodológicos de sua disciplina.
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Na questão da avaliação os professores demonstram desejos de mudanças, mas entre o anúncio de novas perspectivas em avaliação e a prática avaliativa existe uma distância muito grande. Embora houvesse inúmeros momentos de reflexão sobre essa questão, houve um modesto avanço, principalmente no tocante aos instrumentos diversificados de avaliação. Também existem dúvidas quanto aos critérios de avaliação para os conteúdos trabalhados. Esse item não está claro em muitos dos Planos de Trabalho Docente. Acreditase que o caderno de Expectativas de Aprendizagens permitiram reduzir as dúvidas.
Pela primeira vez na Semana Pedagógica do início do ano, a escola tinha suprida toda sua demanda de professores docentes e professores pedagogos permitindo melhor planejamento das atividades do ano. Muitos professores que assumiram tiveram oportunidades para compreender pontos que levam a um melhor entendimento do PPP (Projeto Político Pedagógico), da PPC (Proposta Pedagógica Curricular) da disciplina e da elaboração do PTD (Plano de Trabalho Docente).
No entanto, a rotatividade do professor é outro fator que acarreta prejuízo na organização do trabalho pedagógico. A rotatividade não permite que o professor crie vínculo com a escola dificultando o entendimento das variadas questões que afetam seu trabalho, como , por exemplo, a realidade social da escola e do aluno e as dificuldades individuais deles.
Embora todo o trabalho feito nos últimos anos para a construção das diretrizes curriculares de cada disciplina, ainda persiste a falta de conhecimento por parte de alguns professores sobre a concepção de currículo e as expectativas de aprendizagem com cada conteúdo.
Em relação à valorização das instâncias colegiadas pela comunidade escolar ainda precisamos avançar. É a minoria dos pais que participam ativamente dos encontros e reuniões promovidas na escola. Os alunos não se organizam através do grêmio estudantil. Portanto, essas instâncias não cumprem satisfatoriamente sua função, pois ainda falta formação para os integrantes. Percebemos uma organização maior dos alunos quando há interesses em arrecadar fundos para realizar solenidades de formatura ao término do Ensino Médio.
Apesar dos avanços conseguidos nos últimos anos em relação ao Conselho de Classe, ainda não há uma configuração ideal sobre como deve operar esse instrumento, pois balizamos parte de nossas ações focados na nota. Tanto o PréConselho como o PósConselho precisa de aperfeiçoamento.
Quanto ao espaço físico na nossa escola não temos graves problemas. Apenas uma sala não possui TV Multimídia, recurso importante para organização de aulas que melhore o processo de ensino e aprendizagem. Precisamos urgentemente é de uma reforma geral na escola, principalmente a pintura. Algumas adequações em relação à acessibilidade também são necessárias.
O direito do professor em realizar sua hora/atividade no dia marcado pela Secretaria de Estado da Educação (SEED) nem sempre acontece, pois muitos dos professores são PSS e atendem à várias escolas da região, tendo que se deslocar de uma cidade para outra. Assim, é necessário ocupar todos os dias com docência na sala. Um fator que ajudará neste é o fato de não haver afastamento de professor
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PDE no meio do período letivo, embora haja afastamentos por motivos de saúde, o que causa muitos transtornos para a escola e principalmente para os alunos.
MARCO CONCEITUAL Entendemos que o papel do professor deve ser mediador do processo
ensino aprendizagem. E que a função social da escola é formar cidadãos críticos e bem informados, em condições de compreender e atuar no mundo em que vive. É baseado nas concepções que acreditamos viáveis, que planejamos nossas ações. Portanto, tais concepções constituem a coluna principal, o fio condutor, a baliza direcionadora de todo o trabalho desenvolvido na escola.
Concepção de sociedadePensando na sociedade atual, podemos considerála como complexa e
heterogênea, organizada e estruturada política e economicamente, mesmo que pela lógica do neoliberalismo – modelo econômico que parece ter se tornado cada vez mais determinante da vida dos indivíduos. Saviani (2008) afirma que muitos concebem a sociedade como sendo essencialmente marcada pela divisão entre grupos ou classes antagônicas que se relacionam à base da força, a qual se manifesta fundamentalmente nas condições de produção da vida material. Para outros, a sociedade tem que ser essencialmente harmoniosa tendendo à integração entre seus membros. A marginalidade é considerada um fenômeno que deve ser corrigido. A educação nesse caso tem o papel fundamental em corrigir esses desvios, que caracterizam a marginalidade. Ela é a força homogeneizadora que tem por função reforçar os laços sociais, promover a coesão e garantir a integração de todos os indivíduos no corpo social. Assim, ela se torna democrática, justa e igualitária – com oportunidades iguais para todos.Concepção de homem
Ao conceber o homem, entendendoo como um ser eminentemente social, Vigotski (1987) estabelece que a formação e o desenvolvimento do psiquismo humano ocorrem com base em uma crescente apropriação dos modos de pensar, sentir e agir culturalmente elaborados. Nesse sentido, a perspectiva sóciohistórica considera que o homem não possui uma natureza humana inata e imutável. Ao contrário, segundo essa visão, ele conta tão somente com uma “condição humana”, uma vez que constrói sua existência pelas interações mantidas com a realidade física e social, buscando satisfazer suas necessidades. Leontiev (1978), diz que o homem, ao nascer, é candidato à humanidade e é introduzido no mundo da cultura por outros indivíduos; segundo ele, o homem é um ser de natureza social, tudo o que há de humano nele provém da sua vida em sociedade, no seio da cultura criada pela humanidade.
Morin (2001), ao falar sobre a complexidade do ser humano, diz que o homem é um ser , ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural. Partindo desta concepção, de que o homem é tanto físico como social, traçamos o tipo de cidadão que queremos formar: um indivíduo que tenha consciência de pertencer à Terra, compreendendo a interdependencia entre os fenômenos sendo
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capaz de interagir de maneira crítica, criativa, responsável e consciente com seu meio natural e social.
O ser humano, na atualidade, é competitivo e individualista, resultado das relações impostas pelo modelo de sociedade em vigor. O homem, modifica a si mesmo pela apropriação dos conhecimentos como seres históricosociais, portanto, capazes de transformar a realidade. Sujeitos capazes de participarem de forma atuante no âmbito coletivo, compreendendo o contexto em que vivem e avaliando os problemas colocados pela realidade, intervindo nela.
Concepção de educaçãoPara que o indivíduo participe de maneira consciente e ativa na sociedade
é necessário que a atividade educativa se baseie na dialética entre o ato educativo e o ato político. Paulo Freire, afirma que “educar é, sobretudo, politizar”. Já Demerval Saviani diz que equivale o ato de educar ao de “transformar, revolucionar a serviço das forças emergentes da sociedade”.
O processo educacional deve contemplar o ensino aprendizagem como um processo de produção e de apropriação de conhecimento e transformálo, possibilitando, que o cidadão tornese crítico e que exerça a sua cidadania, refletindo sobre as questões sociais e buscando alternativas de superação da realidade. Assim, educar é mais que reproduzir conhecimento, é socializar o conhecimento.
Concepção de escola A Escola tem a função de socializar o saber elaborado que foi
selecionado para compor o currículo escolar. Ela não pode perder de vista esta função que é de suma importância para o processo educacional. Nesta perspectiva, e em meio a tantas demandas, busca aprimorarse, formarse e capacitarse como instituição que tem o domínio do saber. Assim deve mediar este saber e oferecelo ao aluno de forma organizada e sistematizada. Desejamos que a nossa escola seja voltada a socialização de saberes científicos elaborados pela humanidade. No entanto, segundo Sacristán & Gomez ( 1998) , a função educativa da escola ultrapassa a função reprodutora do processo de socialização, já que se apóia no conhecimento público (ciência, filosofia, cultura, arte ,...) para provocar o desenvolvimento do conhecimento privado de cada um dos alunos. Ela necessita quebrar essa reprodução para ser uma escola transformadora, autônoma e emancipadora.
Segundo o Art 23 da Resolução 07/10 (MEC), a escola deve promover ações integradas, articulandose pedagogicamente dentro da mesma e também com outros serviços de apoio aos sistemas educacionais, representados por outras áreas e serviços da sociedade, a fim de garantir a aprendizagem e o bemestar do aluno em todas as dimensões. Portanto, cabe à escola além de educar, cuidar da criança.
Concepção de ensino e aprendizagemSaviani (1995), afirma que ensinar é o “ato de produzir, direta e
intencionalmente, em cada indivíduo singular a humanidade que e produzida
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histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.” Esse processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos elementos culturais indispensáveis a sua formação e a sua humanização. Portanto, aprender e ensinar são processos inseparáveis. Ensinar de forma democrática exige o compromisso para que haja a aprendizagem por parte de todos os alunos, considerando a forma e o tempo de aprendizagem e o entorno do aluno. O grande desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais dos alunos sem perder de vista o conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos ( SEED/PR, 2005).
Segundo Vygotsky (1995), “ a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma relação mediada que possibilita um processo interno, ativo e interpessoal.” Portanto, o conhecimento e fruto de uma relação mediada entre o sujeito que aprende, o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento. Isso permite ao aluno, sair do papel de passividade e fazer parte dessa relação, através do desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores, entre elas a linguagem.
Concepção de conhecimento As concepções pósmodernas consideram que o conhecimento válido ou verdadeiro é somente o conhecimento útil – o saber fazer prático, o qual não encaminha para a superação da fragmentação do conhecimento e do currículo escolares e, assim, não contribui para uma sólida formação teóricoprática, a ser fundamentada nos conhecimentos científicos, apreendidos através dos conteúdos escolares formais. O processo de produção do conhecimento é produto da atividade humana, atividade não abstrata, mas atividade real, objetiva, material, e conforme afirma Vásquez (1977), “conhecer é conhecer objetos que se integram na relação entre o homem e o mundo, entre o homem e a natureza, relação esta que se estabelece a partir da atividade prática humana”.
Em síntese, na concepção difundida no Paraná, o conhecimento se realiza na relação entre sujeito e objeto num dado contexto históricosocial. Significa dizer, que é nesta relação mediada pela prática, no processo de contínua transformação, que a realidade objetiva transformase em conhecimento.
Entendemos o conhecimento como produto da construção histórica do ser humano, nas dimensões científicas, artística e filosófica que nas suas interações é o que constrói e reconstrói, conforme suas necessidades.
A escola é o espaço de confronto e diálogo entre os conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular. Em suma, conhecimento é o saber sistematizado e historicamente acumulado, necessário ao processo de tomada de consciência, à emancipação e à formação do cidadão (GRAMSCI, apud SEED/PR, 2010). Estes conhecimentos estão postos nos conteúdos definidos nas disciplinas do currículo.
Concepção de currículoSegundo Sacristan (2000), existem várias definições para currículo como:
“conjunto de conhecimento ou matérias a serem superadas pelo aluno dentro de um
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ciclo – nível educativo ou modalidade de ensino é a acepção mais clássicas e desenvolvidas; programa de atividades planejadas, devidamente sequencializadas, ordenadas metodologicamente tal com se mostra num manual ou num guia do professor; também foi entendido, às vezes, como resultados pretendidos de aprendizagem; concretização do plano reprodutor para a escola de determinada sociedade, contendo conhecimento, valores e atitudes; experiencia recriada nos alunos por meio da qual podem desenvolverse; tarefa e habilidade a serem dominadas como é o caso da formação profissional; programa que proporciona conteúdos e valores para que os alunos melhorem a sociedade em relação à reconstrução social da mesma”. Ele também diz que o currículo é algo que adquire forma e significado educativo à medida que sofre uma série de processos de transformação dentro das atividades práticas que o tem mais diretamente por objeto.
O currículo é a forma de ter acesso ao conhecimento. No entanto, como assinalou Schubert(1986, apud Sacristán, 2000), ele não é apenas um corpo de conhecimento, mas uma dispersa e ao mesmo tempo encadeada organização social. A SEED/PR (2010) enfatiza que ele é a via de acesso ao conhecimento se organizando a partir de suas áreas de referência que sistematizam os conteúdos históricos, científicos, culturais, filosóficos artísticos, ou seja, conteúdos universais que devem ser socializados para todos. Essa via deve garantir a emancipação do sujeito, garantido não apenas pela seleção de conteúdos, mas primordialmente pelo método de apropriação dos mesmos.
Em síntese, o currículo é a expressão das concepções (de homem, de mundo, de ensino e aprendizagem, de método e de educação), das aspirações sobre a escola e seu papel social, das práticas pedagógicas e das relações nela vividas. É, como consequência disto, a seleção intencional de conteúdos, saberes e conhecimentos, os quais devem ser democratizados para toda a população, uma vez que são requisitos mínimos para a participação consciente em uma sociedade cada vez mais excludente, seletiva e contraditória.
Concepção de avaliaçãoNo processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como
diagnóstico do processo de ensinoaprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica. Desta forma ela assume uma dimensão formadora, uma vez que , o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica (DCE – SEED/PR, 2008). Segundo Lima ( 2002), o verdadeiro sentido da avaliação está em acompanhar o desempenho do presente e orientar as possibilidades de desempenho futuro, mudando as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas possibilitando a emersão de novas práticas pedagógicas.
Sendo parte integrante do trabalho do professor, a avaliação tem o objetivo de proporcionar subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento. Portanto, deve ser um processo contínuo e sistemático, considerada em suas múltiplas dimensões: diagnóstica, processual, formativa e somativa, como elemento
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que dá significado ao trabalho escolar e docente. Na relação ensinoaprendizagem, ela está voltada tanto para o processo de ensino, como para o processo de construção do conhecimento, possibilitando o redimensionamento do planejamento e da prática pedagógica. Os critérios de avaliação devem ser discutidos com todos os envolvidos no processo ensino aprendizagem, oportunizando a reflexão e propondo abordagens e intervenções diferenciadas. Através da avaliação é que podemos perceber a necessidade de mudança da prática pedagógica, pois é uma das dimensões do processo ensinoaprendizagem. Por si só, não altera a qualidade da aprendizagem. É essencial que o professor realize diferentes atividades como forma de retomar os conteúdos, a fim de oportunizar a aprendizagem dos alunos antes de propor novos instrumentos de avaliação. Isso caracteriza a recuperação de estudos.
Concepção de Alfabetização e Letramento Embora sejam processos simultâneos e indissociáveis, alfabetização e
letramento possuem significados distintos. A alfabetização é caracterizada pela aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico da escrita e das técnicas para seu uso, enquanto letramento significa ler e escrever de forma adequada e eficiente, diferentes gêneros e tipos de textos nas mais diversas situações. Portanto, o letramento vai além do aprendizado da leitura e da escrita (alfabetização) e objetiva que o sujeito utilize essa tecnologia na vida social, aprendendo a ler o mundo de maneira crítica e comprometida.
Soares (apud PERALTA, 2009), afirma que é possível “alfabetizar letrando”. Para tanto, segundo Moraes&Albuquerque (apud PERALTA, 2009) é necessário democratizar a vivência de prática de uso da leitura e da escrita permitindo que o aprendiz construa e reconstrua suas ideias sobre o sistema de escrita.
Carvalho (apud PERALTA, 2009) diz que podemos ensinar crianças a ler, a conhecer os sons que as letras representam, e na mesma relevância instigálos a se tornarem leitores, participando da aventura do conhecimento implícito no ato de ler. Acompanhando esse processo, é necessário considerar e valorizar a criança como um produtor de textos.
Concepção de cidadão e cidadaniaSobre cidadania o dicionário de língua portuguesa Larousse afirma ser
“qualidade de cidadão”, “qualidade de uma pessoa que possui, em uma determinada comunidade, política, o conjunto de direitos civis e políticos”. Cidadania é o direito do indivíduo em participar da vida da sociedade. É o ato do homem constituirse como homem. Dessa forma ele nunca permite ser objeto , mas sim, é construtor do seu próprio ser, de sua própria identidade, enfim é construtor do seu próprio mundo. Ela não pode ser pensada como um conjunto de valores e práticas cujo exercício se fundamente apenas no reconhecimento formal dos direitos e deveres do cidadão. O importante é a prática dessa definição. Isso significa ir além do reconhecimento dos direitos e deveres do cidadão, exigindo o cumprimento dos mesmos por parte da sociedade.
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Ser cidadão é assumirse protagonista do processo histórico, lutar pelos seus direitos e dos outros. Só pode haver processo educacional pleno se os sujeitos desse processo se entendem como cidadãos.
A cidadania esteve e esta em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas.
No dizer de Dalmo Dallari: “ a cidadania expressa um conjunto de direitos que dá a pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania esta marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisão, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”.
O movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e pedagógica em defesa dos direitos dos alunos de aprender e participar do ensino comum sem nenhum tipo de discriminação. Ou seja, uma concepção fundamentada nos direitos humanos, criando alternativas para superar as práticas discriminatórias, onde om papel da escola é acompanhar os avanços do conhecimento e das lutas sociais, visando constituir políticas públicas que promovam uma educação de qualidade para todos os alunos (MEC, 2008).
Concepção de CulturaReferese a cultura toda produção humana que se constrói a partir das
interrelações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo.Cultura é o conjunto de manifestação artística, sociais, linguística e
comportamento de um povo. É o meio pelo qual o homem se adapta às condições de existência transformando a realidade. Fazem parte da cultura de um povo as seguintes atividades e manifestações: música, teatro, rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças, arquitetura, etc.
Também pode ser definida como um sistema de signos e significados criados pelos grupos sociais. Ela se produz “através da interação social dos indivíduos, que constroem seus modos de pensar e sentir, seus valores, trabalham suas identidades e diferenças e estabelecem suas rotinas” (BOTELHO,2001 apud CANEDO, 2009)). Marilena Chauí (1995) também chama a atenção para a necessidade de tornar mais amplo o conceito de cultura, tomandoo no sentido de invenção coletiva de símbolos, valores, ideias e comportamentos, “de modo a afirmar que todos os indivíduos e grupos são seres e sujeitos culturais”.
Para o fortalecimento da cidadania e a inclusão social, há a necessidade de considerar todos os indivíduos, e não apenas os artistas, como sujeitos e produtores culturais. As ações devem promover a superação de exclusões e desajustes e da distância entre os “culturalmente integrados” e os excluídos.
Portanto, cada ser humano traz dentro de si uma cultura seja ela herdada ou adquirida. As escolas necessitam trabalhar e respeitar essas diferenças culturais valorizando assim a identidade cultural do aluno, na perspectiva da diversidade cultural.
Relações ÉtnicoRaciais e Demandas Socioeducacionais .
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Segundo Frigotto (1993), a produção do conhecimento e sua socialização para determinados grupos ou classes não é alheio ao conjunto de práticas e relações que produzem num determinado tempo ou espaço. Isto significa dizer que ao se abordar o conteúdo da disciplina – recorte histórico, político e cultural do conhecimento (que por sua vez já trouxe consigo uma intencionalidade) é preciso analisálo em suas múltiplas determinações. Mesmo delimitado, o conhecimento não perde o tecido da totalidade. É na categoria totalidade – condição de compreensão do conhecimento nas suas determinações que as questões sociais, ambientais, econômicas, políticas e culturais podem e devem ser tratadas. Nesta perspectiva, os “desafios educacionais” no currículo deve pressupor ser parte desta totalidade. Portanto eles não podem se impor à disciplina numa relação artificial e arbitrária, devem ser “chamados” pelo conteúdo da disciplina em seu contexto e não o contrário transversalizando ou secundarizandoo.
É necessário voltarse sobre os fatos históricos, sociais, políticos, culturais e econômicos, não de forma imediata mas dialética. Esses desafios educacionais contemporâneos, além de pressupor um novo olhar – não com olhar ingênuo, raso e linear encobrindo fatos históricos favorecendo sempre a perspectiva do dominador como tradicionalmente foram tratados os conteúdos, mas do conhecimento da realidade histórica – sobre questões sociais, culturais, ambientais, devendo ser trabalhados nas disciplinas que permitem contextualização permitindo a compreensão do conhecimento em suas múltiplas manifestações. É imprescindível, portanto, interpretar os “porquês” em sua plenitude buscando outros referenciais que possibilitem outras representações sobre os fatos e sobre o passado. Assim, estaremos desconstruindo representações do passado ou evitando a criação de novas representações que são contaminadas de estereótipos em relação ao povo negro, indígena, cigano, entre outras minorias, contribuindo para não fomentar práticas de preconceito, discriminação e racismo em nossa sociedade (CGE/SEED, 2008).
Portanto, este novo olhar sobre os fatos e sobre a história indicam que as questões econômicas, sociais, culturais, ambientais, raciais, de gênero se apresentam como desafios que visam permitir a compreensão para além da visão idealista ou estereotipada sobre eles. Para isso, o coletivo da escola precisa buscar referenciais teóricos para fundamentar a discussão, gerando a instrumentalização para agir diante de situações concretas que se põe no cotidiano, como a violência, a sexualidade, do uso de drogas não caindo na ânsia voluntarista de práticas pontuais, pragmáticas, psicologizantes e espontaneístas.
Concepção de tecnologia As tecnologias de informação e comunicação pode desempenhar um
papel funcional – como instrumento, ferramenta, função e normativo – quando ela determina modelos para as relações sociais. O primeiro papel imprime à sociedade a marca da transformação, tanto na versão otimista – mundo sem fronteiras, rapidez na troca de informações como pessimista – controle social e político.
Em decorrência do seu avanço, surge ideologicamente, o conceito de “sociedade da informação” induzindo à crença de que o crescimento gerado por
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essa sociedade gera oportunidade sociais. Contrapondose a essa ideia capitalista, podemos usar as tecnologias da informação para estabelecer canais de interação social , visando expandir, fortalecer e dar novos significados as experiências culturais e movimentos sociais (SEED/PR, 2010).
O acesso às tecnologias permite uma série de transformações sociais e desencadeiam uma série de mudanças na forma de reconstrução do conhecimento. É evidente que neste cenário, a educação tem de construir novas estratégias pedagógicas utilizando esses recursos com vistas a implementação de práticas de promoção do currículo nos diversos campos do sistema educacional, além de se constituir como prática libertadora, pois permite a inclusão digital o que favorece a descoberta de novas possibilidades.
As tecnologias devem ser consideradas como impulsionadoras e potencializadoras das práticas pedagógicas. Portanto, não podem ser tomadas como sujeito dessas práticas. Na verdade, elas devem aproximar os sujeitos do currículo numa relação dialógica. Dessa forma, junto com a mediação do professor, cumpre o seu papel como meio que contribui com a democratização e socialização do conhecimento.
Concepção de Desenvolvimento Humano, Infância e Adolescência. Segundo Kuhlmann e Fernandes (apud, PERALTA, 2009) o conceito de
infância é de origem latina, infans – o que não fala. Muitos autores afirmam que é o período em que o sujeito é criança, considerando fatores físicos e biológicos que vão desde o nascimento até a puberdade. No entanto, não se pode olhar para ela apenas observando dados biológicos, mas também o meio social, pois uma vez que se alteram aspectos históricos, políticos, culturais e educacionais, alterase também a concepção de infância e de ser criança.
Nesta fase singular, a criança apresenta grande capacidade de aprender, dependência em relação ao adulto, exigência de proteção e cuidados, intenso desenvolvimento físico–motor e usa a brincadeira como forma de apropriarse da cultura e do conhecimento. Ela deve ser considerada como um sujeito participativo na sociedade, que tem uma história e que constrói e reconstrói história. Ela não pode ser considerada um ser submisso, passivo e incapaz de resolver problemas e expor suas opiniões.
Assim cabe à escola desenvolver um olhar compreensivo e valorativo pela criança, propiciando ambientes adequados, respeito, afeto e proteção. Desta forma, ela poderá ter a infância como uma fase de descoberta e de construção.
Segundo Peralta (2009), hoje ocorre o amadurecimento precoce de crianças, seja por sedução do mercado de consumo ou por necessidades derivadas de sua condição social, pois muitas vezes ela assume responsabilidades para auxiliar a família. Assim, ela não vive uma infância plena e prazerosa, com garantia de direitos, como: brincar, gozar da segurança de ter família, casa, escola, amigos, etc.
Aos adultos – representados pela família, escola, outras instituições cabe a tarefa de considerar o modo de ser e de pensar das crianças, valorizando o lúdico, garantindo uma infância plena e feliz, contribuindo com seu desenvolvimento
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social, histórico, físico e cognitivo, formando um cidadão responsável e ativo na sociedade.
Portanto, cabe à escola realizar um trabalho interdisciplinar, pois as crianças não apresentam um pensamento sincrético – não separa conhecimento em campos específicos. Além disso, no período inicial de ingresso na escola, é determinante ter um planejamento com atividades bem estruturadas e atitudes coerentes e compartilhadas com as famílias.
Já a adolescência, segundo Aberastury & Knobel (1991), é um período de contradições, confuso, ambivalente, doloroso, caracterizado por conflitos com o meio social e familiar. Adolescência vem da palavra latina “adolesço”, que significa crescer. É caracterizada por conflitos internos, por uma intensa busca de “si mesmo” e da própria identidade. Como um processo de autoafirmação, há um intenso questionamento sobre os padrões já estabelecidos, sobre as escolhas dos pais ou de outros adultos. Nesta fase, há uma evolução do pensamento sincrético para um pensamento sistemático, lógico e hipotético, acarretando o desenvolvimento de uma nova qualidade de mente.
Concepção de gestão democrática A Gestão Escolar tem que se dar de forma antagônica à administração
escolar capitalista, pois a gestão de uma escola pública, que visa a transformação social, tem que ser diferente ao modo de administrar uma empresa. A escola tem que cumprir seu papel de socializadora do conhecimento, sem servir aos propósitos conservadores e elitistas (PARO 2008, apud SEED/PR, 2010).
A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em vista a necessidade de fazer da educação um serviço público, se contrapondo aos interesses privados, patrimoniais, clientelistas ou corporativistas. Dessa forma, inclui necessariamente, a ampla participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões, ações administrativa e pedagógicas. Seguindo o princípio de gestão democrática, todas as decisões são tomadas de forma participativa e coletiva.
Concepção de tempo e espaço Conforme prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) em seu
art. 24, a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar. As turmas ou classes são organizadas com alunos em séries distintas com níveis equivalentes.
O trabalho escolar para ser eficiente necessita, além das salas de aulas equipadas, de espaços pedagógicos, como biblioteca, sala de professores, sala de Horaatividade, laboratório de Física, Química e Biologia/Ciências, Laboratório de Informática, Quadra Poliesportiva entre outros.
O papel do conselho escolarO Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva,
avaliativa, deliberativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da escola. Ele assume o desafio de democratizar as
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decisões da escola pública , explicitando contradições e conflitos de interesses entre esta e outros setores da sociedade como dentre os vários grupos que a compõem. Portanto, ele define critérios e ações sobre a organização e funcionamento da escola e relacionamento com a comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional traçadas pela Secretaria de Estado da Educação.
O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os vários segmentos da sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a eficiência do seu funcionamento. Por isso que o processo de escolha dos representantes é realizado por eleição direta respeitando o princípio da representatividade e da proporcionalidade.
Conselho de classe O Pré – Conselho configurase como um espaço interdisciplinar de
estudo e tomadas de decisão sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na escola, oportunizando a discussão pedagógica do ensino e da aprendizagem de forma situada e integrada. No PréConselho os participantes refletem sobre o perfil da turma e propõe linhas de ação, observando: casos específicos de alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem; formas, critérios e instrumentos de avaliação utilizados para verificar o nível de conhecimento do aluno; acompanhamento dos alunos em seu percurso escolar e adaptações curriculares para alunos com dificuldades específica. É concebido como uma instância coletiva de avaliação do processo ensinoaprendizagem, pois é um momento de refletir e repensar a ação pedagógica.
O Conselho de Classe constituise em um espaço pedagógico na organização escolar, que proporciona a participação efetiva de todos os professores juntamente com a direção, pedagogos e alunos representantes de turma, visando a reflexão e avaliação da prática pedagógica e a aprendizagem dos alunos. Seus objetivos são: acompanhar e avaliar o processo de aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos – a avaliação global do aluno e o levantamento de suas dificuldades bem como o estabelecimento de ações para superação dessas dificuldades; oportunizar condições de avaliar e analisar a prática docente – se as práticas são motivadoras para permitir a produção e apropriação do conhecimento no que se refere à metodologia, aos conteúdos e a totalidade das atividades realizadas; reunir dados que subsidiem o redimensionamento do planejamento. O Conselho de Classe será realizado por turma, nos períodos bimestrais e será proponente das ações que visem à melhoria da aprendizagem sendo o definidor da aprovação ou não aprovação do/a aluno/a.
O Pós Conselho é outro momento significativo, onde se encontram os alunos, professores, direção e pedagogo, estabelecendo estratégias de ação que possibilitam uma reorganização do processo de ensinoaprendizagem, comprometendo todos os envolvidos com o processo educativo.
Papel do grêmio estudantil
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O Grêmio Estudantil representa a ala estudantil de todo estabelecimento, levando para reuniões do Conselho e Associação de Pais, Professores e Funcionários (APMF) o anseio da classe. Também desenvolve atividades recreativas, esportivas e culturais nos contraturnos e em datas especiais. O Grêmio Estudantil é formado exclusivamente por alunos regularmente matriculados no estabelecimento de ensino, propondo sugestões que possam contribuir no processo ensino aprendizagem, ser intermediador entre alunos x professores e alunos x administração.
O papel do aluno representante de turmaO aluno é escolhido pela turma para representar os mesmos nas demais
instâncias da instituição de ensino em ocasiões especiais ou na defesa dos seus interesses, bem como manter contato com a direção e equipe pedagógica para comunicação de qualquer fato que surgir, como intenção de desistência por parte de algum aluno, problema na assiduidade ou qualquer outro problema que possa ser percebido por ele no diaadia escolar.
O papel da APMF e outros A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é responsável pela
integração entre a escola e a comunidade, comanda as promoções e administra a parte financeira dos recursos próprios e do Programa Dinheiro Direta na Escola. No entanto, ela tem que ter uma preocupação para além do caráter arrecadador de taxas, junto à população para garantir a manutenção da escola, diante da falta de recursos que deveriam ser repassados pelos poderes públicos. Como o Conselho Escolar e o Grêmio Estudantil, ela também possui estatuto próprio. Tem um papel muito importante na vida da escola, pois é ela que luta e trabalha, buscando recursos para atender as necessidades imediatas da escola.Salas de Apoio
Conforme resolução nº 208/04 SEED e Instrução nº 05/2005 – SUED/DEE, competem as Salas de Apoio atender alunos da 6º e 9º anos com dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita e nos cálculos essenciais (adição, subtração, multiplicação e divisão). Elas são formadas pelos alunos das séries citadas acima, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com carga horária de quatro horas semanais, que mesmo aplicando a recuperação concomitante ao processo de ensino e aprendizagem, ainda encontram dificuldades na aprendizagem.
Formação continuadaOs professores, direção e funcionários deverão constantemente buscar
aperfeiçoamento profissional, com grupos de estudos no próprio estabelecimento, seminários ou simpósios, Grupo de Trabalho em Rede, Programa de Desenvolvimento Educacional promovidos pela Secretaria de Estado da Educação, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB. Portanto, a formação continuada deve estar centrada na escola e fazer parte do Projeto Político
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Pedagógico, inclusive incentivando e valorizando atividades de formação independentes, como cursos de especialização, etc.
A formação continuada do professor é atualmente uma necessidade cada vez mais emergencial visto que vivemos transformações aceleradas e muitas mudanças educacionais, principalmente no que tange as características do nosso público, especialmente relacionado ao mundo tecnológico.
Estágio não obrigatórioO estágio se caracteriza como componente do processo de formação do
estudante, com objetivos educacionaisformativos e como fator de interesse pedagógico. Portanto, como procedimento didáticopedagógico, é atividade de competência da Instituição de Ensino, que dispõe sobre as condições e requisito para a realização do estágio de seus alunos, bem como, pelos processos de acompanhamento, supervisão e avaliação.
Conceber trabalho como principio educativo pressupõe oferecer subsídios a partir das diferentes disciplinas, bem como, oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de produção e dominação e ainda possibilidades de sua emancipação como sujeito a partir do trabalho. Os conhecimentos escolares deverão permitir ao estudante atuar no mundo do trabalho de forma mais autônoma, consciente e critica, permitindo ainda sua integração nas práticas sustentadas pelos conhecimentos teóricos, possibilitando assim, ao estagiário que as ações desenvolvidas no trabalho possam ser trazidas para a escola e viceversa, relacionandoas aos conhecimentos universais necessários para compreendêlas a partir das relações de trabalho. Em suma, o estágio possibilita ao aluno compreender e viver na prática as relações do mundo do trabalho, o que contribui para o desenvolvimento pleno de sua cidadania.
O pedagogo da instituição de ensino acompanhará as práticas de estágios desenvolvidos pelo aluno, mediando a natureza do estágio e as contribuições do aluno para enriquecer o plano de trabalho docente, de forma que os conhecimentos façamno compreender de que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica, politica, cultural e socialmente. O pedagogo deve manter os professores da turma do aluno estagiário informados sobre as atividades desenvolvidas para que possam contribuir para esta relação.
Base Nacional Comum e Parte DiversificadaA Matriz curricular do Colégio Estadual Rachel de Queiroz Ensino
Fundamental e Médio é elaborada em reunião com direção, equipe pedagógica, professores e Conselho Escolar que discutem a melhor forma de adequálo a realidade dos educandos, obedecendo a legislação vigente. Cada disciplina é composta com uma carga horária suficiente para trabalhar os conteúdos programados em cada série, obedecendo a Lei de Diretrizes e Bases de no mínimo 800 horas anuais. Toda disciplina da matriz curricular, possui professor com habilitação específica.MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 6º AO 9º ANO
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NRE: UMUARAMA MUNICÍPIO: IVATÉESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 0078ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4.000 ENS. FUND. 6º/9º ANO TURNO: MANHÃ/TARDEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2.006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANASCARGA HORÁRIA DO CURSO: 3920 H/A 3266 HORAS
BASE NACIONAL COMUM
DISCIPLINAS 6º ANO
7º ANO
8º ANO
9º ANO
TOTALH/A
ARTES 2 2 2 2 320CIÊNCIAS 3 3 4 3 520EDUCAÇÃO FÍSICA
3 3 3 3 480
*ENSINO RELIGIOSO
1 1 0 0
GEOGRAFIA 3 3 3 3 480HISTÓRIA 3 3 3 4 520LÍNGUA PORTUGUESA
4 4 4 4 640
MATEMÁTICA 4 4 4 4 640SUBTOTAL 22 22 22 22 3600
PARTE DIVERSIFICADA
L.E.MINGLÊS
2 2 2 2 320
SUBTOTAL 2 2 2 2 320TOTAL EM H/A 24 24 24 24 3920TOTAL GERAL EM HORAS 3266
*Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas.
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIOESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 028 UMUARAMA MUNICÍPIO: 1165 IVATÉ
ESTABELECIMENTO: 0078 – COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOENDEREÇO: RUA SERRA DOS DOURADOS, 4351FONE: (44) 36731155
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ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BA
SE
NA
CIO
NA
L C
OM
UM
DISCIPLINAS ANO
1º 2º 3º
ARTE 02 02
BIOLOGIA 02 02 02
EDUCAÇÃO FÍSICA 02 02 02
FILOSOFIA 02 02 02
FÍSICA 02 02 02
GEOGRAFIA 02 02 02
HISTÓRIA 02 02 02
LÍNGUA PORTUGUESA
02 03 04
MATEMÁTICA 03 02 03
QUÍMICA 02 02 02
SOCIOLOGIA 02 02 02
SUBTOTAL 23 23 23
PARTE DIVERSIFICADA
L.E.M. INGLÊS 02 02 02
L.E.M. ESPANHOL * 04 04 04
SUBTOTAL 06 06 06
TOTAL GERAL 29 29 29
Observações:Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIOESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 028 UMUARAMA MUNICÍPIO: 1165 IVATÉ
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ESTABELECIMENTO: 0078 – COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOENDEREÇO: RUA SERRA DOS DOURADOS, 4351FONE: (44) 36731155ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BA
SE
NA
CIO
NA
L C
OM
UM
DISCIPLINAS ANOS
1º 2º 3º
ARTE 02 02
BIOLOGIA 02 02 02
EDUCAÇÃO FÍSICA 02 02 02
FILOSOFIA 02 02 02
FÍSICA 02 02 02
GEOGRAFIA 02 02 02
HISTÓRIA 02 02 02
LÍNGUA PORTUGUESA
02 03 04
MATEMÁTICA 03 02 03
QUÍMICA 02 02 02
SOCIOLOGIA 02 02 02
SUBTOTAL 23 23 23
PARTE DIVERSIFICADA
L.E.M. INGLÊS 02 02 02
L.E.M. ESPANHOL * 04 04 04
SUBTOTAL 06 06 06
TOTAL GERAL 29 29 29
Observações:Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.Observação: serão ministradas 03 aulas de 50 minutos 02 de 45 minutos.
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PROPOSTA PEDAGÓGICACURRICULAR
NOSSA PROPOSTA PEDAGÓGICA
Um ensino de qualidade na escola propõe uma aprendizagem adequada às necessidades sociais, políticas, econômicas e culturais da nossa sociedade, que considerem a vivência dos alunos e garanta sua formação integral, tornandoos conhecedores de seus direitos e deveres e capazes de agirem diante das circunstâncias do diaadia.
Para isso, nossa escola facilitará o acesso aos recursos indispensáveis aos alunos, para que esses possam ter participação responsável na sociedade.
Cabe a nós propiciarmos aos educandos vivências e atividades para que possam:
• Ter domínio da língua falada e escrita;• Refletir matematicamente;• Ter coordenadas espaciais e temporais que lhes facilitem uma melhor
percepção do mundo;• Saber explicar cientificamente fenômenos à sua volta;• Ter condições de fruir a arte e entender mensagens estéticas.A escola se propõe também abrir discussões relevantes sobre a dignida
de humana, igualdade de direitos, a não discriminação e a importância do respeito.Queremos favorecer aos alunos vivências com significados éticos neces
sários para a formação de uma ação de cidadania, conhecedores de seus direitos e seus deveres. Nos dias de hoje, é importante que o nosso aluno seja instruído o suficiente para enfrentar os desafios da sociedade seja no mundo de trabalho, no meio social, político, religioso. Que ele saiba cuidar do próprio corpo, da sua saúde, tendo referências para uma vida melhor e mais sadia A preservação do meio ambiente também é tema importante para nós, já que nossos recursos naturais vêm sendo dizimados e usados sem responsabilidade e sem preocupação com o futuro. E importante levar uma discussão crítica sobre as formas de preservação e utilização na natureza, de uma maneira participativa.
A educação básica para nós tem a função de garantir ao educando instrumentos que o capacitem para um processo de educação permanente. Para tanto, a melhor metodologia utilizada, seria aquela capaz de priorizar a construção de estratégias e comprovação de hipóteses controlandose o resultado desse processo. A dinâmica de ensino prima pela descobertas das potencialidades individuais, mas considera também importante o trabalho coletivo. Isso implica no sujeito sentirse útil, autônomo e seguro quanto aos seus limites e capacidades, estando integrado num trabalho conjunto e sendo capaz de atuar em diversos níveis de interlocução.
OBJETIVO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA
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Esta proposta pedagógica organiza o trabalho pedagógico visando proporcionar o desenvolvimento da capacidade do aprender, tendo como meios básicos de apoio a LDB (Lei de Diretrizes e Bases); a DCN (diretrizes Curriculares Nacionais); DCE (Diretrizes Curriculares Estaduais); as Deliberações: 014/99 – 13.381/01 – 007/99 – 09/01 – 016/99 – 02/05 – 02/03 – 02/00; Lei Estadual 13.381/01; Lei Federal 10.639/03; Lei Federal 11.114/05; Decreto 5.254/04, a nível de MEC – Diretrizes Operacionais para a educação Básica nas Escolas do Campo Resolução nº 1, de 3 de abril de 2003/CNE/CEB Câmara da Educação Básica, no cumprimento do estabelecimento na Lei nº9.131/95 e na lei nº 9394/96/LDB. Lei 8.009/90 – ECA, Instrução 02/03 – Hora Atividade, Instrução 03/06 – Livro Registro de Classe, Leis que norteiam a educação Especial LDB – art.58,59 e 60, DCN – Ed. Especial, DCE – versão preliminar, Deliberação 02/03 – Paraná, Instrução Normativa 05/04.
Desenvolver no aluno a capacidade de aprender, a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores da sociedade, formando atitudes, criando e respeitando valores, além de aproveitar todas as oportunidades possíveis no sentindo de fortalecer os vínculos de família, os laços de solidariedade humana e de respeito entre as pessoas.
Assim sendo, preocupados em dar maior flexibilidade ao nosso trabalho, os Planos de Curso inicialmente elaborados são permanentemente avaliados e reformulados sempre que há necessidade, o que é feito por ocasião das reuniões de planejamento que são bimestralmente realizadas, nas quais sempre ocorre a troca de experiências. Esta atitude de permanente "vigília", acreditamos, torna nosso planejamento muito mais vivo e lhe dá cada vez melhor qualidade.
OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
No Ensino Fundamental e Médio objetivamos a formação básica do cidadão e nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, tornase obrigatório o estudo da história e cultura afrobrasileira e indígena. Mediante esta proposta, o aluno deverá ficar competente para:
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sóciocultural brasileiro, bem como aspectos sócioculturais de outros povos e nações, posicionandose contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;
Perceberse integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente;
Conhecer o próprio e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e apoio com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
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Utilizar as diferentes linguagens verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções de comunicação;
Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos e construir conhecimentos;
Questionar a realidade formulando problemas e tratando de resolvêlos, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação; Viabilizar a compreensão dos fundamentos cientifico tecnológicos, processos produtivos relacionando a teoria com a prática, no sentido de cada componente curricular; Propor ao aluno que compreenda e aproprie do conhecimento por meio do objeto de estudo de cada disciplina;
A formação do aluno no ensino médio deve ter como alvo principal a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação científica e a capacidade para utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação. Garantir ensino aprendizagem ás crianças, adolescentes e jovens objetivando a inclusão social através da formação de sujeitos críticos, capazes de mudar a si mesmo e seu meio. Oferecer requisitos necessários para que os alunos compreendam o contexto social e histórico e que, pelo acesso ao conhecimento, criticamente sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade; Oferecer ao aluno a formação necessária para o enfrentamento, com à transformação da realidade social, econômica e política do seu tempo. Utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para construção do conhecimento; Criar possibilidades para o aluno demonstrar sua capacidade criativa, na produção do conhecimento nas diversas disciplinas; Utilizar as diferentes linguagens, verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar seu conhecimento; Acompanhar a ação da prática do plano de trabalho docente, que deve ser de autoria do próprio professor.
ORGANIZAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
DISCIPLINA DE ARTE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1APRESENTAÇÃO
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Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, inclusive onde
hoje se situa o Estado do Paraná, ocorreu à primeira forma registrada de arte na educação.
Nas reduções jesuíticas, realizaram um trabalho de catequização dos indígenas com os ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança pintura, escultura e artes manuais.
Por volta do século XVIII, buscouse a efetiva superação do modelo teocêntrico medieval.
O governo do Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do território do Brasil Colônia e estabeleceu uma reforma na educação colonial e em outras instituições, conhecida como Reforma Pombalina, fundamentada nos padrões da Universidade de Coimbra, com ênfase ao ensino das ciências naturais e dos estudos literários.
Apesar da formalização dessa Reforma, na prática não se registrou efetivas Mudanças.
Em 1808, com a vinda da família real de Portugal, chega ao Brasil um grupo de artistas franceses encarregados da fundação da Academia de BelasArtes.
Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa e obedecia ao estilo neoclássico, que entrou em conflito com a arte colonial de características brasileiras.
Um marco importante para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas foi a Semana de Arte Moderna de 1922, que influenciou artistas brasileiros, que valorizavam a cultura nacional, expressa na educação pela escola nova, que postulava métodos de ensino em que a liberdade de expressão do aluno era priorizada.
O movimento Modernista, também denominado de Antropofágico, valorizava a cultura do povo, pois entendia que, em toda a História dos povos que habitaram o território onde hoje é o Brasil, sempre ocorreram manifestações artísticas. Considerava, também, que desde o processo de colonização, a arte indígena, a arte medieval e renascentista européia e a arte africana, cada uma com suas especificidades, constituíram a matriz da cultura popular brasileira.
Nesse contexto, o ensino de Arte teve o enfoque na expressividade, espontaneidade e criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essa concepção foi gradativamente incorporada para o ensino de outras faixas etárias.
O ensino de música tornouse obrigatório nas escolas com a nomeação do compositor Heitor Villa Lobos como Superintendente de Educação Musical e Artística, no Governo de Getúlio Vargas.
A música foi muito difundida nas escolas e conservatórios e os professores trabalhavam com o canto orfeônico, ensino dos hinos, canto coral, com apresentações para grandes públicos.
A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se intensificaram: nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários a ela; na música, com a bossa nova e os festivais; no teatro, com o teatro de rua, teatro oficina e o teatro de arena de Augusto Boal, e no cinema, com o cinema novo de Glauber Rocha. Esses movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham
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uma nova realidade social e, gradativamente, deixaram de acontecer com o endurecimento do regime militar.
Com o Ato Institucional n. 5 (AI5), em 1968, esses movimentos foram reprimidos. Vários artistas, professores, políticos e outros que se opunham ao regime foram perseguidos e exilados. Nesse contexto, em 1971, foi promulgada a Lei Federal n. 5692/71, em cujo artigo 7.° determinava a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5.ª série) e do Ensino Médio.
Contraditoriamente, nesse momento de repressão política e cultural, o ensino de Arte tornouse obrigatório. Sob uma concepção centrada nas habilidades e técnicas, minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia então ao professor trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua expressão.
O ensino de Educação Artística passou a pertencer à área de Comunicação e Expressão, da mesma forma que a produção artística ficou sujeita aos atos que instituíram a censura militar. Enquanto o ensino de artes plásticas foi direcionado para as artes manuais e técnicas, na música, enfatizouse execução de hinos pátrios e de festas cívicas.
A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela redemocratização e para a nova Constituinte de 1988.
Com a elaboração do Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná no Ensino de 1.o grau e o Documento de Reestruturação do Ensino de 2.o grau. Tais propostas curriculares tiveram na pedagogia históricocrítica o seu princípio norteador e intencionavam fazer da escola um instrumento que contribuísse para a transformação social. O ensino de Arte retomava, assim, o seu caráter artístico e estético pela formação do aluno, pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.
Após quatro anos de trabalho de implementação das propostas, esse processo foi interrompido em 1995 e o Currículo Básico foi, aos poucos, abandonado nas escolas pela imposição dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).
A nova LDB 9394/96 mantém e assegura a obrigatoriedade do ensino de Arte nas escolas de Educação Básica. Nesse período, também houve mudanças nos cursos de graduação em Educação Artística que passaram a ter licenciatura plena em uma habilitação específica.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) passaram a considerar a Música, as Artes Visuais, o Teatro e a Dança como linguagens artísticas autônomas no Ensino Fundamental e, no Ensino Médio.
Assim, o conceito de estética foi esvaziado do conteúdo artístico.Em 2003, iniciouse no Paraná um processo de discussão com os
professores da Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e Instituições de Ensino Superior (IES) pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes curriculares estaduais. Tal processo tomou professor como sujeito epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis. As novas diretrizes curriculares concebem o
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conhecimento nas suas dimensões artísticas, filosófica e científica e articulase com políticas que valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná.
Reconhecer que houve muitos avanços no processo histórico recente para efetivar uma transformação no ensino de Arte. Entretanto, essa disciplina ainda exige reflexões que contemplem a arte como área de conhecimento e não meramente como meio para destacar dons inatos, pois muitas vezes é vista equivocadamente, como prática de entretenimento e terapia.
O ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa a se preocupar também com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação.
O objeto de estudo aborda o conhecimento em arte a partir dos campos conceituais que historicamente têm produzido estudos sobre ela:
o conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de cunho sensível e cognitivo. Historicamente originado na Filosofia, o conhecimento estético constitui um processo de reflexão a respeito do fenômeno artístico e da sensibilidade humana, em consonância com os diferentes momentos históricos e formações sociais em que se manifestam. Podese buscar contribuições nos campos da Sociologia e da Psicologia para que o conhecimento estético seja melhor compreendido em relação às representações artísticas;
o conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da criação, toma em consideração o artista no processo da criação das obras desde suas raízes históricas e sociais, as condições concretas que subsidiam a produção, o saber científico e o nível técnico alcançado na experiência com materiais; bem como o modo de disponibilizar a obra ao público, incluindo as características desse público e as formas de contato com ele, próprias da época da criação e divulgação das obras, nas diversas áreas como artes visuais, dança, música e teatro.
A Arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente da sua existência individual e social; perceber e se interroga, é levado a interpretar o mundo e a si mesmo. A Arte ensina a desaprender os princípios das obviedades atribuídas aos objetos e às coisas, é desafiadora, expõe contradições, emoções e os sentidos de suas construções. Por isso, o ensino da Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito crítico, para que o aluno possa situarse como sujeito de sua realidade histórica.
Com o ensino da arte pretendesse que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico. Propõese o ensino da arte como fonte de humanização, o que implica no trabalho com a totalidade das dimensões da arte, da parte do artista, para a totalidade humana do espectador.
2CONTEÚDOS
Os conteúdos básicos para a disciplina de Arte estão organizados por área e de forma seriada. Devido ao fato da disciplina de Arte ser composta por
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quatro áreas artísticas (artes visuais, música, teatro e dança), o professor fará o planejamento e o desenvolvimento de seu trabalho, tendo como referência a sua formação, o desenvolvimento dos conteúdos em cada ano deve pautar no conteúdo estruturante “Composição” e seus desdobramentos. Este conteúdo, como eixo central, direciona o olhar para determinados “elementos formais” e “movimentos e períodos”, que ao serem abordados e estudados, aprofundam a compreensão e a apropriação do conhecimento em Arte.
Os conteúdos estão organizados de forma a proporcionar uma unidade, serão aprofundados em cada ano para todas as áreas, relacionando conteúdos referentes a História e Cultura Afrobrasileira e Indígena.
Neste sentido, o trabalho no 6° ano é direcionado para a estrutura e organização da Arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes prossegue o aprofundamento dos conteúdos, sendo que no 7° ano é importante relacionar o conhecimento com o cotidiano do aluno; no 8° ano o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte; no 9° ano, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. No Ensino Médio é proposto uma retomada dos conteúdos do 6° ao 9° ano e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos do Ensino Médio.
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE ARTE NO ENSINO
FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS.
6º ANO ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
44
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
Ritmo MelodiaEscalas: diatônica, pentatônicacromática maior, menor, ImprovisaçãoGêneros: erudito, popular
GrecoRomanaOriental Ocidental Idade Média Música Popular (folclore)
Percepção dos elementos formaisna paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos eescalas musicais.Teoria da música.Produção e execução de instrumentos rítmicos.Prática coral e cânone rítmico e melódico.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originou. Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.
7º ANO ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DEAPRENDIZAGEM
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
Ritmo MelodiaEscalas Estrutura Gêneros: folclórico, popular, étnicoTécnicas: vocal, instrumental, mista Improvisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental) BrasileiraParanaenseAfricanaRenascimentoNeoclássicaCaipira/Sertanejo Raiz
Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais. Pesquisa da paisagem sonora.Teorias da música.Produção de trabalhos musicais com característicaspopulares e composição de sons da paisagem sonora.
Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas.Apropriação prática e teóricade técnicas e modos de composição musical.
8º ANO ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
45
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaHarmoniaTonal, modal e a fusão de ambos.Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Sonoplastia
Indústria CulturalEletrônicaMinimalistaRap, Rock, TecnoSertanejo pop VanguardasClássica
Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. O som e a música no Cinema e Mídias (Vídeo, TV eComputador)Teorias sobre música e indústria cultural. Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
9º ANO ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS EPERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
AlturaDuraçãoTimbreIntensidade Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaEstrutura Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros:popular,folcló
Música EngajadaMúsica PopularBrasileira.Música contemporânea Hip Hop, Rock, Punk Romantismo
Percepção dos modos de fazer música e sua função social.Teorias da Música.Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na Arte
Compreensão da música como fator de transformação social.Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade
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rico, étnico. Engajada. singular e social.
6º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEMPEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DEAPRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativa/AbstratoGeométricaTécnicas: Pintura, desenho,baixo e alto relevo, escultura, arquitetura...Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia
Arte GrecoRomanaArte AfricanaArte OrienalIdade MédiaArte Popular (folclore)Arte PréHistóricaRenascimentoBarroco
Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
7º ANO ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEMPEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativaAbstrataGeométricaTécnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista, pontilhismo...Gêneros:
Arte indígenaArte PopularBrasileira eParanaenseAbstracionismoExpressionismoImpressionismo
Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos. Teoria das Artes Visuais Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular,
Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origense práticas contemporâneas.Apropriação prática e teórica de técnicas
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Paisagem, retrato,natureza morta.
relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.
e modos de composição visual.
8º ANO ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEMPEDAGÓGICA
EXPECTATIVA DEAPRENDIZAGEM
ELEMENTOSFORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografia
Técnicas: pintura, desenho,fotografia, audiovisual,gravura...
Gêneros: Natureza
morta, retrato, paisagem.
Indústria CulturalArte DigitalVanguardasArte ContemporâneaArte CinéticaOp ArtPop ArtClássicismo
Percepção dos modos de fazertrabalhos com artesvisuais nas diferentes mídias.
Teoria dasartes visuais e mídias.
Produção de trabalhos deartes visuaisutilizando equipamentose recursostecnológicos.
Compreensão das artesvisuais no Cinema e nasmídias, sua função sóciae ideológica de veiculaçãoe consumo.
Apropriação prática eteórica das tecnologiase modos de composiçãodas artes visuais nas mídias, relacionadas aprodução, divulgação econsumo.
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9º ANO ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DEAPRENDIZAGEM
ELEMENTOSFORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOSE PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativoGeométricaFigurafundo PerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografiaTécnica: Pintura, desenho, performance...Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano
RealismoDadaísmoArte EngajadaMuralismoPrécolombianaGrafite (Hip Hop)Romantismo
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social.
Teorias das Artes Visuais.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição com enfoque na Arte Engajada.
Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social.
Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidadesingular e social.
6º ANO ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEMPEDAGÓGICA
EXPECTATIVA DA
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTO
E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
Personagem: expressões corporais, vocais,gestuais e
Técnicas: jogosteatrais, teatro indiretoe direto, improvisação,manipulação,
GrecoRomanaTeatro OrientalAfricanoTeatro MedievalRenascimento
Estudo das estruturas teatrais:personagem,ação dramática e espaço cênico
Compreensão dos elementos que estruturame organizam o teatro e sua relação com
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faciais
Ação
Espaço
máscara
Gênero:Tragédia, Comédia, enredo, roteiro. Espaço Cênico, circo.Adereços
Teatro Popular e sua articulaçãocom formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram.
os movimentos artísticos nos quais se originaram.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.
7º ANO ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação
Leitura dramática,enografia.Gêneros: RuaComédiaarena,Caracterização
Técnicas: jogos dramáticos e teatrais, Mímica,
improvisação, formas animadas...
Comédia dell' arteTeatro PopularTeatro Popular Brasileiro e Paranaense
Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos com teatro de arena,de rua e indireto.
Compreensão dasdiferentes formas de representaçãopresentes no cotidiano, suas origense práticas contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais, presentes no cotidiano.
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8º ANO ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTO FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
Personagem: expressõescorporais,vocaisgestuaise faciais
Ação
Espaço
RepresentaçãoNo Cinema eMídias(Vídeo, TV eComputador)Texto dramáticoCenografiaMaquiagemSonoplastiaRoteiro, enredoTécnicas:jogos teatrais, sombra, adaptação cênica
Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema NovoVanguardasClassicismo
Percepção dosmodos de fazerteatro, atravésde diferentes mídias.Teorias da Representaçãono teatro e mídias.
Produção de trabalhos de representaçãoutilizando equipamentose recursostecnológicos.
Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social eideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologiase modos de composição darepresentação nas mídias; relacionadas a produção,divulgação e consumo.
9º ANO ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEMPEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
Personagem:
expressões corporais, vocais,
Técnicas: Monólogo,jogos teatrais,direção, ensaio, TeatroFórum,
Teatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
Teorias do teatro.
Compreensão dadimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de
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gestuais efaciais
Ação
Espaço
Teatro ImagemRepresentaçãoRoteiro, enredoDramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurinoGêneros
AbsurdoRomantismo Criação de
trabalhos com os modos de organização e composição teatral com enfoque na Arte Engajada.
transformaçãosocial.
Criação de trabalhosteatrais, visandoatuação do sujeito em sua realidade singular e social.
6º ANO ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVASDE APRENDIZAGEM
ELEMENTOFORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
Movimento CorporalTempo
Espaço
EixoDeslocamentoPonto de ApoioFormaçãoTécnica:
ImprovisaçãoGênero: Circular
PréhistóriaGrecoRomanaMedievalIdade MédiaArte Popular(folclore)
Estudo do movimento corporal,tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
7º ANO ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOSFORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOSE PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
Movimento
Corporal
Gênero: Folclórica, popular,
Dança PopularBrasileiraParanaense
Percepção dos modos de fazer dança, através de
Compreensão das diferentes formas de dança
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Tempo
Espaço
étnicaPonto deApoioFormaçãoRotaçãoCoreografiaSalto e quedaNíveis(alto, médio e baixo)
AfricanaIndígenaRenascimento
diferentes espaços onde é elaboradae executada.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
popular, suasorigens e práticas contemporâneas.Apropriação prática e teórica de técnicase modos decomposiçãoda dança.
8º ANO ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVADE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOSE PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ANO
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
DireçõesDinâmicasAceleraçãoImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural,espetáculo
Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria Cultural Dança ModernaDança Clássica
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.
Teorias da dança de palco e em diferentes mídias.
Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema,musicais e nasmídias, sua função social e ideológica deveiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição dadança nas mídias;relacionadas aprodução, divulgação e consumo.
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9º ANO ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVASDE APRENDIZAGEm
ELEMENTO FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOSE PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICO PARA O ANO
MovimentoCorporal
Tempo
Espaço
Ponto deApoioNíveis(alto,médio ebaixo)RotaçãoDeslocamentoGênero:Salão,Espetáculo,modernaCoreografia
Arte EngajadaVanguardasDançaContemporâneaRomantismo
Percepção dosmodos de fazer dança e sua função social.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos comos modos de organização e composiçãoda dança com enfoque na Arte Engajada.
Compreensão dadimensão da dança enquantofator de transformaçãosocial.
Produção de trabalhos com dança, visandoatuação do sujeito em sua realidade singular e social
CONTEÚDOS REFERENCIAIS PARA A DISCIPLINA DE ARTE NO
ENSINO MÉDIO
ENSINO MÉDIO ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRURANTES
ABORDAGEMPEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaModal, Tonal e fusãode ambos.Gêneros: erudito,clássico,
Música PopularBrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidental
Percepção depaisagem sonora como constitutivada música contemporânea(popular e erudita), dos modos de fazer música esua função social.
Compreensão dos elementos que estruturame organizam a música e sua relação com a sociedadecontemporânea.
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popular,étnicofolclórico,Pop
Técnicas: vocal, instrumental,eletrônica, informática e mista
mprovisação
OrientalAfricanaLatinoAmericano
Teoria da Música.
Produção de trabalhos com os modos de organizaçãoe composição musical, com enfoque na música de diversas culturas.
Produção detrabalhos musicais, visando atuaçãodo sujeito em sua realidade singular e social.Apropriação prática e teórica dosmodos de composiçãomusical das diversas culturas e mídias, relacionadas aprodução,divulgaçãoe consumo.
ENSINO MÉDIO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOSFORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOSE PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualTécnica: Pintura, Desenho,Modelagem,instalação Performance,Fotografia, Gravura e Esculturas...
Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte EngajadaArte ContemporâneaArte DigitalArte Latino
Percepção dos modos de fazer trabalhos comartes visuais nas diferentes culturase mídias.
Teoria das artes visuais.
Produção de trabalhos de artes visuais com osmodos de organização e composição, com enfoque nas
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Apropriação
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Gêneros: Paisagem,NaturezaMorta,Designer,históriaem quadrinhos...
Americana diversas culturas. prática e teórica dos modos de composição dasartes visuais nasdiversas culturase mídias, relacionadasa produção, divulgaçãoe consumo.
ENSINO MÉDIO ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEMPEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS EPERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões corporais,vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro diretoe indireto,mímica,ensaio, TeatroFórumRoteiroEncenação, leitura dramática
Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama eÉpicoDramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia,
Teatro GrecoRomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro Renascentista
Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composiçãoe movimentos e períodos do teatro.
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhoscom teatro em diferentes espaços.
Percepção dos modos de fazer
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
Compreensão dadimensão do teatro enquanto fator detransformação social.
Produção de trabalhos teatrais, visandoatuação do sujeito em sua realidadesingular e social.
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sonoplastia, figurino, iluminação DireçãoProdução
Teatro LatinoAmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista
teatro e sua funçãosocial.
Produção de trabalhos com os modos de organização ecomposição teatral com enfoque na Arte Engajada.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição darepresentação nas mídias; relacionadas aprodução, divulgação e consumo.
Apropriação prática eteórica de técnicas e modos de composiçãoteatrais.
ENSINO MÉDIO ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
EixoDinâmicaAceleraçãoPonto de ApoioSalto e QuedaRotaçãoNíveisFormaçãoDeslocamentoImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, industrial
PréhistóriaGrecoRomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopExpressionismoIndústria Cultural Dança ModernaArte Engajada
Estudo do movimentocorporal, tempo, espaço e sua articulação comos elementos de composição e movimentos e períodos da dança.
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada.
Teorias da dança.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticascontemporâneas.
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cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea...
VanguardasDança Contemporânea
Produção de trabalhos
de dança utilizando
equipamentos e recursos tecnológicos.
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
Compreensão dadimensão da dança enquanto fator de transformação social.
Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias,sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica de técnicas emodos de composição da dança.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição dadança nas mídias; relacionadas aprodução,divulgação e consumo.
Produção de trabalhos com dança, visandoatuação do sujeito em sua realidade singular e social.
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Os temas referentes as Demandas Socioeducaionais serão abordados junto aos conteúdos da disciplina sempre que possível.
3METODOLOGIA
O trabalho terá como ponto de partida as Diretrizes Curriculares Estaduais e o conhecimento produzido em arte.
Os conteúdos serão selecionados a partir do repertório dos alunos articulados aos conteúdos presentes nas produções e manifestações abordadas pelo professor. O aluno terá assim, oportunidade de ampliar sua visão de mundo e compreender as construções simbólicas de outros sujeitos pertencentes às mais diversas realidades cultural.
Tais conteúdos serão abordados de forma teórica pratica, oportunizando a vivência artística dos alunos, e contemplando os três momentos da organização pedagógica: Teorizar; sentir e perceber; e trabalho artístico.
As atividades serão propostas em diferentes contextos, apresentando, tanto quanto possível, caráter lúdico e desafiador. Serão propostas atividades artísticas e culturais com técnicas diferenciadas: pinturas origami, escultura e modelagens. Aulas explicativas a partir de obras bidimensionais e tridimensionais de diversos artistas, dados sobre o processo de criação de cada artista e época, pesquisas no laboratório de informática e explanação na Tv Pendrive assim como levantamento dos diversos suportes e materiais recicláveis que podem ser utilizados como suporte para a arte. Os trabalhos serão expostos para que todos possam ver e refletir efetivamente sobre o que produziram.
4 AVALIAÇÃO.
A avaliação na disciplina de Arte, será diagnóstica e processual, numa dimensão criadora que envolva o ensino aprendizagem. O conhecimento que o aluno acumula deve servir como ponto de referência para o professor propor abordagens diferenciadas, é importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e um capital cultural próprio.
A avaliação visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas as mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade , da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.
Serão estabelecidos em cada conteúdo diversos instrumentos de avaliação, visando diagnosticar o conhecimento do aluno para possíveis avanços, levando em conta o que se concretiza no Projeto Político Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente.
Após serem utilizados os instrumentos de avaliação pra diagnosticar o processo de ensino aprendizagem será proposta uma retomada dos conteúdos que ainda não foram articulados e apreendidos pelos educandos. Esta retomada terá outras formas de abordagem e outras formas de avaliação para que todos possam
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participar das discussões, inclusive os que já se apropriaram dos conceitos dos conteúdos destacados. A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes pra a formação do aluno, então é preciso investir em todas as estratégicas e recursos possíveis pra que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdos.
5 – REFERÊNCIAS
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto PolíticoPedagógico. Ivaté, 2011.
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
PARANÁ. Secretária de Estado da Educação do Paraná Departamento de Educação Básica. Diretrizes Estaduais Curriculares da Educação Básica Artes. Curitiba, 2008.
DISCIPLINA DE BIOLOGIA
1 APRESENTAÇÃO
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno, numa tentativa de explicálo e, ao mesmo tempo, compreendêlo.
A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou o ser humano a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel como parte deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de garantir a sobrevivência humana.
Desde o paleolítico, o ser humano, caçador e coletor, as observações dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em explorar a natureza.
No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos modelos teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos –, que evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino, buscouse, na história da ciência, os contextos históricos nos quais influências religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção.
A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem na antiguidade. Ideias desse período, que contribuíram para o desenvolvimento da
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Biologia, tiveram como um dos principais pensadores o filósofo Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.). Este filósofo deixou contribuições relevantes quanto à organização dos seres vivos, com interpretações filosóficas que buscavam, dentre outras, explicações para a compreensão da natureza.
Na idade média, a Igreja tornouse uma instituição poderosa, tanto no aspecto religioso quanto no social, político e econômico. O conhecimento sobre o universo vinculado a um Deus criador, foi oficializado pela igreja católica que o transformou em dogma. Cabe ressaltar que a importância desta compreensão histórica e filosófica da Ciência esta em conformidade com o atual contexto sócioeconômico e político, estabelecido a partir da compreensão da concepção de Ciência enquanto construção humana.
Essa concepção teocêntrica permeou as explicações sobre a natureza e considerava que “para tudo que não podia ser explicado,visto ou reproduzida, havia uma razão divina; Deus era o responsável”; (RAW, SANT'ANNA, 2002. p 13, apud PARANÁ, 2008).
A disciplina tem por objetivo valorizar e incorporar as “culturas vividas” pelos alunos, respeitando seus saberes e suas experiências, e que possa desconstruir as tradicionais fronteiras entre cultura popular, a cultura erudita e a cultura de massa.
Os conhecimentos biológicos devem possibilitar acesso a cultura científica, socialmente valorizada, tendo como objetivo a formação do sujeito critico e reflexivo analítico, portanto consolidase por meio de um trabalho em que o professor reconhece a necessidade de superar concepções pedagógicas anteriores, ao mesmo tempo em que compartilha com os alunos a afirmação e a produção de saberes científicos a favor da compreensão do fenômeno VIDA.
No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio devem levar a apreensão contemplativa da natureza em si e buscar entender os fenômenos naturais e a explicação racional da natureza que levou o ser humano a propor concepções de mundo e interpretações que influenciam e são influenciadas pelo processo histórico da própria humanidade. Pois a disciplina de Biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo, ou seja, o fenômeno vida em sua complexidade de relações.
A importância de se estudar Biologia está no fato de se tratar de um tema relacionado com as origens de tudo que existe no universo e os caminhos percorridos pelos seres vivos, nos dias atuais, desperta a curiosidade do homem, encontra respostas para muitos questões e proporciona uma melhor entendimento sobre a própria existência.
2 CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Organização dos seres vivos;
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Mecanismos biológicos; Biodiversidade; Manipulação genética.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia. Mecanismos de desenvolvimento embriológico. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. Teorias evolutivas. Transmissão das características hereditárias. Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente. Organismos geneticamente modificados.
Também será contemplado temas de acordo com a Lei 11.645 de 10/03/2008; Lei Estadual do Paraná n. 14037, de 20 de março de 2003, que institui o Código Estadual de Proteção aos Animais; Lei n. 9795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental; Lei n. 10639/03 que torna obrigatória a presença de conteúdos relacionados à história e cultura afrobrasileira e africana.
Em relação à questão étnicoracial serão abordados temas como: características biológicas (biótipo) dos diversos povos; contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços da Ciência e da tecnologia; análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos (conflitos entre epidemias / endemias e o atendimento à saúde, entre as doenças e as condições de higiene proporcionadas à população, bem como o índice de desenvolvimento humano).
Os desafios contemporâneos e as questões relacionadas à diversidade serão contextualizados com os conteúdos específicos.
3 METODOLOGIA
É muito importante que os conteúdos tenham sequência e relação servindo como ponte entre o conhecimento anterior e aquele a ser adquirido, não sendo apenas chegada, mas caminho.
Abordar sempre o conteúdo de forma significativa para o aluno incentivandoo a refletir sobre a situação problema que envolve a discussão critica do tema despertando no aluno o interesse e a vontade de aprofundar as pesquisas e buscar as alternativas resolutivas para a questão em pauta. Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos, a Diversidade, a Cultura AfroBrasileira e Indígena serão trabalhados integrados, contínuos no desenvolvimento dos conteúdos.
Para informar: aulas dialogadas; Para investigar: experimentos e questionamentos;
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Para analisar as causas e implicações do desenvolvimento daBiologia: simulações e trabalhos dirigidos;
Propiciar ao aluno situações de estudo: debates, leituras de rótulos e embalagens;
Trocas de experiências; Uso de vídeos; Uso de informática; Pesquisas;
TV multímidia.
Assim, esta proposta de encaminhamento metodológico orientase por uma abordagem crítica, que considere a prática social do sujeito histórico, priorizando na escola os conteúdos historicamente constituídos.
A busca de soluções para as problematizações, constituise em referência fundamental no ensino de Biologia. Quando elaborada individual ou coletivamente deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a evolução do processo de aprendizagem. É importante lembrar que a cultura científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo de cada grupo ou indivíduo.
Uma estratégia comum em Biologia é a utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o sentido e o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes, situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do laboratório. Devese considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano, assim como lugares alternativos, situações ou eventos para se desenvolver uma atividade científica. A utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório devem ser vistas como uma atividade comum e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser acompanhada pelo professor.
BIZZO (2002) considera importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom aprendizado. (...) a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que devem pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos.
É importante lembrar que as aulas e atividades práticas podem acontecer em diversos ambientes, na escola ou fora dela. Portanto, o encaminhamento para essa disciplina não pode ficar restrito a um único método.
O ensino de Biologia deve propiciar o questionamento reflexivo tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de ensino e aprendizagem.
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4 AVALIAÇÃO
Partindo da idéia de que a metodologia deverá respeitar o conjunto de saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do processo.
A avaliação não terá caráter exclusivamente mensurável ou classificatório, devese respeitar e valorizar o perfil e a realidade dos educandos em todos os seus aspectos, oportunizandolhe o acesso e a permanência no sistema escolar. Há necessidade, tanto por parte do educador, quanto da comunidade escolar, de conhecer o universo desses educandos. Portanto, a avaliação tem como objetivo promover um diálogo constante entre educador e educandos, visando o seu êxito nos estudos e, de modo algum, a sua exclusão do processo educativo.
Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem expressar os avanços na aprendizagem à medida que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam defendendo o próprio ponto de vista.
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e não estará centralizada em apenas uma atividade ou método avaliativo e, irá considerar os alunos como sujeitos históricos do seu processo de ensino e de aprendizagem.
Através de: Provas escritas de leitura e interpretação; Testes sobre aulas práticas no laboratório de biologia; Trabalhos em grupos ou individuais; Relatórios das aulas com apresentação de filmes; Apresentações de resultados de pesquisas em seminários; Elaboração de cartazes, frases, slogan.
O processo de recuperação será paralela ao processo ensino aprendizagem de forma coerente às necessidades do aluno, buscando possibilidades que este consiga a compreensão dos conteúdos.
5 REFERÊNCIAS
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto Político Pedagógico. Ivaté , 2011.
______. Regimento Escolar. Ivaté. 2008.
LINHARES Sérgio e GEWANDSZNAJDER Fernando. Biologia. 1ª edição, Editora Abril: São Paulo 2006
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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Biologia para o ensino médio . Curitiba: SEED, 2008.
______, Secretaria de Estado da Educação. Biologia Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006.
DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NATURAIS
1 – APRESENTAÇÃO
O coletivo de professores da disciplina de Ciências, de acordo com as Diretrizes Curriculares desta disciplina, e em consonância com as discussões realizadas pela rede pública estadual de ensino, apresenta os fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de Ciências, que norteiam a elaboração da proposta pedagógica desta disciplina.
A história da ciência, além do conhecimento científico, ligase também às técnicas pela quais foram produzidas esse conhecimento, as tradições de pesquisa as instituições que as apoiam (KNELLER apud DCE /Ciências, 2008). Assim, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a natureza nos diversos momentos históricos.
O grande desafio atualmente é a necessidade de estender a cultura científica a um público cada vez mais amplo, socializando o conhecimento científico. O saber historicamente acumulado não pode ser propriedade de uma elite.
O desenvolvimento tecnológico movido pelos avanços da ciência, ou viceversa, determina e é determinado por relações de poder implícitas. Neste contexto, fica cada vez mais claro que a ciência é uma construção humana, que convive com a dúvida, tem suas aplicações, é falível, intencional e está diretamente relacionada com o avanço da tecnologia e com as relações sociais (CHASSOT, 2004).
Sendo assim, é indispensável rever o processo de ensino e aprendizagem de Ciências no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a devida reflexão, seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos educandos de buscar explicações científicas para os fatos, através de posturas críticas, referenciadas pelo conhecimento científico.
Nessa perspectiva, a disciplina de Ciências tem como fundamento o conhecimento científico proveniente da ciência construída historicamente pela humanidade, considerando a influência de fatores sociais, econômicos, políticos e éticos e vinculada às relações de poder existente na sociedade. O objeto de estudo da disciplina de Ciências é o estudo do conhecimento científico que resulta da investigação da natureza.
Os conhecimentos prévios dos alunos devem ser considerados no processo de ensino e de aprendizagem de forma mais articulada aos aspectos sociais e históricos, priorizandose o estudo dos fenômenos em detrimento da abordagem restrita a noções e conceitos dos outros modelos.
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Os fenômenos não são explicados apenas por um determinado conhecimento, portanto, é importante estabelecer as relações possíveis entre as disciplinas, identificando a forma com que atuam e as dimensões desses conhecimentos, pois o diálogo com outras disciplinas gera um movimento de constante ampliação da visão a respeito do que se estuda ou se conhece. Assim, se estabelece as relações interdisciplinares, entendidas como necessárias para a compreensão da totalidade.
A disciplina de Ciências deve prezar pela sistematização do saber, cujo objetivo é a transformação da sociedade, abordando questões sociais, econômicas, políticas, éticas e históricas. Todos os conhecimentos devem ser contemplados com vistas à compreensão das interrelações existentes entre outros conteúdos e disciplinas, visando um processo não fragmentado de ensino e de aprendizagem, onde os conteúdos deixam de ser compreendidos como neutros e ahistóricos.
Isso se dá através da definição de conteúdos significativos na formação dos alunos na medida em que oportunizem o estudo da astronomia, da biodiversidade, da matéria, da energia e dos sistemas biológicos, fornecendo subsídios para a compreensão crítica e histórica do mundo no atual período histórico, facilitando a integração conceitual dos saberes científicos na escola. Cabe á escola delinear um caminho para que esta dê conta desses desafios, construindo a identidade da disciplina a partir da compreensão do seu objeto de estudo. Sendo assim, os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes Ciências de referência – Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras.
Conteúdos significativos são aqueles que os alunos atribuemlhe significados, estabelecendo relações “substantivas e nãoarbitrárias entre o que conhece de aprendizagens anteriores (nível de desenvolvimento real – conhecimentos alternativos) e o que aprende de novo (AUSUBEL et all apud DCE de Ciências, 2008). Assim ocorre a aprendizagem significativa. Tudo isso ocorre, principalmente, através da mediação do professor. Portanto, a construção de significados pelos alunos é resultado de interações entre três fatores: o estudante, os conteúdos científicos escolares e o professor de Ciências como mediador do processo de ensinoaprendizagem.
Dessa forma, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de Ciências, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a construção do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente.
Portanto, o ensino de ciências tem o objetivo de transmitir conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entendese por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida. Promovendo assim a socialização dos conhecimentos científicos, tecnológicos
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e a democratização dos procedimentos de natureza social, tendo em vista o atendimento de toda a população que tem assegurado o direito ao processo de escolarização.
2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conteúdos Estruturantes são conhecimentos amplos e essenciais, construídos historicamente e sempre ligados a uma concepção política de educação e por isso não são neutras (DCE – Ciências, 2008). Segundo Lopes (apud DCE, 20008), esses conteúdos visam superar a fragmentação do currículo, sendo construídos historicamente a partir dos conceitos científicos e estruturam a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de estudo e ensino. Tais conteúdos são relevantes para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a integração conceitual dos saberes científicos na escola.
Se faz necessário que o ensino de Ciências aconteça por integração conceitual estabelecendo relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos estruturantes da disciplina (relações conceituais); entre eles e os conteúdos estruturantes das outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações interdisciplinares); entre os conteúdos científicos escolares e o processo de produção do conhecimento científico (relações contextuais). Santos, Stange e Trevas (apud, DCE, 2008), afirmam que essa forma de abordagem permite superar a construção fragmentada de um mesmo conceito.
Portanto, para organizar teoricamente os campos de estudo da disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. foram definidos os conteúdos estruturantes que são:
➢ Astronomia;➢ Matéria;➢ Sistemas biológicos;➢ Energia;➢ Biodiversidade;
É indispensável que a organização dos conteúdos da disciplina de Ciências na proposta curricular esteja vinculada à experiência cotidiana destes, procurando apresentar os conteúdos como instrumentos de melhor compreensão e atuação na realidade. Ao pensar nessa organização, o educador deve abordar conteúdos que possam ter significado real à vida dos educandos, possibilitandolhes a percepção das diversas abrangências sobre um determinado fenômeno. Dessa forma, o ensino de Ciências não pode se restringir apenas ao livro didático ou ao material de apoio. “A seleção de conteúdos é tarefa do professor; ele pode produzir uma unidade de ensino que não existe no livro ou deixar de abordar um de seus capítulos, pode realizar retificações ou propor uma abordagem diferente” (BIZZO, 2000).
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Além do desafio maior, que é permitir que o aluno acesse o conhecimento produzido, expressão maior do nosso trabalho e função essencial da escola, há demandas novas, que a escola também precisa trabalhar, chamados de desafios contemporâneos que refletem as inquietudes humanas, as relações sociais, econômicas, políticas e culturais, levandonos a avaliar os enfrentamentos que devemos fazer. As Demandas Socioeducacionais a serem trabalhadas na disciplina de Ciências, vão permear os conteúdos de forma não pontual e são cinco: Educação Ambiental, Prevenção ao uso indevido de drogas, Relações ÉtnicoRaciais, Sexualidade e Violência na escola.
Os conteúdos básicos que deverão ser abordados neste nível de ensino são:
ASTRONOMIA
Universo; Sistema Solar; Movimentos terrestres; Movimentos celestes; Astros; Origem e evolução do Universo; Gravitação universal.
MATÉRIA➢ Constituição da matéria;➢ Propriedades da matéria.
SISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização celular; Célula; Morfologia e fisiologia dos seres vivos; Mecanismos de herança genética.
ENERGIA Formas de energia; Conversão de energia; Transmissão de energia; Conservação de energia.
BIODIVERSIDADE Organização dos seres vivos; Ecossistema; Evolução dos seres vivos; Origem da vida; Sistemática;
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Interações ecológicas
Em cumprimento as Leis 10.639/03 e 11.645/08 que tratam, respectivamente, da História e Cultura AfroBrasileira e Africana e da História e Cultura Indígena é necessário abordar questões envolvendo a história e cultura desses povos, como: estudo da herança dos genes, cor da pele, tipos sanguíneos, os tipos de plantas, culinárias, contribuições dos povos para o desenvolvimento científico, entre outros. Esses conteúdos devem ser trabalhados no diaadia da sala de aula.
3 – METODOLOGIA
A prática pedagógica de Ciências não deve estar centrada num único método e nem em práticas laboratoriais que vise tão somente comprovar teorias e leis previamente apresentada aos alunos. Deve buscar a integração dos conceitos científicos e valorizar o pluralismo metodológico. Para tanto, o professor deverá observar o tempo de aula para o trabalho pedagógico, o Projeto PolíticoPedagógico da escola, os interesses regionais no qual a escola está inserida e análise crítica dos livros didáticos. Também será necessário refletir e estabelecer relações entre os conteúdos, estratégias, recursos, a expectativa de aprendizagem e o estágio cognitivo do aluno.
Os conteúdos específicos de Ciências devem ser entendidos em sua complexidade de relações conceituais, interdisciplinares, contextuais e abordados dentro do contexto tecnológico, social, ético, cultural e político, que os envolvem.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Ciências do Paraná (2008), o professor é o responsável pela mediação entre o conhecimento científico escolar representado por conceitos e modelos e as concepções alternativas dos estudantes deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos que utilizem recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a interatividade no processo ensinoaprendizagem e a construção de conceitos de forma significativa para os estudantes.
A busca de soluções para as problematizações, constituise em referência fundamental no ensino de Ciências. Primeiro o professor problematiza o conhecimento de situações significativas, apresentadas pelos estudantes e depois realiza a problematização de forma que ele sinta a necessidade do conhecimento escolar para resolver os problemas apresentados. Quando elaborada individual ou coletivamente deve ser registrada, sendo, portanto, valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a evolução do processo de aprendizagem. É importante lembrar que a cultura científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo de cada grupo ou indivíduo.
Uma estratégia comum em Ciências é a utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o sentido e o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes, situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do laboratório. Devese considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano, assim como lugares alternativos, situações ou eventos para se
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desenvolver uma atividade científica. A utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório devem ser vistas como uma atividade comum e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser acompanhada pelo professor.
Nesse sentido, algumas possibilidades de encaminhamentos metodológicos são:
a) Recursos pedagógicos/tecnológicos: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revistas em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa ( geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, entre outros), microscópio, lupa, jogos, TV Multimídia, computador (Laboratório PRDigital), entre outros;
b) Recursos instrucionais: organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
c) Espaços de pertinência pedagógica: feiras, laboratórios, exposições de ciências, seminários e debates.
O ensino de Ciências deve propiciar o questionamento reflexivo tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico diferenciado e estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador compreenda e aja sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizandoo como um exercício de aprendizagem.
Diante de tudo que foi exposto, se propõe valorizar os encaminhamentos metodológicos como: problematização, contextualização, interdisciplinaridade, pesquisa, leitura científica, atividade em grupo, observação, atividade experimental, recursos instrucionais e o lúdico.
A abordagem problematizadora pode ser efetuada, evidenciando duas dimensões: na primeira, o professor leva em conta o conhecimento de situações significativas apresentadas pelos estudantes, problematizandoas; na segunda, o professor problematiza de forma que o estudante sinta a necessidade do conhecimento científico escolar para resolver os problemas apresentados. Nesse caso, a contextualização significa aproximar os conteúdos científicos escolares das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta aproximação, no âmbito pedagógico, se estabelece por meio de abordagens que fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados para as experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento.
Em Ciências, as relações interdisciplinares podem ocorrer quando o professor busca, nos conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto de estudo de Ciências, o conhecimento científico resultante da investigação da Natureza.
A pesquisa pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os objetivos pedagógicos sejam atingidos, se faz necessário que seja construída com redação do próprio estudante, pois ao organizar o texto escrito ele precisará sistematizar ideias e explicitar seu entendimento sobre o conteúdo com
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recursos do vocabulário que domina. Na apresentação oral, o estudante deve superar a simples leitura e repetição, evidenciando a compreensão crítica do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação.
A leitura científica como recurso pedagógico permite aproximação entre os estudantes e o professor, pois propicia um maior aprofundamento de conceitos. Cabe ao professor analisar o material a ser trabalhado, levandose em conta o grau de dificuldade da abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem utilizada.
No trabalho em grupo, o estudante tem a oportunidade de trocar experiências, apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar ideias, desenvolver espírito de equipe e atitude colaborativa. Esta atividade permite aproximar o estudo de Ciências dos problemas reais, de modo a contribuir para a construção significativa de conhecimento pelo estudante.
A observação é uma alternativa viável e coerente com a própria naturezada disciplina. O estudante pode desenvolver observações e superar a simples constatação de resultados, passando para construção de hipóteses que a própria observação possibilita.
A inserção de atividades experimentais na prática docente apresentase como uma importante ferramenta de ensino e aprendizagem, quando mediada pelo professor de forma a desenvolver o interesse nos estudantes e criar situações de investigação para a formação de conceitos. Tais atividades não têm como único espaço possível o laboratório escolar, visto que podem ser realizadas em outros espaços pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais alternativos aos convencionais.
Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas derelações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser usados na análise do conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação da aprendizagem.
O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente pelo professor, entre outros.
4 – AVALIAÇÃO
Partindo da ideia de que a metodologia deve respeitar o conjunto de saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do processo de ensino e aprendizagem.
A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou classificatório, mas respeitar e valorizar o perfil e a realidade dos educandos em todos os seus aspectos, oportunizando o acesso e a permanência no sistema escolar. Há necessidade, tanto por parte do educador, quanto da comunidade escolar, de conhecer o universo desses educandos, Portanto, a avaliação tem como
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objetivo promover um diálogo constante entre educador e educandos, visando o seu êxito nos estudos e, de modo algum, a sua exclusão do processo educativo.
Os alunos podem expressar os avanços na aprendizagem a medida em que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam defendendo o próprio ponto de vista.
Para cada conteúdo, o professor deve estabelecer critérios que definem de forma clara os propósitos e a dimensão do que se avalia.
A avaliação, portanto, se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem; não pode estar centralizada em uma atividade ou método avaliativo e, precisa considerar os alunos como sujeito históricos do seu processo de ensino e de aprendizagem; deve ser contínua e acumulativa, em relação à aprendizagem do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Será prática emancipatória, instrumento reflexivo, para obtenção de informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica, através de:
Atividades de leitura (compreensiva/crítica) de textos; Projeto de pesquisa bibliográfica; Produção de texto; Projeto de pesquisa de campo; Seminário; Debate; Relatório; Atividades com textos literários; Atividades com recursos audiovisuais; Atividades experimentais; Palestra; Trabalho em grupo (diferentes atividades: escrita, oral, gráfica,
corporal, construção de maquetes, painéis, etc.); Questões objetivas; Questões discursivas.Conforme prevê a LDB nº 9394/96 o professor deve promover meios
diferenciados para a recuperação dos alunos de menor rendimento. Deve então, retomar os conteúdos, a fim de oportunizar a aprendizagem antes de aplicar novos instrumentos de avaliação. Isso caracteriza a recuperação de estudos, que deve ser realizada concomitantemente ao processo de ensino e aprendizagem.
5 – BIBLIOGRAFIA
BARROS, Carlos.; PAULINO, Wilson Rodrigues. Ciências. São Paulo: Ática, 2006.
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96. Brasília, 1996.
CHASSOT, A. I. Catalisando transformações na educação. Ijuí: Editora Unijuí, 1994.
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COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto Político Pedagógico. Ivaté, 2011.
________. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008.
________. Departamento de Educação Básica. (Grupo de Estudo 2008). Avaliação – um processo intencional e planejado. SEED, 2008.
SANTANA, O. A.; FIGUEIREDO NETO, A. F. Ciências naturais. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1 APRESENTAÇÃO
Tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Assim o homem à luz da ciência executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé: corre, salta, arremessa, trepa, empurra, puxa e etc. Como Educação Física as origens mais remotas da história falam de 3000 A. C. lá na China. Um certo imperador guerreiro, Hoang Ti, pensando no progresso do seu povo pregava os exercícios físicos com finalidades higiênicas e terapêuticas além do caráter guerreiro.
No começo do primeiro milênio, os exercícios físicos eram tidos como uma doutrina por causa das "leis de Manu", uma espécie de código civil, político, social e religioso. Eram indispensáveis às necessidades militares além do caráter fisiológico. Buda, atribuía aos exercícios o caminho da energia física, pureza dos sentimentos, bondade e conhecimento das ciências para a suprema felicidade do Nirvana no budismo, estado de ausência total de sofrimento (MELO, 2006).
O Yoga, tem suas origens na mesma época retratando os exercícios ginásticos no livro "Yajur Veda" que além de um aprofundamento da Medicina, ensinava manobras massoterápicas e técnicas de respirar. Sem dúvida nenhuma a civilização que marcou e desenvolveu a Educação Física foi a grega através da sua cultura. Nomes como Sócrates, Platão, Aristóteles, e Hipócrates contribuíram e muito para a Educação Física e a Pedagogia atribuindo conceitos até hoje aceitos na ligação corpo e alma através das atividades corporais e da música. "Na música a simplicidade torna a alma sábia; na ginástica dá saúde ao corpo" Sócrates. É de Platão o conceito de equilíbrio entre corpo e espírito e mente (MELO, 2006). Os sistemas metodizados em grupo, assim como os termos halteres, atleta, ginástica, pentatlo entre outros, é uma herança grega. As atividades sociais e físicas eram uma prática até a velhice lotando os estádios destinados a isso (ALMEIDA, 1979).
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A EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL
No Brasil colônia Os primeiros habitantes, os índios, deram pouca contribuição a não ser os movimentos rústicos naturais tais como nadar, correr atraz da caça, lançar, trepar. Nas suas tradições incluemse as danças, cada uma com significado diferente: homenageando o sol, a lua, os Deuses da guerra e da paz, os casamentos etc. Entre os jogos incluemse as lutas, a peteca, a corrida de troncos entre outras que não foram absorvidas pelos colonizadores. Sabese que os índios não eram muito fortes e não se adaptavam ao trabalho escravo.
Os negros e a capoeira Sabese que vieram para o Brasil para o trabalho escravo e as fugas para os Quilombos os obrigava a lutar sem armas contra os capitãesdomato, homens a mando dos senhores de engenho que entravam mato a dentro para recapturar os escravos. Com o instinto natural, os negros descobriram ser o próprio corpo uma arma poderosa e o elemento surpresa. A inspiração veio da observação da briga dos animais e das raízes culturais africanas. O nome capoeira veio do mato onde entrincheiravamse para treinar. "Um estranho jogo de corpo dos escravos desferindo coices e marradas, como se fossem verdadeiros animais indomáveis". São algumas das citações de capitãesdomato e comandantes de expedições descritas nos poucos alfarrábios que restaram. Rui Barbosa mandou queimar tudo relacionado à escravidão (SANTOS).
Brasil Império Em 1851 a lei de n.º 630 inclui a ginástica nos currículos escolares. Embora Rui Barbosa não quisesse que o povo soubesse da história dos negros, preconizava a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas primárias de secundárias praticada 4 vezes por semana durante 30 minutos.
Brasil República Essa foi uma época onde começou a profissionalização da Educação Física.
As políticas públicas Até os anos 60 o processo ficou limitado ao desenvolvimento das estruturas organizacionais e administrativas específicas tais como: Divisão de Educação Física e o Conselho Nacional de Desportos.
Os anos 70, marcado pela ditadura militar, a Educação Física era usada, não para fins educativos, mas de propaganda do governo sendo todos os ramos e níveis de ensino voltada para os esportes de alto rendimento.
Nos anos 80 a Educação Física vive uma crise existencial à procura de propósitos voltados à sociedade. No esporte de alto rendimento a mudança nas estruturas de poder e os incentivos fiscais deram origem aos patrocínios e empresas podendo contratar atletas funcionários fazendo surgir uma boa geração de campeões das equipes Atlântica Boa Vista, Bradesco, Pirelli entre outras.
Nos anos 90 o esporte passa a ser visto como meio de promoção à saúde acessível a todos manifestada de três formas: esporte educação, esporte participação e esporte performance.
A Educação Física finalmente regulamentada é de fato e de direito uma profissão a qual compete mediar e conduzir todo o processo. Os passos da profissão:
1946 Fundada a Federação Brasileira de Professores de Educação Física.
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1950 a 1979 Andou meio esquecida com poucos e infrutíferos movimentos.
1984 Apresentado 1º projeto de lei visando a regulamentação da profissão.
1998 Finalmente a 1º de setembro assinada a lei 9696 regulamentando a profissão com todos os avanços sociais fruto de muitas discussões de base e segmentos interessados (TUBINO, 1996).
A disciplina de Educação Física, através de manifestações corporais e culturais implica aprender o processo de transformação do mundo natural a partir de modos históricos de existência real dos homens nas suas relações na sociedade e com a natureza .
Estabelecer relações equilibradas e construtivas, reconhecendo e respeitando características físicas, sexuais, sócioculturais, percebendoas como importantes instrumentos para a integração na sociedade.
Pensar a Educação Física a partir de uma mudança significativa, analisando a insuficiência do atual modelo de ensino, que muitas vezes não contempla a enorme riqueza de manifestações corporais produzidos socialmente pelos diferentes grupos humanos.
O papel da Educação Física é transcender o senso comum e desmistificar formas arraigadas e equivocadas em relação as diversas práticas e manifestações corporais.
Priorizar o conhecimento sistematizado, com oportunidade para elaborar ideias e práticas que ampliem a compreensão do aluno sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida. O objeto de ensino é: Cultura Corporal e sua potencialidade formativa.
Tendo como principais objetivos: Desenvolver atividades físicas de acordo com suas necessidades,
interesse e condições, visando uma formação de seres humanos, democráticos e participativos.
Compreender a realidade da qual faz parte, situarse nela, contribuindo para sua transformação, através de seu desenvolvimento físico.
Desenvolver uma forma pessoal e natural de expressão corporal, valorizandoa e gerando alternativas humanizadoras para o mundo.
Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis.
Praticar atividades físicas e perceber a importância das mesmas na construção de seres humanos, sadios e participativos.
Criar e melhorar suas aptidões necessárias para a vida na sociedade.Criar novos movimentos com liberdade de expressão, oportunizando a
convivência em grupos, despertando o companheirismo.Oportunizar ao aluno uma visão critica do mundo e da sociedade na qual
está inserido.
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2 CONTEÚDOS
CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS;
Esportes; Coletivos e individuais.
Jogos e Brincadeiras; Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda. Jogos de tabuleiro. Jogos cooperativos.
Dança; Danças folclóricas. Dança de rua. Danças criativas.
Ginástica; Ginástica rítmica. Ginástica circense. Ginástica geral.
Lutas; Lutas de aproximação. Capoeira.
CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS;
Esportes; Coletivos e individuais e radicais.
Jogos e Brincadeiras; Jogos dramáticos. Jogos de tabuleiro. Jogos cooperativos.
Dança; Danças folclóricas. Dança de rua. Danças de salão.
Ginástica; Ginástica artística/olímpica. Ginástica geral. Condicionamento físico.
Lutas; Lutas de aproximação. Lutas à distância.
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Lutas com instrumento mediador. Capoeira.
Em cumprimento as leis10.639/03 e 11.645/08, que tratam respectivamente da História e Cultura AfroBrasileira e Africana e da História e Cultura Indígena, é necessário abordar questões envolvendo a história e cultura desses povos, como suas danças, suas lutas, culinária.
3 METODOLOGIA
Por meio dos conteúdos propostos, a Educação Fisica tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, ter autonomia sobre ele, e adquirir uma expressividade corporal consciente.
Ao tratar dos conteúdos propostos, as aulas de Educação Fisica tem como objeto de estudo é a cultura corporal e sua potencialidade formativa, que podem produzir um espaço pedagógico repleto de significados. Os conteúdos devem constituirse como referencia que vão se ampliando no pensamento dos alunos e aumentando o grau de complexidade a cada série, onde a pratica possa expressar as múltiplas relações étnicas, de gênero, vivencia, a sexualidade, limites e possibilidades corporais.
Uma das mais importantes ferramentas para o acompanhamento dessas ações é o registro escrito das atividades escolares, procurando ajudar o professor, cujas histórias são marcadas por recusas, exclusões, discriminações, segregação e competição acirrada, o professor deve ser o mediador em situações conflitantes que envolvam a corporalidade por meio do diálogo e da reflexão.
Nesse sentido algumas possibilidades de encaminhamentos metodológicos são:
a) Livros didáticos, textos de jornais esportivos, músicas, quadro de giz, jogos, tv multimídia, computador, bolas, raquetes, mesa de tênis, quadra poliesportiva, quadra de areia, corda, redes etc.
4 AVALIAÇÃO
Tratase de um processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o professor organizará o seu trabalho, sustentando nas diversas práticas corporais da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, cujo horizonte é conquista de maior consciência corporal e senso critico em suas relações interpessoais e sociais.
A avaliação está vinculada ao Projeto Politico Pedagógico da escola, deve ser diferenciada e continua, ou seja, deve contemplar as especificidades e habilidades previas dos alunos e ocorrer durante todo o processo de ensinoaprendizagem, tendo como referência os objetivos estabelecidos para a disciplina. A avaliação deve permitir ao educando reconhecer suas conquistas e dificuldades, ajudandoo a visualizar os desafios e os caminhos possíveis para a sua superação.
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Para o professor, a avaliação possibilita rever sua prática pedagógica e ajustála às necessidades do grupo, alterando procedimentos e readequando os instrumentos avaliatórios.
A avaliação não só permite verificar se os conteúdos estão sendo aprendidos, mas também perceber os avanços e as fragilidades do processo de ensinoaprendizagem, criando condições para que o aluno atinja os objetivos estabelecidos para a disciplina e para a prática educativa como um todo. Assim o professor deve fazer uso, em sua experiência pedagógica, de uma diversidade de instrumentos de avaliação que considerem as diferentes habilidades dos alunos..
Conforme prevê a LDB nº 9394/96, o professor deverá promover meios diferenciados para recuperação dos educandos com menor rendimento. Deverá então retomar os conteúdos, afim de oportunizar à aprendizagem antes de aplicar novos instrumentos de avaliação, isto deve ser realizado concomitantemente ao processo de ensino aprendizagem.
5 BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, J. O. História da Educação Física. Viçosa: Ed. da UFV/DEF, 1979.
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto PolíticoPedagógico. Ivaté, 2011.
_______. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
MELO, V. A. História da Educação Física e do Esporte no Brasil. 3 ed. 2006
PARANÁ. Diretrizes Estaduais Curriculares de Educação Física. Curitiba, 2008.
_______. Livro Didático Publico – Educação Física. Curitiba, 2006.
SANTOS, L.R.G. História da Educação Física.
TUBINO, M. J. G. O esporte no Brasil: do período colonial aos nossos dias. São Paulo – IBRASA, 1996, 144p.
DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
1 APRESENTAÇÃO
O Ensino Religioso, como área do conhecimento, é diferente de aula de religião, catequese, doutrinação. Essa disciplina não pressupõe a adesão, muito menos a propagação ou a preferência por determinada crença ou religião. Vale lembrar que seu objeto de estudo é especificamente a decodificação e análises das diferentes manifestações do Sagrado, possibilitando ao estudante o conhecimento e a compreensão do fenômeno religioso como fato cultural e social, bem como uma visão global de mundo e de pessoa, promovendo assim, o respeito e a tolerância às diferentes formas de expressão da religião no meio em que se vive. Portanto, o objeto de estudo do Ensino Religioso é o fenômeno religioso que compreende o
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conjunto das diferentes manifestações do Sagrado no âmbito individual e coletivo. O Ensino Religioso ocupase com a educação integral do ser humano,
com seus valores e suas aspirações mais profundas. Sendo assim, após a nova redação do artigo 33 da LDBEN 9394/96, cumpre destacar que, o Ensino Religioso é parte integrante da formação básica do cidadão, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, sendo proibido toda forma de proselitismo.
Por conseguinte, a disciplina de Ensino Religioso tem muito a acrescentar, pois permitirá que os educandos possam refletir e entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com as diferentes manifestações do Sagrado. Também contribui para compreensão da importância das religiões na vida das pessoas, pois não trata apenas do fenômeno religioso, mas da própria humanidade no seu desenvolvimento histórico, fundamental nas organizações econômicas, sociais, políticas e culturais, portanto um conteúdo muito amplo, abrangendo variedades de assuntos relevantes para a formação básica do cidadão e cidadã.
Na aula de Ensino Religioso nossas crianças e adolescentes crescem na totalidade, respeitando o pluralismo religioso, tendo o pensamento e o espírito voltados para o universal e tem também em vista a educação para a paz, o diálogo, cidadania, consciência ecológica e outros temas relacionados à vida cidadã.
Pretendese com a disciplina de Ensino Religioso que o aluno tornese uma pessoa esclarecida quanto à diversidade religiosa presente no Brasil e no mundo e desta forma, aprenda tolerar e a respeitar os outros nas suas diferenças e a conviver respeitosamente com pessoas de diferentes religiões e culturas
Os objetivos do Ensino Religioso no ensino fundamental que os alunos desenvolvam as capacidades de:
Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas recebidas no contexto do educando;
Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas e manifestações socioculturais;
Facilitar a compreensão do significado das afirmações e verdades de fé das tradições religiosas;
Refletir o sentido da atitude moral, como consequência do fenômeno religioso e expressão da consciência e da resposta pessoal e comunitária do ser humano;
Possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença na construção de estruturas religiosas que têm na liberdade o seu valor inalienável.
2 CONTEÚDOS
Conteúdos estruturantesConteúdos estruturantes: Paisagem Religiosa, Universo Simbólico
Religioso, Texto Sagrado.
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Conteúdos específicos
6° Ano
Organizações religiosasLugares SagradosTextos Sagrados, orais e escritosSímbolos Religiosos
7° Ano
Temporalidade SagradaFestas ReligiosasRitosVida e Morte
3 METODOLOGIA
Quanto à metodologia do Ensino da Religião tem como objetivo discutir as diversas fases históricas da educação religiosa no Brasil, caracterizar os sujeitos do espaço escolar, identificar os diversos métodos e técnicas que contribuem no melhoramento da prática docente e no reconhecimento de planejamentos para os vários níveis de ensino. O ensino religioso nas escolas sempre tem sido alvo de controvérsias.
Uma das formas de romper com a vinculação entre a disciplina do Ensino Religioso e as aulas de religião é superar práticas que tradicionalmente tem marcado o seu currículo, seja em relação aos funcionamentos teóricos, ao objetivo de estudos, aos conteúdos selecionados, ou ainda em relação ao encaminhamento metodológico adotado pelo professor.
O Ensino Religioso no sentido de contribuir para a formação da cidadania, como toda disciplina escolar, tem uma prática docente metodológica própria. Numa visão pedagógica e holística, o educando do 6° e 7° Ano do Ensino Fundamental conhecerá os elementos básicos que compõem o fenômeno religioso, para que possa entender melhor a sua busca pelo Sagrado.
No Ensino Religioso não se pode afirmar haver receitas prontas, fórmulas, métodos prontos e definitivos, pois estaríamos desconsiderando diversas variáveis que, num movimento cíclico entre sociedadeescola, se constituem. Logo, as práticas pedagógicas desenvolvidas em Ensino Religioso em sala de aula, serão no sentido de fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos, com articulação de conteúdo, diálogo, sensibilidade à pluralidade, mediar conflitos e também atenção especial aos alunos com necessidades especiais, na inclusão social.
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4 AVALIAÇÃO
Conforme a DCE de Ensino Religioso, no que se refere ao processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário estabelecer os instrumentos e definir os critérios que explicitem quanto o aluno se apropriou do conteúdo específico da disciplina e foi capaz de relacionálo com as outras disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática pedagógica, fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui para a transformação social.
Embora ainda não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na reprovação ou aprovação dos alunos, será efetuado ao registro formal do processo avaliativo, devese levar em conta as especificidades de oferta e frequência dos alunos nesta disciplina que todo professor ao ministrála deve estar ciente, pois tal disciplina está em processo de implementação nas escolas e, por isso, a avaliação pode contribuir para sua legitimação como componente curricular.
Enfim, por meio de uma avaliação o professor poderá diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo, como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da realidade social, ou seja, se o aluno ampliou o seu conhecimento em torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade, pluralidade, amplitude e profundidade.
5 REFERÊNCIAS
CISALPINO, Murilo. Religiões. Editora Scipione.
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto PolíticoPedagógico.
Ivaté, 2011.
______. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
FIGUEREDO, P. Anísia. Ensino Religioso: perspectiva pedagógica Biblioteca
do Professor.
PARANÁ. Caderno Pedagógico de Ensino Religioso – O Sagrado no Ensino
Religioso. Curitiba, 2006.
______ SEED Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ensino Religioso.
Curitiba, 2008.
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DISCIPLINA DE FILOSOFIA
“São Filósofos verdadeiros aqueles que gostam de contemplar a verdade” (Platão).
1 – APRESENTAÇÃO
O estudo dessa disciplina visa ampliar a compreensão da realidade, tornando o individuo critico perante a mesma, no sentido de aprendêla em sua inteireza. Em outras palavras podese dizer que a verdade filosófica esta na ação dinâmica, e ao mesmo tempo dessa, ousar reaprender e a ver o mundo com todas as particularidades nele existentes, munido de conceitos e juízos formados sobre os assuntos pertinentes a serem discutidos sobre o mesmo.
Entender a importância do estudo da disciplina da filosofia para a vivencia do ser humano na sua particularidade de individuo e cidadão. Por conseguinte, é responsabilidade da filosofia ampliar horizontes aos discentes sobre problemas e conceitos criados no decorrer de toda a sua historia, os quais, devidamente aplicados, gerarão discussões e criticidade promissoras como ação e futuras transformações no meio social. Simplificando seria oferecer aos discentes a possibilidade de aprender a complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas interpretações e dimensões.
Em uma época mundializada é poscomtemporânea como a atual com toda a polêmica estrutural mundial, essa disciplina, visa dar suporte sobre os comportamentos da sociedade e valores, tais como: éticos, políticos, estéticos, epistemológicos, econômicos, religiosos, científicos e transcendentais, procurando espaços ou lacunas a ocupar e, com essa ocupação, revelar aos discentes, conceitos e juízos para contribuir para a formação humana e intelectual dos mesmos. Vale lembrar que a criticidade e a racionalização dos conceitos é a porte da entrada para tal entendimento e concretude desse conhecimento em cada indivíduo.
Indubitavelmente, uma especificação da filosofia como condição primeira, é analisar toda a estrutura do saber filosófico analítico e assimilalo com a pratica social, ou seja, da teoria internalizada o discente devese sentir responsável em ser membro responsável de mudanças pertinente a economia, política, comportamentos sociais ou culturais, ética ou moral e valores estéticos. Fazse necessário esclarecer que essa mudança deve ter fundamento social, beneficiando pessoas de um município, Estado ou até mesmo a uma nação, desde que tenha essa concepção de mudança concretude e pilares embasados dentro dos direitos humanos, códigos de ética e direito civil.
Podese afirmar filosofia é a arte de formar, inventar e de fabricar conceitos. Segundo DELEUZE G. e GUATTARI F.:
O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em potência. Quer dizer que a filosofia não é uma simples arte de formar, de inventar ou de fabricar conceitos, pois os conceitos não são necessariamente formas, achados ou produtos.
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A filosofia, mais rigorosamente é a disciplina que consiste em criar conceitos. (1992, p. 1013).
Percebese que atualmente a sociedade exige cidadãos com formação cultural sólida, com capacidade de dominar conceitos e desenvolver um pensamento abstrato e crítico. A chamada sociedade do conhecimento exige um novo perfil de profissionais, flexíveis e polivalentes. Há necessidade de pessoas que privilegiem o desenvolvimento do raciocínio lógico, que tenham a capacidade de iniciativa de aprendizagem constante. Nesse aspecto, a filosofia quer contribuir como instrumento de apropriação de conhecimento e formação de sujeitos pensantes e atuantes na sociedade.
Destarte, é necessário ter clareza de que a Filosofia pode oferecer os instrumentos para a instrução de uma visão de mundo, de homem e de sociedade mais critica, superando o senso comum, fundamentalmente se ocupando com as questões referentes à existência humana no seu espaço, respeitandose as diferentes etnias, diversidades religiosas, pluralidade cultural, sexual, dentre vários outros fatores indispensáveis à vivência humana.
1. Justificativa A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A
filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos além de sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana. Dizse que a Filosofia incomoda certos indivíduos e instituições porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Isto é, questiona a prática política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística.
Desse modo, compreender a importância do ensino da Filosofia no Ensino Médio é entendêIa como um conhecimento que contribui para a formação do aluno. Cabe a ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais para os homens, em cada época.
A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação do Colégio ao instituir a disciplina de Filosofia no Ensino Médio; a busca pelo ensino da reflexão filosófica, instrumentalizando os alunos para estarem aptos a compreender e atuar em sua realidade.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVOS GERAIS: • Contribuir para a compreensão dos elementos que interferem no
processo social através da busca do esclarecimento dos universos que tecem a existência humana: trabalho, relações sociais e cultura simbólica
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• Formar o hábito da reflexão sobre a própria experiência possibilitando a formação de juízos de valor que subsidiem a conduta do sujeito dentro da escola e fora dela.
• Estimular a atitude de respeito mútuo e o senso de liberdade e responsabilidade na sociedade em que vive considerando a escola como parte da vida do aluno.
• Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico: apreensão de conceitos, argumentação e problematização.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Oportunizar momentos que facilitem. o pensar e o pensar sobre o pensar;
• Trabalhar com textos que incluam termos e conceitos cotidianos que facilitem a interação no contexto social;
• Debater questões contemporâneas que facilitem a compreensão da realidade a partir dos problemas filosóficos destacados;
• Realizar atividades que levem o aluno a perceber a multiplicidade de pontos de vista e articulações possíveis entre os mesmos;
• Ler textos filosóficos de modo significativo; • Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros; • Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo, de forma a
reconstruir os conceitos aprendidos; • Debater, tomando uma posição, defendendoa argumentativamente e
mudando de posição em face de argumentos mais consistentes. • Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos
discursivos das diversas áreas do conhecimento, e em outras produções culturais através da produção de conceitos.
• Articular teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas científicos, tecnológicos éticos e políticos, sócioculturais com as vivências pessoais.
• Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica quanto em outros planos: o pessoal, o entorno sóciopolítico, histórico e cultural; a sociedade científicotecnológica.
3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Os conteúdos apresentados nesse planejamento segue as orientações da DCE de Filosofia, o qual organizouse também o livro didático público de Filosofia, a partir de conteúdos denominados conteúdos estruturantes, ou seja, conteúdos que se constituíram historicamente e são basilares para o ensino de filosofia. MITO E FILOSOFIA, TEORIA DO CONHECIMENTO, ÉTICA, FILOSOFIA POLÍTICA, ESTÉTICA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA. A partir dos conteúdos estruturantes, adaptouse os conteúdos específicos e complementares que irão ser trabalhados com os alunos no decorrer do ano letivo.
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1º ANOI – MITO E FILOSOFIA O que é mito; Passagem do mito à Filosofia/Razão; Filosofia, Mito e senso comum Nascimento da Filosofia ou surgimento da Filosofia; Ironia e Maiêutica; O que é Filosofia; Mitos contemporâneos; Mitologia grega/deuses da Mitologia; O mito da Filosofia, continuidade e ruptura; As funções do Mito; A contradição do Mito A Filosofia na História. Contra ideologia. Mito e Filosofia. Trajetória da Filosofia; Campos e reflexões filosófica; Cultura Afrobrasileira: características gerais e principais influências; Cultura Indígena: características gerais e primeiro contato com os
brancos portugueses.
II – TEORIA DO CONHECIMENTO➢ O problema do conhecimento➢ Filosofia e método➢ Perspectiva do conhecimento➢ A Filosofia e o conhecimento em si➢ Trabalho e realização➢ Trabalho alienado➢ O mundo do trabalho e as formas de alienação➢ Conseqüências de alienação na vida social e individual➢ Trabalho realizador e ócio na sociedade contemporânea➢ Os diversos tipos de conhecimentos nos diversos períodos da Filosofia
(Antiga, Patrística, Medieval, moderna, contemporânea)
2º ANOIII ÉTICA Concepções éticas; Liberdade; Liberdade em Sartre Autonomia e Liberdade Objeto da Ética; Ética e moral;
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O que é valor Valor da influência da Cultura Afro no Brasil; A cultura Afro brasileira e africana / Cotas; Cultura e Costumes Indígenas na sociedade brasileira. Valores universais Determinismo; virtude em Aristóteles e Sêneca Amizade Poder e força / Estado e Poder As relações étnicas: autonomia, heteronomia e anomia; Constituinte do campo ético. A moral na História; A tolerância como virtude; juízo de fato e de valor; Movimento Feminista – Lei Maria da Penha O caso brasileiro Moral e Ética
IV – FILOSOFIA POLÍTICA➢ Invenção da Política;➢ Essência da Política;➢ Política e Poder;➢ Política e Violência;➢ Jusnaturalismo / contratualismo e Materialismo;➢ Liberalismo /Neoliberalismo;➢ Estruturas de governo;➢ Os Partidos Políticos;➢ O caso brasileiro;➢ Fundamentalismo religioso e a Política contemporânea;
3º ANOV – FILOSOFIA DA CIÊNCIA Concepções de ciência; Progresso da ciência; Bioética; Senso comum e ciência; Atitude científica. Cientificismo; Caráter provisório da ciência.VI – ESTÉTICA Pensar a Beleza; A beleza da cultura afro e indígena; A Universidade do gosto; Necessidade ou fim da arte;
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Cinema e uma nova percepção; A arte como forma de conhecer o mundo; Arte e sociedade; Estética e desenvolvimento da sensibilidade e da imaginação Concepções de Estética; Arte e Filosofia;a) valores universais Arte Afrobrasileira: músicas, artes artesanais, crenças e costumes; Arte Indígena: crenças, costumes e objetos artesanais.
4 METODOLOGIA
Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Filosofia, as aulas serão no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar, decidir, planejar e expor ideias, bem como ouvir e respeitar as de outrem configurando um sujeito crítico e criativo. Igualmente, as atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema a ser tratado exigir: a sensibilização propriamente dita (através de um problema, questionamentos dos próprios alunos, uso de textos e/ou filmes, etc.), aulas expositivas (com abertura ao debate), estudo e reflexão de textos de caráter filosófico ou que possam dar margem à reflexão de cunho filosófico. Redação buscando o aluno a criar textos críticos sobre os conteúdos específicos e complementares da disciplina em questão, apresentação de trabalhos, em que os alunos demonstrarão ou não a apreensão dos temas e problemas investigados através da criação de conceitos. Dessa forma, cremos estar caminhando em direção ao desenvolvimento de valores importantes para a formação do estudante do ensino médio: solidariedade, responsabilidade e compromisso pessoal.
5 AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá no sentido de contribuir tanto para o professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o desenvolvimento do aluno; permitindolhe perceber seu próprio crescimento e sua contribuição para a coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico e som ativo (em caráter de zero a dez), conforme o desempenho individual e/ou coletivo. Serão adotados como instrumentos, além da autoavaliação:
• Textos produzidos pelos alunos; • Participação em sala de aula; • Atividades e exercícios realizados em classe ou extraclasses; • Avaliações escritas com pesquisa e sem pesquisa;• Apresentação dos temas (oral ou escrita) em estudo; • Registro das aulas, conforme a necessidade;
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7 REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à filosofia. 2a ed. São Paulo: Moderna, 1993.
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4a ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6a ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
CHÂTELET, F. História da Filosofia, idéias e doutrinas o século XX. Rio de Janeiro: Zahar, s/d, 8 vol.
CHAUí, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
COLÉGIO ESTADUAL RAQUEL DE QUEIRÓZ. Projeto Político Pedagógico. Ivaté, 2011.
_______. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
CORO I, Cassiano et alI. Para Filosofar. São Paulo: Scipione, 2000.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São Paulo:Saraiva, 2005.
PARANÁ. Diretriz Curricular de Filosofia. Curitiba: junho, 2006.
______. Livro Didático Público de Filosofia. DEM. Curitiba, 2006.
FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, JeanJacques. Metodologia Filosófica. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
NOVA CULTURAL. Coleção Os Pensadores. São Paulo, 1999.
DISCIPLINA DE FÍSICA
1 APRESENTAÇÃO
A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda a sua complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida, segundo Menezes (2005), como realidade material sensível. Ressaltase que os conhecimentos da Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender essa natureza.
Desde tempos remotos, provavelmente no período Paleolítico, a humanidade observa a natureza, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência. Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações, com o interesse dos gregos em explicar as variações
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cíclicas observadas nos céus. Esses registros deram origem à astronomia, talvez a mais antiga das ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos.
A Historia da Física demonstra que até o período do Renascimento a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu e à Física de Aristóteles (384 – 322 a.C), que foi muito divulgada na Idade Média a partir de traduções dos árabes, especialmente Avicena.
Tal como a conhecemos hoje, a Física foi inaugurada por Galileu Galilei (1562 – 1643), no século XVI, como uma nova forma de se conceber o Universo, pela descrição matemática dos fenômenos físicos. Galileu buscava descrever um fenômeno partindo de uma situação particular. Inauguravamse então as bases da ciência moderna, que, a partir de uma situação particular chega ao geral, tornando possível construir leis universais.
A Física tem como objetivo construir um ensino centrado em conteúdos e metodologias que favoreçam reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura racionalidade cientifica. É preciso ensinar Física útil para o aluno para que o mesmo possa perceber o significado no momento em que aprende a relacionar com o seu cotidiano, tornandose um instrumento necessário para a compreensão deste mundo, como conhecimento indispensável a formação da cidadania,contribuindo para desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história e compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca. Mas também, que percebam a não neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam esses aspectos.
Os conteúdos estruturantes: MOVIMENTO, TERMODINÂMICA, ELETROMAGNETISMO que serão desmembrados em conteúdos básicos, serão organizados de forma a garantir os objetos de estudos da disciplina em toda a sua complexidade: o Universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele em conta apenas uma equação matemática, mas que considere o pressuposto teórico que afirma que o conhecimento científico é uma construção humana com significado histórico e social.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : Movimento
Conteúdos Básicos:
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➢Momentum e inércia;➢A conservação de quantidade de movimento ( momentum);➢Variação da quantidade de movimento = impulso;➢2ª Lei de Newton;➢3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;➢Energia e o Princípio da Conservação da energia;➢Gravitação.
2 CONTEÚDOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Termodinâmica
Conteúdos Básicos:
➢ Leis da Termodinâmica:➢ Lei zero da Termodinâmica➢ 1ª Lei do Termodinâmica;➢ 2ª Lei do Termodinâmica.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Eletromagnetismo
Conteúdos Básicos:
Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas Força eletromagnética; Equações de Maxwell( Lei de Gauss para eletrostática), Lei de
Coulomb , Lei de Ampére, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday); A natureza da luz e suas propriedades. Referente a Lei 10.639/03 referente a História e a cultura Afrobrasileira
e Africana e a Lei 11.645/08 referente à Historia e a cultura Afrobrasileira e Indígena, ( trabalharemos sobre as Leis de Newton, Dinâmica dos Movimentos Retilíneo Lançamento de arco e Flecha).
3 METODOLOGIA
O trabalho pedagógico será desenvolvido de várias formas conforme as particularidades de cada atividade, utilizando os recursos disponíveis no momento de sua execução tendo em vista o aluno como elemento central da atividade.
Assim, as atividades poderão contar com um ou mais dos recursos a seguir:
Aulas expositivas; Discussões em grupo; Demonstrações e atividades práticas em salas de aula;
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Pesquisa e discussão de textos, vídeos e outros materiais utilizando várias mídias inclusive, computadores e internet;
Para enriquecimento de ensino a Física deverá ser trabalhada em conjunto, ou seja, fazer acontecer entre professor/aluno e aluno/aluno a troca de experiência como aula expositiva, estudos de textos complementares relacionados aos conteúdos trabalhados, vídeos que mostrem a evolução tanto científica como tecnológica do mundo que nos rodeia, práticas laboratoriais e pesquisas diversas e não deixando de lado a leitura científica, o uso do DVD, internet, Tv pen drive e demais recursos tecnológicos para que o estudante mergulhe cada dia mais neste vasto universo de conhecimento.
4 AVALIAÇÃO
Considerar a apropriação dos objetivos de estudos da Física; Considerar o progresso dos alunos quanto aos aspectos históricos,
conceituais e culturais; Buscar uma avaliação do processo de aprendizagem como um todo,
não só para verificar a apropriação do conteúdo, mas encontrar subsídios para o professor intervir;
Os alunos deverão ser avaliados continuamente;➢ Fazse necessário uma avaliação diagnóstica e cumulativa, utilizando
os seguintes instrumentos: observação direta quanto a resolução e participação das atividades em
sala de aula, bem como das mudanças de atitude após aquisição de novos conhecimentos;
formulação, resolução e apresentação de situação problema;
apresentação de relatório de pesquisa e experimentos;
apresentação de proposta de solução das problematizarão estudadas;
aplicação de teste.
– recuperação de estudos.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
O aluno será recuperado de forma processual e continuada, através de retomada de conteúdos, atividades, trabalhos e aferições avaliativas, visando uma melhor aprendizagem e oportunizando a todos os alunos.
5 REFERÊNCIAS
BONJORNO – Física do 2ºgrau – BONJORNO, Regina de Azevedo,
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BONJORNO, José Roberto, BONJORNO, Valter RAMOS Clinton Marcio – São Paulo, FTD.
CARRON, Wilson. GUIMARÃES, Osvaldo. FÍSICA, volume único Ed. Moderna;
Biblioteca do Professor
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ . Projeto Político Pedagógico. Ivaté, 2011.
________. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
GONÇALVES FILHO, Aurelio; TOSCANO, Carlos. Física para o Ensino Médio. São Paulo: Editora Scipione, 2007.
Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. 2 ed. 3 vol. São Paulo: EDUSP Editora da Universidade de São Paulo, 2001;
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. Curitiba, 2009.
________.Livro Didático Público– Secretaria de Estado de Educação, 2006.
MAXIMO. A: ALVARENGA. B. Física: Volume único. São Paulo: Scipione. 1987.
PENTEADO, Paulo César M.; TORRES, Carlos Magno A., Física Ciência e Tecnologia. São Paulo: Editora Moderna, 2005.
www.diaadiaeducaçao.pr.gov.br
www.sbfisica.org.br/rbef
www.ufsem.br/cienciaeambiente
www.scielo.br
www.saladefisica.com.br
www.fsc.ufsc.br/ccef/
www.ifi.unicamp.br/~ghtc/
DISCIPLINA DE GEOGRAFIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1 APRESENTAÇÃO
Desde as primeiras civilizações os grupos humanos utilizam o espaço e a natureza como forma de garantir sobrevivência. Foi observando e conhecendo os fenômenos naturais que os primeiros povos conseguiram modificar o espaço vivido.
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Os saberes geográficos, nesse período histórico, passaram a ser evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar questões referentes ao espaço e à sociedade, de acordo com suas necessidades nos diversos momentos históricos.
A Geografia tem assumido um papel muito importante em época em que as informações são transmitidas pelos meios de comunicação com muita rapidez e em grande volume.
É no espaço geográfico – conceito fundamental da ciência geográfica que se realizam as manifestações da natureza e as atividades humanas. Por isso, compreender as organizações e as transformações sofridas por esse espaço é essencial para a formação do cidadão consciente e crítico dos problemas do mundo em que vive. Por consequência pensamos no aluno como agente atuante e modificador do espaço geográfico, dentro de uma proposta educacional que requer responsabilidade de todos, visando conseguir um mundo mais ético e menos desigual.
A análise acerca do ensino de Geografia começa pela epistemologia do seu objeto de estudo. Muitas foram às denominações propostas para o que hoje é entendido como o espaço geográfico e sua composição conceitual básica – lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade, entre outros.
A expressão espaço geográfico e sua composição conceitual, entretanto, não se autoexplicam. Ao contrário, exigem esclarecimentos, pois, a depender da visão a que se vinculam, assumem posições filosóficas e políticas distintas.
A Geografia capacitará o cidadão a fazer uma analise crítica das relações sócioespaciais nas diversas escalas geográficas seja local ou global.
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como aquele produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos – naturais, culturais e técnicos – e ações pertinentes a relações socioculturais e políticoeconômicas. Objetos e ações estão interrelacionados.
O ensino da Geografia fornecerá ao educando embasamentos para consolidar a área do conhecimento que propicie ao aluno a capacidade de ler e interpretar criticamente o espaço Terra, considerando as diversidades, as desigualdades e as complexidades do mundo.
Considerando a abrangência e riqueza que compreende o estudo da Geografia é de suma importância que o aluno tenha também adquirido domínio da linguagem cartográfica que é a forma de elucidar e localizar fatos e fenômenos geográficos.
2 CONTEÚDOS
CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Dimensão econômica do espaço geográfico• Dimensão política do espaço geográfico
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• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico• Dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS DO 6º ANO
• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção.• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos
naturais.• A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização
do espaço geográfico.• As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.• A transformação demográfica, distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população.• A mobilidade populacional e as manifestações ciberespaciais da
diversidade culturais.• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
CONTEÚDOS BÁSICOS DO 7º ANO
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
• As diversas regionalizações do espaço brasileiro.• As manifestações socioespacial da diversidade culturais.• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população.• Movimentos migratórios e suas motivações.• O espaço rural e a modernização da agricultura.• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização.• A distribuição espacial das atividades produtivas, (re)organização
do espaço geográfico.• A circulação de mãodeobra, das mercadorias e das informações.
CONTEÚDOS BÁSICOS DO 8º ANO
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios do continente americano.
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• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
• O comércio em suas implicações socioespaciais.• A circulação da mãodeobra, do capital, das mercadorias e das
informações.• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização
do espaço geográfico.• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.• O espaço rural e a modernização da agricultura.• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população.• Os movimentos migratórios e suas motivações.• As manifestações socioespaciais da diversidade culturais.• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos
naturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS DO 9º ANO
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do
Estado.• A revolução técnicocientíficoinformacional e os novos arranjos no
espaço da produção.• O comércio mundial e as implicações sociespaciais.• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios.• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população.• As manifestações socioespaciais da diversidade culturais.• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da
paisagem e a (re)organização do espaço geográfico.• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e produção.• O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual
configuração territorial.
CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO
• A formação e transformação das paisagens.• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e produção.
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• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.
• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
• A revolução tecnicocientíficainformacional e os novos arranjos no espaço de produção.
• O espaço rural e a modernização da agricultura.• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.• A circulação de mãodeobra do capital das mercadorias e das
informações.• Formação, mobilidade das fronteiras e reconfiguração dos
territorios.• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização recente.• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da população.• Os movimentos migratórios e suas motivações.• As manifestações socioespaciais da diversidade culturais.• O comércio e as implicações socioespaciais.• As diversas regionalizações do espaço geográfico.• As implicações socioespaciais do processo de mundialização.• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do
Estado.
3 METODOLOGIA
A metodologia deve permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendem o processo de produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma critica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos.
O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do conhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato docente, mediante um planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a avaliação (CAVALCANTI, 1998). No ensino de Geografia, tal abordagem deve considerar o conhecimento espacial prévio dos alunos para relacionálo ao conhecimento cientifico de superar o senso comum.
Ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será trabalhado, recomendase que o professor crie uma situação problema, instigante e provocativa. Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para conhecimento. Por isso, deve se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão e a
96
critica, de modo que se torne sujeito do seu processo de aprendizagem (VASCONCELOS, 1993).
Sempre que possível o professor deverá estabelecer relações interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder a especialidade da Geografia. Nas relações interdisciplinares, as ferramentas teóricas próprias de cada disciplina escolar devem fundamentar a abordagem do conteúdo em estudo, de modo que o aluno perceba que o conhecimento sobre esse assunto ultrapassa os campos de estudo das diversas disciplinas, mas que cada uma delas tem um foco de análise próprio.
O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem critica aconteçam. Todo esse procedimento tem por finalidade que o ensino de Geografia contribua para a formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e crítica
4 AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno e nortear o trabalho do professor.
A avaliação é continua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Deve dar relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação formal somativa também é valida, mas também tem que optar pela avaliação formativa. Deve ser registradas de maneira organizada e criteriosa, pois servem para diferentes finalidades. Por isso além da avaliação por provas, o educador deve usar como instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, são elas:
Leitura e interpretação de textos; Produção de textos; Leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, mapas; Pesquisas Bibliográficas; Relatórios de aula de campo; Apresentação de seminários; Construção e analise de maquetes;
Dramatização e outros.
5 REFERÊNCIAS
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ – Projeto PolíticoPedagógico. Ivaté, 2010.
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________.Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia Ensino Fundamental. Curitiba, 2008.
________. Secretaria de Estado da Educação. “Livro Didático Público de Geografia“ Ensino Médio – 2ª edição. Curitiba, 2007.
OLIVEIRA, U. A., A Geografia das lutas no campo. São Paulo: Contexto, 2006.
RULA, J; W, F. A; TANNURI M. R. P; NETO H. P. Para ensinar Geografia. São Paulo: Cortez, 2009.
SANTOS, M. A natureza do Espaço. São Paulo: USP, 2006.
VISENTINI, J. W. Para geografia e modernidade – 5ª edição. : Bertrand Brasil – 2005.
DISCIPLINA DE HISTÓRIA
1 APRESENTAÇÃO
A disciplina de História na Educação Básica buscase despertar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico.
As Diretrizes Curriculares do ensino de História na Educação Básica buscase despertar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico. Os principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento. Entender o passado também é importante para a compreensão do presente.
O ensino de História pode ser analisado sob duas perspectivas: uma que o compreende a serviço dos interesses do Estado ou do poder institucional; e outra que privilegia as contradições entre a História apresentada nos currículos e nos livros didáticos e a história ensinada na cultura escolar. Nestas Diretrizes, propõese analisar o ensino de História, principalmente no período da década de 1970 até os dias atuais, a partir das tensões identificadas entre as propostas curriculares e a produção historiográfica inserida nas práticas escolares. Para tanto, serão destacadas as permanências, mudanças e rupturas ocorridas no ensino de História e suas contradições frente à ciência de referência.
A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do Colégio Pedro II, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como disciplina acadêmica. Alguns professores do Colégio Pedro II faziam parte do IHGB e construíram os programas escolares, os manuais didáticos e as orientações dos conteúdos que seriam ensinados.
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Essas produções foram elaboradas sob influência da História metódica e do positivismo, caracterizadas, em linhas gerais, por uma racionalidade histórica orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais como fonte e verdade histórica e, por fim, pela perspectiva da valorização política dos heróis.
A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista como extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade expressa na síntese das raças branca, indígena e negra, com o predomínio da ideologia do branqueamento. Nesse modelo conservador de sociedade, o currículo oficial de História tinha como objetivo legitimar os valores aristocráticos, no qual o processo histórico conduzido por líderes excluía a possibilidade das pessoas comuns serem entendidas como sujeitos históricos.
Este modelo de ensino de História foi mantido no início da República (1889), e o Colégio Pedro II continuava a ter o papel de referência para a organização Sobre as características da história metódica e o positivismo.
O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deuse apenas no período autoritário do governo de Getúlio Vargas, vinculado ao projeto político nacionalista do Estado Novo (19371945), e se ocupava em reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares.
Desde o início da década de 1930, porém, debates teóricos sobre a inclusão da disciplina de Estudos Sociais na escola foram incentivados pelo recémcriado Ministério da Educação e Cultura. As experiências norteamericanas na organização dessa disciplina passaram a fazer parte dos debates educacionais trazidos pela Escola Nova2. Para dar viabilidade à inserção dessa disciplina nos currículos escolares, Anísio Spínola Teixeira (19001971), responsável pela Diretoria de Instrução Pública do Distrito Federal e intelectual da Escola Nova, publicou uma proposta de Estudos Sociais para a escola elementar em 1934, denominada Programa de Ciências Sociais. Contudo, essa proposta não chegou a ser instituída no Brasil dos anos 1930 e 1940.
Na década de 1950, em continuidade a essa proposta, foi instituído o Programa de Assistência BrasileiroAmericano ao Ensino Elementar (PABAEE), resultado do convênio entre os governos Federal de Minas Gerais e estadunidenses, para instituir o ensino de Estudos Sociais. A proposta se efetivava com investimentos na formação dos professores da Escola Normal Primária, na produção de materiais didáticos e na publicação dos trabalhos desenvolvidos nas escolas primárias de Minas Gerais. Essas experiências serviram como referência para a posterior instituição dos Estudos Sociais no Ensino de Primeiro Grau, por força da Lei n. 5.692, de 1971.
Ainda no regime militar, a partir da Lei n. 5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e o Segundo Grau profissionalizante. O ensino centrouse numa formação tecnicista, voltada à preparação de mãodeobra para o mercado de trabalho. Em decorrência dessa ênfase no currículo, as disciplinas da área de ciências humanas passaram a ser tratadas de modo pragmático, na medida em que assumiam o papel de legitimar, por meio da escola, o modelo de nação vigente junto
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às novas gerações. No entanto, na configuração curricular definida pelo regime militar, as disciplinas da área de ciências humanas perderam espaço nos currículos.
No Primeiro Grau, as disciplinas de História e Geografia foram condensadas como área de Estudos Sociais, dividindo ainda a carga horária para o ensino de Educação Moral e Cívica (EMC). No Segundo Grau, a carga horária de História foi reduzida e a disciplina de Organização Social e Política Brasileira (OSPB) passou a compor o currículo. O esvaziamento da disciplina de História deuse também devido à proliferação de cursos de licenciatura curta em Estudos Sociais, que abreviavam e tornavam polivalente a formação inicial, seguida da simplificação de conteúdos científicos.
Com a adoção dessas medidas, o Estado objetivava exercer maior controle ideológico sobre o corpo docente, porque retirava o instrumental intelectual politizador e centrava a formação numa prática pedagógica pautada na transmissão de conteúdos selecionados e sedimentada pelos livros e manuais didáticos.
O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos e privilegiava noções e conceitos básicos para adaptálos à realidade. A História continuava tratada de modo linear, cronológico e harmônico, conduzida pelos heróis em busca de um ideal de progresso de nação.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES (ENSINO FUNDAMENTAL)
Entendese por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.
Os Conteúdos Estruturantes da História constituemse como a própria materialidade do pensamento histórico. Deles derivam os conteúdos básicos/temas históricos e específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino/aprendizagem no cotidiano da escola, e devem ser trabalhados de forma articulada entre si.
Nestas Diretrizes, consideramse Conteúdos Estruturantes da disciplina de História:
➢ Relações de trabalho;➢ Relações de poder;➢ Relações culturais. Os conteúdos básicos de História deverão ser abordados nesta forma:
CONTEÚDOS BÁSICOS (ENSINO FUNDAMENTAL)
ENSINO FUNDAMENTAL: 6º ANO os diferentes sujeitos suas culturas suas histórias
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➢ A experiência humana no tempo. ➢ Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.➢ As culturas locais e a cultura comum.
ENSINO FUNDAMENTAL: 7ªANO A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços
➢ As relações de propriedade.➢ A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. As relações entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
ENSINO FUNDAMENTAL: 8ªANO O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência
História das relações da humanidade com o trabalho. ➢ O trabalho e a vida em sociedade.➢ O trabalho e as contradições da modernidade. ➢ Os trabalhadores e as conquistas de direito.
ENSINO FUNDAMENTAL: 9ª ANO Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das Instituições Sociais
➢A constituição das instituições sociais.➢A formação do Estado.➢Sujeitos, Guerras e revoluções.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES (ENSINO MÉDIO)
➢ Relações de trabalho➢ Relações de poder➢ Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS (ENSINO MÉDIO)
1ª ANO Tema 1: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.Tema 2: Urbanização e industrialização
2ª ANO Tema 3: O Estado e as relações de poderTema 4: Os sujeitos, as revoltas e as guerras
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3ª ANO Tema 5: Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e
revoluçõesTema 6: Cultura e religiosidade
Ainda com relação à abordagem de conteúdos, será garantido o previsto na Lei n. 10.639/03 que torna obrigatória a presença de conteúdos relacionados à história e cultura afrobrasileira e africana, a história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei n. 11.645/08, bem como as temáticas relacionadas aos desafios educacionais contemporâneos que são: educação do campo, educação ambiental, uso indevido de drogas e enfrentamento à violência escolar... Porém tais temas não serão desenvolvidos como conteúdos básicos da disciplina de História ou como projetos específicos, mas sim envolvidos quando houver possibilidades de relacionálos ao conteúdo de sala de aula. Contemplar também a lei de nº 13.381/01 Art. 1º que torna obrigatório um novo tratamento, na Rede Pública Estadual de Ensino, dos conteúdos da disciplina História do Paraná, no Ensino Fundamental e Médio, objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, potencial e valorização do nosso Estado. No § 1º diz que a História do Paraná deverá permanecer, como parte diversificada, no currículo, em mais de um ano ou distribuídos os seus conteúdos em outras matérias, baseada em bibliografia especializada.
3 METODOLOGIA
No Ensino Fundamental, os Conteúdos Estruturantes – Relações de Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais – tomados em conjunto, articulam os conteúdos básicos e específicos a partir das histórias locais e do Brasil e suas relações com a História Geral, e permitem acesso ao conhecimento de ações humanas no tempo. Por meio do processo pedagógico, buscase construir uma consciência histórica que possibilite compreender a realidade contemporânea e as implicações do passado em sua constituição.
Segundo a historiadora brasileira Circe Bittencourt (2004), uma das questões importantes no momento da seleção de conteúdos é a dúvida entre privilegiar uma história nacional ou mundial. A tendência atual na produção didática é privilegiar a história mundial em detrimento da local e nacional, tentando silenciar um passado da disciplina de História, no qual a história nacional estava associada aos interesses de uma elite. Segundo essa visão, diante de um mundo globalizado, seria inadequado propor uma história nacional, pois todos seriam cidadãos do mundo. A sequência dos conteúdos é muito importante servindo como ponte entre o conhecimento anterior e aquele a ser adquirido, não sendo apenas chegada, mas caminho.
Para o Ensino Médio, a metodologia proposta por esta Diretrizes Curriculares está relacionada à História Temática. Os conteúdos básicos/temas
102
históricos selecionados para o ensino devem articular aos Conteúdos Estruturantes propostos nestas Diretrizes. Tomálos como ponto de partida é uma forma de responder às críticas a respeito da impossibilidade de ensinar “toda a história da humanidade”. A organização do trabalho pedagógico por meio de temas históricos possibilita ao professor ampliar a percepção dos estudantes sobre um determinado contexto histórico, sua ação e relações de distinção entre passado e presente.
Abordar o conteúdo de forma significativa para o aluno incentivandoo a refletir sobre a situação problema que envolve a discussão critica do tema despertando no aluno o interesse e a vontade de aprofundar as pesquisas e buscar as alternativas resolutivas para a questão em pauta. Serão envolvidos no contexto do conteúdo de História, assuntos associados à Educação do campo, cultura afrobrasileira e africana, educação indígena, educação ambiental, enfrentamento à violência na escola e prevenção ao uso indevido de drogas, a fim de que tenham um posicionamento crítico da realidade para compreendêla e nela intervir.
As estratégias metodológicas utilizadas em História serão: Para informar: aulas expositivas e demonstrativas; Para investigar: experimentos e projetos; Para analisar as causas e implicações do desenvolvimento da História:
simulações e trabalhos dirigidos; Propiciar ao aluno situações de estudo: debates, leituras de rótulos e
embalagens; Construção de maquetes;Trocas de experiências; Elaboração de painéis; Uso de revistas; Apresentação de slides em powerpoint; Desenvolvimento de Projetos; Exibição de vídeos; Modelagem; pesquisas; Elaboração de mapas conceituais; Jogos com uso de data show para simular o show do milhão. Com
varias questões para os alunos responderem. Para a prática das estratégias metodológicas descritas, serão utilizados,
além de outros materiais, os recursos tecnológicos que a escola dispõe, como: DVD, TV pendrive, internet e data show.
4 – AVALIAÇÃO
Poderá propor outras atividades associativas, como: • Atividades que possibilitem a apreensão das ideias históricas dos
estudantes em relação ao tema abordado;• Atividades que permitam desenvolver a capacidade de síntese e
redação de uma narrativa histórica;
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• Atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de idéias e conceitos históricos;
• Atividades que revelem se o educando se apropriou da capacidade de leitura de documentos com linguagens contemporâneas, como: cinema, fotografia, histórias em quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento histórico.
A avaliação tem o objetivo de proporcionar subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento. Portanto, deve ser um processo contínuo, considerada em suas múltiplas dimensões: diagnóstica, processual, formativa e somativa, como elemento que dá significado ao trabalho escolar e docente. Na relação ensinoaprendizagem, ela está voltada tanto para o processo de ensino, como para o processo de construção do conhecimento. Os critérios de avaliação devem ser discutidos com todos os envolvidos no processo ensino aprendizagem, oportunizando a reflexão e propondo abordagens e intervenções diferenciadas. Através da avaliação é que podemos perceber a necessidade de mudança da prática pedagógica, pois é uma das dimensões do processo ensinoaprendizagem. Por si só, não altera a qualidade da aprendizagem. É essencial realizar diferentes atividades como forma de retomar os conteúdos, a fim de oportunizar a aprendizagem dos alunos antes de propor novos instrumentos de avaliação. Isso caracteriza a recuperação de estudos.
5 REFERÊNCIAS
BRASIL. Diretrizes Nacionais para a Educação Básica. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_hist.pdf Acesso em: 27/agos/2011.
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto Político Pedagógico. Ivaté, 2011.
_______. Regimento Escolar. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Livro Didático Público História. Curitiba, 2006.
TEXTOS COMPLEMENTARES. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/historia/conceito_historia.htm> Acesso em: 27/ago/2011
DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ESPANHOL – CELEM
1 APRESENTAÇÃO
A língua estrangeira é um instrumento de comunicação entre os povos. Com esse conhecimento, o aluno não é apenas um cidadão, mas um sujeito inserido
104
em um mundo repleto de possibilidades, de esperanças e muitos desafios, os quais só podem ser enfrentados e superados através da educação que assume funções de inserir este sujeito num contexto global, contribuindo para seu próprio desenvolvimento e o da comunidade.
Ela norteiase no princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer por meio da leitura, oralidade e da escrita. O que se busca hoje é o ensino de LEM direcionado à construção do conhecimento e à formação cidadã e, que a língua aprendida seja caminho para o reconhecimento e compreensão das diversidades lingüísticas e culturais já existentes e crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo. Então, a leitura, a oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática social e, portanto, instrumento de comunicação.
Seu objetivo é incluir o estudante no mundo globalizado, caracterizado pelo avanço tecnológico e pelo grande intercâmbio entre os povos, garantindo assim, uma melhor interpretação da sociedade e do mundo em que vive como cidadão participante.
O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social no decorrer da história. As propostas curriculares e as metodologias são instigadas a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a propiciar às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos.
O ensino das línguas modernas começou a ser valorizado depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil, mas somente com a publicação de Cours de linguistique générale de Ferdinand Saussure (18571913), na Europa, em 1916, que os estudos da linguagem assumiram um caráter científico. Essa obra, que estabelece a oposição entre langue, o sistema linguístico propriamente dito, e parole, o uso deste sistema em contextos sociais, tornouse um marco histórico. Os estudos de Saussure forneceram elementos para a definição de objeto de estudo específico da Linguística: a língua. Tais estudos fundamentaram o estruturalismo, uma das principais correntes da linguística moderna.
Com a reforma de Capanema, em 1942, o currículo oficial buscava atrelar todos os conteúdos ao nacionalismo e o curso secundário passa a ser organizado em dois níveis e em duas modalidades (o clássico que possibilitava o ingresso na faculdade, procurado pela elite e o técnico profissionalizante que tinha a finalidade da formação profissional. Nessa mesma conjuntura, o prestígio das línguas estrangeiras foi mantido no ginásio. O francês se apresentava com uma vantagem sobre o inglês e o espanhol foi introduzido como matéria obrigatória alternativa ao ensino do alemão.
A partir de então a responsabilidade pelos rumos educacionais passou a ser centralizada no Ministério de Educação e Cultura, que por sua vez indicava aos estabelecimentos de ensino o idioma a ser ministrado nas escolas, a metodologia e o programa curricular para cada série. Comprometido com os ideais nacionalistas, o MEC preconizava que a disciplina de Língua Estrangeira deveria contribuir tanto para a formação do aprendiz quanto para o acesso ao conhecimento e à reflexão sobre as civilizações estrangeiras e tradições de outros povos. Isso explica porque o
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espanhol passou a ser permitido oficialmente para compor o currículo do curso secundário, uma vez que a presença de imigrantes da Espanha era restrita no Brasil.
Atualmente, muitos linguistas têm estudado e pesquisado o papel da língua estrangeira na contribuição para a redução de desigualdades sociais. Tais estudos e pesquisas têm orientado as propostas recentes para o ensino de Língua Estrangeira no contexto educacional brasileiro.
De acordo com as Diretrizes, o ensino de Língua Estrangeira deve contemplar os discursos sociais que a compõe; ou seja, aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados nas práticas discursivas, pois a Língua Estrangeira, nos dias de hoje, é fundamental. Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentidos, é formar subjetividades independentemente do grau de proficiência atingido. Essa forma de ensinar amplia as perspectivas de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir sentidos do e no mundo.
Reconhecer que o aprendizado da Língua Estrangeira permite pensar criticamente sobre o papel da língua na sociedade, conhecer a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para desenvolvimento cultural do ser é o objetivo do ensino da Língua Estrangeira e particularmente da Língua Espanhola. Também visa atender a interesses sociais, políticos e econômicos, tendo em vista que a maioria dos países do nosso continente a utiliza.
Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o aluno passa a refletir mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar o seu entorno social com maior profundidade e melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir, pensar e sentir uma outra cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua formação.
A língua estrangeira deve ser um instrumento de crescimento cultural para os alunos que a aprendem, jamais de subserviência, supervalorização da cultura externa, subjugação ou inferioridade cultural dos que a conhecem. É necessário que o educando tenha percepção de outras culturas para valorizar a sua própria, bem como a do outro.
Assim, identificouse na pedagogia crítica, o referencial teórico que sustenta a valorização da escola com o espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento, compreensão da realidade social para a transformação da realidade. Entendese que a escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não assimilem o saber enquanto resultado, mas aprendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o discurso como prática social, e é a partir dele que advêm os conteúdos básicos: os gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os
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conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita. Por serem conhecimentos fundamentais para o curso não podem ser suprimidos nem reduzidos. A seguir apresentamos esses conteúdos para o ensino de LEM Espanhol:
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS P1 (160 horas)ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAISEsfera cotidiana de circulação:BilheteCarta pessoalCartão felicitaçõesCartão postalConviteLetra de músicaReceita culinária
Esfera publicitária de circulação:Anúncio**Comercial para radio*FolderParódiaPlacaPublicidade ComercialSlogan
Esfera produção de circulação:BulaEmbalagemPlacaRegra de jogoRótulo
Esfera jornalística de circulação:Anúncio classificadosCartumChargeEntrevista**HoróscopoReportagem**Sinopse de filme
Esfera artística de circulação:AutobiografiaBiografia
Esfera escolar de circulação:CartazDiálogo**Exposição oral*MapaResumo
Esfera literária de circulação:ContoCrônicaFábulaHistória em quadrinhosPoema
Esfera midiática de circulação:Correio eletrônico (email)Mensagem de texto (SMS)Telejornal*Telenovela*Videoclipe
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
CONTEÚDOS BÁSICOS P2 (160 horas)ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAISEsfera cotidiana de circulação:ComunicadoCurriculum VitaeExposição oral*Ficha de inscriçãoLista de comprasPiada**
Esfera publicitária de circulação:Anúncio**Comercial para televisão*FolderInscrições em muroPropaganda**
Esfera produção de circulação:Instrução de montagemInstrução de usoManual técnicoRegulamento
Esfera jornalística de circulação:Artigo de opiniãoBoletim do tempo**Carta do leitorEntrevista**Notícia**Obituário
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Telefonema* Publicidade InstitucionalSlogan
Reportagem**
Esfera jurídica de circulação:Boletim de ocorrênciaContratoLeiOfícioProcuraçãoRequerimento
Esfera escolar de circulação:Aula em vídeo*Ata de reuniãoExposição oralPalestra*ResenhaTexto de opinião
Esfera literária de circulação:Contação de história*ContoPeça de teatro*RomanceSarau de poema*
Esfera midiática de circulação:Aula virtualConversação chatCorreio eletrônico (email)Mensagem de texto (SMS)Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral
GÊNEROS DISCURSIVOS:
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA:➢Tema do texto➢Interlocutor➢Finalidade do texto➢Aceitabilidade do texto➢Informatividade➢Situacionalidade➢Intertextualidade➢Temporalidade➢Referência textual➢Partículas conectivas do texto➢Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto,➢Discurso direto e indireto➢Elementos composicionais do gênero➢Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto➢Polissemia
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ESCRITA:
➢Tema do texto➢Interlocutor➢Finalidade do texto➢Aceitabilidade do texto➢Informatividade➢Situacionalidade➢Intertextualidade➢Referência textual➢Partículas conectivas do texto➢Discurso direto e indireto➢Elementos composicionais do gênero➢Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem
➢Acentuação gráfica➢Ortografia➢Concordância verbal e nominal.
ORALIDADE:
➢Conteúdo temático➢Finalidade➢Aceitabilidade do texto➢Informatividade➢Papel do locutor e interlocutor➢Elementos extralinguísticos, entonação, expressão facial, corporal e
gestual, pausas...➢Adequação do discurso ao gênero➢Turno de fala➢Variações linguísticas➢Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica➢Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc)➢Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
A partir desses conteúdos mencionados, selecionará os textos, tendo como referência os fundamentos teóricometodológicos da disciplina, bem como os objetivos do ensino da Língua Estrangeira. Ao interagir com textos provenientes de vários gêneros, o aluno perceberá que as formas linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam
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dependendo do contexto e da situação em que se dá a prática social do uso da linguagem.
Tais conteúdos serão elaborados a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa, política, literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica.
O ensino da Cultura afrobrasileira e Africana e a Cultura Indígena na formação da sociedade brasileira e latinoamericana serão contemplados.
3 METODOLOGIA
A partir do Conteúdo Estruturante discurso como prática social serão trabalhadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita.
A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as diferenças, estruturais e funcionais, a autoria e a que público se destinam. As estratégias metodológicas para que o aluno conheça novas culturas e que não há uma cultura melhor que a outra, mas sim diferentes.
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e nãoverbal, como unidade de linguagem em uso, esses textos devem abordar uma prática reflexiva e crítica, desenvolvendo conhecimentos linguísticos, percebendo as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes nos mesmos.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento das demais no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea utilização de todas as práticas discursivas: leitura, escrita e oralidade.
Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não da memorização de conceitos. Serão selecionados a partir dos erros resultantes das atividades e da dificuldade dos alunos. Ao trabalhar com as diferentes culturas é importante que o aluno, ao contrastar a sua cultura com a do outro, percebase como sujeito histórico e socialmente constituído e assim elabore a consciência da própria identidade.
Na prática da leitura será propiciado o acesso a diferentes textos com diferentes gêneros, considerando os conhecimentos prévios dos alunos para que estes formulem questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto e que também oportunize discussões sobre o tema, intenções e intertextualidade, bem como a socialização das idéias dos alunos sobre o texto.
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade sóciointeracional, ou seja, significativa. Essa prática deve permitir a produção de textos atendendo as circunstâncias de produção propostas, diferenciar a linguagem formal da informal, estabelecer relações entre partes do texto, identificar repetições ou substituições, estimular a ampliação de leituras sobre
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o tema e o gênero proposto, conduzir a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado contexto sóciocultural particular.
Na oralidade a ênfase estará na organização de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a aceitabilidade, informatividade e finalidade do texto e a estimulação da contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando os recursos extralinguísticos, como: entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausa, etc.
O ensino de Língua Estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa obrigatoriamente desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com que o aluno perceba que conteúdos e disciplinas distintas podem muitas vezes estar relacionados entre si.
A Língua Estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras. Os alunos, nesta abordagem de ensino são encorajados a reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural nos textos que lhe são apresentados, envolvendoos em atividades críticas e problematizadoras que se concretizam por meio da língua como prática social.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. Depreendese, portanto que avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira precisa superar a concepção do mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino aprendizagem.
Utilizarseá a avaliação diagnóstica, contínua, processual e formativa, subsidiada por observações e registros obtidos no decorrer do processo, durante o desenvolvimento das aulas, através da observação do professor.
O aluno será avaliado através de avaliações orais, escritas, de leituras e de análise linguística, através de trabalhos individuais e em grupo, participação em atividades relacionadas à música, pesquisas, dramatizações, diálogos, jogos, interpretações de textos, etc.
Ao aluno serão oportunizadas atividades de retomadas de conteúdos. No âmbito da leitura será realizada uma leitura compreensiva do texto para a localização de informações explícitas e implícitas no texto, o posicionamento argumentativo, a percepção do ambiente no qual circula o gênero, identificação da idéia principal do texto, análise das intenções do autor, identificação do tema, compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
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sentido conotativo e denotativo e o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
Para a escrita serão avaliados a expressão de ideias com clareza, elaboração de textos atendendo as situações de produção propostas, a continuidade temática, diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal, o uso de recursos textuais como coesão e coerência, uso adequado de recursos linguísticos, pertinência do uso dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, entre outros.
Em relação a oralidade serão observados a utilização do discurso de acordo com a situação de produção, apresentação das ideias com clareza, a exposição objetiva de argumentos, organização e respeito aos turnos de fala, participação ativa em diálogos, relatos, discussões, utilização consciente de expressões faciais, corporais e gestuais, entre e outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades apresentadas.
A recuperação para o aluno que não atingir resultado satisfatório se dará por meio de recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados desse processo será feita conforme o previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de avaliação.
A recuperação de conteúdos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Ela darseá de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticometodológicos diversificados.
A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos das disciplinas.
Sendo assim os resultados da mesma serão incorporados as avaliações efetivadas durante o período letivo, constituindose em mais uma componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatório sua anotação no Livro de Registro de Classe.
5 REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: HU CITEC, 1988.
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto Político Pedagógico. Ivaté, 2011.
______.Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
LEFFA, V. Metodologias do Ensino de Línguas. In: Bohn, H.I; VANDRESEN, P. Tópicos em Lingüística Aplicada: o Ensino de Línguas Estrangeiras. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1988.
SANTILLANA. Livro Español Esencial – obra coletiva. São Paulo: Ed. Santillana, 2008.
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira e Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2006.
______. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira e Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
______. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / vários autores. Curitiba,2006.
DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA INGLÊSENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. APRESENTAÇÃO
O ensino de língua estrangeira tem início no Brasil com a chegada dos jesuítas. A abordagem pedagógica tradicional de raízes europeias, também chamada de gramáticatradução, adotada desde a educação jesuítica com o ensino dos idiomas clássicos prevaleceu no ensino das línguas modernas até o princípio do século XX, a partir de 1.916 os estudos da linguagem assumiram um caráter científico com Saussure. Desde então, o ensino passou por transformações e reformas, culminando na Reforma Francisco Campos que pela primeira vez estabeleceuse um método oficial de ensino de Língua Estrangeira: o Método Direto em contraposição ao Tradicional.
Em 1.950 com o desenvolvimento da ciência linguística e o crescente interesse pela aprendizagem de línguas, ocorrem mudanças significativas quanto às abordagens e ao método de ensino, surge então o Método Audiovisual e ÁudioOral. Em virtude do surgimento de teorias como a de Chomsky o ensino de Língua Estrangeira sofre modificações. Em 1.970 começam a discutir teorias de Piaget sobre abordagem cognitiva e construtivista. Nessa abordagem, a aquisição da língua é entendida como resultado de interação entre o organismo e o ambiente, em assimilações e acomodações responsáveis pelo desenvolvimento da inteligência.
A lei 5.692/71 desobrigou a inclusão de Língua Estrangeira nos currículos de primeiro e segundo grau e só em 1.976 o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado, sendo obrigatório no segundo grau. Em 1.996 a LDBEN determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma L.E no ensino Fundamental e Médio ficando a escolha do idioma a critério da comunidade escolar. A partir de 5 de agosto de 2.005 foi criada a lei 11.161 que tornou obrigatória a oferta de ensino de Língua Espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio.
No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Tornase fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o ensino de Língua Estrangeira na Educação Básica, ou seja, ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é
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formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido.
As aulas de Língua Estrangeira se configuram como espaços de interações entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam no diaadia. Objetivase que os alunos analisem as questões sociaispolíticaseconômicas da nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.
Buscase, também, superar a ideia de que o objetivo de ensinar Língua Estrangeira na escola é apenas o linguístico ou, ainda, que o modelo de ensino dos Institutos de Idiomas seja parâmetro para definir seus objetivos de ensino na Educação Básica. Tal aproximação seria um equívoco, considerando que o ensino de Língua Estrangeira nas escolas de língua não tem, necessariamente, as mesmas preocupações educacionais da escola pública. Entender que toda língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação,como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código linguístico. Ela é heterogênea, ideológica e opaca.
Pretendese, assim, resgatar a função social e educacional dessa disciplina na Educação Básica, bem como estabelecer os objetivos de ensino da mesma. Dentre eles:
Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdo que ampliem as possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e novas maneiras de construir sentidos do e no mundo;
Fazer da aula de língua estrangeira um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural;
Ser capaz de usar a língua em situação de comunicação oral e escrita; Vivenciar na aula de linguagem estrangeira, formas de participação que
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; Compreender que os significados são sociais e historicamente
construídos e, portando, passíveis de transformação na prática social; Proporcionar a todos os envolvidos no processo de ensino e de
aprendizagem a inclusão social; Desenvolver no educando uma consciência crítica a respeito do papel
das línguas na sociedade.
2. CONTEÚDOS
Gêneros discursivos das diversas esferas sociais de circulação: cotidiana, literária/artística, científica, escolar, imprensa, publicitária política, jurídica, produção e consumo e midiática.
Oralidadeconteúdo temático;tema do texto;interlocutor;
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finalidade;aceitabilidade do texto;informatividade;papel do locutor e interlocutor;elementos extralinguísticos:entonação, expressões faciais,corporal e
gestual, pausas;adequação do discurso ao gênero;turnos da falavariações linguísticas;marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições,semântica.elementos semânticos;adequação da fala ao contexto( uso de conectivos, gírias, repetições, etc)diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Leituratema do texto;interlocutor;finalidade do texto;aceitabilidade do texto;informatividade;situacionalidade;intertextualidade;temporalidade;referência textual;partículas conectivas do texto;discurso direto e indireto;ambiguidade;operadores argumentativos;semântica;informações explícitas;repetição proposital das palavras;elementos composicionais do gênero;emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;palavras e/ ou expressões que denotam ironia e humor no texto;polissemia;marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto no texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem;
léxico.
Escritaconteúdo temático;tema do texto;interlocutor;finalidade do texto;
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aceitabilidade do texto;informatividade;situacionalidade;intertextualidade;temporalidade;semântica;variações linguísticas;discurso direto e indireto;elementos composicionais do gênero;emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;palavras e/ ou expressões que denotam ironia e humor no texto;polissemia;figuras de linguagem;processo de formação de palavras;significado das palavras;relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;vozes sociais presentes no texto;operadores argumentativos;ambiguidade;marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto no texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem
acentuação gráfica;ortografia;concordância verbal/ nominal.
Observação:durante o ano letivo serão desenvolvidas, permeando os conteúdos, atividades que contemplem a Lei 10.639/03 referentes à História e a Cultura Afrobrasileira e Africana, as Demandas Socioeducativas e a Lei 11.645/08.
3. METODOLOGIA
É importante que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois a gramática em si.
As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua Estrangeira. Elas servirão como subsídios para a produção textual em Língua Estrangeira.
Na abordagem de leitura discursiva, a inferência é um processo cognitivo relevante porque possibilita construir novos conhecimentos, a partir daqueles existentes na memória do leitor, os quais são ativados e relacionados às informações materializadas no texto. Com isso, as experiências dos alunos e o
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conhecimento de mundo são valorizados. Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas crítico, reaja aos textos com os quais se depara e entenda que por trás deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido.
As estratégias específicas da oralidade tem como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursiva, a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua; é aprender a expressar em LE mesmo com limitações. É importante que os alunos se familiarizem com os sons específicos da língua que estão aprendendo. Na aula de língua estrangeira será possível fazer discussões orais sobre a compreensão do texto, bem como produzir textos orais, escritos e/ ou visuais a partir do texto lido, integrando todas as práticas discursivas neste processo, utilizando recursos visuais para auxiliar o trabalho pedagógico em sala de aula.
Fazse importante destacar que o trabalho com a produção de textos na aula de LE também precisa ser concebido como um processo dialógico ininterrupto, no qual escrevese sempre para alguém e de quem se constrói uma representação.
Um outro aspecto a ser trabalhado é o estudo da gramática implícita de maneira a promover a consciência linguística. A pesquisa de palavra no dicionário pode auxiliar a conscientização da linguagem, trabalhando um texto com cognatos e termos transparentes e outro no qual os conhecimentos de língua materna não favoreçam a sua compreensão imediata.
Descortinar os valores subjacentes ao livro didático faz parte do papel do professor na abordagem de ensino como Letramento Crítico. Será utilizado o material didático disponível na prática pedagógica:
Dicionário Vídeo Fitas cassetes e cds room Rádio Videokê Computador Mapas Música com clipe ou não Manual de instrução de equipamento Embalagem Rótulos Excursões Palestras Usos de painéis Retroprojetor Internet Tv Multimídia
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4. AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem deverá orientar as intervenções pedagógicas no processo de ensino de modo que os objetivos sejam alcançados. Nesse processo é necessário que o professor observe a participação do aluno, engaje o mesmo em atividades que envolvam uma diversidade de gêneros,proporcionando a ele a possibilidade de tornálo um leitor ativo,capaz de produzir sentidos na leitura dos textos, inferindo,levantando hipóteses, percebendo a intencionalidade. Pretendese a partir de suas produções discutir dificuldades e avanços, encarar os erros não como entrave, mas como elemento imprescindível para uma ação reflexiva e assim propor encaminhamentos que visem superálos. É importante que no ensino de Língua Estrangeira Moderna fique claro os objetivos que se querem alcançar e os critérios de avaliação aplicados aos conteúdos, para que assim a aprendizagem se efetive.
5. REFERÊNCIAS
ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. O professor de língua estrangeira em formação II Série. 2ª edição. Campinas, SP : Pontes, 2005.
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto PolíticoPedagógico.Ivaté, 2011.
________. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
LEFFA, Vilson J.O professor de Línguas Estrangeiras construindo a profissão. Pelotas: EDUCAT, 2006.
MARQUES, Amadeu. Inglês: volume único ( Série Novo Ensino Médio ). São Paulo: Ática, 2005
________. Inglês: volume único. São Paulo: Ática,2005
PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. Ensino de Língua InglesaReflexões e experiências. 3ª edição. Campinas, SP: Pontes Editores, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.
_______. Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público Língua Estrangeira Moderna. Espanhol e Inglês/ vários autores, p.256. 2ª edição. Curitiba: SEEDPr 2006..
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_______. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. História e Cultura afrobrasileira e africana: educando as relações étnicoraciais (Cadernos Temáticos ). Curitiba: SEED, 2006
SARMENTO, Simone; MULLER, Vera. O ensino do Inglês como língua estrangeira. Porto Alegre: APIRS, 2004.
DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1 APRESENTAÇÃO
A disciplina de Língua Portuguesa ao longo de sua história tem sido elemento de estudos, debates e discussões. Sabese que historicamente o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciouse com a educação jesuítica, baseada em práticas pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da metrópole e da Igreja.
Ao longo de muitos anos, o ensino no Brasil era retórico, imitativo e elitista visando à construção de uma civilização de aparências com base em uma educação “claramente reprodutiva voltada para perpetuação de uma ordem patriarcal e colonial, refletindo, assim, no cotidiano dos alunos um ensino de caráter repressivo para inculcar a obediência, a fé, o temor ao rei e à lei”.
Em 1758, através de um decreto, a Língua Portuguesa tornouse idioma oficial do Brasil. A partir daí a Educação Brasileira passou por grandes transformações. Por volta de 1871, com a valorização da língua nacional, o latim começou a perder seu prestígio, o ensino de Língua Portuguesa foi expandido, sendo, a princípio, apenas com característica elitista e mantendo tais características até meados do século XX. Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina passou a integrar os currículos escolares brasileiros.
Com o processo de expansão do ensino primário público as exigências culturais passaram a ser outras, bem diferentes. Nesse contexto uma concepção tecnicista gerou um ensino baseado em exercícios de memorização. A seguir surge a lei Nº 5.692/71 que amplia e aprofunda que o ensino deveria estar voltado à qualificação para o trabalho. Nesse período a Língua Portuguesa passou a ter várias denominações. Na década de 70 passaram a ser debatidas várias teorias a respeito da linguagem; as inovações que surgiram foram o trabalho com a produção de texto e a leitura mecânica. O ensino baseavase em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamentos de habilidades de leitura.
Mas a grande revolução no ensino da Língua Portuguesa ocorreu no início dos anos 80, quando surgiram as primeiras obras do círculo de Bakhtin e a partir daí a valorização do texto como unidade fundamental de análise. As amplas discussões geradas pelos linguistas resultaram em uma reestruturação no ensino
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da língua, dando ênfase à língua viva, dialógica, em constante movimento, permanentemente reflexiva e produtiva.
Nessa época surgiram vários autores que deram e até hoje dão um respaldo muito grande ao docente sobre o ensino de Língua Portuguesa como: João Wanderley Geraldi, Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme e outros. É um material rico de pesquisas sobre Língua Portuguesa, Linguística e o ensino da Língua Materna.
Constatamos que a nossa história enquanto falantes e docentes da Língua Portuguesa passou por marcantes transformações, há uma mistura grande em nossa cultura pelo fato de nossa colonização que reflete diretamente no apreender, no falar e no ensinar a Língua Portuguesa.
Pensar o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também as diferenças e contradições do quadro complexo da contemporaneidade. A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e as inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas, que atravessam o campo social, constituindoo e ao mesmo tempo sendo por ele constituídos, requerem do professor uma percepção crítica, cujo horizonte é a mudança de posicionamento em sua ação pedagógica. É nos processos educativos e notadamente nas aulas de Língua Portuguesa, que o estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimoramento de sua competência lingüística, de forma a garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade. É na escola que o aluno, e mais especificamente o da escola pública, deveria encontrar o espaço para as práticas de linguagem que possibilitem interagir na sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas e privadas. Nesse ambiente escolar, o estudante aprende a ter voz e fazer uso da palavra, numa sociedade democrática, mas plena de conflitos.
Na linguagem, o homem se reconhece humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e percebe o seu papel como participante da sociedade. A partir desse caráter social da linguagem, Bakhtin e os teóricos de seu círculo formularam os conceitos de dialogismo e dos gêneros discursivos, cujo conhecimento e repercussão, suscitaram novos caminhos para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, demandando uma nova abordagem para o ensino de Língua.
A Língua Portuguesa está fundamentada no ensino produtivo tendo como objeto de estudo a própria língua, visando à formação de um ser competente, capaz de realizar enunciados linguísticos e aumentar a sua capacidade de compreensão e aplicação do maior número possível de estruturas que a língua oferece para a interação dos sujeitos, pois a língua só se constitui pelo uso, movida pelos sujeitos que a integram.
Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão o processo de ensino:
empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequála a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de novos posicionamentos;
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desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais, além do contexto de produção/ leitura;
refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;
aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela Literatura a constituição de um espaço dialógico que permita expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar acesso aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que está inserido e para a afirmação de sua cidadania, como sujeito singular e coletivo;
É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização, consolidase no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a vida.
2. CONTEÚDOS
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.
Conteúdos Básicos:
Oralidade:
Conteúdo temático; Finalidade;
Intencionalidade; Argumentos;
Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e
gestual, pausas... Adequação do discurso ao gênero; Turnos da fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras) Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc.)
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Diferenças e semelhanças entre o discurso e o escrito.
Leitura
Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto;
Intencionalidade; Argumentos do texto; Contexto de produção;
Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Discurso ideológico presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Contexto de produção da obra literária; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; Progressão referencial; Partículas conectivas do texto; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem;
sentido conotativo e denotativo; polissemia; expressões que denotam ironia e humor no texto.
Discurso direto e indireto; Informações explícitas e implicítas; Léxico; Repetição proposital de palavras; Ambiguidade;
Escrita
Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade;
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Informatividade; Contexto de produção;
Situacionalidade; Intertextualidade;
Temporalidade; Argumentatividade; Discurso direto e indireto; Partículas conectivas; Paragrafação; Processo de formação das palavras;
Referência textual; Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Progressão referencial; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, ambiguidade,
significado das palavras, sentido conotativo e denotativo, expressões que denotam ironia e humor no texto; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomados sequenciação do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; figuras de linguagem, conectores.
Vícios de linguagem; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência;
Acentuação; Ortografia;
Sugestões de Gêneros Discursivos: textos dramáticos, romance, novela fantástica, crônica, conto, poema, contos de fada contemporâneo, fábulas, diários, testemunhos, biografia, debate regrado, artigos de opinião, editorial, classificados, notícia, reportagem, entrevista, anúncio, carta de leitor, carta ao leitor, carta de reclamação, tomada de notas, resumo, resenha, relatório científico, dissertação escolar, seminário, conferência, palestra, pesquisa e defesa de trabalho acadêmico, mesa redonda, instruções, regras em geral, leis, estatutos, lendas, mitos, piadas, histórias de humor, tiras, cartum, charge, caricaturas, paródia, propagandas, placas, outdoor, chats, email, folder, blogs, fotoblog, Orkut, fotos, pinturas, esculturas, debate, depoimentos, folhetos, mapas, croqui, explicação, horóscopo, provérbios e outros.
Observação: durante o ano letivo serão desenvolvidas, permeando os conteúdos, atividades que contemplem a Lei 11.645/08 referente às Demandas e à História e a Cultura AfroBrasileira e Indígena e as Demandas Socioeducativas.
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3. METODOLOGIA
As práticas discursivas devem abranger, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com outras linguagens.
É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a autoria do que escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer.
É necessário um trabalho de reflexão linguística voltado para a observação e análise da língua em uso, o que inclui morfologia, sintaxe, semântica e estilística, variedades linguísticas, as relações e diferenças entre língua oral e língua escrita quer no nível fonológico ortográfico, quer no nível textual e discursivo, visando à construção de conhecimento sobre o sistema linguístico.
Oralidade – na prática da oralidade explorarseá o trabalho com os gêneros orais. O professor pode planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que se baseie tanto nas relações cotidianas quanto nas relações mais complexas.
As possibilidades de trabalho com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos, como: apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização; recado; explicação; contação de histórias; declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júrissimulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação.
Leitura a leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O professor proporcionará ao aluno contato com diferentes gêneros literários, analisando seu conteúdo temático, a finalidade dos possíveis interlocutores, as vozes presentes no discurso e o papel social que elas representam, as ideologias apresentadas no texto, a fonte, dos argumentos elaborados, a intertextualidade. É importante que o professor avalie o contexto da sala de aula, as experiências de leitura dos alunos, os horizontes de expectativas deles e as sugestões sobre textos que gostam de ler, para, então, oferecer textos cada vez mais complexos, que possibilitem ampliar as leituras dos educandos.
Escrita – O exercício da escrita, leva em conta a relação entre o uso e o aprendizado na língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim a escrita é entendida como formadora de subjetividades.
O domínio da escrita não é inato nem uma dádiva restrita a uma meia dúzia de sujeitos. Pensar que fosse implica distanciála dos alunos. Quando a escrita é supervalorizada e descontextualizada, tornase mero exercício para preencher o tempo.
No trabalho com a escrita, o aluno vivenciará a prática de planejar, escrever, revisar e reescrever seus textos, percebendo que o ato de revisar e reformular o texto é um processo que permite ao locutor refletir sobre seus pontos de vista, sua criatividade, seu imaginário. Além disso o professor socializará a
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experiência da produção textual através de estratégias, como: afixar os textos dos alunos no mural da escola promovendo um rodízio dos mesmos, reunir os diversos textos em uma coletânea ou publicálos no jornal da escola, enviar cartas do leitor para determinado jornal, encaminhar carta de solicitação dos alunos para câmara de vereadores da cidade, produção de panfletos a serem distribuídos na comunidade.
A análise linguística – a prática de análise linguística constitui um trabalho de reflexão sobre a organização do texto escrito, um trabalho no qual o aluno percebe o texto como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vista o seu interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser pretexto para se estudar a nomenclatura gramatical e a sua construção passa a ser o objeto do ensino.
Serão utilizados os recursos disponíveis como: cartazes, painéis, cds, dvds, tv / pendrive, músicas, livros, data show entre outros.
4. AVALIAÇÃO
Avaliação deverá objetivar o estudo e interpretação dos dados da aprendizagem durante todo o desenvolvimento do processo, considerandose o trabalho do professor, o envolvimento do aluno, o diagnóstico de resultados nos alunos e atribuição de valores. Ela deverá ser contínua, permanente e cumulativa, visando a verificação da capacidade de crítica, síntese e elaboração de seus próprios conceitos sobre os aspectos abordados no decorrer da aprendizagem, utilizando argumentos coerentes e coesos. Esta servirá de parâmetros para a análise, reflexão e reformulação do processo ensinoaprendizagem, levandose em conta o desenvolvimento do ser humano como um todo.
A avaliação acontecerá mediante os seguintes instrumentos: atividade de leitura compreensiva de textos, pesquisa bibliográfica, produção de texto, palestra, pesquisa de campo, relatório, debate, atividades com textos literários, atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalho em grupo, questões discursivas, questões objetivas entre outros.
Quanto à análise linguística a avaliação será mediante a instigação no aluno da percepção da multiplicidade de usos e funções da língua, o reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções frasais, a reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto, conduzindoo às atividades metalinguísticas, à construção gradativa de um saber linguístico mais elaborado, a um falar sobre a língua.
Quanto à leitura – o professor pode propor debates e outras atividades que lhe permitem avaliar as estratégias que eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Quanto à escrita – é preciso ver os textos dos alunos como uma fase do processo de produção, nunca como um produto final. É preciso haver clareza na proposta de produção textual; observando os seguintes critérios:
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Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.);
Expressar as ideias com clareza ( coerência e coesão); Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dandolhe
diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;
Elaborar argumentos consistentes; Produzir textos respeitando o tema; Estabelecer relações entre as partes do texto; Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para
sustentála, entre outros. O aluno precisa estar em contextos reais de interação comunicativa para
que os critérios de avaliação que tomam como base às condições de produção tenham alguma validade.
Quanto à oralidade – será avaliada considerandose a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência de sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vistas e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso aos diferentes interlocutores e situações.
Quanto à Literatura: será avaliada a partir da compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto, da articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com texto literário lido, do reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário, entre outros itens.
5. REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Aula de Português: Encontro & Interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
CASTRO, Gilberto de, FARACO, Carlos Alberto. Por uma Teoria Linguística que Fundamente o Ensino de Língua materna (ou de como apenas um pouquinho de gramática nem sempre é bom). In: UFPR, Educar em Revista, vol 15, 1999.
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto Político Pedagógico. Ivaté, 2011.
________.Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
FARACO, Carlos A, TEZZA, Cristóvão, CASTRO, Gilberto de. Diálogos com Bakhtin, Curitiba, Pr: Editora UFRP, 2001.
FARACO, Carlos Emílio. Português: projetos. volume único: livro do professor/ Carlos Emílio Faraco & Francisco Moura 1.ed. São Paulo: Ática, 2005
MARCUSCHI, Luís Antonio. Da Fala para a Escrita. São Paulo: Cortez, 2001.
126
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Estaduais Curriculares de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008,
________. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
________. Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2007.
________. Secretaria de Estado da Educação. Educando para as relações étnicoraciais II. Curitiba: SEED, 2008.
POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar Gramática. 4. ed. Campinas, SP: Mercado das Letras, 1996.
DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA SALA DE APOIO
1 APRESENTAÇÃO
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED – implementou o Programa Salas de Apoio à Aprendizagem em 2004, com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que frequentam o 6º e 9º anos do Ensino Fundamental. O programa prevê o atendimento aos alunos, no contra turno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à oralidade, leitura, escrita.
A partir de sua criação. a Secretaria de Estado da Educação do Paraná vêm promovendo ações e eventos de capacitação aos professores que atuam nessas salas, bem como aos diretores e às equipes pedagógicas das escolas, buscando esclarecer a todos quais são os objetivos das salas de Apoio e promovendo discussões sobre quais devem ser os encaminhamentos metodológicos que façam com que os alunos que ingressam no 6º/9º ano com dificuldades de aprendizagem possam – por meio de atividades diferenciadas e significativas oferecidas no contra turno – superar essas dificuldades e acompanhar seus colegas do turno regular, diminuindo assim a repetência e melhorando a qualidade da educação ofertada pela rede pública.
Este programa é amparado pela Resolução nº 2772/2011 e Instrução nº 007/2011 – SUED/SEED.
As DCE enfatizam a língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Tal ênfase traduzível na adoção das práticas de linguagem como ponto central do trabalho com a Língua, objeto de estudo dessa disciplina, deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola. É preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multiletramentos, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos estudantes.
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Sob essa perspectiva, o ensino aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir com esses discursos.
É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inserilos nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse papel, o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no âmbito de uma sociedade letrada.
Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a escola pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa, marcando, assim, suas vozes no contexto em que estiverem inseridos.
Os objetivos da sala de Apoio à Aprendizagem são: Apoiar o desenvolvimento do educando, permitindolhe apropriarse do
conhecimento de uma maneira diferenciada a da sala de aula regular e transpôlo para a sala de ensino regular do 6º/9ª ano.
Empregar a Língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequála a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção e leitura.
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizado o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.
– Oferecer ao aluno a oportunidade de enfrentar desafios para que ele possa superar quaisquer problemas relacionado ao seu processo de apropriação da Língua escrita ou falada.
2 CONTEÚDOS
CONTEÚDOS BÁSICOS – 6º ANO
GENÊROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. O professor fará a seleção de acordo com o Projeto PolíticoPedagógico, a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, em conformidade com as características da escola e com nível de complexidade adequado a cada aluno.
LEITURA:Tema do texto;Interlocutor;Finalidade;Aceitabilidade do texto;Informatividade;
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Discurso direto e indireto;Elementos composicionais do gênero;Linguagem verbal e não verbal;Imagens;Marcas linguísticas, coesão, coerência, Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem. ESCRITA:Tema do texto;Interlocutor;Finalidade do texto;Informatividade;Argumentatividade;Discurso direto e indireto;Elementos composicionais do gênero;Divisão do texto em parágrafos;Marcas linguísticas, coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto;Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem;Processo de formação de palavras;Acentuação gráfica;Pontuação (enfatizando definição de período, orações frases, entonação)Concordância verbal/nominal;O emprego tipos de frases;Ortografia;Sintaxe, morfologia.
ORALIDADE:Tema de texto;Finalidade;Argumentatividade;Papel do locutor e interlocutor;Elementos extralinguísticos, entonação, pausas, gestos,...Adequação do discurso ao gênero;Turno de fala;Variações linguísticasMarcas linguísticas; coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
CONTEÚDOS BÁSICOS – 9º ANO
ORALIDADE: Argumentação;Adequação vocabular;Contexto de uso;
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Clareza;Coerência;Fluência;Entonação;Pontuação.
LEITURA:Tema/tese/argumentos do texto;Intencionalidade; Informações explícitas;Informações implícitas;Inferência;Marcas linguísticas;Coesão;Coerência;Função das classes gramaticais;Pontuação;Recursos gráficos como aspas, travessão e negrito;Linguagem figurada;Finalidade;Diferentes gêneros textuais;Relações intertextuais;Elementos gráficos (nãoverbais);Formalidade da linguagem.
ESCRITA:Clareza e coerência;Norma padrão; Regras ortográficas; Acentuação;Sinais de pontuação;Concordância;Regência verbal e nominal;Marcas da oralidade;Elementos coesivos (pronomes, adjetivos, conjunções...);Substituição de palavras repetidas;Interlocutor;Finalidade;Suporte; Esfera de publicação.
3 METODOLOGIA
Colocar o aluno em contato com diversidade de textos, com flexibilidade e liberdade no uso da língua, possibilitandolhe um “acesso amplo e sistemático à
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herança cultural que a linguagem carrega, em suas diferentes modalidades, percepção das relações de interação e de poder que permeiam os usos da linguagem, bem como, o desenvolvimento da produção (não produção) linguísticas do educando em sua língua materna”. ( Mantencio, 2008:86)
A partir dos gêneros diversificados se estará permitindo que o aluno seja sujeito de suas produções, pois terá percebido a forma como são organizadas as ideias no texto. Serão desenvolvidas atividades a partir da reescrita de textos; produção de textos escritos de modalidades diversas; gramática aplicada ao texto; socialização oral, pelos alunos do resultado das produções.
Leitura interpretação e argumentação de artigos jornalísticos, obras das leituras infantojuvenil, revistas, textos não verbal, etc.
A leitura infantil promoverá a ludicidade conduzindo o aluno a uma viagem imaginária de sonhos e planos.
Serão realizados exercícios práticos, escritos e orais; socialização oral, pelos alunos, do resultado das produções; apresentação e discussão de vídeos sobre assuntos relevantes; jogos de letras de formar palavras, entre outras atividades.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação da sala de apoio à aprendizagem será mediadora no processo de ensinoaprendizagem, sendo a mesma contínua e processual.
O aluno será dispensado da sala de apoio à aprendizagem, quando superar as dificuldades e após reunião com todos os envolvidos nesse processo direção, equipe pedagógica, professores regentes e o professor da sala de apoio à aprendizagem.
5 REFERÊNCIAS
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto PolíticoPedagógico. Ivaté, 2011.
_______. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
MANTENCIO, Maria de Lourdes Meireles. Leitura e produção de textos e a escrita. Campinas: Mercado das Letras, 2000.
PARANÁ. Coletânea de textos para o aluno Sala de Apoio à Aprendizagem – Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2009.
_______.Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.
_______. Orientações Pedagógicas Sala de Apoio à Aprendizagem – Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2009.
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DISCIPLINA DE MATEMÁTICA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1 APRESENTAÇÃOÉ necessário compreender a Matemática desde suas origens até sua
constituição como campo científico e como disciplina no currículo escolar brasileiro para ampliar a discussão acerca dessas duas dimensões.
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para Ribnikov (1987), esse período demarcou o nascimento da matemática.
Contudo, como campo de conhecimento, a matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas.
Com os platônicos, buscava se, pela Matemática, um instrumento que, para eles, instigaria o pensamento do homem. Essa concepção arquitetou as interpretações e o pensamento matemático de tal forma que influencia no ensino de Matemática até os dias de hoje.
O início da modernização do ensino da matemática no Brasil aconteceu num contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, do desenvolvimento da agricultura, do aumento da população nos centros urbanos, e das ideias que agitavam o cenário político internacional após a primeira Guerra Mundial. Assim, as novas propostas educacionais caracterizavam reações contra uma estrutura educacional artificial e verbalizada. Neste contexto, a Educação Matemática se torna um campo fértil e promissor para o ensino da matemática.
O objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontra se em processo de construção, pois esta ciência não é estática, ela evolui de acordo com as necessidades e mudanças do desenvolvimento humano. Por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram apresentados discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio das ideias e das tecnologias.
Nesta Proposta Pedagógica Curricular, optamos pela Educação matemática, cujos objetivos básicos visam desenvolvêla enquanto campo de investigação e de produção de conhecimento e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática. Este campo de investigação prevê a formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais, políticas e econômicas. Apropriando se de conhecimentos matemáticos e tenha condições de constatar regularidade matemática, generalizações e apropriação de
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linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à matemática e a outras áreas de conhecimento.
O ensino da matemática deve possibilitar aos estudantes fazer análise, conjecturas, discussões, apropriação de conceitos e formulação de ideias.
2 CONTEÚDOS
ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
números e Álgebra grandezas e Medidas geometria funções tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS/ ENSINO FUNDAMENTAL
NÚMEROS E ALGEBRA
conjuntos numéricos e operações equações e inequações polinômios proporcionalidade
GRANDEZAS E MEDIDAS
sistema monetário medidas de comprimento medidas de massa medidas de tempo medidas derivadas: áreas e volumes medidas de ângulos medidas de temperatura medidas de velocidade trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações
trigonométricas nos triângulos
GEOMETRIAS
geometria plana
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geometria espacial geometria analítica noções básicas de geometrias nãoeuclidianas
FUNÇÕES
função afim função quadrática
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
noções de probabilidade estatística matemática financeira noções de análise combinatória
ENSINO MÉDIO
NÚMEROS E ÁLGEBRA números reais números complexos sistemas lineares matrizes e determinantes polinômios equações e Inequações exponenciais, logarítmicas e modulares
GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de massa medidas derivadas: área e volume Medidas de informática medidas de energia medidas de Grandezas e Vetoriais trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulo
retângulo e a trigonometria na circunferência
GEOMETRIAS geometria plana geometria espacial geometria analítica noções básicas de geometrias nãoeuclidianas
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FUNÇÕES função afim função quadrática função polinomial função exponencial função logarítmica função trigonométrica progressão aritmética progressão geométrica
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO análise combinatória binômio de newton probabilidade estatísticas matemática financeira
3 METODOLOGIA
O ensino da matemática será desenvolvido através de metodologias utilizandose a resolução de problemas, modelagem matemática, investigação matemática, mídias tecnológicas, etnomatemática, história da matemática.
As tendências metodológicas elencadas devem ser entendidas como meio que fundamentará metodologias para a prática docente.
Uma tendência não é mais importante que a outra, tão pouco devem ser abordadas isoladamente, uma vez que se complementam, por isso, sempre que possível, será promovido a articulação entre elas. Portanto, as obordagens dos conteúdos específicos transitará por todas as tendências da Educação Matemática.
As referências que permitem aos professores realizar sua prática teórico metodológico na matemática como disciplina escolar são os conteúdos estruturantes, que são os saberes, conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar.
Resolução de problemasAtravés da resolução de problemas, o estudante terá oportunidade de
aplicar conhecimentos previa mente adquiridos em novas situações, tornando as aulas de matemática mais dinâmicas e não restringem o ensino de matemática a modelos clássicos de ensino, tais como, exposição oral e resolução de exercícios.
135
EtnomatemáticaO papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de
relevância social que produzem conhecimento matemático.Essa tendência leva em consideração que não existe um único saber,
mas vários saberes distintos e nenhum menos importante que o outro.
Modelagem MatemáticaA modelagem matemática, ao mesmo tempo em que propõe a
valorização do aluno no contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamento sobre situações de vida.
Diante das possibilidades de situações diferenciadas de aprendizagem, essa tendência contribui para a formação do estudante ao possibilitar maneira pelas quais os conteúdos de matemática sejam abordados na prática docente, cujo resultado será um aprendizado significativo.
Mídias TecnológicasOs recursos tecnológicos sejam eles os softwares a televisão, as
calculadoras, os aplicativos da Internet entre outros, favorecem as experimentações matemáticas, potencializando as formas de resolução de problemas.
História da MatemáticaÉ importante entender a História da Matemática para compreender melhor
os conceitos matemáticos. Segundo Miguel e Miorim (2004) afirma que a história deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da matemática.
Sendo assim, é necessário que os educandos compreendam a natureza da matemática e sua relevância na vida da humanidade, a matemática de uma maneira indireta está inserida nos avanços tecnológicos mesmo sem percebermos ela está presente em quase tudo.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação tem um papel de mediação no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação devem ser vistos como partes integrantes de um mesmo sistema. Nessa escola será considerado no contexto das práticas de avaliação encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão de noções e subjetividades, isto é, diversos métodos avaliativos, utilizando a mídia e as novas tecnologias; (calculadoras, computadores e outros); no incentivo ao crescimento do educando, tanto intelectual como também uma aprendizagem voltada para formação do cidadão, nas relações sociais, culturais e políticas.
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais
136
oportunidades devem incluir manifestações orais e escritas e de demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computadores e calculadora. Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor, e essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
➢ comunica matematicamente, oral ou por escrito➢ compreende, por meio de leitura, o problema matemático➢ elabora um plano que possibilite a solução de problema;➢ encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;➢ realiza o retrospecto da solução de um problema.
Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem. Portanto, a avaliação será uma prática emancipatória, instrumento reflexivo, para obtenção de informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica, através de:
➢ Atividades de leitura (compreensiva/crítica) de textos, gráficos e tabelas;
➢ Projeto de pesquisa bibliográfica;➢ Projeto de pesquisa de campo;➢ Debate;➢ Relatório;➢ Atividades com textos literários;➢ Atividades com recursos audiovisuais;➢ Trabalho em grupo (diferentes atividades: escrita, oral, gráfica,
construção de objetos tridimensionais, painéis, etc.);➢ Questões objetivas; ➢ Questões discursivas.A escola oportunizará, conforme prevê a LDB nº 9394/96, a todos os
alunos com menor rendimento a oportunidade de participação da recuperação de conteúdos. As atividades de recuperação acontecerão de forma processual e contínua através da retomada de conteúdos, atividades e trabalhos paralelos às aferições avaliativas visando a aprendizagem dos alunos.
5 REFERÊNCIAS
BIEMBENGUT, Maria Salett; HEIN, Nelson – Modelagem Matemática no Ensino. São Paulo: Editora Contexto, 2005.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96. Brasília, 1996.
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto PolíticoPedagógico. Ivaté, 2011.
137
______. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. Ensino Fundamental. São Paulo: Editora Ática, 2007.
______, Luiz Roberto. GIOVANNI, José Ruy. Matemática Completa. Ensino Médio. São Paulo: Editora FTD S.A,
D’AMBRÓSIO, Ubiratan, Etnomatemática Elo entre as Tradições e a Modernidade. Belo HorizonteMG: Editora Autêntica, 2005.
PARANÁ. Diretrizes curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – DCE. Curitiba:SEED, 2010.
POLYA, George – A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2006.
ZASLAVSKY, Cláudia – Jogos e Atividades Matemáticas do mundo Inteiro. Porto Alegre RS, ARTMED Editora S. A. 2000.
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA SALA DE APOIO
1 APRESENTAÇÃO
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná SEED implementou o programa Salas de Apoio à Aprendizagem em 2004, com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que frequentam o 6º ano do Ensino Fundamental. O programa prevê o atendimento aos alunos, no contraturno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares. Os encaminhamentos metodológicos devem fazer com que os alunos que ingressam no 6º/9º anos com defasagens de aprendizagem possam, por meio de atividades diferenciadas e significativas oferecidas no contraturno, superar essas defasagens e acompanhar seus colegas do turno regular, diminuindo assim a repetência e melhorando a qualidade da educação ofertada pela rede pública.
2 CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 6º ANO
➢ Números , Grandezas e medidas, Geometria e Tratamento da Informação
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CONTEÚDOS BÁSICOS
➢ Sistema de Numeração Decimal➢ Classificação e seriação numérica➢ Adição, subtração, multiplicação e divisão de números naturais➢ Números Racionais➢ Sistema Monetário Brasileiro➢ Unidades de medidas ( comprimento, massa, tempo, ângulos e
capacidade)➢ Perímetro e Área➢ Topologia➢ Polígonos e Poliedros➢ Dados, Tabelas e gráficos
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 9º ANO
➢ Números e álgebra, Grandezas e medidas, Geometria, Tratamento da Informação e Funções.
CONTEÚDOS BÁSICOS
➢ Números reais;➢ Regra de três simples;➢ Razão e proporção;➢ Polinômios;➢ Equações e inequações de 1º grau;➢ Expressão algébrica;➢ Sistemas de equações do 1º grau;➢ Medidas de comprimento;➢ Medidas de massa;➢ Ângulo, grau;➢ Superfície, tempo, volume, velocidade;➢ Sistema monetário;➢ Propriedades de figuras planas;➢ Corpos redondos;➢ Sólidos geométricos;➢ Gráfico cartesiano;➢ Princípio fundamental da contagem;➢ Análise combinatória;➢ Média aritmética e moda;➢ Porcentagem;
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➢ Juros simples;➢ Função de 1º grau;➢ Função quadrática.
3 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O ensino da Matemática na Sala de Apoio à Aprendizagem será desenvolvido através de metodologias diferenciadas tendo como base as Tendências da Educação Matemática: resolução de problemas, investigação matemática, jogos e mídias tecnológicas, articulando os recortes de conteúdo.
A partir de leituras, pesquisas, desenhos e discussões em grupos os conteúdos serão desenvolvidos buscando dar significado ao conteúdo aprendido.
Serão desenvolvidas atividades utilizando os jogos: Torre de Hanoi, dominó das tabuadas,jogo de sequências lógicas trânsito, conjunto de barras de medidas, conjunto de réguas numéricas, conjunto de números e sinais, jogo da memória, dominó da multiplicação, escala cuisenaire, conjunto blocos lógicos.
Confecção de jogos ( bingo da tabuada, corrida da tabuada, trilha da tabuada, etc.), e de material concreto para trabalhar unidades, dezenas, centenas , poliedros, etc.
No laboratório de informática será realizadas pesquisas, jogos on line ( raciocínio lógico, tabuadas, sudoku) , construção de gráficos e tabelas.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação na Sala de Apoio à Aprendizagem será mediadora no processo de ensino e aprendizagem, sendo a mesma contínua e processual.
O aluno será dispensado da Sala de Apoio à Aprendizagem, quando superar as dificuldades e após reunião com todos os envolvidos nesse processo ( direção, equipe pedagógica, professores regentes e o professor da Sala de Apoio à Aprendizagem). Outro aluno já avaliado será encaminhado para a vaga do aluno que foi dispensado.
5 REFERÊNCIAS
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto PolíticoPedagógico . Ivaté, 2011.
________. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
PARANÁ. Coletânea de atividades para sala de apoio à aprendizagem – Matemática.
PARANÁ. Orientações pedagógicas – Ciclo Básico de Alfabetização – Matemática
Projeto Pitanguá – Matemática. São Paulo: Moderna.
140
DISCIPLINA DE QUÍMICA
1 APRESENTAÇÃOAo nos depararmos com o desenvolvimento da sabedoria, as
transformações da matéria, através das necessidades humanas com a comunicação, o domínio do fogo, o domínio do processo de cozimento necessário à sobrevivência. A química esta presente em todo o processo de desenvolvimento das civilizações, e com o aprendizado de química devem permitir a compreensão da natureza com relação aos elementos que nela estão presentes, no decorrer dessa história. Assim não se pode falar da história da química sem reportar a fatos políticos, religiosos e sociais. O poder, representado pela riqueza, e a cura de todas as doenças, sinônimos de vida eterna, foram e são buscas incessantes da humanidade. Sendo assim, as primeiras citações que temos a cerca da Química são provenientes da alquímica, que buscava o elixir da vida eterna e a pedra filosofal (transmutação de todos os metais em ouro). Os alquimistas eram aqueles que se dedicavam à tarefa da experimentação, mas agiam de modo hermético, em segredo, uma vez que a sociedade da época era contra procedimento experimental por acreditar tratarse de bruxaria.
Para que o homem possa acompanhar e entender os motivos de tantas transformações e como elas se processam ao longo dos tempos, o local onde começa o processo do conhecimento humano, organizado, estruturado direcionado com objetivos é a escola. Para iniciar as discussões sobre a importância do ensino de Química, considerase essencial resgatar momentos marcantes sobre a história do conhecimento químico. Inicialmente, o ser humano conheceu a extração, produção e o tratamento de metais como cobre, o bronze, o ferro, o outro etc.
Acreditase que o domínio do fogo abriu o caminho da civilização, tendo sido a combustão uma das primeiras reações químicas experimentadas pelo ser humano. As transformações químicas, transformações de uma substancia em outra sempre fascinaram a humanidade. A partir delas surgiram processos que ajudaram a melhorar a vida no planeta: os metais usados para a fabricação de todo tipo de utensílio há muitos séculos, são obtidos por meio de transformações por meio de cozimento; os processos de curtição das peles de animais transformam o couro para que ele possa ser utilizado em vestuário; ferramentas são empregadas desde os primórdios de nossa civilização; o tingimento de fibras envolve transformações que as fazem absorver as tintas que lhes conferem diferentes cores; corantes são obtidos por processos que envolvem varias transformações, inclusive químicas. Os egípcios desenvolveram técnicas de extração de corantes vegetais, e os fenícios de extração de tintas de moluscos.
Nas civilizações préhistóricas, as técnicas primitivas de transformações de materiais muitas vezes eram executadas como rituais religiosos ou de magia. Essas técnicas ritualísticas foram se somando aos conhecimentos de diversos sábios, dando origem à alquimia. A sabedoria alquímica surgiu em diversas civilizações, se diferenciando pelas concepções do mundo de cada cultura. Assim surgiram à alquímica chinesa, a hindu, a egípcia, a árabe, e a europeia desde a
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Antiguidade ate a Idade Média. Em comum, todas desenvolveram técnicas arcaicas de transformações.
Acreditase que a palavra “química” tenha se originado nessa época. Alguns consideram que ele teve origem na civilização egípcia, advinda da palavra Khemeia, arte relacionada com mistérios, superstições, ocultismos e religião. Outra hipótese é que tenha surgido da palavra grega chima, que significa fundir ou moldar metais.
No final do século XIV e inicio do século XV, com o fim do feudalismo, a alquimia adquiriu uma nova configuração. Esse período foi caracterizado por aglomerações urbanas emergentes, por péssimas condições sanitárias, pela fome, pela peste, gerando um desequilíbrio demográfico e problemas relacionados ao trabalho. Na transição do século XVXVI, estudos desenvolvidos pelo suíço Philipus Auredus Theophastus Bombastus Von Hohenhim, cujo pseudônimo era Paracelso, possibilitam o nascimento da iatroquimica, antecessora da química. No século XVII, na Europa, ocorria a expansão da indústria, do comercio, da navegação e das técnicas militares. Nesse contexto, foi fundada, em Paris, a Academie de Sciences e outra similar em Berlim.
A química como ciência contempla as tradições para o desenvolvimento teorias e das leis que fundamentam as ciências. Bizzo (2002, p.17), afirma que a ciência não esta amparada em verdades religiosas ou filosóficas, mas em certo tipo de verdade que é diferente dessas outras. Não é correta que a imagem de que os conhecimentos científicos por serem comumente fruto de experimentação e por terem uma base lógica sejam “melhores” do que os demais conhecimentos. Tampouco se pode pensar que o conhecimento cientifico possa gerar verdades eternas e perenes.
Assim podemos ver que a química não é uma ciência pronta e acabada e sim de mudanças, proporcionando ao homem compreensão e sabedoria de suas origens e leis da natureza que esta sempre em transformação.
Para buscar a valorização da química num patamar de conhecimentos significa colaborar a compreensão do mundo e suas transformações reconhecendo e contribuindo o esclarecimento de fenômenos da natureza questionando os diferentes modos de nela intervir, assim envolvendo a produção e aplicação e do conhecimento cientifico e tecnológico sendo necessário estudo, pesquisa, trabalhos coletivos a fim de que a química faça parte do cotidiano numa visão mais ampla.
2 OBJETIVO GERAL
O objetivo do ensino da química no Ensino Médio é possibilitar o entendimento do mundo e sua interação cm ele. Ilustrando as experiências de sala de aula com situações observadas no cotidiano. Contribuindo para o esclarecimento dos fenômenos da natureza, questionando os diferentes modos de nela intervir criando situações novas de aprendizagem de modo que o aluno pense mais criticamente sobre o mundo, reflita sobre as razoes dos problemas, neste caso, os ambientais. Estas leituras de mundo proporcionaram ao educando do Ensino Médio
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uma reflexão mais abrangente do mundo em que se vive. Cada aprendizado de química deve permitir a compreensão da natureza com relação aos elementos que nela estão presentes, e entender o processo histórico de como o ser humano conheceu a extração, a produção e os tratamentos de materiais, no processo de desenvolvimento no mundo; assim como medicina (medicamentos); solo (agrotóxicos pesticidas e inseticidas).
O objeto de estudo da química: substancias e materiais sustentado pela tríade composição, propriedades e transformações presentes nos conteúdos estruturantes matéria e sua natureza, biogeoquímica e química sintética. Esses conteúdos norteiam o ensino da química, e através da construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos vinculados a historia política, econômica, sociais e culturais.
3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
MATÉRIA E SUA NATUREZAA abordagem da historia da química é necessária ao desenvolvimento da
compreensão de teorias e, em especial, dos modelos atômicos, conceitos de indivisibilidade até o conceito atual do átomo, na maioria das vezes se devemos observar o significado do comportamento das moléculas nos três estados físicos da matéria e ao ponto tríplice nos diagramas de fases assim segue os conteúdos estruturantes Matéria e sua Natureza.
BIOGEOQUÍMICA O conteúdo biogeoquímico sugere a partir de uma sobreposição de
biologia, geologia e química, pelas interações existentes entre a hidrosfera, litosfera, e a atmosfera sendo assim é dessas regiões que o homem retira e utiliza tudo aquilo que necessita para sobreviver. Isto é, química dos organismos vivos e químicos dos minerais.
QUÍMICA SINTÉTICANessa proposta, a química é a possibilidade da apropriação de produtos
já existentes para diferentes e a criação e utilização de novos materiais, o avanço de novas tecnologias, permitiram um combate a enfermidades com o preparo de medicamentos eficazes. A indústria alimentícia, fertilizantes agrotóxicos etc. É importante lembrar, que os conteúdos estruturantes se interrelacionam entre si ao planejamento anual elaborados pelos professores.
CONTEÚDOS BÁSICOS Matéria; Soluções; Velocidade das reações; Equilíbrio químico; Ligações químicas;
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Radioatividade; Gases; Funções químicas
DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS Educação Ambiental; Prevenção ao uso indevido de drogas; Relações Étnicas – Raciais; Sexualidade; Violência na escola – serão trabalhados permeando os conteúdos
básicos sempre que for possível.
4 METODOLOGIA
O ensino aprendizagem em química parte do conhecimento prévio dos alunos, por meio da mediação do conhecimento do senso comum e do conhecimento cientifica apresentado pelo professor, cujo papel é explorar as concepções atribuindolhes valores e significados. Utilizase da concepção espontânea que o educando já adquiriu em seu cotidiano em interação com os recursos trabalhados em sala de aula e nos espaços de convivência. Desta interação resulta a construção dos saberes. Desta forma os conhecimentos científicos permitem que o estudante do ensino médio consiga estabelecer conexões entre o cotidiano e os conhecimentos científicos. Através desta interação procurase estabelecer uma visão abrangente do estudo da química e do universo, facilitando estudos teóricos, trabalhos com experimentos, pesquisas, manipulações de materiais e reflexões criticas. O ensinoaprendizagem na disciplina de química será baseado nas interações alunoaluno, alunoprofessor e alunoprofessorobjeto do conhecimento. E para que essas interações ocorram com sucesso, serão utilizados os seguintes recursos:
• Leitura e interpretação de textos, onde o importante será a discussão de ideias e contextualização;
• Demonstrações experimentos, como recurso para coleta de dados e posterior discussão;
• Experimentação formal com discussão pré e pós laboratório visando à construção e ampliação de conceitos;
• Participação em atividades como: eventos, feira cultural e palestras;• Estudo do meio, através do qual, se pode ter ideia; • Aulas dialogadas, na qual será instigado o diálogo sobre o objeto de
estudo;• Áudiovisual, da mesma forma que o trabalho experimental, envolvendo
períodos de discussão pré e pós atividade como instrumento facilitador para construção e ampliação dos conceitos;
• Uso da biblioteca e informática como fontes de informações.
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5 AVALIAÇÃO
A avaliação deve atribuir valor ou conceitos ao resultado de um trabalho. Tanto a escola quanto professores e alunos devem ter consciência de que a avaliação é um ato educativo, e não opressivo, ou seja, um momento de aprendizagem, possibilitando ao estudante buscar seu autoconhecimento, para refletir sobre a sua atuação escolar, portanto o próprio estudante deve conhecer o sentido da avaliação e saber e porque de estar sendo avaliado. Ser entendida como uma alavanca que impulsiona o êxito dos alunos e da escola como um todo. Portanto, deve ser continua e evolutiva, avaliando os alunos em todas as aulas para que o mesmo perceba a importância do estudo da química. Assim darseá ao professor subsídios para percepção de dificuldades e dos avanços dos alunos.
A avaliação não deve voltarse apenas para o aluno e para seu desempenho, mas incidir sobre aspectos do processo ensinoaprendizagem, envolvendo desde a intervenção do professor até a sua função socializadora e cultural da escola. Segundo tal concepção a ação avaliativa deve evidenciar todo um processo e não apenas o produto. Sendo a avaliação diagnostica, processual, contínua, cumulativa e participativa. A avaliação não tem a finalidade em sim, mas deve subsidiar ou mesmo redirecionar o curso da ação do professor, em busca de assegurar a qualidade do processo educacional no coletivo da escola visando a formação de um cidadão critico. Utilizandose de instrumentos variados tendo como principal critério a formação de conceitos científicos.
6 REFERÊNCIAS
BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília, 1996.
CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino. Canoas : Ed. Da Ulbra, 1995.
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ . Projeto Político Pedagógico. Ivaté, 2011.
_______. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química: Professor/Pesquisador. 2ª Ed. Ljui: Editora Unijuí, 2003. p.120
PARANÁ. Diretrizes Estatuais Curriculares de Química. Curitiba, 2008.
_______.Livro Didático Público. Curitiba, 2006.
ROCHA, G. O. A Pesquisa sobre currículo no Brasil e a historia das disciplinas escolares. in Currículo e políticas públicas. Belo Horizonte: Autentica, 2003.
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DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
1 APRESENTAÇÃO
Podemos dizer que a Sociologia brasileira começa a “engatinhar” a partir da década de 1930, vindo a se fortalecer nas décadas seguintes. Apesar de alguns autores da sociologia dizerem que não há uma data correta que marca o seu começo em solo brasileiro, essa época parece ser a mais adequada para se falar em início dos estudos sociológicos no Brasil. Foi justamente a partir de 1930, que surge no Brasil um período no qual a reflexão sobre a realidade social ganha um caráter mais investigativo e explicativo.
Dividindo os acontecimentos da implantação da Sociologia no Brasil como ciência, em fases, ou em geração de autores, de acordo com o sociólogo brasileiro Otávio Ianni (19262003), destacamos aqui três delas, as quais se complementam:
Na primeira fase surge a longos intervalos, estudos e trabalhos em que aparecem, na interpretação da história geral ou literária ideias e tendências sociológicas, orientadas em direções diversas. São obras antes literárias e históricas do que sociológicas, em que já se acusa uma penetração maior ou menor, geralmente superficial, do espírito e das ideias correntes da ciência social, ainda em formação, dominantes nos meados do século XIX. A obra de maior destaque e contribuição à Sociológica brasileira foi o Livro Os Sertões de Euclides da Cunha.
Numa segunda fase de geração de autores, a preocupação em se fazer pesquisas de campo, que é uma característica das pesquisas sociológicas, começa a ser levada em conta. Gilberto Freyre foi o autor de Casa Grande & Senzala (1933), livro no qual demonstrou as características da colonização portuguesa, a formação da sociedade agrária, o uso do trabalho escravo e, ainda, como a mistura das raças ajudou a compor a sociedade brasileira. Já a partir dos anos de 1940 novos sociólogos começam a aparecer no cenário brasileiro.
Esta terceira geração é formada por sociólogos que vieram de diferentes instituições universitárias, fundadas a partir de 1930 e inauguram estilos mais ou menos independentes de fazer Sociologia. Dos autores que fazem parte dessa terceira geração, podemos citar Oliveira Viana, Florestan Fernandes, Guerreiro Ramos, dentre vários outros.
Com Augusto Comte (17981857) surge o termo Sociologia,este autor buscará criar um método específico para o estudo da sociedade, já que acreditava que a ciência deveria ser usada na organização das mesmas e afirmando que a ordem levaria ao progresso.
Emile Durkheim (18581917) irá utilizarse de conceitos de Comte na elaboração e consolidação de uma ciência que tenta entender a sociedade e as relações sociais. Durkheim chamou de "Socialização", a consciência coletiva seria então formada durante a nossa socialização e seria composta por tudo aquilo que habita nossas mentes e que serve para nos orientar como devemos ser, sentir e nos comportar. E esse "tudo" ele chamou de "Fatos Sociais", e disse que esses eram os verdadeiros objetos de estudo da Sociologia.
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Em Max Weber( 18641920) o estudo da Sociologia tem novo sentido, para ele o indivíduo prevalece sobre a sociedade. Ele estabelece a Sociologia Compreensiva que vai buscar entender a sociedade a partir da compreensão das ações indivíduo.
Outro autor relevante para o entendimento das sociedades é Karl Marx (18181883). Que busca compreender a sociedade capitalista e aponta uma direção para sua transformação, Marx desvenda os mecanismos de exploração e manutenção das relações sociais apontando para o fato das sociedades estarem divididas em classes. Muito embora Marx não esteja preocupado com a constituição de uma ciência, suas reflexões são importantes para a compreensão das sociedades.
Essa disciplina deve realmente contribuir muito na medida em que fornece informações acerca da estrutura e das relações sociais e cria um espaço privilegiado para discussões que nem sempre se fazem presentes na escola. Apresentar e propiciar aos alunos o entendimento do contexto histórico do surgimento da sociologia, isto é, mostrar como essa ciência foi sendo constituída e se estabelecendo a uma análise critica da realidade social. Pois é de fundamental importância apresentar os acontecimentos, as transformações sociais e científicas que ocorriam no mundo quando a sociologia começou a ser constituída como uma ciência, uma disciplina, um saber uma forma de pensar o mundo.
Proporcionar também uma compreensão aos alunos, que além do contexto do surgimento da sociologia, quais foram os precursores desta disciplina, como o filósofo August Comte e o sociólogo Émile Durkheim, pensadores que empenharam se em transformar a Sociologia em um saber científico.
A Sociologia propiciará aos alunos uma compreensão sobre algumas teorias da sociologia que deram um novo olhar sobre o mundo, trazendo a compreensão de que a sociedade é construída e acionada a partir das motivações e intenções dos homens, desmistificando a naturalidade de muitos fatos.
2 CONTEÚDOS
O desenvolvimento da sociologia no Brasil.
1 Conteúdo estruturante: O processo de socialização e as instituições sociais.
Conteúdos Básicos: Processo de Socialização;Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos,
etc).
2 Conteúdo estruturante: Cultura e Indústria Cultural.Conteúdos Básicos:Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição
na análise das diferentes sociedades; Diversidade cultural; Identidade; Indústria
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cultural; Meios de comunicação de massa; Sociedade de consumo; Indústria cultural no Brasil; Questões de gênero; Cultura afrobrasileira e africana; Culturas indígenas.
3 Conteúdo estruturante:Trabalho, Produção e Classes SociaisConteúdos Básicos:O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociaisOrganização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
Globalização e Neoliberalismo;Relações de trabalho; trabalho no Brasil.
4 Conteúdo estruturante: Poder, Política e IdeologiaConteúdos Básicos: Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;Democracia,
autoritarismo, totalitarismo Estado no Brasil;Conceitos de Poder; Conceitos de Ideologia; Conceitos de dominação e legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
5 Conteúdo estruturante: Direitos, Cidadania e Movimentos SociaisConteúdos Básicos: Direitos: civis, políticos e sociais; Direitos Humanos; Conceito de
cidadania; Movimentos Sociais; Movimentos Sociais no Brasil; A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; A questão das ONG's.
6 – Quanto aos conteúdos dos Desafios Educacionais Contemporâneos e da Diversidade, serão estudados e trabalhados de acordo com os conteúdos programados no decorrer dos bimestres.
3 METODOLOGIA
No ensino da Sociologia propõese que sejam redimensionados aspectos da realidade por meio de uma análise didática e crítica dos problemas sociais. Sendo assim, os conteúdos específicos estarão articulados à realidade, considerando sua dimensão sóciohistórica, vinculado ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outras coisas.
Neste sentido, destacamse os conteúdos específicos da disciplina não precisa ser trabalhados, necessariamente, de forma sequencial, do primeiro ao último conteúdo listado, podendo ser alterada a ordem dos mesmos sem problemas para compreensão, já que eles, apesar de estarem articulados, possibilitam sua apreensão sem a necessidade de uma “amarração” com os demais.
Sugerese, no entanto, que a disciplina seja iniciada com uma rápida contextualização do surgimento da Sociologia, bem como a apresentação de suas principais teorias na análise/compreensão da realidade.
No ensino de Sociologia é necessária a adoção de múltiplos instrumentos metodológicos, instrumentos estes, que devem adequarse aos objetivos
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pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), sua análise e discussão, a apresentação de filmes, a audição de músicas, enfim, o que importa é que o educando seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.
Por fim, o conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação, descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social.’ É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir prénoções e preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas á transformação social.
4 AVALIAÇÃO
Os critérios de avaliação, consistirá em uma análise do que foi trabalhado em sala de aula. Serão feitas leituras do livro didático e explicações teóricas sobre o conteúdo, pesquisas, e orientações individuais no intento de situar o aluno frente às situações e problemas que envolvem sua vivência cotidiana na sociedade.
Nesses conteúdos básicos e específicos serão avaliados a maneira como os alunos compreendem o texto lido, e seus níveis de compreensão e entendimento referente o conteúdo analisado e estudado. Será também verificada a participação dos alunos nos diálogos, discussões, e a clareza que eles mostram ao expor suas ideias, no qual será diagnosticada por intermédio de trabalhos e avaliações por escrito, questões referente a temática estudada e também em pesquisas que eles desenvolverão. Independentemente de haver ou não alunos com notas abaixo da esperada, a recuperação dos conteúdos serão recuperados concomitantemente ao processo ensino aprendizagem.
5 REFERÊNCIAS
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ANTUNES, R. (Org.) A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. São Paulo: Expressão popular, 2004.
AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia geral. São Paulo: Duas Cidades, 1973.
BOBBIO, N. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
BOSI, E. Cultura de massa e cultura popular: leituras de operárias. 5 ed. Petrópolis: Vozes, 1981.
COELHO, T. O que é indústria cultural. l5ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Projeto PolíticoPedagógico. Ivaté, 2010.
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COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
DURKHEIM, E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
GIDDENS, A. Sociologia. 6 ed. Porto Alegre: Artmed,2005.
GOHN, M. G. (Org.) Movimentos sociais no início do século XXI: antigos e novos atores sociais. Petrópolis: Vozes, 2003.
LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. 12 ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.
PARANÁ.Diretrizes Curriculares da Rede pública de Educação Básica do Estado do Paraná — Sociologia. Curitiba, 2006.
MARX, K. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.
MARCO OPERACIONAL
Diante da realidade apresentada e dos conceitos explicitados no decorrer deste Projeto PoliticoPedagógico, se faz necessário definir coletivamente o conjunto de ações necessárias a concretização do mesmo.
O Colégio Estadual Rachel de Queiroz Ensino Fundamental e Médio tem como princípio norteador a gestão democrática, pois as ações prioritárias descritas a seguir, para implementação em 2012, foram decididas a partir de discussões e questionamentos com o envolvimento de todos.
Para sanar os problemas citados em relação às salas de aulas com número excessivo de alunos, precisamos pleitear no inicio do ano a abertura de novas turmas quando se configurar tal situação. Outra ação conjunta para melhorar a aprendizagem é ter maior comprometimento de todos, principalmente na elaboração do Plano de Trabalho Docente, incluindo práticas pedagógicas diferenciadas e propiciando acompanhamento especial aos alunos que apresentam maior dificuldades retidos ou que foram aprovados pelo Conselho de Classe.
Através de sondagens contínuas, os professores e equipe pedagógica encaminharão os alunos com dificuldades de aprendizagem – 6º e 9º ano para Sala de Apoio à Aprendizagem das disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa. O coletivo da escola propõe dar acompanhamento, falando diretamente com os alunos que apresenta tais situações e deixando os pais cientes dessa necessidade. Assim, com o apoio da família, interferindo e incentivando a participação do aluno na Sala de Apoio à Aprendizagem, haverá sucesso com as ações que visam conseguir melhor rendimento na aprendizagem.
Caberá aos professores da Sala de Apoio à Aprendizagem, orientados pelas pedagogas, a elaboração de Plano de Trabalho Docente consistente, selecionando conteúdos em que os alunos apresentam defasagens, abordandoos
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através de metodologias adequadas. A eles também cabe um constante diálogo com os docentes das turmas para orientar e reorientar o seu trabalho.
A equipe pedagógica e professores dos 6º anos, se reunirão, principalmente no início do ano letivo, com o coordenador pedagógico da escola que oferta os anos iniciais para discutir e levantar dados sobre o processo educativo desenvolvido e as condições de aprendizagem dos alunos. Assim, conheceremos a dinâmica da escola da qual são oriundos e a história educacional dos mesmos, o que favorecerá a implementação de ações para garantir a aprendizagem. Cabe à equipe pedagógica acompanhar o trabalho do professor, orientandoo para que trabalhe considerando que esses alunos ainda são crianças e portanto, devem ser tratados como tal, o que exige um plano com atividades apropriados para esse nível de desenvolvimento.
Para os alunos iniciantes no Ensino Médio, faremos um trabalho já nas primeiras semanas de aulas com o intuito de esclarecer pontos como a nova matriz curricular, a presença de novas disciplinas, o aprofundamento conceitual na abordagem dos conteúdos, entre outros. Outra ação é o acompanhamento periódico dos resultados avaliativos o que permitirá acompanhar o processo de ensino e aprendizagem, reorientando professores e alunos na busca do sucesso.
Tanto as ações que buscam articulação entre os anos iniciais e anos finais do ensino fundamental, como destes com o ensino médio necessitam do acompanhamento dos pais, principalmente no primeiro caso, seja através de contatos individuais ou nas reuniões de pais.
Buscaremos orientação técnica com o responsável pela Educação Especial do Núcleo Regional de Educação no intuito de avaliar os alunos que apresentarem alguma necessidade especial. Se após a avaliação, constatarmos que temos alunos com necessidades educacionais especiais, precisaremos reabrir a sala de recurso para melhor atendêlos. Esse acompanhamento iniciará na 6º ano, inclusive considerando os encaminhamentos e avaliações feitas pelos alunos nas séries iniciais do ensino fundamental, já que recebemos alunos que já passaram por essa avaliação na Rede Municipal de Ensino. Portanto, para fortalecer o processo de inclusão de alunos com necessidades especiais precisamos adaptar a escola para que eles tenham a garantia do acesso e permanência com qualidade.
O Colégio Estadual Rachel de Queiroz desenvolverá com os pais ou responsáveis um programa de orientação sobre o processo de avaliação da escola, pois acreditamos que assim os mesmos estarão mais presentes na escola e acompanharão melhor o desempenho escolar do seu filho. As informações serão repassadas para os pais logo após o PósConselho de Classe em reunião entre eles, equipe administrativa/pedagógica, professores e alunos para esclarecimentos sobre as ações administrativas e pedagógicas da escola e sobre o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. Com essas ações pretendese aproximar os pais ou responsáveis da escola, não apenas do prédio, mas do trabalho pedagógico, para que sejam parceiros efetivos visando melhorar o processo educativo.
É necessário que os professores possam participar de cursos de capacitação, seminários ou outros eventos, para ter um melhor aperfeiçoamento sobre questões, como Inclusão Educacional, Educação do Campo, Avaliação, novas
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práticas pedagógicas, entre outras. Também, designamos um funcionário efeivo da escola que atuará como bibliotecário, para participar de capacitação fornecida pela SEED/PR, buscando melhorar o atendimento neste espaço pedagógico essencial para o desenvolvimento da pesquisa e leitura, já que o estabelecimento foi contemplado com o Programa Estadual de Biblioteca Escolar.
Foram obtidos avanços significativos em relação a frequência escolar dos alunos, devido às intervenções da equipe pedagógica e direção com acompanhamento e incentivo a participação dos pais, que são os únicos reponsáveis em enviar o filho para a escola. Buscando desenvolver ou aprimorar esse compromisso em acompanhar frequência e o rendimento escolar dos filhos contamos também com palestras sobre valores humanos nas reuniões de pais, confecção e exposição de faixas, divulgação na mídia local sobre a importância do acompanhamento da vida escolar do filho, da vivência cidadã e da participação comunitária, o que muito contribuirá para os avanços.
Para aumentar o tempo de permanência do aluno na escola, rumo a uma escola de educação integral, daremos mais visibilidade aos programas e projetos de atividades no contra turno, como o Programa Segundo Tempo e a Atividade Complementares de Arte, mostrando sua importância para a ocupação do tempo ocioso e a formação do cidadão.
Para os alunos com problemas na frequência escolar, será adotada primeiramente a notificação direta ao aluno. No caso de persistência será comunicado ao pai ou responsável. Como último recurso será enviada a ficha FICA para o Conselho Tutelar. Todo o processo de comunicação deverá ser registrado.
Em relação ao Centro de Estudos em Língua Estrangeira Moderna (CELEM) – Lìngua Espanhola, propôese que a escola, após a matrícula para composição das turmas, realize reunião com pais e alunos para informarlhes sobre as vantagens em aprender outra língua – que ficará registrado em seu histórico escolar, bem como exigindo deles o compromisso com a frequência, pois ocuparam as vagas que são públicas e gratuitas.
Quanto a avaliação será necessário acompanhar a prática avaliativa e os critérios de avaliação adotados pelo professor em relação aos conteúdos do currículo. É necessário propor atividades avaliativas diferenciadas definindo os critérios de acordo com os objetivos dos conteúdos de cada disciplina, expressando a intencionalidade do trabalho do professor. Esses critérios, no entanto, precisam estar de acordo com os critérios de avaliação da escola. As questões colocadas nos instrumentos de avaliação, precisam corresponder a necessidade básica do aluno em qualquer disciplina: a capacidade de leitura e interpretação e a expresão de suas idéias através da comunicação escrita, bem como a resolução de problemas. Portanto, não se admite mais instrumentos que contenham apenas questões envolvendo estímuloresposta, por exemplo. Esses instrumentos adequados permitirão reavaliar não somente a aprendizagem do aluno, como também a organização do trabalho pedagógico, permitindo que a escola continue superando as metas definidas pelo IDEB (ìndice de Desenvolvimento da Educação Básica).
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Os resultados das avaliações bimestrais – usando instrumentos conforme definido no Regimento Escolar deverão ser registrados no Livro de Registro de Classe, assegurando que prevaleça os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Se após a avaliação o professor verificar que o aluno não atingiu os objetivos propostos no Plano de Trabalho Docente, o mesmo aplicará a recuperação de estudos usando novos instrumentos e metodologia para oportunizar novamente a apropriação do conhecimento.
Se faz necessário promover maior engajamento dos membros das diversas intâncias colegiadas, principalmente do Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)e Grêmio Estudantil, a fim de que a maioria dos membros possam participar ativamente dos processos decisórios relacionados aos aspectos administrativos e pedagógicos. Isso só será conseguido com a valorização dessas instâncias, através da inserção do membros em discussões para embasamento teóricos e práticos. Será definido um cronograma anual de reuniões ordinárias, tanto para o Conselho Escolar como APMF, com o intuito de organizar melhor o trabalho dessas instâncias, ampliando e consolidando a gestão democrática.
Os alunos serão orientados para organizar o Grêmio Estudantil realizando eleição entre eles, para um mandato de um ano conforme estatuto próprio (em andamento). Sempre será oportunizado aos membros a participação na gestão da escola e nos cursos de formação.
Para o Conselho de Classe é necessário o PréConselho onde a equipe pedagógica reune com os alunos de cada sala para discutir o andamento escolar e as dificuldades encontradas pela turma e o que se pode melhorar. Essas informações trazidas pelos alunos serão utilizadas pelos professores, direção e equipe pedagógica para enriquecer as discussões no Conselho de Classe e determinar as ações que serão tomadas.
No PósConselho será discutido com a turma os problemas de ensino aprendizagem verificados no Conselho de Classe a partir desses levantamentos planejar as ações necessárias para solucionar os mesmos. Essa discussões com os alunos serão realizadas pelos professores da turma e em casos especiais juntamente com a equipe pedagógica.
Após o Conselho de Classe será feita a reunião, onde os pais serão convocados através de bilhetes, telefones e anúncio em rádio comunitária da cidade para entrega de boletins e informações sobre o desempenho escolar de seu filho. Quando necessário, a família será convidada a participar de atividades desenvolvidas na escola, como palestras sobre temas sociais contemporâneos, discussões, eventos e atividades pedagógicas desenvolvidas por alunos ou por representante de entidades públicas ou profissional competente.
Buscando solucionar problemas de aprendizagem, os profissionais da educação serão orientados a participarem da formação continuada tanto com a adesão aos cursos ofertados pela Secretaria de Estado da Educação com Formação em Ação, Semana pedagógica, Grupo de Trabalho em Rede, quanto na busca de conhecimento por meio da pesquisa em educação refletindo a partir da prática, as concepções teóricas que o auxiliarão a encontrar soluções para os
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problemas vivenciados. Essas discussões e estudos podem ocorrer durante a hora atividade, onde os profissionais das disciplinas podem socializar experiências.
Essa formação continuada inclui gestores, equipe pedagógica, equipe de apoio, conselheiros entre outros. Outras atividades de formação poderão ser utilizadas como: participação em simpósios, visitas a escolas que possuem experiências pedagógicas importantes; intercâmbio para trocas de experiências com professores de outros municípios; troca de ideias quanto à seleção, elaboração e formas de uso de material didático; contato constante com as editoras para conhecimento de materiais diversos e atualizados; leitura de revistas educacionais assinadas pela escola; recepção de programas da TV Escola ou Paulo Freire, para dar suporte ao conteúdo do professor; e reuniões pedagógicas semestrais realizadas com objetivo de acompanhar a execução do currículo e oferecer ao docente o suporte para o aprimoramento das metodologias utilizadas por eles.
Quanto ao horário, a direção com a equipe pedagógica tentará manter o dia de hora atividade por disciplinas, conforme cronograma enviado pelo Núcleo Regional de Educação. É evidente que o professor necessita utilizar a maior parte do período de hora atividade para fazer correções de instrumentos avaliativos aplicados aos alunos ou preparar atividades da prática pedagógica. Com o tempo excedente, ou na necessidade, oferecemos condições de leituras e reflexões – usando, por exemplo, a Biblioteca do Professor sobre o sentido do currículo na escola, metodologias de ensino, entre outras. O professor deve perceber que a nova concepção de currículo pretende resgatar a importância dos conteúdos, do saber elaborado, e agir em sua prática por este foco. Deixar também para os professores ter acesso ao Projeto PolíticoPedagógico, à Proposta PedagógicaCurricular e a prestação de contas da escola para que o mesmo tenha sempre oportunidades de acompanhar o diaadia da escola. Utilizarsea também este momento para discussões, diagnósticos e possíveis soluções para problemas gerais da sala de aula ou problemas individuais de alunos.
Em cumprimento à Lei 11645/08, que trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena a escola colocará em sua Proposta PedagógicaCurricular, nas disciplinas afins, os recortes de conteúdos que tratam dessas questões. Portanto, mesmo sabendo que a escola não dá conta de tudo, ela pode, de forma consciente e fundamentada, fazer o exercício de discutir sobre este tema, entendendoo na mesma perspectiva do conteúdo escolar, indo além de representações ingênuas, idealistas e estereotipadas da realidade. Esses temas devem ser “chamados” pelo conteúdo da disciplina em seu contexto e não o contrário transversalizando ou secundarizandoo. Portanto, devem estar descritos no Plano de Trabalho Docente, com as questões discutidas e trabalhadas não de forma pontual, mas de forma contextualizada durante as aulas, na perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica. Assim, podemos contribuir para reverter a dívida histórica nacional, verificadas pelas situações de exclusão e invisibilidade a que foram submetidas toda uma população de afrodescendentes e africanos. Como atividade de fechamento utilizarseá o Dia da Consciência Negra, comemorado em novembro. Esse dia será o ponto culminante de todas as
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atividades propostas pela Equipe Multidisciplinar. O mesmo ocorrerá com as outras demandas: Prevenção ao Uso de Drogas, Enfrentamento à Violência na Escola, Educação Ambiental e Sexualidade.
A equipe pedagógica deverá acompanhar as práticas de estágios não obrigatórios desenvolvidas pelos alunos relatando sua condição enquanto aluno.
PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA
• SEMANA CULTURAL DESPORTIVA
A Semana Cultural acontece uma vez por ano compreendendo um período de uma semana incluindo sábado e domingo. Esta consiste no envolvimento de toda escola: Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários, Conselho Escolar, Associação de Pais Mestres e Funcionários (APMF), e pais de alunos, onde serão apresentados trabalhos de exposições, teatros, danças, várias modalidades esportivas e tem por objetivo o envolvimento de toda comunidade escolar, buscando maior interação entre alunoaluno, alunoprofessor, professorcomunidade e comunidadealuno, oportunizando também os alunos que não participaram de outros eventos externos como: Jogos Escolares, Fera, Com Ciência etc.
• FEIRA CULTURAL
A Feira Cultural de Ivaté – FECIVA é uma atividade pedagógica complementar e interativa, definida no Calendário Escolar a cada triênio, na qual alunos e professores deste possuem espaço para expor publicamente para a comunidade local e municípios circunvizinhos – suas produções planejadas e executadas no cotidiano escolar. Seu objetivo é permitir que alunos e professores interajam com a produção científicotecnológica mediante experimentos, discussões e de projetos alternativos e, assim, se apercebam da necessidade não só de ter domínio do conhecimento historicamente produzido como da necessidade de discutilo e divulgálo através de produção escrita e da comunicação oral. Desta forma, ampliase o papel social da escola, bem como socializa o conhecimento científico e promove maior interação alunoaluno, professoraluno, escolaescola e escolacomunidade. As apresentações dos trabalhos serão em dois dias e nos três turno.
• DIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA
A comemoração ao dia da família acontece todo ano onde os alunos farão apresentações de teatros, dança, música, paródias, atividades com jogos e sorteios, e brincadeiras interativas com a participação de alunos (as) de pais e mães ou responsáveis. Contamos também com colaboração da comunidade que
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fazem apresentações musicais. Durante o evento é oferecido lanche para todos os participantes. A data deste evento é flexível conforme as comemorações do estabelecimento. A comunidade participa com patrocínio de prêmios que serão distribuídos à todos participantes, quer seja pai ou mãe de alunos ou não. Tem como objetivo estreitar os vínculos entre família e escola, buscando o comprometimento e participação dos pais e ou responsáveis com a educação.
• ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRA TURNO.
1 PROJETO DE ARTES
PROFESSORA :DURCELINA SANTOS FERREIRA
MACROCAMPO: CULTURA E ARTE (TEATRO)
TURNO: VESPERTINO
PARTICIPANTES: 25 ALUNOS (6º/7º/8º ANOS)
CONTEÚDO: TEATRO
ELEMENTOS FORMAIS:*Personagem;*Expressões corporais, vocais,gestuais e faciais;*Ação;*Espaço;*Música.
COMPOSIÇÃO:*Enredo,roteiro;*Espaço cênico,adereços;*Técnica;*Jogos,teatrais, teatro,indireto e direto,improvisação,manipulação,máscara...;*Gênero;*Tragédia,comédia e circo.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:*Teatro grego;*Contemporâneo: Arte Paranaense; Arte Brasileira;
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OBJETIVOS:Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na educação, destacamse: criatividade, socialização,memorização e coordenação. Essas aprendizagens são essenciais para o desenvolvimento da criança ou adolescente. Com o teatro, o educando tem a oportunidade de se colocar no lugar de outros, experimentando o mundo sem correr risco.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:*Leitura de textos para os alunos, propondo que cada um dramatize a história livremente ouvida em forma de brincadeira;*Transposição do texto literário para o dramático;*Produção de historias a partir de uma frase;*Participação em jogos teatrais:
Jogo de bola: reúne os alunos, em circulo e o professor começa com o jogo da bola imaginária; Cabo de vassoura: atividade em sala de aula, o aluno pega a vassoura e imagina um objeto, representa o objeto através de mímica;*Criação de personagens:
Gestos imitando pessoas e animais em seu cotidiano.Brincadeiras de faz de conta;
*Exercícios de voz, brincar de cantar musicas preferidas bem baixinho e depois bem alto;*Criação dos personagens, humano e de animais;*Narração de textos;*Confecção de figurino; *Seleção de trilha sonora: música adequada a apresentação;*Recursos de iluminação: acender e apagar a luz serve de sinal de que a peça vai começar.
AVALIAÇÃO*Diagnóstica e processual grupo e individual.
RESULTADOS ESPERADOS:PARA O ALUNO: Enriquecimento do vocabulário oral e escrito, desenvolvimento da leitura, memorização, habilidades corporais e faciais, um bom relacionamento e comunicação. O aluno se torna participativo, compromissado, ocupado e disposto.PARA A ESCOLA: O teatro em escolas tem uma importância necessária no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança ou adolescente, estimulando a capacidade criativa dos mesmos. Desta forma amplia a ideia de mundo, melhorando no aprendizado das diversas disciplinas, além de tornar a escola mais atrativa.PARA A COMUNIDADE: Quando apresentado num evento na escola, o teatro serve para aproximar a comunidade dela. Essa mesma produção pode ser apresentada em outro ambiente fora da escola.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:PARANÀ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica – Arte. Secretaria do Estado da Educação – SEED. Curitiba, 2008.PARANÀ. Livro Didático Publico de Arte do Estado do Paraná. Arte: caminhos metodológicos ensino fundamental. Curitiba: 2006.REVERBEL, Olga Garcia. Jogos Teatrais na Escola – Atividades Globais de Expressão. São Paulo: Scipione, 2009.
2 – PROJETO SEGUNDO TEMPO
Identificação Dados do Núcleo: Núcleo Regional de Educação de UmuaramaNome: Colégio Estadual Rachel de Queiroz Endereço Rua Serra Dos DouradosNúmero : 4351 Complemento Prédio Bairro : Centro Município Ivaté UF Paraná CEP 87525000Telefone (44) 3673 1155 Fax: (44) 3673 1155Email cerachel@bol.com.br Página na Internet
www.ivtrachelqueiroz.seed.pr.gov.br
Nome da instituição:Identificação PR Esportes Número Convênio: 217/07Coordenadora do PST
Fernanda Buzon Marques
Telefone (44) 84453627 email Fer_b_marques@hotmail.comEstagiário: Gean Carlos da Silva SantosTelefone (44) 84428681 email geansilva_santos10@hotmail.comDias de funcionamento (no mínimo 3 vezes por semana)( ) 2ª feira ( X ) 3ª feira ( x ) 4ª feira ( X ) 5ª feira ( X ) 6ª feira ( ) sábadoPeríodo de funcionamento: ( ) M a n h ã ( )Tarde
Período de funcionamento
( X ) Manhã ( X ) Tarde
Horário de Funcionamento
08:00 às 10:00 h 13:00 às 17:00 h
Número de beneficiário atendido
100
Atividades esportivas desenvolvidas no núcleo:
( ) Atletismo ( )Basquetebol ( ) Canoagem ( ) Capoeira
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( ) Futebol (x) Futsal ( ) Ginástica ( ) Handebol
( ) Judô ( ) Natação ( ) Volei de Areia ( ) Tênis
(x) Tênis de Mesa (x) Xadrez ( x) Voleibol
(x) Jogos cooperativos ( ) Outras Quais?Atividades complementares: vólei de areia, Dama, queimada, dominó,
futebol de golzinho, jogos cooperativos, Palestras e vídeos educacionais.Coordenadora geral: Fernanda Buzon MarquesEndereço: Rua ParanaguáEndereço eletrônico: fer_b_marques@hotmail.comTelefone: (44) 84453627
Fundamentação Teórica
O Projeto Segundo Tempo tem o intuito de propiciar ao aluno da rede estadual de ensino a oportunidade de ter acesso à prática esportiva e ao mesmo tempo desenvolver suas capacidades e habilidades motoras, tirandoos da situação de risco pessoal e social.
Com o desenvolvimento do Projeto pretendese continuar garantindo o resgate da cidadania e a inclusão social, diminuindo os índices de evasão escolar, contribuindo para a diminuição da exposição a situações de risco social de crianças e adolescentes na faixa etária de 06 a 17 anos.
Sendo assim o projeto visa garantir a inserção da criança e do adolescente em atividades esportivas, didáticas e culturais; combaterá toda forma de desigualdades, discriminação e preconceito; ampliará o universo educacional do aluno; incentivará a prática de civismo, ética e disciplina; atuará como propulsor do crescimento intelectual, equilíbrio motor e emocional.
O projeto atenderá principalmente os alunos que vem de classe baixa, em especial os de famílias cujos pais trabalham no corte de cana, na lavoura e plantação de alimentos devido à ausência dos pais, muitos desses alunos tem baixa estima, defasagem nos estudos, baixo rendimento escolar, desinteresse, indisciplina; alguns até passam a maior parte do tempo na rua.
Esse projeto pretende oferecer a essas crianças e adolescentes a oportunidade de permanecerem mais tempo na escola no contra turno com atividades esportivas, podendo receber a merenda escolar, uma vez que muitos têm a merenda escolar como à única refeição do dia. Enfim, o projeto tem um intuito de devolver a esses alunos a possibilidade de sonharem com um futuro melhor. (Os coordenadores e monitores são de suma importância para os alunos de 11 a 17 anos, pois além de trabalhar atividades esportivas que trazem regras, normas, respeito, entre outras mais, são experientes e tem a capacidade de orientálos em diversas situações para que se tornem pessoas com a mente aberta à rotina da sociedade a qual estão inseridas).
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DIAGNÓSTICO O Núcleo: Colégio Estadual Rachel de Queiróz Ensino Fundamental e
Médio, está implantado no Município de Ivaté, localizado na Região Sul do Brasil do Estado do Paraná. De acordo com os dados estatísticos do IBGE, o Município conta com uma população de 7.792 habitantes.
Este núcleo atenderá somente os alunos do Colégio Estadual Rachel de Queiróz Ensino Fundamental e Médio com aproximadamente 670 alunos regularmente matriculados, sedo 435 alunos matriculados no Ensino Fundamental e 235 alunos matriculados no Ensino Médio. Seu funcionamento é nos três períodos.
O Núcleo terá os seguintes espaços físicos disponíveis para a realização das atividades: Quadra poliesportiva do Colégio, Laboratório de Informática, sala de Educação Física, Biblioteca, Pátio da escola, Ginásio de Esportes José Roberto dos Santos, Estádio Municipal Vivaldino Ferreira de Souza, Quadra de Areia próximo ao Ginásio.
Nosso Município é carente de projetos sociais, com incentivo à pratica esportiva e social, as crianças adolescentes e jovens ficam vulneráveis aos riscos sociais, outro fator importante é a possibilidade de alunos carentes estarem engajados em algum projeto, com intuito de propiciar a esses alunos momentos de socialização e integração sendo que 27,26% do total da população se encontra num nível econômico de pobreza.
OBJETIVOS. Geral:
➢Explorar através do Projeto Segundo Tempo atividades que promovem sensação de prazer, respeito e honestidade, encontrar dentro do Projeto Segundo Tempo um ambiente mais harmonioso para passar seu tempo.
➢Específico:
➢1. Executar os fundamentos básicos dos esportes escolhidos.
➢Aperfeiçoar as atividades físicas e motoras.
➢ 2. Desempenhar as atividades propostas dentro das modalidades previstas.
➢3. Despertar o interesse pela prática esportiva e a função do esporte como lazer.
➢4. Aprender a respeitar os colegas.
➢5. Aperfeiçoar as atividades físicas e motoras.
➢6. Aprender a cooperar e respeitar as atividades propostas.
Conteúdo Específico a ser trabalhado: Voleibol, Futsal, Xadrez e Tênis de Mesa.Voleibol:
➢ Fundamentos (manchete, toque, saque, levantamento, bloqueio e etc.);➢ Preparação física;
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➢ Treinamento técnico – tático;➢ Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;➢ O jogo como instrumento de convivência social;➢ O jogo na atualidade e a mídia;➢ Profissionalização – chances e riscos;➢ Desenvolver jogos prédesportivos que favoreçam a vivência de situações
básicas de jogo.
Futsal:➢ Fundamentos (chute, condução, drible, finta, passe, domínio e etc.);➢ Preparação física;➢ Treinamento técnico – tático;➢ Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;➢ O jogo como instrumento de convivência social;➢ O jogo na atualidade e a mídia;➢ Profissionalização – chances e riscos;➢ Desenvolver jogos prédesportivos que favoreçam a vivência de situações
básicas de jogo.
Xadrez:➢ Movimentos das peças (peão, bispo, torre, dama, rei e etc.);➢ Regras básicas;➢ Treinamento de jogadas;➢ Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;➢ O jogo como instrumento de convivência social;➢ O jogo na atualidade e a mídia;➢ Principais partidas;➢ Desenvolver jogos préadaptados que favoreçam a vivência de situações
básicas de cada jogada.
Tênis de Mesa:➢ Fundamentos (posição de base, saque, recepção, batida etc);➢ Treinamento técnicotático;➢ Origem e histórico do esporte;➢ Regras básicas do esporte;➢ Jogos adaptados – grupos, duplas;➢ Jogando com a família festival;➢ O jogo como prática de lazer;➢ O jogo como exercício físico.
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Desdobramento do Conteúdo Específico – Voleibol Dimensões do Conteúdo
Fundamentos (manchete, toque, saque, levantamento, bloqueio e etc.);
Procedimental
Preparação física; Procedimental
Treinamento técnico – tático; Procedimental
Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;
Conceitual
O jogo como instrumento de convivência social; Atitudinal
O jogo na atualidade e a mídia; Atitudinal, Conceitual
Profissionalização – chances e riscos; Atitudinal, Conceitual
Desenvolver jogos prédesportivos que favoreçam a vivência de situações básicas de jogo.
Procedimental
Desdobramento do Conteúdo Específico – Futsal Dimensões do Conteúdo
Fundamentos (chute, condução, drible, finta, passe, domínio e etc.);
Procedimental
Preparação física; Procedimental
Treinamento técnico – tático; Procedimental
Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;
Conceitual
O jogo como instrumento de convivência social; Atitudinal
O jogo na atualidade e a mídia; Atitudinal, Conceitual
Profissionalização – chances e riscos; Atitudinal, Conceitual
Desenvolver jogos prédesportivos que favoreçam a vivência de situações básicas de jogo.
Procedimental
Desdobramento do Conteúdo Específico – Xadrez Dimensões do Conteúdo
Movimentos das peças (peão, bispo, torre, dama, rei e etc.);
Procedimental
Regras básicas; Conceitual
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Treinamento de jogadas; Procedimental
Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;
Conceitual
O jogo como instrumento de convivência social; Atitudinal
O jogo na atualidade e a mídia; Atitudinal, Conceitual
Desenvolver jogos préadaptados que favoreçam a vivência de situações básicas de cada jogada.
Procedimental
Desdobramento do Conteúdo Específico – Tênis de Mesa
Dimensões do Conteúdo
Fundamentos (posição de base, saque, recepção, batida etc);
Procedimental
Treinamento técnicotático; Procedimental
Origem e histórico do esporte; Conceitual
Regras básicas do esporte; Conceitual
Jogos adaptados – grupos, duplas; Procedimental e Atitudinal
Jogando com a família – festival; Atitudinal
O jogo como prática de lazer; Conceitual
O jogo como exercício físico. Conceitual
Núcleo Rachel de Queiróz (Ivaté)
Faixa etária: 11 a 17 anos Turmas: A, B e C
Conteúdo Estruturante: Esporte
Mês Conteúdo Básico
Conteúdo Específico
Desdobramento do Conteúdo Específico
Dimensões do Conteúdo
Setembro Individual Xadrez Movimentos das peças (peão, bispo, torre, dama, rei e etc.);
Procedimental
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OutubroRegras básicas; Conceitual
Treinamento de jogadas; Procedimental
Novembro
Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;
Conceitual
O jogo como instrumento de convivência social; Atitudinal
Dezembro
O jogo na atualidade e a mídia;
Atitudinal, Conceitual
Desenvolver jogos préadaptados que favoreçam a vivência de situações básicas de cada jogada.
Procedimental
Setembro
Coletivo Futsal
Fundamentos (chute, condução, drible, finta, passe, domínio e etc.);
Procedimental
Preparação física; Procedimental
Outubro
Treinamento técnico – tático; Procedimental
Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;
Conceitual
Novembro
O jogo como instrumento de convivência social;
Atitudinal
O jogo na atualidade e a mídia;
Atitudinal, Conceitual
Dezembro
Profissionalização – chances e riscos;
Atitudinal, Conceitual
Desenvolver jogos prédesportivos que favoreçam a vivência de situações básicas de jogo.
Procedimental
Setembro Coletivo Voleibol Fundamentos (chute, condução, drible, finta,
Procedimental
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passe, domínio e etc.);
Preparação física; Procedimental
Outubro
Treinamento técnico – tático;
Procedimental
Histórico do Esporte – origem, evolução e desenvolvimento;
Conceitual
Novembro
O jogo como instrumento de convivência social; Atitudinal
O jogo na atualidade e a mídia;
Atitudinal, Conceitual
Dezembro
Profissionalização – chances e riscos;
Atitudinal, Conceitual
Desenvolver jogos prédesportivos que favoreçam a vivência de situações básicas de jogo.
Procedimental
Setembro
Individual Tênis de Mesa
Fundamentos (posição de base, saque, recepção, batida etc);
Procedimental
Treinamento técnicotático; Procedimental
Outubro
Origem e histórico do esporte; Conceitual
Regras básicas do esporte; Conceitual
Novembro
Jogos adaptados – grupos, duplas;
Procedimental e Atitudinal
Jogando com a família – festival; Atitudinal
Dezembro
O jogo como prática de lazer; Conceitual
O jogo como exercício físico. Conceitual
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Estratégias Metodológicas:
O Projeto Segundo Tempo tem por finalidade trabalhar uma perspectiva educacional, onde os alunos poderá buscar diferentes estratégias na execução das atividades realizadas.Para que issso aconteça será utilizado as seguintes estratégias: a) Instrução verbal do Professor( demonstração, ilustração.) esta estratégia será utilizada no inicio das atividades para favorecer um diálogo entre os grupos. b) Atividades experimentais: ( individuais, duplas e pequenos grupos) essas atividades tem o prazer de experimentar, oferecer aos alunos espaços para que criem movimentos e estratégias para as práticas. c) Participação ativa dos alunos: envolver os alunos nas atividades desenvolvidas de forma dinâmica e cooperativa. Este será o desfio do Professor e Monitor todos os dias. d) Competições: permite aos alunos a se comunicar em trabalhos coletivos e individuais,estudando as regras e favorecendo seu aprendizado.
Recursos materiais
Espaços ➢ Ginásio de Esportes José Roberto Dos Santos, ➢ Quadra de voleibol de areia do ginásio, ➢ Estádio Municipal Vivaldino Ferreira de Souza,➢ Quadra Poliesportiva do Colégio Estadual Rachel de Queiroz,➢ Laboratório de Informática➢ Biblioteca do Colégio Estadual Rachel de Queiróz.➢ Pátio do Colégio Estadual Rachel de Queiróz.
Processos Avaliativos
A Avaliação é um processo contínuo que tem por objetivo o trabalho do Coordenador, permitindo diagnosticar erros e buscar sempre fazer o correto. Este processo será acompanhado pela equipe do colégio: Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Pais e Alunos que frequentam o PST, procurando avaliar afetivosocial, motor, cognitivo do aluno. O principal processo avaliativo são os objetivos do planejamento. Para isso ocorrer utilizará os instrumentos de avaliação disponivel no livro ( Fundamentos Pedagógicos do Programa Segundo Tempo).* Controle de frequencia,* Aplicação de questionário com os alunos, * Questionários com os alunos para avaliar o Professor coordenador e monitor.. Esses instrumentos de avaliação poderá ser melhorado de acordo com a necessidade do núcleo envolvido, pois cada dia é um processo de aprendizagem.
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Cronograma: Projeto Segundo Tempo.
Fevereiro de 2012: Levantamentos dos alunos que estão cadastrados no Projeto Segundo Tempo
Março de 2012: Após o levantamento separar os alunos em turmas para o Projeto ser desenvolvido corretamente. Demonstrar as atividades a serem desenvolvidas durante os semestres.
Abril de 2012: Avaliação respectivas dos alunos em relação aos esportes a serem trabalhados, objetivo do Projeto Segundo Tempo.
Maio de 2012: Históricos dos esporte e das atividades complementares; Futsal, Voleibol, Xadrez, Tenis de Mesa, Dama, Futebol de golzinha entre outras.
Junho de 2012: Jogos pré desportivos, preparação física e algumas jogadas dos esportes trabalhados.
Julho de 2012: A relação dos esportes de rendimento com o esporte de lazer. Atividades complementares.
Agosto 2012: Origem e historia do Tênis de mesa.
Setembro 2012: Regras básicas do tênis de mesa e treinamento técnicotático
Outubro 2012: Jogo do Voleibol, Fustal e Tênis de mesa na atualidade e na mídia.
Novembro 2012: Jogos competitivos entre as turmas do Projeto: Voeibol, Futsal, Xadrez e Tênis de Mesa.
Dezembro 2012: Recreio de Férias.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TANI, G. et al. Educação física escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: EPU/USP, 1988. SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO. Jogos cooperativos: um exercício de convivência. São Paulo: [s.n.], 1999.
CARNEIRO, C. F. e LOUREIRO, L. A importância do xadrez na educação das crianças. Editora Adonis, 2005;
FREITAS, Armando; Vieira, Silvia: O que É Vôlei História , Regras , Curiosidades. Editora Casa da Palavra.
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CBFS – Novas Regras do futsal 2011
LIMA, F.V. Aspectos em pedagogia do treinamento do tênis de mesa. In: GRECO, P.J.; SAMULSKI, D.M.;CARAN JR, E. Temas atuais em educação física e esportes. Belo Horizonte: Editora Health, 1997
Emílio, Paulo. Futebol dos alicerces ao telhado. Ed. Oficina do Livro
AFONSO, G. F. Voleibol de praia: uma análise sociológica da história da modalidade (19852003). Curitiba, 2004
Fundamentos pedagógicos para segundo tempo. 2. ed; Maringá: Eduem, 2008 Fundamentos Pedagógicos do PST, 2010
REFERÊNCIAS – PPP
ARCOVERDE, Y. F.S. Introdução às diretrizes curriculares. Disponível em: www.pedagogia.seed.pr.gov.br/arquivos/File/.../texto_yvelise.pdf Acesso: 22/11/2010
BRASIL. Leis de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília, 1996.
CANEDO, D. “Cultura é o quê?” reflexões sobre o conceito de cultura
e a atuação dos poderes públicos. Salvador: UFBa, 2009.
COLÉGIO ESTADUAL RACHEL DE QUEIROZ. Regimento Escolar. Ivaté, 2008.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2008.
FRANCO, A. F. O mito da autoestima na aprendizagem escolar. Rev. Psicol. Esc. Educ. Vol.13,n.2.CampinasJul/Dez.2009. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141385572009000200015&script=sci_arttextAcesso: 18/11/2010.
IACONO, J.P. Educação Inclusiva. Disponível em: cacphp.unioeste.br/projetos/pee/arquivos/educacao_inclusiva.pp Acesso: 26/11/2010Os desafios educacionais contemporâneos e os conteúdos escolares: reflexos na organização da proposta pedagógica curricular e a especificidade da escola pública . Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=44 Acesso: 07/12/2010.
PERALTA, T. P. Alfabetização e letramento no ensino fundamental de nove anos: um olhar na contemporaneidade. Disponível em: www.uel.br/ceca/pedagogia/.../TANIA%20PAULA%20PERALTA.pdf Acesso: 12/11/2011
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SACRISTAN, J.G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Trad. Ernani F. Da Fonseca Rosa – 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SACRISTAN, J.G. & PÉREZ GÓMEZ,A.I. Compreender e transformar o ensino. Trad. Ernani F. Da Fonseca Rosa – 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1988.
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