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CÂNCER DE PELE

COMO PREVENIR?

A dermatologia é a especialidade da medicina que se compromete a estudar a pele e também seus anexos, como unhas e cabelos. A pele é o maior órgão do corpo humano e sua principal função é atuar como um meio de comunicação entre o organismo e o meio ambiente, estando dessa forma vulnerável aos fatores de agressão externos. Dentre todos os agentes ambientais que envolvem os danos à pele, de fato o sol é o mais relevante. Ele está relacionado tanto a fatores be-néficos, como no importante papel de produção de vitaminas, quanto a fatores maléficos, como no caso do envelhecimento precoce da pele e principalmente dos cânceres de pele, além de diversas outras doenças associadas à exposição solar. O câncer de pele é uma doença cuja incidência tem aumenta-do expressivamente em todo o mundo. Desta forma, há neces-sidade de uma maior preocupação com relação aos cuidados com a pele, especialmente a fotoproteção. Existem basicamen-te dois grandes grupos de câncer de pele: o tipo não melano-ma e o tipo melanoma.

Os cânceres de pele não me-lanoma correspondem a cer-ca de 30% de todos os tumo-res malignos e envolvem, em sua grande maioria, os cha-mados carcinomas basocelu-lares e os carcinomas espino-celulares. Muito embora este grupo de tumores apresente alta incidência, suas taxas de cura são bastante elevadas, apresentando excelente res-posta aos diversos tipos de tratamento. Por outro lado, o grupo que envolve os tipos melanoma é potencialmente o mais peri-goso e está associado a 90%

das causas de morte relacionadas aos cânceres de pele. Dados alarmantes mostram que sua incidência vem crescen-do em todo o mundo, especialmente nas populações de pele branca e excessivamente expostas ao sol, sobretudo em pes-soas que sofreram queimaduras solares na infância. Outros fa-tores também contribuem para o aumento do risco de câncer de pele melanoma, como por exemplo as características gene-ticamente determinadas. Dessa forma, é imprescindível a reali-zação de medidas preventivas relacionadas tanto à exposição solar, quanto à realização de exames dermatológicos de rotina, visando sempre o diagnóstico precoce da doença. Com relação às medidas de redução do risco de câncer de pele, a prevenção contra os raios solares é de fato a mais im-portante. Os protetores solares ou ainda filtros solares são produtos que têm a finalidade de interferir na radiação so-lar incidente na pele, reduzindo seus efeitos deletérios. São consideradas medidas fotoprotetoras adequadas: as estra-tégias de orientação quanto aos horários de exposição ao

sol; as medidas me-cânicas de proteção, como o uso de roupas, chapéus, óculos e outros acessórios; a fotoproteção oral por meio do uso de comprimidos que regulam o sistema imuno-lógico e protegem a pele contra a inflamação causada pela exposição aos raios ul-travioleta; e o fotoprotetor tópico, medida central e es-sencial dentro dos progra-mas de prevenção. Com relação à utilização dos filtros solares, a aplicação em quantidades adequadas e a reaplicação periódica garan-

tem o efeito protetor desejado nas áreas expostas ao sol. Al-gumas regiões específicas do corpo devem receber atenção especial como lábios, couro cabeludo e região ao redor dos olhos, uma vez que são alvos frequentes de lesões malignas e pré-malignas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Derma-tologia é recomendado, de forma geral, o uso de filtros solares com fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 30 a partir dos seis meses de idade, devendo-se reaplicar a cada 2 ou 3 horas ou após exposição à água. Sendo assim, a construção de uma relação saudável entre pes-soas e exposição solar, mostrando sempre a importância da fotoproteção, especialmente durante a infância, é ainda a me-lhor forma de prevenção dos danos causados à pele, sejam eles reversíveis ou de prognóstico reservado.

Dra. Laila Adrieli VieiraDermatologista pela Universidade Federal de São Paulo

Membro da Sociedade Brasileira de DermatologiaTitulo de Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia