Post on 08-Nov-2018
COLÉGIO ESTADUAL MACEDO SOARES
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Todo conhecimento começa como um sonho.O conhecimento nada mais é que a aventura pelo mar desconhecido, em busca da terra sonhada.Mas sonhar, é coisa que não se ensina,brota das profundezas do corpo, como a água brota das profundezas da terra.Como mestre, só posso então lhe dizer uma coisa; conte-me seus sonhos para que sonhemos juntos."
2010
MARCO
SITUACIONAL
“A experiência é uma lanterna dependurada nas cos-tas que apenas ilumina o caminho já percorrido.”
CONFÚCIO
1. APRESENTAÇÃO:
“O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz.”
ARISTÓTELES
1.1 CONSTRUÇÃO E FINALIDADE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Este documento representa o Projeto Político Pedagógico que revela as linhas
norteadoras do trabalho no Colégio Estadual Macedo Soares - Ensino Fundamental e
Médio, dentro de um processo educativo que segue a necessidade da construção de uma
educação voltada para a cidadania que garanta o direito de todos ao conhecimento,
pressupondo a compreensão crítica da realidade histórico-social.
Foi construído em conjunto, após muitas reflexões, com a intenção de apresentar
todos os segmentos que norteiam a prática pedagógica, uma proposta de trabalho, de
avaliação, revelando as intenções assumidas coletivamente e com o compromisso de ser
concebido e executado por todos.
O projeto foi elaborado a partir da reflexão e avaliação da organização curricular,
visando a busca de alternativas frente às dificuldades encontradas na educação,
formando um sujeito crítico na sociedade.
Tem como finalidade a busca constante da melhoria da qualidade de ensino. Para
isso faz-se necessário um planejamento contínuo em busca do aperfeiçoamento do
processo educativo, através do conhecimento da realidade e seu contexto.
Planejar o desenvolvimento da escola é condição imprescindível para que as
perspectivas que se tem sejam traçadas em benefício da coletividade.
Isso pressupõe que o projeto da escola possa atender as dimensões política e
pedagógica que lhe são atribuídas: política porque traduz pensamento e ação, exprime
uma visão de mundo, de sociedade de educação, de profissional e de aluno que se
deseja. Entende-se que tomar decisões, fazer escolhas e executar ações são atos
políticos. Pedagógica porque nela está a possibilidade de se tornar real a intenção da
escola, subsidiando e orientando a ação educativa no cumprimento de seus propósitos,
entre os quais está a formação do ser humano: compromissado, crítico, criativo e
participativo , para construir uma sociedade democrática, justa e igualitária.
O Projeto Político Pedagógico tem como finalidade também, determinar um
comprometimento coletivo e um compartilhar de responsabilidades, de maneira que a
escola alcance um desenvolvimento pleno em todos os aspectos. Para tanto, faz-se
necessário uma aproximação da escola com os pais, comunidade e demais envolvidos no
processo educativo, todos unidos e envolvidos visando a transformação de concepções.
Mas para que isso aconteça, é preciso que a escola se transforme. Transformar não
é mudar. Transformar significa chegar a situações novas, novos valores, novos
princípios, novas relações. De nada adianta transfigurar apenas concepções e não
alterar a prática.
Sendo assim, a escola ao elaborar seu Projeto Político Pedagógico, assume o
compromisso e a responsabilidade na definição de suas ações. Isso implica compromisso
político, administrativo, pedagógico, pessoal, afetivo, onde o grupo possa traduzir seus
anseios em situações vivas. Significa resgatar a própria escola como espaço público,
lugar de debate, de diálogo, fundado na reflexão, na participação individual e coletiva de
todos os seus membros, conferindo-lhe o poder de decisão.
Estamos vivendo uma nova era, onde o conhecimento “pronto e acabado”, não é
mais aceito e absorvido pela maioria da humanidade.Isso significa que a sociedade atual
exige uma prática pedagógica que garanta a construção da cidadania, possibilitando a
criatividade e criticidade.
Neste Projeto está explícita a organização do trabalho pedagógico escolar,
buscando a transformação da realidade social, econômica, política, exigindo e
articulando a participação de todos os sujeitos do processo educativo, para construir uma
visão global da realidade e dos compromissos coletivos. Vem também alicerçar o
trabalho pedagógico escolar enquanto processo de construção contínua, seguindo uma
proposta Progressista Dialética.
2. IDENTIFICAÇÃO
2.1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO E ENTIDADE MANTENEDORA
• Identificação da InstituiçãoColégio Estadual Macedo Soares - Ensino Fundamental e MédioCódigo 00051
• Endereço Rua Rui Barbosa, 1231 Campo Largo Paraná CEP 83601-140FONE 33926684 FAX 32921121E-mail: colegio.macedo@yahoo.com.brCódigo 0420
• Dependência AdministrativaEstadual
• Modalidade Fundamental (5º a 8º séries) e Médio seriada e anual
• Entidade MantenedoraSecretaria de Estado da Educação Av. Água Verde, 2140 - Água Verde - Curitiba - PR
• Ato de autorização do ColégioResolução nº 2428/76 de 29/10/76
•Ato de reconhecimento do Colégio Resolução nº 1525/03 de 16/07/03 - Ensino FundamentalResolução nº 3002/04 de 30/09/04 - Ensino Médio
•Distância do Colégio do NRE: 35Km
• Histórico
A escolha do nome Macedo Soares é uma homenagem a Antonio Joaquim de
Macedo Soares, um abolicionista a frente do seu tempo e o 1º Juiz de Direito de Campo
Largo. Nascido em 14 de janeiro de 1838, na fazenda do Bananal, distrito de Ponta
Negra, município de Maricá, então província do Rio de Janeiro.
Formado em Teologia, em 1855, descobre seu talento para a advocacia e ingressa
na Faculdade de Direito de São Paulo. Em 1863, é nomeado Juiz e inicia a carreira de
advogado.
É eleito Deputado Provincial pelo 2º Distrito do Rio de Janeiro e é reeleito outras
vezes. Durante seus mandatos elaborou a maioria das leis que organizavam o Ensino
Primário de sua época;
Em 1874, é nomeado Juiz de Direito de Campo Largo, Província do Paraná,
comarca por ele instalada, onde criou diversas associações literárias entre as quais, o
Clube Literário Campo-larguense.
Foi literário, ministro e pesquisador, mas seus maiores feitos foram na luta contra a
escravidão. Em uma de suas obras, "Dicionário Brasileiro da Língua Brasileira", definiu
abolicionismo como "termos novos criados modernamente, para exprimir idéias relativas
a medidas tendentes à extinção da escravidão".
É aclamado em praça pública pela passagem da libertação dos escravos em 1888.
Ouvia-se o povo gritar "Viva o Juiz Redentor". Título este que ele recusa, não se
considerando digno e diz ser a glória de quem lançou sua assinatura no decreto. Sendo
assim, a Princesa Isabel passou a ser denominada - Isabel, a redentora.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 1905, aos 67 anos de idade, deixando para a história
um grande legado.
O Grupo Escolar "Macedo Soares" iniciou seu funcionamento no ano de 1911, no
prédio situado na Praça Getúlio Vargas. Tem se como comprovante de sua fundação
uma placa de bronze, na entrada do referido prédio, pois o arquivo escolar não foi
encontrado e o primeiro livro de atas ocorreu somente a partir de 1914.
Do ano de 1940 em diante começou a funcionar no prédio novo em terreno
concedido ao Governo do Estado, pela Prefeitura Municipal, em Carta de Data,
registrada no Livro nº3, folha 15, em 21 de junho de 1937, localizado a rua XV de
Novembro, 2241.
Em 21 de setembro de 1964 foi criado através do Decreto nº. 15963, o Grupo
Escolar Noturno Macedo Soares. Funcionando inicialmente na Rua Sete de Setembro,
s/nº com a denominação de Escola Noturna de Operários. A partir de 1969, passou a
funcionar no prédio da Escola Macedo Soares.
O Curso Supletivo Fase 1, Educação Integrada foi criado em 29 de maio de 1972,
em convênio com o Departamento de Educação Complementar da Secretaria do Estado
da Educação e da Cultura.
A maior transformação ocorreu em 1973, quando foi implantada a Reforma de
Ensino (Lei 5692/71), entrando em funcionamento 10 turmas de 5º série, além das
demais de 1º a 4º série já existentes, oferecendo a partir daí, o curso completo de 1º
Grau; a partir de 1974 passou a compor o Complexo Escolar Macedo Soares.
Em 1975 passou a chamar-se Escola Macedo Soares - Ensino Regular e Supletivo
de 1º Grau e, em 26 de julho de 1983 a chamar-se Escola Estadual Macedo Soares -
Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo.
Foi autorizado o funcionamento do Ensino de 2º Grau Regular, em 21 de dezembro
de 1992, com o curso de 2º Grau Educação Geral; a partir do ano de 1993 a implantação
deu-se de forma gradativa. A Escola Estadual Macedo Soares - Ensino de 1º Grau passa
a denominar-se Colégio Estadual Macedo Soares - Ensino de 1º e 2º Graus.
No ano de 1998, o Colégio Estadual Macedo Soares - Ensino de 1º e 2º Graus,
seguindo a resolução 3120/98 passa a denominar-se Colégio Estadual Macedo Soares -
Ensino Fundamental e Médio.
Na história desse estabelecimento, grandes momentos fizeram do colégio um marco
referencial da tradição escolar de Campo Largo. Pode-se destacar muitas personalidades
que passaram por este colégio e que atuam de forma brilhante, na sociedade campo-
larguense.
• Caracterização do corpo discente
Perfil dos alunos (diurno)
As informações que serviram de base para elaboração do perfil do corpo discente do
CEMS, foram obtidas através de pesquisa realizada com os alunos do Ensino
Fundamental e Médio. Com as respostas obtidas, percebemos que o alunado do CEMS,
é composto de adolescentes e jovens cujas idades variam entre 11 a 21 anos, sendo a
população feminina maior que a masculina.
Embora o CEMS esteja localizado bem no centro de Campo Largo, a maioria maciça
dos alunos vem dos mais diferentes bairros e localidades do município dependendo, para
isso, do transporte escolar gratuito.
Os alunos e suas famílias, pouco numerosas, são predominantemente católicos,
moram em casas próprias; a grande maioria possui telefone, sendo pequeno o número
delas que possui computador e acesso a Internet.
Os dados referentes ao grau de escolaridade revelam que mais da metade dos pais
tem o Ensino Fundamental incompleto , o que permite concluir que essa escolaridade é
pequena, embora tenhamos pais e mães com Ensino Médio e Superior. A renda familiar
de maior incidência fica entre 2 e 4 salários mínimos e provém das mais diversas
atividades profissionais ligadas aos setores da economia. Entre as profissões mais
citadas, temos: operários, mecânicos, pedreiros, motoristas, comerciantes, eletricistas,
vendedores (pais) e do lar, domésticas, diaristas, auxiliares de cozinha, professoras,
serviços gerais, auxiliares de enfermagem (mães).
Quanto ao aspecto estrutural os alunos estão distribuídos nos turnos da manhã e
tarde, em turmas do Ensino Fundamental e Médio e a grande maioria está no colégio há
menos de 3 anos. Ao serem questionados sobre o dado repetência, 31% dos alunos
afirmam ter repetido alguma série durante sua vida escolar, merecendo destaque, os
números: 21% na 1ºsérie, 11% na 5ºsérie do E.F. e 12% na 1ºsérie do Ensino Médio.
É excelente o grau de aceitação e gosto em estudar no CEMS. Dentre os motivos
mais citados temos: organização, disciplina, ótimo ensino, direção e professores
competentes e respeito entre os colegas.
Os alunos valorizam o estudo, pois 87% deles gostam de estudar e vêem nele o meio
de aprender muitas coisas e preparar-se para o futuro quer como pessoas, quer como
profissionais. A maioria dispõe do material para realizar seus estudos, realizados em
casa, por um período médio diário de 1hora. Quando perguntado, se recebem ajuda de
alguém, a grande maioria disse não. Essa ajuda é mais freqüente nos alunos de 5º e 6º
séries e vem dos familiares, mais comumente em situações com maior grau de
dificuldade (provas e trabalhos).
Em casos de pouco rendimento nas disciplinas, as razões mais apontadas são:
considerar a matéria difícil; não entender as explicações; não lembrar o que estudou e
ficar nervoso nos momentos de avaliações.
A maioria dos pesquisados, dedica-se somente a atividade de estudar. A pequena
parcela que trabalha, atua nas áreas do comércio, prestação de serviços, indústria e
agricultura.
Para saber sobre outras atividades além da escola, constata-se que alguns alunos
frequentam outros cursos, sendo os mais procurados aqueles ligados a informática.
Temos também alunos na faixa dos 16 anos que realizam estágios em empresas e
comércios.
Os esportes também têm seu lugar na preferência dos alunos, embora essa prática
seja informal. Quanto às atividades de lazer, assistir TV é a mais comum, seguida de
escutar música, praticar esportes, jogar vídeo game e no computador, passear...
Fazendo o comparativo da porcentagem de aprovação, reprovação e desistentes do
CEMS dos últimos anos, percebemos claramente o significativo progresso no aumento
das porcentagens de aprovação e são raros os casos de desistência.
Nos exames como ENEM, Aprova Brasil , etc , a colocação do Colégio é boa , mas a
meta é de alcançar índices melhores.
Perfil dos alunos (noturno)
O grupo de alunos do turno da noite está distribuído nas três séries do Ensino
Médio, 1 turma de cada e três do Ensino Fundamental de 6ª a 8ª série.
Diferente do período diurno, a maior parte dos alunos dos alunos são do sexo
masculino com idade entre 16 e 22 anos . A maioria mora com os pais em casa própria,
localizada nos bairros da cidade de Campo Largo, vindo para o Colégio Estadual Macedo
Soares a pé ou ônibus de linha, principalmente.
Quanto a profissão dos pais, aparecem com mais freqüência pedreiro, autônomo e
motorista (pai) e, do lar, empregada doméstica e diarista (mãe) com a renda familiar de 3
a 4 salários , justificada também pelo grau de escolaridade, (Ensino Fundamental
incompleto). As famílias, a maior parte delas, composta de até 4 pessoas, praticam a
religião católica , seguida da evangélica . A maioria dos alunos têm telefone; poucos
dizem possuir computador e Internet, sendo, portanto, pequeno o nº. de alunos que tem
acesso a esse recurso tecnológico.
Do total pesquisado, é elevado o percentual de alunos que revela ter ficado retido
em alguma série, sendo mais citada a 1º série do E.M..
Quando perguntado se os alunos gostam de estudar no CEMS, respondem
afirmativamente, justificando pela: organização, bons professores e qualidade do ensino.
A grande maioria atribui importância ao estudo como forma de ser alguém na vida e
assegurar um futuro melhor; possui todo o material que precisa para estudar, dedicando
menos de 2 horas diárias ao estudo ou nenhum tempo. A maior parte dos alunos estuda
sozinho, mesmo em caso de dificuldades em provas e trabalhos; quando essa ajuda
acontece, vem dos irmãos, namorados, colegas e professores. As causas mais
apontadas do insucesso nos estudos são: não entender as explicações, achar a matéria
difícil e falta de tempo para estudar.
A maioria dos alunos não frequenta nenhum curso, além do E.M.; a área de
informática vem em primeiro lugar, dentre os que afirmam freqüentar algum .Alguns
alunos trabalham nas diversas áreas da economia, em Campo Largo, Curitiba, Pinhais e
Witmarsun, com jornada de 8 horas diárias (a grande maioria). Quanto à prática de
esportes, quase todos os alunos dizem gostar de praticá-los, mas nem sempre é
possível. Quanto as práticas de lazer, os alunos preenchem seu tempo livre também
passeando, dançando, assistindo TV, ouvindo músicas, jogando vídeo-game e no
computador, conversando pela Internet...
• Perfil do Corpo Docente do CEMS
Os resultados da pesquisa realizada com o corpo docente do CEMS,
possibilitaram traçar um perfil com as informações do universo dos professores, equipe
pedagógica, direção e direção-auxiliar.
Nos dados referentes à idade, encontramos a maioria dos professores na faixa de
35 a 49 anos. Destaca-se a predominância de mulheres e a maioria dos docentes se
declara casada e com filhos.
Menos da metade do corpo docente mora no centro da cidade, os demais residem
nos bairros próximos e distantes, inclusive em Curitiba. A grande maioria professa a
religião católica, vindo a seguir os evangélicos .
Um dado importante para o trabalho pedagógico são os recursos tecnológicos, e
quase todos os professores possuem computador e Internet. Possuem curso superior,
(alguns ainda cursando), formação obtida em instituições particulares e públicas ;
destes, a maioria fez especialização . Somente 03 professores fizeram mestrado. Os
professores procuram para aperfeiçoamento, os cursos de atualização que são ofertados
como: Grupos de Estudos, Semanas Pedagógicas, Cursos de Capacitação DEB
itinerante, Horas/ Atividade que utilizam para estudos , planejamentos, preparo de
materiais para as aulas , leituras e estudo de documentos, etc.
Os professores procuram utilizar as Semanas Pedagógicas ou horas atividade,
para sondar quais são as dificuldades , os limites, os problemas que se defrontam no dia-
a-dia da escola . Nesse sentido o ponto de partida para o processo de formação
continuada dos professores é a sua própria prática cotidiana, e a partir daí, buscam sua
problematização, a reflexão sobre ela , seus limites e possibilidades.
Os docentes declaram ter entre 0 a 30 anos de serviço. A grande maioria está
atuando no C.E.M.S. a menos de 5 anos, como também afirma trabalhar em outras
escolas da rede estadual e particular no município; Alguns ainda exercem outras
atividades profissionais. A maioria dos professores atua nos dois níveis de ensino
(Fundamental e Médio), com carga horária semanal de 40 horas .
Quando perguntado se gostam de trabalhar no CEMS, respondem
afirmativamente, devido ao ótimo ambiente de trabalho; a localização central, a
organização e disciplina, ao dinamismo da direção e equipe pedagógica. Quanto às
dificuldades enfrentadas, apontam como causas, principalmente, a falta de motivação,
postura e desinteresse dos alunos, falta de apoio e excesso de alunos por turma. A
maioria dos professores demonstra satisfação com o exercício do magistério e não
mudaria de profissão, por gostar do que faz. Muitos deles gostariam de ser mais
valorizados, ter melhores salários e condições de trabalho (menos estressante).
Muitos professores possuem habilidades especiais para o desenho, canto, pintura,
contação de histórias, construção de modelos (miniaturas), bordado, tricô e crochê,
artesanatos, etc
Os professores preenchem seu tempo de lazer com passeios, leituras, filmes,
caminhadas...
São boas as condições de saúde dos docentes, pois a maioria afirma não ter
nenhum problema; as doenças mais comuns dos outros são: problemas circulatórios,
renais, rinite alérgica, hipertensão e diabete.
Perfil dos funcionários do CEMS
Do total de 20 funcionários, as informações que permitiram traçar este perfil são :
Dentre as características individuais dos funcionários do CEMS, sobressai a
predominância de mulheres no exercício das funções de auxiliar de serviços gerais,
assistente administrativo, secretária, apoio educacional e merendeira, com a média de
idade entre eles de 40 anos. Com relação ao estado civil, a maioria dos funcionários se
declara casados e com filhos. Moram no centro da cidade e nos bairros, sendo os mais
freqüentes: Bom Jesus e Vila Solene. Na grande maioria a religião praticada é a católica ,
aparecendo também a evangélica e espírita.
Quando perguntado sobre a posse de computador, menos da metade declara
possuir, bem como a Internet. Quanto ao grau de escolaridade, do total pesquisado,
poucos têm Ensino Médio completo; apenas um funcionário tem Ensino Superior
completo; outros afirmam não estar freqüentando nenhum curso no momento.
A maioria tem menos de 10 anos na profissão e a totalidade tem no colégio seu
único local de trabalho.
Os funcionários revelam gostar de trabalhar no CEMS, sendo os motivos mais
apontados: de tudo, dos alunos, do coleguismo que existe entre eles, do trabalho, da
organização, etc.
No aspecto da saúde, a maioria afirma estar bem e dos problemas mais comuns a
artrose, hipertensão e diabetes são os mais citados.
Entre os passatempos encontramos: passear, ler, assistir filmes e outros.
Algumas das habilidades confessadas foram: cozinhar, fazer crochê, tricô, pintura
e artesanato, montar tabelas, agilidade e rapidez no trabalho e estudar.
Professores e Funcionários
FUNCIONÁRIOS
Função Nome Formação
Secretária - MARILZA DO ROCIO G. CORREIA PINTO Ensino Médio
Ag. Educacional I -ALICE REGINA G. NUNES DE MORAES- ANA DA PIEDADE B. DE OLIVEIRA- DANIELE BAGGIO GUIMARAES- JOSIANE LOPES BARBOSA- MARILDA KUCZERA ZIMOLONG- MARILENE DALLA STELLA- SAMOEL BIEDA- TEREZINHA WERNEK- LUCIANE TEREZINHA FRANCO BIANCO- MARIA CELIA ORTIZ DE CAMARGO- MARIA NAZARE DE SOUZA
- Ensino Médio- Ensino Médio- Ensino Médio- Ensino Fundamental- Ensino Fundamental- Ensino Médio- Ensino Médio- Ensino Fundamental- Ensino Médio- Ensino Fundamental- Ensino Fundamental
Ag. Educacional I I - GRAZIELY DOS SANTOS- IDIVALDO ANTONIO SANTOS- IVONETE CEQUINEL- JULIANA CLELIA CEQUINEL- ROSELI DO CARMO VAZ LEAL- SUELI DO ROCIO KOTOVICZ MUINIKI- PAULA NEVES DE ALMEIDA CASTRO- PAULO HENRIQUE AGE- RITA APARECIDA MLENEK
- Bacharelada em Turismo e Hotelaria- Ensino Médio- Bacharel em Química Industrial- Licenciatura de Biologia- Ensino Médio- Bacharel em Pedagogia- Bacharel em Geografia/ pós graduada- Ensino Médio- Bacharel em Administração
TutoraPro funcionário - DRIELI CAROLINE LOPES - Licenciatura em Pedagogia
PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIODisciplina Nome Formação
Língua Portuguesa -MARLOS ANTONIO SPHAIR -CELIA REGINA ZANIN-ROSELI APARECIDA FEDECHEM -CRISTIANI SCHNEIDER -CRISTIANE D. DE OLIVEIRA -DENIZE APARECIDA BERALDO -ROSANGELA DO ROCIO DE SOUZA -JULIANA DE OLIVEIRA L. SANTOS -GIOVANA APARECIDA DA SILVA
-Licenciatura Plena em Letras Português/Inglês-Licenciatura em Letras-Licenciatura em Letras-Licenciatura em Letras /Pós – Graduada-Licenciatura em Letras-Licenciatura em Português / Espanhol-Licenciatura de Português / Pós Graduada-Licenciatura de Português / Espanhol-Licenciatura em Português / Inglês
Arte - LORIANE JOCHINSAEN FABRIS- MARIELE WANDERLENE VIEIRA CEQUINEL- TAINAH MARIA TAMBURI- MAURI SEBASTIAO DE FRANCA- LUZIA MELO DA SILVA- MARCOS APARECIDO NASCIMENTO
-Licenciatura em Artes -Licenciatura em Artes/ Pós graduação-Licenciatura em Artes -Licenciatura em Artes -Licenciatura em Artes/ Pós graduação-Superior de Gravura
Educação Física -BERNADETE LENINE LAVALL-EDIMARI CAVALLIM-DIEGO GARCIA LUBANCO-JOSEANE ANTOSIEVICZ
-Licenciatura em Educação Física- Licenciatura em Educação Física- Licenciatura em Educação Física- Licenciatura em Educação Física
-MARIZETE QUERINI-TERESINHA DE JESUS FERREIRA- NILMAM LEAL FERNANDES
- Licenciatura em Educação Física- Licenciatura em Educação Física- Licenciatura em Educação Física
Matemática -BRUNA C LEITE-BRUNO FRANCO WAGNER-MARTA LOPES DE OLIVEIRA- NILZA MARIA PRESA- ROSANGELA DE FATIMA DA SILVA- SHEILA APARECIDA FRANQUITO- ARIANE MARIA AMADEU- ENI Apª SANTOS ANDRADE- HAROLDO FRANCISCO DIAS DA MOTTA- JOSE BELANCON- KATLEEN BAHR ANDRADE PEREIRA
-Licenciatura em Matemática- Bacharel em Matemática- Licenciatura em Matemática- Licenciatura em Matemática- Licenciatura em Matemática- Licenciatura em Matemática/ pós graduada- Licenciatura em Matemática- Bacharelada em Ciências Econômicas - Licenciatura em Matemática/ pós graduado- Licenciatura em Matemática- Licenciatura em Matemática
Ciências - JOELMA CUSTODIO MELO- JOSE ANCELMO DE MESSIAS- PATRICIA HELENA DA SILVA
-Licenciatura em Ciências Biológicas/pós graduada- Licenciatura em Ciências/pós graduado- Licenciatura de Ciências Biológicas
História - JUREMA GONCALVES DOS SANTOS- LAÉRCIO MARCOS TOREZIN- RUBIVAN RODRIGUES- GISELE GUEDES- RAFAEL JOSÉ RAMOS SILVA- REGINA MARIA FIALKOSKI
-Licenciatura em História/ pós graduada - Licenciatura em História- Licenciatura em História- Licenciatura em História- Licenciatura em História- Licenciatura em História
Geografia - ELIZA FERREIRA DE CASTRO- FABIO MARCELO MAGALHAES- FLAVIA MARA CARLOTO GARRETT- GERTRUDES MARIA CARLOTTO- LUCIANE Mª BUBNIAK VENSKI- REJANE RODRIGUES- LIDIA MERCEDES FERREIRA
- Licenciatura em Geografia- Licenciatura em Geografia/pós graduado e Mestre- Bacharelada em Turismo- Licenciatura em Geografia- Licenciatura em Geografia- Licenciatura em Geografia- Licenciatura em Geografia
Ensino Religioso
- JUREMA GONCALVES DOS SANTOS Licenciatura em História/pós graduação
Química -ANGELITA MARIA MACHADO- JESSÉ IZAIAS CUNHA- NEWSON LEAL FERNANDES
-Bacharel em Química-Licenciatura em Química-Licenciatura em Ciências/Biológicas
Biologia - KELY CRISTIANE LOVATTO ZANIN- SIMONE TREMBULAK- ELISABETH BONATO- JAQUELINE APARECIDA ZIEMBA KAMINSKI- MARIANE SABIM
-Licenciatura em Ciências Biológicas-Licenciatura em Biologia/ pós graduada- Licenciatura em Biologia / Ciências- Licenciatura em Ciências Biológicas/ pós graduada- Licenciatura em Ciências Biológicas/
Física - KELI CRISTIANE CORREA MORAIS- LAYON PHILIPE BECKE
-Licenciatura em Biologia-Licenciatura em Biologia
- ELTON LUIZ SEQUINEL- JAIRO A RODRIGUES
-Licenciatura em Desenho Industrial/ pós graduado- Licenciatura em Matemática
Sociologia -DANIELE SANT'ANA BORGES - Licenciatura em Pedagogia
Filosofia - EVANDRO DALASSENTA- FERNANDO FONTANA
- Licenciatura em Filosofia- Bacharelado e Licenciatura em História
Sala de Apoio - LUCIANA VEIGA R. LINCZUK - Licenciatura de Letras/ pós graduação
L.E.M. – Inglês -CELIA REGINA ZANIN-LORENA BARONI DAMASO- LUCI BERNADETH GADENS- SANTINA APARECIDA DUPCKI- DENISE GASPARELLO
- Licenciatura de Letras Pós – Graduação- Licenciatura de Letras- Licenciatura de Letras- Licenciatura Português/Inglês- Licenciatura Português/Inglês
-
2.5.4 Equipe diretiva
A equipe diretiva, composta pelo diretor e duas pedagogas, vem desenvolvendo um trabalho baseado na perspectiva democrática e participativa. A seguir, a nome e formação dos membros da equipe:
EQUIPE DIRETIVA
Função Nome Formação
• DIRETOR• DIRETORA-
AUXILAR
- NEUSA CLARA DRUCIAKI COLODA- ELIZANE ZANLORENSI SPREA
-Licenciatura em Matemática/ Pós graduada- Licenciatura em Pedagogia /Pós graduada
EQUIPE PEDAGOGICA -VALÉRIA ABREU GOBATTO- ELIZANE ZANLORENSI SPREA- MARIA ELIANE POLETO - GILCELI DE LOURDES COSMO - MATILDE DO CARMO MORAES BAENA
- Licenciatura em Pedagogia /Pós graduada- Licenciatura em Pedagogia/ Pós graduada- Licenciatura em Pedagogia/ Pós graduada- Licenciatura em Pedagogia/ Pós graduada--Licenciatura em Letras
Número de alunos por turma e turno
MANHÃ:
FUNDAMENTAL MÉDIO5ºA 35 1ºA 405ºB 36 2ºA 216ºA 39 2ºB 356ºB 39 3ºA 307ºA 34 3ºB 287ºB 348ºA 368º B 38
TOTAL 291 TOTAL 154
TARDE
FUNDAMENTAL MÉDIO5ºC 35 1ºB 385ºD 37 1ºC 346ºC 33 2ºC 176ºD 33 2ºD 207ºC 34 3ºC 307ºD 328ºC 288º D 28
TOTAL 260 TOTAL 139
NOITEMÉDIO FUNDAMENTAL
1ºD 31 6ºE 082ºE 34 7ºE 163ºD 38 8ºE 27
TOTAL 106 TOTAL 51
TOTAL DE ALUNOS: 998
2. FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICA E EMBASAMENTO LEGAL
“ Posso não concordar com nenhuma das pala-vras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.” VOLTAIRE
Estamos vivendo a pós-modernidade, marcada pelas grandes transformações pelas quais passa a sociedade e também pela incerteza e provisoriedade, com o acirramento das contradições inter e intra povos e nações , época do ressurgimento do racismo e de certo triunfo do individualismo ,onde a concepção do conhecimento modifica-se, trazendo novos significados à educação. Substituiu-se o "Direito de Ensinar" pelo "Direito de Aprender", exigindo de todos um comprometimento efetivo com a educação.
Como afirma o professor Moacir Gadotti em seu livro "Pedagogia do Práxis": se é verdade que a educação não pode fazer sozinha a transformação social, também é verdade que a transformação não se efetivará e não se consolidará sem a educação.
O homem possui fins a serem realizados e acreditando que o autêntico valor está inserido na formação integral que ele recebe no decorrer de sua vida, o CEMS, através de seus meios, vem desenvolver uma educação crítica e transformadora.
O Colégio adota uma postura de acolhimento aos alunos através da valorização do conhecimento, da forma de expressão e do processo de socialização de cada um. Para isto, promove situações de aprendizagem significativa, incentiva o bom convívio social, trabalha com emoções, motivações, valores e atitudes de uma pessoa em relação a outra, bem como, responsabilidades e compromissos.
Ainda o colégio assume a função de proporcionar práticas que contribuam para a apropriação de conteúdos de maneira crítica e reflexiva, objetivando formar cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade. Para que isto ocorra, são necessários conteúdos significativos, coerentes com as questões sociais, favorecendo a produção e a utilização das múltiplas linguagens, das expressões e dos conhecimentos históricos, sociais, científicos e tecnológicos sem perder de vista a autonomia ética e intelectual do aluno.
Parafraseando, Paulo Freire: "Educar é construir, é libertar o homem do determinismo,
passando a reconhecer o papel da História e onde a questão da identidade cultural, tanto em sua dimensão individual, como em relação à classe dos educando, é essencial a prática pedagógica proposta. Sem respeitar essa identidade, sem autonomia, sem levar em conta as experiências vividas pelos educandos antes de chegar à escola, o processo será inoperante, somente meras palavras despidas de significação real.
A educação é ideológica, mas dialogante, pois só assim pode se estabelecer a verdadeira comunicação da aprendizagem entre seres constituídos de almas, desejos e sentimentos."
Afinal, a escola, para cumprir seu verdadeiro papel, deve ser um lugar de vida, de alegria e, sobretudo, de sucesso e de realização pessoal para alunos e professores.
OBJETIVOS GERAIS
Garantir a aprendizagem de quesitos necessários para a vida em sociedade.
Contribuir no processo de inserção social. Articular as intenções, prioridades e caminhos para realizar a função social
da escola.
Delinear o caminho para promover, de forma competente o processo de aprendizagem.
Apontar metas e objetivos comuns para melhorar o trabalho educativo. Apresentar um estudo e reflexão para a equipe de educadores,
fortalecendo a escola enquanto instância de formação. Garantir a participação de todas as instâncias envolvidas no processo de
ensino, bem como da comunidade escolar. Oportunizar aos profissionais da educação a participação em eventos de
formação para capacitação profissional, melhorando a oferta de ensino. Enfrentar a problemática das dificuldades de aprendizagem, utilizando
recursos humanos de que se dispõe através do empreendimento de ações pedagógicas que promovam o protagonismo juvenil.
Propiciar a qualidade formal e política do ensino para o pleno desenvolvimento do educando, preparar para a cidadania, gerando sua independência e autonomia.
Alicerçar o trabalho pedagógico escolar como um processo de construção contínua.
Resgatar a intencionalidade da ação educativa. Resgatar a historicidade dos alunos. Formar cidadãos conscientes, críticos, participativos e capazes.
DADOS ESTATÍSTICOS DOS TRÊS ÚLTIMOS ANOS:ANO: 2007
ENSINO/SÉRIE RENDIMENTO ESCOLAR
FUNDAMENTAL TAXA DE
APROVAÇÃOTAXA DE
REPROVAÇÃOTAXA DE
ABANDONO5ª SÉRIE 84,60% 13,80% 1,50%6ª SÉRIE 85,90% 14,00% 0,00%7ª SÉRIE 85,80% 12,10% 2,00%8ª SÉRIE 95,40% 4,50% 0,00%TOTAL 87,70% 11,40% 0,80%MÉDIO 1ª SÉRIE 86,00% 12,20% 1,70%
2ª SÉRIE 91,30% 7,20% 1,30%3ª SÉRIE 93,40% 5,90% 0,50%TOTAL 90,20% 8,50% 1,20%
ANO : 2008
ENSINO/SÉRIE RENDIMENTO ESCOLAR
FUNDAMENTAL -
TAXA DE APROVAÇÃO
TAXA DE REPROVAÇÃO
TAXA DE ABANDONO
5ª SÉRIE 87,50% 9,30% 3,10%6ª SÉRIE 82,90% 15,60% 1,40%7ª SÉRIE 77,70% 21,40% 0,70%8ª SÉRIE 87,70% 12,20% 0,00%TOTAL 83,60% 14,90% 1,30%MÉDIO REGULAR 1ª SÉRIE 82,00% 17,90% 0,00%2ª SÉRIE 86,90% 13,00% 0,00%3ª SÉRIE 89,60% 10,40% 0,00%TOTAL 85,70% 14,20% 0,00%
ANO: 2009ENSINO/SÉRIE RENDIMENTO ESCOLAR
FUNDAMENTAL TAXA DE
APROVAÇÃOTAXA DE
REPROVAÇÃOTAXA DE
ABANDONO5ª SÉRIE 83,10% 12,30% 4,50%6ª SÉRIE 89,10% 8,10% 2,70%7ª SÉRIE 92,80% 5,10% 1,90%8ª SÉRIE 92,10% 4,60% 3,10%TOTAL 89,20% 7,70% 3,00%MÉDIO REGULAR
1ª SÉRIE 74,20% 21,40% 4,20%2ª SÉRIE 89,10% 7,40% 3,40%3ª SÉRIE 94,90% 4,20% 0,80%TOTAL 85,00% 11,90% 3,00%
ANÁLISE CRÍTICA DOS PROBLEMAS EXISTENTES NA ESCOLA E AÇÕES DIDÁTICAS DESENVOLVIDAS :
O Colégio vem incansavelmente tentando manter índices favoráveis de aprovação, combatendo a reprovação e a evasão , intensificando trabalhos e esforços para atingir a aprendizagem dos alunos , por meio de metodologias diversificadas para melhorar o aproveitamento .
O Colégio tem como meta combater a evasão escolar. Para isso é feito um acompanhamento diário das faltas dos alunos através do carimbo de freqüência nas agendas , do controle feito pelos monitores das turmas e através do Livro de Chamada dos professores . Quando são detectadas faltas consecutivas é feita a comunicação aos pais buscando os motivos;e se necessário é feito o repasse do caso ao Conselho Tutelar ( Projeto FICA). Também é investido num bom trabalho em sala de aula, procurando desenvolvê-lo cuidadosamente com aulas interessantes, tendo a intenção de que os alunos possam ter sucesso e apresentar entusiasmo ao permanecer na escola.
Com estas medidas constatou-se que o índice de evasão diminuiu consideravelmente, como constatado nos Resultados Finais.
Para aumentar os índices de aprovação, o Sistema de Avaliação do Colégio oferece aos alunos a oportunidade de rever os conteúdos não aprendidos e realizar a reavaliação, ou seja, a recuperação, onde os professores utilizam outros métodos e formas para chegar ao resultado esperado. O objetivo também é expandir e melhorar a qualidade, para fazer frente aos desafios postos no cotidiano escolar.
À medida que vão surgindo problemas , tenta-se investigar as manifestações dos mesmos, até conhecer as possíveis causas e posteriormente adotar medidas preventivas ou de solução.
Ao iniciar o ano letivo, a Direção , Equipe Pedagógica e o Corpo Docente , reúnem-se para planejar os conteúdos e metas a serem atingidos no decorrer do mesmo e estas são estabelecidas a partir de situações do cotidiano. Contudo, ocorre que no dia-a-dia percebe-se que as intenções não conseguem construir ações executáveis, causando então o distanciamento entre o discurso e a prática .
Entre as causas comumente encontradas nessas situações, aparecem as salas de aula com excessivo número de alunos, dificultando algumas atividades que requerem atendimento individual, necessário para suprir as dificuldades que os alunos podem trazer de anos anteriores e laboratórios específicos para outras disciplinas que não Física, Química e Matemática.
Alguns alunos de quintas séries vêm das séries iniciais com falta de conhecimentos básicos, prejudicando e atrasando o desenvolvimento normal das aulas; para isso o agendamento junto aos órgãos municipais competentes para o intercâmbio com os professores de 1ª a 4ª séries, é relevante. Uma conquista importante para amenizar esta situação é a implantação da Sala de Apoio para as 5ª séries , nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Com certeza neste ano letivo o aproveitamento desses alunos será satisfatório , pois têm a oportunidade de rever os conteúdos e suprir as dificuldades.
A defasagem de idade de alunos, principalmente de 5ª e 6ª séries, geralmente causa atritos comportamentais que afetam os alunos menores. Neste aspecto , encontrar uma solução é quase impossível , pois geralmente são alunos vindos de repetências de outros colégios ou por ordem judicial. Na maioria dos casos são alunos com vivências inadequadas , quer pelo comportamento violento, com hábitos fora dos padrões normais ou falta de interesse nos estudos.
A falta de comprometimento dos alunos na realização de tarefas ou o descumprimento do Regimento Escolar , são fatores que merecem atenção para que o trabalho pedagógico seja eficientemente realizado. Para isso , o apoio dos pais é fundamental, bem como a solicitação da presença dos mesmos em reuniões , conversas particulares com a Direção , Equipe Pedagógica e professores, palestras com órgãos competentes para conscientização dos direitos e deveres dos alunos , segundo o ECA. É
importante ter também na agenda escolar do aluno um espaço para constantes atualizações de endereços e telefones para facilitar a comunicação com os pais ou responsáveis. Muitas vezes nos deparamos com a falta de suporte familiar, que vem dificultar a tomada de decisões que podem colaborar com a convivência social dentro da escola , aumentando a chance de progresso.
A idéia de presentismo incutida na maioria dos educandos, sem previsão de futuro, não tendo comprometimento para obterem bons resultados e estarem preparados para o mundo de trabalho extremamente competitivo , não ligam para o que podem fazer a fim de melhorar sua posição na sociedade. Agem como se estivessem na escola por obrigação, apenas para cumprirem uma ordem prevista no Estatuto, que prevê a obrigatoriedade do Ensino Fundamental a todas as crianças e adolescentes. Isto vem refletindo negativamente na escola pois não demonstram com isso as suas verdadeiras capacidades. Para amenizar esta situação , o Colégio proporciona aos alunos momentos de diálogos com explanação de exemplos de vida , incentivos para conscientização, além dos professores procurarem diversificar suas metodologias para que as aulas fiquem mais interessantes , buscando despertar no aluno o gosto pela disciplina.
Outro ponto preocupante é o que diz respeito à inclusão dos alunos portadores de deficiências nas escolas públicas. A falta de capacitação dos docentes para poderem atingir o que o aluno realmente necessita. Não é viável, por exemplo, um aluno com deficiência visual ou auditiva estar numa sala comum , não podendo receber dos professores o atendimento real para a sua aprendizagem, pois nossos professores não estão habilitados para isso. Não somos contra a inclusão , pelo contrário, é um direito de todos os cidadãos, mas para isso precisamos oferecer a estes alunos o mínimo de condições para que eles realmente não fiquem prejudicados.
Na busca de melhores condições perante os inúmeros desafios enfrentados, procura-se encontrar soluções adequadas, sempre visando um ensino de melhor qualidade.
MARCOOPERACIONAL
“ O ser humano é naturalmente, um ser da intervenção no mundo à razão de
que faz a história. Nela por isso mesmo, deve deixar suas marcas de sujeito e não pegadas de objeto”
Paulo Freire ,1999,p.119
PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL MACEDO
SOARESGestão 2009/2011
Diretora: NEUSA CLARA DRUCIAKI COLODA
- Gestão Democrática, fortalecendo as instâncias colegiadas (Conselho Escolar,
Grêmio Estudantil e APMF).
- Compromisso ético-político com os alunos deste Colégio, os quais têm nesta
Instituição uma das únicas possibilidades de acesso e apropriação do conhecimento.
- Interação de alunos, pais, professores e funcionários para o bom andamento do
Colégio.
- Incentivar o esporte (participação fase Municipal, Regional e jogos internos).
- Implantação da sala de apoio para auxiliar na aprendizagem dos alunos.
- Incentivar os professores para que desenvolvam projetos culturais (feira de
ciências,inter-salas, noite do talento com exposições artísticas, teatros, palestras,
gincanas, etc.).
- Quanto à formação contínua, dar apoio e incentivo a professores, equipe
pedagógica e funcionários.
- Interação da comunidade, professores e funcionários para que sejam cumpridas
as Propostas do Projeto Político Pedagógico.
O Plano de Ação poderá sofrer mudanças, as mesmas poderão sofrer
acréscimos, porém como é uma administração partilhada junto com a Comunidade
Escolar todas as alterações que forem necessárias com certeza será com objetivos
definidos por todos.
PLANO DE AÇÃO EQUIPE PEDAGÓGICA
O trabalho dos pedagogos no Colégio Estadual Macedo Soares tem como
objetivo assegurar que o ensino – aprendizagem ocorra efetivamente, cumprindo a
função da Escola que é o de garantir a todos os alunos um ensino de qualidade, onde o
aluno aprenda não só os conteúdos, mas também a pensar, resolver situações e
posicionar-se dentro do seu contexto sócio-cultural, atendendo assim, as necessidades
do aluno e também orientar e acompanhar o trabalho do professor, propiciando
momentos de estudos para que o professor tenha uma formação continuada e possa
aplicar seus conhecimentos de acordo com os princípios pedagógicos e filosóficos do
Projeto Pedagógico da Escola, para que se cumpra os objetivos dos pedagogos que são
os mesmos do Colégio.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELOS PEDAGOGOS
- Organização e acompanhamento dos estudos realizados na semana pedagógica.
- Organização dos estudos realizados nas Horas Atividades.
- Orientações e Acompanhamento quanto ao planejamento, metodologias, relação
professor aluno, projetos de ensino, avaliações.
- Orientação quanto ao preenchimento dos livros registro de classe.
- Acompanhamento dos projetos que fazem parte do PPP e outros, que serão
aplicados pelos professores.
- Organização das reuniões pedagógicas.
- Acompanhamento das avaliações do desempenho do aluno e professor.
- Auxilio nas atividades desenvolvidas pelo Colégio.
- Orientações e organização de reuniões com os pais.
- Orientações e acompanhamento do rendimento escolar e frequência dos alunos.
- Prestar assistência pedagógica-didática direta aos professores, acompanhar e
supervisionar suas atividades tais como: desenvolvimento dos planos de trabalho
docentes, adequação de conteúdos, desenvolvimento de competências
metodológicas, práticas avaliativas, gestão da classe, orientação da
aprendizagem, diagnósticos de dificuldades, etc.
- Planejar e coordenar o Conselho de Classe.
- Acompanhar o processo de avaliação da aprendizagem (procedimentos,
resultados, formas de superação de problemas etc.).
As Instâncias Colegiadas estão organizadas da seguinte forma:
A APMF – Associação de Pais e Mestres e Funcionários é o órgão
destinado a promover o intercâmbio entre a família do aluno, os professores, a Direção
e propor medidas que visem ao aprimoramento do ensino e assistência de modo geral ao
corpo discente.
APMF é fundamental para o bom funcionamento da escola, ela tem papel
importantíssimo dentro da escola, buscando sempre a integração família – escola –
comunidade.
Representa os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo para a
melhoria da qualidade do ensino, visando sempre uma escola pública gratuita e
universal. A APMF do nosso Colégio foi eleita por voto direto e secreto.
O mandato da APMF é de dois anos, sendo possível à recondução por mais dois
anos.
As contribuições comunitárias deverão obedecer ao disposto na Legislação em
vigor.
De conformidade com a Legislação em vigor o Estatuto da Associação de Pais,
Mestres e Funcionários está registrado no Cartório de Registro Civil das pessoas
Jurídicas.
Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada e
de participação da comunidade escolar, constituindo-se como órgão máximo de direção
do Estabelecimento de Ensino.
O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os vários
segmentos organizados da sociedade e os setores do Colégio, a fim de garantir a
eficiência e a qualidade do seu funcionamento.
Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos mediante processo eletivo
de cada segmento escolar, garantindo dessa forma a representatividade de todos os
níveis e modalidades de ensino. Cada membro eleito terá um suplente.
Destes representantes 50% será de profissionais da escola e 50 % será de
representantes da comunidade escolar. O mandato é de dois anos, admitindo-se uma
única reeleição consecutiva.
A Presidência do Conselho Escolar, será exercida pelo Diretor do
Estabelecimento de Ensino na qualidade de membro nato.
No caso de um dos Conselheiros infringir as normas estabelecidas neste
Regimento, o próprio Conselho Escolar, no uso de suas atribuições, após apuração e
comprovação das irregularidades poderá destituí-lo, mediante instauração de processo
administrativo ou disciplinar.
Conselho de Classe é um momento destinado à tomada de decisões que
proporciona os ajustes necessários tanto na parte da aprendizagem do aluno como na
prática pedagógica do professor, para que ocorra a efetiva mediação do conhecimento
para o crescimento do aluno.
Vem sendo realizado neste Colégio com a participação do professores, direção,
equipe pedagógica e alunos para avaliação e reflexão sobre o desempenho pedagógico
das turmas e professores, analisando individualmente o porquê do aluno não ter
conseguido a aprendizagem desejável e discutindo a prática do docente e propondo
outras formas de trabalho ou avaliação.
No conselho de classe é feita a reflexão de textos ou vídeos assistidos
anteriormente, para embasar as discussões e orientar nas tomadas de decisões.
Os professores previamente preenchem uma ficha, que relata as dificuldades de
aprendizagem dos alunos, demonstrando o porquê deste desempenho e que atitudes
foram tomadas durante o bimestre trabalhado.
O Conselho de Classe deve ser investigativo, transformador e prevê o
levantamento dos problemas e metas de solução. É o momento para redefinir práticas
pedagógicas, para reorganizar o trabalho, clarear os critérios qualitativos, mobilizar o
coletivo escolar em prol de um processo de luta pela democratização do saber.
Plano De Formação Continuada
A fim de que todos se conscientizem de seu papel na instituição escolar,
acreditamos ser essencial a configuração de uma proposta de formação continuada e em
serviço.
Além do incentivo e abertura que a escola proporciona para que os professores e
funcionários participem dos cursos ofertados e programados pela SEED: Universidade
do Professor (Faxinal do Céu), Grupos de Estudos, Projeto Folhas, Reuniões
Pedagógicas, Seminários, Palestras, nosso colégio prima pela Formação Continuada e
em Serviço.
A L.D.B. 9394/96,. No artigo 61 elenca como primeiro fundamento da formação
profissional “ A associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em
serviço”. Assim, a equipe pedagógica é a principal responsável por promover essa
associação entre teorias e práticas através da identificação das limitações da prática
pedagógica.
Por meio do diálogo, utilizando dados levantados através da avaliação e dos pré
conselhos de classe são traçados estudos de textos com o objetivo de produzir uma
discussão teórico-prática dos conflitos e a partir de então buscar soluções alternativas
para a superação dos mesmos. Tal discussão se dará nos conselhos de classe e nas
horas atividades (10% da CH destinadas ao estudo)
Sem dúvida, os temas que necessitam de uma discussão mais aprofundada são
avaliação e recuperação paralela, aspectos filosóficos e metodológicos que embasam a
prática, a relação entre os conteúdos e a vivência do aluno, e por fim a questão de como
trabalhar limites em sala de aula, os quais serão trabalhados nas reuniões pedagógicas.
Com relação a problemas relacionados aos alunos, os mesmos serão abordados
nos conselhos de classe, utilizando a mesma metodologia adotada com relação as
reuniões pedagógicas.
Para pais e alunos, depois de identificadas suas necessidades, serão
desenvolvidos ações de orientação e intervenção a fim de que possamos amenizar os
eventuais problemas que possam existir.
1. Proposição de diretrizes para a avaliação geral (docentes, pedagogos e
funcionários).
Constatamos que educação, cultura, currículo e avaliação estão em relação intima.
Percebemos que as expressões culturais e sociais da educação exigem uma atitude de
reflexão crítica e uma reconstrução constante de trajetórias; ou seja, uma avaliação
emancipadora.
Paulo Freire explica em suas obras “Educação na Cidade” e “Pedagogia da
Autonomia”, entre outras, que a avaliação precisa deixar de ser apenas uma retórica
democrática, ela precisa ser expressão de participação coletiva, de um trabalho
articulado de educadores, educandos, funcionários, pais, pedagoga e direção a avaliação
fundamentada no diálogo, na participação, na autonomia, na emancipação, em especial
no trabalho pedagógico ético – crítico valorizando o aluno como pessoa situada com uma
história de emoções, motivos e interesses, possibilitando a eles condições para
compreenderem suas histórias como uma história cultural e social.
Entendemos a avaliação como uma ferramenta indispensável para todas as
atividades que constituem o currículo da Escola, com isso organizamos alguns critérios
para avaliarmos nossa escola.
A organização das etapas do projeto e das outras atividades deverão ser
previamente planejadas de forma a comportarem as atividades que se pretende realizar
dentro do tempo e do espaço que se dispõe. Além disso, devem ser incluídas no
planejamento, saídas da escola para trabalho prático, para contato com instituições e
organizações. Deve-se ter em conta que essa forma de organização dos conteúdos não
represente um aumento de carga horária ou uma atividade extra.
MARCO
OPERACIONAL
“O mundo não é. O mundo está sendo. (....) Não sou apenas objeto da História, mas sujeito igualmente. (...) caminho para a inserção que implica decisão, escolha, intervenção na realidade...”
( Paulo Freire. 2001. p.27).
ATIVIDADES DIFERENCIADAS DESENVOLVIDAS
Considerar o aluno como pessoa em desenvolvimento biopsicossocial é ponto de partida para que a escola proponha atividades que atendam essas necessidades na elaboração dos conhecimentos científicos, na formação de valores e na construção da cidadania, podendo reconhecer e participar de atividades culturais.
Diante dessa idéia, várias ações didático-pedagógicas são oferecidas aos alunos, dentre elas, destacam-se:• Reforçar o gosto pela leitura:
Objetivo: incentivar o gosto pela leitura.Uma vez por semana , nos 20 últimos minutos de aula, o Colégio todo
realiza o momento de leitura. Todos : alunos , professores , auxiliares administrativos , direção , equipe pedagógica , auxiliares de serviços gerais , dedicam este momento para ler. O professor que estiver em sala de aula terá a sua maneira de conduzir a leitura(trazendo livros ou textos informativos , ou solicitando livros de literatura .
• Festa Junina: Objetivo: valorizar as tradições e festas populares participando de momentos de congraçamento, demonstrando respeito e alegria.• Participação: - Patrulha Escolar Comunitária; - Treinamento para os jogos
coletivos ( Jocops); - Desfile Cívico Escolar ( 7 de setembro); - Objetivo: Desenvolver atitudes e hábitos saudáveis de participação,
competitividade, respeito e civismo.• Visitas : Para complementar as atividades de sala de aula realizar visitas
a museus, mostras e exposições ; teatros ; espetáculos da danças ( Teatro Guaíra)
• Palestras : palestras de formação para os pais , alunos e funcionários , com fins informativos e educativos.
• Reuniões : reuniões individuais com os pais de alunos para acompanhamento do desempenho escolar
• Gincanas culturais e esportivas: Com o objetivo de despertar o espírito de equipe na realização de tarefas culturais , esportivas , intelectuais , artísticas e recreativas, desenvolvendo a liderança, a criatividade e a cooperação.
• Despertar do Civismo:Objetivo: incorporar conhecimento e atitudes que reanimem o sentimento
de patriotismo e compromisso com a paz, na construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
5. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE, EDUCAÇÃO, ESCOLA, HOMEM, CONHECIMENTO, ENSINO-APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO:
Para chegar a escola de qualidade que venha de encontro com todas as necessidades de formação dos alunos, tanto na parte acadêmica, quanto na preparação do sujeito para enfrentar os desafios e exercer a sua cidadania, o Projeto político Pedagógico do Colégio Estadual Macedo Soares – Ensino Fundamental e Médio, idealiza :
Concepção de Sociedade democrática, justa, que seja capaz de permitir aos cidadãos segurança, saúde, educação, condições de sobrevivência e moradia;
Educação que é a preparação de cada ser humano para a vida em sociedade, deve ser acessível a todos, oportunizando o crescimento intelectual
dos alunos para a sua formação e que possibilite a compreensão dos conhecimentos historicamente elaborados. Para isso deve existir uma escola autônoma, participativa, inclusiva e que forme indivíduos críticos, responsáveis, participativos , atuantes, conscientes,capazes, transformadores e aptos a exercerem a sua cidadania,reconhecendo-se enquanto sujeitos históricos-sociais, capazes de transformar a realidade.
Escola deve contribuir para a construção de uma sociedade diferente na justiça social, na igualdade e na democracia, que oportunize o acesso ao conhecimento como um processo humano, histórico, incessante de busca de compreensão, de organização, de transformação do mundo vivido. A ação educativa deverá levar em conta que a prática social é a fonte do conhecimento. A teoria deve estar a serviço de e para a ação transformadora.
A função social da escola pública consiste na socialização do saber sistematizado, indispensável ao exercício da cidadania, assim como na produção de um novo saber nascido das necessidades da prática social, garantindo aos indivíduos, uma base comum de conhecimentos e habilidades, enquanto instrumental necessário `a participação e às transformações sociais. Sendo assim, serão garantidos a adequação das necessidades do aluno ao meio social, preparando-o para a vida.
Ensino-aprendizagem, dentro deste contexto,deverá ser produzido com maior flexibilização e autonomia, levando o aluno a aprender a aprender, a formar suas capacidades, desenvolvimento da criatividade pessoal e do conhecimento do outro como sujeito. Deve permitir criação de atividades que privilegiem o conhecimento e o desencadeamento da correção de rumos e replanejamento. Os conteúdos devem ser abordados de modo a respeitar as vivências do aluno e adaptados á sua realidade social.
A prática pedagógica deve superar o autoritarismo, o conteudismo, estabelecendo uma nova perspectiva para o processo de aprendizagem, marcado pela autonomia do aluno e de sua participação na sociedade de forma democrática.
Avaliação é um processo contínuo ao processo de ensino-aprendizagem e deve ser permanente.Também deve ser conscientemente vinculada à concepção de mundo, sociedade, de ensino que queremos,
permeando toda a prática pedagógica e as decisões metodológicas, dentro da realidade escolar, buscando e compreendendo criticamente as causas da existência de problemas e propor alternativas dentro de uma criação coletiva.
A avaliação não deve representar o fim do processo de aprendizagem, nem tampouco a escolha inconsciente de instrumentos avaliativos, mas sim, a escolha de um caminho a percorrer na busca de uma escola necessária.
6. A ESCOLA NO CONTEXTO DA REALIDADE BRASILEIRA
O homem é um ser social e cultural.
O aluno é reflexo da sociedade em que vive, por isso a escola aponta um
exercício que seja fundamental para alimentar uma prática consistente, uma reflexão
coletiva, com apoio teórico que amplie a visão dos alunos para perceberem as
relações entre a educação da escola, no município, na região, estado, país.
Através da reflexão sobre as causas sociais que interferem na aprendizagem,
a escola realiza projetos e/ou técnicas diversas para solucionar problemas, bem como
procura oportunizar maiores contatos com a família.
Procurando responder pelo acesso ao conhecimento que são culturalmente
valorizados pela sociedade em que se insere. A proposta educacional do Colégio
Estadual Macedo Soares aproveita as vivências, histórias e experiências de cada um que
são enriquecidas na troca com o outro, na descoberta de novos horizontes. É preciso
levar em conta que a escola está inserida numa comunidade concreta, cuja
população tem expectativas e necessidades específicas.
Ter clareza da função social da escola e do homem que se quer formar é
fundamental para realizarmos uma prática pedagógica competente e socialmente
comprometida , particularmente num país de contrastes como o nosso , onde existem
grandes desigualdades econômicas , sociais e culturais.
Procura-se a aprendizagem dos conteúdos que são necessários para a vida
em sociedade. Nesse sentido poderá contribuir no processo de inserção social das
novas gerações, oferecendo instrumentos de compreensão da realidade local e,
também, favorecendo aos educandos a participação em relações sociais diversificadas
e cada vez mais amplas. A vida escolar possibilita exercer diferentes papéis, em grupos
variados, facilitando a integração dos jovens no contexto maior.
Os alunos não podem ser tratados apenas como “cidadão em formação”,
pois eles já fazem parte do corpo social.
A escola deve trazer para dentro de seus espaços o mundo real, do qual
alunos e professores fazem parte. Ela não pode fazer de conta que o mundo é
harmonioso, que não existe devastação do meio ambiente, a fome, as guerras, a
violência, as desigualdades sociais, porque tudo isso está presente e traz conseqüências
para o momento em vivemos e para os momentos futuros.
Compreender e assumir o tempo presente, com seus problemas e
necessidades, é uma forma de gerar alternativas humanizadoras para o mundo.
Para cumprir sua função social, a escola precisa considerar as práticas de
nossa sociedade, sejam elas de natureza econômica, política, social, ética ou moral,
mas também deve contar com o apoio do poder público e de outros segmentos sociais.
7. GESTÃO DEMOCRÁTICA
Dentro de uma Gestão Democrática, o compromisso é de trabalhar
pela melhoria do ensino e pela democratização da escola, atendendo às
necessidades de defender os direitos da comunidade escolar.
Tendo-se consciência de que a escola não é ilhada, mas inserida
numa comunidade concreta, cuja população tem expectativas a serem
levadas em conta, a comunidade escolar é chamada a participar na tomada
de decisões, ampliando os canais de participação através de suas instâncias.
O Diretor é o grande articulador das ações de todos os segmentos,
o condutor de projetos, aquele que prioriza as questões pedagógicas e que
mantém o ânimo de todos na construção do trabalho educativo,
estabelecendo relações mais flexíveis e menos autoritárias entre educadores e
alunado.Visando melhorias, busca-se explorar possibilidades, respeitar e
expandir limites, estabelecer alianças e parcerias.
Em conjunto, trabalha-se para resolver mais adequadamente
problemas como a democratização do acesso, a reprovação e a evasão,
combatendo direta e incansavelmente através de ações e medidas
adequadas e imediatas. E num processo de diálogo e alteridade, com base
participativa de todos os segmentos da comunidade e do colegiado é que se
media a tomada de decisões e garante o acesso ao ensino integrado.
Fazem parte do processo coletivo da Gestão Democrática:
7.1. CONSELHO ESCOLAR : é um órgão de poder de decisão ,ligado a
Direção, cujo objetivo é discutir e auxiliar no desenvolvimento da escola.
Visa a qualidade de ensino através de uma educação transformadora que
prepare o aluno para o exercício pleno da cidadania. Ele é constituído por
representantes dos segmentos da comunidade escolar.
É um conselho atuante e participativo. As reuniões
acontecem toda vez que se faz necessário ou ordinariamente a cada ano
letivo, nas dependências da escola e são abertas a todos os pais.
Tem Estatuto próprio.
7.2.ASSOCIAÇÃO DE PAIS MESTRES E FUNCIONÁRIOS é um órgão formado
não somente por pais, mas também com a participação de toda a
comunidade escolar, onde aqueles envolvidos no processo, são
igualmente responsáveis pelo sucesso da educação. Objetiva dar apoio à
Direção, primando pelo entrosamento entre pais, alunos, professores,
funcionários e toda a comunidade, através das atividades sócio-
educativas, culturais e desportivas.
A APMF é regida por estatuto próprio.
7.3. CONSELHO DE CLASSE: é o órgão coordenador e avaliador da ação
educacional da escola. Composto por professores, equipe pedagógica,
direção e equipe técnico-administrativa, e demais representantes da
comunidade escolar. O Conselho de Classe, estabelece critérios para os
trabalhos de acompanhamento, avaliação e recuperação, dos
educandos, bem como discute a prática pedagógica adotada na escola.
Este conselho reúne-se ordinariamente duas vezes no semestre, com
registro em ata.Também regido por estatuto próprio.
O Colégio Macedo Soares, visando mudanças na realização do
Conselho de Classe, realiza o Pré-Conselho com a participação de alunos
e pais, com o objetivo de democratizar esta prática, estudando o
desempenho das turmas e alunos estatisticamente elaborados .
7.4.GREMIO ESTUDANTIL: é uma organização que representa os interesses
dos educandos com fins específicos, sendo o órgão máximo de
representação do corpo discente, regido por estatuto próprio. O Grêmio tem
um papel importantíssimo na formação e no desenvolvimento educacional, cultural
e esportivo, organizando diversas atividades culturais, esportivas e educacionais.
A eleição acontecerá pelo voto direto e secreto em horário normal de
funcionamento de cada turno. O mandato da Diretoria do Grêmio será de um ano a
partir da data de posse.
8. EDUCAÇÃO INCLUSIVA
“Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.”
ALBERT EINSTEIN
A Educação Inclusiva constitui uma política das Secretarias de Educação
dos Estados e em alguns, se apresenta como política de governo.
A Educação Inclusiva é uma política abrangente que visa eliminar nos
processos educacionais, qualquer tipo de discriminação a grupos de pessoas,
como: raça, etnia, grupo social, religião, portanto vai além das questões
relacionadas a grupos convencionalmente atendidos pela Educação Especial.
A Resolução Cne/CBE nº2; no seu artigo 10º, evidencia que as escolas
devem prever e prover na organização de suas classes comuns.
I - professores das classes comuns e da educação especial capacitados e
especializados, respectivamente, para o atendimento às necessidades
educacionais dos alunos;
II - distribuição dos alunos, com necessidades educacionais especiais, pelas
várias classes do ano escolar em que forem classificados, de modo que essas
classes comuns se beneficiem das diferenças e ampliem positivamente as
experiências de todos os alunos, dentro do princípio de educar para a
diversidade;
III - flexibilizações e adaptações curriculares, que considerarem o significado
prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos
didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao
desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais
especiais, em consonância com o projeto pedagógico, respeitando a freqüência
obrigatória."
Para realizar as metas há que se mobilizar, todos os envolvidos no processo
de inclusão, os professores, as famílias, os funcionários das escolas, os conselhos
municipais de educação, as comunidades, as ONGS que participam nas escolas,
o poder legislativo, entre outros, afinal de contas inclusão é responsabilidade de
todos.
Segundo Heloísa Lück em "Lições aprendidas a partir das experiências de
Educação Inclusiva", p.46, dentre as estratégias facilitadoras da promoção da
educação inclusiva, destacam-se:
8.1.EM AMBITO DE ESCOLA
O redimensionamento do tamanho de classes onde estão os alunos com
necessidades diferenciadas; a capacitação de seus professores para a realização
de trabalho diferenciado; a orientação, apoio e acompanhamento
especializados para os professores que realizam esse trabalho; a criação de
espaços de interação sócio - educacional nas escolas, para a inclusão dos alunos
na escola como um todo, e não apenas em sua turma; o acompanhamento
psicopedagógico a alunos com necessidades diferenciadas; a formação dos
alunos como um todo para aceitarem e conviverem de maneira receptiva e
positiva com diferenças; a compreensão ampla e aprofundada dos desafios e
necessidades sócio - educacionais de pessoas de grupos diferenciados; o
envolvimento de pais nas questões de inclusão e sua orientação a respeito do
tema.
No artigo 11 §2º, acorda que as escolas de Educação Básica devem
constituir parcerias com instituições de ensino superior com vistas à identificação
de alunos que apresentam altas habilidades/superdotação, para fins de apoio
ao prosseguimento de estudos no ensino médio e ao desenvolvimento de
estudos na educação superior, inclusive mediante a oferta de bolsas de estudo,
destinando-se tal apoio prioritariamente àqueles alunos que pertençam a
camada de baixa renda.
Resolução CNE/CBE nº02
O nosso estabelecimento de ensino visando estabelecer uma ação
pedagógica adequada, aos portadores de altas habilidades/superdotados,
estará "desempenhando um processo de identificação ao longo de uma
dimensão de tempo, baseado na seqüência de acontecimentos naturais do dia-
a-dia, orientado pela observação contínua cuidadosa, nas mais diversas
situações de ação, produção, posição e desempenho nas quais as crianças
estiverem envolvidas." (GUENTHER, 200), objetivando alternativas de atendimento
adequado aos mesmos.
PROCESSO DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
“O objetivo da avaliação
é interferir para melhorar.”
Cipriano Carlos
Luchesi
A avaliação é um elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e o seu
próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar a
aprendizagem do aluno, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes
valores.
A avaliação deve dar condições para que seja possível o ajuste e a
orientação da intervenção pedagógica a fim de que o aluno aprenda da
melhor forma. Deve, pois, proporcionar dados que permitam ao estabelecimento
de ensino, promover a reformulação do currículo, adequação dos conteúdos e
métodos de ensino.
A avaliação deve possibilitar novas alternativas para o planejamento do
sistema de ensino como todo.
É uma ação que ocorre durante o processo de ensino e aprendizagem e
não apenas em momentos específicos, como fechamento de grandes etapas
de trabalho e envolve não somente o professor, mas também alunos, pais e a
comunidade escolar.
“Defino avaliação como um ato amoroso no sentido de que a avaliação,
por si, é um ato acolhedor, integrativo (...) inclusivo. Para compreender isso,
importa distinguir avaliação de julgamento. O julgamento é um ato que distingue
o certo do errado, incluindo o primeiro e excluindo o segundo. A avaliação tem
por base acolher uma situação, para, então e só então, ajuizar a sua qualidade,
tendo em vista dar-lhe suporte de mudança, se necessário.” 1
A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua
sobre a prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada
de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como
adequados, para o processo de aprendizagem, individual ou de todo o grupo.
Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas,
dificuldades e possibilidades para reorganização de seu desempenho na tarefa
de aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais
aspectos das ações educacionais demandam maior apoio.
Para obter informações em relação ao processo de aprendizagem é
necessário considerar a importância de uma diversidade de instrumentos e
situações, para possibilitar por um lado, a avaliação das diferentes capacidades
e conteúdos curriculares em jogo e, por outro lado, constatar os dados obtidos e
observar a transferência das aprendizagens em contextos diferentes. Assim sendo,
o professor acompanha o desempenho do aluno nas diferentes situações de
aprendizagem, utilizando para tal, técnicas e instrumentos diversificados, sendo
vedada uma única aferição. Como instrumentos e técnicas de avaliação são
utilizados testes orais, escritos, trabalhos individuais e em grupos, pesquisas,
observações espontâneas ou dirigidas, debates, relatórios e outros.
A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a comparação com
os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando-se a comparação
dos alunos entre si. Devem ser observados os avanços e a qualidade de
aprendizagem alcançada pelo aluno.
“ A avaliação,por si, é acolhedora e harmônica, como um círculo é
acolhedor e harmônico (...). Avaliar um aluno com dificuldade é criar base (...) de
como incluí-lo dentro do círculo da aprendizagem; o diagnóstico permite a
decisão de direcionar aquilo ou aquele que está precisando de ajuda. “ 2
Devem preponderar, na avaliação do aproveitamento escolar, os aspectos
qualitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e
multidisciplinaridade dos conteúdos. Deve-se dar relevância à atividade crítica, à
capacidade de síntese e à elaboração pessoal sobre a memorização. A
avaliação deve obedecer a ordenação e a seqüência do ensino e da
aprendizagem, bem como a orientação do currículo.
Os resultados da avaliação são expressos através de notas numa escala de
zero (0,0) a dez (10,0) e, computados trimestralmente, através de somatória de
valores cumulativos em várias aferições, na seqüência e ordenação dos
conteúdos. O rendimento escolar mínimo exigido pelo Colégio para aprovação é
(6,0) seis por disciplina. O resultado final é calculado por média aritmética dos três
trimestres.
O resultado das avaliações são registrados no Livro Registro, bem como a
modalidade da avaliação e a recuperação de estudos e notas.
A revisão dos resultados pode ser requerida no prazo de 48 horas, três dias
úteis, a partir da data de comunicação das mesmas, pelos pais, responsáveis ou
aluno, quando maior de idade.
Faz-se necessário que a escola, tenha explicito o que avaliar. Os critérios de
avaliação apontam as experiências educativas a que os alunos devem ter
acesso e que são essenciais para o seu desenvolvimento e socialização. Ao
avaliar, deve-se levar em consideração os seguintes aspectos:
• Apropriação de conteúdos que englobam as capacidades de síntese,
análise, comparação, crítica, elaboração de propostas e projetos,
organização de textos e pesquisas.
• Desenvolvimento e mudança de atitudes que envolvam organização e
participação em seminários, em atividades individuais e grupais, ampliação e
sustentação de atitude pesquisadora, capacidade de relação teoria - prática
e elaboração crítica...
• Desenvolvimento da criatividade que envolve reelaboração de conceitos,
idéias, emprego de recursos tecnológicos, capacidade de enfrentamento a
situações e problemáticas novas, capacidade de propor alternativas e
soluções, possibilidade de utilização do conhecimento com novos enfoques...
• Capacidade de relações envolvendo respeito aos demais, construção de
conhecimento em grupo, contribuição na sistematização das atividades de
sala ou pesquisa, envolvimento ético com seu grupo e com a comunidade,
avaliação e análise das situações do contexto...
• Capacidade de produção que engloba diferentes situações de
manifestação do conhecimento elaborado: regularidade, continuidade,
levantamento de dados, análise, aplicação e interferências, clareza,
interação, percepção das diferentes alternativas e relações...
Refletir é também avaliar, avaliar é também planejar, estabelecer
objetivos...Daí que os critérios de avaliação que condicionam seus resultados,
estejam subordinados as finalidades e objetivos previamente estabelecidos para
qualquer prática, seja ela educativa, social, política ou outra.”
“Tão importante quanto "o que" e "como" avaliar são as decisões
pedagógicas, decorrentes dos resultados da avaliação. Elas orientam a
reorganização da prática educativa do professor no seu dia a dia e norteiam
ações como acompanhamento individualizado feito pelo professor fora da
classe, a constituição de grupos de estudos, as lições extras, dentre outras que
cada escola pode criar, incluindo a solicitação de outros profissionais para
debate sobre questões emergentes ao trabalho.” 3
A Recuperação de Estudos é um dos aspectos da aprendizagem no
desenvolvimento contínuo e paralelo ao processo de construção do
conhecimento pelo aluno, a partir dos dados levantados durante a avaliação
sistemática. É um conjunto de ações integrado ao processo de ensino, adequado
às dificuldades dos alunos, realizado durante o ano letivo e considerado para
efeito de documentação escolar.
A recuperação de estudos é realizada por conteúdos durante o semestre,
através de um acompanhamento do professor, verificando as dificuldades
apresentadas pelos alunos, adotando formas variadas, buscando obter a
recuperação do conteúdo expressa em nota superior ao valor anteriormente
alcançado, considerando sempre o maior valor.
“Ser professor é cuidar que o aluno aprenda.”( Pedro Demo)
1,2- LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem escolar: estudos e
proposições. 4 ed. São Paulo: Cortez, 1996. pg. 168-180.
3- GADOTTI, Moacir. Prefácio de DEMO, Pedro. Avaliação Qualitativa. São Paulo:
Cortez, 1987.
Conselho de ClasseO Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa com o objetivo de avaliar o processo de ensino - aprendizagem na
relação professor - aluno e os procedimentos adequados a cada caso.
Tem por finalidade estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua
relação com o trabalho do professor, relacionando-os com a organização dos
conteúdos, encaminhamento metodológico, as formas de avaliar, recuperar e
reconduzir a prática educativa.
A presidência do Conselho de Classe está a cargo do diretor que, em sua
falta ou impedimento, é substituído pela direção auxiliar ou membro da equipe
pedagógica.
O Conselho de Classe reúne-se ordinariamente em datas previstas em
calendário, e extraordinariamente, sempre que um fato relevante assim o exigir.
Deve emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino -
aprendizagem, respondendo a consultas feitas pelo diretor e equipe
pedagógica; propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar
tendo em vista o respeito à cultura do educando, integração e relacionamento
com os alunos na classe; estabelecer planos viáveis de recuperação de alunos,
em consonância com o plano curricular do Estabelecimento de Ensino; colaborar
com a equipe pedagógica na elaboração e execução dos planos de
adaptação de alunos transferidos, quando se fizer necessário; decidir sobre
aprovação ou reprovação de alunos que, após a apuração dos resultados finais
não atinjam a média mínima prevista, levando-se em consideração o
desenvolvimento do aluno até então.
É uma ação pedagógica histórica inserida dentro do processo de vida
escolar, intencionalmente realizada, em que os professores se situam
conscientemente no processo que juntos desenvolvem, para a formação dos
alunos.
11. REGIME ESCOLAR
• Horário das aulas
Matutino: 7h e 30min às 11h e 50min
Vespertino: 13h às 17h e 20min
Noturno: 18h e 50min às 22h e 55min
• AGENDA ESCOLAR:
A agenda do aluno é um instrumento pelo qual acontece a comunicação e
identificação do educando. O objetivo da mesma é de reunir o maior número de
informações e favorecer a comunicação diária entre família e colégio e vice-
versa.
O regulamento interno dos educandos segue abaixo:
DIREITOS DOS ALUNOS
- Ter pleno atendimento didático-pedagógico, usufruindo de um bom nível
de ensino.
- Expor as dificuldades encontradas no processo de aprendizagem
solicitando a orientação necessária.
- Ser avaliado em seu desempenho de forma justa, com o benefício da
recuperação.
- Inteirar-se do sistema de avaliação e ser informado dos resultados obtidos
nas diferentes avaliações, assim como das faltas, através dos boletins informativos.
- Peticionar, por si, se maior, ou por representante, se menor, à equipe
pedagógica em termos de cortesia, em defesa de seus direitos no que se refere a
Segunda chamada ou revisão de provas, tendo um prazo máximo de 72 horas.
- Participar com voz e voto nas decisões da turma.
- Utilizar-se das instalações e dependências do Colégio, mediante prévia
autorização de quem de direito.
- Ter acesso aos serviços prestados pelo Colégio no seu período escolar.
- Requerer cancelamento de matrícula ou transferência desde que
cumpridas as obrigações prévias.
- Usar a biblioteca nos horários determinados pela mesma.
- Participar do recreio, desde que sejam respeitadas as normas de
civilidade: respeito mútuo, brincadeiras sadias, não freqüência a lugares que
ofereçam perigo ou áreas não permitidas.
- Ser dispensado da prática de Educação Física, mediante comprovação
médica de inaptidão física e/ou declaração de trabalho com carga horária (os
atestados e declarações deverão ser entregues para o Serviço de Orientação
Educacional).
- Requerer segunda chamada de provas, apresentando um atestado
médico. Na ausência de atestado médico, a justificativa deverá ser feita
pessoalmente pelos pais ou responsáveis. O prazo de requerimento de 2º
chamada é de 72 horas, passado o prazo perde-se o direito. (Lei 7102 de
15.01.1979).
DEVERES DOS ALUNOS
- Respeitar professores e funcionários, com obediência e acatamento.
- Ser pontual e assíduo com os horários e deveres escolares.
- Tratar com educação e cortesia colegas, funcionários, professores,
diretores e toda pessoa a que se dirigir ou for interpelado.
- É obrigatório apresentar-se corretamente uniformizado. A
descaracterização do uniforme representa falta disciplinar e será registrada na
agenda do aluno, que será advertido oralmente sem prejuízo de seu direito de
permanência no Colégio. A APMF dá suporte possibilitando a aquisição do
uniforme.
- A postura e a veste são condições para a criação de um ambiente
estimulante de trabalho e seriedade, indispensável em uma sala de aula. Cabe
ao aluno evitar as vestes negligenciadas e desleixadas, sobretudo, durante as
atividades escolares que buscam intencionalmente chamar a atenção.
- Manter-se limpo e asseado.
- Manter os materiais escolares devidamente cuidados e organizados,
conservando-os com a maior higiene possível.
- Comparecer às atividades cívicas ou quaisquer outras atividades
promovidas pela escola, como complemento ao processo ensino-aprendizagem.
- Manter atitudes de silêncio na biblioteca e cumprir suas normas e
orientações.
- Cumprir e fazer as tarefas escolares marcadas pelos professores.
- Manter sua sala de aula sempre limpa e outras dependências asseadas,
usando as lixeiras para armazenar os restos e sobras.
- Comparecer e participar das aulas e atividades programadas com
pontualidade e assiduidade.
- Atender prontamente aos sinais de entrada, recreio ou saída de aula,
dirigindo-se sempre em silêncio para a sala de aula.
- Permanecer na sala de aula, na ausência do professor, portando-se de
maneira civilizada.
- Participar com interesse das atividades escolares.
- O aluno deverá apresentar-se de tênis ou sapato, pois chinelo e sandália
não são adequados ao ambiente escolar até mesmo para a prática de
Educação Física.
- Estudar, fazer e apresentar tarefas e demais trabalhos solicitados no prazo
determinado pelos professores.
- Acatar as determinações emanadas dos funcionários, professores e
Direção do Colégio, nos respectivos âmbitos de competência.
- Respeitar os professores, colegas e demais funcionários do Colégio.
- Eleger o representante de turma.
- Entregar no prazo previsto todo e qualquer material (tarefas escolares),
além da documentação solicitada pela secretaria.
- Dirigir-se à Equipe Pedagógica no caso de atraso, para registro na ficha
de acompanhamento da freqüência contida na agenda do aluno, pois atrasos
freqüentes causam prejuízo ao processo ensino-aprendizagem. Todo atraso
implica em falta.
- Guardar, conservando em ordem e limpos os livros e cadernos utilizados
durante o ano, pois este material será usado para revisão de conteúdos e na
recuperação de estudos.
- Apresentar à Equipe Pedagógica, no primeiro dia após a falta, com a
justificativa assinada pelo pai ou responsável.
- Entregar aos pais ou responsáveis os comunicados para os mesmo,
emitidos pelo Colégio através da Agenda do aluno e trazê-los assinados.
- Indenizar individualmente os danos causados ao patrimônio do Colégio,
quando for apurada sua responsabilidade, participar da indenização coletiva,
quando a responsabilidade recair sobre o grupo de alunos a que pertença.
PROIBIÇÕES AOS ALUNOS
- Entrar ou sair da classe, depois de iniciada a aula, sem a autorização do
professor.
- Ocupar-se durante as aulas, com trabalhos e atividades estranhas às
mesmas.
- Impedir a entrada de alunos no Colégio.
- Instigar os colegas a ausência coletiva das aulas.
- Adentrar ao Colégio para assistir às aulas, sem a indumentária apropriada.
- Trazer para o Colégio objetos que dispersem atenção da
classe( aparelhos celulares, Mp 3 , câmeras fotográficas ou de vídeo , etc), e
principalmente os que oferecem perigo aos Colegas, como objetos de ponta. O
Colégio não se responsabilizará pelo desaparecimento dos mesmos.
- Portar revistas, livros, panfletos, jornais ou cartões que atentem ao pudor
ou aos bons costumes.
- Trazer baralhos ou praticar qualquer tipo de jogo de azar nas
dependências do Colégio ou em suas imediações.
- Trazer ou mastigar chicletes nas dependências do Colégio.
- É proibido fumar, conforme a Lei Estadual nº. 02/80 e Lei Federal nº.
8852/88 .
- Chupar bala, fazer lanche ou tomar refrigerante ou alimentar-se em sala
de aula.
- Namorar nas dependências do Colégio.
- Permanecer nas dependências do Colégio sem ocupação, quando sua
classe está em aula, consiste-se em gazear aula.
- Permanecer nas imediações do Colégio em situação de algazarra e
indisciplina.
- Usar chuteiras com travas ou similar nas dependências do Colégio.
- Andar de bicicleta, skate, rolimã, triciclo, monociclo ou outro veículo
qualquer nas dependências do Colégio.
- Agredir moralmente com palavras, atos ou gestos, professores, colegas ou
funcionários, no Colégio ou fora deste.
- Agredir fisicamente, colegas ou funcionários, no colégio ou fora deste.
- Danificar o patrimônio do colégio. O aluno que causar qualquer dano ao
patrimônio do Colégio, somente poderá retornar às atividades estudantis depois
de reparado o dano.
- Manter atitudes inconvenientes nas dependências do Colégio.
- Usar lápis ou caneta vermelha para realização de avaliações.
- Ausentar-se do colégio, durante o período de aulas, sob qualquer
pretexto, sem autorização da Direção.
- Evadir-se do Colégio saltando muros e portões sob qualquer pretexto,
tanto para adentrar quanto para sair das dependências do Estabelecimento.
- Fazer uso ou portar substâncias tóxicas ou psicotrópicas.
- Permanecer nas imediações do Colégio, antes, durante e após o término
das aulas.
- Ausentar-se do Colégio durante as aulas sem autorização escrita da
Direção e/ou Serviço de Orientação Educacional.
- Promover jogos, excursões, listas de pedidos ou campanhas de qualquer
natureza, sem a prévia autorização da Direção.
- Subir no telhado do Prédio para retirada de qualquer objeto.
- Utilizar máquinas, relógios e calculadoras ou similares sem a devida
autorização do professor da disciplina.
- Usar corretivo líquido.
- Alterar, rasurar ou suprir anotações lançadas nos avisos aos pais e nos
documentos escolares.
- Adentrar na sala dos professores ou secretaria sem convite.
- Fazer-se acompanhar de pessoas estranhas ao colégio, ou em suas
dependências.
- Sair da sala para os corredores e demais dependências do
Estabelecimento, nos intervalos de aula.
- Portar objetos ofensivos de qualquer natureza.
- Usar bonés, chapéus ou qualquer cobertura no Colégio.
- Usar de qualquer meio fraudulento nas provas e trabalhos
escolares.
- O aluno que for surpreendido nas aulas ou recreio, com objetos que
perturbem o andamento destes, terá o objeto confiscado e o mesmo ficará
retido na Direção do Colégio, além de ser enquadrado disciplinarmente.
- Usar camisa, botons, adesivos e outros; ou uniformes de instituições alheias
ao Colégio, tais como times de futebol.
MEDIDAS DISCIPLINARES
- Após advertido verbalmente, o aluno reincidente na falta, estará sujeito à
advertência por escrito, a qual será registrada na Agenda do Aluno;
- O afastamento de sala de aula, era determinado pela Direção e/ou
Orientação Educacional, desde que o aluno tenha duas seqüências de
ocorrências disciplinares por escrito em sua Agenda;
- Excepcionalmente, considerada a gravidade da infração, poderão ser
ultrapassadas uma ou mais das etapas previstas, ouvindo o Serviço de Orientação
Pedagógica, e a Direção.
- Ultrapassada a 3a seqüência de ocorrências disciplinares o aluno será
encaminhado ao Conselho Escolar.
Observações:
§ 1 - Serão consideradas faltas ou ocorrências graves, dentre outras:
agressão verbal ou física propositadamente, gazear aulas, desacato à
autoridade, desrespeito à integridade moral, dano proposital ao patrimônio do
Colégio, saída do Colégio sem permissão, furto e porte de objetos ofensivos de
qualquer espécie.
§ 2 - Qualquer reclamação vinda dos pais em relação ao Colégio ou seus
funcionários deverá ser feita à Direção, no sentido de esclarecer o problema, se
houver desacato à autoridade do Colégio (Direção) ou demais funcionários, será
encaminhado o problema ao Conselho Escolar para tomada de medidas
cabíveis.
§ 3 - Terá vaga assegurada, registrada a capacidade da escola e
demanda existente, o educando que obtiver seu rendimento escolar suficiente
para a aprovação, os demais terão sua vaga assegurada , respeitada a faixa
etária, mas sem opção de turno.
- Nos casos de agressões físicas será chamada a patrulha escolar, para os
alunos maiores de 12 anos.
Tendo em vista que o sucesso do aluno também depende da participação
dos pais, seguem as responsabilidades dos mesmos:
AOS PAIS OU RESPONSÁVEIS CABE:
- Acompanhar o rendimento escolar de seus filhos, bem como sua frequência
diária (registrada na agenda).
- Comparecer às reuniões previamente estabelecidas e marcadas para assuntos
relacionados à ação pedagógica.
- Atender o chamado de Professores, Equipe Pedagógica ou Direção, quando
necessário, para tratar de assuntos relacionados a seu (sua) filho(a).
- Confirmar a matrícula no mês previsto, trazer os documentos necessários.
- Dirigir-se ao Colégio para esclarecimento junto à Direção,
Orientação ou Supervisão e Professores, no âmbito de sua competência, sempre
que necessário.
- Colaborar com o Colégio, participando de atividades promovidas pelo mesmo,
visando a melhoria do Ensino.
- Providenciar material necessário para o bom andamento das atividades
escolares de seu(sua) filho(a).
- Ler e assinar os comunicados enviados pelo Colégio.
- Respeitar o Colégio, já que o escolheu para seu(sua) filho(a), zelando pelo seu
nome.
Lembrete: O CEMS não se responsabilizará pelo desaparecimento de jóias,
objetos de valor e dinheiro.
• Regulamento Interno para Correções e Avaliações: O documento foi criado
no presente ano, objetivando servir como referencial às diversas situações do
dia-a-dia da prática pedagógica; foi elaborado pelo corpo docente, equipe
pedagógica e direção.
REGULAMENTO INTERNO PARA CORREÇÕES E AVALIAÇÕES
O presente Regulamento é uma construção coletiva da comunidade
escolar, a partir das orientações recebidas do NRE.
1) Os resultados das avaliações são expressos através de notas de 0,0 (zero) a
10,0 (dez), computados semestralmente. No registro das notas consideram-se
apenas: inteiros e décimos.
2) A avaliação é somatória e cumulativa.
Ex: avaliação x: 2,0 + avaliação y: 3,0 ... até completar 10,0 (dez).
3) Variadas são as possibilidades de avaliação: provas (orais, escritas, objetivas,
dissertativas), trabalhos em grupo, seminários, debates, produções textuais,
auto-avaliação, pesquisas, maquetes, construção de gráficos, etc... que
podem ser utilizadas, obedecendo a seqüência e ordenação dos conteúdos,
propostos no nosso planejamento.
4) É vedada a forma de avaliação em que os alunos são submetidos a uma
única oportunidade de aferição. Ex: uma prova valendo 10,0.
5) O rendimento escolar mínimo exigido pelo Colégio é 6,0 (seis), por disciplina,
sendo o resultado anual calculado da seguinte forma:
1º trim. + 2º trim. + 3º trim. = 6,0
3
6) Quando o aluno falta, por motivo justo e perde a avaliação, tem direito a 2ª
chamada, independente da modalidade ou valor da avaliação, desde que
apresente ao professor o documento fornecido pela secretaria. A justificativa
deve ser feita em 72 horas para assegurar esse direito. O aluno pode requerer
a 2ª chamada 3 vezes no semestre, os casos que ultrapassarem esse número
serão resolvidos pela equipe pedagógica ou direção.
7) Quando o aluno deixa de entregar o trabalho solicitado na data marcada,
deve requerer 2ª chamada na Secretaria e apresentar ao professor junto com
o trabalho. Caso o aluno falte no dia e mande o trabalho, esse procedimento
fica dispensado.
Se o aluno não apresentar a 2ª chamada fica sem a nota no trabalho não
entregue e perde o direito de recuperação da nota.
8) Quando o aluno falta no dia da recuperação ( de 5,0 pontos), tem direito a 2ª
chamada.
9) Os resultados (notas e comentários) das avaliações devem ser fornecidos ao
aluno o mais breve possível.
10) Junto ao cabeçalho, deve constar o valor da avaliação:
Colégio Estadual Macedo Soares – Ensino Fundamental e Médio
Disciplina:________________ Prof.:______________________
Aluno:________________________________ Nº.:_____ Série/Turma:_____
Data: _____/_____/_______ Valor:_________
11)Em todas as disciplinas, nos instrumentos de avaliação escritos, os erros
ortográficos devem ser assinalados pelos professores. O desconto sobre esses
erros não pode ultrapassar 0,5% do valor da avaliação, independente do
número de erros.
12)O aluno que deixar de resolver as questões da prova (entregar em branco),
demonstrando desinteresse, má vontade e recusando-se a realizá-la, deverá
justificar sua atitude perante a Direção e/ou Equipe Pedagógica para
assegurar seu direito a recuperação.
13)O professor deve cobrar a assinatura dos pais nas avaliações abaixo da média
(60%).
14)Quando o aluno for surpreendido “colando” na avaliação, o professor deve
anular a prova.
15)Recuperar é levar o aluno a alcançar os objetivos não atingidos no decorrer
das atividades, utilizando outras estratégias de ação que venham possibilitar
dinâmica da aprendizagem.
16)A recuperação de estudos e de nota é realizada com aquele conteúdo não
aprendido durante o semestre, com o acompanhamento do professor e
oferecida principalmente ao aluno que não atingir 60% (sessenta) do valor
atribuído à avaliação.
17)É assegurado ao aluno o direito de recuperação, independente da forma
(provas orais, escritas, individuais, em grupo, com consulta, pesquisas,
maquetes, seminários, etc), e valor da avaliação.
18)Em hipótese alguma, o aluno que tiver presença nas aulas, pode ter 0,0 (zero)
de média semestral.
19)Não usar códigos nos livros registros ( +, *, letras, enfim sinais diversos...), os
mesmos não fazem parte de nosso sistema de avaliação. As siglas NF : não fez
e NC: não compareceu, e NA: não apresentou, podem ser usadas, mas
registrar uma legenda na página onde aparecem as siglas.
20)Os materiais expostos (cartazes, folders, painéis) devem estar escritos
corretamente e com a assinatura do professor responsável, que também fica
encarregado da organização, retirada e devolução do material colocado em
exposição. Colégio Estadual Macedo Soares não tem local para guardá-lo.
21)Os casos omissos são discutidos junto à Direção e Equipe Pedagógica.
22)Os alunos suspensos da sala, deverão realizar as avaliações no mesmo
momento da turma, podendo fazê-lo na própria classe ou sala designada
pela Direção ou Equipe Pedagógica.
CORPO DOCENTE
Para que o trabalho pedagógico ocorra de forma eficaz e com qualidade,
a dedicação e apoio dos educadores são imprescindíveis. Nesse processo, alguns
aspectos devem ser considerados:
1. Verificar o horário de entrada de cada turno, estando no
colégio antes do sinal;
2. Caso necessite faltar, comunicar antecipadamente à Direção
ou Equipe Pedagógica;
3. O professor que faltar, indiferente do motivo, deve providenciar
uma atividade a ser desenvolvida nas turmas do dia, em sala de aula,
devendo ser retomada na próxima aula. Não haverá adiantamento de
aulas;
4. A hora atividade deve ser cumprida no colégio. O professor
deverá repassar à Equipe Pedagógica, o horário que realizará a hora
atividade;
5. Não utilizar telefone celular no horário de aulas. Deixá-lo no
modo vibracall;
6. Os professores e funcionários não devem fumar no ambiente
escolar;
7. Manter a ética quanto aos assuntos discutidos e as decisões
tomadas nos Conselho de Classe e nas reuniões pedagógicas. As
ações serão de conhecimento dos professores, equipe pedagógica e
direção, e dos alunos quando se fizer necessário;
8. Não liberar os alunos antes de bater o sinal do recreio, bem
como na última aula. Para evitar transtornos, os alunos que realizarem
avaliações não devem ser liberados após o término das mesmas, nem
mesmo no último horário. Para o recreio, bem como ao final das aulas,
há dois sinais, o primeiro é para o Ensino Fundamental e o segundo sinal
para o Ensino Médio;
9. O professor deve ser o último a sair da sala de aula, fechando a
porta para que nenhum aluno fique em sala no recreio ou após o
término das aulas;
10. O professor deverá anotar na agenda, ocorrências disciplinares
e falta de tarefas escolares. Em cada seqüência completa,
encaminhar à equipe pedagógica;
11. As saídas de sala do aluno, deverão ser anotadas na agenda
pelo professor;
12. Lembrar aos alunos para que mantenham a sala limpa e as
carteiras em ordem. No período noturno, lembrar aos alunos para que
fechem as janelas e arrumem as carteiras no último horário;
13. O professor deve permanecer em sala no horário de aula,
evitando conversas com outros professores e funcionários durante a
mesma;
14. Não utilizar palavras de menosprezo ao aluno, evitando
situações de constrangimento em sala de aula;
15. Levar todos os materiais necessários para a sala, não
mandando que os alunos venham busca-los posteriormente;
16. Nas aulas de Educação Física os alunos devem permanecer na
quadra, juntamente com o professor, evitando tumulto no pátio e
corredores. Cinco minutos antes do término da aula o professor deve
liberar os alunos para irem ao banheiro e tomarem água,
encaminhando-os para a sala de aula, em silêncio. Não utilizar a
quadra quando estiver molhada;
17. Exposições, visitas e outras atividades extra-classe, de
complementação e enriquecimento de conteúdo, devem ser
comunicadas à Supervisão que verificará as possibilidades para o
desenvolvimento das mesmas;
18. Se desejar utilizar a biblioteca com os alunos, fazer antes a
verificação dos livros existentes sobre o conteúdo ou matéria em
questão. Para que não haja desordem nos demais livros. O professor
deve permanecer na biblioteca juntamente com os alunos;
19. Para utilizar a videoteca (TV, vídeo) fazer o agendamento na
Secretaria. O professor deve permanecer em sala durante o período
em que o vídeo estiver sendo utilizado. Obs.: Os alunos do pavimento
superior usarão o carrinho. Para os demais será utilizado o vídeo avulso;
20. O laboratório deverá ser utilizado com muita atenção e zelo,
desenvolvendo atividades que garantam a segurança do professor e
alunos. Comunicar à equipe pedagógica a existência de materiais
quebrados ou danificados durante a aula. Nenhum aluno poderá
realizar trabalhos ou experiências no laboratório sem a presença do
professor responsável. O agendamento deverá ser feito na Secretaria;
21. O agendamento do rádio e retroprojetor também devem ser
feitos na Secretaria;
22. O professor poderá utilizar um dos computadores da biblioteca,
em sua hora atividade, para digitação de provas, textos e outros. A
bibliotecária também poderá digitar, só que se entregues com três dias
de antecedência. Ou ainda, se entregue em disquete ela faz a
impressão;
23. O outro computador está sendo utilizado pelos alunos, se
agendado com a bibliotecária;
24. Os livros de chamada deverão permanecer nos escaninhos, na
Secretaria. Se precisar retira-los do Colégio, assinar a retirada na
Secretaria;
25. Não esquecer que o aluno tem direito à recuperação, que é
de conteúdos e não por avaliações;
26. Ao final do 1º e 3º trimestres o Professor deverá ter avaliado 50%
da nota dos respectivos semestres, pois serão tomadas as notas para
análise. As datas serão definidas posteriormente;
27. Não permitir que os alunos fiquem fora da sala de aula
realizando trabalhos na biblioteca, pois tal atitude será considerada
como “gazear aula”;
28. Não mandar aluno para fora da sala de aula, evitando que o
mesmo fique desocupado, perambulando e aprontando pelo colégio.
Quando necessário, encaminha-lo à Orientação Educacional para as
devidas providências;
29. Manter contato com os representantes das turmas para
averiguar quanto à marcação de avaliações, evitando assim, mais de
duas avaliações por dia.
Aos professores de Educação Física
Para que os trabalhos escolares transcorram da melhor maneira possível,
pedimos que sejam observadas algumas normas no transcorrer das aulas:
1. A chamada dos alunos deverá ser feita em sala de aula, para
posteriormente os alunos se dirigirem, juntamente com o professor, para
a quadra esportiva;
2. Estando ainda em sala, o professor deve aproveitar para
esclarecer os alunos o objetivo da aula;
3. Ao entrar com os alunos em quadra, o professor deve manter
todos os alunos na mesma, fechando o portão para que assim sejam
evitados o "passeio" de alunos;
4. Minutos antes de acabar a aula, o professor trará os alunos para
que realizem a higiene necessária;
5. O professor acompanhará os alunos à sala de aula, deixando-os
preparados para a próxima aula;
6. É imprescindível a presença do professor junto á turma, em todos
os instantes da aula;
7. O portão deve permanecer fechado antes, durante e após as
aulas;
8. Utilizar o aparelho de som apenas com o objetivo pedagógico;
9. Professor, sua aula será mais valorizada se você mostrar a
importância da mesma.
• NORMAS PARA FUNCIONÁRIOS EM GERAL:
- Cumprir as suas atribuições de acordo com a função, de forma eficaz,
responsável e ética.
- Cumprir o seu horário com pontualidade e assiduidade.
- Avisar antecipadamente em caso de faltas.
- Sempre que a direção atribuir-lhe uma tarefa, prestar contas da mesma após
realizá-la.
- Entender o colégio como extensão de sua casa, zelando pelo mesmo.
- Não se deve fumar no ambiente escolar.
- Não utilizar palavras de menosprezo aos alunos, evitando situações de
constrangimento.
- Evitar comentários com os alunos, evitando situações de constrangimento.
- Evitar comentários com os alunos dos assuntos discutidos com a Direção ou
referentes ao colégio.
- Não denegrir a imagem do colégio.
12. CALENDÁRIO ESCOLAR (em anexo)
13.ESTRUTURA FÍSICA E MATERIAL
Sala dos Professores
- Armários individuais.
- Televisão.
- Prateleiras de aço.
- 03 Murais de cortiça.
- 01 Ventilador.
Sala de aula
- Conjuntos escolares, com revestimento em fórmica.
- Ventilador.
- Mesa do professor.
- Cortinas.
Secretaria
- 03 Computadores ligados em rede, com acesso à internet banda larga.
- Escaninhos para livros-registros do professor.
- Arquivos de aço padronizados.
- Arquivo morto (12304 pastas).
- Aparelho de Fax.
- 01 Impressora jato de tinta.
- 01 Impressora matricial.
- 01 Impressora digital.
- 01 Ramal telefônico.
- 01 Ventilador.
Salas de Direção
- 01 Central telefônica com 08 ramais.
- 02 Ventiladores.
- 01 Claviculário (chaveiro ou móvel onde se pendura chaves).
- 01 Campainha automática.
- 01 Computador ligado em rede, com acesso a internet banda larga
- 04 Ramais telefônicos.
Equipe Pedagógica
- 01 Computador.
- Materiais pedagógicos.
- 01 Ventilador.
- 01 Ramal telefônico.
Biblioteca
- 02 Computadores ligados em rede, com acesso a internet banda larga.
- 01 Ramal telefônico.
- 01 Ventilador.
- Acervo com 3000 títulos, colocados em estantes para uso específico.
- 02 Impressoras matriciais.
Banheiros
- 01 Banheiro feminino com 06 box com válvulas anti-vandalismo.
- 01 Banheiro masculino com 04 box com válvulas anti-vandalismo.
- 01 Pia de granito com 02 cubas, no banheiro feminino, com torneiras de
desligamento automático.
Quadra esportiva.
- 01 Quadra poli esportiva de 28 m de comprimento por 14,5 m de largura.
- 01 Quadra de mini-vôlei.
- 01 quadra de mini-basquete.
- 01 Sala de Educação Física.
Laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia.
- Listagem em anexo
Recursos Pedagógicos
- 03 Televisões 20 polegadas.
- 03 Vídeos-cassete.
- 01 Geladeira (cantina).
- 02 Retro-projetores.
- 03 Aparelhos de sons portáteis.
- Máquina de Costura.
- Projetor de slides.
Laboratório de Informática.
- 20 computadores (a receber)
Sala de Vídeo.
- TV 29 polegadas.
- Aparelho de DVD.
- Aparelho vídeo-cassete.
- 01 Ventilador.
Cozinha
- 01 Geladeira.
- 01 liquidificador industrial.
- 02 Fogões industriais.
Auditório com 147 m², com palco de 39 m²
- 02 Vestiários.
- Lugar para 163 pessoas.
- 01 Piano.
- 01 Mesa para reuniões.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico garante a articulação dos conteúdos com a dinâmica de um processo educativo que emprega recursos didáticos e pedagógicos facilitadores da aprendizagem, respeitando o aluno no contexto histórico-social e sua identidade cultural, contribuindo assim na sua formação humana. Revela aspirações sobre a escola e seu papel social, suas práticas pedagógicas e as relações nela vividas . A seleção de conteúdos, saberes e conhecimentos deve ser democratizada, uma vez que são requisitos mínimos para a participação consciente em uma sociedade cada vez mais excludente, seletiva e contraditória.
A organização da Projeto Político Pedagógico deve ordenar os conhecimento que serão passados aos alunos, organizá-los em lógicas, hierarquias e precedências, em que tempos, espaços, sempre respeitando a vivência do aluno.
Seguindo a proposta pedagógica derivada da teoria dialética, preocupada com a transformação, exige-se que respeitemos nossos alunos em relação ao acesso ao conhecimentos e consideremos quem são eles, de onde vieram, em que contexto social vivem, etc.
O desafio é trazer para a sala de aula um novo sentido para a aprendizagem e para a avaliação.
A escola deverá garantir ao aluno o acesso aos bens culturais, ao conhecimento produzido historicamente, e a possibilidade de adquirir habilidades para transformar esses conteúdos no contexto social.
Assim a prática pedagógica e a prática de avaliação deverão superar o conteudismo , estabelecendo uma nova perspectiva para o processo de aprendizagem e de avaliação educacional , marcado pela autonomia do educando e pela participação do aluno na sociedade de forma democrática.
Na perspectiva dessa escola cidadã , teremos na sala de aula um professor mediador entre o sujeito e o objeto do conhecimento , trabalhando de forma que, a partir dos conteúdos , dos conhecimentos apropriados pelo aluno, este possa compreender a realidade, atuar na sociedade em que vive e transformá-la.
A metodologia deverá valorizar o processo de formação das capacidades , o desenvolvimento da criticidade pessoal e do reconhecimento do outro como sujeito , a criação de atividades que privilegiem o conhecimento e , por fim , a possibilidade de verificar o desempenho do educando nas diversas práticas escolares e alcançar os objetivos estabelecidos.
A avaliação deverá ser conscientemente vinculada à concepção de mundo, de sociedade e de ensino que queremos, permeando toda a prática pedagógica e as decisões metodológicas.
Através da construção da Proposta Pedagógica, será escolhido o caminho a percorrer na busca de uma escola necessária , onde o saber sistematizado nascido na prática social do aluno se transforme com o conhecimento, num instrumento necessário à participação e às transformações sociais.
8. O PAPEL DO CURRICULO
CONCEPÇÃO CURRICULAR O PAPEL DO CURRICULO NA FORMAÇÃO HUMANA DO ALUNO
De acordo com a teoria Progressista Dialética, o Currículo deve ser dinâmico e emancipatório, com base no contexto histórico do aluno.
A sociedade é o resultado histórico da construção humana, na luta por interesses e na busca de melhoria da qualidade de vida. Essa visão de sociedade nos dá a idéia da necessidade de uma educação emancipadora, construindo a autonomia das pessoas, que vai além de prestar serviços educativos, é acima de tudo, dedicada à formação da cidadania. Desta forma o currículo escolar, além de refletir a vida vivida pelos alunos fora da escola, precisa também preparar para a vida futura: para o exercício da cidadania e para o trabalho. Por esta razão as escolhas dos contextos devem procurar responder à duas vertentes: o que é significativo para o aluno na sua vida e o que é relevante em termos educacionais.
Conforme Antonio Joaquim Severino em “A Escola e a Construção da Cidadania” in Sociedade Civil e Educação (Campinas, SP, Papirus, 1992), o currículo enquanto instrumentalização da cidadania democrática é aquele que
contempla conteúdos e métodos de aprendizagem que capacita o ser humano para a realização de atividades que pertencem aos três domínios da ação humana: vida em sociedade, atividade produtiva e experiência subjetiva, visando a integração de homens e mulheres no tríplice universo do trabalho, da simbolização subjetiva e das relações políticas.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR: Composição do Núcleo Comum e Parte Diversificada
Ensino FundamentalA Matriz Curricular contempla na Base Nacional Comum: Ciências, Artes, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática. Sendo de oferta obrigatória em todas as séries, menos Ensino Religioso.O Ensino Religioso é ofertado obrigatoriamente, com freqüência facultativa para os alunos de 5ª e 6ª séries, com carga horária de 01 (uma) aula semanal, não sendo computada na carga de 800 horas anuais.Na Parte Diversificada consta Língua Estrangeira Moderna – Inglês como componente obrigatório.
Ensino MédioA Matriz contempla Base Nacional Comum e Parte Diversificada.
A Base Nacional Comum é composta de Química, Física, Biologia, Arte, Educação Física, Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática, Filosofia e Sociologia. E a Parte Diversificada composta de Inglês sendo a Língua Estrangeira Moderna componente curricular e obrigatório.
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
São as seguintes as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental:I. As Escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações pedagógicas:
a) os Princípios Éticos da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum;
b) os Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania, do exercício da Criticidade e do respeito à Ordem Democrática.
c) Os Princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criatividade, e da diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais.
II. Ao definir suas Propostas Pedagógicas, as Escolas deverão explicitar o reconhecimento da identidade pessoal de alunos, professores e outros profissionais e a identidade de cada unidade escolar e de seus respectivos sistemas de ensino.III. As Escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são constituídas pela interação entre os processos de conhecimento com os de linguagem e os afetivos, em consequência das relações entre as distintas identidades dos vários participantes do contexto escolarizado; as diversas experiências de vida de alunos, professores e demais participantes do ambiente escolar, expressas através de múltiplas formas de diálogo, devem contribuir para a constituição de identidades afirmativas, persistentes e capazes de protagonizarem ações autônomas e solidárias em relação a conhecimentos e valores indispensáveis à vida cidadã.IV. Em todas as escolas, deverá ser garantida a igualdade de acesso para alunos a uma Base Nacional Comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional. A Base Nacional Comum e sua Parte Diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, que vise estabelecer a relação entre a Educação Fundamental e:a) a Vida Cidadã através da articulação entre vários dos seus aspectos
como:1. a Saúde2. a Sexualidade
3. a Vida Familiar e Social4. o Meio Ambiente5. o Trabalho6. a Ciência e a Tecnologia7. a Cultura8. as Linguagens
b) as Áreas de Conhecimento1. Língua Portuguesa2. Língua Materna (para populações indígenas e migrantes)3. Matemática4. Ciências5. Geografia6. História7. Língua Estrangeira Moderna - Inglês8. Artes9. Educação Física10. Educação Religiosa
V – As escolas deverão explicitar, em suas propostas curriculares, processos de ensino voltados para as relações com sua comunidade local, regional e planetária, visando à interação entre a Educação Fundamental e a Vida Cidadã; os alunos ao aprenderem os conhecimentos e valores da Base Nacional Comum e, da Parte Diversificada, estarão também constituindo sua identidade como cidadãos, capazes de serem protagonistas de ações responsáveis, solidárias e autônomas em relação a si próprios, às suas famílias e às comunidades.
VI – As escolas utilizarão a Parte Diversidade de suas propostas curriculares, para enriquecer e complementar a Base Nacional Comum, propiciando, de maneira específica, a introdução de projetos e atividades do interesse de suas comunidades.
VII – As escolas devem trabalhar em clima de cooperação ente a direção e as equipes docentes para que haja condições favoráveis à adoção, execução, avaliação e aperfeiçoamento das estratégias educacionais, em conseqüência do uso adequado do espaço físico, do horário e calendário escolares.
ORGANIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO
Premissas apontadas pela Unesco como eixos estruturantes da educação na sociedade contemporânea:
Aprender a conhecerConsidera-se a importância de uma educação geral, suficientemente ampla, com possibilidade de aprofundamento em determinada área de conhecimento. Prioriza-se o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento, considerando tanto como meio como fim. Meio, enquanto forma de compreender a complexidade do mundo, condição necessária para viver dignamente, para desenvolver possibilidades pessoais e profissionais, para se comunicar. Fim, porque seu fundamento é o prazer de compreender, de conhecer, de descobrir.O aumento dos saberes que permite compreender o mundo, favorece o desenvolvimento da curiosidade intelectual, estimula o senso crítico e permite o compreender real, mediante a aquisição da autonomia na capacidade de discernir.Aprender a conhecer garante o aprender as aprender e constitui o passaporte para a educação permanente, na medida em que fornece as bases para continuar aprendendo ao longo da vida.
Aprender a fazerO desenvolvimento de habilidades e o estímulo ao surgimento de novas aptidões tornam-se processos essenciais na medida em que criam as condições necessárias para o enfrentamento das novas situações que se colocam. Privilegiar a aplicação da teoria na prática e enriquecer a vivência da ciência na tecnologia e destas no social, passa a ter uma significação especial no desenvolvimento da sociedade contemporânea.
Aprender a viverTrata-se de aprender a viver juntos, desenvolvendo o conhecimento do outro e a percepção das interdependências de modo a permitir a realização de projetos comuns ou a gestão inteligente dos conflitos inevitáveis.
Aprender a serA educação deve estar comprometida com o desenvolvimento total da pessoa. Aprender a ser supõe a preparação do indivíduo para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir por si mesmo, frente as diferentes circunstâncias da vida. Supõe ainda desenvolver a liberdade de pensamento, discernimento, sentimento e imaginação para desenvolver os seus talentos e permanecer tanto quanto possível, dono do seu próprio destino.Aprender a viver e aprender a ser decorrem, assim, das duas aprendizagens anteriores – aprender a conhecer e aprender a fazer – e devem constituir ações permanentes que visem a formação do educando como pessoa e como cidadão.Considera-se nesta perspectiva o currículo como “ uma manifestação deliberada da cultura via escola, cuja essência consiste no entrelaçamento do desvelar da história do eu individual com o desvelar da história do eu coletivo.É um ir e vir:
o Do singular para o geralo Do fenômeno para a essênciao Da realidade para a possibilidade, que se estabelece em torno de três
eixos: o histórico-social; epistemológico e o cotidiano. (José Luiz Rodrigues).
O Ensino Médio passa a integrar a etapa do processo educacional que a nação considera básica para o exercício da cidadania, base para o acesso às atividades produtivas, inclusive para o prosseguimento nos níveis mais elevados e complexos da educação e para o desenvolvimento pessoal. É
fundamental criar todo tipo de incentivo e retirar todo tipo de obstáculo para que os jovens permaneçam no sistema solar.
O momento que vive a educação brasileira nunca foi tão propício para pensar a situação de nossa juventude numa perspectiva mais ampla do que a de um destino dual, sendo que a preparação para prosseguimento de estudos terá como conteúdo não o acúmulo de informações mas a continuação do desenvolvimento da capacidade de aprender e a compreensão do mundo físico, social e cultural.
A prática administrativa e pedagógica, as formas de convivência no ambiente escolar, a organização do Currículo e das situações de aprendizagem, os procedimentos de avaliação, serão coerentes com os valores estéticos, políticos e éticos que inspiram a Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, e fundamentam o trabalho escolar a ser realizado em nosso Estabelecimento.
Proposta Pedagógica
Curricular
ENSINOFUNDAMENTAL
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA - EF
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Língua Portuguesa oferece ao aluno a oportunidade de aprimorar sua linguagem, seu vocabulário, conhecendo as diferentes formas de expressar-se. Na escola, traz a língua materna e entra em contato com uma variedade muito grande de dialetos e falares. Como é na escola que aprende a fazer uso da palavra para inserir-se na sociedade, é necessário que conheça essa variedade para que possa fazer o uso adequado à cada circunstância.
Tendo o ensino de Língua Portuguesa iniciado no Brasil com a educação jesuítica, passou por vários momentos, várias mudanças, até se chegar ao momento atual. No final do século XIX, visava-se a formação profissional devido ao período de industrialização.
Em meados do século XX, com a expansão do ensino primário público, que ampliou as vagas e eliminação de exames classificatórios, houve uma expansão quantitativa da rede escolar, tendo um número significativo de alunos com variedade no falar, um português distante daquele cultivado pela escola. Mudaram, então, as propostas curriculares para se levar em conta as novas necessidades desses alunos, como os registros linguísticos e padrões culturais diferentes daqueles admitidos pela escola.
Na década de 70, passou-se a discutir sobre a eficácia do estudo de normas gramaticais, onde eram realizados exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
Na década de 80, surge a pedagogia histórico-crítica, com estudos linguísticos centrados no texto e na interação social das práticas discursivas. Os trabalhos passaram a ser orientados pelo Currículo de Língua Portuguesa, procurando romper com o ensino tradicionalista. Surgem, então, os PCN's para fundamentar a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas.
Levando-se em conta que ainda persiste o analfabetismo funcional de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos, temos as DCE's (Diretrizes Curriculares Estaduais), apresentando novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, dando ênfase à língua viva dialógica, em movimento constante, reflexiva e produtiva.
OBJETIVOS GERAIS
• empregar a língua oral em diversas situações de uso, ter capacidade para ade-quá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções subentendidas nos discursos do dia adia e propiciar a possibilidade de uma tomada de posição dian-te deles;
• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas através de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;
• provocar análise dos textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, a fim de proporcionar ao aluno a ampliação de seus conhecimentos linguísticos-discursivos;
• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de desenvolver a consciência crítica e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da ora-lidade, da leitura e da escrita;
• Perceber a dinâmica histórico cultural do fazer literário, sua vinculação com sua conjuntura, mas, acima de tudo, perceber que a literatura transcende os limites do seu tempo.
• aperfeiçoar os conhecimentos linguísticos já adquiridos pelo aluno, proporcionan-do-lhe o acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discur-sivos , oferecendo-lhe também, condições para adequar a linguagem aos diferen-tes contextos sociais..
• Apropriar-se de outras linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a fotogra-fia, a televisão, a publicidade, a charge, os quadrinhos, etc) .
Conteúdo Estruturante
O discurso como prática social é permeado nas diversas esferas sociais, afim de que o aluno aprenda a ler e compreender textos, como também produzir textos orais e escri -tos para defender seu ponto de vista nas mais variadas situações.
Conteúdos Específicos
O aluno deverá ser capaz de ler, sentir e expressar o que sentiu;• Ampliar seu universo e o da obra lida, a partir de sua experiência cultural;• Despertar o interesse pela leitura;• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso;• Desenvolver o uso da língua escrita em variadas situações discursivas, levando-se
em conta os interlocutores, os objetivos, o assunto tratado e o contexto de produção.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa tem o objetivo de levar o aluno a aprimorar o domínio da oralidade, leitura e escrita que ele traz de seu meio social. E é através do texto que o professor irá trabalhar, criando situações de contato com visões do real, desenvolvendo assim o controle sobre os processos interacionais.
Com base nisso é importante o professor levar para a sala de aula todos os tipos de textos e gêneros em circulação social.
Além disso, também é importante levar outras leituras relacionadas aos temas trabalhados como: livros de literatura, páginas de internet (ida ao laboratório de informática), filmes – para que de acordo com os interesses de cada um ou de cada turma, possam ser encontradas com mais facilidade leituras relacionadas e, assim, manusear outros portadores discursivos.
Os filmes, por exemplo, fazem com que o aluno entre em contato com a linguagem verbal e não-verbal, ampliando e enriquecendo seus conhecimentos, despertando seu senso estético e espírito crítico.
O professor poderá, então, buscar os filmes indicados ou outros que preferir e orientar ao aluno que ele passe, gradativamente a observar nas produções cinematográficas, além do enredo, as relações sócio-históricas e culturais da trama, o uso da fotografia e da musica como elementos significativos, as caracterizações das personagens, dos cenários, bem como dos efeitos especiais, entre outras peculiaridades dessa linguagem artística.
Os sites também são uma forma de investigar o contato do aluno com o hipertexto eletrônico: nessas leituras encontrará indicações que o levam a outros textos e assim por diante. O acesso a gêneros digitais no próprio suporte é experiência essencial para a
compatibilização com as exigências sociais da contemporaneidade, um auxílio na inclusão digital.
O trabalho de Língua Portuguesa, nesse contexto, realiza-se a partir da prática de oralidade, leitura, escrita e análise linguística, apresentados a seguir:Apresentação de temas variados, histórias da família, da comunidade, filmes, livros; - Conhecer a cultura afro e indígena no Brasil; sua influência nos costumes, na língua e na religião, como forma de recuperar a auto-estima e a identidade étnica; levar o conhecimento da realidade histórica e da formação sócio-econômica e cultura brasileira; conscientização da realidade da escravidão e da luta dos escravos pela liberdade, usando o texto escrito e as ilustrações sobre o índio e o negro; - Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno; - Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites, entre outros; - Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita; - Relato de acontecimentos, mantendo a unidade temática; - Debates, seminários e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação; - Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas, observando as pausas, as hesitações, truncamentos, mudanças de construção textual, grau de formalidade, entre outras comparações; - Abordagem da História do Paraná, levando textos históricos sobre o tema, a fim de valorizar e conscientizar os alunos; - Apresentação de atividades que envolvam o meio ambiente: reciclagem, efeito estufa, poluição, etc.;
Nessa e outras atividades que envolvem o discurso oral, devem ser enfatizadas as similaridades e diferenças que precisam ser refletidas sobre a modalidade oral e escrita. É fundamental saber ouvir, escutar com atenção e respeitar os mais diferentes interlocutores.
A leitura é um modo de exercitar a atenção, a memória e o pensamento, requisitos necessários para a efetiva aprendizagem. Formar leitores competentes é formar as bases para que as pessoas constituem a aprender durante toda a vida; é instrumentalizá-las para o exercício da cidadania; é combater a alienação, a ignorância.
Por isso, a leitura na escola precisa ser vista como uma prática consistente do leitor perante a realidade. É uma interação em que o autor e o leitor constroem o sentido de um texto, o que significa que para o fenômeno da compreensão, este traz sua experiência sócio-cultural, determinando, assim, leituras diferentes para cada leitor e, também, para um mesmo leitor, conforme seus conhecimentos, interesses e objetivos naquele momento.
Um texto fornece várias informações, conhecimentos, opiniões, que favorecem a reflexão e ampliação de sentido sobre o que foi lido. Assim, é importante que a leitura seja vista em função de uma concepção interacionista de linguagem, segundo a qual busca-se formar leitores no âmbito escolar. Segundo Bakhtin (1986), o texto deve ser entendido como um veículo de intervenção do mundo.
Algumas estratégias, na escola, favorecem o envolvimento com a leitura; cercar os alunos de livros que possam ser folheados; proporcionar ambiente atrativo; ler trechos de obras; ilustrar textos lidos; leituras de obras prediletas; produzir textos sobre o que foi lido; discutir o título e as ilustrações da história; encontrar músicas relativas ao texto;
criar momentos em que os alunos exponham suas idéias, opiniões e experiências de leituras; escolher e trabalhar a leitura de forma não repetitiva.
O trabalho com a literatura em sala de aula permite que o aluno perceba seu papel na interação com o texto, uma vez que este carrega em si ideologias.
Esta abordagem pode contemplar diferentes gêneros textuais, assim como diferentes meios de comunicação, como a televisão, o cinema, o teatro.
Além dos literários, pode-se contemplar também os textos de imprensa: notícias, editoriais, artigos, reportagens, entrevistas, textos lúdicos (trava-línguas, quadrinhos, adivinhas, par lendas e piadas). Verbetes enciclopédicos, relatórios, artigos e textos didáticos precisam também ser trabalhados.
A prática da produção textual constitui um ato lingüístico fundamental na aprendizagem da língua. É preciso que os alunos se envolvam com os mais diversos textos que produzem, assumindo de fato a autoria do que escrevem. Ao se perceber como autor, o aluno poderá aprimorar sua condição de escritor. Este contato do aluno com a produção escrita de diferentes tipos textuais, permite-lhe ampliar o próprio conceito de gênero.
O envolvimento do aluno e o do professor com a escrita é um processo que acontece em vários momentos: o da motivação para a sua produção; o da reflexão que precede e acompanha todo o desenvolvimento da produção; o da revisão, reestruturação e reescrita do texto.
- ANÁLISE LINGUíSTICA
Muitas reflexões são feitas a respeito do uso dos recursos lingüísticos na sala de aula, ou seja, a forma como é trabalhado, em que situações.
Partindo desse pressuposto, faz-se necessário entender os tipos de gramáticas ligadas às questões pedagógicas:- “Exposição metódica e documentada dos elementos constitutivos de uma língua;
normativa ou expositiva: a que dá as regras práticas para falar e escrever [...]” ( Silveira Bueno. Mini dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo, FTD, 1996).
- “No primeiro [sentido], a gramática é concebida como um manual com regras de bom uso da língua a serem seguidas por aqueles que querem se expressar adequadamente.” (Gramática normativa) / “A segunda concepção de gramática é a que tem sido chamada de gramática descritiva., porque faz, na verdade, uma descrição da estrutura e funcionamento da língua, de sua estrutura e funcionamento da língua, de sua forma e função.” / “A terceira concepção de gramática é [...] o conjunto de regras que o falante de fato aprendeu e das quais lança mão ao falar.”(Gramática internalizada) . (Luiz Carlos Travaglia. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo, Cortez, 1996).
As definições podem variar, mas é importante que os alunos observem que, na escola, quando se fala em gramática, pensa-se em normas e regras para falar e escrever uma língua, isto é, trata-se d gramática normativa. É importante conhecer as regras, mas convém lembrar que a compreensão da adequação linguística vai ajudá-los a aplicar essas regras de maneira apropriada, nas diversas situações de uso.
Alguns professores defendem o ensino da gramática normativa no 1º grau, trabalhando as regras e as normas da língua, através de exercícios de fixação, por acreditarem que o aluno poderá transferir essa normas para os seus textos. Outros preferem abolir a gramática de suas aulas, dizem que as pessoas só aprendem a
escrever escrevendo e que, portanto, exercícios gramaticais não levam a uma leitura e a uma escrita adequadas.
É importante entender que as regras gramaticais fazem parte do aspecto lógico-matemático do conhecimento linguístico. Trabalhar com gramática é desenvolver o raciocínio do aluno, por isso ela deve fazer parte do currículo de Língua Portuguesa. O que não se deve é fazer uma enorme quantidade de exercícios inúteis, pois o aluno só constrói os conceitos gramaticais e os aplica quando compreende seu uso.
Desde muito pequena a criança vai empregando em sua fala a gramática da língua materna. Quando entra na escola, deve conscientizar-se dessa gramática que usa espontaneidade, ou seja, deva aprender as regras do “bem falar” e do “bem escrever”.
Há vários caminhos para se trabalhar isso. Atualmente, pesquisas e estudo sobre análise linguística apontam para uma nova maneira de desenvolver o processo ensino / aprendizagem de gramática: reflexão, investigação, exploração, construção e aplicação de conceitos gramaticais.
Outra possibilidade é desenvolver um trabalho de gramática textual, isto é, atividades que levam à reflexão sobre os vários assuntos gramaticais a partir da exploração e comparação de tipos diversificados de textos. O aluno pode analisar o uso dos tempos verbais, a relação da morfologia com a sintaxe, as figuras de linguagem, etc., observando como os autores usaram esses aspectos em seus textos.
A nomenclatura oficial pode ser utilizada (substantivo, adjetivo, oração coordenada ou subordinada...) e explicada com exemplos para que os alunos possam localizar, refletir, pensar e atuar sobre os aspectos gramaticais dos textos.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Para que haja a leitura compreensiva dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto, é necessário considerar:
-PRÁTICA DA ORALIDADE
As práticas orais devem oferecer ao aluno condições de falar com fluência em situações e adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções). Segundo ANTUNES, “existem situações sociais diferentes, logo, deve haver também padrões de uso da língua diferentes.”
As atividades com oralidade deverão mostrar a variedade linguística padrão e entender esse uso em determinados contextos sociais.
• PRÁTICA DA ESCRITA
O texto escrito é um elo de interação social e uma forma de atuar e agir no mundo, escreve-se e fala-se para convencer, negar, instruir, etc.
Um texto escrito se forma a partir de elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções, interlocutores e que há elementos próprios da escrita, ausentes na fala, como tamanho e tipo e letras, cores e formatos, elementos pictóricos, que operam como gestos, mímica e prosódia representados graficamente. De acordo com GERALDI, o aluno precisa ter o que dizer, razão para dizer, como dizer, interlocutores para quem dizer. As produções de textos devem ser planejadas, escritas, revisadas e reescritas.
- PRÁTICA DA LEITURA
O aluno é responsável por reconstruir o sentido do texto, propiciando diferentes formas de ver, avaliar o mundo e reconhecer o outro. O ato de leitura proporciona o conhecimento de textos de diferentes esferas sociais: jornalística, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, literária, publicitária, etc.
Deve-se levar o aluno a perceber as mensagens implícitas, para que possa posicionar-se diante do que lê.
As atividades devem apresentar questões que levem a construir um sentido para o que lê, perceber a pluralidade de leituras que alguns textos permitem, o contexto de produção sócio-histórico e a finalidade do texto, o interlocutor, o gênero.
- ANÁLISE LINGUÍSTICA
É uma prática complementar às práticas de leitura, oralidade e escrita, possibilitando a reflexão de aspectos gramaticais que perpassam os usos linguísticos, segundo MENDONÇA.
Deve-se desenvolver atividades que possibilitem a reflexão, revisão, reestruturação ou refacção de diversos gêneros textuais.
AVALIAÇÃO
Deve ser um processo contínuo e que dê prioridade à qualidade e desempenho do aluno ao longo do ano letivo, observando o aluno diariamente, usando instrumentos variados, de acordo com o conteúdo e o objetivo.
• A ORALIDADE – Será avaliada através de atividades como debates, troca informal de idéias, relatos, observando-se a adequação da fala a cada discurso, a clareza ao expor suas idéias, a fluência da sua fala, a argumentação ao defender seus pontos de vista.
• A LEITURA – Será avaliada a compreensão do texto lido, o sentido construído, as dialógicas entre textos, reconhecimento de posicionamentos ideológicos, informações implícitas, argumento principal, capacidade de se colocar diante do texto, considerando-se a experiência dos alunos, para ampliar seu horizonte de expectativas.
• A ESCRITA – é uma fase de processo de produção e deve-se observar as circunstâncias de produção, a coesão, a coerência textual, adequação à proposta e ao gênero solicitado, elaboração de argumentos consistentes, a organização de parágrafos. Na refacção textual, observar se a intenção foi alcançada, se há relação entre as partes, necessidade de cortes.
• ANÁLISE LINGUÍSTICA – serão avaliados os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros sob uma prática reflexiva e contextualizada, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos. Os alunos serão avaliados continuamente.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Leitura
Em diferentes gêneros textuais:• identifica tema, intencionalidade, interlocutores, fontes e marcas linguísticas;
compreensão do argumento principal e dos argumentos secundários; Inferências.
Oralidade
• Participação em conversações com objetivos determinados em grupos de trabalho e exposição oral do resultado de pesquisas realizadas;reconhecimento de gestos, expressões faciais e atitudes corporais;
• diferenciar instruções escritas e orais;• empregar a linguagem formal e coloquial explorando suas características.
Escrita
• Adequação ao gênero;• argumentação;• paragrafação;• clareza de idéias;• refacção do texto.
Análise linguística
• Reconhecimento de verbetes no dicionário: abreviaturas e informações adicionais;• emprego da língua padrão em situações de comunicação que a exigem;• observação e emprego de elementos coesivos – palavras que remetem a outras;• utilização das formas verbais;• uso dos pronomes;• estudo dos pronomes oblíquos átonos como elementos coesivos;• observação da concordância verbal;
• sinais de pontuação;• abreviaturas e siglas;• acentuação gráfica;• função dos substantivos, adjetivos, artigos e demais classes de palavras.
GÊNEROS DISCURSIVOS PARA 5ª SÉRIE:
História em quadrinhos, piadas, adivinhas, lendas, fábulas, contos de fábula, poemas, narrativas de enigma, narrativas de aventura, dramatizações, correspondências, receitas, autobiografia, classificados, fotos, mapas, horóscopo e outros.
6ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura
• Interpretação textual, observando: conteúdo temático, interlocutores, fonte, ideologia, intertextualidade, intencionalidade, informatividade;
• particularidades do texto em registro formal e informal;• identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;• texto verbal e não-verbal.
Oralidade
• Manifestação de opiniões e críticas através da participação de trabalhos em grupo;• respeito às normas de comunicação em debates coletivos;• leituras dramáticas e dramatizações;• elaboração de perguntas para entrevistas na escola;• variedades linguísticas;• particularidades de pronúncia de algumas palavras.
Escrita
• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas;
• linguagem formal e informal;• argumentação;• coerência e coesão textual;• organização das idéias/parágrafos;
• finalidade do texto;• refacção textual;• transposição de dados de gráficos para linguagem verbal;• resumo.
Análise linguística
• Discurso direto, indireto e indireto livre;• função das classes gramaticais como elementos do texto;• a pontuação e seus efeitos de sentido;• recursos gráficos como: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses e outros;• acentuação gráfica;• tempos e modos verbais;• sujeito;• figuras de pensamento;• concordância verbal e nominal;• linguagem digital;• semântica;• particularidades de grafia de algumas palavras.
SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA 6ª SÉRIE:Entrevistas, crônicas, música, notícia, estatutos, narrativas, tiras, propagandas, exposição oral, mapas, paródias, provérbios, torpedos, álbuns de família, cartas, manuais, cartum, história em quadrinhos, placas, pinturas, entre outros.
7ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura
• Interpretação textual, observando: conteúdo temático, interlocutores, fonte, ideologia, intencionalidade, informatividade, marcas linguísticas;
• identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;• as diferentes vozes sociais representadas no texto;• linguagem verbal e não-verbal.
Oralidade
• Particularidades dos textos orais;• recursos e procedimentos de uma exposição oral: tom de voz, pausa e postura;
• variedades linguísticas;• a importância de saber ouvir: participação e cooperação, turnos da fala.
Escrita
• Elaboração de narrativas ficcionais, textos de opinião, instruções, descrições, propagandas, resenhas, resumos;
• argumentação;• coerência e coesão textual;• paragrafação;• refacção textual.
Análise linguística
• Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;• conotação e denotação;• a função das conjunções na conexão de sentido do texto;• função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo, e de outras categorias como
elementos do texto;• a pontuação e seus efeitos de sentido no texto;• recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;• acentuação gráfica;• figuras de linguagem;• concordância verbal e nominal;• elipse;• estrangeirismos;• as irregularidades e regularidades da conjunção verbal;• a função do advérbio: modificados e circunstanciador;• complementação do verbo e de outras palavras.
SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA A 7ª SÉRIE: Regimento, slogan, telejornal, reportagens, pesquisas, conto fantástico, narrativas de terror, charge, narrativas de humor, crônica jornalística, paródia, resumo, anúncio publicitário, sinopse, de filme, poema, biografia, relato pessoal, haicai, júri, simulado, mesa redonda, dissertação escolar, regulamentos, caricatura, escultura.
8ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura
• Interpretação textual, observando: conteúdo temático, interlocutores, fonte, intencionalidade, intertextualidade, ideologia, informatividade, marcas linguísticas;
• identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;• informações inplícitas no texto;• as vozes sociais presentes no texto;• estética do texto literário;
Oralidade
• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas;
• variedades linguísticas;• intencionalidade do texto oral;• argumentação;• papel do locutor e interlocutor: turnos de fala;• elementos extra linguísticos: entonação, pausas, gestos.
Escrita
• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais e marcas linguísticas;
• argumentação;• resumo de textos;• paragrafação;• paráfrase;• intertextualidade;• refacção textual.
Análise linguística
Conotação e denotação; coesão e coerência textual; vícios de linguagem; expressões modalizadoras (felizmente, comovedoramente...); semântica; expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto; função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos
do texto; a pontuação e seus efeitos de sentido no texto; recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico; estrangeirismos, neologismos, gírias; concordância verbal e nominal; valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais; a função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto; coordenação e subordinação nas orações do texto.
SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA 8ª SÉRIE: Artigo de opinião, debate, reportagem oral e escrita, manifesto, seminário, relatório científico, resenha crítica, narrativa fantástica, romance, histórias de humor, contos, músicas, charges, editorial, curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembléia, agenda cultural, novela fantástica, palestra, depoimento, instruções, entre outros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• PCN's, gêneros e ensino de língua : faces discursivas da textualidade.• GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: O texto na
sala de aula. Cascavel: Assoeste, 1990.• PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola Pública
do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.• SOARES, Magda. Que professor de Português queremos formar? (UFMG).
Disponível em: http://www.unb.br/abralin. Associoação Brasileira de Linguística. Boletin 25(08/2001).
8 MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO;
A Matemática é habitualmente vista como uma ciência exata, pura, constituindo um
corpo de conhecimento construído com rigor absoluto. Porém, é necessário olhar para a
Matemática como uma ciência viva, fruto da criação e invenção humanas, que não
evoluiu de forma linear e logicamente organizada. É uma ciência em constante
construção que tem contribuído para a solução de problemas científicos e tecnológicos.
Ao ensino da Matemática atribui-se o papel de desenvolver a capacidade de
investigar idéias matemáticas, de resolver problemas, de formular e testar hipóteses, de
induzir, deduzir, generalizar e inferir resultados. Cabe a escola contribuir para esse
desenvolvimento, promovendo um ensino voltado a uma formação sólida e ampla, tendo
como foco principal às exigências da vida social e profissional.
Ao ensino da Matemática atribui-se o papel de desenvolver a capacidade de
investigar idéias matemáticas, de resolver problemas, de formular e testar hipóteses, de
induzir, deduzir, generalizar e inferir resultados. Cabe a escola contribuir para esse
desenvolvimento, promovendo um ensino voltado a uma formação sólida e ampla, tendo
como foco principal às exigências da vida social e profissional.
Aprender Matemática é fazer Matemática. É por meio de atividades
matemáticas intencionais, das experiências que vivem, é que qualquer pessoa adquire
conhecimento.A investigação matemática na escola surge da necessidade de se resolver
um problema, seja de origem matemática ou não, e resulta na formulação de hipóteses e
conjecturas, na validação de resultados para a elaboração de conceitos e, ao mesmo
tempo, no desenvolvimento da autonomia da comunicação do raciocínio. As atividades
de investigação permitem a compreensão dos processos de fazer matemática e
estimulam o pensamento por meio de relações entre os conteúdos matemáticos.
“A melhor forma de aprender qualquer coisa é descobrindo-a por si próprio. Deixa-os aprender adivinhando. Deixa-os aprender provando. Não reveles todo o teu segredo de uma vez – deixa-os adivinhar antes de o revelares. Deixa-os descobrir por si próprios tanto quanto seja possível.” ( George Polya)
Objetivos gerais
A matemática deve ser vista sobre dois enfoques – formativo e instrumental – além
de ser vista como ciência, com suas características estruturais especificas. É
fundamental que o aluno perceba que as demonstrações, definições e encadeamentos
conceituais e lógicos tem o objetivo de construir novas estruturas e conceitos, além de
validar intuições e dar sentido às técnicas aplicadas.
Compreender os conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que
permitam adquirir uma formação cientifica geral e avançar nos estudos posteriores;
Aplicar seus conhecimentos matemáticos nas atividades cotidianas, na atividade
tecnológica e na interpretação da ciência; desenvolver a capacidade de raciocínio, de
resolver problemas, de comunicação, bem como seu espírito crítico e sua criatividade;
Estabelecer conexões e integração entre diferentes temas matemáticos e entre
esses temas e outras áreas do currículo; expressar-se em linguagem oral, escrita e
gráfica diante de situações matemáticas;
Conteúdos
5ª. SÉRIE
Geometria
Sólidos Geométricos
Prismas e Pirâmides
Faces
Arestas
Vértices
Corpos Redondos
Poliedros
Grandezas e Medidas
Figuras Planas
Área (Conceito)
Perímetro (Conceito)
Números e Operações
Números naturais e decimais
Contagens
Cálculos mentais
Números inteiros
Subtração com números inteiros e decimais não negativos
Multiplicação com números inteiros e decimais não negativos
Divisão com números inteiros e decimais não negativos
Frações
Relação a formas geométricas
Relação com o resultado de uma divisão
Geometria
Figuras Geométricas
Figuras Planas
Figuras Espaciais
Grandezas e Medidas
Sistema de medidas
Números decimais e medidas de comprimento
Medidas
Números e Operações
Números Decimais
Conceito
Multiplicação e Divisão por potência de 10
Operações básicas com números decimais
Frações
Relação - Frações - números decimais - porcentagem
Geometria
Ângulos
Relação - Ângulos - Frações - Relógio
Ângulos de polígonos
Simetria
Simetria de figuras
Números e Operações
Múltiplos
Conceito
Múltiplos de um número
Múltiplo comum
Divisores
Conceito
Divisores Comuns
Regras de divisibilidade
Frações
Operações com frações
Geometria
Sólidos Geométricos
Representação de figuras espaciais
Grandezas e Medidas
Áreas e Perímetros
Área de Retângulos
Conceito de metro quadrado e centímetro quadrado
Área e Perímetro de outras figuras
Volume
Volume do cubo
Volume de prismas quadrangulares
Números e Operações
Potenciação
Conceito
Algoritmo
Radiciação
Conceito
Algoritmo
Gráficos
Interpretação de gráficos estatísticos
6ª. SÉRIE
Geometria
Figuras Espaciais
Representação
Grandezas e Medidas
Áreas e Perímetros
Área de retângulos
Área de figuras divididas em retângulos
Perímetros de figuras
Volume e Capacidade
Volume e capacidade de blocos retangulares
Massa
Conceito
Relação - volume - massa
Conversão de unidades de massa
Números,Operações e Álgebra
Radiciação
Conceito
Algoritmo
Números Decimais
Multiplicação
Divisão
Notação científica
Números,Operações e Álgebra
Números Naturais
Múltiplos
Divisores
Frações
Frações equivalentes
Simplificação
Adição e Subtração
Multiplicação e Divisão
Relação - Fração - números decimais
Porcentagens
Números Negativos (Inteiros)
Conceito
Adição e Subtração
Multiplicação e Divisão
Geometria
Ângulos
Sistema de medida
Uso dos esquadros
Propriedades básicas
Triângulos
Propriedades dos ângulos de um triângulo
Gráficos
Interpretação - relação - gráfica - ângulos
Polígonos regulares
Conceito
Construção de mosaicos
Números,Operações e Álgebra
Razão
Conceito
Razões especiais
Proporcionalidade
Conceito
Proporcionalidade no dia-a-dia
Números,Operações e Álgebra
Equações
Conceito
Relação - Equações - Balança de Pratos
Algoritmo
Sistemas de Equações
Algoritmo
Inequações
Conceito
Algoritmo
7ª. SÉRIE
Grandezas e Medidas
Ampliação e Redução
Ampliação de figuras
Redução de figuras
Figuras Geométricas
Decomposição
Relação da altura das figuras para o cálculo de áreas
Números,Operações e Álgebra
Proporção
Razão
Proporção
Grandezas proporcionais
Equações do 1º grau
Utilização de equações para resolver problemas
Sistemas de equações
Expressões Algébricas
Relação - expressões algébricas - área e perímetro
Geometria
Polígonos
Estudo das diagonais dos polígonos
Relação - ângulos - polígonos - espelhos
Números,Operações e Álgebra
Produtos Algébricos
Produtos notáveis
Cálculos de áreas através da álgebra
Expressões Algébricas
Fatoração
Relação - volume - área
Equações e fórmulas
Geometria
Poliedros
Poliedros regulares
Simetria
Conceito
Aplicação
Triângulos
Propriedades
Construção com compasso e esquadros
Congruência de triângulos
Ângulos
Suplementares e complementares
Opostos pelo vértice
Relação - ângulos - retas
Grandezas e Medidas
Simetria
Relação - simetria - ângulos
Números, Operações e Álgebra
Fatoração
Números primos
Crivo de Erastóstenes
Fatoração de números naturais
Fatoração de expressões algébricas
Diferentes escritas do número
Dízima
Forma decimal
Frações
Números,Operações e Álgebra
M.M.C
M.M.C de números naturais (revisão)
M.M.C de polinômios
Equações
Equações algébricas
Equações
Potências
Propriedades
Notação científica
Potências e raízes
Estatística
Interpretação de gráficos
Construção de gráficos
Amostra, moda e média
Probabilidade
Possibilidades e chances
8ª. SÉRIE
Geometria
Proporção
Teorema de Tales
Retas
Paralelas
Perpendiculares
Semelhança
Semelhança de figuras
Semelhança de polígonos
Triângulo retângulo
Relações métricas
Números,Operações e Álgebra
Potenciação
Conceito
Algoritmo
Propriedades
Notação científica
Estatística
Possibilidades e chances
Organização de dados
Interpretação de gráficos
Construção de gráficos
Porcentagens e juros
Cálculo de porcentagens
Cálculo de juros
Geometria
Triângulos
Propriedades
Teorema de Pitágoras
Poliedros
Nomenclatura
Propriedades
Classificação
Números,Operações e Álgebra
Radiciação
Algoritmo
Propriedades
Operações
Números Irracionais
Conceito
Conjuntos numéricos
Conjuntos numéricos(IN,Z,Q,II e IR)
Geometria
Trigonometria
Introdução
Seno, cosseno e tangente
Tabelas trigonométricas
Resolução de problemas
Grandezas e Medidas
Sistemas de medidas
Transformação de unidades
Números,Operações e Álgebra
Equação do 2º. Grau
Definição
Equações completas e incompletas
Fórmula de Baskara
Resolução de problemas
Sistemas de equações
Geometria
Círculo
Perímetro
Área
Áreas
Trapézios
Losangos
Circunferência
Polígonos inscritos
Polígonos circunscritos
Volume
Cilindros
Prismas
Metodologia
A metodologia será sempre voltada para situações-problema que envolva o
cotidiano do aluno e o seu saber levando o aluno a fazer uso dos conceitos matemáticos
já aprendidos e aprimorá-los com novos conceitos de maneira adequada para cada
situação.
Sempre que possível, procura formar os conceitos matemáticos a partir de
situações que levam o aluno a deduzir e tirar suas conclusões, para depois formaliza-los,
e para isso, se faz necessário o uso de materiais diversos (recortes, dobraduras, jornais,
montagens, figuras, material dourado, jogos, televisão, vídeo, calculadora, computador,
etc) que tornem isso possível.
Para melhor compreensão serão feitos exemplos em sala de aula que consigam
abranger os diversos casos possíveis (do mais simples ao mais complexo) e as
diferentes formas de resolução, momento este, para o aluno tirar suas dúvidas
coletivamente.
Para que seja feito um atendimento individual, serão realizados exercícios em sala
de aula e após isso, como fixação, exercícios para resolver em casa, todos eles com a
sua devida correção e esclarecimento de dúvidas.
Na 5ª e 6ª séries, é preciso desenvolver um trabalho matemático ancorado em
relação de confiança de confiança entre o aluno e o professor e entre os próprios alunos,
fazendo com que a aprendizagem seja vivenciada com experiência progressiva,
interessante e formativa, apoiada na ação, na descoberta, na reflexão, na comunicação.
É preciso ainda que essa aprendizagem esteja conectada à realidade, tanto para extrair
dela as situações-problema para desenvolver os conteúdos como para voltar a ela para
aplicar os conhecimentos construídos.
Assim, é fundamental que os alunos ampliem os significados que possuem acerca
dos números e das operações, busquem relações existentes entre eles, aprimorem a
capacidade de análise e de tomada de decisões, que começam a se manifestar. Também
é necessário explorar o potencial crescente de abstração, fazendo com que os alunos
descubram regularidade e propriedades numéricas, geométricas e métricas. Com isso
criam-se condições para que o aluno perceba que a atividade matemática estimula o
interesse, à curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade
para resolver problemas.
É importante destacar que as situações de aprendizagem precisam ser centradas
na construção dos significados, na elaboração de estratégias e na resolução de
problemas, em que o aluno desenvolva processos, importantes como intuição, analogia,
indução e dedução, e não atividades voltadas para a memorização, desprovidas de
compreensão ou de um trabalho que privilegie uma formalização precoce dos conceitos.
Na 7ª e 8ª séries a perspectiva de ingresso na juventude, além de expectativas
quanto ao futuro, traz para os alunos novas experiências e necessidades. Nessa fase, o
conhecimento do mundo e as experiências de vida acontecem no círculo do grupo, fora
da tutela dos pais. Isso faz com que os jovens ampliem suas percepções e tornem-se
mais independentes e autônomos diante de certas vivências: administrar as próprias
economias, seja mesada ou salário, decidir sobre a prioridade de gastos, adquirir coisas
das quais necessitam, transitar sozinhos por novos espaços e lidar com novas
referências de localização, ter consciência e participar das decisões sobre o orçamento
familiar. Mesmo as atividades de lazer, como organizar comemorações, participar de
grupos de músicas, de esportes, etc., exigem um planejamento, previsão e capacidade
para gerenciar as próprias ações.
Em síntese, é preciso fazer uso de todas essas situações para mostrar aos alunos
que a Matemática é parte do saber científico e que tem um papel central na cultura
moderna, assim também para mostrar que algum conhecimento básico de natureza dessa
área e uma certa familiaridade com suas idéias-chave são requisitos para ter acesso a
outros conhecimentos, em especial à literatura científica e tecnológica.
Nesse sentido é importante considerar que alguns aspectos associados ao
desenvolvimento cognitivo dos alunos que estão na 7ª e 8ªséries em muito fornecem a
aprendizagem. Por exemplo, a observação ganha em detalhes, amplia-se às capacidades
para pensar da forma abstrata, argumentar com maior clareza e estabelecer relações
com os conhecimentos construídos no ciclo anterior para compreensão dos conteúdos
algébricos e outros.
9.8.5 Critérios de avaliação
Segundo Luckesi “a avaliação é:
Ver, julgar, agir;um juízo de valor (afirmação qualitativa sobre um projeto);realizada
a partir de critérios preestabelecidos, adequados aos objetos propostos;a que conduz
uma tomada de decisão”.
Dessa forma, o planejamento passa a ser um processo de causa e efeito,
destacando-se a importância da sondagem diagnostica (antes de um conteúdo novo, por
exemplo) e a conseqüência da avaliação, servindo de base para o planejamento. O
quadro abaixo representa esse processo:
SONDAGEM – DIAGNÓSTICO – PLANO – AÇÃO – AVALIAÇÃO –
REPLANEJAMENTO
Então avaliar é:
Um processo contínuo que deve ser reavaliado como instrumento de diagnóstico
para o professor, para o aluno e para a escola;
É estimular o avanço do conhecimento;
É reorientar ou não os caminhos da ação educativa.
A auto-avaliação possibilita ao aluno realizar uma análise de alterações ocorridas
durante sua interação com o que lhe foi transmitido. Ao professor, proporciona um
momento de questionamento e de reorganização.
Com esta reflexão, a avaliação deixa de ser um método contra o aluno e não
posiciona o professor com o poder arbitrário de classificação. Deixa de lado o cunho
decorativo e de centralizar-se na aprovação e reprovação do aluno.
Assim, o professor deve:
Deixar claro aos alunos os objetivos e critérios de avaliação e correção;
Intervir na sua prática em função dos resultados, comentando com seus alunos;
Abrir debates sobre a necessidade de mudança;
Auxiliar os alunos a superar as dificuldades apresentadas;
analisar se os instrumentos de avaliação então de acordo com os objetivos,
conteúdos e habilidades desenvolvidas em sala de aula.
O aluno, por sua vez, deve:
Ter a avaliação como instrumento de medida de sua evolução no processo de
conhecimento;
Sentir-se responsável no processo de aprendizagem, pois é ele quem aprende.
Referências
PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS; Matemática / Secretaria de Educação
Fundamental – Brasília, MEC / SEF, 1998.
GUELLI, Oscar – Contando a História da Matemática; São Paulo, Ativa, 1992.
GURGES, Beth e Elis Pacheco – E aí algum problema? – São Paulo: Moderna, 1997.
RAMOS, L. F.: A Descoberta de Matemática – São Paulo: Ática, 1994.
CASTRUCCI, Giovanni e Giovanni Jr, A Conquista da Matemática, FTD CURRÍCULO
BÁSICO DO PARANÁ.
PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE
Apresentação da Disciplina
Desde o início da história da humanidade, a arte tem se mostrado como uma práxis
presente em todas as manifestações artísticas culturais.
O homem desde seu surgimento usou de símbolos e desenhos para manifestar seu
modo de vida. O homem pré-histórico teve de aprender construir conhecimentos para
difundir essa prática.
A aprendizagem e o ensino da Arte sempre caminharam lado a lado com
transformações no decorrer da história de acordo com normas e valores estabelecidos,
em diferentes culturas. Capacitar o aluno é algo fundamental para o desenvolvimento
sócio cultural do indivíduo. A arte permite a aproximação entre indivíduos mesmo os de
culturas distintas, pois favorece a percepção de semelhanças e diferenças entre as
culturas, expressas nos produtos artísticos e concepções estéticas.
O ensino de Arte no Brasil continua sofrendo descaso, não sendo considerado por
muitos educadores como fator de conhecimento humano, por ser uma área que gera um
comportamento e uma prática diferente em relação a demais áreas. Porém é possíveis a
integração da arte com outras disciplinas e neste contexto explorar a prática artística
envolvendo expressão visual, a expressão oral e expressão corporal.
No estado do Paraná o ensino da arte vendo sofrendo transformações causadas
pelas influências provenientes de modelos artísticos oriundos de diversos períodos da
arte. Portanto observa-se reflexos dos vários processos pelos quais passou o ensino da
arte no Paraná até tornar-se disciplina obrigatória. Tais processos acentuam-se a partir
do final do século XIX com o movimento imigratório. Os artistas imigrantes trouxeram
novas idéias e experiências culturais diferentes, entre elas a aplicação da arte aos meios
produtivos e da arte como expressão individual.
Com o intuito de adaptar-se à nova realidade artistas imigrantes e artistas locais
começaram a refletir a respeito da importância da arte para o desenvolvimento de uma
nova sociedade, tendo como alicerces características próprias, baseadas numa
valorização da realidade local.
Juntamente com a evolução social, política, industrial e econômica do
Paraná, surge também várias instituições de ensino específico das artes objetivando a
preparação de profissionais capacitados para ensinar arte na escola. No final da década
de 90 na nova LDB 9394/96 mantém a obrigatoriedade do ensino da Arte nas Escolas de
Educação básica. Houve também a mudança nos cursos de graduação em Educação
Artística que passaram a ser licenciaturas em uma habilitação específica.
Firmadas em ações realizadas no decorrer do processo histórico recente e na busca
de efetivar uma transformação no ensino da Arte, essa disciplina ainda exige reflexões
que contemplam a arte como área de conhecimento e não meramente como meio para o
destaque de dons inatos, sendo até mesmo utilizada equivocadamente, em alguns
momentos como prática de entretenimento e terapia. O ensino da arte deixa de ser
coadjuvante no sistema educacional e passa também a se preocupar com o
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em
constante transformação.
O homem é um ser cultural, fruidor e agente de arte. Ele transmite a cultura
elaborada pela humanidade. Enquanto linguagem ultrapassa a função de comunicação
simples e pura, pois transmite as idéias, os sentimentos e as informações, num dinâmico
de interação entre o homem e a sociedade.
A arte é conhecimento e, com tal, tem função no processo de educação do homem,
enquanto Educação Artística e alfabetização estética.
É por meio das atividades artísticas que os alunos desenvolvem auto-estima e
autonomia, sentimento de empatia, capacidade de simbolizar, analisar, avaliar e fazer
julgamentos com pensamento mais flexível; além de desenvolverem o senso crítico e as
habilidades específicas da área artística; torna-se capazes de expressar melhor idéias e
sentimentos, e ainda conseguem fazer relação entre as partes e o todo e entender que
as artes são formas de conhecer e interpretar o mundo.
A proposta de Arte tem dupla função. De um lado deve analisar seu papel na
formação da percepção e a sensibilidade do aluno através do trabalho criador, da
apropriação do conhecimento artístico e do contacto com a produção cultural existente.
De outro lado deve colher significação da arte no processo de humanização do homem,
visto que este, como ser criador se transforma com a natureza do trabalho, produzindo
assim, novas maneiras de ver e sentir.
A proposta pedagógica de Arte visa criar no aluno uma percepção exigente, crítica
em relação a realidade humana e social, propiciando a aquisição dos instrumentos
necessários para compreender as realidades expressas nas diversas manifestações
artísticas bem como a possibilidade de expressar nestas atividades.
Ela não se faz desvinculada da forma de organização de nossa sociedade e da
escola. O papel da escola é trabalhar com os conhecimentos necessários ao aluno, para
que este reconheça e interprete na obra de arte a realidade humana social.
Tem por objetivo buscar desenvolver em nossos educandos uma aceleração na
formação da percepção e sensibilidade; apropriando-se de vários conhecimentos
artísticos e da produção cultural existente. O objetivo artístico concretiza o olhar, a
expressão do homem enquanto forma específica de conhecimento da realidade, é fruto
de seu fazer imitativo ou criador.
Criar é ampliar, enriquecer, transformar o mundo e o homem. O trabalho artístico
resulta da ação conjunta fazer, do olhar e do pensar.
A arte propõe novas formas de refletir as relações e produções sociais vigentes.
Nesta perspectiva as linguagens artísticas possibilitarão condições ao educando de
traduzir a leitura da realidade, o conhecimento, a compreensão do mundo que se quer
refletir e expressar.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes devem ser considerados pertinentes na garantia ao
aluno de um acesso mais completo e sistematizado as quatro áreas de arte: Artes
Visuais, Música, Teatro e Dança.
O conjunto desses conteúdos permite, ainda, uma amplitude maior dentro de cada
área, contemplando quesitos essenciais para a compreensão de conceitos, de maneira
articulada com outros, mostrando que nada no mundo acontece de maneira isolada, e
que os acontecimentos de uma área tem correspondência em outras.
Segundo a DCE - Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação do Estado
do Paraná - (2006), os conteúdos estruturantes para a disciplina de Arte, no Ensino
Fundamental apresenta uma unidade interdependente e permitem que exista uma
articulação entre as quatro linguagens, sendo eles: Elementos básicos das linguagens
artísticas, produções, Manifestações artísticas e Elementos contextualizadores.
Os conteúdos estruturantes, estão, portanto, intrinsecamente relacionados. No
entanto, para que haja continuidade do trabalho desenvolvido, buscando uma
padronização dos conteúdos, recorre-se a divisão desses por série.
Isso não significa uma delimitação a outra possibilidades, pois alguns dos
conteúdos estruturantes permeiam grande parte dos trabalhos desenvolvidos. Há que se
entender que existem sim, caminhos por onde se deve obrigatoriamente passar, mas que
isso não impede de circular por trajetos menores ou de ligação entre, por exemplo, um
período e outro da História da Arte.
5 a série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Áreas
Elementos
Formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdos Específicos
Artes Visuais Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Figurativa
Abstrato
Bidimensional
Tridimensional
Geométrica
Técnicas e
Gêneros
Arte Pré-HistóriaArte no Egito AntigoArte Greco-Romana Arte Popular(Folclórica)Renascimento
Música Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Improvisação
Gêneros
Música Popular e Folclórica
Teatro Personagem
Expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representações
Jogos teatrais
Gênero
Espaço Cênico,
circo.
Adereços
Greco-Romana
Teatro Popular
Africano
Dança Movimento corporal
Tempo
Espaço
Ponto de apoio
Formação
Técnicas e
Gêneros
Arte Popular (folclore)
6 a Série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Áreas
Elementos
Formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdos EspecíficosArtes Visuais Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Figurativa
Abstrato
Bidimensional
Tridimensional
Geométrica
Técnicas e
Gêneros
Arte Greco-Romana Arte AfricanaArte OrientalIdade MédiaArte Popular (folclore)Arte Pré-HistóricaRenascimento
Música Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Harmonia
Melodia
Gêneros
Técnicas
Música Popular e étnica
(ocidental e oriental)
Brasileira
Paranaense
Caipira / Sertanejo
Raiz
Teatro Personagem
Expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representações
Leitura dramática
Cenografia
Gêneros
Técnicas
Comédia dell'arte
Teatro Popular
Teatro Popular Brasileiro e
Paranaense
Dança Movimento corporal
Tempo
Espaço
Rotação
Formação
Coreografia
Dança Popular Brasileira]e
Paranaense
Africana
Indígena
Renascimento
7 a série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Áreas
Elementos
Formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdos EspecíficosArtes Visuais Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Figurativa
Abstrato
Bidimensional
Tridimensional
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Cenografia
Técnicas e
Gêneros
Indústria CulturalArte DigitalArte ContemporâneaArte CinéticaOp ArtPop Art Classicismo
Música Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Sonoplastia
Técnicas
Indústria CulturalEletrônicaMinimalistaRap, Rock, Tecno Sertanejo popVanguardasClássica
Teatro Personagem
Expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)Texto dramáticoCenografiaMaquiagemSonoplastiaRoteiro, enredoTécnicas
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Vanguardas
Classicismo
Dança Movimento
corporal
Tempo
Espaço
DeslocamentoSonoplastiaCoreografia
Improvisação
Hip-Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
Dança Clássica
8 a série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Áreas
Elementos
Formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdos EspecíficosArtes Visuais Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Figurativa
Abstrato
Bidimensional
Tridimensional
Semelhanças
Contrastes
Geométrica
Figura-fundo
Perspectiva
Ritmo Visual
Cenografia
Técnicas e
RealismoDadaísmoArte EngajadaMuralismoGrafite (Hip-Hop)
Gêneros
Música Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas
Gêneros
Música EngajadaMúsica Popular BrasileiraMúsica ContemporâneaHip Hop, Rock, PunkRomantismo
Teatro Personagem
Expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Roteiro, enredoDramaturgiaCenografiaSonoplastiailuminaçãoFigurinoGêneros
Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
Teatro do Pobre
Teatro do absurdo
Romantismo
Dança Movimento
corporal
Tempo
Espaço
Ponto de ApoioNíveisRotaçãoDeslocamentoCoreografiaGênero
Arte Engajada
Vanguardas
Dança
Contemporâneo
Romantismo
Encaminhamento Metodológico
As diferentes formas de pensar o ensino da Arte são conseqüências do momento
histórico no qual se desenvolveram, com suas relações sócioculturais, econômicas e
políticas. Da mesma forma o conceito da arte implícito é também influenciado por essas
relações, sendo fundamental que seja problematizado para organização de uma proposta
de diretrizes curriculares.
Nas diversas teorias sobre a arte são estabelecidas algumas referências sobre sua
função, o que resulta também em diferentes posições: como a arte pode servir a ética, à
política, á religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica e transformar-se em mercadoria ou
meramente proporcionar prazer.
Na educação, o ensino da arte amplia o repertório cultural do aluno a partir de
conhecimentos estético, artístico contextualizado, aproximando-o do universo cultural da
humanidade nas suas diversas representações.
Pois ao considerar a arte como fruto da percepção, da necessidade
de expressão e da capacidade criadora humana, ela converte-se numa síntese superior
ao trabalho dos sujeitos, na medida que a arte é um dos modos pelos quais o homem
supera o seu fazer, os limites da utilidade material imediata, ultrapassam os
condicionamentos da sobrevivência física e torna-se parte fundamental do processo de
humanização, isto é, de como os seres humanos se constroem historicamente.
Em arte a prática pedagógica contemplará as Artes visuais, Dança, Música e o
Teatro; tendo uma organização semelhante entre níveis da educação básica adotando
como referências as relações estabelecidas entre a arte e sociedade.
No Ensino fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão
tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da
arte com a linguagem. Dessa forma, o aluno da educação básica terá acesso ao
conhecimento presente nas diversas formas de relação da arte com a sociedade, de
acordo com a proximidade das mesmas com seu universo.
A prática pedagógica para o ensino da arte envolve aulas expositivas, pesquisas,
trabalhos individuais e em grupo; o uso da tecnologia moderna(computador, Dvd, Cds,
aparelho de som, Tv) ; bem como o uso do livro didático, revistas, jornais, gibis.
Avaliação
A Avaliação em Arte se dará de forma processual e sem estabelecer parâmetros
comparativos entre alunos, para que não haja frustrações por parte de nenhum discente.
O papel da avaliação será discutir dificuldades e progresso de cada aluno a partir
de sua própria produção. Estará considerando o desenvolvimento do pensamento
estético e levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da
realidade.
A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos
percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e
dificuldades percebidas em suas criações e produções. Será observado de que forma o
aluno resolve as problematizações apresentadas e como se relaciona com os colegas no
trabalho em grupo.
As experiências individuais serão compartilhadas com o restante da turma, para
que o aluno possa expor, refletir e discutir a sua produção e a dos colegas, para que haja
um crescimento e uma abordagem crítica sobre a arte.
Referências Bibliográficas
BELLIATTI, Rosangela e equipe. Concurso público - professor – conhecimentos específicos educação artística. Secretária de Estado da Educação. Paraná, 2003.
CALABRIA, Carla Paula B, Raquel Valle Martins. Arte, história & produção. São Paulo: FTD, 1997 vol. 1 e 2.
CANTELE, Bruna Renata, Angela Cantele Leonardi. Arte linguagem Visual. São Paulo: IBEP, s/ d.
COOL, César, Ana Teberosky. Aprendendo arte. São Paulo: Ática, 2000.
HADDAD, Denise A., Dulce Gonçalves Morbim. A arte de fazer arte. São Paulo: Saraiva,2001, 2.ª ed.
PROENÇA, Graça. História da arte. São Paulo: Ática,1997
SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Projeto de correção de fluxo, caderno de arte 1 e 2 – artes plástica, teatro e música. Paraná: Governo do Paraná, 1998.
VÁRIOS AUTORES / ARTE SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Arte,livro didático. Curitiba: SEED, 2006.
----------------- SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais. Curitiba, 2006.
PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Nas aulas de Educação Física, a aprendizagem dos conteúdos não está necessariamente vinculada à experiência prática. No entanto, a valorização do desempenho técnico com pouca ênfase no prazer ou vice-versa, a abordagem técnica com referência em modelos muito avançados, e, principalmente, uma concepção de ensino que deixa como única alternativa ao aluno adaptar-se ou não a modelos predeterminados têm resultado, em muitos casos, na exclusão de alunos.
Na aprendizagem e no ensino da cultura corporal de movimentos, trata-se basicamente de acompanhar a experiência prática e reflexiva dos conteúdos na aplicação dentro de contextos significativos.
Julga-se adequado nas duas primeiras séries do ensino fundamental, uma ênfase nas atividades lúdicas por meio de jogos e brincadeiras, considerando os perigos de uma especialização técnica precoce e seus efeitos deficientes.
Noutras, justamente em função da suposta precariedade técnica dos jogos e brincadeiras exercidos nessas primeiras séries propõem-se exercícios de habilidades e fundamentos esportivos como construção de pré-requisitos para a aprendizagem de modalidades esportivas nas séries posteriores.
Além da metodologia crítico-emancipatória, a construtivista defende o método de integração com o mundo externo e com o mundo interno do aluno, procurando o resultado de provocar o gosto de aprender e a auto-suficiência na busca de respostas. O aluno é tomado como um ser pensante, com desenvolvimento próprio, o professor procura ser um orientador que facilita a aprendizagem criando situações estimulantes e motivadoras de respostas e a escola é o espaço do saber e integração do indivíduo à sociedade e à cultura.
Pode-se utilizar ainda a metodologia crítico-emancipatória, a de situação problema, a da pesquisa e outras que poderão contribuir no processo ensino-aprendizagem.
Para tanto serão utilizados recursos: audiovisuais, seleção de textos, apostilas, material para manifestações esportivas(bolas, cones e outros equipamentos); material para manifestações ginásticas, material para jogos e brincadeiras(bexigas, bolas, cordas, barbantes...), entre outros, que a escola se dispõe para esta prática.
Em síntese, o que se quer ressaltar é que nem os alunos, nem os conteúdos tampouco os processos de ensino e aprendizagem são virtuais ou ideais, mas sim reais, vinculados ao que é possível em cada situação e em cada momento A Educação Física na escola
Entretanto, a Educação Física, no contexto escolar, como analisa Castellani (1998), é fundamentada no paradigma da aptidão física, sustentado pelas ciências biológicas. O saber, assim elaborado, contribui para a manutenção do projeto político pedagógico hegemônico, legitimando desigualdades sociais.
Sendo a escola um espaço onde diversas culturas se encontram, cabe à área de educação física proporcionar ao aluno a possibilidade de criar e recriar os movimentos através das práticas lúdicas, sejam elas criadas pelos alunos a partir da sua história corporal ou advindas de outras culturas, estabelecendo-se vínculos entre alunos, escola e sociedade. Deste modo, a educação física na escola pode contribuir para que o aluno reconheça que seu corpo é dotado de sentimentos, desejos e necessidades humanas. Daí a importância de resgatarmos a dimensão lúdica que os homens produziram ao longo da história, pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade.
Diante da concepção de ensino-aprendizagem aqui apresentada, o movimento é visto enquanto expressão de uma cultura viva, que integra o homem à natureza e à sociedade. Enfim, para que a educação aconteça valorizando a cultura corporal, é preciso entendê-la enquanto elemento em constante transformação, construindo situações que contribuam na formação do senso crítico capaz de compreender e transformar o meio em que vivemos.
Interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade na Educação Física
A Educação Física, hoje, constitui-se como um campo do saber no espaço escolar, definindo seus próprios conteúdos e relacionando-os com outros pertinentes às demais áreas do saber, na escola, através da proposta de trabalhos com temas, conforme está previsto na LDB. Tal perspectiva tem sido considerada um grande avanço, à medida que amplia o universo da Educação Física no processo de construção do conhecimento, aproximando-se das outras áreas de ensino, de forma mais elaborada, tornando esse saber significativo na vida de quem a produz e utiliza.
Desta forma é que se percebe a teia de relações na qual a área está inserida, juntamente com as demais, discutindo e constituindo conhecimentos que são comuns, ou seja, desmistificando a exclusividade de conteúdos, numa demonstração de que é possível relacionar os diversos campos do saber na escola.
Esta fragmentação na construção do conhecimento tem sido presente no ambiente escolar. Só recentemente o processo educacional é compreendido como resultado de articulação dos diferentes campos do saber, numa crescente valorização de canais de comunicação entre estes.
É sobre essa base teórico-filosófica que a Educação, neste final de século, sustenta-se para justificar as recentes intervenções no processo de ensinar e aprender. Nos PCN, a transversalidade é entendida como a possibilidade de estabelecer conexões com outras áreas do conhecimento, a partir de conteúdos selecionados pela Educação Física, onde questões como corpo, jogo, dança, esporte etc. possam ser compreendidas.
Desta forma, a Educação Física tem um papel importante quando se utiliza do maior recurso didático que possui: o "corpo", nas suas diversas dimensões. Por exemplo: analisar como o corpo é compreendido em diferentes sociedades pressupõe tanto uma compreensão histórica quanto uma leitura particular da área de Educação Física. Do mesmo modo, a articulação entre os conceitos de tempo e espaço estudados na História e na Geografia, e aqueles presentes em atividades próprias da área de conhecimento em
questão, como nos jogos e esportes, é fundamental na construção de propostas de trabalho com cunho interdisciplinar.
Os PCN ainda mostram a importância dos Temas Transversais para a área de Educação Física, já que, ao discutir questões como: ética, pluralidade cultural, orientação sexual, meio ambiente, trabalho e consumo, saúde, entre outros, permite-se o debate relevante e urgente de questões fundamentais para o país, onde valores enraizados na Educação Física serão questionados, visando modificar atitudes e comportamentos apresentados pelos alunos, ampliando o seu olhar sobre o cotidiano.
Quando a Educação Física considera que o homem em movimento produz cultura, estabelecendo relações de valores nas suas diversas dimensões, ela está possibilitando vivências de práticas corporais que reconhecem ética, pluralidade cultural e saúde, entre outras, na discussão sobre o corpo inserido na sociedade de consumo, questionando seu papel na relação com o mundo.
Competências no ensino aprendizagem da Educação Física
No Ensino Fundamental, serão oportunizadas diversas vivências que valorizem o aluno como produtor do conhecimento, estimulando a reflexão crítica e a utilização do corpo como instrumento de interpretação do mundo. Para isso, o ensino da Educação Física oferecerá a organização de um ambiente que possibilite desenvolver as capacidades de:• conhecer e utilizar o corpo em movimento no tempo e no espaço;• dominar os movimentos básicos do corpo;• ampliar o repertório motor na combinação de movimentos e habilidades;• identificar e utilizar as atividades ludo-pedagógicas do cotidiano escolar na
organização do lazer;• repudiar a violência, evidenciando o respeito mutuo, a ética, a dignidade e a
solidariedade;• incorporar as manifestações corporais das diversas culturas ao acervo lúdico;• demonstrar autonomia na legislação da regra dos jogos;• entender a diversidade cultural e conviver com ela na organização e execução das
práticas corporais;• compreender a importância da atividade física para a saúde, relacionando-a com os
fatores sócio-culturais;• adquirir habilidades esportivas, reconhecendo a importância do gesto motor,
despertando o prazer pelo jogo independente da capacidade técnica.Propõe-se, assim, a valorização do aluno, dando movimento a cada idéia dentro
da escola numa perspectiva interdisciplinar, cabendo ao professor mediar as vivências, desenvolvendo habilidades e competências na formação do ser crítico participativo.
Tendências Pedagógicas da Educação Física
As diversas concepções têm em comum a tentativa de romper com o modelo anterior à década de 70 e o estabelecimento de uma fundamentação teórica e científica para uma Educação Física escolar dirigida às crianças, em sua maioria dos quatro aos quatorze anos de idade.
As abordagens que tiveram maior impacto a partir de meados da década de 70 são comumente denominadas de Psicomotoras, Construtivista e Desenvolvimentista com enfoques da psicologia crítica e sóciopolítico.
Abordagem construtivista: A proposta é a construção do conhecimento a partir da interação do sujeito com o meio. Propor tarefas cada vez mais complexas e desafiadoras, respeitando o universo cultural dos alunos e considerando o conhecimento que a criança já possui na Educação Física escolar. Inclui os conhecimentos prévios dos alunos no processo de ensino e aprendizagem.
Influenciada pela psicomotricidade, na questão da formação integral com a inclusão das dimensões afetivas, e cognitivas no movimento humano, a aquisição do conhecimento é um processo construído pelo indivíduo durante toda a sua vida, não estando pronto ao nascer. Nem sendo adquirido passivamente de acordo com as pressões do meio. Alerta aos professores para a importância da participação ativa dos alunos na solução de problemas.
Quadro atual: A atual L.D.B. orienta e responsabiliza a própria escola e o professor pela integração da Educação Física na proposta pedagógica e pela adaptação da ação educativa escolar às diferentes realidades e demandas sociais.
É fundamental, portanto, que a escola, a comunidade de pais e alunos e principalmente o professor valorizem-se e sejam valorizados, assumindo a responsabilidade desta área de conhecimento humano ao projeto político pedagógico da escola, exigindo plenas condições para o exercício de seu trabalho, garantindo para o aluno a manutenção de número adequado de aulas e de condições efetivas para a aprendizagem.
É fundamental que se faça uma clara distinção entre os objetivos da Educação Física escolar e os objetivos do esporte, da dança, da ginástica e da luta profissionais.
A Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os alunos para que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos. Cabe assinalar que os alunos portadores de necessidades especiais não podem ser privados das aulas de Educação Física.
Seja qual for o objeto de conhecimento em questão, os processos de ensino e aprendizagem devem considerar as características dos alunos em todas as suas dimensões (cognitiva, corporal, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal, e inserção social). Sobre o jogo da amarelinha, o de voleibol ou uma dança, o aluno deve aprender, para além das técnicas de execução (conteúdos procedimentais), a discutir regras e estratégias, apreciá-los criticamente, analisá-los esteticamente, avaliá-los eticamente, ressignificá-los e recriá-los (conteúdos atitudinais e conceituais).
É tarefa da Educação Física escolar, portanto, garantir o acesso dos alunos às práticas da cultura corporal, contribuir para a construção de um estilo pessoal de praticá-las, e oferecer instrumentos para que sejam capazes de apreciá-las criticamente.
Educação Física e CidadaniaO princípio da inclusão do aluno é o eixo fundamental que norteia a
concepção e a ação pedagógica da Educação Física escolar, considerando todos os aspectos ou elementos, seja na sistematização de conteúdos e objetivos, seja no processo de ensino e aprendizagem, para evitar a exclusão ou alienação na relação com a cultura corporal de movimento.
Além disso, aponta para uma perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a participação social e a afirmação de valores e princípios democráticos.
Qual o modelo de Educação Física defendemos?
Em que consiste a Educação Física na escola? Como ela é concebida? Como deveria ser? Estas são questões relevantes que podem ser analisadas sob diferentes pontos de vista.
No Brasil, a Educação Física na escola recebeu influências da área médica com ênfase nos discursos pautados na higiene, na saúde e na eugenia, nos interesses militares e, também, dos grupos políticos dominantes, que viam no esporte um instrumento complementar de ação. Dentro desse contexto, a Educação Física passou a ter a função de selecionar os mais aptos para representar o país em diferentes competições. O governo militar apoiou a Educação Física na escola, objetivando tanto a formação de um exército composto por uma juventude forte e saudável como a desmobilização de forças oposicionistas. Assim, estreitaram-se os vínculos entre esporte e nacionalismo.
A partir da década de 80, em função do novo cenário político, esse modelo de esporte de alto rendimento para a escola passou a ser fortemente criticado e como alternativa surgem novas formas de se pensar a Educação Física na escola. É preciso ressaltar, no entanto, que apesar das mudanças no discurso, sobretudo acadêmico, características desse modelo ainda influenciam muitos professores e sua prática.
Também é verdade que, em alguns casos, a crítica excessiva ao esporte de rendimento voltou-se para o outro extremo, ou seja, assistimos ao desenvolvimento de
um modelo no qual os alunos é que decidem o que vão fazer na aula escolhendo o jogo e a forma como querem praticá-lo, de modo que o papel do professor, praticamente, se
restringe a oferecer uma bola e marcar o tempo. Atualmente coexistem, na área da Educação Física, diversas concepções, todas
elas tendo em comum a tentativa de romper com o modelo mecanicista, esportivista e tradicional. São elas: Humanista; Fenomenológica; Psicomotricidade, baseada nos Jogos Cooperativos; Cultural; Desenvolvimentista; Interacionista-Construtivista; Crítico-Superadora; Sistêmica; Crítico-Emancipatória; Saúde Renovada, baseada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs/Brasil,1998); além de outras (DARIDO, RANGEL, 2005).
Pode-se considerar, como uma das convergências entre as tendências de cunho mais sociocultural, a perspectiva que compreende a Educação Física escolar como uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la e que o instrumentaliza para usufruir dos jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida. Trata-se de localizar, em cada uma das práticas corporais produzidas pela cultura, os benefícios humanos e suas possibilidades na organização da disciplina no contexto escolar.
Entendo que o modelo atual de Educação Física para a escola deva ser dirigido a todos os alunos, ensinando esporte, ginástica, dança, jogos, atividades rítmicas, expressivas e conhecimento sobre o próprio corpo, não só nos seus fundamentos e técnicas (conteúdos procedimentais), mas também os seus valores subjacentes, ou seja, quais atitudes os alunos devem ter na e para as atividades corporais, (conteúdos atitudinais) e finalmente, é preciso garantir o direito do aluno de saber porquê ele está realizando este ou aquele movimento, ou seja, quais os conceitos estão ligados àqueles procedimentos (conteúdos conceituais).
Na prática concreta de aula significa que o aluno deve aprender a jogar queimada, futebol de casais ou basquetebol, mas juntamente com estes conhecimentos o aluno deve saber quais os benefícios de tal prática, contextualizando as informações e como devem relacionar-se com os colegas e quais os valores que estão por trás de tais práticas.
Para aumentar ainda mais a complexidade da prática docente o professor deve trabalhar nas suas aulas de Educação Física os grandes problemas sociais do Brasil, tais como; justiça, respeito mútuo, ética, meio ambiente, saúde pública, orientação sexual, gênero, lazer, pluralidade cultural, mídia, trabalho e consumo, relacionando com as aulas de Educação Física. Importante, como atesta a nova LDB 1996, a disciplina deve estar integrada a proposta pedagógica da escola. Significa dizer que se a escola escolher o tema Brasil 500 anos, auto-conhecimento, Olimpíadas e outros, a Educação Física deve colaborar no desenvolvimento de tais temas, sem perder a sua especificidade. É como exige as diretrizes curriculares, fortalecer a contextualização e a interdisciplinaridade dos fatos.
A mídia é bastante presente no cotidiano dos jovens, transmitindo conceitos, alimentando o seu imaginário e construindo um entendimento de mundo. São informações sobre os novos esportes, novos produtos de consumo, aulas de ginástica pela TV, discussões sobre o perfil dos jogadores, análises técnicas e táticas dos esportes e muitas outras. Também através da mídia, são vinculados valores a respeito de padrões de beleza e de “corpo perfeito”, estética, saúde, sexualidade, desempenho, competição exacerbada e outros. Informações nem sempre corretas ou adequadas do ponto de vista de valores democráticos, mas que se sobrepõem pela baixa capacidade crítica da maioria dos telespectadores e leitores.
Tais temáticas são preocupações comuns a todo jovem e que devem estar presentes no contexto escolar de tal modo que os conhecimentos construídos possibilitem uma análise crítica dos valores sociais que acabam por se transformar em instrumentos de exclusão e discriminação social (BETTI, 1998). Assim, como as demais disciplinas escolares, caberá a Educação Física manter um diálogo crítico com a mídia, trazendo-a para dentro da escola para discussão e reflexão. No âmbito das aulas de Educação Física os alunos podem também vivenciar atividades que os levem a ter um conhecimento sobre o próprio corpo, que priorizem a prática de exercícios mais lentos, com ênfase na respiração e relaxamento, que enfoquem as dimensões do lazer, da saúde e do prazer, fazendo-os reconhecer seus limites e possibilidades, além de proporcionar uma relação com possíveis discussões promovidas em projetos disciplinares e/ou interdisciplinares.
Portanto, é importante diversificar as vivências experimentadas nas aulas de Educação Física, para além dos esportes tradicionais (futebol, voleibol ou basquetebol). Na verdade, a inclusão e a possibilidade das vivências de outras práticas corporais (ginásticas, jogos, brincadeiras, lutas, danças) podem facilitar a adesão do aluno na medida em que aumentam as chances de uma possível identificação.
Assim, deverá compor o rol de conteúdos da disciplina da Educação Física na escola, numa dimensão biológica as relações entre nutrição, gasto energético e as diferentes práticas corporais; as relações entre exercício, lesões e uso de anabolizantes; o desenvolvimento das capacidades físicas e a aquisição e melhoria da saúde e da estética. Já numa dimensão sóciocultural deve ser esclarecido aos alunos as relações entre esporte, sociedade e interesses econômicos; a organização social, o esporte e a violência; o esporte com intenções de lazer e de profissionalização; a história e o contexto das diferentes modalidades esportivas; a qualidade de vida, atividade física e
contexto sóciocultural; as diferenças e similaridades entre as práticas dos jogos e dos esportes; as adaptações necessárias para a prática do esporte voltado para o lazer, entre outros.
PROJETO AVALIATIVO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Com a finalidade de construir um projeto avaliativo para o programa de Educação Física proposto, partimos, em primeira instância, da necessidade de redefinir o que entendemos pelo termo e para tanto.
Este processo se materializa na prática social de acordo com os interesses de classe contidos no sistema de trabalho político-pedagógico, motivo pelo qual reflete as concepções de homem, mundo, sociedade e prática científica, daqueles que o criam e sustentam cotidianamente.
A avaliação, como um processo integrado, tem funções de diagnóstico, retroalimentação (parcial ou final), prognóstico e/ou indicação de evolução dos sujeitos e do sistema de trabalho adotado
Uma vez esclarecido o conceito, o passo seguinte é apontar:
A Proposta Curricular está atingindo as finalidades político-pedagógicas estabelecidas;validade, a viabilidade e a eficácia dos procedimentos e as dinâmicas de ensino criadas ou adotadas e aplicadas, de acordo com os princípios filosófico-pedagógicos da proposta curricular;postura político-pedagógica do professor de Educação Física frente a seus alunos no contexto ensino-aprendizagem, em termos de interação, comunicação e linguagem utilizadas;apreensão cognitiva dos conteúdos do programa por parte dos alunos;comportamento social dos alunos diante das finalidades e objetivos presentes na proposta curricular de ensino;presença ou a ausência do caráter lúdico, prazeroso, dialógico e crítico-reflexivo das aulas de Educação Física em todos os níveis de ensino.conteúdos e as metodologias de ensino, empregados pelo professor em sala de aula.
Para definir os critérios de avaliação dos pontos acima citados, o seguinte passo é analisar criticamente cada um deles com a finalidade de identificar seus indicadores avaliativos a fim de utilizá-los como critérios de referência e apoio para o processo de análise e tomada de decisões, tanto para o aprimoramento permanentemente do sistema de trabalho quanto para o acompanhamento das crianças no seu processo de formação escolar.
Princípios, considerações metodológicas e indicadores avaliativos do processo ensino-aprendizagem na Educação Física Escolar
Precisamos levantar alguns aspectos político-pedagógicos que, de acordo com a introdução deste capítulo, devem fazer parte de todo processo educativo que tem como grandes diretrizes a prática da liberdade e a busca de autonomia crítica por parte dos alunos:
Não há nada mais importante para o ser humano do que estabelecer, experimentar e avaliar objetivos, planos e propósitos, pois esta é uma das atividades intencionais do
ser humano que nos separa de outras espécies. É esta atividade que nos permite criar ou destruir intencionalmente.
Nesse sentido a avaliação deve partir dos objetivos traçados o que significa “estabelecer um padrão mínimo de conhecimento, habilidades e hábitos que o educando deverá adquirir e não uma média mínima de notas, como ocorre na prática avaliativa de hoje” (Luckesi, 1995, p. 96)
A Pedagogia Crítica reconhece a importância do ato avaliativo. Porém, entende que sua práxis não deve ser direcionada para identificar os ‘déficits’ de aprendizagem encontrados entre aquilo que os alunos aprenderam e os objetivos de ensino orientados para o resultado, sob pena de continuar reproduzindo ingenuamente uma lógica de pensa-mento instrumental-tecnicista de caráter conservador.
Sua ação deve ser orientada para valorizar as ações decorrentes do processo de ensino que depende, por um lado, das intenções do professor e, por outro, dos objetivos de ação dos alunos. A avaliação deve ser feita na orientação de ação convencionada em conjunto ou concretamente nas tarefas, temas, questões e arranjos de aparelhos.
Ao mesmo tempo, os alunos devem também avaliar subjetivamente seu êxito no processo de ensino e aprender a julgá-lo criticamente.
Se educar pressupõe a participação, a avaliação deve ser encarada como uma ação coletiva em que professor e alunos, juntos, perguntem e respondam, digam o que é certo e o que é errado, digam sim e não, reprovem-se, recuperem-se e aprovem-se (Fensterseifer, 1997, p. 163).
A avaliação deve ser concebida como um espaço de argumentação, como processo ético de racionalização que não é atribuição exclusiva do professor.
Baseados nestes princípios, podemos traçar algumas considerações metodológicas para definir os indicadores avaliativos que poderiam ser utilizados na aula de Educação
Além da observação e registro do desempenho do aluno, a reflexão coletiva e a auto-avaliação devem ser instrumentos prazerosos, que podem ser utilizados pelos alunos e pelo professor à luz dos indicadores avaliativos.
O presente texto tenha fornecido elementos teóricos e práticos básicos que permitam construir coletivamente uma proposta sistematizada e crítica de avaliação para Educação Física Escolar, respeitando-se o caráter particular para esse estabelecimento de ensino.
CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL
5ª SÉRIE
1.BASQUETEBOL
CONTEÚDOS
Noções básicas do jogo. Jogo metade da quadra;Fundamentação (recepção, passes, dribles e arremessos);
Jogo e jogos adaptados;Revisão de regras;
OBJETIVOS
Refinamento das destrezas motoras básicas;Arremessar parado e com giro;Executar os passes estilo peito e ombro;Fazer marcação individual.
2. HANDEBOL
CONTEÚDOS
Noções básicas do jogo;Fundamentação (recepção, passes, dribles e arremessos);Sistemas de ataque e defesa. (2x1, 3x2 e etc.);Noções para o goleiro;Jogo e jogos adaptados;Revisão de regras.
OBJETIVOS
Refinamento das destrezas motoras básicas;Arremessar parado e em suspensão;Passes de ombro de diferentes distâncias;Executar movimentação em 8.
3. FUTSAL
CONTEÚDOS
Noções básicas do jogo;Fundamentação (passe, recepção, drible, chute a gol e pênalti.Jogo e jogos adaptados;Revisão de regras.
OBJETIVOS
Refinamento das destrezas motoras básicas;Executar condução de bola com os pés alternados;Fazer passes com a parte interna do pé;Efetuar chute com a parte interna do pé e bico.
4. VOLEIBOL
CONTEÚDOS
Noções básicas de jogo;Fundamentação (toque, manchete, saque por baixo, e rodízio simples);Posição de jogo 6x0 ou 6x6 (expectativa);Técnica e tática de jogo;Jogo e jogos adaptados;Revisão de regras.
OBJETIVOS
Refinamento das destrezas motoras básicas;Executar toque e manchete parados;Tentar empregar os 3 toques;Aprender o saque por baixo.
5. XADREZ (Aulas desenvolvidas uma vez por semana durante os dois semestres)
CONTEÚDOS
- Aprender as noções básicas do jogo;- Movimentação das peças;- Iniciar e finalizar a partida.OBJETIVOS
• Saber iniciar e finalizar uma partida;• Compreender as movimentações das peças;• Iniciação ao cheque mate
6. ALONGAMENTO
CONTEÚDOS
• Como parte diferencial dentro das aulas.
OBJETIVOS
• Iniciar os exercícios propostos.
6ª SÉRIE
1. BASQUETEBOL
CONTEÚDOS
Noções básicas do jogo. Jogo metade da quadra e quadra inteira;Fundamentação (recepção, passes, dribles e arremessos e rebote);Sistemas de ataque e defesa (2x1, 3x2, etc.);Jogo e jogos adaptados;Revisão de regras;
OBJETIVOS
Refinamento das destrezas motoras básicas;Arremessar saltando – jump, com ou sem tabela;Iniciar o arremesso estilo bandeja com drible;Fazer marcação individual.
2. HANDEBOL
CONTEÚDOS
Noções básicas do jogo;Fundamentação (recepção, passes, dribles e arremessos);Sistemas de ataque e defesa. (2x1, 3x2 e etc.);Noções para o goleiro;Jogo e jogos adaptados;Revisão de regras.
OBJETIVOS
Refinamento das destrezas motoras básicas;Arremessar saltando parado e com três passos;Arremessar com giro;Executar movimentação em 8.
3. FUTSAL
CONTEÚDOS
Noções básicas do jogo;
Fundamentação (passe, recepção, drible, chute a gol e pênalti).Sistema de ataque e defesa;Jogo e jogos adaptados;Revisão de regras.
OBJETIVOS
• Refinamento das destrezas motoras básicas;• Executar condução de bola tipo zig-zag;• Fazer passes com a parte interna do pé;• Efetuar chute com o peito do pé.
4. VOLEIBOL
CONTEÚDOS
Noções básicas de jogo;Fundamentação (toque, manchete, saque por cima, rodízio e ataque);Posição de jogo 6x0 ou 6x6 (expectativa);Técnica e tática de jogo;Jogo e jogos adaptados;Revisão de regras.
OBJETIVOS
• Refinamento das destrezas motoras básicas;• Executar toque e manchete com deslocamento;• Empregar os 3 toques;• Aprender o saque por baixo.
5. XADREZ (Aulas desenvolvidas uma vez por semana durante os dois semestres)
CONTEÚDOS
• Aprender o roque menor e o roque maior;• Xeque e xeque-mate;• Iniciar e finalizar a partida.
OBJETIVOS
c) Executar os vários tipos de xeques;d) Empregar a abertura de jogo;
6. ALONGAMENTO
CONTEÚDOS
• Como parte diferencial dentro das aulas.
OBJETIVOS
- Iniciar os exercícios propostos.
7ª e 8ª SÉRIES
1. BASQUETEBOL
CONTEÚDOS
Noções básicas do jogo. Jogo metade da quadra e quadra inteira;Fundamentação (recepção, passes, dribles e arremessos, bandeja e rebote);Sistemas de ataque e defesa (2x1, 3x2, etc.);Jogo e jogos adaptados;Revisão de regras;
OBJETIVOS
Refinamento das destrezas motoras básicas;Arremessar saltando – jump, com ou sem tabela;Executar o arremesso estilo bandeja com drible e após um passe;Posicionar para o rebote.
2. HANDEBOL
CONTEÚDOS
Noções básicas do jogo;Fundamentação (recepção, passes, dribles e arremessos);Sistemas de ataque e defesa. (2x1, 3x2 e etc.);Noções para o goleiro;Jogo e jogos adaptados;Revisão de regras.
OBJETIVOS
Refinamento das destrezas motoras básicas;Arremessar saltando parado e com dois e três passos;Executar movimentação em 8.
3. FUTSAL
CONTEÚDOS
Noções básicas do jogo;Fundamentação (passe, recepção, drible, chute a gol e pênalti).Sistema de ataque e defesa (2x1, 3x2 e etc.)Noções para o goleiro;Jogo e jogos adaptados;Revisão de regras.
OBJETIVOS
• Refinamento das destrezas motoras básicas;• Executar passes longos;• Efetuar chute a gol com a bola em movimento.
4. VOLEIBOL
CONTEÚDOS
• Noções básicas de jogo;• Fundamentação (toque, manchete, saque por cima, rodízio e ataque);• Posição de jogo 6x0 ou 6x6 (expectativa);• Técnica e tática de jogo;• Jogo e jogos adaptados;• Revisão de regras.
OBJETIVOS
• Refinamento das destrezas motoras básicas;• Executar toque e manchete;• Iniciar ao ataque;• Aprender o saque por cima.
5. XADREZ (Aulas desenvolvidas uma vez por semana durante os dois semestres)
CONTEÚDOS
• Valores comparativos das peças;• Rever os conceitos de roque menor e roque maior;• Xeque e xeque-mate.
OBJETIVOS
• Aprender o valor das peças;• Executar o roque maior e o roque menor.
6. ALONGAMENTO
CONTEÚDOS
• Como parte diferencial dentro das aulas.
OBJETIVO
Iniciar os exercícios propostos.Referencias:
Caracterização da área de Educação Física. Disponível em: www.pucrs.campus2.br/~brandt/estagio_texto3_caracterizacao%20da%20area%20ed%20. Acessado em: 05/10/08.
DARIDO. Suraya Cristina. EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA: REALIDADE E POSSIBILIDADES. Disponível em: www.csmadalenasofia.com.br/madainterativo/aulas/ementa.suraya.doc. Acessado em: 05/10/08.
Tendências Pedagógicas da Educação Física. Disponível em: www.efmuzambinho.org.br/prof/antonio/docencia/tendencias%20-%20correto.doc. Acessado em: 05/10/08.
PALAFOX. Gabriel H. Munhoz. TERRA. Dinah Vasconcellos. INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
PROPOSTA CURRICULAR CIÊNCIAS
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O encaminhamento metodológico deve ser baseado na carga horária, o PPP da escola, nos interesses da realidade local e regional, nos livros didáticos de Ciências disponíveis.
Deve-se haver uma pluralidade metodológica, integrando os conteúdos científicos e utilizando os recursos pedagógicos disponíveis como atividades
práticas, pen drive, vídeo, textos, entre outros, levando os educandos à construção de conceitos de forma significativa.
No entanto, para que haja um trabalho de qualidade na escola pública, o docente precisa organizar um plano de trabalho, utilizando várias estratégias para abordar os conteúdos de Ciências, de forma autônoma, adequando à realidade das turmas.
Faz- se necessário abordar os seguintes aspectos no ensino de Ciências:- A história da Ciência;• A divulgação científica;• As atividades experimentais.
As estratégias para o ensino de Ciências auxiliam para que o educando se aproprie de conceitos científicos de forma mais concreta. Sendo assim, o professor pode trabalhar dentro dos seguintes encaminhamentos metodológicos:A) Problematização: Motivação para iniciar um novo conteúdo. A problematização como estratégia de ensino pode ser efetuada, evidenciando-se duas dimensões:• conhecimento de situações significativas apresentadas pelos estudantes,
problematizando-as;• realização de situações-problema de forma que o aluno sinta a
necessidade do conhecimento científico escolar para resolver os problemas apresentados.
B) Contextualização: os conteúdos científicos escolares precisam estar mais próximas dos alunos, sendo necessária a articulação com estruturas sociais, políticas, éticas. Tecnológicas, econômicas, entre outras.C) Interdisciplinaridade: através da interdisciplinaridade, o docente pode buscar em conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto de Ciências, o conhecimento científico resultante da investigação da natureza.D) Pesquisa: esta estratégia visa à construção do conhecimento científico. A pesquisa inicia com a procura do material e interpretação do mesmo seguindo para a construção de atividades que poderão ser escritas e oral, portanto, deverá existir produção do próprio aluno, avaliando, assim, sua forma de sistematizar idéias, seu vocabulário, sua compreensão e interpretação do conteúdo trabalhado.E) Leitura científica: leitura científica permite aproximação entre os educandos e o docente, pois, de forma interdisciplinar, proporciona um maior aprofundamento de conceitos. O professor precisa analisar o material a ser trabalhado, levando em consideração a linguagem, a abordagem do conteúdo, o rigor conceitual. O professor pode utilizar textos presentes em revistas científicas ( Scientific, Ciência Hoje), sites oficiais (Ongs: Greenpeace, wwf, Ministério da Saúde, do Meio Ambiente, etc.), entre outras fontes.F) Atividades em grupo: essa estratégia tem como objetivo aumentar a interação entre os alunos, favorecendo a troca e o confronto de idéias. Essa
atividade também permite aproximar o estudo de Ciências dos problemas reais.G) Observação: favorece ao aluno capacidade de observar fenômenos em seus detalhes e estabelecer relações mais amplas sobre eles. Essa estratégia leva o educando a construir hipóteses que a própria observação possibilita.H) Atividade experimental: será uma estratégia importante quando o professor faz uso de atividades práticas com o objetivo de desenvolver nos alunos o interesse e, criar situações de investigação para a formação de conceitos.I) Recursos instrucionais: são instrumentos significativos em sala de aula, porque se fundamentam na aprendizagem significativa e subsidiam o professor em seu trabalho com o conteúdo científico escolar, porque são compostos por elementos extraídos da observação, da experimentação , da contextualização, da interdisciplinaridade. São exemplos de recursos institucionais: infográficos, mapas conceituais, gráficos, tabelas, organogramas, etc.J) Lúdico: através do lúdico, o aluno interage com o mundo, podendo fazer uso de recursos que permitam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse. São exemplos de recursos lúdicos que o professor pode utilizar: modelos, brinquedos, jogos, desenhos, imagens.
Objetivos Gerais
- Permitir aos educandos uma aprendizagem significativa dos conteúdos científicos escolares, relacionando esse conhecimento com o seu cotidiano, levando em consideração a construção de idéias.
- Integrar conceitos científicos escolares com informações trazidas pelos educandos, contextualizando-os, inclusive de forma interdisciplinar.
- Associar os conteúdos de Ciências com as áreas de conhecimento físico, químico e biológico, estabelecendo relações interdisciplinares e que sejam trabalhados a partir dos contextos tecnológico, social, cultural, ético e político que os envolvem.
- Planejar atividades que incentivem a participação dos alunos, em um processo de construção gradativa do conhecimento, nos quais são respeitados os aspectos socioculturais e cognitivos, e em despertar neles a busca constante de meios para melhorar a qualidade de vida pessoal e coletiva, a consideração à pluralidade cultural e o desenvolvimento de atitudes de respeito, solidariedade, compromisso coletivo e amizade.
AVALIAÇÃO
De acordo com a LDB nº 9394/96, a avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos, portanto devemos valorizar a avaliação nos seus aspectos qualitativos e não classificatórios (Hoffmann, 1991).
A avaliação propicia uma interação entre educando-educador, na tentativa de estimular a troca de idéias, construindo, assim, de forma organizada, os conceitos científicos. Dessa forma, as atividades avaliativas, pelo simples fato de classificar, leva à exclusão.
As atividades avaliativas precisam ser planejadas visando respeitar o aluno como ser humano inserido no contexto das relações que permeiam a construção do conhecimento científico escolar. Sendo assim, a avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante, construído no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvem recursos pedagógicos e institucionais diversos como:• atividades avaliativas que apresentem situações-problema;
• atividades avaliativas que apresentem leituras de gráficos e mapas de conceito;
e) produção de texto a partir de textos trabalhados (revista, jornais, internet) e discutidos em sala;
• produção de texto após filme assistido, com leitura desse texto ou troca de idéias, havendo sempre objetivos específicos a serem atingidos, portanto sempre é necessário estabelecer pontos importantes antes da produção, comotema/assunto abordado, que tipo de texto deverá ser produzido, etc.;
- produção de texto após pesquisa e com apresentação;• provas objetivas com questões de interpretação;• prova com questões discursivas envolvendo os conteúdos trabalhados;• produção de texto após atividade de observação ou experimentação;• atividades do livro didático que poderão ser resolvidas individualmente ou
em grupo. Esta atividade também pode ser utilizada com tarefa de casa, incentivando o aluno a também estudar em casa.
CONTEÚDOS DE CIÊNCIAS
Um ponto importante a ser considerado na produção de conhecimento científico diz respeito ao caminho percorrido pelos pesquisadores para formular “descrições, interpretações, leis, teorias, modelos, etc., sobre umac parcela da realidade” (FREIRE-MAIA. 2000, p.18). Não se pode deixar que o conteúdo de Ciências seja fragmentado, pois não há, atualmente, uma única ciência que possa assegurar o estudo da realidade em todas as dimensões.
O ensino de Ciências constitui, portanto, um meio importante de preparar o estudante para os desafios que surgem em uma sociedade
preocupada em integrar as descobertas científicas ao bem-estar dos indivíduos. Por isso todos os estudantes devem ter a oportunidade de adquirir um conhecimento básico de Ciências, que lhes permita não só compreender e acompanhar as rápidas transformações tecnológicas, como também participar de forma esclarecida e responsável de decisões que dizem respeito a toda sociedade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A seleção dos conteúdos de Ciências deve considerar a relevancia dos mesmos para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a integração conceitual dos saberes científicos na escola. Dessa forma, os conteúdos de Ciências abrangem conhecimentos científicos das diferentes Ciências de referência: Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras.
O conteúdos estruturantes são os conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam as disciplinas escolares além de fundamentarem as abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos.
Segundo as DCE's, o ensino de Ciências deve ocorrer por meio de uma integração conceituail que estabeleça relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos estruturantes da disciplina; entre eles e os conteúdos estruturantes de outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações interdisciplinares); entre os conteúdos científicos escolares e o processo de produção do conhecimento científico (relações contextuais).
São 5 os conteúdos estruturantes de Ciências:• Astronomia• Matéria• Sistemas Biológicos• Energia• Biodiversidade
CONTEÚDOS BASICOS
1.ASTRONOMIA• Universo• Sistema Solar
• Movimentos celestes e terrestres• Astros• Origem e evolução do universo
1.1.Gravitação universal
2. MATÉRIA• Constituição da matéria• Propriedades da matéria
3. SISTEMAS BIOLÓGICOS• Níveis de organização• Célula• Morfologia e fisiologia dos seres vivos• Mecanismos de herança genética
4. BIODIVERSIDADE• Organização dos seres vivos• Sistemática• Ecossistemas• Interações ecológicas• Origem da vida• Evolução dos seres vivos
5.ENERGIA• Formas de energia• Conversões de energia• Transmissões de energia
BLOCOS DE CONTEÚDOS – Possíveis relações conceituais, interdisciplinares e de contexto por série:
5ª SERIE
Conteúdos Estruturantes e Básicos
Instrumento astronômicoAstrônomosPesquisas atuaisHistória da astronomiaA Ciência GeologiaHimalaiaVulcões
Tsunamis e tornadosMinerais e a tecnologia (jóias, etc.)MineraçãoA formação dos fósseis (Paleontologia)Terremotos e sismógrafosPoluição e contaminação do soloPoluição da água e contaminaçãoPoluição do arDesertificaçãoQueimadasDesmatamentoManejo do solo para a agriculturaCompostagemMata ciliarCódigo Florestal BrasileiroPreservação dos aquíferosChuva ácidaTratamento da águaLixo tóxicoBalões e aviõesMeteorologiaExperimento de TORRICELLIInstrumentos de vôoA ação do vento – Vila VelhaAquecimento global e efeito estufaDestruição da camada de ozônioBiotecnologia – fermentação, plástico biodegradávelFibra óticaElevadores hidráulicosOs gases e a luminosidadeLixo e o ambienteColeta seletiva do lixo e a reciclagemMata AtlânticaExtinção de espéciesMata das AraucáriasReservas ambientais – APAMatas brasileiras e lendas indígenas: CurupiraProjeto Tamar e outros.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
• Entendimento das ocorrências astronomicas como fenômenos da natureza.• Discutir os modelos científicos que explicam sobre a origem e evolução do universo.• Conhecimento da história da Ciência, a respeito das teorias do Geocentrismo e Heliocentrismo, e compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do sistema solar.• Entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas transformações, como fenômenos da natureza.• Compreensão da constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera e crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo.• Conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água presente no planeta Terra.• Entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo integrado; reconhecimento das características gerais dos seres vivos.• Conhecer a origem e a discussão a respeito da teoria celular como modelo de explicação da constituição dos organismos.• Conhecimento dos níveis de organização celular, organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, animais unicelulares e pluricelulares, procariontes, eucariontes, autótrofos e heterótrofos .• Conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra.• Reconhecimento das particularidades relativas à energia mecânica, térmica, luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação, convecção, condução; entendimento dessas formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na natureza.• Reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação;
Distinção entre ecossistema, comunidade e população. Conhecimento a respeito da extinção de espécies.
6ª SERIE
Conteúdos estruturantes e básicos
- Astronomia: - Astros• Movimentos terrestres• Movimentos celestes
- Matéria: - Constituição da matéria
- Sistemas Biológicos: - Célula- Morfologia e fisiologia dos seres vivos
- Energia: - Formas de energia- Transmissão de energia
- Biodiversidade: - Origens da vida• Organização dos seres vivos• Sistemática
Possíveis relações conceituais, interdisciplinares e de contexto:- Ação humana nos ecossistemas;- Desenvolvimento industrial e impactos ambientais;- Crescimento da população humana e impactos ambientais;- Desmatamento;- Espécies exóticas, nativas, silvestres e domésticas;- Exploração da caça e pesca;- Tráfico de animais e vegetais;- Poluição da água, do solo e do ar;- Resíduos químicos no ambiente;- Proteção, preservação e conservação dos ecossistemas;- Uso de agrotóxicos na agricultura e agricultura orgânica;- Instituições governamentais e ONGs;- Tecnologia na produção vegetal: estufas;- Câncer de pele e bronzeamento;- História da Ciência;- Bactérias e degradação de petróleo;- História da vacina;- Dengue e a saúde pública no Brasil;- Vigilância epidemiológica;- Doenças de chagas e condições de moradia;- Biotecnologia dos fungos;- Automedicação: o caso dos antibióticos;- História da penicilina;- Polinização provocada pelo homem e outras formas de polinização;- Hidroponia;- Interferência do ser humano na produção de frutos de comercialização;- A Amazônia e as frutas exóticas;- Saneamento básico;- Aranha-marrom no Paraná;
- Literatura brasileira e os casos de doença: o Jeca Tatu;- Instituto Oswaldo Cruz, Butantan, Pasteur e outros;- Projeto Tamar;- Comercialização da carne de avestruz;- Animais em extinção;
Expectativas de aprendizagem
- Entendimento da composição físico-química do sol e a respeito da energia solar.
- Compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra;
- Comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do sol e da lua, com base no referencial Terra.
- Reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os movimentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações.
- Entendimento da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento da vida.
- Compreensão da constituição da atmosfera terrestre primitiva, dos componentes essenciais ao surgimento da vida.
- Conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula.- Conhecimento dos mecanismos de constituição da célula e as diferenças
entre os tipos celulares.- Compreensão do fenômeno fotossíntese e dos processos de conversão de
energia na célula.- Estabelecer relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir
do entendimento dos mecanismos celulares.- Entendimento do conceito de energia luminosa e a sua relação com os
demais seres vivos.- Identificação dos fundamentos da luz, as cores e a radiação ultravioleta e
infravermelha.- Entendimento do conceito de calor como energia térmica e suas relações
com os sistemas endotérmicos e ectotérmicos.- Entendimento do conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações
com os seres vivos, o ecossistema e os processos evolutivos.- Conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos, de categorias
taxonômicas, filogenia.- Entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar,
seres autótrofos e heterótrofos.- Conhecimento a respeito das eras geológicas e das teorias a respeito da
origem da vida, geração espontânea e biogênese.
- Conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra.- Reconhecimento das particularidades relativas à energia mecânica, térmica, luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação, convecção, condução; entendimento dessas formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na natureza.- Reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação;- Distinção entre ecossistema, comunidade e população. Conhecimento a respeito da extinção de espécies.
7ª SÉRIE
Conteúdos estruturantes e básicos
- Astronomia: Origem e evolução do universo;- Matéria: Constituição da matéria;- Sistemas biológicos: - célula
- morfologia e fisiologia dos seres vivos.- Energia: formas de energia;- Biodiversidade: evolução dos seres vivos;- Possíveis relações conceituais, interdisciplinares e de contexto:
- Origem e evolução da Terra; - Evolução cultural do ser humano.
- Formas de comunicação humana; - Comportamento da espécie humana;- Raças e preconceitos raciais;- Fome e desnutrição;- Questões de higiene;- Ação de medicamentos no organismo;- Tecnologia e testes diagnósticos;- Saneamento básico;- Obesidade, anorexia e bulimia;- Melhoramento genético e transgenia; alimentos transgênicos;- Colesterol e problemas com o coração;- Exames sangüíneos, transfusões e doações de sangue;- Soros e vacinas;- Revolta da vacina;- Organização Mundial da Saúde;- Hemodiálise;- Conseqüências das drogas ao organismo;- Para-olimpíadas;- Métodos contraceptivos;
- Reprodução humana assistida;- Projeto Genoma Humano;- Mitos e outras explicações sobre a origem da vida;- Terapia gência;- CTN Bio;- Expectativas de aprendizagem;- Conhecimento das teorias sobre a origem e a evolução do universo;- Estabelecimento de relações entre as teorias e a sua evolução histórica;- Diferenciação das teorias que consideram um universo inflacionário e teorias
que consideram o universo ciélico;- Conhecimento sobre o conceito de matéria e sua constituição, com base
nos modelos atômicos;- Conceituação de átomo, íons, elementos químicos;- Conhecimento das leis da conservação da massa;- Conhecimento dos compostos orgânicos e relação destes com a
constituição dos organismos vivos;- Conhecer mecanismos celulares e sua estrutura de modo a estabelecer um
entendimento de como esses mecanismos se relacionam no trato das funções celulares;
- Conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos;- Entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório,
cardiovascular, respiratório, excretor e urinário;- Entendimento dos fundamentos da energia química e suas fontes, modos
de transmissão e armazenamento;- Relacionamento dos fundamentos de energia química com a célula (ATP e
ADP);- Entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos
de transmissão e armazenamento;- Entendimento dos fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de
transmissão e armazenamento;- Entendimento das teorias evolutivas.
8ª SÉRIE
Conteúdos estruturantes e básicos
- Astronomia: - astros;- gravitação universal;
- Matéria: - propriedades da matéria;- Sistemas biológicos: morfologia e fisiologia dos seres vivos;
- mecanismos de herança genética;- Energia: - formas de energia;
- conservação de energia;- Biodiversidade: Interações ecológicas.
Possíveis relações conceituais, interdisciplinares e de contexto.• Instrumentos de medida;• Tecnologias em produtos de eletrônica;• Dessalinização;• Panela de pressão;• Ligas metálicas;• Lixo;• Biodisel;• Corantes e tingimento de tecidos;• Pilhas, baterias e questões ambientais;• Estações de tratamento de esgoto;• Biogás;• Adubos e fertilizantes químicos;• Coleta seletiva e reciclagem;• Efeito estufa;• Usinas geradoras de energia;• Fontes de energia renováveis e não renováveis;• Instrumentos e escalas termométricas;• Ilhas de calor;• Acidentes;• Instrumentos musicais;• Ultra-sonografia;• Terremotos;• Máquinas fotográficas;• Óculos;• Telescópios;• Poluição sonora;• Forno microondas;• Lâmpadas;• Chuveiro elétrico;• Consumo de energia elétrica residencial;• Bússola;• Microfone e auto-falante;• Pára-quedas e asa deltas;• Máquinas – alavancas, plano inclinado, polia, engrenagens;• Código de trânsito – acidentes de trânsito;• Tecnologia da comunicação;
Expectativas de aprendizagem:
• Conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica ( galáxias, Estrelas,Planetas, Asteróides, entre outros).
• Entendimento das Leis de Newton no tocante da gravitação universal.• Interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como
as marés.• Compreensão das propriedades da matéria, massa, volume,
densidade,compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor, textura e odor.
• Compreensão dos sistemas conversores de energia e sua relação com a Lei da Conservação da Energia.
• Estabelecimento de relações entre sistemas conservativos.• Entendimento dos conceitos de energia elétrica e sua relação com o
magnetismo.• Entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos
biogeoquímicos • Conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em
outra.• Reconhecimento das particularidades relativas à energia mecânica,
térmica, luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação, convecção, condução; entendimento dessas formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na natureza.
• Reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação;• Distinção entre ecossistema, comunidade e população. Conhecimento
a respeito da extinção de espécies.
PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA
Apresentação da disciplina de História
Historicamente a educação brasileira suportou várias mudanças, permanências,
e rupturas ao longo de sua existência. No que diz respeito a disciplina de História,
começou como matéria escolar com a criação do Colégio Pedro II, em 1837, e a partir
de então o ensino passou por várias metodologias.
A primeira grande influência veio da História Metódica ligada ao positivismo. Em
linhas gerais a escola metódica tradicional apresentava o professor como transmissor
de verdades absolutas, uma fragmentação dos conteúdos, uma preocupação com
teorias irrelevantes e a exigência da reprodução do saber por meio do aluno que
copiava sem discussão e não fazia relação com os conteúdos. A Nova Escola
defendida por Dewey, procurava colocar o professor e o aluno numa relação inter-
pessoal, sem dar importância ao conteúdo. Priorizava os trabalhos em grupo,
avaliações por apresentações de trabalhos e auto avaliação dos educandos.
A partir da Lei 5692/71, o Estado organizou o primeiro grau de oito anos e o
segundo grau profissionalizante, o ensino centrou-se na formação tecnicista que
apresentava o educador como conhecedor dos comportamentos dos alunos,
planificador, tentando racionalizar o processo de aprendizagem, se utilizando somente
da didática e testes padronizados. Nesse processo o aluno acomodava-se ao sistema
ou era excluído dele, não questionava o professor e sua avaliação era por erro ou
acerto.
No fim dos anos 80 e início dos 90, começou uma nova discussão a respeito
das mudanças necessárias que deveriam ocorrer na disciplina de História. Surgiram
então novas propostas embasadas na pedagogia histórico-crítica, que propunha ao
professor a seleção de conteúdos a partir do conhecimento cientifico, com
metodologias diversificadas, buscando a compreensão do aluno. Nesse modelo pela
avaliação do educando era possível um redirecionamento do trabalho do professor
quando necessário. Ao educando era oportunizado o entendimento real dos
conteúdos, o questionamento, discussões e debates, no qual, o objetivo era que o
aluno fizesse uma relação entre os conteúdos, as áreas e as práticas sociais. Depois
da implantação dos PCNS do ensino fundamental, com seus avanços e retrocessos,
teve início em 2002, uma discussão coletiva, envolvendo professores da rede estadual
de ensino do Paraná, com o objetivo de elaborar novas Diretrizes Curriculares
Estaduais para O Ensino de História.
“Sob uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes consideram a
diversidade cultural e a memória paranaenses, de modo que busca contemplar
demandas em que também se situam os movimentos sociais organizados e destaca os
seguintes aspectos:
- O cumprimento da Lei 13381/01, que torna obrigatório, no ensino fundamental e
médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná.
- O cumprimento da Lei 10639/06, inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes
curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”.1
As correntes historiográficas apresentadas nestas Diretrizes curriculares,
dialogam entre si e trazem contribuições para formação de um pensamento
histórico ajustado para uma nova realidade histórica: a Nova História, a Nova História
Cultural e a Nova Esquerda Inglesa.
Essas correntes trabalham com a construção de uma nova racionalidade não
linear do pensamento histórico sem abrir mão das contribuições relevantes da antiga
racionalidade. Defendem a adoção de novas temporalidades atreladas á curtas,
médias e longas durações, a valorização das estruturas que determinam a ação
1 Diretrizes Curriculares para o Ensino de História nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, 2007. p.5.
humana, suas relações e transformações, com isso permitem a delimitação de objetos
de estudo sem levar em conta uma linha do tempo seqüencial.
Essa nova abordagem privilegia a micro-história em detrimento da macro,
utilizando os recortes que valorizam os sujeitos, famílias e comunidades, valorizando a
história do cotidiano e suas lutas, pontos de vista bem como suas perspectivas de
futuro. Desenvolvendo assim uma consciência histórica sem abandonar o rigor do
conhecimento científico.
A História do Ensino Fundamental pode beneficiar-se desta corrente
historiográfica, pois ela valoriza a diversificação de documentos como imagens,
canções, objetos arqueológicos, multimídias, filmes. Com o auxílio da Nova Esquerda
Inglesa os historiadores focam seus estudos baseando-se em suas experiências,
pesquisas, estudos das sociedades, possibilitando novos questionamentos e métodos
de pesquisa histórica, dando ênfase á história a contrapelo. Caminhando por esta
vertente, o historiador percebe que a nova história “(...) continua a defender uma
concepção de História entendida como experiência do passado dos homens e
mulheres e sua relação dialética com a produção material, valorizando as
possibilidades de luta e transformação pessoal e a construção de novos projetos de
futuro”2.
A prática educativa não pode ser doação de quem sabe a quem não sabe, mas
uma apropriação consciente de suas realidades para uma apropriação no ser mais,
tais práticas devem partir da visão de mundo que os educandos têm e sua realidade
vivida. A educação deve fornecer ao aluno uma nova leitura de mundo, propiciar a ele
a formulação de conceitos para que com isso ele possa vir a desenvolver uma maior
consciência do que nos cerca, proporcionando uma compreensão maior da realidade e
culminando na conseqüente autonomia para atender seus desejos e realizações. Para
uma educação de qualidade a todos são necessárias conquistas sociais e políticas
que poderão ser alcançadas através de uma consciência histórica. Os conteúdos
estruturantes: Relação de Trabalho, Relação de Poder e Relação de Cultura,
nortearão esse processo.
2 Diretrizes Curriculares para o Ensino de História nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, 2007. p. 13.
Encaminhamentos Metodológicos:
De acordo com as contribuições da historiografia, nas últimas décadas a
aprendizagem histórica se efetiva quando o conhecimento passa a ser experiência
para o educando no sentido de que ele se aproprie do que aprendeu para ler e
explicar o seu mundo. No mundo contemporâneo um constante refletir sobre a cultura
escolar é fundamental para acompanhar as mudanças que ocorrem no cotidiano e que
implicam diretamente na vida de educandos e educadores. Nesse sentido, a partir de
discussões teórico-metodológicas significativas e que colocam o educando na
centralidade do processo ensino-aprendizagem, pretende-se contribuir para uma
prática de qualidade e de reflexão nas ações pedagógicas. Para isso, se propõem a
abordagem dos conteúdos selecionados no Ensino de História, rompendo, dessa
forma, com a narrativa linear e factual, num dialogo permanente com a realidade
imediata sobre a qual se constituem os diversos saberes. Pretende-se com isso
priorizar uma prática pautada na associação ensino-pesquisa e no uso de diferentes
fontes e linguagens.
Nessa perspectiva, exige-se uma abordagem problematizadora dos conteúdos
de História, em que educadores e educandos possam dialogar e nesse dialogo,
propiciar condições de pensar, argumentar e fundamentar suas opiniões através de
conteúdos socialmente significativos relacionados ao contexto político e social,
reconhecendo a pluralidade étnica e cultural, no qual, esses sujeitos estão inseridos.
Esta problematização deve propiciar uma análise crítica da realidade social, se
distinguindo da “educação bancária” em que o educador apresenta os conteúdos aos
educandos, impondo-lhes um saber desprovido de reflexão.
É impossível, ensinar tudo a todos, desta forma se faz necessário à seleção e a
escolha de conteúdos essenciais, que possibilitem o êxito no processo ensino-
aprendizagem e permitam satisfazer as necessidades dos educandos, respeitando
suas especificidades, objetivando sua formação humanista e a busca de sua
autonomia intelectual e moral. Os conteúdos selecionados foram organizados em três
temas plurais, Trabalho, Cultura e Poder. É importante que na abordagem desses
conteúdos o educador crie situações de aprendizagem, que respeitem o perfil dos
educandos e possibilitem o diálogo entre os conceitos construídos cientificamente e a
cultura do educando, considerando a sua História de vida, o ambiente cultural e a
identidade do grupo.
A abordagem pode ser realizada partindo do não conhecido ao conhecido ou do
conhecido ao conhecido de outra forma. Os conteúdos não devem ser trabalhados de
forma isolada ou compartimentada, o estudo deve se dar de forma abrangente no
tempo e no espaço, como por exemplo, no que se refere ás questões sociais, suas
contradições, a Histórica local, conteúdos estes que estabeleçam relação entre o local
e o global e possibilitem aos educandos, compreender as semelhanças e diferenças,
as permanências e as rupturas do contexto histórico.
Transformar os conteúdos em “situações problemas” é imprescindível para
demonstrar a relevância do que se vai estudar. O questionamento deve levar á
reflexão crítica e permanente, possibilitando a construção de saberes socialmente
significativos para que o educando interfira no sentido de transformar a sociedade em
que vive. Dessa forma o ensino de História será sempre possibilidade e nunca
determinação. É essencial no processo ensino-aprendizagem que a teoria esteja em
sintonia com a prática, respeitando os níveis de compreensão dos educandos sobre a
própria realidade. Em suma, esse processo deve contribuir para formar um educando
leitor e escritor, que se aproprie dos conhecimentos históricos, a partir da leitura,
análise e interpretação de diversas linguagens, bem como da produção de textos
orais, escritos, que valorizem o fazer e o refletir. Também é importante que o
educando possa ampliar a sua leitura de mundo, percebendo-se como sujeito da
História na busca da autonomia e da cidadania.
Conteúdos
Conteúdos para 5ª Série.
A experiência humana no tempo – diferentes trajetórias, diferentes culturas.
- Produção do conhecimento científico
- O historiador e a produção de conhecimento.
- De onde viemos, para onde vamos.
- Tempo e temporalidade.
- Fontes e documentos históricos, história oral e escrita.
- Patrimônio material e imaterial.
- O surgimento de lugares de memória: lembranças, mitos, museus, arquivos,
monumentos, espaços públicos, privados e sagrados.
- Teoria do surgimento do homem na América.
- Povos indígenas no Paraná e Brasil.
- Mitos e lendas sobre a origem do homem em diferentes culturas.
- Sambaquis e pinturas rupestres no Paraná, Brasil e Mundo.
- Manifestações populares no Paraná e Brasil.
- Sociedades da antiguidade: Mesopotâmia, Egito, Grécia e Roma.
Conteúdos para a 6ª Série.
Temporalidades em diferentes espaços e culturas.
- Diferenciação entre espaço privado e espaço público, relacionando com Roma e
Grécia.
- Colonização do Paraná.
- Propriedades coletivas no Paraná e Brasil – Quilombolas e Ribeirinhas.
- Constituição dos latifúndios no Paraná, Brasil relacionando com a América
portuguesa e espanhola.
- Reforma agrária Paraná, Brasil relacionando com Grécia e Roma na antiguidade.
Expansão e colonização do território brasileiro.
As primeiras vilas, a conquista do sertão
Missões, bandeiras e invasões estrangeiras.
Crescimento comercial e urbano Paraná, Brasil e Europa.
Modernização das cidades.
Feiras medievais, comércio no Oriente.
- As cidades e as doenças relacionando com a peste negra.
- Cidades mineradoras no Paraná, Brasil.
- O tropeirismo no Paraná.
- Os engenhos e a erva-mate no Paraná.
- Os engenhos do Brasil Colônia.
- Movimentos de contestação e sincretismo religioso no Paraná e Brasil.
- Revoltas nativistas e nacionalistas.
Reforma e contra-reforma.
Cidades africanas e Pré-colombianas.
- As mulheres no Paraná, no Brasil e no mundo: paranaense, afro-brasileiras,
muçulmanas, africanas.
Conteúdos para a 7ª Série.
A história do trabalho e a cultura nas sociedades humanas.
- Relações de trabalhos presentes na antiguidade, no feudalismo e na Idade Moderna.
- Relação de trabalho nas sociedades indígenas, escravas e patriarcais.
- O trabalho nas colônias espanholas e portuguesas.
- Revolução industrial e o trabalho nas fábricas.
- Trabalho no Paraná, Brasil no Imperial e República.
- As relações de trabalho na África.
- Sociedades oligárquicas no Paraná e no Brasil.
- Capitalismo e mundo do trabalho.
- Papel da Escola neste processo.
- Movimentos sociais e conquistas pelos seus direitos.
- Criação dos sindicatos.
- Criação dos direitos do homem e cidadão.
- Processo de abolição da escravatura.
• Consciência negra e a luta contra o racismo.
• Revoltas e Revoluções.
• Imperialismo europeu relacionando com o Brasil.
Conteúdos para a 8ª Série.
- Ordens religiosas católicas e afro-brasileiras.
- A religião nas sociedades antigas: Egito, Roma e Grécia.
- O papel da religião no feudalismo.
- Os jesuítas e a questão religiosa no Paraná e Brasil.
• A formação dos sindicatos, associações e clubes esportivos no Paraná e Brasil.
• Os primeiros anos da República.
• Formação dos Estados e seus Poderes.
• A semana de 22 e o repensar da nacionalidade, no Paraná e Brasil.
• Crise de 1929.
• A Revolução de 1930.
• Os Regimes Totalitários.
• O Populismo no Brasil e América Latina.
• Regimes Militares no Brasil e América Latina.
• Guerras na Antiguidade – Grécia e Roma – relacionando com as Guerras Feudais.
• Revoluções Anarquistas, Socialistas.
• Primeira Guerra Mundial.
• Revolução Russa.
• Segunda Guerra Mundial – O Brasil na Guerra.
• Movimentos de contestação no Paraná, Brasil e partes do Mundo.
• Redemocratização Brasileira.
• Neoliberalismo e Globalização.
• O Paraná, Brasil, Mundo na atualidade.
Avaliação
A avaliação deve ser vista principalmente como um instrumento que ajuda o
aluno a apreender, isto é, deve ser usada para promover a aprendizagem e fazer com
que o educando se perceba como ser atuante na sociedade. É preciso uma reflexão
contínua tanto das nossas ações quanto do caminho trilhado pelo aluno na construção
do conhecimento, o que nos revela que, tão importante quanto avaliar, é tomar
decisões diante dos resultados obtidos.
Como os alunos possuem ritmos e muitas outras características, uns dos outros,
também devemos diversificar esses instrumentos de avaliação. A partir da observação
de caráter diagnóstico, tanto o educador quanto os educandos poderão revisar as
práticas desenvolvidas, para identificar lacunas no processo ensino-aprendizagem,
bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem à superação das
dificuldades constatadas.
O aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como um
fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo, processual e diversificado,
permitindo uma análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomadas
e reorganizadas, não dando ênfase ao currículo oculto tradicional que ressalta a
competição e o individualismo excessivos.
PROPOSTA PEDAGÓGICA DE GEOGRAFIA
1. DIMENSÃO HISTÓRICA DA GEOGRAFIA
Desde os tempos mais remotos o conhecimento do espaço tinha um
significado de sobrevivência para o homem. Conhecer as variações
climáticas, a melhor época para se realizar o plantio, dentre outras técnicas
foram de suma importância para o desenvolvimento das sociedades humanas.
Já no século XVI, os estudos cartográficos permitiram, por outro lado, um
maior conhecimento do espaço terrestre através das Grandes Navegações. A
atividade comercial motivou tais investigações por parte da burguesia
européia.
Até o século XIX, a Geografia ainda não poderia ser considerada uma
ciência enquanto um corpo teórico de conhecimentos sistematizados.
Naquela época as informações geográficas eram utilizadas para fins de
conquistas comerciais no sentido de aumentar as áreas de influência.
As discussões acerca da Geografia tiveram amplo debate nas escolas
alemã e francesa. Neste contexto podemos destacar os trabalhos de Vidal de
La Blache, na escola francesa e de Humboldt, Ritter e Ratzel, representantes da
escola alemã.
A escola alemã representada por Ratzel criou uma teoria conhecida
como Determinismo Geográfico segundo a qual o homem era determinado
pelas condições que o meio apresentava, ou seja, o homem não poderia e
não teria a menor chance de modificar as condições naturais, sendo
influenciado totalmente por ela. Neste contexto surgiu também a teoria do
Espaço Vital que colocava que um determinado tamanho de população
deveria apresentar uma certa quantidade de território de maneira
proporcional, ou seja, quanto maior fosse a população do país, maior seria a
necessidade de se ampliar o seu território. Tal teoria serviu em grande parte
para justificar o expansionismo alemão.
Para Vidal de La Blache, maior expoente da escola francesa, foi criado a
teoria do Possibilismo Geográfico segundo a qual o homem apresenta
possibilidades de modificar o meio em que vive através das atividades
econômicas. Em uma atitude de contrapartida a escola alemã, os franceses
criam a Teoria dos Gêneros de Vida que visava aumentar o contato entre os
diferentes povos como forma de acelerar o progresso humano. Tais teorias,
tanto da escola francesa como a alemã visavam a memorização e não
estabeleciam nenhum caráter reflexivo a respeito das alterações que o
homem realizava na natureza.
Atualmente, a Geografia enquanto ciência passa por profundas
modificações tornando-se mais crítica, mostrando a importância de se estudar
o espaço enquanto elemento fundamental para a vida humana.
No Brasil, as informações geográficas começaram a ser discutidas
somente no século XIX, com destaque para os trabalhos de reflexão em torno
da ciência geográfica desencadeadas pelo Colégio Pedro II (RJ), culminando
com a institucionalização da disciplina de geografia a partir da década de
1930. Nesta época, a disciplina de Geografia teve a sua sistematização
enquanto ciência a partir de 1930 com o claro objetivo de contribuir para a
maximização dos lucros da classe dominante fornecendo dados estatísticos a
respeito da população e levantamentos de recursos naturais. Este tipo de
Geografia não revelava os problemas sociais, escondendo a realidade da
classe mais pobre.
Apesar da concepção tradicional da Geografia dominar, haviam grupos
de pensadores de alas mais críticas que iniciaram uma verdadeira revolução
no sentido de modificar o enfoque e o discurso geográfico mais voltado para o
verdadeiro papel do homem no espaço.
No Período Militar, os problemas políticos que se sucederam contribuíram
para atrasar o movimento de renovação da Geografia, impedindo que novas
concepções sobre o espaço chegassem até a escola.
Nesta época, a História e a Geografia eram trabalhadas de forma
conjunta no 1º Grau enquanto que no 2º Grau prevaleciam as disciplinas de
Educação Moral e Cívica e também Organização Social e Política do Brasil.
Houve um empobrecimento do discurso geográfico que tratava os conteúdos
de maneira fragmentada e superficial.
No Paraná, as primeiras discussões no âmbito da Geografia Crítica
tiveram início na década de 80, momento em que a SEED (Secretaria Estadual
de Educação do Paraná) organizou uma reestruturação do currículo básico.
Dentro de uma abordagem teórico crítica, o ensino de Geografia no
Paraná passou a ser compreendido a partir da escolha de conteúdos
trabalhados em sala de aula sob uma perspectiva puramente econômica.
Após este período veio a discussão em torno dos PCNs (Parâmetros
Curriculares Nacionais), que, apesar de realizar uma análise mais aprofundada
dos conteúdos através da interdisciplinaridade, acabou recebendo inúmeras
críticas pela ausência de rigor crítico e conceitual em suas análises.
Como forma de corrigir tais distorções, a SEED resolveu então retomar a
política de estudos por disciplinas abrindo possibilidades de repensar o fazer
pedagógico, permitindo uma melhor elaboração dos conteúdos abordados
em sala de aula.
2. FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
A ciência Geografia, desde a sua sistematização no século XVIII, já
apresentava problemas no sentido de definir o seu objeto de estudo. Vários
foram os objetos de estudo da Geografia. Conceitos como espaço, lugar
passaram a servir como instrumentos de análise da geografia, uma vez que
não havia um parecer definitivo sobre os verdadeiros rumos que a disciplina
deveria tomar como resultado das grandes transformações observadas na
sociedade atual.,
Nas diretrizes curriculares o objeto de estudo da Geografia é o Espaço
Geográfico entendido como um espaço concebido e produzido socialmente
através das relações econômicas, culturais, sociais e políticas que acabam
definindo os limites e as diferentes variáveis que integram o território.
Conceitos como paisagem,território e região passaram a fazer parte do
cotidiano da disciplina uma vez que os mesmos retratam os diferentes níveis de
análise do espaço geográfico que é o objeto de estudo da Geografia..
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conteúdos estruturantes são conhecimentos que organizam e
disciplinam o corpo teórico das disciplinas escolares. São fundamentais para a
elaboração do plano de trabalho do professor uma vez que norteiam as ações
pedagógicas necessárias ao processo ensino aprendizagem.
Os conteúdos estruturantes foram elaborados considerando-se as suas
dimensões sociais, econômicas, políticas e culturais uma vez que o espaço é
um elemento resultante destas interações e que refletem os conflitos e as
harmonias observadas em um dado momento histórico. As diretrizes
curriculares, consideram como conteúdo estruturantes da disciplina Geografia
as seguintes dimensões:
• Dimensão política do espaço geográfico,
• Dimensão econômica do espaço geográfico,
• Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico,e
• Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico.
Os conteúdos específicos encontram-se dentro dos conteúdos
estruturantes e devem ser considerados enquanto categoria de análise do
espaço pelo aluno tendo em vista as múltiplas relações sócio-espaciais .
Cabe ao professor determinar o ritmo e a melhor adequação dos
conteúdos a serem trabalhados com os alunos conforma a necessidade
pedagógica do momento. Pode-se partir de um determinado conteúdo
estruturante e proceder uma articulação com outro tipo de conteúdo
específico e vice-versa, mesmo porque o conhecimento acerca do espaço
deve ser tratado metodologicamente pelo professor como algo único, porque
a realidade sócio espacial é de caráter indissociável.
Apresenta-se, a seguir, uma relação dos principais conteúdos
estruturantes abordados por série no Ensino Fundamental:
5ª SÉRIE
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL- Perceber a importância do estudo e do conhecimento das transformações
realizadas no espaço geográfico para a nossa sobrevivência.
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA- Analisar os impactos culturais gerados pelo modelo de consumismo
implantado no Capitalismo e também os movimentos populacionais e seus
problemas derivados do êxodo rural.
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO- Estudar o desenvolvimento das atividades econômicas no espaço e a sua
importância para o país.
6ª SÉRIEDIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
- Perceber os impactos ambientais que o homem realiza no espaço brasileiro de acordo com as características físicas de cada região.
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA- Analisar os impactos culturais que a migração gera no espaço brasileiro e
suas repercussões econômicas e ambientais
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO- Estudar o desenvolvimento das atividades econômicas nas regiões
brasileiras e a sua importância para o país.
7ª SÉRIEDIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
- Analisar e perceber como ocorre o aproveitamento do espaço americano e apontar os problemas ambientais gerados por este processo.
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA- Analisar como ocorre o processo de integração e relacionamento cultural
dos povos americanosDIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO
- Estudar o processo de aproveitamento dos recursos naturais do continente americano e suas implicações nas atividades econômicas.
8ª SÉRIEDIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
- Analisar e perceber como ocorre a ação antrópica sobre os ecossistemas africanos,
asiáticos, europeus e da Antártida.
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA
- Analisar como ocorre o processo de integração e relacionamento cultural dos povos
africanos, asiáticos, europeus e da Antártida.
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO
Estudar o processo de aproveitamento dos recursos naturais dos continentes
africano, asiático, europeu e da Antártida.
CONTEÚDOS DE GEOGRAFIA
5ª SÉRIE
1º SEMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:Geografia e espaço geográfico Orientação e representações do espaço ( bússola, mapas, maquetes,etc.)Recursos naturais
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:Identificar e estabelecer comparações entre os diferentes tipos de espaço a partir da atuação antrópica.Perceber a importância do conceito e do conhecimento do espaço vivido pelo aluno.Identificar e conhecer os objetivos e a importância das diferentes formas de representações do espaço geográfico.Reconhecer a importância dos mapas e o seu uso no cotidiano.Identificar os diferentes tipos de recursos naturais.Compreender a importância econômica e social da exploração dos recursos naturais.Desenvolver nos alunos uma consciência voltada ao desenvolvimento sustentável da natureza.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Exposição oral do assunto , uso de mapas , maquetes, retroprojetor ,
debates , TV Pendrive ( filmes , documentários e fotos por satélites).
VALORES DESENVOLVIDOS PELOSALUNOS:
O aluno deverá:-
Perceber a importância de se estudar os diferentes tipos de espaço, inclusive a sua
preservação;
Compreender os mapas e outros tipos de representação geográfica do espaço e sua
importância como meio de orientação e planejamento do espaço em que vive;
Compreender que a dinâmica da Terra e sua fragilidade é especialmente útil no
sentido de preservá-la;
Despertar uma consciência ecológica nos alunos relacionado ao uso racional dos
recursos;
AVALIAÇÃO:
O processo de avaliação é contínuo e somatório, tendo em vista a aquisição
de conteúdos contextualizados pelos alunos. Consta de avaliações (provas),
testes, exercícios, redações, produção de textos, produção de mapas, maquetes,
etc.
2º SEMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Extrativismo
Agricultura
Indústria
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Identificar os diferentes tipos e características do extrativismo e sua importância
econômica;
Conhecer os problemas ambientais relacionados à atividade extrativista e sua
importância sócio-econômica relacionada aos movimentos migratórios;
Identificar os diferentes tipos e características da atividade agrícola e sua importância
econômica;
Conhecer os problemas ambientais relacionados à atividade agrícola e sua
importância sócio-econômica relacionada aos movimentos migratórios.
Identificar os diferentes tipos e características das indústrias, sua importância
econômica;
Conhecer os problemas ambientais e sua importância social relacionada à migração.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Exposição oral do assunto, uso de mapas, maquetes, retroprojetor,
debates , TV Pendrive ( filmes , documentários e fotos por satélites).
VALORES DESENVOLVIDOS PELOS ALUNOS:
Espera-seque o aluno entenda a importância econômica, social e ambiental
do processo de extração dos recursos naturais.
AVALIAÇÃO:
O processo de avaliação é contínuo e somatório, tendo em vista a aquisição
de conteúdos contextualizados pelos alunos. Consta de avaliações (provas), testes,
exercícios, pesquisas, escritas, redações, produções de mapas, maquetes,etc.
6ª SERIE
1º SEMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Brasil: divisões regionais e sua localização no espaço geográfico
Região Sul
Região Sudeste
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Identificar e estabelecer comparações entre o espaço brasileiro nos diferentes tipos de
escalas espaciais;
Conhecer as diferentes paisagens do Sul e suas características de relevo, clima,
hidrografia e vegetação.
Estudar as principais características econômicas, sociais e culturais da Região Sul;
Conhecer as diferentes paisagens do Sudeste e suas características de relevo, clima,
hidrografia e vegetação.
Estudar as características econômicas, sociais e culturais da Região Sudeste;
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Exposição oral do assunto, uso de mapas, maquetes, retroprojetor,
debates , TV Pendrive ( filmes , documentários e fotos por satélites).
VALORES DESENVOLVIDOS PELOS ALUNOS:
O aluno deve perceber a importância de se estudar o espaço brasileiro em
diferentes escalas de análise, tendo em vista suas características sociais, econômicas
e culturais.
Deve compreender a estrutura e o processo de transformação da paisagem,
as relações sócio econômicas e culturais presentes no espaço brasileiro.
AVALIAÇÃO:
O processo de avaliação é contínuo e somatório, tendo em vista a aquisição
de conteúdos contextualizados pelos alunos. Consta de avaliações (provas), testes,
exercícios, pesquisas, escritas, redações, produções de mapas, maquetes, etc.
2º SEMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Região Nordeste
Região Centro Oeste
Região Norte
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Conhecer as diferentes paisagens do Nordeste, Centro Oeste e Norte, suas
características de relevo, clima, hidrografia, e vegetação.
Estudar as características econômicas , sociais e culturais destas regiões.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Exposição oral do assunto, uso de mapas, maquetes, retroprojetor,
debates , TV Pendrive ( filmes , documentários e fotos por satélites).
VALORES DESENVOLVIDOS PELOS ALUNOS:
O aluno deve compreender a estrutura e o processo de transformação da
paisagem das regiões Nordeste, Centro Oeste e Norte, bem como suas relações
sócio-econômicas e culturais presentes nestes espaços.
AVALIAÇÃO:
O processo de avaliação é contínuo e somatório, tendo em vista a aquisição
de conteúdos contextualizados pelos alunos. Consta de avaliações (provas), testes,
exercícios, pesquisas, escritas, redações, produções de mapas, maquetes, etc.
7ª SÉRIE
1º SEMETRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Regionalização do espaço mundial e as características sócio espaciais dos países.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Identificar e estabelecer comparações entre os principais tipos de regionalização do espaço, relacionando-o com as características sócio-econômicas dos países.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Exposição oral do assunto, uso de mapas, maquetes, retroprojetor,
debates , TV Pendrive ( filmes , documentários e fotos por satélites).
VALORES DESENVOLVIDOS PELO ALUNO:
O aluno deve perceber a importância de se estudar o espaço mundial em
diferentes escalas de análise, tendo em vista suas características sociais,econômicas
e culturais.
AVALIAÇÃO:
O processo de avaliação é contínuo e somatório, tendo em vista a aquisição
de conteúdos contextualizados pelos alunos. Consta de avaliações (provas), testes,
exercícios, pesquisas, escritas, redações, produções de mapas, maquetes, etc.
2º SEMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
América do NorteAmérica CentralAmérica do Sul
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Conhecer as diferentes paisagens das Américas do Norte, Sul e Central, suas
características de relevo,clima, hidrografia e vegetação.
Estudar as características econômicas, culturais e sociais das Américas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Conhecer as diferentes paisagens das Américas do Norte, Sul e Central, suas
características de relevo,clima, hidrografia e vegetação.
Estudar as características econômicas, culturais e sociais das Américas.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Exposição oral do assunto, uso de mapas, maquetes, retroprojetor,
debates , TV Pendrive ( filmes , documentários e fotos por satélites).
AVALIAÇÃO:
O processo de avaliação é contínuo e somatório, tendo em vista a aquisição
de conteúdos contextualizados pelos alunos. Consta de avaliações(provas), testes,
exercícios, pesquisas, escritas, redações, produções de mapas, maquetes,etc.
8ª série
PRIMEIRO SEMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
• Continente Europeu• Continente Africano• Continente Asiático
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Conhecer as diferentes paisagens da Europa, África e Ásia e suas características de relevo, clima, hidrografia, e vegetação.
• Estudar as características econômicas, sociais, e culturais da Europa, Ásia e África.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Exposição oral do assunto, uso de mapas, maquetes, retroprojetor, debates , TV
Pendrive ( filmes , documentários e fotos por satélites).
VALORES DESENVOLVIDOS PELOS ALUNOS:
O aluno deve compreender a estrutura e o processo de transformação da
paisagem da Ásia, áfrica e Europa e compreender as relações sócio - econômicas e
culturais presentes nestes espaços.
AVALIAÇÃO:
O processo de avaliação é contínuo e somatório, tendo em vista a aquisição de
conteúdos contextualizados pelos alunos. Consta de avaliações(provas), testes,
exercícios, pesquisas, escritas, redações, produções de mapas, maquetes,etc.
2º SEMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Globalização
Continente Americano
Oceania
Antártida
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Conhecer as diferentes paisagens do Continente Americano , Oceania e Antártida,
suas características de relevo, clima , vegetação e hidrografia.
Estudar as características econômicas, sociais e culturais dos continentes Americano,
Oceania e Antártida.
Conhecer as principais características do processo de globalização e suas
repercussões sociais/culturais,econômicas e ambientais para o espaço geográfico
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Conhecer as diferentes paisagens do Continente Americano, da Oceania e Antártida e suas características de relevo, clima, hidrografia, e vegetação.Estudar as características econômicas, sociais, e culturais destes continentes.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Exposição oral do assunto, uso de mapas, maquetes, retroprojetor,
debates , TV Pendrive ( filmes , documentários e fotos por satélites).
. AVALIAÇÃO:
O processo de avaliação é contínuo e somatório, tendo em vista a aquisição
de conteúdos contextualizados pelos alunos. Consta de avaliações (provas), testes,
exercícios, pesquisas, escritas, redações, produções de mapas, maquetes,etc.
PROPOSTA CURRICULAR DE LEM-LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
HISTÓRICO DO ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
O ensino da Língua Estrangeira Moderna sofre interferências no decorrer da história devido às necessidades sociais, sendo estas flexíveis de acordo com a evolução humana.
Desde o início da colonização com os jesuítas, o ensino da Língua Estrangeira tinha o intuito de promover o catolicismo em que ensinava-se o latim aos povos catequizados, porém os jesuítas foram considerados incentivadores da resistência dos nativos aos espanhóis, resultando em suas expulsões do território ocupado.
Sendo o ensino considerado um fator essencial a dominação, em 1759 o ministro Marquês de Pombal implantou o ensino régio no Brasil e o Estado passou a ser responsável pela contratação de professores não-religiosos. As Línguas Estrangeiras implantadas no currículo e consideradas clássicas foram o grego e o latim.
Porém, a valorização do ensino da Língua Estrangeira aconteceu com a vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808 e em 1809 criou-se com o decreto assinado pelo príncipe regente D. João VI o ensino de Inglês e Francês nas instituições públicas, atendendo as demandas advindas da abertura dos portos ao comércio.
Devido a abertura do Colégio Pedro II em 1837 que passou a ser referência, seu currículo passou a ser adotado por quase um século, tendo sete anos de Francês, cinco de Inglês e três de Alemão, prevalecendo a tradição das línguas clássicas grego e latim. Esse ensino privilegiava a escrita pela concepção gramatical, mantendo-se até 1929 e em 1931 o Italiano passou a compor o currículo até 1931.
A partir do século XX devido a fatores da história européia acometida de guerras, perseguições étnicas e demais fatores contribuíram para a vinda de imigrantes para o Brasil devido as propagandas do país no exterior com o intuito de conseguir mão-de-obra para a cafeicultura e apoiar a industrialização após a Primeira Guerra Mundial.
Como no Brasil a escola não era para todos, os imigrantes italianos, alemães, ucranianos, russos, poloneses e japoneses nas colônias formadas, implantaram escolas para manter o ensino da sua cultura e a língua do país de origem, sendo o ensino da Língua Portuguesa considerado como ensino de Língua Estrangeira, formando-se várias comunidades bilíngües no Paraná.
Em 1917 o governo federal mandou fechar as escolas dos imigrantes ou estrangeiros e criou em 1918 escolas primárias mantidas por recursos federais, em 1920 decretou-se nas escolas tanto públicas quanto particulares o ensino da Língua Portuguesa por professores brasileiros natos e o ensino da Língua Estrangeira foi proibida para crianças menores de dez anos que ainda não dominavam corretamente o Português.
Em 1931 com uma reforma educacional intitulada Francisco Campos, o Ministério da Educação e Cultura passou a indicar aos estabelecimentos de ensino o idioma a ser ministrado nas escolas, metodologia e programa curricular de cada série, contribuindo para a formação da mentalidade, hábito de reflexão da língua, conhecimento da civilização estrangeira e cultura de outros povos, tendo o Inglês espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas transações comerciais.
Na década de 50 surgiu novos métodos de aprendizagem da Língua Estrangeira passando das regras memorizadas para sistemas áudio-visuais e áudio-orais, surgidos nos Estados Unidos por ocasião da Segunda Guerra Mundial em 1942, passando a língua a ser vista como hábito.
O áudio-oral seria a pronúncia fluente pela repetição e o áudio-visual deixava sentenças isoladas à dialógicas contextualizados.
A partir da década de 60 o método áudio-oral permaneceu em evidência e Chomsky propôs a teoria inatista da linguagem, em que o ser humano já nasce com capacidades de comunicação que são desenvolvidas com o tempo.
Em 70 o pensamento nacionalista do regime militar tornava o ensino de Língua Estrangeira voltado apenas para as classes favorecidas e apenas em 76 voltou a ser obrigatório somente no segundo grau com uma aula semanal.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) número 9394, determinou em 1996 a oferta obrigatória de pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna (LEM) no Ensino Fundamental a partir da quinta-série, sendo a escolha do idioma feito pela comunidade escolar dentro de suas possibilidades e o Ensino Médio além de uma obrigatória, pode optar por outra Língua Estrangeira.
OBJETIVO DO ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
A língua é o fruto da cultura de um povo e variando de acordo com seus usuários que diferem de grupos sócio-culturais históricos.
Pela forma de linguagem pode-se analisar as diferentes ideologias, condições sociais e grupo social no qual o usuário da língua está inserido e o aprendizado da Língua Estrangeira pode propiciar o desenvolvimento da consciência sobre a importância do estudo de línguas estrangeiras em nossa sociedade, visando a interação mundial proporcionada pela globalização.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna possibilita ao aluno uma formação de percepção de mundo em seu contexto diário e um desenvolvimento de consciência crítica na interação da língua e sociedade, com o intuito de avaliar os paradigmas existentes e compreender as transformações que ocorrem na sociedade como construção de novas ações transformadoras.
A relação entre diversas sociedades de todo o globo terrestre é apenas possível mediante a interação pela comunicação com textos verbais e não-verbais. O aprendizado de uma Língua Estrangeira, possibilita ao educando manter-se como agente ativo em situações significativas.
ENCAMINHAMENTO TEÓRICO-METODOLÓGICO
Dar ao aluno a oportunidade de aprender uma Língua Estrangeira Moderna que lhe sirva como mais um instrumento de comunicação, contribuindo para sua auto-realização e qualificação para o trabalho.
Levar o aluno a ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer utilizando-a como meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados.
Focar a administração e a organização do ensino da segunda língua segundo os olhos dos alunos. Pelas Diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais, ao longo de quatro anos do Ensino Fundamental, espera-se que o educando seja capaz de saber identificar línguas estrangeiras e perceber que vive em um mundo plurilíngüe, no qual alguns idiomas desempenham papel dominante em determinado momento histórico.
Promover ao aluno uma experiência de se expressar e de ver o mundo, ampliando a compreensão do próprio papel como cidadão de seu país e do mundo.
Reconhecer que adquirir uma ou mais línguas permite acessar bens culturais da humanidade. Lendo e valorizando a leitura como fonte de informação e prazer, utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações diversas.
Possibilitar atividades variadas com a Língua Estrangeira Moderna como diálogos, trabalhos em grupo, traduções, interação com tipologias textuais
diversificadas e outros para que o educando possa relacionar sua língua nativa com outra língua e construir conhecimento reflexivo da própria, sendo que apenas se aprende uma língua, fazendo uso dela por conversações e análises.
PRÁTICAS DISCURSIVAS
A relação de ensino-aprendizagem da Língua Estrangeira Moderna deve embasar-se por meio do trabalho com diversidades textuais que contemplem as práticas sociais e utilizando-se de procedimentos interpretativos de contextualização, possibilitando uma reflexão crítica e discursiva da língua e a construção da linguagem no cognitivo de maneira clara e objetiva.
Utilizando-se das reflexões da língua e confrontos ideológicos entre autor, texto e leitor que possam resultar destas ações, há uma construção de sentidos da utilização da Língua Estrangeira Moderna com o auxílio de leitura e traduções com ênfase no aumento vocabular da segunda língua.
O procedimento de leitura é interação partindo do pressuposto da construção de sentidos englobando cultura, língua, pensamento individualizado decorrente da vivências de cada indivíduo, compreensão e assimilação de mundo, relação entre diversos elementos envolvidos para o aprendizado como língua nativa, cultura do meio que se está inserido, procedimentos interpretativos, contextos e ideologias.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Abordam os conteúdos específicos de cada série, porém são provisórios e resultantes de uma interação social histórica e processual, sendo estruturados de acordo com as necessidades sociais do momento.
O ensino da Língua Estrangeira Moderna possui como conteúdo estruturante o DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL englobando os eixos educacionais de LEITURA, ORALIDADE e ESCRITA.
A ORALIDADE é o uso funcional da língua, expressão de idéias e adequação para um maior entendimento do texto.
Seguindo-se da ESCRITA que é uma atividade sociointeracionista em que seu uso caracteriza-se por objetivos claros e de uso real e específico, o qual possibilita a concretização da teoria pressuposta gramaticalmente.
Com a interação destes recursos, oralidade e escrita,visa-se uma maior possibilidade de abranger conhecimentos com a interação de outras disciplinas.
O conteúdo estruturante como os demais conteúdos devem utilizar recursos lingüísticos como fonético-fonológico, léxico-semântico e de sintaxe para ocorrer a percepção das vozes que permeiam as relações sociais, as diversidades de gêneros textuais e a especificidade do tratamento da Língua Estrangeira na prática pedagógica, resultando em um princípio de continuidade dos conteúdos de acordo com o perfil dos alunos, as condições de trabalho da região e do âmbito escolar e a faixa etária do grupo que será ministrado as aulas.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS PARA EDUCAÇÃO BÁSICA
O entendimento do papel do ensino das línguas na sociedade possibilita o conhecimento, a capacidade de expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.
A utilização da intertextualidade, recursos coesivos, coerência e a interação dos recursos gramaticais com o texto para que não torne-se uma ação fragmentada, mas com objetivos reais do uso da gramática.
O ensino da Língua Estrangeira Moderna deve vincular-se com a língua materna, a qual serve de subsídio para o entendimento e produção textual. O seu real entendimento e aprendizagem gradual desenvolvem um montante positivo a partir do momento em que se percebe a finalidade, ou seja, o escrever para alguém, um processo dialógico.
O trabalho com a análise lingüística é usado como mecanismo de compreensão dos significados e as necessidades específicas para expressar e construir sentido no texto.
Transformar o indivíduo em leitor crítico e perceptivo de um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares, necessidades e anseios relativos e frutos do processo de aprendizagem.
Pelo conhecimento e utilização de diferentes gêneros textuais, há uma abrangência em relação ao conhecimento de culturas e a um universo sócio-histórico, pois não existem línguas neutras partindo do pressuposto que toda língua advém da interação de outras culturas e dialetos que são difundidos com o intercâmbio cultural entre os povos por toda a história da humanidade em diferentes situações.
A percepção de diferentes formas lingüísticas permite ao educando um novo modo de ver a realidade e as variações tanto culturais quanto situacionais em que a língua pode estar envolvida.
Esses fatos, articulados com outras disciplinas, permite uma relação de informações obtidas com outras já adquiridas para uma complementação do aprendizado.
Utilizando-se de gêneros textuais diversificados, percebendo-se a ideologia e o contexto incutidos no próprio texto e sua intenção, abrangendo as variações lingüísticas sobre tudo as expressões idiomáticas que permeiam a Língua Estrangeira Moderna como também os lugares, situações e grupos sociais que as utilizam, analisando a Língua como um todo e não fragmentada, por meio de pesquisas e comparações das mesmas obtidas, discutindo-as por vários pontos de vista, possibilita a produção e interação social da língua – sociointeracionista ( dialogia com o texto como objeto de estudo).
AVALIAÇÃO
Nesta concepção não basta julgar o aluno, isto é, danificá-lo em termos de rendimento, é preciso que algo seja feito para que o aluno proguida, vindo atingir a competência necessária. Neste sentido a avaliação é vista como um diagnóstico do aluno, facilitando ao professor tomar decisões no sentido de levar o aluno a competência desejada.
A avaliação deve ser um processo dinâmico e portanto implica em progresso. Existem aspectos que devem ser priveligiados como conteúdos relevantes, habilidades
cognitivas de julgar, analisar, apreciar e examinar. A avaliação seguia o mesmo procedimento tanto para a expressão oral como escrita.
Sendo um processo contínuo, a observação na utilização da língua estrangeira no cotidiano do aluno em relação ao seu aumento vocabular por meio da utilização de dicionários e questionamentos textuais, fazendo uma relação entre língua materna e língua estrangeira.
O avanço vocabular deve estar relacionado com a ortografia e gramática inglesa em exercícios que levem a reflexão da língua e da cultura do povo ao qual ela pertence.
1. OBJETIVOS GERAIS :
1.1. Observar e analisar os hábitos e cultura norte-americana, como também a influência da mesma em nosso cotidiano.
1.2. Comparar as semelhanças e diferenças da cultura norte-americana com a cultura brasileira.
1.3. Reconhecer as influências políticas, sociais e econômicas dos Estados Unidos no mundo e principalmente no Brasil.
1.4. Compreender o mecanismo que compõe a cultura norte-americana e relacionar com o ensino de sua língua, pois a língua é reflexo cultural e para assimilá-la é necessário saber sobre a nação que a utiliza.
1.5. Conhecer, ampliar e utilizar o vocabulário da Língua Inglesa e suas expressões idiomáticas.
1.6 Perceber o uso correto da gramática da Língua Inglesa nas produções escritas e orais para uma maior compreensão de textos e contextos da mesma.
1.7 Utilizar a Língua Inglesa com mecanismos objetivos de comunicação para que o educando perceba o real uso da Língua Inglesa no dia a dia e no mundo globalizado.
2. METODOLOGIA :
Observar e analisar a cultura norte-americana para uma maior compreensão de seus usos e costumes.
Comparar o conhecimento estabelecido e comparar com nosso cotidiano, estabelecendo um paralelo entre nossa cultura e a cultura norte- americana.
Refletir sobre as divergências que podem aparecer e perceber a influência norte-americana em nosso meio e também no mundo.
Aprimorar o uso de vocabulário da Língua Inglesa para compreender as informações contidas em texto escritos em Língua Estrangeira Moderna; o Inglês.
3. AVALIAÇÃO :
As avaliações ocorrerão por meio de :
- Pesquisas referentes à cultura norte- americana.
- Apresentação de trabalhos utilizando a Língua Inglesa.
- Tradução de textos para ampliar o vocabulário.
- Interpretações textuais que levem à reflexão da Língua e sua Gramática Normativa.
- Atividades escritas que possibilitem tanto o aumento vocabular quanto o uso adequado das palavras em sentenças.
4. RECURSOS METODOLÓGICOS :
6.1. Tipologias de textos em Língua Inglesa.6.2. Músicas6.3. Filmes6.4. Quadro Negro e giz6.5. Trabalhos em grupo envolvendo pesquisas6.6. Produções textuais em Língua Inglesa.6.7. Socialização das produções textuais.6.8. Jogos interativos.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
Conteúdos da 5ª série
- Greetings- Alphabet- Articles- What is your name- Who are you?- What is your address?- Family tree-Adjetives pátrios, adjetivos- Colors
- Body- Verb to be simple present-Demonstrative- Numbers- Occupations- How old are you- Days of the week- Months of the year- What time is it- Seasons- Verb there to be- Prepositins: on,in,at,under, over- Parts of the house- Furniture-plural- Animal- Traductions
Conteúdos da 6ª série
Verb to be simple present and simple pastVerb CanSchool ObjectsSimple presentFoodPossessive adjectivesPronomes demonstrativesFruitsNaturezeTraduction
Conteúdos da 7ª série
AdverbsImmediate futureFuturo SimpleVerb to haveBody ( physical description and health problem)Condições metereológicasPublic placesReflexive pronounsVerv there to be
Conteúdos da 8ª série
Verb to be- Simple Presente and Simple Past
Past ContinuousSimple PresentReflexive PronounsSimple FutureUso Condicional – WouldIf clausesPresent perfectQuestions TegsRelativesModal VerbsComparative and SuperlativeInterrogative Pronouns
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO RELIGIOSO
1- APRESENTAÇÃO GERAL
É no campo do imaginário, ponto de tensão entre as realidades vividas e
transcendentes que o ser humano é desafiado a buscar com maior profundidade o
sentido da vida e faz as experiências de infinito e de totalidade. E assim passa a viver
a vida com intensidade e desfrutá-la plenamente. Por outro lado, a falta de sentido de
vida gera um sentimento de vazio e inutilidade que possa acabar por se transformar
em neurose.
É inerente ao ser humano e desejo de ultrapassar seus limites, de experiência o
divino, o infinito, embora este desejo se manifeste diferencialmente em cada pessoa.
Como é função da escola a promoção de educação total, o aspecto da
religiosidade não pode ser esquecido. Ele ajudará o educando a encontrar o sentido
da vida e a compromissar-se com a sociedade visando melhorá-la, sem alienar-se.
A religiosidade proposta no trabalho de Ensino Religioso trata no sentido de
penetrar ao núcleo mais profundo, no mais recôndito do ser humano: naquele
específico particular espaço onde arde a chama de perguntas mais candentes, que
dizem respeito à origem e ao sentido terminal do homem, de história, do cosmos.
Como parte integrante da vida escolar o Ensino Religioso é um processo de
reflexão e/ou meditação que favorece a relação com o sagrado, o transcendente, um
processo de formação pessoal e social, dentro de uma abordagem sistêmica; um
processo educativo de dimensão religiosa da pessoa humana, que considera a
pluralidade cultural e religiosa do povo. Entendida como educação para o
transcendente, busca valores, a formação de uma consciência crítica. É também meio
que favorece a harmonização da pessoa consigo, com os outros, com o mundo e com
Deus, promovendo uma postura pedagógica que respeita a alteridade. Enquanto faz
isso ela é ampla e perpassa todo o espaço escolar, sendo instrumento de
transformação social.
A escola se constitui o lugar onde se manifestam múltiplas formas de
expressões religiosas passíveis de manipulação político-econômica-ideológica. E é
com esse código religioso que essa fatia da sociedade faz sua leitura do mundo.
Por isso ao profissional de Ensino Religioso, impõe-se uma formação a
capacitação cuja linguagem religiosa passa por três níveis:
Apropriar-se do discurso religioso (formação acadêmica);
Saber traduzÍ-lo pedagogicamente (competência técnica e profissional);
Articular o discurso religioso ao “código religioso popular” (engajamento político-
social).
Assim, a linguagem religiosa que passa por esses níveis de comunicação,
torna-se um instrumento tão eficaz quanto necessário à educação do sendo religioso
No espaço escolar, o Ensino Religioso era, tradicionalmente, o ensino da religião
Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império, conforme determinava a
Constituição de 1824. Após a Proclamação da Republica, o ensino passou a ser laico,
público, gratuito e obrigatório, de modo que foi rejeitada a hegemonia católica – o
monopólio dessa religião sobre as demais. A partir da Constituição de 1934, o Ensino
Religioso passou a ser admitido como disciplina na escola publica, porém, com
matricula facultativa. Nas Constituições de 1937, 1946, e de 1967, e Ensino Religioso
foi mantido como matéria do currículo, de freqüência livre para o aluno, e de caráter
confessional de acordo com o credo da família. Em meados da década de 1960,
surgiram grandes debates nos quais retomou-se a questão da liberdade religiosa,
devido à pressão das tradições religiosas e da sociedade civil organizada, que partiu
de diferentes manifestações religiosas.
Nesse contexto, legalmente, o Ensino Religioso perdeu sua função catequética,
pois com a manifestação do pluralismo religioso na sociedade brasileira, o modelo
curricular centrado na doutrinação passou a ser intensamente questionado. Na prática,
porém as aulas continuavam a ser ministradas por professores leigos e voluntários, o
que resultava em um encaminhamento pedagógico com forte influência das tradições
religiosas e de caráter proselitista, com o objetivo de converter outros para sua própria
religião. Nessas condições, a identidade do Ensino Religioso como disciplina escolar
foi muito fragilizada, porque não houve comprometimento maior do Estado em adotar
medidas que efetivamente promovessem sua regulamentação. Constante na LDB
4024/61, o Ensino Religioso foi citado no art. 97 o que determina que essa disciplina
deve ser de matrícula facultativa, sem ônus para o poder público. Deve ser ministrada
de acordo com a confissão religiosa do aluno.
O tratamento dado ao Ensino Religioso, durante a vigência do regime militar, foi
expresso pela Lei n. 5.692/71, no art. 7º como parágrafo único: “ o ensino religioso de
matricula facultativa constituirá disciplina dos horários normais dos estabelecimentos
oficiais de 1º e 2º graus.” Em decorrência dessa lei. O Ensino Religioso foi instituído
como disciplina escolar em 1972, no Estado do Paraná, com a criação da Associação
Interconfessional de Curitiba (Assintec). Para viabilizar a proposta de Ensino
Religioso, a associação, formada por um pequeno grupo de caráter ecumênico,
preocupou-se com a elaboração de material pedagógico e cursos de formação
continuada. Também em 1973, foi firmado um convenio entre a SEED e a Assintec,
com a proposta de implementar um Ensino Religioso interconfessional nas escolas
públicas de Curitiba. No mesmo ano, a SEED designou a entidade como intermediária
entre a Secretaria e os Núcleos Regionais da Educação, nos quis foi instituído o
Serviço de Ensino Religioso par orientar a proposta curricular da disciplina. As
discussões iniciadas durante a Constituinte foram intensificadas com a promulgação
da Constituição Federal, em 1988, por meio da organização de um movimento
nacional, que buscou garantir o Ensino Religioso como disciplina escolar. A emenda
constitucional para o Ensino Religioso Ensino Religioso foi a segunda maior emenda
popular que deu entrada na Assembléia Constituinte, e contou com 78 mil assinaturas.
Assim, na década de 1980, no processo de redemocratização do, pois, as tradições
religiosas, mais uma vez, asseguraram o direito à liberdade de culto e de expressão
religiosa. Nessa conjuntura, o Estado do Paraná elaborou o Currículo Básico para a
Escola Pública do Paraná, em 1990.
No ano de 1986, o MEC elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN),
numa tentativa de organizar um currículo nacional, mas nele não incluiu o Ensino
Religioso. A seguir, o assunto tornou-se um tema de discussão pelo Fonaper (Fórum
Nacional Permanente do Ensino Religioso) entidade representante da sociedade civil
organizada. Pela primeira vez, educadores de varias tradições religiosas conseguiram
elaborar uma proposta educacional e, finalmente, em 1997 foi publicado o PCN de
Ensino Religioso. Diferentemente das outras disciplinas, não foi elaborado pelo MEC,
mas passou a ser uma das principais referencias para a organização do currículo de
Ensino Religioso em todo o país.
Não se pode negar a trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, mas,
diante da sociedade atual, essa disciplina requer uma nova forma de ser vista e
compreendida no currículo escolar.
Tendo em vista que o conhecimento religioso constitui patrimônio da
humanidade, conforme a legislação brasileira que trata do assunto, o currículo do
Ensino Religioso pressupõe:
- colaborar com a formação da pessoa: e
- promover a escolarização fundamental para que o educando se aproprie de saberes
para entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura.
A sociedade civil, hoje, reconhece como direito os pressupostos desse
conhecimento no espaço escolar, bem como a valorização da diversidade em todas as
suas formas, pos a sociedade brasileira é composta por grupos muito diferentes.
Tratado nessa perspectiva, o Ensino Religioso contribuiu também para superar a
desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito Constitucional de liberdade de crença
e expressão, conforme art. 5º inciso VI, da Constituição brasileira. Tal fato dá-se,
porém na medida que a disciplina de Ensino Religioso e o corpo docente também
contribuam para que, no dia-a-dia da escola, o respeito à diversidade seja construído
consolidado. Não se pode negar que a relação de convivência entre grupos diferentes,
muitas vezes, é marcada pelo preconceito e superá-lo é um dos grandes desafios da
escola que pretende oferecer seu espaço para a discussão do Sagrado, por meio do
currículo de Ensino Religioso.
Portanto, o Ensino Religioso busca propiciar oportunidade de identificação, de
entendimento, de conhecimento e de aprendizagem em relação a diferentes
manifestações religiosas presentes na sociedade, de modo que tenham a amplitude da
própria cultura em que se insere. Essa compreensão deve favorecer o respeito à
diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas sociais, e fomentar medidas de
repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação, além do
reconhecimento de que todos somos portadores de singularidade.
Assim, o Ensino Religioso permite que os educandos possam refletir e entender
como os grupos sociais constituem culturalmente e como se relacionam com o
Sagrado. E, ainda, possibilita compreender suas trajetórias e manifestações no espaço
escolar e estabelecer relações entre culturas, espaços e diferenças. Ao compreender
tais elementos, o educando passa elaborar o seu saber e a entender a diversidade de
nossa cultura, marcada também pela religiosidade do nosso povo.
2 – OBJETIVOS GERAIS
- Estudar diferentes manifestações do sagrado no coletivo.
- Analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do
cotidiano que nos contextualiza no universo cultural.
- Desenvolver a vivencia do dialogo e do respeito às diferenças pessoais, culturais, e
religiosas em seu convívio social, através de identificação dessas diferenças e
semelhanças a fim de formar atitudes de paz, compreensão e superação de toda forma
de preconceitos.
- Conhecer normas de conduta, os limites éticos e os preceitos pelas tradições
religiosas, construindo um referencial ético para o estabelecimento de relações justas
e humanizadoras, bem como, atitudes de compromisso com a defesa e valorização da
vida de todos os seres.
- Identificar a diversidade cultural religiosa presente na realidade social e conhecer a
origem histórica das diferentes religiões, bem como a sua influencia na cultura dos
povos, analisando o fenômeno religioso como um dado da cultura, situando-se nele e
desenvolvendo o dialogo, o sentido da tolerância e do convívio respeitoso;
- Conhecer os textos sagrados verbais e não verbais, os contextos históricos, sociais e
culturais que determinam a sua revelação e construção, as formas de interpretação
entendendo que esses textos se constituem em referencial de fé, prática e orientação
para a vida dos adeptos ou fiéis.
- Conhecer a importância dos ritos sociais, culturais e religiosos na vida das pessoas
bem como os símbolos, os rituais e a espiritualidade das diferentes tradições
religiosas que orientam a vivencia da fé dos adeptos, sua experiência e relação com o
transcendente, desenvolvendo respeito pela experiência e expressão religiosa do
outro.
-conhecer diferentes idéias do transcendente construídas ao longo do tempo e as
pessoas que as diferentes tradições religiosas dão para a vida alem da morte,
desenvolvendo uma atitude reflexiva a partir dos questionamentos existenciais.
Desenvolver a vivencia do dialogo e do respeito às diferenças pessoais,
culturais, e religiosas em seu convívio social, através da identificação dessas
diferenças e semelhanças a fim de formar atitudes de paz, compreensão e superação
de toda forma de preconceitos.
Conhecer as normas de conduta, os limites éticos e os preceitos propostos
pelas tradições religiosas, construindo um referencial ético para o estabelecimento de
relações justas e humanizadoras, bem como, atitudes de compromisso com a defesa e
valorização da vida de todos os seres.
Identificar a diversidade cultural religiosa presente na realidade social e
conhecer a origem histórica das diferentes religiões, bem como a sua influencia na
cultura dos povos, analisando o fenômeno religioso como um dado da cultura,
situando-se nele e desenvolvendo o diálogo, o sentido da tolerância e do convívio
respeitoso;
Conhecer os textos sagrados verbais e não verbais, os contextos históricos,
sociais e culturais que determinam a sua revelação e construção, as formas de
interpretação entendendo que esse textos se constituem em referencial de fé, prática e
orientação para a vida dos adeptos ou fiéis.
Conhecer a importância dos tiros sociais, culturais e religiosos na vida das
pessoas bem como os símbolos, os rituais e a espiritualidade das diferentes tradições
religiosas que orientam a vivencia da fé dos adeptos, sua experiência e relação com o
transcendente, desenvolvendo respeito pela experiência religiosa do outro.
Conhecer as diferentes idéias do transcendente construídas ao longo do tempo
e as respostas que as diferentes tradições religiosas dão para a vida além morte,
desenvolvendo uma atitude reflexiva a partir dos questionamentos existenciais e do
compromisso perante a defesa e promoção de uma vida de qualidade para todos.
3- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O Ensino Religioso pautou-se historicamente no ensino do catolicismo, que
expressava a proximidade do Império com a Igreja Católica. Depois, com o advento da
República, a nova constituição separou o Estado da Igreja e o ensino passou a ser
laico. Mesmo assim, a presença das aulas de religião foi mantida nos currículos
escolares, devido ao poder da Igreja Católica junto ao Estado brasileiro. Tal influencia
pode ser constatada em todas as Constituições no Brasil, nas quais o Ensino Religioso
foi citado, com a representatividade hegemonicamente cristã no processo de definição
dos preceitos legais. Em conseqüência, desde a época do Império, a doutrina cristã
tem sido preferida na organização do currículo de Ensino Religioso.
Entretanto, a vinculação do currículo de Ensino Religioso ao cristianismo e às
práticas catequéticas já não corresponde ao sentido dessa disciplina na escola. assim,
o processo de ensino e de aprendizagem proposto visa à constituição e produção do
conhecimento que se caracteriza pela promoção do debate, da hipótese divergente, da
duvida – real ou metódica -, do confronto de idéias, de informações discordantes e,
ainda, da exposição competente de conteúdos formalizados. Torna-se necessária à
reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante das
demandas sociais contemporâneas que exigem a compreensão ampla de diversidades
culturais, postas também no âmbito religioso entre os paises e, de forma mais restrita,
no interior de diferentes comunidades. Nunca, como no presente, a sociedade esteve
consciente da unidade do destino do homem em todo o planeta e das radicais
diferenças culturais que marcam a humanidade.
4- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de Ensino Religioso não ocorre como na maioria das
disciplinas. O Ensino Religioso não constitui objeto de aprovação ou reprovação nem
terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, por seu caráter
facultativo de matricula na disciplina. Mesmo com essas particularidades, a avaliação
não deixa de ser um elemento integrante do processo educativo na disciplina do
Ensino Religioso. Cabe ao professor implementar práticas avaliativas que permitam o
processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, cujo parâmetro
são os conteúdos tratados e seus objetivos. Para atender a esse propósito, o professor
elabora instrumentos que o auxiliem a registras quanto o aluno e a turma se apropriam
ou tem se apropriado dos conteúdos tratado nas aulas de Ensino Religioso. Significa
dizer que o que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os
conteúdos passam a der referencias para a compreensão das manifestações do
sagrado pelos alunos.
De fato, a apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo
professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões
de observação por parte do professor;
- em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe
que tem opções religiosas diferentes da sua?
- o aluno aceita as diferenças de credo ou expressão de fé?
- o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de
cada grupo social?
- o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do
sagrado?
Diante da sistematização das informações obtidas da avaliação, o professor
terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico,
para retomar as lacunas identificadas na aprendizagem do aluno, e terá elementos
para dimensionar os níveis de aprofundamento a serem adotados em relação aos
conteúdos que desenvolverá posteriormente.
Depois da avaliação, o professor de Ensino Religioso terá também, indicativos
para a própria avaliação pedagógica ou a imediata reorganização do que já tenha
trabalhado. Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem
aprovação ou reprovação do aluno, recomenda-se que o professor registre o
processo avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos
seus pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina.Por
meio dessa prática, o aluno terá oportunidade de retomar conteúdos e conhecimentos
que o auxiliam a compreender melhor a diversidade cultural, da qual a religiosidade é
parte integrante. Finalmente, o aluno poderá articular o Ensino Religioso aos demais
componentes curriculares que abordam aspectos relativos à cultura. Serão utilizados
algumas técnicas e procedimentos de avaliação como: entrevistas individuais e
coletivas, comunicação oral e escrita, observação dirigida e espontânea de atitudes,
participação em trabalhos de grupo, relatórios, exposições de trabalho, trabalhos
escritos ou orais, envolvendo pesquisas, levantamentos, análise de situações, reflexão
e interpretação de textos, relatos de experiências, produção de textos e outros.
5- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Todas as religiões podem ser tratadas como conteúdos nas aulas de Ensino
Religioso, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano e faz parte do
modelo de organização de diferentes sociedades.
Assim, o currículo dessa disciplina propõe-se a levar os alunos, por meio dos
conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do
sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. A disciplina de
Ensino Religioso subsidiará os educandos na compreensão de conceitos básicos no
campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições
religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.
Com o objetivo de ampliar a abordagem curricular no que se refere à
diversidade religiosa, o Ensino Religioso define como objeto de estudo o sagrado com
o foco do fenômeno religioso, por contemplar algo presente em todas as
manifestações religiosas. Essa concepção favorece uma abordagem ampla de
conteúdos específicos da disciplina.
Tais conteúdos privilegiam o estudo das diferentes manifestações do sagrado e
possibilita sua analise e compreensão como o cerne da experiência religiosa que se
expressa no universo cultural de diferentes grupos sociais, uma vez que é uma das
formas de expressão empregadas para se explicar fenômenos que não obedecem às
leis da natureza. O conteúdo abordado pelo e Ensino Religioso implica, também
preocupação com processos históricos de constituição do sagrado, a fim de explicar
caminhos percorridos até a concretização de simbologias e espaços que se organizam
em territórios sagrados, ou seja, a criação das tradições. Por meio do entendimento
do sagrado, compreende-se a construção dos processos de explicação para os
acontecimentos que não obedecem, por exemplo, as leis da natureza, do físico e do
material. Muitos dos acontecimentos que marcam a vida em sociedade são atribuídos
às manifestações do sagrado. Como parte da dimensão cultural, o sagrado influencia a
compreensão de mundo e a maneira como o homem religioso vive seu cotidiano.
Assim, o que para alguns é normal e corriqueiro, para outros é encantador e sublime,
extraordinário, repleto de importância e, portanto, merecedor de tratamento
diferenciado. Desde tal perspectiva, o sagrado perpassa todo o currículo de Ensino
Religioso, de modo a permitir uma analise mais complexa de sua presença nas
diferentes manifestações religiosas, cujas instancias podem ser assim estabelecidas:
Paisagem religiosa: Por paisagem religiosa, define-se a combinação de
elementos culturais e naturais que remetem a experiências do sagrado, que por força
dessas experiências anteriores remetem a uma gama de representações sobre o
transcendente e o imanente. Os lugares considerados sagrados são simbolicamente
onde o sagrado se manifesta. Para homem religioso, a natureza não é exclusivamente
natural; sempre está carregada de um valor sagrado. A idéia da existência de lugares
sagrados e de um mundo sem imperfeições conduz o homem a suportar suas
dificuldades diárias. O homem consagra determinados lugares porque necessita viver
e conviver no mundo sagrado. Para as religiões, os lugares não estabelecem somente
umas relações concretas, físicas, entre os povos e o sagrado; neles, há também uma
relação preestabelecida entre ações e práticas. Nessa simbologia, não podem ser
ignorados o imaginário o es estereótipos de cada civilização, impregnados de seus
valores, identidade etc. Muitas pessoas necessitam de espaços aos quais atribuir o
sentido de sagrado, para manifestar sua fé. Com esse lugar definido, entre outras
atividades, organizam ritos, festas, homenagens em prol desse objeto. Nos momentos
em que os grupos se reúnem para reverenciar o divino, para unir-se ao sagrado, os
lugares se transformam num universo especialmente simbólico, resultante das crenças
existentes nas tradições religiosas. A paisagem religiosa é fruto do espaço social e
cultural construído historicamente, em vivencias dos inúmeros grupos humanos.
Portanto, a paisagem sagrada é uma imagem socialmente construída, de maneira que
é preciso compreendê-la corretamente para entender tal aspecto do estudo do
sagrado.
No processo pedagógico, professor e alunos podem caracterizar lugares e
templos principais práticas de expressão do sagrado nestes locais.
- lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras etc. e
- lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.
Reconhecer os grupos sociais em sua diversidade cultural é um dado de
realidade que deve ser sempre trabalhado em sala de aula, de modo que também é
interessante que o professor apresente aos educandos alguns instrumentos legais que
buscam assegurar a liberdade religiosa.
- Declaração Universal dos Direitos humanos e Constituição Brasileira: respeito à
liberdade religiosa;
- Direito de professar fé e liberdade de opinião e expressão;
- Direito a liberdade de reunião e associação pacificas; e
- Direitos humanos e sua vinculação com o sagrado.
Universo Simbólico Religioso : e a apreensão conceitual pela razão com que
concebe o sagrado, pelos seus predicados, e se reconhece sua lógica simbólica. É
entendido como sistema simbólico e projeção cultural. A complexa realidade que
configura o universo simbólico tem como chave de leitura as diferentes manifestações
do sagrado no coletivo, cujas significações se sustentam em determinados símbolos
religiosas. A complexa realidade que configura o universo simbólico tem como chave a
leitura as diferentes manifestações do sagrado ao coletivo, cujas significações se
sustentam em determinados símbolos religiosos. Os símbolos são linguagens que
expressam sentidos, comunicam e exercem papel relevante para a vida imaginativa e
para a constituição das diferentes religiões no mundo. Nesse contexto, o símbolo é
definido como qualquer coisa que veicule uma concepção; pode ser uma palavra, um
som, um gesto, um ritual, um sonho, uma obra de arte , uma notação de matemática,
entre tantos outros. De modo geral, a cultura se sustenta por meio de símbolos, que
são criações humanas cuja função é comunicar idéias. Os símbolos são parte
essencial da vida humana; todo sujeito se constitui e se constrói por meio de inúmeras
linguagens simbólicas. Ao abranger a linguagem do sagrado, os símbolos são a base
da comunicação e constituem o veiculo que aproxima o mundo vivido, cotidianamente,
do mundo misterioso dos deuses, deusas, encantados, enfim, da linguagem de seres
supra-sensíveis que habitam no território do inefável. O símbolo é um elemento
importante porque para o estudo do sagrado também o é.
Textos sagrados é a tradição e a natureza do sagrado como fenômeno. Pode
ser manifestado em forma material ou imaterial. É reconhecido por meio das Escrituras
Sagradas, das tradições orais sagradas e dos mitos.
Os textos sagrados expressam idéias e são meios de dar viabilidade à
disseminação e à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e
manifestações religiosas, os que ocorrem de diversas maneiras, como: dança sagrada,
pinturas sacras, textos orais e escritos, entre outras. Ao articular os textos sagrados
aos ritos – festas religiosas, situações de nascimento e mortes - , a diferentes
tradições e manifestações religiosas buscam mecanismos de unidade e identidade do
grupo de seguidores, de modo a assegurar que os ensinamentos sejam consolidados
e transmitidos às novas gerações e novos adeptos. Tais ensinamentos podem ser
retomados em momentos coletivos e individuais para responder os impasses do
cotidiano e para orientar sua conduta de seus seguidores. Algumas tradições e
manifestações religiosas são transmitidas apenas oralmente ou revividas em
diferentes rituais. Por sua vez, os textos sagrados registram fatos relevantes da
tradição e manifestação religiosa, quais sejam as orações, a doutrina, a história, da
tradição e manifestação religiosa, quis sejam: as orações, a doutrina, a história que
constituem sedimento no substrato social de seus seguidores e lhes orientam as
práticas. O que caracteriza um texto como sagrado é o reconhecimento pelo grupo de
que ele transmite uma mensagem originada do ente sagrado ou, ainda, que favorece
uma aproximação entre os adeptos e o sagrado.
A compreensão, interpretação e significação do texto podem ser modificadas
conforme a passagem do tempo ou, ainda, para corresponder às demandas do tempo
presente. Pode, também, sofrer alterações causadas pelas diversas interpretação
secundárias diferentes do texto original. Como conteúdo estruturante, o texto sagrado
é uma referencia importante para o Ensino Religioso, pois permite identificar como a
tradição e a manifestação atribuem as praticas religioso o caráter sagrado e em que
medida orienta ou estão presentes nos ritos, nas festas, na organização das religiões,
nas explicações da morte e da vida.
São ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas
diferentes culturas religiosas, expressos na literatura oral e escrita, como em cantos,
narrativas, poemas, orações etc. os exemplos a serem apontados incluem: veda
(hinduísmo), escrituras Baha’is, fé Bahá’I, tradições orais africanas, afro-brasileiras e
ameríndias, alcorão (islamismo).
Organizações religiosas: As organizações religiosas compõem os sistemas
religiosos de modo institucionalizado. Serão tratadas como conteúdos, sob a ênfase
das principais características, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que
expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado.
- os fundadores e/ou lideres religiosos; e
- as estruturas hierárquicas.
Entre os exemplos de organizações religiosas mundiais e regionais, então: o
budismo (Sidarta Gautama), o cristianismo (Cristo), confucionismo (Confúcio), o
espiritismo (Allan Kardec). O taoísmo (Lao Tse) etc.
6- Conteúdos Básicos:
5 ª série
- Organizações religiosas
Sagrado na pré-história
MitologiaGrega
Zoroatrismo
Xintoísmo
Hinduismo
Taoísmo e Confucionismo
Judaísmo
Cristianismo
Catolicismo
Protestantismo
Igreja Ortodoxa
Islamismo
Tradições Religiosas de Matriz indígena brasileira
Tradições Religiosas de matriz africana
Tradições religiosas de mátria afro-brasileira
Candomblé
Umbanda
Espiritismo
Fé Baha’i.
- Lugares sagrados
Mapeamento das diversas tradições religiosas, incluindo as tradições
panteísta.
Lugares sagrados na natureza ( rios, lagos, montanhas, grutas,
cachoeiras etc.
Lugares sagrados construídos: templos, cidades etc).
Práticas do sagrado
- Textos sagrados orais e escritos
Vedas,
Bíblias
Alcorão
Tradições orais africanas, afro-brasileiras e ameríndias.
Torá
- Símbolos Religiosos:
E a apreensão conceitual pela razão com que concebe o sagrado,
pelos seus predicados, e se reconhece sua lógica simbólica. É entendido como
sistema simbólico e projeção cultural.Os significados simbólicos dos gestos, sons,
formas, cores e textos no seguintes aspectos: dos ritos, do mitos e do
cotidiano.Levar o aluno conhecer os diversos símbolos das organizações
religiosas, bem como os seus significados. Poderão ser trabalhados a
arquitetura religiosa, os mantras, os paramentos, os objetos etc.
6ª Série
Temporalidade Sagrada:
Temporalidade sagrada é aquilo que retorna no tempo. As
temporalidades religiosas são o tempo da hierofania. Toda Festa Religiosa
representa a reatualização de um evento sagrado que teve lugar no passado
mítico.
Trabalhara temporalidade sagrada apresentando nas aulas o evento da
criação nas diversas organizações religiosas.
Calendários e seus tempos sagrados
Nascimento do líder religioso
Passagem de ano
Datas de rituais e festas..
Ritos: São celebrações das tradições e manifestações religiosas,
formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidas como a
recapitulação de um acontecimento sagrado anterior; servem a memória e à
preservação da identidade de diferentes tradições e manifestações religiosas,
e podem remeter a possibilidades futuras decorrentes de transformações
contemporâneas, destacam-se:
- os ritos de passagem;
- os mortuários;
- os propiciatórios, entre outros.
Entre os exemplos a serem apontados, estão: a dança (Xire), o
candomblé, o kiki (kaingang, ritual fúnebre), a via sacra, o festejo indígena de
colheita etc.
Festas religiosas: São os eventos organizados pelos diferentes grupos
religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememoração dos
símbolos, períodos ou datas importantes.
- peregrinações;
- festas familiares;
- festas nos templos;
- datas comemorativas.
Entre os exemplos a serem apontados, estão: Festa do Dente Sagrado
(budista).
Ramadã (islâmica) , kuarup (indígena), festa de Iemanjá (afro-brasileira),
Pessach (Judaica), Natal (cristã)
Vida e morte: As respostas elaboradas para a vida além da morte nas
diversas tradições e manifestações religiosas e sua relação com o sagrado
podem ser trabalhadas sob as seguintes interpretações:
- o sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas;
- a reencarnação;
- a ressurreição – ação de voltar a vida;
- além da morte: ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos dos
antepassados que se tornam presentes, e outras.
REFERÊNCIAS:
BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.
COSTELLE, D. O Fundamento epistemológico do Ensino Religioso. In:
JUNQUEIRA, S.;
WAGNER, R (Orgs.) O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.
CUNHA, A. G. da. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. 2
ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
KOEZEL,S. (org.). Elementos de Epistemologia da Geografia Contemporâneo.
Curitiba: UFPR, 2002.
HEIDEGGER, M. Conferencias e escritos filosóficos. São Paulo: Nova Cultural,
1989. (Coleção Os Pensadores).
JUNQUEIRA, S. R. A. (Orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal:
pesquisa, didática e ação docente. Curitiba. Champagnat. 2004
MACEDO, C. C. imagem do eterno: religiões no Brasil. São Paulo: Moderna,
1989.
PROPOSTA
CURRICULAR
ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Língua Portuguesa oferece ao aluno a oportunidade de aprimorar sua linguagem, seu vocabulário, conhecendo as diferentes formas de expressar-se. Na escola, traz a língua materna e entra em contato com uma variedade muito grande de dialetos e falares. Como é na escola que aprende a fazer uso da palavra para inserir-se na sociedade, é necessário que conheça essa variedade para que possa fazer o uso adequado à cada circunstância.
Tendo o ensino de Língua Portuguesa iniciado no Brasil com a educação jesuítica, passou por vários momentos, várias mudanças, até se chegar ao momento atual. No final do século XIX, visava-se a formação profissional devido ao período de industrialização.
Em meados do século XX, com a expansão do ensino primário público, que ampliou as vagas e eliminação de exames classificatórios, houve uma expansão quantitativa da rede escolar, tendo um número significativo de alunos com variedade no falar, um português distante daquele cultivado pela escola. Mudaram, então, as propostas curriculares para se levar em conta as novas necessidades desses alunos, como os registros lingüticos e padrões culturais diferentes daqueles admitidos pela escola.
Na década de 70, passou-se a discutir sobre a eficácia do estudo de normas gramaticais, onde eram realizados exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
Na década de 80, surge a pedagogia histórico-crítica, com estudos linguísticos centrados no texto e na interação social das práticas discursivas. Os trabalhos passaram a ser orientados pelo Currículo de Língua Portuguesa, procurando romper com o ensino tradicionalista. Surgem, então, os PCN's para fundamentar a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas.
Levando-se em conta que ainda persiste o analfabetismo funcional de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos, temos as DCE's (Diretrizes Curriculares Estaduais), apresentando novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, dando ênfase à língua viva dialógica, em movimento constante, reflexiva e produtiva.
OBJETIVOS
O aluno deverá ser capaz de ler, sentir e expressar o que sentiu;Ampliar seu universo e o da obra lida, a partir de sua experiência cultural;Despertar o interesse pela leitura;Empregar a língua oral em diferentes situações de uso;Desenvolver o uso da língua escrita em variadas situações discursivas, levando-se em conta os interlocutores, os objetivos, o assunto tratado e o contexto de produção.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
o ENSINO DA Língua Portuguesa tem o objetivo de levar o aluno a aprimorar o domínio da oralidade, leitura e escrita que ele traz de seu meio social. E é através do texto que o professor irá trabalhar, criando situações de contato com visões do real, desenvolvendo assim o controle sobre os processos interacionais.
Com base nisso é importante o professor levar para a sala de aula todos os tipos de textos e gêneros em circulação social.
Além disso, também é importante levar outras leituras relacionadas aos temas trabalhados como: livros de literatura, páginas de internet (ida ao laboratório de informática), filmes – para que de acordo com os interesses de cada um ou de cada turma, possam ser encontradas com mais facilidade leituras relacionadas e, assim, manusear outros portadores discursivos.
Os filmes, por exemplo, fazem com que o aluno entre em contato com a linguagem verbal e não-verbal, ampliando e enriquecendo seus conhecimentos, despertando seu senso estético e espírito crítico.
O professor poderá, então, buscar os filmes indicados ou outros que preferir e orientar ao aluno que ele passe, gradativamente a observar nas produções cinematográficas, além do enredo, as relações sócio-históricas e culturais da trama, o uso da fotografia e da musica como elementos significativos, as caracterizações das personagens, dos cenários, bem como dos efeitos especiais, entre outras pecularidades dessa linguagem artística.
Os sites também são uma forma de investigar o contato do aluno com o hipertexto eletrônico: nessas leituras encontrará indicações que o levam a outros textos e assim por diante. O acesso a gêneros digitais na próprio suporte é experiência essencial para a compatibilização com as exigências sociais da contemporaneidade, um auxílio na inclusão digital.
O trabalho de Língua Portuguesa, nesse contexto, realiza-se a partir da prática de oralidade, leitura, escrita e análise lingüística, apresentados a seguir:Apresentação de temas variados, histórias da família, da comunidade, filmes, livros;Conhecer a cultura afro e indígena no Brasil; sua influência nos costumes, na língua e na religião, como forma de recuperar a auto-estima e a identidade étnica; levar o conhecimento da realidade histórica e da formação sócio-econômica e cultura brasileira; conscientização da realidade da escravidão e da luta dos escravos pela liberdade, usando o texto escrito e as ilustrações sobre o índio e o negro;Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno;Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites, entre outros;
Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;Relato de acontecimentos, mantendo a unidade temática;Debates, seminários e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação;Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas, observando as pausas, as hesitações, truncamentos, mudanças de construção textual, grau de formalidade, entre outras comparações;Abordagem da História do Paraná, levando textos históricos sobre o tema, a fim de valorizar e conscientizar os alunos;Apresentação de atividades que envolvam o meio ambiente: reciclagem, efeito estufa, poluição, etc.;
Nessa e outras atividades que envolvem o discurso oral, devem ser enfatizadas as similaridades e diferenças que precisam ser refletidas sobre a modalidade oral e escrita. É fundamental saber ouvir, escutar com atenção e respeitar os mais diferentes interlocutores.
A leitura é um modo de exercitar a atenção, a memória e o pensamento, requisitos necessários para a efetiva aprendizagem. Formar leitores competentes é formar as bases para que as pessoas constituem a aprender durante toda a vida; é instrumentalizá-las para o exercício da cidadania; é combater a alienação, a ignorância.
Por isso, a leitura na escola precisa ser vista como uma prática consistente do leitor perante a realidade. É uma interação em que o autor e o leitor constroem o sentido de um texto, o que significa que para o fenômeno da compreensão, este traz sua experiência sócio-cultural, determinando, assim, leituras diferentes para cada leitor e, também, para um mesmo leitor, conforme seus conhecimentos, interesses e objetivos naquele momento.
Um texto fornece várias informações, conhecimentos, opiniões, que favorecem a reflexão e ampliação de sentido sobre o que foi lido. Assim, é importante que a leitura seja vista em função de uma concepção interacionista de linguagem, segundo a qual busca-se formar leitores no âmbito escolar. Segundo Bakhtin (1986), o texto deve ser entendido como um veículo de intervenção do mundo.
Algumas estratégias, na escola, favorecem o envolvimento com a leitura; cercar os alunos de livros que possam ser folheados; proporcionar ambiente atrativo; ler trechos de obras; ilustrar textos lidos; leituras de obras prediletas; produzir textos sobre o que foi lido; discutir o título e as ilustrações da história; encontrar músicas relativas ao texto; criar momentos em que os alunos exponham suas idéias, opiniões e experiências de leituras; escolher e trabalhar a leitura de forma não repetitiva.
O trabalho com a literatura em sala de aula permite que o aluno perceba seu papel na interação com o texto, uma vez que este carrega em si ideologias.
Esta abordagem pode contemplar diferentes gêneros textuais, assim como diferentes meios de comunicação, como a televisão, o cinema, o teatro.
Além dos literários, pode-se contemplar também os textos de imprensa: notícias, editoriais, artigos, reportagens, entrevistas, textos lúdicos (trava-línguas, quadrinhos, adivinhas, parlendas e piadas). Verbetes enciclopédicos, relatórios, artigos e textos didáticos precisam também ser trabalhados.
A prática da produção textual constitui um ato lingüístico fundamental na aprendizagem da língua. É preciso que os alunos se envolvam com os mais diversos textos que produzem, assumindo de fato a autoria do que escrevem. Ao se perceber
como autor, o aluno poderá aprimorar sua condição de escritor. Este contato do aluno com a produção escrita de diferentes tipos textuais, permite-lhe ampliar o próprio conceito de gênero.
O envolvimento do aluno e o do professor com a escrita é um processo que acontece em vários momentos: o da motivação para a sua produção; o da reflexão que precede e acompanha todo o desenvolvimento da produção; o da revisão, reestruturação e reescrita do texto.
- ANÁLISE LINGüíSTICA
Muitas reflexões são feitas a respeito do uso dos recursos linguísticos na sala de aula, ou seja, a forma como é trabalhado, em que situações.
Partindo desse pressuposto, faz-se necessário entender os tipos de gramáticas ligadas às questões pedagógicas:- “Exposição metódica e documentada dos elementos constitutivos de uma língua;
normativa ou expositiva: a que dá as regras práticas para falar e escrever [...]” ( Silveira Bueno. Minidicionário da Língua Portuguesa. São Paulo, FTD, 1996).
- “No primeiro [sentido], a gramática é concebida como um manual com regras de bom uso da língua a serem seguidas por aqueles que querem se expressar adequadamente.” (Gramática normativa) / “A segunda concepção de gramática é a que tem sido chamada de gramática descritiva., porque faz, na verdade, uma descrição da estrutura e funcionamento da língua, de sua estrutura e funcionamento da língua, de sua forma e função.” / “A terceira concepção de gramática é [...] o conjunto de regras que o falante de fato aprendeu e das quais lança mão ao falar.”(Gramática internalizada) . (Luiz Carlos Travaglia. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo, Cortez, 1996).
As definições podem variar, mas é importante que os alunos obsevem que, na escola, quando se fala em gramática, pensa-se em normas e regras para falar e escrever uma língua, isto é, trata-se d gramática normativa. É importante conhecer as regras, mas convém lembrar que a compreensão da adequação lingüística vai ajudá-los a aplicar essas regras de maneira apropriada, nas diversas situações de uso.
Alguns professores defendem o ensino da gramática normativa no 1º grau, trabalhando as regras e as normas da língua, através de exercícios de fixação, por acreditarem que o aluno poderá transferir essa normas para os seus textos. Outros preferem abolir a gramática de suas aulas, dizem que as pessoas só aprendem a escrever escrevendo e que, portanto, exercícios gramaticais não levam a uma leitura e a uma escrita adequadas.
É importante entender que as regras gramaticais fazem parte do aspecto lógico-matemático do conhecimento lingüístico. Trabalhar com gramática é desenvolver o raciocínio do aluno, por isso la deve fazer parte do currículo de Língua Portuguesa. O que não se deve é fazer uma enorme quantidade de exercícios inúteis, pois o aluno só constrói os conceitos gramaticais e os aplica quando compreende seu uso.
Desde muito pequena a criança vai empregando em sua fala a gramática da língua materna. Quando entra na escola, deve conscientizar-se dessa gramática que usa espontaneidade, ou seja, deva aprender as regras do “bem falar” e do “bem escrever”.
Há vários caminhos para se trabalhar isso. Atualmente, pesquisas e estudo sobre análise lingüística apontam para uma nova maneira de desenvolver o processo
ensino / aprendizagem de gramática: reflexão, investigação, exploração, construção e aplicação de conceitos gramaticais.
Outra possibilidade é desenvolver um trabalho de gramática textual, isto é, atividades que levam à reflexão sobre os vários assuntos gramaticais a partir da exploração e comparação de tipos diversificados de textos. O aluno pode analisar o uso dos tempos verbais, a relação da morfologia com a sintaxe, as figuras de linguagem, etc., observando como os autores usaram esses aspectos em seus textos.
A nomenclatura oficial pode ser utilizada (substantivo, adjetivo, oração coordenada ou subordinada...) e explicada com exemplos para que os alunos possam localizar, refletir, pensar e atuar sobre os aspectos gramaticais dos textos.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Para que haja a leitura compreensiva dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto, é necessário considerar:
-PRÁTICA DA ORALIDADE
As práticas orais devem oferecer ao aluno condições de falar com fluência em situações e adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções). Segundo ANTUNES, “existem situações sociais diferentes, logo, deve haver também padrões de uso da língua diferentes.”
As atividades com oralidade deverão mostrar a variedade lingüística padrão e entender esse uso em determinados contextos sociais.
• PRÁTICA DA ESCRITA
O texto escrito é um elo de interação social e uma forma de atuar e agir no mundo, escreve-se e fala-se para convencer, negar, instruir, etc.
Um texto escrito se forma a partir de elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções, interlocutores e que há elementos próprios da escrita, ausentes na fala, como tamanho e tipo e letras, cores e formatos, elementos pictóricos, que operam como gestos, mímica e prosódia representados graficamente. De acordo com GERALDI, o aluno precisa ter o que dizer, razão para dizer, como dizer, interlocutores para quem dizer. As produções de textos devem ser planejadas, escritas, revisadas e reescritas.
- PRÁTICA DA LEITURA
O akuno é responsável por reconstruir o sentido do texto, propiciando diferentes formas de ver, avaliar o mundo e reconhecer o outro. O ato de leitura proporciona o conhecimento de textos de diferentes esferas sociais: jornalística, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc.
Deve-se levar o aluno a perceber as mensagens implícitas, para que possa posicionar-se diante do que lê.
As atividades devem apresentar questões que levem a construir um sentido para o que lê, perceber a pluralidade de leituras que alguns textos permitem, o contexto de produção sócio-histórico e a finalidade do texto, o interlocutor, o gênero.
- ANÁLISE LINGUÍSTICA
É uma prática complementar às práticas de leitura, oralidade e escrita, possibilitando a reflexão de aspectos gramaticais que perpassam os usos linguísticos, segundo MENDONÇA.
Deve-se desenvolver atividades que possibilitem a reflexão, revisão, reestruturação ou refacção de diversos gêneros textuais.
AVALIAÇÃO
Deve ser um processo contínuo e que dê prioridade à qualidade e desempenho do aluno ao longo do ano letivo, observando o aluno diariamente, usando instrumentos variados, de acordo com o conteúdo e o objetivo.
• A ORALIDADE – Será avaliada através de atividades como debates, troca informal de idéias, relatos, observando-se a adequação da fala a cada discurso, a clareza ao expor suas idéias, a fluência da sua fala, a argumentação ao defender seus pontos de vista.
• A LEITURA – Será avaliada a compreensão do texto lido, o sentido construído, as dialógicas entre textos, reconhecimento de posicionamentos ideológicos, informações implícitas, argumento principal, capacidade de se colocar diante do texto, considerando-se a experiência dos alunos, para ampliar seu horizonte de expectativas.
• A ESCRITA – é uma fase de processo de produção e deve-se observar as circunstâncias de produção, a coesão, a coerência textual, adequação à proposta e ao gênero solicitado, elaboração de argumentos consistentes, a organização de parágrafos. Na refacção textual, observar se a intenção foi alcançada, se há relação entre as partes, necessidade de cortes.
• ANÁLISE LINGUÍSTICA – serão avaliados os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros sob uma prática reflexiva e contextualizada, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos. Os alunos serão avaliados continuamente.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Entendendo O homem como um todo: razão,emoção.Pensamento, percepção, imaginação e reflexão, a Arte busca ajudar o homem compreendera realidade e transformá-la, com criatividade,tornando a humanidade mais sensível e construtiva.
O homem é um ser cultural, fruidor e agente de Arte. Como ser criador, se
transforma e transforma a natureza, produzindo novas maneiras de ver e sentir. Esta
maneira como vê e sente o meio em que vive, é relativa a cada momento histórico e a
cada cultura.
A Arte tem função no processo de educação do homem. Enquanto Educação
Artística e alfabetização estética, o leva a observar o meio que o cerca, reconhecendo
a organização de suas formas. Deste modo, A Arte tem como finalidade possibilitar os
processos de percepção, sensibilização, cognição, expressão e criação, necessários
ao desenvolvimento global do homem, levando à construção de um leitor de mundo
mais crítico, sensível e eficiente em seus posicionamentos.
A escola constitui-se um espaço privilegiado de educação, que dialoga entre o
particular e o universal. A disciplina de Arte também deve manter este diálogo,
estabelecendo relações de nossa experiências, nossa cultura e vivência com a
imagem, com os sons, com os gestos, com os movimentos e, nessa perspectiva,
educar nossos alunos esteticamente, ensinando-os a ver, a ouvir criticamente, a
interpretar a realidade, a fim de ampliar suas possibilidades de fruição e expressão
artística.
A história social da Arte aborda que as formas artísticas não são exclusivamente
formas de consciência individual, mas também exprimem uma visão de mundo. Em
cada cultura e em cada momento histórico, as transformações da sociedade
determinam condições para uma nova atitude estética.
Portanto, a arte e educação são produtos culturais e precisam ser entendidas no
contexto das culturas onde surgem, A escola é o espaço onde pode-se intermediar a
cultura, é ponto de intersecção e de convergência, destinado a reprodução cultural,
para a criação autônoma, para a crítica e a construção da cidadania,
As contribuições que o ensino da arte traz na formação do educando é mais
completa, porque visa o conhecimento e a compreensão de si mesmo. Quando
realizam atividades artísticas, eles se mostram pessoas sensíveis, com capacidade de
percepção refinada, capazes de perceber modificações que acontecem no mundo
físico e natural além de experimentar sentimento como de ternura, simpatia e
compaixão.
Por meio das atividades artísticas ocorre desenvolvimento de habilidades que
expandem a capacidade de dizer melhor sobre si mesmo e sobre o mundo, usando
imagens visuais, sons, gestos, movimentos e palavras para expressar valores e afetos,
concretizados em forma de músicas, danças, dramatizações, desenhos, pinturas e
esculturas.
Apreciar produtos de arte, em suas vária linguagens, desenvolvendo tanto a
fruição quanto a análise estética, conhecendo, analisando, refletindo e
compreendendo critérios culturalmente construídos e embasados em conhecimentos
afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, semiótico, científico,
dentre outros.
- Analisar os sistemas de representação visual de artes visuais e audiovisuais, e as
possibilidades estéticas, bem como de comunicação presentes nos trabalhos, de seus
colegas e de outras pessoas.
- Fazer trabalhos artísticos, como desenhos, pinturas, gravuras perspectiva,
modelagens, esculturas, fotografia, repografia, ambientes de vitrines, design, artes
gráficas (folhetos, cartazes, capas de CDs, encartes, logotipos).
- Investigar em suas produções de artes visuais e audiovisuais, inclusive os
informatizadas, como se dão as articulações entre os componentes básicos dessas
linguagens – linha, forma, cor, valor, luz, textura, volume, espaço, superfície,
movimento, tempo, etc.
- Analisar as intrínsecas relações de forma e conteúdos presentes em sua própria
produção em linguagem visual e audiovisual aprofundando os conhecimentos de suas
estáticas.
- Analisar crítica e esteticamente músicas de gêneros, estilos e culturas diferenciadas,
utilizando conhecimento e vocabulário musicais.
- Improvisar, atuar e interpretar personagens tipos, coisas situações.
- Fazer criações de possibilidades expressivas corporais, faciais, do movimento, da
voz, do gesto,
- Utilizar diferentes fontes de improvisações em dança (instruções diretas,
descobertas, guiadas, jogos, respostas selecionadas).
- Experimentar, investigar improvisação de dança e composição coreografica inclusive
em arte visuais, a partir de diversas fontes culturais.
Conteúdos Estruturantes
Os conteúdos estruturantes da disciplina Arte, no Ensino Médio visa a preservação do direito de acesso ao conhecimento sistematizado em arte pelo aluno. Os saberes, conteúdos estruturantes da disciplina Arte: Elementos formais, a Composição, os Movimentos e os períodos, e permeando a todos estes está a relação do tempo e do espaço. Constituem-se também em identidade para a arte onde a prática pedagógica contempla as quatro áreas de arte.
De acordo com as DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação
Básica do Estado do Paraná – (2006), os conteúdos estruturantes para o Ensino
Médio são conhecimentos de maior amplitude, conceitos importantes, basilares e
fundamentais para a compreensão de cada uma das áreas de arte, e paralelamente é
elemento fundamental de uma área podendo encontra correspondentes nas outras
áreas.
Ao utilizar os conteúdos estruturantes o professor poderá relacionar de forma
mais clara os conhecimentos das outras áreas de arte facilitando, assim, ao aluno a
compreensão da totalidade da mesma, objetivando a abrangência do conhecimento
em arte produzido pela humanidade. Representação
Caracterização
Roteiro
Gêneros
1 a série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Áreas Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdos específicos
Artes Visuais Ponto
Linha
Superfície
Textura
Volume
Luz
Cor
Figurativo
Abstrata
BI/Tridimensional
Semelhanças
Contraste
Gêneros
Técnicas
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Indústria Cultural
Arte Contemporânea
Música Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Gêneros
Técnicas
Música Popular Brasileira
Indústria Cultural
Música Eletrônica,Rap,
Funk,Techo,etc.
Hip-Hop
Teatro Personagem:
Expressões
corporais, vocais,
faciais
Ação
Representação
Sonoplastia
Iluminação
Cenografia
Figurino
Caracterização
Gêneros
Teatro Greco-Romano
Teatro do Oprimido
Teatro do Pobre
Dança Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Sonoplastia
Coreografia
Improvisação
Gêneros
Industria Cultural
Dança Popular Brasileira
Paranaense
Dança moderna
Dança Contemporânea
2 a série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Áreas Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdos Específicos
Artes Visuais Ponto
Linha
Superfície
Textura
Volume
Luz
Cor
Figurativa
Abstrata
Contrastes
Ritmo visual
Gêneros,
Técnicas
Expressionismo
Realismo
Surrealismo
Cubismo
Arte Engajada
Arte de Vanguarda
Industria Cultural Música Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Melodia
Harmonia
Gêneros
Improvisação
Interpretação
Música Popular Brasileira
Popular
Indústria Cultural
Engajada
Vanguarda
Africana
Teatro Personagem:
Expressões
corporais, vocais,
faciais
Ação
Representação
Caracterização
Roteiro
Gêneros
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
Arte de Vanguarda
Teatro Realista
Commedia dell art
Teatro japonês nô e
Kabuki,
Teatro modernoDança Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Gêneros
Coreografia
Sonoplastia
Formação
Improvisação
Danças antigas
Danças indígenas
Dança de rua
Dança moderna
Vanguardas
Arte Engajada
Renascimento
3 a série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Áreas Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Conteúdos específicos
Artes visuais Ponto
Linha
Superfície
Textura
Volume
Luz
Cor
Figurativa
Abstrata
Figura/fundo
Ritmo visual
Técnicas
Gêneros
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Digital
Arte Latino-Americana
Música Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ocidental
Oriental
Latino-Americana
Música Popular Brasileira
Paranaense
Teatro Personagem:
Expressões
corporais, vocais,
faciais
Ação
Representação
Sonoplastia
Caracterização
Figurino
Roteiro
Cenografia
Teatro Paranaense
Teatro Latino-Americano
Teatro de Vanguarda
Teatro Simbolista
Dança Movimento corporal
Tempo
Ação
Formação
Coreografia
Improvisação
Dança Classica
Africana
Paranaense
Dança Moderna
Encaminhamento Metodológico
A metodologia para o ensino da Arte busca o aproveitamento e apropriação dos
conteúdos pelo aluno de forma específica e qualitativa dos conhecimentos produzidos
pela humanidade.
Para isso o trabalho em sala de aula deve destacar a ralação do homem com arte,
com produzir arte,trabalho artístico e sentir e perceber as obras de arte.
Sabendo-se que o objeto do trabalho é o conhecimento, a metodologia do ensino
da arte deve contemplar: o sentir e perceber: são formas de apreciação e
apropriação da obra de arte; o trabalho artístico: é a prática de uma obra; o
conhecimento em arte: fundamenta e possibilita o aluno que sinta e perceba a obra
de arte bem como desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.
E para uma exposição mais adequada dos conteúdos o professor utilizará livros,
revistas, jornais, gibis, os recursos tecnológicos ( computador, TV, Dvd, Cds, aparelho
se som), será realizado trabalho individual em grupo e pesquiSas.
Avaliação
A avaliação no sentido de rever a prática pedagógica de modo que leve o aluno a
apropriação do conhecimento, assume caráter dinâmico, contínuo, cooperativo da
prática pedagógica e requer participação de todos os envolvidos no processo.
É interessante, portanto que seja avaliado o processo, ou seja, o domínio que o
aluno vai adquirindo dos modos de organização dos conteúdos ou elementos formais
na composição artística para que ele possa se expressar.
A forma de acompanhamento do aprendizado deve refletir o trabalho realizado,
privilegiando os conteúdos já dominados pelo aluno ou aqueles que foram ampliados
ao longo do percurso.
De forma a não tomar a avaliação totalmente subjetiva, deve estar pautada em
critérios previamente estabelecidos, os quais constituem níveis de idealidade a serem
atingidos.
O processo de avaliação deve ser contínuo, somando práticas em sala de aula,
trabalhos de pesquisas e apresentação oral, entre outras práticas, além de avaliações
escritas e, principalmente, do próprio acompanhamento sobre a organização e a
participação ativa e crítica do aluno em sala.
CONTEUDOS
1.ª Série-
_ Perspectiva, ponto de fuga, linha do horizonte
_ Perspectiva de exteriores: correta colocação de portas e janelas de acordo com o ângulo de inclinação das paredes.- Perspectiva de interiores- História da arte: Realismo, escultura realista – August Rodin.
- Pintura social, salão dos recusados, influência da Revolução industrial
- Design – rough, layout e arte final
- Propaganda Visual, verbal e audiovisual
- Análise estética de uma obra de arte. “ Almoço na relva” / Manet ,
- A pintura como modo de registrar o momento histórico
- Gravura: xilogravura, linoleogravura, gravura em metal, litogravura.
- História da arte. Impressionismo e Pós-impressionismo
- Principais movimentos artísticos do séc. XX.
- Linguagem visual e seus elementos fundamentais (ponto, linha, textura, cor e
forma)
- Relação entre forma e conteúdo.
- Arte popular no Brasil ( Mestre Vitalino, Heitor dos Prazeres. Cerâmica, artesanato,
tecelagem.
- Estudo da arte brasileira: pré-história, arte indígena, Barroco no Brasil, missão
francesa.
- Imagem sequencial – história em quadrinhos
- Música: origem, história e evolução mundial e brasileira.
- Gêneros musicais.
- Apreciação musical
- Elementos da Música: melodia, harmonia, ritmo e timbre.
- História do rádio e da TV
- Criação de Programa de Radio: roteiro, estilo, músicas, notícias, propagandas,
participação, tempo, voz.
- Estilos musicais: sertaneja, MPB, samba, rap, Reggae, Rock, Pop, dance,
eletrônica, pagode, romântica, etc
- Criação de Párodia ( releitura de músicas)
- Criação de capa de CDs.
- Gêneros teatrais
- Teatro – Grécia, Roma e Comédia dell arte.
- Linguagem visual e seus elementos
- Leitura da obra de arte: peso, figuras principais, estratégia para aumentar a
dramaticidade e o equilíbrio entre a entrada e a saída e a saída do olhar do
observador em relação a obra.
- Composição tridimensional
2.ª Série
• Escorço: deformação aparente que um corpo sofre quando observado em determinadas posições.
• Retrato e auto-retrato: histórico e técnicas.• História da arte: Dadaísmo
• Criação de poesia dadaísta
• A pintura como modo de expressão, crítica e os conflitos do ser humano.
• Análise da obra de arte “O grito” (Edward Munch) - Expressionismo
• Movimentos artísticos do séc. XX Cubismo, Surrealismo, Futurismo,
Abstracionismo, Pop. Art, Op. Art, pintura metafísica.
• Arte popular no Brasil
• Caricaturas, charges.
• Arte paranaense (principais artistas e obras).
• Estudo da linha na pintura
• Superfície (contraste de claro-escuro)
• A cor e as possibilidades de sensações
• Mostra internacional de gravura de Curitiba
• Ritmo por distorção das linhas e das cores
• Composição bidimensional e tridimensional
• Processo da audição: Como você ouve?
• Aparelho fonador – como funciona a voz
• Elementos do som
• Elementos da Música
• Gêneros musicais
• Instrumentos musicais classificação, e como são executados.
• Música brasileiras ( Gêneros e estilos) marcantes a partir da década de 50, 60, 70,
80, 90, Séc. XXI década 01 bem como o contexto histórico.
• Origem do teatro brasileiro
• Leitura de peças teatrais
• Gêneros teatrais
• Teatro Japonês No, Kabuki,
• Máscaras, figurino, luz, efeitos sonoros,
• Impostação de voz e interpretação de personagem, regionalismo.
3.ª Série
• História da escultura: pré-história, egípcia, grega, romana, renascentista, barroca, realista, contemporânea, interativa,cinética
• Escultores consagrados e expoentes.
• Escultura abstrata e figurativa
• Escultura em sabão
• Contraste de claro-escuro (pintura com nanquin)
• Contraste com carvão vegetal
• Texturas: orgânicas, inorgânicas, próprias ou produzidas
• Desenho de observação representando diversas texturas com o grafite
• Publicidade e propaganda: criação de anúncios, folder’s, cartazes, campanha de
conscientização, logotipos.
• Criação de capa de CDs e livros
• A música no Brasil
• A formação da música brasileira
• Radionovela – texto, música, personagens, ruídos, efeitos sonoros, gravação.
• Instrumento folclórico( afoxé, atabaque, berimbau, pandeiro, rabeca, )
• Chiquina Gonzaga – serestas, marchinha.
• Tropicalismo ,jovem guarda, forró e músicas que marcaram o final do século XX.
• Descaracterização da música brasileira pelos modismos impostos pela mídia
• Cinema brasileiro: “O Pagador de promessas, Oscarito e grande Otelo, As
chanchadas, Glauber Rocha
• Análise da arte paranaense: Alfredo Andersen, De Bona, João Turin.
• Teatro – expressão corporal, voz, interpretação – Gêneros.
Referências Bibliográficas
BELLIATTI, Rosangela e equipe. Concurso público - professor – conhecimentos específicos educação artística. Secretária de Estado da Educação. Paraná, 2003.
CALABRIA, Carla Paula B, Raquel Valle Martins. Arte, história & produção. São Paulo: FTD, 1997 vol. 1 e 2.
CANTELE, Bruna Renata, Angela Cantele Leonardi. Arte linguagem Visual. São Paulo: IBEP, s/ d.
COOL, César, Ana Teberosky. Aprendendo arte. São Paulo: Ática, 2000.
HADDAD, Denise A., Dulce Gonçalves Morbim. A arte de fazer arte. São Paulo: Saraiva,2001, 2.ª ed.
PROENÇA, Graça. História da arte. São Paulo: Ática,1997
SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Projeto de correção de fluxo, caderno de arte 1 e 2 – artes plástica, teatro e música. Paraná: Governo do Paraná, 1998.
VÁRIOS AUTORES / ARTE SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Arte,livro didático. Curitiba: SEED, 2006.
----------------- SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais. Curitiba, 2006.
PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA -
APRESENTAÇÃO
Lemos com freqüência, que as tecnologias de comunicação estão provocando
profundas mudanças em todas as dimensões de nossa vida. A máquina a vapor, a
eletricidade, o telefone, o automóvel, o avião, a televisão, o computador e a internet,
são alguns exemplos de desenvolvimento tecnológico que provocam mudanças
culturais e sociais. E onde a Física esta inserida neste contexto?
É um fato de que a evolução tecnológica é responsável por essas profundas
mudanças, e que ela está diretamente relacionada à compreensão dos fenômenos
físicos, presentes em nosso dia-a-dia. Então é de suma importância estudar Física
para podermos compreender esses fenômenos que nos rodeiam.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE FÍSICA:
• Compreender a evolução dos sistemas físicos, as aplicações decorrentes dessa
compreensão e suas influências no modo do sujeito perceber o mundo que o
cerca;
• Comparar o conhecimento científico adquirido com as transformações econômicas
e sociais que ocorreram ao longo da história;
• Reconhecer a Ciência como uma construção humana;
• Educar para a cidadania, contribuindo para a formação de indivíduos críticos e
capazes de compreender o papel da Ciência no desenvolvimento da tecnologia;
• Incentivar a curiosidade, a observação e participação dos educadores;
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
Segundo Paulo Freire, ensinar exige respeito aos saberes do educando.
Levando-se em consideração esse ensinamento, o processo de ensino/aprendizagem
deve considerar aquilo que os alunos já conhecem no campo da Física, suas
experiências anteriores, sua visão de mundo e as relações afetivas já estabelecidas no
meio em que vivem. Dessa forma as informações passam a ser significativas e
consequentemente aumenta o interesse pela Física.
O estudante é apresentado a vários elementos utilizados pela Física (princípios,
concepções, linguagem), onde o discurso do professor deverá permitir que o aluno
perceba diferenças entre a sua forma de explicar um fenômeno e a forma utilizada
pela Ciência.
Assim o estudante poderá comparar e reformular suas idéias e interpretações
do fenômeno estudado, tendo em vista a concepção científica. A Física educa para a
cidadania, à medida que auxilia o sujeito a compreender a cultura científica e
tecnológica de seu tempo.
METODOLOGIA DE TRABALHO
O trabalho pedagógico será desenvolvido de várias formas conforme as
particularidades de cada atividade, os recursos disponíveis no momento de sua
execução e a conveniência momentânea tendo em vista o aluno como elemento
central da atividade. Assim, as atividades poderão contar com um ou mais dos
recursos a seguir:
Aulas expositivas e dialogadas;
Discussões em grupo;
Demonstrações e atividades práticas em sala de aula;
Atividades práticas no laboratório;
Pesquisa e discussão de textos, vídeos e outros materiais utilizando várias mídias,
computadores e a Internet.
Trabalhos práticos, feiras e mostras.
Desenvolvimento de projetos.
CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser considerada como um instrumento para intervir no
processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento, tendo os
pressupostos teóricos como diretriz e levando em consideração os aspectos históricos,
conceituais e culturais no estudo da Física.
Dessa forma, a avaliação será de caráter diversificado, abordando os seguintes
aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de texto, seja
literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; a
capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento
que envolva a Física.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá de forma contínua e os instrumentos de avaliação serão
utilizados conforme as particularidades de cada atividade proposta, podendo ser
através de:
Testes;Resolução de exercícios;Práticas experimentais;Produção de textos;Elaboração de Pesquisas;Apresentação trabalhos;
REFERÊNCIAS
BONJORNO, Regina Azenha. Física completa. Volume único, 2ª edição. São Paulo. Editora FTD. 2001.
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCN + Ensino Médio, Ciências da Natureza, matemática e suas tecnologias; Brasília: MEC/SENTEC, 2002.
GASPAR, Alberto. Física: Volume único. 1ª Edição. São Paulo. Editora Ática; 2008.
MÁXIMO, Antônio. ALVARENGA, Beatriz. Volume 1,2 e 3. 1ª edição. São Paulo: Editora Scipione. 2008.
PARANÁ, Djalma N. da Silva. Física série novo ensino médio. Volume único; São Paulo: Editora Ática. 2003.
PARANÁ/SEED. Programa expansão, melhoria e inovação no Ensino Médio – Documento elaborado para elaboração do Projeto. Curitiba: SEED. 1994.
PENTEADO, Paulo César M. TORRES, Carlos Magno A. Física - Ciência e Tecnologia: Volume 1,2 e 3. 1ª edição. São Paulo: Editora Moderna. 2005.
SAMPAIO, José Luiz. CALÇADA, Caio Sérgio. Física: Volume único. 2ª edição. São Paulo: Editora Atual. 2005.
PROPOSTA CURRICULAR L.E.M.
APRESENTAÇÃO
O ensino das Línguas Modernas começou a ser valorizado somente depois da
chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.
De lá para cá, a Língua Inglesa passou por diferentes métodos de ensino,
como: método áudio-linguais, abordagem comunicativa e por último, a
contextualização.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9394/96,
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna e
escolhida pela comunidade, dentro das disponibilidades da instituição (Art. 36, inciso
III).
Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo
e maneiras de atribuir sentidos; é formar subjetividade; é permitir que se reconheça no
uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independente do grau de
proficiência atingido.
OBJETIVOS DO CURSO
Entende-se que o ensino da Língua Estrangeira Moderna, deve possibilitar ao
aluno uma visão de mundo mais ampla, para que avalie os paradigmas já existentes e
crie novas maneiras de construir sentidos do mundo, considerando as relações que
podem ser estabelecidasentre língua estrangeira e a inclusão social; o
desenvolvimento de consciência do papel das línguas na sociedade, o reconhecimento
da diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras.
Espera-se que o aluno:
seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
vivencie formas de repetição que lhe possibilite estabelecer relações entre ações
individuais e coletivas;
compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e portanto,
passíveis de transformação na prática social;
tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade.
Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento do país.
Aplique as estruturas aprendidas em diferentes contextos e amplie-as de forma
criativa.
1º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Leitura:
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto;
Realização de leitura não linear dos diversos textos;
Finalidades do texto.
Oralidade:
Variedades linguísticas;
Fianalidade do texto oral;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Escrita:
- Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas
linguísticas;
- Paragrafação;
- Clareza de idéias.
Análise linguística (coesão e coerência)
• Função dos pronomes, artigos, adjetivos, verbos, grau de adjetivos, substantivos
contáveis e incontáveis e outras categorias como elementos do texto.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Present Continuous;
• Simple Present;
• Going to;
• Imperative;
• Personal Pronouns;
• Simple Past (regular, irregular);
• Possessives adjectives and pronouns;
• Past Continuous;
• Modal Verbs;
• Quantifiers: many, much, few, little, a lof of...;
• Degrees of comparison I;
• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Questões que levem o aluno a interpretar, compreender e refletir sobre o texto;
• Produção textual.
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Leitura:
• Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;
• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto;
• Realização de leitura não linear dos diversos textos;
• Finalidades do texto.
Oralidade:
• Variedades linguísticas;
• Finalidade do texto oral;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Escrita:
• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas
linguísticas;
• Paragrafação;
• Clareza de idéias.
Análise linguística (coesão e coerência):
• Função de verbos, graus do adjetivos, pronomes (relativos, reflexivos,
indefinidos), adjetivos e outras categorias como elementos do texto.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
f) Degrees of comparison II;
g) Tag questions;
h) Simple Future;
i) Future Continuous;
j) Reflexives Pronouns;
k) Genitive Case;
l) Present Perfect;
m) Past Perfect;
n) Past Perfect Continuous;
o) Some, any, no and compounds;
p) Relative Pronouns I and II;
q) Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
r) Questões que levem o aluno a interpretar, compreender e refletir sobre o texto;
s) Produção textual.
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Leitura:
• Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto;
• Realização de leitura não linear dos diversos textos;
• Finalidades do texto.
Oralidade:
- Variedades linguísticas;
- Finalidade do texto oral;
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Escrita:
• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas
linguísticas;
• Paragrafação;
• Clareza de idéias.
Análise linguística (coesão e coerência):
• Função de verbos, advérbios, discurso direto e indireto, voz passiva e ativa,
verbos modais e outras categorias como elementos do texto.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Modal Verbs: may, might, should, can, could...;
• Future Perfect;
• Verb review;
• Conditional I, II, and III;
• Passive voice I and II;
• Reported Speech I and II;
• Infinitive and gerund;
• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Questões que levem o aluno a interpretar, compreender e refletir sobre o texto.
• Produção textual.
ATUAÇÃO METODOLÓGICA
• Prática de leitura de textos de gêneros diferentes;
• Utilização de materiais diversos, para interpretação de textos;
• Análise de textos, levando em consideração o grau de complexidade dos mesmos;
• Leitura de outros textos, através de pesquisa, para a observação das relações
dialógicas;
• Seleção de discursos como: entrevista, cenas de desenhos, reportagens, recortes
de filmes, documentários, etc.
• Dramatização de textos;
• Apresentação de textos produzidos pelos alunos;
• Leitura de diversos textos (individual e/ou em grupo);
• Análise dos recursos da própria realidade;
• Produção de textos;
• Estudos dos conhecimentos linguísticos a partir: de gêneros selecionados para
leitura ou escrita; de textos produzidos pelos alunos; das dificuldades
apresentadas pela leitura;
• Pesquisas em jornais, revistas, dicionários e internet;
• Reprodução escrita, falada e cantada de canções atuais ou tradicionais.
• Trabalho com textos relacionados a História e cultura afro-brasileira indígena e a
História do Paraná.
• Trabalho com músicas, filmes.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem em Língua estrangeira está articulada aos
fundamentos teóricos explicitados na LDB Nº 9394/96 e nas DCE.
Caberá ao professor observar a participação dos alunos e considerar que o
engajamento discursivo na sala de aula se faça pela interação verbal, a partir de
textos; na interação com o material didático; nas conversas em língua materna e
estrangeira e no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao
promover o desenvolvimento de idéias (Vygotiski, 1989).
Uma vez que é sujeito da aprendizagem, o aluno deve ter seu esforço
reconhecido por meio de ações tais como: um retorno sobre seu desempenho e o
entendimento do erro como integrante da aprendizagem.
A avaliação deve ser diagnóstica, contínua e formativa, desde que se articulem
com os objetivos específicos e conteúdos definidos. Isso se dará da através de provas,
trabalhos, exercícios orais e escritos, dramatizações e debates.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Durante o decorrer do ano letivo, espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto, considerando a construção de significados
possíveis e a sua condição de produção;
• Argumente o respeito do que leu;
• Amplie o seu horizonte de expectativas;
• Reconheça as variantes lexicais;
• Apresente clareza nas idéias;
• Desenvolva a oralidade;
• Produza e demontre na produção textual, a construção de significados;
• Diferencie a linguagem formal da informal;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos;
• Amplie o vocabulário;
• Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.
Bibliografia – Referência
23)Livro adotado para os alunos (1º – 2º – 3º – Médio)
AMOS, Eduardo Amos, Elizabeth Prescher, Ernesto Pasqualin. Challenge – São
Paulo: Moderna, 2005.
24)Internet
www.eviews.net
www.els-lab.com
www.everidayenglish.com
www.dailygrammar.com
www.towerofenglish.com
25) LIBERATO, Wilson Antônio, 1951. Compact English book/ Wilson Antônio Liberato
– São Paulo: FTD, 1998.
26)BRASIL, Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996.
27)BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio: língua estrangeira. Brasília:
MEC/SEF, 1999.
28)DCE – (Diretrizes Curriculares da Rede Pública de educação básica do Estado do
Paraná.)
Proposta Curricular de Biologia
Apresentação da Disciplina
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno vida que, ao longo
da história teve muitos conceitos elaborados a seu respeito, numa tentativa de explicá-
lo e compreendê-lo.
A história da Ciência mostra que as tentativas de definir vida têm origem na
Antigüidade, com pensadores como Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.), que deixou
contribuições importantes quanto à organização dos seres vivos, buscando
explicações para a compreensão da natureza.
Na Idade Média, o conhecimento sobre o Universo, estava vinculado a um Deus
Criador. Esse dogma permeava todas as explicações sobre a natureza, considerando
que, para tudo que não podia ser explicado havia uma razão divina.
Com o surgimento das primeiras universidades medievais, nos séculos IX e X,
houve a necessidade de se organizar, sistematizar e agrupar o conhecimento
produzido pelo homem. As divergências nos estudos dos fenômenos naturais
prenunciaram mudanças em relação às concepções, que até então eram teocêntricas.
Com o rompimento do Teocentrismo e da concepção medieval, os conceitos sobre
homem passaram ao primeiro plano, ocorrendo assim uma superação das idéias
antigas e emergência de modelos novos.
Na Renascença também houve confronto de idéias, com alguns naturalistas
utilizando o pensamento matemático para interpretar a ordem mecânica da natureza, e
outros que realizavam seus estudos com enfoque descritivo, preocupando-se em
descrever e ilustrar a natureza criada por Deus.
A partir de Linné (1707-1778), houve a criação de um sistema descritivo,
interessado na exploração empírica da natureza, através da observação e descrição
(pensamento biológico descritivo).
O filósofo Francis Bacon (1561-1626), contribuiu para uma nova visão de
Ciência, ao introduzir suas idéias sobre aplicação prática do conhecimento.
Nesse período, René Descartes (1596-1650), contrapõe-se ao pensamento baconiano
propondo o uso da razão humana, que é a faculdade máxima do conhecimento. Ele é
considerado o fundador do pensamento científico moderno.
No século XVII, os embates teóricos tornaram-se mais evidentes com o
questionamento sobre a origem da vida. As idéias sobre a geração espontânea
começaram a ser contrariadas quando Francesco Redi (1626-1698), entre outros,
apresentou estudos sobre a biogênese.
O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção de instrumentos que
permitiram ampliar a visão anatômica e fisiológica. Para entender o funcionamento da
vida, a Biologia fracionou em partes cada vez menores e mais especializadas, com o
propósito de compreender as relações de causa e efeito no funcionamento de cada
uma delas.
No fim do século XVIII e início do século XIX, a imutabilidade da vida foi
questionada com evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Estudos sobre a
mutação das espécies ao longo do tempo foram apresentados por vários cientistas,
entre eles Jean- Baptiste de Monet, o cavalheiro de Lamarck (1744-1829).
No início do século XIX, Charles Darwin (1809-1882) apresentou suas idéias
sobre evolução das espécies. Através das observações realizadas em espécimes
coletados nas Ilhas de Galápagos, começou a perceber evidências de um mundo
mutável.
Para consolidar sua teoria sobre a origem das espécies por meio da seleção natural,
Darwin usou evidências evolutivas que foram consideradas provas e suporte de suas
concepções, como estudo dos fósseis, distribuição geográfica das espécies, anatomia
e embriologia comparadas e modificação de organismos domesticados.
Em 1865, Gregor Mendel (1822-1884), apresentou sua pesquisa com vegetais da
espécie Pisum sativum (ervilhas), sobre a transmissão das características entre os
seres vivos.
No século XIX, a Biologia fez grandes progressos com a proposição da teoria
celular, a partir das observações de M. Schleiden, em 1838 e T. Schwann, em 1839,
ao afirmarem que todos os seres vivos eram compostos de células.
No século XX, os trabalhos de Mendel foram confirmados por uma nova geração de
geneticistas, o que contribuiu para uma revolução conceitual na Biologia e para a
construção de um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao
material genético, sob influência do pensamento biológico evolutivo.
Os estudos de Thomaz H. Morgan (1866-1945) foram importantes para que a
Genética se desenvolvesse como ciência e, aliada aos movimentos políticos e
tecnológicos decorrentes das grandes guerras, promoveu uma re-significação do
darwinismo e deu força ao processo de unificação das Ciências Biológicas. A Biologia
começou a ser vista como utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na
medicina, na agricultura e em outras áreas.
O método de construção do conhecimento científico precisou ser revisto. O
pensamento científico passou a utilizar formas de abordar a realidade objetiva, a
considerar que essas formas coexistem e que essa coexistência indica a necessidade
de rever o método científico como instrumento que confere às Ciências Físicas e
naturais o status de cientificidade.
A Biologia ampliou sua área de atuação e se diversificou. Os avanços na área
de Biologia Molecular, relativos à bioquímica, à biofísica e à própria biologia
molecular, permitiram o desenvolvimento de inovações tecnológicas e interferiram no
pensamento biológico evolutivo. Foi possível, através do desenvolvimento de técnicas,
intervir na estrutura do material genético, modificando a estrutura dos seres vivos e as
conseqüentes alterações biológicas.
Dessa forma, resumidamente, percebe-se como se deu a construção do
pensamento biológico e que fundamentam a escolha dos conteúdos estruturantes da
disciplina de Biologia: organização dos seres vivos, mecanismos biológicos,
biodiversidade e manipulação genética.
É importante frisar que para a Biologia, a construção do conhecimento ocorre
em movimentos não-lineares, como momentos de crises, de mudanças de paradigmas
e busca constante sobre explicações sobre o fenômeno vida.
Com os conhecimentos biológicos crescendo de uma maneira exponencial, é
importante para uma pessoa apropriar-se de toda a informação disponível. Por isso, a
escola teria o papel de lugar de mediação cultural, cabendo aos educadores
“investigar como ajudar os alunos a se constituírem como sujeitos pensantes e críticos,
capazes de pensar e lidar com os conceitos, argumentar em faces de dilema e
problemas da vida prática” (Libâneo, 2004).
Conteúdos estruturantes / básicos da disciplina
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1ª SÉRIE
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
- Introdução ao estudo da Biologia
OBJETIVOS
- Localizar junto ao educando conceitos para o desenvolvimento das atividades.
- Conhecer a divisão da Biologia
CONTEÚDOS
- Características do Seres Vivos
OBJETIVOS
- Conhecer as características que diferenciam os componentes vivos dos não vivos.
CONTEÚDOS
Teorias sobre a origem da Terra e da vida
- Biogênese, Abiogênese
- Fixista
- Cosmozoários
OBJETIVOS
Identificar as características gerais dos seres vivos
Compreender a vida e os seres vivos do ponto de vista biológicos.
CONTEÚDOS
Hipóteses.
Teorias de Evolução Darwin e Lamarck (e Neodarwinismo)
Evidências da evolução
OBJETIVOS
• Conhecer a evolução dos organismos com o passar do tempo.
• Reconhecer os seres vivos como sistemas integrados que interagem com o
meio
CONTEÚDOS
Ecologia: Conceitos básicos.
Fluxo de energia nos ecossistemas – Ciclos biogeoquímicos (água –
oxigênio – Nitrogênio – gás Carbônico).
OBJETIVOS
Conceituar ecossistemas e conhecer seus componentes
Ser capaz de identificar os elementos da natureza bem como seus recursos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
BIODIVERSIDADE
Ecologia
Relações entre o seres vivos
OBJETIVOS
• Caracterizar os tipos de relações ecológicas apontando os oceanos como parte
do processo sendo o verdadeiro pulmão do mundo
• Perceber os elementos da natureza como parte do processo de relações,
interações e transformação.
2ª série
MECANISMOS BIOLÓGICOS
1. Reino Monera
OBJETIVOS
• Conhecer e diferenciar os principais reinos existentes na natureza
• Agrupar os seres vivos em seus respectivos reinos.
CONTEÚDO
• Reino Protista
OBJETIVOS
• Constatar a presença das diferentes formas devida presente no cotidiano.
• Valorização das diferentes formas de vida valorização a observação como
importante meio de aquisição de conhecimento.
CONTEÚDO
- Funji
OBJETIVOS
• Conhecer as principais estruturas dos fungos
• Saber a utilização dos fungos.
CONTEÚDO
Classificação e Diversidade das plantas.
OBJETIVOS
1. Caracterizar quanto a Anatomia e Fisiologia.
2. Plantas Criptógamas e Fanerógamas.
CONTEÚDO
Caracterização: Anatomia e Fisiologia de porífera, Cnidárias, Platelmintos,
Anelídeos, Artrópodes, Equinodermos e Cordatos.
OBJETIVOS
• Conhecer as características principais dos animais primitivos e evoluídos.
• Identificar as diferenças entre os animais, quanto ao seu habitat, importância na
industria e na saúde do próprio homem.
3ª série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
CONTEÚDOS
Citogenética
- Núcleo
- Material genético- DNA e RNA
- Cromossomos
OBJETIVOS
• Conhecer as estruturas que compõem o núcleo
• Conhecer a composição do material genético
• Diferenciar DNA e RNA
• Conhecer os diferentes tipos de cromossomos.
CONTEÚDO
Divisão celular
• Diferenciação
• Permeabilidade
• Trocas
• crescimento
OBJETIVOS
• Entender o aumento no número de células como responsável pelo crescimento dos
organismos pluricelulares e a divisão da célula como a própria reprodução de um
ser
• Conhecer os processos de reprodução das células.
• Saber como ocorre o crescimento e a formação dos organismos pluri e
unicelulares.
CONTEÚDO
Hereditariedade
Conceitos básicos sobre genética
Teorias mendelianas.
1ª Lei de Mendel
Genealogias ou Heredogramas
OBJETIVOS
• Debater sobre a hereditariedade e sobre as tecnologias modernas e práticas de
engenharia
• Entender o processo da hereditariedade como a transmissão de características
de pai para filho.
CONTEÚDOS
2° lei de Mendel
- Desenvolvimento cientifico e tecnológico no campo da biologia
- Pesquisa, investigação cientifica.
OBJETIVOS
- Conhecer as principais descobertas no campo da genética.
- Valorização dos conhecimentos e pesquisa em genética para o
entendimento de distúrbios hereditários.
• Reconhecer o desenvolvimento cientifico e tecnológico dentro da Biologia e
entender o processo hereditariedade.
• Identificar as investigações e pesquisas cientificas no campo da Biologia e
como ocorre a transmissão das características de pai para filho.
Metodologia da disciplina
Compreender o fenômeno da vida e sua complexidade de relações, na disciplina de
Biologia, significa analisar uma Ciência em transformação, cujo caráter provisório
permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar conceitos e
teorias elaboradas em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural.
O ensino da Biologia, segundo as DCEs atuais, firma-se na construção a partir da
práxis do professor. Objetiva-se, portanto, trazer os conteúdos de volta para os
currículos escolares, mas numa perspectiva diferenciada, em que se retome a história
da produção do conhecimento científico e da disciplina escolar e seus determinantes
políticos, sociais e ideológicos.
É importante conhecer e respeitar a diversidade social cultural e as idéias primeiras do
aluno como elementos que também podem constituir obstáculos à aprendizagem dos
conceitos científicos que levam à compreensão do conceito vida.
-
Como recurso para diagnosticar as idéias primeiras do aluno é recomendável
favorecer o debate em sala de aula, pois ele oportuniza análise e contribui para a
formação de um sujeito investigativo e interessado, que busca conhecer e
compreender a realidade. Promover ações pedagógicas que permitam a superação
das concepções anteriores.
Os conteúdos específicos de Biologia estão apoiados em um processo pedagógico em
que:
A prática social se caracteriza como ponto de partida;
A problematização implique o momento para detectar e apontar as questões a serem
resolvidas na prática social, quais conhecimentos são necessários e as exigências de
aplicação desses conteúdos;
A instrumentalização, onde os conteúdos apresentados sejam assimilados e se
transformem em instrumentos de construção profissional e pessoal;
A catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno e o
problema em questão;
O retorno a pratica social que se caracteriza pela apropriação do conteúdo saber
concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a
construção de uma sociedade mais igualitária.
Avaliação
A avaliação na disciplina de Biologia é um processo cuja finalidade é
obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para
nela interferir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe-se uma
tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua
aprendizagem e organize-se para as mudanças.
Esse processo deverá estar de acordo com a LDB n⁰ 9394/96 que considera a
avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos...”.
A avaliação é pressuposta como um instrumento analítico do processo de ensino-
aprendizagem que se configura em um conjunto de ações pedagógicas pensadas e
realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e alunos tornem-se
observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes.
Os instrumentos avaliativos a serem usados serão seminários, debates, trabalhos de
pesquisa individuais ou em grupo, provas subjetivas e objetivas, charges, gráficos, etc.
Referências bibliográficas
- ESTADO DO PARANÁ. Livro didático público. Curitiba: SEED – PR,
2006.
- PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes
curriculares de Biologia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008.
- PEDRANCINI, Vanessa Daiana et all. Ensino e aprendizagem de
Biologia no ensino médio e apropriação do saber científico e biotecnológico.
Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciências Vol. 6, n⁰ 2, 299-309
(2007).
PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA
1 APRESENTAÇÃO
“Que terá levado o homem, a partir de determinado momento de
sua história, a fazer ciência teórica e filosofia? Por que surge no
Ocidente, mais precisamente na Grécia do século VI a.C., uma
nova mentalidade, que passa a substituir as antigas construções
mitológicas pela aventura intelectual, expressa através de
investigações científicas e especulações filosóficas?”3
Esta é uma indagação que, no mínimo coloca o homem numa condição de
busca, e esta busca por uma explicação e interpretação dos clássicos gregos pode ser
considerado o ponto de partida da filosofia: o que pensavam a respeito do homem, do
mundo e do além-matéria.
Para tanto, não significa encontrar respostas prontas sobre as mais variadas
dúvidas da realidade circundante, mas enquanto conceitos acerca destas temáticas
como ferramentas capazes de causar uma profunda reflexão no entendimento dos por
quês e, ao mesmo tempo, enquanto um “desnudamento” do mundo.
A proposta da filosofia alimenta-se do investigar e do compreender.
Conforme HORN e FERNANDES (2006)
debruçar-se sobre textos, buscando entender as linhas e
entrelinhas para ‘admirar-se’, ‘espantar-se’, através de um pensar
livre e autônomo, que constitui no instrumento primeiro da
formação do espírito, na atualidade, é realizar a tarefa da
filosofia4.3 SOUZA, José Cavalcante de. Os Pré-Socráticos. São Paulo: Editora Nova Cultural Ltda, 2000, p.5.4 HORN, Geraldo Balduino; FERNANDES, Sandro; BORGES, Anderson de Paula et al. Textos
Filosóficos em Discussão. Curitiba: Editora Elenco, 2006, p.11.
Numa sociedade tão influenciada pelos meios de comunicação de massa que
instrumentalizam as relações sociais e “amputa” o vocabulário, torna-se cada vez mais
desafiador a proposta de desenvolver um espírito livre e autônomo.
O homem contemporâneo encontra-se mergulhado numa luta estafante contra o
tempo e não lhe é permitido pensar sobre suas atitudes frente à própria vida. Vive-se
por viver, faz-se por fazer, e um vazio existencial instala-se com mais freqüência. Urge
a necessidade de encontrar um sentido para a existência humana.
De acordo com ARANHA e MARTINS (2005)
“A filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do
mundo. Ela não é um conjunto de conhecimentos prontos, um
sistema acabado, fechado em si mesmo. Ela é, antes de mais
nada, um modo de se colocar diante da realidade, procurando
refletir sobre os acontecimentos a partir de certas posições
teóricas. Essa reflexão permite ir além da pura aparência dos
fenômenos, em busca de suas raízes e de sua contextualização
em um horizonte amplo, que abrange os valores sociais,
históricos, econômicos, políticos, éticos e estéticos5.”
Assumir uma postura frente à realidade não é tão fácil, dada às circunstâncias
dos múltiplos discursos ideológicos que aprisionam o homem em seus ditames. É mais
cômodo deixar que as coisas continuem como estão do que tomar uma iniciativa,
mudar posturas, opiniões, sair de um estado de “falsa segurança”.
Perguntar-se sobre o sentido que move o ser humano nas suas tarefas
cotidianas tem sido uma necessidade. A humanidade clama por isso. Nesse momento,
as ciências exatas encontram-se fragilizadas para realizar tal tarefa. O pensamento
filosófico pode iniciar uma reflexão e, quisera causar uma mudança de postura capaz
de conduzir o homem à contemplação de sua natureza pensante.
5 ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. 3ed. rev. São Paulo: Moderna, 2005, p.12.
Para conceituar filosofia, pode-se utilizar, a partir da obra de CHAUÍ (2005), o
que afirmavam alguns pensadores
Platão definia a filosofia como um saber verdadeiro que deve ser
usado em benefício dos seres humanos. Descartes dizia que a
filosofia é o estudo da sabedoria, conhecimento perfeito de todas
as coisas que os humanos podem alcançar para o uso da vida, a
conservação da saúde e a invenção das técnicas e das artes.
Kant afirmou que a filosofia é o conhecimento que a razão
adquire de si mesma para saber o que pode conhecer e o que
pode fazer, tendo como finalidade a felicidade humana. Marx
declarou que a filosofia havia passado muito tempo apenas
contemplando o mundo e que se tratava, agora, de conhecê-lo
para transformá-lo, transformação que traria justiça, abundância e
felicidade para todos. Merleau-Ponty escreveu que a filosofia é
um despertar para ver e mudar o nosso mundo. Espinosa afirmou
que a filosofia é um caminho árduo e difícil, mas que pode ser
percorrido por todos, se desejarem a liberdade e a felicidade6.
Todos os autores citados comungam da mesma idéia: a filosofia é necessária;
necessária porque o homem não está satisfeito com a sua condição, com a sua vida,
com o seu estado de miserabilidade. O homem quer mais e pode ter mais. Por quê?
Porque dentre as infinitas opções escolhe uma e não se contenta e volta, num ciclo
eterno, a ter que efetuar novas escolhas.
Para tanto, requer um pensar antes de agir e não pode ser um pensar
precipitado. Pode-se afirmar que a filosofia abre portas para acessar degraus maiores
de reflexão que permitam ao homem construir seu próprio caminho, haja vista que
nunca está pronto, mas sempre a fazer-se.
Como afirma APRESSIAN; BONI-KONÉ e BOYADJIEV (1995)
a atividade filosófica, como prática livre da reflexão, não pode
considerar alguma verdade como definitivamente alcançada, e
6 CHAUÍ, Marilena. Filosofia. 1ed. São Paulo: Ática, 2005, p.15.
incita a respeitar as convicções de cada um; mas ela não deve,
em nenhum caso, sob pena de negar-se a si mesma, aceitar
doutrinas que neguem a liberdade de outrem, injuriando a
dignidade humana e engendrando a barbárie7.
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
“Favorecer espíritos livres e reflexivos – capazes de resistir às
diversas formas de propaganda, de fanatismo, de exclusão e de
intolerância – contribui para a paz e prepara cada um a assumir
suas responsabilidades face às grandes interrogações
contemporâneas, notadamente no domínio da ética”8.
2.2 ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE
- Pesquisar o conceito de filosofia;
- Entender o cenário histórico do surgimento da filosofia e suas variantes;
- Distinguir os tipos de conhecimentos;
- Compreender o método socrático e sua importância;
- Estabelecer relação entre sujeito e objeto na aquisição do conhecimento;
- Conceituar método como pressuposto para atingir conhecimento;
- Analisar o método cartesiano;
- Refletir sobre a importância do racionalismo e empirismo na construção de caminhos
para o conhecimento da realidade.
7 UNESCO. Fhilosophie et Démocratie dans le Monde – Une enquête de l’Unesco. Libraine Génerale Française, 1995, pp.13-14.
8 Ibid, pp.13-14.
2ª SÉRIE
- Compreender a dimensão da felicidade para os gregos;
- Conceituar ética;
- Distinguir ética e moral;
- Reconstruir valores afetivos;
- Debater o conceito de liberdade em Sartre;
- Definir o conceito de política na esfera grega e sua importância;
- Aprofundar o conceito de política em Maquiavel;
- Relacionar política e violência, política e cidadania;
- Compreender o conceito de socialismo, liberalismo e capitalismo para a construção
do Estado Moderno.
3ª SÉRIE
- Investigar o conceito de ciência;
- Distinguir filosofia e ciência, senso comum e ciência;
- Analisar o mito do cientificismo (Comte);
- Pesquisar os avanços da bioética e sua importância na atualidade;
- Entender a dimensão que acompanha o estudo do belo;
- Pesquisar o belo a partir do estudo da arte medieval;
- Relacionar a arte e suas manifestações com o cotidiano;
- Debater os efeitos do estudo da arte nas suas manifestações (cinema, publicidade e
televisão).
3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
3.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE
- MITO E FILOSOFIA:
- O nascimento da Filosofia;
- O contexto histórico do surgimento da Filosofia;
- O que é Filosofia?
- Definição e importância do mito na sociedade grega;
- A passagem do pensamento mítico para o pensamento filosófico;
- Mito e razão filosófica;
- Mito hoje;
- Os três tipos de conhecimentos: senso comum, filosófico e científico;
- A Filosofia como exercício da ironia.
- TEORIA DO CONHECIMENTO:
- O que é conhecimento?
- Como se dá conhecimento? Relação sujeito X objeto;
- As Fontes do conhecimento;
- O problema do conhecimento para os gregos;
- A origem da palavra Filosofia: Pitágoras;
- O significado da palavra método;
- Os métodos para alcançar o conhecimento;
- O método cartesiano;
- Racionalismo e Empirismo.
2ª SÉRIE
- ÉTICA:
- O que é ser feliz?
- A felicidade para os filósofos gregos;
- A polis e a felicidade;
- Como atingir a felicidade?
- Conceito de Ética;
- Distinção de Ética e Moral;
- Ética e violência;
- Valores: afetividade (amor, amizade, paixão);
- A liberdade X determinismo;
- A liberdade em Jean-Paul Sartre;
- FILOSOFIA POLÍTICA:
- Definição e origem da Política;
- O preconceito contra a política e a política de fato;
- A origem da democracia;
- A importância da política;
- A democracia na esfera econômica, social, política e jurídica;
- A política em Maquiavel;
- Política e violência;
- Política e cidadania;
- O conceito de socialismo, liberalismo e capitalismo.
3ª SÉRIE
- FILOSOFIA DA CIÊNCIA:
- O que é ciência?
- Filosofia e ciência;
- Senso comum e ciência;
- O surgimento das ciências e a ciência moderna;
- O mito do cientificismo (COMTE);
- Bioética.
- ESTÉTICA:
- Beleza;
- A beleza na Idade Média;
- A arte renascentista;
- Gosto se discute?
- Gosto: questão cultural e histórica
- O que é arte?
- Arte: uma necessidade ou um fim?
- A arte e suas manifestações;
- A arte no cinema, publicidade e televisão.
4 METODOLOGIA
No universo brasileiro, onde se questionam os sentidos dos valores éticos,
políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e uma
contribuição relevante: enquanto investigação de problemas que têm recorrência
histórica e criação de conceitos que são ressignificados também historicamente,
geram, em seus processos, discussões promissoras e criativas que podem
desencadear ações transformadoras, individuais e coletivas, nos sujeitos do fazer
filosófico9.
As aulas de filosofia serão espaços da filosofia e do filosofar, criando formas
diversificadas de trabalhar os conhecimentos filosóficos que possam explicar os
problemas cotidianos, desafiando os alunos a buscar, pesquisar, estudar, discutir a
sua compreensão de mundo, tomando a sua experiência reflexiva10.
A filosofia tem como disposição promover a perplexidade, o deslumbre, o
espanto e a admiração que leve o educando a um posicionamento ativo em busca do
conhecimento.
O professor como mediador organiza aula propondo questionamentos que
priorizem o discente a reconhecer-se como sujeito ético, autônomo, superando as
dificuldades para encontrar o equilíbrio da existência, enquanto ser humano
(subjetividade); a compreender as diversas culturas e a linguagem, valorizando-as,
sem apontar uma hierarquia de valores ou uma referência, considerando-as dentro do
seu próprio conceito.
Deve existir relação entre os conteúdos estruturantes e os problemas a serem
trabalhados com os alunos. Esses problemas serão estudados e analisados à luz da
história da filosofia com o auxílio de textos filosóficos, de modo que a leitura deve dar
subsídio para que o aluno possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar
conceitos11.
Conforme ASPIS (2004, p.310)
9 SEED. Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica. Curitiba: Editora MEMVAVMEM, 2006, p.23.
10 Ibid, p.24.11 Ibid, p.26.
o professor busca ensinar a pensar filosoficamente, a organizar
perguntas num problema filosófico, a ler e escrever
filosoficamente, a investigar e dialogar filosoficamente, a avaliar
filosoficamente, a criar saídas filosóficas para o problema
investigado. E vai ensinar tudo isso na prática, sem fórmulas a
serem reproduzidas12.
Para uma aula de filosofia, faz-se indispensável percorrer os “quatro momentos:
a sensibilização, a problematização, a investigação e a criação de conceitos”13.
Um recurso importante para as aulas de filosofia é o Livro Didático Público, que
poderá auxiliar o professor e seus alunos, bem como o acervo da Biblioteca do
Professor e o Portal Dia-a-Dia Educação, entre outros14.
Deve-se lembrar que cada profissional da educação tem a sua própria
metodologia, que aliada aos recursos tecnológicos podem dar um “tempero” todo
especial nessa busca incansável pelo saber – incomensurável e inesgotável.
5 AVALIAÇÃO
Para que o professor realize uma avaliação durante as aulas de filosofia, faz-se
importante observar que não se deve esperar do educando que o mesmo reproduza
pensamentos de filósofos ou doutrinas para aferir uma nota. Pelo contrário, a questão
em jogo é perceber a capacidade de argumentação e os limites de suas posições
(conceitos, capacidade de construir e tomar posições...)15. Essa tarefa não é simples.
O educando dirige-se ao recinto escolar com uma bagagem de conhecimento,
opiniões acerca do mundo. Todo esse aparato pode ser usado para direcionar a um
pensamento menos superficial, mais alargado e extenso.
Para tanto, deve-se observar os conceitos trabalhados, criados e recriados
pelos discentes, o discurso que o mesmo tinha e o que se apropriou no decorrer do
processo ensino-aprendizagem, a coerência na exposição, seja escrita ou falada, isto
é, se há contradição ou se as idéias fazem parte do discurso filosófico.12 Apud SEED. Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica. Curitiba: Editora
MEMVAVMEM, 2006, p.26.13 Ibid, p.32.14 Ibid, p.33.15 Ibid, p.34.
É muito importante que o aluno observe ao término de cada assunto as
sugestões contidas no Livro Didático Público de bibliografias, filmes e sites, não se
limitando ao que é trabalhado única e exclusivamente em sala. Esse hábito de
pesquisa é importante que o educador desperte em seu educando.
Podem-se avaliar os discentes usando algumas ferramentas como: participação,
criatividade, ajuda-mútua e respeito à diferença por parte dos discentes; capacidade
de relacionamento com o próximo, o que implica tolerância, paciência e solidariedade;
participação dos alunos durante as aulas expositivas dialogadas, o que permite
averiguar a capacidade de análise, linguagem, posicionamento diante dos conteúdos
trabalhados; elaboração de dissertações sobre os mais variados temas, sugeridos pelo
professor e, em outros momentos, deixando à escolha do próprio aluno;
desenvolvimento de trabalhos escritos sobre os temas estudados em sala, pinçando
as idéias principais, como forma de recapitular os conteúdos através de sínteses
críticas e não meramente resumos; apresentação oral de trabalhos para o grande
grupo, possibilitando exercitar a oralidade e “familiarizar” com esta ferramenta;
elaboração de fichas técnicas, individual e em grupo, possibilitando a convivência e
respeito à pluralidade e diversidade; elaboração de relatórios críticos sobre filmes
assistidos; avaliação escrita, com questões objetivas e descritivas; avaliação oral
individual.
“Procurar e encontrar é igual a comodismo; procurar e não
encontrar significa mistério; procurar por procurar, torna-se vazio;
procurar e procurar continuamente pode levar o homem a um
estado de desequilíbrio, mas, ao mesmo tempo, passível de
conviver com a procura sem limites, o lançar-se corajosamente
para o além de si mesmo – eis o espaço da filosofia” (Marcio
Gonçalves).
6 REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia.
3ed. rev. São Paulo: Moderna, 2005.
CHAUÍ, Marilena. Filosofia. 1ed. São Paulo: Ática, 2005.
HORN, Geraldo Balduino; FERNANDES, Sandro; BORGES, Anderson de Paula et al.
Textos Filosóficos em Discussão. Curitiba: Editora Elenco, 2006.
SEED. Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica. Curitiba:
Editora MEMVAVMEM, 2006.
SOUZA, José Cavalcante de. Os Pré-Socráticos. São Paulo: Editora Nova Cultural
Ltda, 2000.
UNESCO. Fhilosophie et Démocratie dans le Monde – Une enquête de l’Unesco.
Libraine Génerale Française, 1995.
PROPOSTAS PEDAGÓGICAS DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR:
OBJETIVOS: - Dar condições para que os profissionais da educação , os
educandos do Colégio e a comunidade escolar , desenvolvam diferentes atividades
pedagógicas no Estabelecimento de Ensino, ao qual estão vinculados , além do turno
escolar.
− Viabilizar o acesso, a permanência e a participação dos educandos em atividades
pedagógicas de seu interesse, oferecidas pelo Estabelecimento de Ensino onde
estão vinculados.
− Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar, ao realizar
atividades pedagógicas de Complementação Curricular que os levem à interação
com colegas, professores e comunidade.
SALAS DE APOIO Á APRENDIZAGEM:
Observando a necessidade de enfrentamento aos problemas relacionados à
aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática , dos alunos de matriculados nas
quintas séries do Ensino Fundamental , foi autorizada a abertura da Sala de Apoio à
Aprendizagem de acordo com a LDBEN nº 9394/96 ; o Parecer CNE nº 04/98;
Deliberação nº 007/99-CEE e a Resolução Secretarial nº371/08 , que regulamenta a
criação das mesmas.
Objetivos:
− Dar continuidade ao processo de democratização e universalização do ensino;
− Garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem efetiva dos alunos;
− Criar condições para que o direito à aprendizagem seja garantido pelos alunos;
− Realizar atividades pedagógicas de complementação curricular.
− Evitar a evasão e repetência;
− Diminuir a defasagem da aprendizagem.
CONTEÚDOS TRABALHADOS :
LÍNGUA PORTUGUESA:
− Oralidade
− leitura
− escrita
MATEMÁTICA:
− Formas espaciais
− Quantidade
− Operações básicas e elementares
Os alunos poderão ser dispensados da Sala de Apoio à Aprendizagem à
medida que forem vencendo suas dificuldades, podendo outro aluno ocupar o seu
lugar.
14. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Avaliar implica conhecer e para isso é preciso contar com a participação
da comunidade escolar.
Os Processos de avaliação pretendem:
o Produzir conhecimento sobre a realidade institucional
o Identificar pontos fortes e fracos
o Consolidar um projeto institucional pela qualidade acadêmica
“... a avaliação institucional começa muito antes que esteja pronto o seu
desenho, que estejam elaborados os seus instrumentos e se levantem os
primeiros dados da realidade a ser avaliada. Ela principia pela decisão da
instituição, não importa que no começo seja somente através de um grupo
pequeno, em geral da administração superior (...) assuma esse
empreendimento como essencial à melhoria da instituição (DIAS SOBRINHO,
1997)”.
Tem sentido avaliar quando se entende como um processo que auxilia a
compreensão da realidade educacional e mobiliza para mudanças
necessárias, contribuindo para a melhoria da qualidade de ensino.
Na busca da melhoria da qualidade de ensino realizaremos debates,
encontros, cursos, palestras, grupos de estudo, conforme a necessidade,
condições materiais e humanas do colégio, visando conquistar resultados
positivos, superando as falhas existentes, tomando por base os dados
estatísticos do estabelecimento, podendo ocorrer semestralmente.
A avaliação institucional se torna essencial ao processo de mudanças. A
função da avaliação é a de buscar alternativas que permitam a correção, a
transformação da realidade, o caminhar da situação identificada para a
situação desejada.
MATRIZ CURRICULAR (Em Anexo)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRASIL. MEC. SECRETARIA DO ENSINO FUNDAMENTAL.
Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de
Educação - Brasília MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional da Educação.
Resolução Nº2, de 11de setembro de 2001.
CRUZ, Carlos H.C. "Conselho de Classe e Participação". In: Revista da Educação
/ AEC nº94. Brasília, Jan/Mar. 1995.
DALBEN, Ângela I.L. de Freitas. Conselhos de Classe e Avaliação: perspectivas
na gestão pedagógica da escola. SP: Papirus,2004.
FEIGES, Maria Madselva F. A construção coletiva do projeto político
pedagógico. Curitiba, 2004.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Básico de Língua
Portuguesa. São Paulo, Nova Fronteira, 1995.
FERREIRA, Naura Syria Carapeta (org) Supervisão Educacional para uma Escola
de Qualidade. São Paulo. Cortez. 2ºedição. 2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a pedagogia do
oprimido. 3ºed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1994.
____________. Pedagogia do Oprimido.R.J. Ed. Paz e Terra,1977.
____________. Pedagogia da Esperança. RJ: Paz e Terra, 1992.
GANDIN, Danilo. Planejamento como Prática Educativa, Ed. Loyola, SP.
____________. Escola e Transformação Social, Ed. Vozes, RJ.
GUENTER, Z.C. Desenvolver capacidades e talentos. Um conceito de inclusão.
Petrópolis: Vozes, 2000.
KRAMER, Sonia. LEITE, Maria Isabel F. Pereira. O que é Básico na Escola Básica,
In: Infância e produção cultural - Campinas: Papirus - 1998.
LUCKESI, Cipriano. Avaliação Educacional: para além do autoritarismo
Tecnologia Educacional. 10ºed. RJ: Cortez, 1983.
PARANÁ CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Deliberação Nº 02/03-CEE.
REVISTA DA EDUCAÇÃO AEC. O Papel político Social do Professor - v.26, nº 104,
jul/set. 1997. - Brasília: AEC, 1997.
REVISTA GESTÃO EM REDE - nº54, junho 2004 - "Documento divulga Indicadores
da Qualidade na Educação".
REVISTA GESTÃO EM REDE - nº55, agosto 2004 -"Indicadores da Qualidade na
Educação - 2º Parte."
REVISTA GESTÃO EM REDE - nº56, set. 2004 - "Indicadores da Qualidade na
Educação".
SAVIANI, Demerval. A Filosofia na Formação do Educador; Educação: do senso
comum à consciência filosófica. SP: Cortez Editora: Autores Associados, 1986.
________________. ANDE Revista Assoc. Nac. de Ed. V. 05, nº9. SP: Cortez 1985.
SEVERINO, Antonio Joaquim. O Projeto Político - Pedagógico: a saída para a
escola. Revista da AEC, Brasília - 1998.
VASCONCELOS, Celso. dos S. Relação Escola-Família: da discussão à interação
educativa. In: Revista da AEC (93), Brasília.
____________. Projeto Educativo: Elementos Metodológicos para a elaboração
do projeto educativo. SP: Libertad, 1991.
____________. Avaliação: concepção dialética libertadora do processo de
avaliação escolar. 7ºed. SP: Libertad, 1995.
VEIGA, Ilma Passos A. Projeto Político da Escola: uma construção coletiva.
Campinas, SP: Papirus, 1998.