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CLUSTERS E POLTICA INDUSTRIAL O caso portugus
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Lus Mira Amaral
Administrador da Sociedade Portuguesa de Inovao
Professor Catedrtico Convidado de Economia e Gesto IST
mira.amaral@bancobic.pt
Lisboa, 7 de Janeiro de 2015
Seminrio sobre Clusters / CCDRLVT
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mailto:mira.amaral@bancobic.pt
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I OS CLUSTERS E O PROJECTO PORTER EM PORTUGAL
II O CONCEITO DE REINDUSTRIALIZAO PARA O SECLO XXI O CASO PORTUGUS
III OS CLUSTERS E A POLITICA INDUSTRIAL
IV A AVALIAO DA SPI S ESTRATGIAS DE EFICINCIA COLECTIVA E AO PROGRAMA DOS POLOS DE
COMPETITIVIDADE
V EUROPEAN CLUSTER PANORAMA 2014 E A ESPECIALIZAO INTELIGENTE NA REGIO LVT
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I OS CLUSTERS E O PROJECTO PORTER EM PORTUGAL
O PROJECTO COMEADO EM 1992
O Professor Michael Porter um reputado guru de Estratgia Empresarial.
O meu colega Lus Todo Bom teve a ideia de realizar em 1992 no Forum Picoas um seminrio destinado a aplicar o modelo
de Porter a dois clusters portugueses o txtil e o turismo. Convidou-me para o seminrio. Como Ministro da Indstria e
como Professor Universitrio de Economia Industrial qualidade em que tinha devorado os livros de M. Porter
participei nele com grande entusiasmo. Lus Todo Bom lanou-me ento o repto: porque no lanas um Projecto Porter
em Portugal aplicando o modelo de M. Porter economia portuguesa?
Aceitei a sugesto com todo o entusiasmo. Convidei empresas privadas e pblicas a financiarem o estudo, em conjunto
com as agncias pblicas como o IAPMEI, ICEP e IEFP. Todos aceitaram com entusiasmo o convite e tivemos ento uma
verdadeira cumplicidade estratgica entre o Estado e o Mercado, aquela que interessa fazer para jogar ao ataque e
promover a competitividade empresarial do pas.
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Trouxe-o ento a Portugal, em 1992, liderando uma equipa que, conjuntamente connosco no ento Ministrio da
Indstria e Energia, elaborou o Projecto Porter. Este projecto era um instrumento importante da nossa Poltica
Industrial.
O projecto seguiu a teoria desenvolvida no seu livro The Competitive Advantage of Nations, contemplando duma forma
sistmica as duas ferramentas tericas do modelo Porter: o diamante (ou losango) e a teoria dos clusters.
Segundo o modelo, a competitividade de cada nao reside na optimizao desse diamante aplicado aos clusters
sectoriais regionalmente concentrados, em que o pas j possui vantagens comparativas, sendo esses clusters
suportados em polticas pblicas horizontais. Essas polticas pblicas e a interveno do Estado na economia destinavam-
se justamente em polir e dar brilho aos vrtices do diamante.
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O Prof. Porter e a sua equipa da Monitor vieram ento aplicar o modelo a Portugal. Mais do que o modelo (pois que os
modelos so sempre redutores da realidade e como tal discutveis) o importante no Projecto Porter foi a dimenso
meditica do projecto e a constituio de task-forces entre empresrios, associaes empresariais e administrao
pblica para implementarem as recomendaes do projecto, o que geraria grandes e efeitos dinmicos na sociedade e
economia portuguesas.
No que toca dimenso meditica, o prestgio do Prof. Porter e o facto de se expressar em ingls vieram dar visibilidade
a ideias e orientaes estratgicas que eu j andava a tentar vender opinio pblica mas, como sabemos, santos da
casa no fazem milagres So exemplos disso, a ideia de que os sectores tradicionais no so sectores condenado,
preciso apostar naquilo em que j temos experiencia e que conhecemos em vez de avanar em coisas que no
conhecemos s porque so moda nos tericos da poltica ou da economia Eu prprio, ao entrar na discusso e ao
criticar o trabalho ajudei a essa dimenso meditica. Muito boa gente ficava surpreendida pelo Ministro impulsionador do
estudo vir a publico discutir e criticar o trabalho. Por outro lado, ficava encantado quando via o Ministro sombra do PS,
Henrique Neto, criticar-me por eu no apoiar suficientemente o projecto Era mais uma prova evidente que o trabalho
tinha dimenso e interesse nacionais, ultrapassando as fronteiras do governo ou do partido que o lanara.
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Por outro lado, o mtodo de trabalho com a constituio dos task-forces iria gerar efeitos dinmicos na economia
portuguesa que perdurariam para alm do relatrio pois que os relatrios lem-se e metem.se na gaveta Lembro-me
sempre do estudo sobre a Especializao da Indstria Portuguesa feito no fim dos anos 80 pela equipa formada por Joo
Cravinho, Ferro Rodrigues, Flix Ribeiro e Lino Fernandes encomendado pelo ento Banco de Fomento Nacional, onde o
Prof. Manuel Sebastio e eu prprio eramos responsveis por tal estudo. Foi excelente mas esgotou-se com o relatrio.
O Forum para a Competitividade (FpC) iria em Portugal portugalizar o Relatrio Porter dando sequncia ao trabalho
encetado e gerando a tal dinmica. Como a minha preocupao era a de que o Projecto Porter perdurasse para alm do
governo PSD, convidei para Presidente do FpC uma reputada individualidade da oposio, o Prof. Bayo Horta, ento Vice-
Presidente do PP e ex-Ministro da Indstria, no partidarizando o projecto.
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Veio ento o governo PS Guterres e acabou com o Projecto Porter no o apoiando financeiramente. O Governo tinha
50 milhes de contos para apoiar a recuperao de 2000 empresas inviveis (parece que s recuperou duas) tentando
aguentar um passado invivel, mas no deu 500 mil contos para apoiar a viabilizao financeira do FpC, de acordo com a
proposta do Eng Belmiro de Azevedo, ou seja no quis apoiar a preparao do nosso futuro colectivo.
O FpC manteve-se a funcionar em termos mnimos graas ao apoio da CIP e do Dr. Ferraz da Costa, fazendo apenas umas
anlises macro de rcios de produtividade mas as task-forces acabaram
Curiosamente, o governo PS aproveitou a ideia dos clusters trazida pelo Projecto Porter para os seus textos de
orientaes e de poltica econmica mas como foi habitual na governao PS, tal no passou de produo de papel sem
efeitos concretos na sociedade e na economia
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OS RESULTADOS DO PROJECTO PORTER
A aplicao do projecto Porter permitiu:
- Melhorias evidentes nos sectores tradicionais como o do calado, de txtil, vesturio e confeces (design, pequenas
sries, resposta rpida solicitaes do mercado);
- Nos vinhos (cujo aumento de qualidade evidente) e no mobilirio (bem visveis na qualidade e design);
- Teve um foco muito grande nos factores de produo do diamante;
- Impacto mdio nas condies de procura;
- Efeito baixo na rivalidade, estrutura e estratgia da empresa e industrias relacionada e de suporte;
- No houve praticamente melhorias nas politicas pblicas de apoio s variveis horizontais.
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Como dizia Luis Todo Bom no Jornal de Negcios no artigo O projecto Porter revesitado de 2 de Abril de 2012:
A resposta do nosso pas a este novo paradigma tem sido medocre. As "comunidades" empresariais suportadas no
conhecimento so frgeis, os "parques tecnolgicos" so, genericamente, armazns ou dormitrios de empresas com
reduzidas aces de fertilizao cruzada, a integrao em "redes de conhecimento e de desenvolvimento tecnolgico
internacionais" so pontuais e mal estruturadas e a utilizao das "plataformas digitais" para a construo destes "portais
de comunidades empresariais do conhecimento" incipiente.
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Os Clusters Portugueses em 1992
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POLITICAS HORIZONTAIS CLUSTERS
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A VISITA DE M. PORTER A PORTUGAL EM 2002
Graas a uma excelente iniciativa do Dirio de Notcias e do Dirio Digital tivemos em 2002 de novo em Portugal o Prof.
M. Porter. Tinham-se perdido seis anos, o pas tinha estagnado, a economia real tinha sido esquecida (tivemos cinco
Ministros da Economia em seis anos!) tnhamos a produtividade mais baixa da Unio Europeia e um dfice da balana
corrente (10% do PIB) dos mais elevados do Mundo!
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Oito anos aps o relatrio Porter e a sua receita sobre as vantagens competitivas de Portugal, o seu autor
regressou ontem para afirmar que o "pas perdeu oito anos" e que as polticas seguidas negligenciaram a
microeconomia, para manifestar a sua desconfiana sobre a "capacidade para mudar" da economia, defender
que no h prosperidade sem produtividade, e que o sector privado tem de mobilizar-se para um problema que
"no do Governo", mas do pas.
O quadro demolidor da situao portuguesa, que Michael Porter trouxe a Lisboa, pela primeira vez desde o projecto
que coordenou no incio da dcada passada - e de resultados inferiores aos ambicionados -, teve por base uma srie
de valores do ltimo relatrio da Competitividade Global, do Frum Econmico Mundial, de 2001, de que co-autor,
e a sua comparao com o quadro de 1994. Desde ento, considera que a "posio competitiva da economia
nacional piorou, enquanto o ambiente externo se tornou mais agressivo".
Pblico, 18-04-2002
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Segundo afirmou, o pas "no se pode dar ao luxo de gastar mais tempo ao permitir que os grupos de interesses
bloqueiem o progresso, de falar sem agir". pergunta "E Portugal consegue mudar?", a resposta dada foi: " o que
me preocupa mais. Mais do que as suas qualificaes, o seu talento. A nica coisa que no sei se consegue atingir
a capacidade para mudar". Na anlise aos indicadores da fragilidade competitiva portuguesa, considerou que a
avaliao dada ao ensino reflecte uma "crise nacional".
Na alegada perda de tempo, o professor norte-americano falou de uma "mudana muito modesta", em que "a
reforma monetria tem de dar lugar reforma da economia".
O atestado de dvida profunda expressa por Porter, convicto de que o diagnstico de 1994 tinha detectado os
pontos correctos, passou tambm pela "ironia" de a Cimeira Europeia de Lisboa ter assumido a agenda da
competitividade, ao mesmo tempo que fez de Portugal um fraco "exemplo". "Foram feitos relatrios e iniciativas,
mas o problema est na aco, em fazer coisas, em mudar. Essa a questo".
Pblico, 18-04-2002
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O que determina a capacidade competitiva de um pas, para Porter, "no o que o pas produz, mas quo
sofisticado e produtivo esse pas a fazer o que faz", pelo que entende que a chave do problema j no est nas
condies macroeconmicas, "impostas" pela adeso ao euro, mas na "sofisticao microeconmica", traduzido
no ambiente da qualidade dos negcios, onde entram as infra-estruturas e a legislao, entre outros factores.
A crtica ao anterior Governo foi directa: "negligenciaram a microeconomia para o desenvolvimento do pas",
considerando ter sido essa opo responsvel por um "fraco crescimento econmico, pela perda de quota de
exportaes no mercado internacional". Sem a possibilidade de desvalorizao da moeda, o especialista considera
que "o futuro agora diferente do de h cinco, 10 anos".
Pblico, 18-04-2002
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Uma das grandes diferenas em relao receita defendida h quase uma dcada a importncia dada agora por
Porter capacidade inovadora dos pases, para aumentar a sua produtividade, apontando-a como "um
caminho" prioritrio para "o futuro de Portugal". Sublinha, na sua tese, que "j no h indstrias de baixa
tecnologia, apenas empresas de baixa tecnologia".
O professor norte-americano, que diz no querer ser "superpessimista", sustenta, mesmo assim, que acabou um
perodo de convergncia que beneficiou dos fundos estruturais, extinta que foi a desvalorizao cambial. Da "nova
paisagem competitiva", diz, fazem parte os pases do alargamento da Unio Europeia ao centro e leste.
Admitindo que uma nova poltica para a competitividade necessite de novas instituies, semelhana do papel do
Frum para a Competitividade, em 1994, Porter deixou ainda o recado de que a competitividade " uma
maratona, no um 'sprint'" e que os primeiros resultados aparecem "cinco, dez anos depois, ou at mais tarde".
Pblico, 18-04-2002
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OS CLUSTERS, A ECONOMIA DO CONHECIMENTO E AS REGIES DE DESENVOLVIMENTO TECNOLGICO
Os clusters sectoriais evoluram hoje em dia, no contexto da Teoria do Desenvolvimento Endgeno (de Paul Rommer)
que deu suporte chamada Economia do Conhecimento, para regies de desenvolvimento tecnolgico, com um
incremento da fertilizao cruzada entre universidades e empresas high-tech e com um sistema mais sofisticado de
entidades de servio relacionadas e de suporte. Esta clusterizao passou a ser aplicada universalmente em todos os
pases que aspiram ao desenvolvimento econmico e industrial. Tal particularmente evidente na China, a nova potncia
industrial emergente, onde os clusters so uma das grandes vantagens das regies costeiras onde se concentrou uma
primeira fase da industrializao do pas.
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EST NA HORA DE REVISITAR O PROJECTO PORTER E DE VOLTAR A TER
POLTICAS DO LADO DA OFERTA (POLTICA INDUSTRIAL INCLUSIV) QUE
RETOMEM O NOSSO PROJECTO DE CONVERGNCIA REAL COM A EUROPA.
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II O CONCEITO DE REINDUSTRIALIZAO PARA O SECLO XXI O CASO PORTUGUS
O Ocidente EUA e Europa - parecia ter perdido a indstria para a China mas nos EUA comea-se a sentir que a
deslocalizao industrial para a China e para outros pases emergentes foi longe de mais.
Com efeito comea-se a perceber que: h uma ligao entre produo industrial, desenvolvimento tecnolgico e
inovao.
Numa altura em que o time-to-market essencial, separar a I&DT e o desenvolvimento da produo no far grande
sentido.
A partir dos anos 80 do sculo passado, o poder nas empresas passou dos responsveis pela produo para os
financeiros, que serviriam como agentes dos mercados financeiros com terrveis presses para os retornos de curto
prazo.
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Os financeiros viram ento a actividade de produo apenas como um centro de custos e da a tendncia para o
outsourcing e o offshoring, pondo em causa a capacidade para inovar pois no consideravam a produo industrial
parte dum sistema de inovao.
Tudo isto est a ser posto em causa nos EUA e espero bem que esta discusso chegue Europa, onde at agora apenas
a Alemanha parecia contrariar este modelo de desindustrializao.
imperioso que outros pases europeus reforcem este come-back para a reindustrializao.
Se se perceber que nos empregos industriais que se gera maior valor acrescentado e que os servios esto
intimamente ligados actividade industrial, percebe-se que a desindustrializao europeia uma causa determinante
do seu impasse econmico e da malaise europeia.
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O CASO PORTUGUS A APOSTA NA INDSTRIA E NOS BENS TRANSACCIONVEIS
A grande preocupao da poltica econmica tem de ser a questo da competitividade. S tornando o pas mais
produtivo e competitivo que poderemos melhorar a prazo a nossa qualidade de vida e reduzir as desigualdades. Fala-
se muito na necessidade de aumentar as exportaes. Mas sem competitividade no teremos produtos para vender no
mercado internacional!
Em meados dos anos 90, a agricultura e a indstria representavam quase 30% do PIB. Hoje representam apenas 16%.
H que voltar a pensar de novo nas actividades produtivas, reindustrializando o pas! Mas reindustrializar o pas no
significa voltar a modelos do passado, assentes na mo-de-obra barata, mas sim aderir ao modelo de economia do
conhecimento, injectando conhecimento e engenheiros nas nossas empresas!
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Reindustrializao nos dias de hoje deve ter um conceito mais lato. No apenas a manufactura mas sim todos os
bens e servios transacionveis que conseguimos no s exportar mas em que tambm conseguimos reduzir em
mercado aberto e concorrencial as importaes atravs da produo nacional!
Temos que aproveitar a nossa flexibilidade evoluindo para produtos individualizados e pequenas series, como o
vesturio e o calado esto a fazer, com grande qualidade, com entrega rpida em mercados exigentes. Um pequeno
pas como Portugal ter grande dificuldade em competir com grandes economias massificadas em produtos pouco
valorizados e tem que usar a flexibilidade da sua moobra para aproveitar rapidamente as oportunidades.
Tudo isto naturalmente facilitado pelos actuais sistemas de informao que permitem processos industriais flexveis e
entregas rpidas das pequenas sries coisa que as grandes economias massificadas tero dificuldade em fazer.
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Temos que aproveitar a excelente qualificao dos nossos engenheiros e das nossas escolas de gesto, a qualidade das
infraestruturas, os Centros de Investigao Cientifica e Tecnolgica e as Infraestruturas Tecnolgicas criadas no PEDIP
para apoio aos sectores industriais. Por outro lado, as nossas PMEs tm que saber integrar-se nas cadeias de valor das
grandes empresas globais.
Temos assim que transformar o nosso pas numa plataforma de Produo e de Servios na Economia Global, tirando
partido da nossa insero das Redes Globais de Comunicao, atravs das TICs e de uma Logstica que permita a gesto
eficiente das Cadeias de Abastecimento (SCM)
Reindustrializao significar em nossa opinio a nfase na realocao de recursos para a produo de bens e servios
transaccionveis (isto competitivos em economia aberta quer na exportao quer na reduo de importao) nos
sectores primrio, secundrio e de servios com muito maior valor acrescentado.
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III OS CLUSTERS E A POLTICA INDUSTRIAL
Falamos hoje numa reindustrializao da Europa:
com focagem em actividades de alto valor acrescentado
com crescente ligao entre manufactura e servios
com o reposicionamento da indstria europeia e em particular das PMEs nas cadeias de valor global
com personalizao da oferta
com o nascimento, graas impresso 3D, duma nova manufactura distribuda (manufactura aditiva, consumer
design, manufactura localizada)
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RESHORING AND NEARSHORING?
Aps dcadas de outsourcing e offshoring temos agora, a partir do momento que se percebeu que o modelo de
offshoring foi em termos geogrficos demasiado longo, a possibilidade de voltar a ligar a concepo, engenharia e
desenvolvimento produo no mesmo sitio (reshoring) ou de fazer o outsourcing para regies mais prximos
(nearshoring).
No mbito da integrao nas cadeias de valor globais o nosso pas um obvio candidato a estratgias de nearshoring.
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Como instrumento duma nova poltica industrial favorvel criao dum ecossistema propcio reindustrializao
temos:
- Polticas de I&DT e Inovao, concentrada em incentivos no lado da procura e no da oferta, em que so as empresas
que contratam as Unidades de Produo de Conhecimento e em que se diferenciam os incentivos inovao
incremental (incremental engineering) dos incentivos inovao disruptivo
Investigao gasta-se dinheiro (investe-se) para criar conhecimento
Inovao (business driven) utiliza-se o conhecimento adquirido para criar valor, um contexto de mudana econmica e
social
O nosso pais j evoluiu muito no domnio da base cientifica a tecnolgica e da produo de conhecimento.
O que est em causa agora ligar a produo de conhecimento s empresas por forma a dinamizar a inovao em que
ainda estamos claramente atrasado e que fundamental para as empresas agarrarem a knowledge-based-economy.
Como dizia Porter j em 1992:
Portugal est stuck in the mIddle, entalado entre os pases e regies de conhecimento e as que competem atravs
dos salrios baixos.
Por mais baixos que sejam os nossos salrios, haver sempre na economia global pases e regies com salrios mais
baixos que os nossos pelo que este no o caminho para a nossa economia!
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- Poltica de compras pblicas orientada para a inovao
- Intervenes pblicas para cobrir falhas de mercado no apoio s PMEs e s start-ups atravs de mecanismos de capital
de risco
- Abordagens sectoriais designadamente atravs da parceria pblico-privadas
- Polticas regionais e de clusterizao
No caso portugus, como o Estudo de Avaliao da Estratgia e do Processo de Implementao das Estratgias de
Eficincia Coletiva Tipologia Clusters evidenciava, preciso distinguir clusters de base tecnolgica, que importa lanar,
dos clusters tradicionais j existentes.
H assim que:
1. Fomentar o agrupamento dos sectores industriais em clusters, levando ao adensamento das relaes intra-
industriais com mecanismos de acesso ao crdito atravs dos sistemas de garantia mtua.
2. Dinamizao dos clusters e plos de competitividade, ligando universidades, institutos politcnicos e centros de
investigao com empresas e respectivas associaes nos vrios sectores da indstria
portuguesa.
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IV A AVALIAO DA SPI S ESTRATGIAS DE EFICINCIA COLECTIVA E AO PROGRAMA DOS POLOS DE
COMPETITIVIDADE
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Sntese dos Resultados, Concluses e Recomendaes
Desenho Estratgico
No breve percurso da poltica e quadro operacional criados no contexto do QREN, em geral, e do Enquadramento das
EEC (incluindo os acessos preferenciais a um conjunto de instrumentos cofinanciados por fundos comunitrios), em
particular, reconhecem-se como positivos os esforos empreendidos e defende-se a sua continuidade. Esta, contudo,
dever beneficiar da experincia acumulada, no deixando de ser introduzidas alteraes que possam evitar a
cristalizao de aspetos menos conseguidos da poltica e da sua operacionalizao. A ttulo de exemplo, refiram-se, por
um lado, o reduzido envolvimento dos decisores relevantes numa poltica que beneficiaria claramente de um maior
acompanhamento e coordenao, e por outro lado, a ancoragem nos instrumentos de programao comunitrios, e a
subsequente dependncia face aos mesmos, sem uma clara definio do modelo de governao.
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Em maior detalhe, considerando a importncia da existncia de um modelo de governao adequado (apoiado num
centro de racionalidade com os recursos necessrios), refira-se o facto de se ter observado uma maior
operacionalizao dos instrumentos nos quais estava j institudo um sistema permanente de articulao operacional
entre as entidades (nomeadamente os Sistemas de Incentivos s Empresas do QREN), e ter sido clara a menor
capacidade de mobilizao de instrumentos que requeriam articulaes menos institucionalizadas (com os PO
Regionais, PO Temticos, PRODER e PROMAR).
Importa assim reequacionar o modelo de governao, consolidando uma estrutura de coordenao poltica e nomear
uma estrutura de gesto que beneficie da aprendizagem acumulada a nvel nacional e internacional. As duas
estruturas devero, em articulao, estar empenhadas na operacionalizao de uma poltica nacional de clusterizao
abrangente. Esta ltima, sendo definida numa lgica de mdio prazo (2014-2020) e apresentando objetivos alinhados
com as prioridades do Pas e dos contextos internacionais, dever estar ancorada no Oramento de Estado, ainda que
devam ser criadas condies para que possa beneficiar do prximo perodo de programao de Fundos Comunitrios
(2014-2020).
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Importa, por outro lado, aproximar as expetativas realidade. Neste caso concreto, constata-se que foram confiadas
expetativas excessivas a um processo que, desde logo pela sua novidade, deveria ter sido, com vantagem, um processo
de experimentao e aprendizagem.
A corroborar esta tese encontra-se o prprio contexto de implementao da poltica em questo que, sendo pautado
por uma cultura pouco aprofundada de clusterizao, deixou transparecer, desde cedo, as dificuldades resultantes da
experincia reduzida das entidades envolvidas na alavancagem dos processos de eficincia coletiva. Reconhecendo-se
que a cultura no domnio dos processos de clusterizao no foi suficientemente enriquecida durante o percurso dos
ltimos anos, constata-se a existncia de um fosso significativo entre as intenes iniciais e a realidade, que importa
reduzir na continuidade da poltica.
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Processo de Reconhecimento (seleco dos clusters)
Considerando que o alinhamento das expetativas deve ocorrer desde o incio, reconhece-se como necessria a
existncia de um novo processo de reconhecimento que tire partido de boas prticas do passado, e que introduza
tambm fatores de inovao.
Assim, fazendo-se notar que o processo de reconhecimento dos Polos e Clusters foi globalmente adequado, na medida
em que envolveu uma Comisso de Avaliao (que integrou decisores polticos e peritos internacionais) e que foi
participado e flexvel, importa criar condies para que se evidenciem, no decurso do novo processo de
reconhecimento, estratgias robustas, participadas, comprometidas com os resultados e que demonstrem capacidade
de contribuir para os objetivos definidos.
Saliente-se, a este propsito, que o facto de ter existido, em 2009, um processo de reconhecimento condicionado (e
uma reformulao dos Programas de Ao apresentados), apontava para algumas fragilidades relativas maturidade
das EEC candidatadas.
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No tendo sido, nessa ocasio, definido com rigor o grau de cumprimento necessrio relativamente s condicionantes e
recomendaes que acompanharam o processo de reconhecimento condicionado, verificou-se que o mesmo foi
concludo com o reconhecimento formal de todos os Polos e Clusters. Importa, neste sentido questionar at que ponto
os 11 Polos e 8 Clusters em questo tinham efetivamente condies para garantir a emergncia e/ou consolidao de
EEC orientadas para o aumento da competitividade da economia portuguesa em domnios relevantes.
Refira-se, complementarmente, a existncia de poucos fatores de inovao no processo de reconhecimento. Neste
sentido, observa-se, em termos gerais, uma postura conservadora ao nvel estratgico (no que se refere definio de
reas consideradas prioritrias e aos processos top-down, com o predomnio da aposta em setores tradicionalmente
apoiados) e ao nvel operacional (no que concerne aos ecossistemas - instituies de ensino superior, centros
tecnolgicos e empresas envolvidos na definio das estratgias, com reduzida aposta na orientao para o
mercado). Esta postura parece ter limitado o processo de reconhecimento consolidao de domnios tradicionais
considerados de elevado potencial exportador, em detrimento da emergncia de outros setores (nomeadamente de
base tecnolgica) ou da assuno de riscos fora do alinhamento tradicional dos setores.
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Destaque-se ainda o facto de os Polos e Clusters reconhecidos terem apresentado, desde cedo, caractersticas e nveis
de maturidade distintos, tendo as diferenas iniciais sido intensificadas com o passar do tempo. Neste sentido, as
diferenas atuais no se demonstram acomodveis no sistema de classificao que distingue Polos e Clusters.
Um exemplo claro das diferenas do nvel de maturidade das EEC resulta da sua perceo sobre o contributo da poltica
de apoio clusterizao para a estruturao das fileiras/ setores que representam, verificando-se casos em que o
reconhecimento visto como uma condio sine qua non e casos em que perspetivado como complementar a um
trabalho que j vinha a ser feito no seio do ecossistema.
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Desta forma, sugere-se que se uniformize a nomenclatura utilizada, optando-se pela designao de cluster (adotada de
forma generalizada a nvel internacional) e que se crie um sistema de classificao dinmico que diferencie os clusters
de acordo com o seu nvel de maturidade. Este sistema, que poder por exemplo, distinguir clusters em maturao e
clusters maduros, sendo esta ltima classificao subdividida nas categorias clusters lderes nacionais e clusters
com ambio internacional, dever estar alinhado com os objetivos e os instrumentos de apoio, prevendo-se
diferenas em ambos, de acordo com o nvel de maturidade dos clusters. Dever ainda permitir a desclassificao ou a
subida de escalo entre os diferentes nveis a criar, sendo consequente o cumprimento ou no dos objetivos
inicialmente previstos.
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Neste contexto, refira-se que embora tenham sido disponibilizados montantes significativos para projetos ncora,
complementares e de animao, coordenao e gesto da parceria, existiram dificuldades na operacionalizao da
maioria dos acessos preferenciais previstos no quadro inicial de medidas do Enquadramento das EEC. Em concreto,
poder mesmo reconhecer-se que apenas os acessos preferenciais inscritos nos Sistemas de Incentivos s Empresas do
QREN e no Sistema de Apoio s Aes Coletivas foram verdadeiramente mobilizados. Desta concluso resulta a
necessidade da poltica de clusterizao estar ancorada num quadro de medidas transversal (a financiar atravs de
Oramento de Estado e dos diferentes fundos estruturais), estimulando-se, complementarmente, a mobilizao de
recursos privados e/ou internacionais.
Apresentando-se com um programa de apoio especificamente desenhado para a poltica de clusterizao, este tornar
menos necessrios mecanismos de seletividade atualmente utilizados, como as majoraes. Ainda assim, ser importante
garantir a continuidade de outros mecanismos, em particular, a utilizao de referenciais como parte do processo de
seleo de projetos. Assinala-se, neste contexto, que foram definidas prioridades tcnicas para a insero em projetos nas
EEC, designadas reas tecnolgicas e de desenvolvimento de novos produtos, processos ou sistemas e tipologias de
investimento elegveis no mbito de alguns dos instrumentos do Sistema de Incentivos s Empresas do QREN.
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Contributos da Poltica
Nos ltimos anos, so muitos os estudos efetuados a nvel internacional sobre a relevncia das polticas de
clusterizao no que se refere ao aumento da competitividade da economia de um pas ou de uma regio.
Em vrios desses estudos so apresentados contributos como o aumento da produtividade/ eficincia das empresas, a
facilitao do acesso das empresas ao mercado, o estmulo inovao e ao desenvolvimento tecnolgico, a promoo
do empreendedorismo de base tecnolgica, entre outros.
Importa por isso, no caso nacional, dar continuidade poltica de apoio clusterizao, sendo o novo ciclo iniciado por
um processo de reconhecimento que, apresentando mudanas relativamente ao passado, faa uso da experincia
acumulada, criando o mote para todo o conjunto de alteraes que devem ter lugar em benefcio de uma maior eficcia
e eficincia da poltica e de uma maior amplitude dos seus contributos. Estes devero ser claramente traduzidos em
objetivos, definidos partida numa dimenso realista, sendo garantidas as condies necessrias para a sua
concretizao.
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Note-se que a poltica de clusterizao avaliada neste exerccio apresentava objetivos abrangentes e ambiciosos que
foram perdendo rumo medida que as dificuldades de operacionalizao de vrias medidas foram surgindo,
tornando desajustadas as expetativas relativas aos contributos da poltica a diversos nveis. Encontram-se neste grupo
os objetivos relacionados com a internacionalizao, mas tambm objetivos decorrentes de uma eficaz articulao
entre a poltica de apoio clusterizao e as polticas relativas ao Sistema Nacional de Inovao (SNI), ao Sistema
Cientfico e Tecnolgico Nacional (SCTN) e ao Territrio.
Embora se verifique que os contributos nas reas referidas foram genericamente reduzidos, importa chamar a ateno
para as circunstncias temporais em que decorre esta avaliao, sinalizando-se a relevncia de se revisitarem estas
questes num horizonte temporal mais ajustado.
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Importa, por fim, mencionar que a definio dos objetivos da poltica (que podero contemplar o reforo das relaes
de cooperao; a intensificao da inovao e a I&DT, a aposta na produo de bens transacionveis e na
internacionalizao; a promoo do empreendedorismo de base tecnolgica; o estmulo competitividade e a
modernizao do tecido empresarial; a qualificao dos recursos humanos e a gerao de emprego qualificado, entre
outros) dever ocorrer nestas mesmas interfaces, num alinhamento claro com as prioridades nacionais e
internacionais.
A ttulo de exemplo, refira-se, a propsito da ligao entre os processos de eficincia coletiva, o SNI e o SCTN e o
desenvolvimento do Territrio, a importncia de se garantir uma adequada articulao entre a poltica de
clusterizao e as estratgias de especializao inteligente, de acordo com os princpios orientadores inseridos nos
documentos europeus sobre esta matria.
Porto, Abril de 2013
Sociedade Portuguesa de Inovao e inno TSD
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V EUROPEAN CLUSTER PANORAMA 2014 E A ESPECIALIZAO INTELIGENTE NA REGIO LVT
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CCDRLVT
ESPECIALIZAO INTELIGENTE DE LISBOA
Passo a citar o Documento Especializao Inteligente de Lisboa 2014-2020 da CCDRLVT
- De acordo com a Comisso Europeia as estratgias de inovao regionais para a especializao inteligente so agenda de
transformao econmica integradas na base local que devem direccionar o apoio pblico e investimentos para as prioridades, os
desafios e as necessidades regionais mais importantes, apoiar a inovao baseada na tecnologia e na prtica e promover o total
envolvimento das partes interessadas.
- A regio de Lisboa concentra uma parte significativa dos recursos nacionais e termos produtivos, de inovao e investigao,
a regio portuguesa com maior capacidade de afirmao no quadro da economia global, atraindo investimentos e localizao de
recursos qualificados e, por isso, tem que servir de motor ao desenvolvimento integrado de Portugal.
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- So assim retidos como relevantes:
Actividades produtivas em que a Regio especializada ou que registam maiores dinmicas de crescimento, de
inovao ou insero na globalizao e que esto articulados como potencial de SCTN
Actividades produtivas em que a regio especializada ou que registem forte crescimento econmico ou intensidade
elevada de insero na globalizao mas que no esto articuladas com o potencial de SCTN e que por isso podero
dinamizar o SCTN
Actividades produtivas em que a regio no especializada mas em que existe na regio produo de conhecimento,
desenvolvimento tecnolgico e inovao a eles associada que permita potencia-las
Actividades de produo de conhecimento, desenvolvimento tecnolgico e inovao na regio sem a consequente
actividade produtiva e que correspondem a reas de especializao ou de forte crescimento na economia portuguesa
ou na economia europeia.
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DOMINIOS TEMTICOS PRIORITRIOS:
Turismo e Hospitalidade
Mobilidade e Transportes Industria naval
Seamless utility (com transporte pblico)
Aeronutica, espao e defesa
Indstria automvel (Auto Europa e componentes)
Meios criativos e industrias culturais
Investigao, Tecnologia e Servios de Sade
Prospeco e valorizao dos recursos marinhos
Servios avanados s empresas, um domnio transversal que se cruza com os outros e em que a lgica potenciar
a inovao e diferenciao, associada ao desenvolvimento de aplicaes com utilizao intensiva das TIC, beneficiando
de uma infraestrutura tecnolgica avanada e de disponibilidade de recursos humanos qualificados. Aqui a regio tem
beneficiado com a IDE, seja de base produtiva, seja de centros de conhecimento.
H aqui oportunidades relevantes de internacionalizao, quer no espao da lngua portuguesa (educao, sade e TIC)
mas tambm no quadro europeu.
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UM EXEMPLO NA AML:
O TAGUSPARK (Parque Tecnolgico)
O OEIRAS VALLEY (Regio Tecnolgica)
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Um Parque de Cincia e Tecnologia como o Taguspark pertence a vrias redes:
Rede de Parques Tecnolgicos;
Rede de Clusters Tecnolgicos - ligados s tecnologias predominantes no Taguspark (dado o Taguspark ser um parque
especializado nas TIs);
Rede de Clusters Regionais; e
Rede da Regio Tecnolgica em que se insere conceito Oeiras Valley sendo ento um n e um gestor da rede de
unidades que constituem esta Regio Tecnolgica. Assim, o Taguspark associa-se gesto e ser, em conjunto com a
AITECOEIRAS, o motor da Cidade do Conhecimento, Inovao e Desenvolvimento que se desenvolver no eixo
Taguspark - Oeiras alinhada com o conceito Oeiras Valley.
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Em que dever ser um elemento activo de uma rede de partilha de conhecimentos.
Rede de Parques Tecnolgicos
Em que o Taguspark dever potenciar s empresas a captao das melhores tecnologias, dos melhores talentos e a constituio de parcerias tecnolgicas com outras unidades da rede.
Rede de Clusters Tecnolgicos
Em que adiciona rede as suas tecnologias especializadas, integrando-se na competio internacional pela captao de investimentos estrangeiros, seja para empresas de conhecimento intensivo, seja para unidades de investigao.
Rede dos Clusters Regionais
Em que dever ser, em articulao estreita com a AITECOEIRAS, um HUB e um grande n agregador de informao e competncias da regio, por forma a implementar e executar as actividades de:
Iniciativa cientfica, tecnolgica e de empreendedorismo; e Programao e divulgao.
Na vertente cientfica e tecnolgica o Taguspark ter papis e estratgias distintas em cada uma das redes em que se integra.
Rede da Regio Tecnolgica - Oeiras Valley
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Regio Tecnolgica O conceito Oeiras Valley Oeiras Valley - Oeiras como um Centro de Servios Globais do sculo XXI, suportado em quatro clusters tecnolgicos principais: Tecnologias de Informao e de Comunicao (TIC), Biotecnologias, Tecnologias de Sade e Tecnologias Tropicais. O desenvolvimento do conceito "Oeiras Valley" deu os primeiros passos com a criao da AITECOEIRAS, da qual a Taguspark SA associada. A AITECOEIRAS uma Associao criada em Fevereiro de 2008 pela Cmara Municipal de Oeiras e outras entidades que tem como misso:
i. Promover o Concelho de Oeiras internacionalmente;
ii. Contribuir para o incremento do Investimento Estrangeiro, Produtividade e Competitividade Empresarial; e
iii. Ser o Agente Dinamizador das Novas Actividades Econmicas no Concelho.
Nmero do slide 1Nmero do slide 2I OS CLUSTERS E O PROJECTO PORTER EM PORTUGALO PROJECTO COMEADO EM 1992O Professor Michael Porter um reputado guru de Estratgia Empresarial.O meu colega Lus Todo Bom teve a ideia de realizar em 1992 no Forum Picoas um seminrio destinado a aplicar o modelo de Porter a dois clusters portugueses o txtil e o turismo. Convidou-me para o seminrio. Como Ministro da Indstria e como Professor Universitrio de Economia Industrial qualidade em que tinha devorado os livros de M. Porter participei nele com grande entusiasmo. Lus Todo Bom lanou-me ento o repto: porque no lanas um Projecto Porter em Portugal aplicando o modelo de M. Porter economia portuguesa? Aceitei a sugesto com todo o entusiasmo. Convidei empresas privadas e pblicas a financiarem o estudo, em conjunto com as agncias pblicas como o IAPMEI, ICEP e IEFP. Todos aceitaram com entusiasmo o convite e tivemos ento uma verdadeira cumplicidade estratgica entre o Estado e o Mercado, aquela que interessa fazer para jogar ao ataque e promover a competitividade empresarial do pas. Trouxe-o ento a Portugal, em 1992, liderando uma equipa que, conjuntamente connosco no ento Ministrio da Indstria e Energia, elaborou o Projecto Porter. Este projecto era um instrumento importante da nossa Poltica Industrial.O projecto seguiu a teoria desenvolvida no seu livro The Competitive Advantage of Nations, contemplando duma forma sistmica as duas ferramentas tericas do modelo Porter: o diamante (ou losango) e a teoria dos clusters.Segundo o modelo, a competitividade de cada nao reside na optimizao desse diamante aplicado aos clusters sectoriais regionalmente concentrados, em que o pas j possui vantagens comparativas, sendo esses clusters suportados em polticas pblicas horizontais. Essas polticas pblicas e a interveno do Estado na economia destinavam-se justamente em polir e dar brilho aos vrtices do diamante.O Prof. Porter e a sua equipa da Monitor vieram ento aplicar o modelo a Portugal. Mais do que o modelo (pois que os modelos so sempre redutores da realidade e como tal discutveis) o importante no Projecto Porter foi a dimenso meditica do projecto e a constituio de task-forces entre empresrios, associaes empresariais e administrao pblica para implementarem as recomendaes do projecto, o que geraria grandes e efeitos dinmicos na sociedade e economia portuguesas.No que toca dimenso meditica, o prestgio do Prof. Porter e o facto de se expressar em ingls vieram dar visibilidade a ideias e orientaes estratgicas que eu j andava a tentar vender opinio pblica mas, como sabemos, santos da casa no fazem milagres So exemplos disso, a ideia de que os sectores tradicionais no so sectores condenado, preciso apostar naquilo em que j temos experiencia e que conhecemos em vez de avanar em coisas que no conhecemos s porque so moda nos tericos da poltica ou da economia Eu prprio, ao entrar na discusso e ao criticar o trabalho ajudei a essa dimenso meditica. Muito boa gente ficava surpreendida pelo Ministro impulsionador do estudo vir a publico discutir e criticar o trabalho. Por outro lado, ficava encantado quando via o Ministro sombra do PS, Henrique Neto, criticar-me por eu no apoiar suficientemente o projecto Era mais uma prova evidente que o trabalho tinha dimenso e interesse nacionais, ultrapassando as fronteiras do governo ou do partido que o lanara.Por outro lado, o mtodo de trabalho com a constituio dos task-forces iria gerar efeitos dinmicos na economia portuguesa que perdurariam para alm do relatrio pois que os relatrios lem-se e metem.se na gaveta Lembro-me sempre do estudo sobre a Especializao da Indstria Portuguesa feito no fim dos anos 80 pela equipa formada por Joo Cravinho, Ferro Rodrigues, Flix Ribeiro e Lino Fernandes encomendado pelo ento Banco de Fomento Nacional, onde o Prof. Manuel Sebastio e eu prprio eramos responsveis por tal estudo. Foi excelente mas esgotou-se com o relatrio.O Forum para a Competitividade (FpC) iria em Portugal portugalizar o Relatrio Porter dando sequncia ao trabalho encetado e gerando a tal dinmica. Como a minha preocupao era a de que o Projecto Porter perdurasse para alm do governo PSD, convidei para Presidente do FpC uma reputada individualidade da oposio, o Prof. Bayo Horta, ento Vice-Presidente do PP e ex-Ministro da Indstria, no partidarizando o projecto.Veio ento o governo PS Guterres e acabou com o Projecto Porter no o apoiando financeiramente. O Governo tinha 50 milhes de contos para apoiar a recuperao de 2000 empresas inviveis (parece que s recuperou duas) tentando aguentar um passado invivel, mas no deu 500 mil contos para apoiar a viabilizao financeira do FpC, de acordo com a proposta do Eng Belmiro de Azevedo, ou seja no quis apoiar a preparao do nosso futuro colectivo. O FpC manteve-se a funcionar em termos mnimos graas ao apoio da CIP e do Dr. Ferraz da Costa, fazendo apenas umas anlises macro de rcios de produtividade mas as task-forces acabaramCuriosamente, o governo PS aproveitou a ideia dos clusters trazida pelo Projecto Porter para os seus textos de orientaes e de poltica econmica mas como foi habitual na governao PS, tal no passou de produo de papel sem efeitos concretos na sociedade e na economiaOS RESULTADOS DO PROJECTO PORTERA aplicao do projecto Porter permitiu:- Melhorias evidentes nos sectores tradicionais como o do calado, de txtil, vesturio e confeces (design, pequenas sries, resposta rpida solicitaes do mercado);- Nos vinhos (cujo aumento de qualidade evidente) e no mobilirio (bem visveis na qualidade e design);- Teve um foco muito grande nos factores de produo do diamante;- Impacto mdio nas condies de procura;- Efeito baixo na rivalidade, estrutura e estratgia da empresa e industrias relacionada e de suporte;- No houve praticamente melhorias nas politicas pblicas de apoio s variveis horizontais.Como dizia Luis Todo Bom no Jornal de Negcios no artigo O projecto Porter revesitado de 2 de Abril de 2012: A resposta do nosso pas a este novo paradigma tem sido medocre. As "comunidades" empresariais suportadas no conhecimento so frgeis, os "parques tecnolgicos" so, genericamente, armazns ou dormitrios de empresas com reduzidas aces de fertilizao cruzada, a integrao em "redes de conhecimento e de desenvolvimento tecnolgico internacionais" so pontuais e mal estruturadas e a utilizao das "plataformas digitais" para a construo destes "portais de comunidades empresariais do conhecimento" incipiente.Nmero do slide 10Nmero do slide 11Nmero do slide 12Nmero do slide 13Nmero do slide 14Nmero do slide 15Nmero do slide 16A VISITA DE M. PORTER A PORTUGAL EM 2002Graas a uma excelente iniciativa do Dirio de Notcias e do Dirio Digital tivemos em 2002 de novo em Portugal o Prof. M. Porter. Tinham-se perdido seis anos, o pas tinha estagnado, a economia real tinha sido esquecida (tivemos cinco Ministros da Economia em seis anos!) tnhamos a produtividade mais baixa da Unio Europeia e um dfice da balana corrente (10% do PIB) dos mais elevados do Mundo!Oito anos aps o relatrio Porter e a sua receita sobre as vantagens competitivas de Portugal, o seu autor regressou ontem para afirmar que o "pas perdeu oito anos" e que as polticas seguidas negligenciaram a microeconomia, para manifestar a sua desconfiana sobre a "capacidade para mudar" da economia, defender que no h prosperidade sem produtividade, e que o sector privado tem de mobilizar-se para um problema que "no do Governo", mas do pas.O quadro demolidor da situao portuguesa, que Michael Porter trouxe a Lisboa, pela primeira vez desde o projecto que coordenou no incio da dcada passada - e de resultados inferiores aos ambicionados -, teve por base uma srie de valores do ltimo relatrio da Competitividade Global, do Frum Econmico Mundial, de 2001, de que co-autor, e a sua comparao com o quadro de 1994. Desde ento, considera que a "posio competitiva da economia nacional piorou, enquanto o ambiente externo se tornou mais agressivo". Segundo afirmou, o pas "no se pode dar ao luxo de gastar mais tempo ao permitir que os grupos de interesses bloqueiem o progresso, de falar sem agir". pergunta "E Portugal consegue mudar?", a resposta dada foi: " o que me preocupa mais. Mais do que as suas qualificaes, o seu talento. A nica coisa que no sei se consegue atingir a capacidade para mudar". Na anlise aos indicadores da fragilidade competitiva portuguesa, considerou que a avaliao dada ao ensino reflecte uma "crise nacional". Na alegada perda de tempo, o professor norte-americano falou de uma "mudana muito modesta", em que "a reforma monetria tem de dar lugar reforma da economia". O atestado de dvida profunda expressa por Porter, convicto de que o diagnstico de 1994 tinha detectado os pontos correctos, passou tambm pela "ironia" de a Cimeira Europeia de Lisboa ter assumido a agenda da competitividade, ao mesmo tempo que fez de Portugal um fraco "exemplo". "Foram feitos relatrios e iniciativas, mas o problema est na aco, em fazer coisas, em mudar. Essa a questo". O que determina a capacidade competitiva de um pas, para Porter, "no o que o pas produz, mas quo sofisticado e produtivo esse pas a fazer o que faz", pelo que entende que a chave do problema j no est nas condies macroeconmicas, "impostas" pela adeso ao euro, mas na "sofisticao microeconmica", traduzido no ambiente da qualidade dos negcios, onde entram as infra-estruturas e a legislao, entre outros factores. A crtica ao anterior Governo foi directa: "negligenciaram a microeconomia para o desenvolvimento do pas", considerando ter sido essa opo responsvel por um "fraco crescimento econmico, pela perda de quota de exportaes no mercado internacional". Sem a possibilidade de desvalorizao da moeda, o especialista considera que "o futuro agora diferente do de h cinco, 10 anos". Uma das grandes diferenas em relao receita defendida h quase uma dcada a importncia dada agora por Porter capacidade inovadora dos pases, para aumentar a sua produtividade, apontando-a como "um caminho" prioritrio para "o futuro de Portugal". Sublinha, na sua tese, que "j no h indstrias de baixa tecnologia, apenas empresas de baixa tecnologia". O professor norte-americano, que diz no querer ser "superpessimista", sustenta, mesmo assim, que acabou um perodo de convergncia que beneficiou dos fundos estruturais, extinta que foi a desvalorizao cambial. Da "nova paisagem competitiva", diz, fazem parte os pases do alargamento da Unio Europeia ao centro e leste. Admitindo que uma nova poltica para a competitividade necessite de novas instituies, semelhana do papel do Frum para a Competitividade, em 1994, Porter deixou ainda o recado de que a competitividade " uma maratona, no um 'sprint'" e que os primeiros resultados aparecem "cinco, dez anos depois, ou at mais tarde". OS CLUSTERS, A ECONOMIA DO CONHECIMENTO E AS REGIES DE DESENVOLVIMENTO TECNOLGICOOs clusters sectoriais evoluram hoje em dia, no contexto da Teoria do Desenvolvimento Endgeno (de Paul Rommer) que deu suporte chamada Economia do Conhecimento, para regies de desenvolvimento tecnolgico, com um incremento da fertilizao cruzada entre universidades e empresas high-tech e com um sistema mais sofisticado de entidades de servio relacionadas e de suporte. Esta clusterizao passou a ser aplicada universalmente em todos os pases que aspiram ao desenvolvimento econmico e industrial. Tal particularmente evidente na China, a nova potncia industrial emergente, onde os clusters so uma das grandes vantagens das regies costeiras onde se concentrou uma primeira fase da industrializao do pas.Nmero do slide 23II O CONCEITO DE REINDUSTRIALIZAO PARA O SECLO XXI O CASO PORTUGUSO Ocidente EUA e Europa - parecia ter perdido a indstria para a China mas nos EUA comea-se a sentir que a deslocalizao industrial para a China e para outros pases emergentes foi longe de mais.Com efeito comea-se a perceber que: h uma ligao entre produo industrial, desenvolvimento tecnolgico e inovao.Numa altura em que o time-to-market essencial, separar a I&DT e o desenvolvimento da produo no far grande sentido.A partir dos anos 80 do sculo passado, o poder nas empresas passou dos responsveis pela produo para os financeiros, que serviriam como agentes dos mercados financeiros com terrveis presses para os retornos de curto prazo.Os financeiros viram ento a actividade de produo apenas como um centro de custos e da a tendncia para o outsourcing e o offshoring, pondo em causa a capacidade para inovar pois no consideravam a produo industrial parte dum sistema de inovao.Tudo isto est a ser posto em causa nos EUA e espero bem que esta discusso chegue Europa, onde at agora apenas a Alemanha parecia contrariar este modelo de desindustrializao. imperioso que outros pases europeus reforcem este come-back para a reindustrializao.Se se perceber que nos empregos industriais que se gera maior valor acrescentado e que os servios esto intimamente ligados actividade industrial, percebe-se que a desindustrializao europeia uma causa determinante do seu impasse econmico e da malaise europeia. O CASO PORTUGUS A APOSTA NA INDSTRIA E NOS BENS TRANSACCIONVEISA grande preocupao da poltica econmica tem de ser a questo da competitividade. S tornando o pas mais produtivo e competitivo que poderemos melhorar a prazo a nossa qualidade de vida e reduzir as desigualdades. Fala-se muito na necessidade de aumentar as exportaes. Mas sem competitividade no teremos produtos para vender no mercado internacional!Em meados dos anos 90, a agricultura e a indstria representavam quase 30% do PIB. Hoje representam apenas 16%.H que voltar a pensar de novo nas actividades produtivas, reindustrializando o pas! Mas reindustrializar o pas no significa voltar a modelos do passado, assentes na mo-de-obra barata, mas sim aderir ao modelo de economia do conhecimento, injectando conhecimento e engenheiros nas nossas empresas!Reindustrializao nos dias de hoje deve ter um conceito mais lato. No apenas a manufactura mas sim todos os bens e servios transacionveis que conseguimos no s exportar mas em que tambm conseguimos reduzir em mercado aberto e concorrencial as importaes atravs da produo nacional!Temos que aproveitar a nossa flexibilidade evoluindo para produtos individualizados e pequenas series, como o vesturio e o calado esto a fazer, com grande qualidade, com entrega rpida em mercados exigentes. Um pequeno pas como Portugal ter grande dificuldade em competir com grandes economias massificadas em produtos pouco valorizados e tem que usar a flexibilidade da sua moobra para aproveitar rapidamente as oportunidades.Tudo isto naturalmente facilitado pelos actuais sistemas de informao que permitem processos industriais flexveis e entregas rpidas das pequenas sries coisa que as grandes economias massificadas tero dificuldade em fazer.Temos que aproveitar a excelente qualificao dos nossos engenheiros e das nossas escolas de gesto, a qualidade das infraestruturas, os Centros de Investigao Cientifica e Tecnolgica e as Infraestruturas Tecnolgicas criadas no PEDIP para apoio aos sectores industriais. Por outro lado, as nossas PMEs tm que saber integrar-se nas cadeias de valor das grandes empresas globais. Temos assim que transformar o nosso pas numa plataforma de Produo e de Servios na Economia Global, tirando partido da nossa insero das Redes Globais de Comunicao, atravs das TICs e de uma Logstica que permita a gesto eficiente das Cadeias de Abastecimento (SCM)Reindustrializao significar em nossa opinio a nfase na realocao de recursos para a produo de bens e servios transaccionveis (isto competitivos em economia aberta quer na exportao quer na reduo de importao) nos sectores primrio, secundrio e de servios com muito maior valor acrescentado. III OS CLUSTERS E A POLTICA INDUSTRIALFalamos hoje numa reindustrializao da Europa: com focagem em actividades de alto valor acrescentado com crescente ligao entre manufactura e servios com o reposicionamento da indstria europeia e em particular das PMEs nas cadeias de valor global com personalizao da oferta com o nascimento, graas impresso 3D, duma nova manufactura distribuda (manufactura aditiva, consumer design, manufactura localizada)RESHORING AND NEARSHORING?Aps dcadas de outsourcing e offshoring temos agora, a partir do momento que se percebeu que o modelo de offshoring foi em termos geogrficos demasiado longo, a possibilidade de voltar a ligar a concepo, engenharia e desenvolvimento produo no mesmo sitio (reshoring) ou de fazer o outsourcing para regies mais prximos (nearshoring).No mbito da integrao nas cadeias de valor globais o nosso pas um obvio candidato a estratgias de nearshoring.Como instrumento duma nova poltica industrial favorvel criao dum ecossistema propcio reindustrializao temos:- Polticas de I&DT e Inovao, concentrada em incentivos no lado da procura e no da oferta, em que so as empresas que contratam as Unidades de Produo de Conhecimento e em que se diferenciam os incentivos inovao incremental (incremental engineering) dos incentivos inovao disruptivoInvestigao gasta-se dinheiro (investe-se) para criar conhecimentoInovao (business driven) utiliza-se o conhecimento adquirido para criar valor, um contexto de mudana econmica e socialO nosso pais j evoluiu muito no domnio da base cientifica a tecnolgica e da produo de conhecimento.O que est em causa agora ligar a produo de conhecimento s empresas por forma a dinamizar a inovao em que ainda estamos claramente atrasado e que fundamental para as empresas agarrarem a knowledge-based-economy.Como dizia Porter j em 1992:Portugal est stuck in the mIddle, entalado entre os pases e regies de conhecimento e as que competem atravs dos salrios baixos.Por mais baixos que sejam os nossos salrios, haver sempre na economia global pases e regies com salrios mais baixos que os nossos pelo que este no o caminho para a nossa economia!- Poltica de compras pblicas orientada para a inovao- Intervenes pblicas para cobrir falhas de mercado no apoio s PMEs e s start-ups atravs de mecanismos de capital de risco- Abordagens sectoriais designadamente atravs da parceria pblico-privadas- Polticas regionais e de clusterizaoNo caso portugus, como o Estudo de Avaliao da Estratgia e do Processo de Implementao das Estratgias de Eficincia Coletiva Tipologia Clusters evidenciava, preciso distinguir clusters de base tecnolgica, que importa lanar, dos clusters tradicionais j existentes.H assim que:1. Fomentar o agrupamento dos sectores industriais em clusters, levando ao adensamento das relaes intra-industriais com mecanismos de acesso ao crdito atravs dos sistemas de garantia mtua.2. Dinamizao dos clusters e plos de competitividade, ligando universidades, institutos politcnicos e centros de investigao com empresas e respectivas associaes nos vrios sectores da indstriaportuguesa.IV A AVALIAO DA SPI S ESTRATGIAS DE EFICINCIA COLECTIVA E AO PROGRAMA DOS POLOS DE COMPETITIVIDADENmero do slide 34Nmero do slide 35Nmero do slide 36Sntese dos Resultados, Concluses e Recomendaes Desenho Estratgico No breve percurso da poltica e quadro operacional criados no contexto do QREN, em geral, e do Enquadramento das EEC (incluindo os acessos preferenciais a um conjunto de instrumentos cofinanciados por fundos comunitrios), em particular, reconhecem-se como positivos os esforos empreendidos e defende-se a sua continuidade. Esta, contudo, dever beneficiar da experincia acumulada, no deixando de ser introduzidas alteraes que possam evitar a cristalizao de aspetos menos conseguidos da poltica e da sua operacionalizao. A ttulo de exemplo, refiram-se, por um lado, o reduzido envolvimento dos decisores relevantes numa poltica que beneficiaria claramente de um maior acompanhamento e coordenao, e por outro lado, a ancoragem nos instrumentos de programao comunitrios, e a subsequente dependncia face aos mesmos, sem uma clara definio do modelo de governao. Em maior detalhe, considerando a importncia da existncia de um modelo de governao adequado (apoiado num centro de racionalidade com os recursos necessrios), refira-se o facto de se ter observado uma maior operacionalizao dos instrumentos nos quais estava j institudo um sistema permanente de articulao operacional entre as entidades (nomeadamente os Sistemas de Incentivos s Empresas do QREN), e ter sido clara a menor capacidade de mobilizao de instrumentos que requeriam articulaes menos institucionalizadas (com os PO Regionais, PO Temticos, PRODER e PROMAR). Importa assim reequacionar o modelo de governao, consolidando uma estrutura de coordenao poltica e nomear uma estrutura de gesto que beneficie da aprendizagem acumulada a nvel nacional e internacional. As duas estruturas devero, em articulao, estar empenhadas na operacionalizao de uma poltica nacional de clusterizao abrangente. Esta ltima, sendo definida numa lgica de mdio prazo (2014-2020) e apresentando objetivos alinhados com as prioridades do Pas e dos contextos internacionais, dever estar ancorada no Oramento de Estado, ainda que devam ser criadas condies para que possa beneficiar do prximo perodo de programao de Fundos Comunitrios (2014-2020).Importa, por outro lado, aproximar as expetativas realidade. Neste caso concreto, constata-se que foram confiadas expetativas excessivas a um processo que, desde logo pela sua novidade, deveria ter sido, com vantagem, um processo de experimentao e aprendizagem. A corroborar esta tese encontra-se o prprio contexto de implementao da poltica em questo que, sendo pautado por uma cultura pouco aprofundada de clusterizao, deixou transparecer, desde cedo, as dificuldades resultantes da experincia reduzida das entidades envolvidas na alavancagem dos processos de eficincia coletiva. Reconhecendo-se que a cultura no domnio dos processos de clusterizao no foi suficientemente enriquecida durante o percurso dos ltimos anos, constata-se a existncia de um fosso significativo entre as intenes iniciais e a realidade, que importa reduzir na continuidade da poltica. Processo de Reconhecimento (seleco dos clusters)Considerando que o alinhamento das expetativas deve ocorrer desde o incio, reconhece-se como necessria a existncia de um novo processo de reconhecimento que tire partido de boas prticas do passado, e que introduza tambm fatores de inovao. Assim, fazendo-se notar que o processo de reconhecimento dos Polos e Clusters foi globalmente adequado, na medida em que envolveu uma Comisso de Avaliao (que integrou decisores polticos e peritos internacionais) e que foi participado e flexvel, importa criar condies para que se evidenciem, no decurso do novo processo de reconhecimento, estratgias robustas, participadas, comprometidas com os resultados e que demonstrem capacidade de contribuir para os objetivos definidos. Saliente-se, a este propsito, que o facto de ter existido, em 2009, um processo de reconhecimento condicionado (e uma reformulao dos Programas de Ao apresentados), apontava para algumas fragilidades relativas maturidade das EEC candidatadas. No tendo sido, nessa ocasio, definido com rigor o grau de cumprimento necessrio relativamente s condicionantes e recomendaes que acompanharam o processo de reconhecimento condicionado, verificou-se que o mesmo foi concludo com o reconhecimento formal de todos os Polos e Clusters. Importa, neste sentido questionar at que ponto os 11 Polos e 8 Clusters em questo tinham efetivamente condies para garantir a emergncia e/ou consolidao de EEC orientadas para o aumento da competitividade da economia portuguesa em domnios relevantes. Refira-se, complementarmente, a existncia de poucos fatores de inovao no processo de reconhecimento. Neste sentido, observa-se, em termos gerais, uma postura conservadora ao nvel estratgico (no que se refere definio de reas consideradas prioritrias e aos processos top-down, com o predomnio da aposta em setores tradicionalmente apoiados) e ao nvel operacional (no que concerne aos ecossistemas - instituies de ensino superior, centros tecnolgicos e empresas envolvidos na definio das estratgias, com reduzida aposta na orientao para o mercado). Esta postura parece ter limitado o processo de reconhecimento consolidao de domnios tradicionais considerados de elevado potencial exportador, em detrimento da emergncia de outros setores (nomeadamente de base tecnolgica) ou da assuno de riscos fora do alinhamento tradicional dos setores. Destaque-se ainda o facto de os Polos e Clusters reconhecidos terem apresentado, desde cedo, caractersticas e nveis de maturidade distintos, tendo as diferenas iniciais sido intensificadas com o passar do tempo. Neste sentido, as diferenas atuais no se demonstram acomodveis no sistema de classificao que distingue Polos e Clusters. Um exemplo claro das diferenas do nvel de maturidade das EEC resulta da sua perceo sobre o contributo da poltica de apoio clusterizao para a estruturao das fileiras/ setores que representam, verificando-se casos em que o reconhecimento visto como uma condio sine qua non e casos em que perspetivado como complementar a um trabalho que j vinha a ser feito no seio do ecossistema. Desta forma, sugere-se que se uniformize a nomenclatura utilizada, optando-se pela designao de cluster (adotada de forma generalizada a nvel internacional) e que se crie um sistema de classificao dinmico que diferencie os clusters de acordo com o seu nvel de maturidade. Este sistema, que poder por exemplo, distinguir clusters em maturao e clusters maduros, sendo esta ltima classificao subdividida nas categorias clusters lderes nacionais e clusters com ambio internacional, dever estar alinhado com os objetivos e os instrumentos de apoio, prevendo-se diferenas em ambos, de acordo com o nvel de maturidade dos clusters. Dever ainda permitir a desclassificao ou a subida de escalo entre os diferentes nveis a criar, sendo consequente o cumprimento ou no dos objetivos inicialmente previstos. Neste contexto, refira-se que embora tenham sido disponibilizados montantes significativos para projetos ncora, complementares e de animao, coordenao e gesto da parceria, existiram dificuldades na operacionalizao da maioria dos acessos preferenciais previstos no quadro inicial de medidas do Enquadramento das EEC. Em concreto, poder mesmo reconhecer-se que apenas os acessos preferenciais inscritos nos Sistemas de Incentivos s Empresas do QREN e no Sistema de Apoio s Aes Coletivas foram verdadeiramente mobilizados. Desta concluso resulta a necessidade da poltica de clusterizao estar ancorada num quadro de medidas transversal (a financiar atravs de Oramento de Estado e dos diferentes fundos estruturais), estimulando-se, complementarmente, a mobilizao de recursos privados e/ou internacionais. Apresentando-se com um programa de apoio especificamente desenhado para a poltica de clusterizao, este tornar menos necessrios mecanismos de seletividade atualmente utilizados, como as majoraes. Ainda assim, ser importante garantir a continuidade de outros mecanismos, em particular, a utilizao de referenciais como parte do processo de seleo de projetos. Assinala-se, neste contexto, que foram definidas prioridades tcnicas para a insero em projetos nas EEC, designadas reas tecnolgicas e de desenvolvimento de novos produtos, processos ou sistemas e tipologias de investimento elegveis no mbito de alguns dos instrumentos do Sistema de Incentivos s Empresas do QREN. Contributos da Poltica Nos ltimos anos, so muitos os estudos efetuados a nvel internacional sobre a relevncia das polticas de clusterizao no que se refere ao aumento da competitividade da economia de um pas ou de uma regio. Em vrios desses estudos so apresentados contributos como o aumento da produtividade/ eficincia das empresas, a facilitao do acesso das empresas ao mercado, o estmulo inovao e ao desenvolvimento tecnolgico, a promoo do empreendedorismo de base tecnolgica, entre outros. Importa por isso, no caso nacional, dar continuidade poltica de apoio clusterizao, sendo o novo ciclo iniciado por um processo de reconhecimento que, apresentando mudanas relativamente ao passado, faa uso da experincia acumulada, criando o mote para todo o conjunto de alteraes que devem ter lugar em benefcio de uma maior eficcia e eficincia da poltica e de uma maior amplitude dos seus contributos. Estes devero ser claramente traduzidos em objetivos, definidos partida numa dimenso realista, sendo garantidas as condies necessrias para a sua concretizao. Note-se que a poltica de clusterizao avaliada neste exerccio apresentava objetivos abrangentes e ambiciosos que foram perdendo rumo medida que as dificuldades de operacionalizao de vrias medidas foram surgindo, tornando desajustadas as expetativas relativas aos contributos da poltica a diversos nveis. Encontram-se neste grupo os objetivos relacionados com a internacionalizao, mas tambm objetivos decorrentes de uma eficaz articulao entre a poltica de apoio clusterizao e as polticas relativas ao Sistema Nacional de Inovao (SNI), ao Sistema Cientfico e Tecnolgico Nacional (SCTN) e ao Territrio. Embora se verifique que os contributos nas reas referidas foram genericamente reduzidos, importa chamar a ateno para as circunstncias temporais em que decorre esta avaliao, sinalizando-se a relevncia de se revisitarem estas questes num horizonte temporal mais ajustado. Importa, por fim, mencionar que a definio dos objetivos da poltica (que podero contemplar o reforo das relaes de cooperao; a intensificao da inovao e a I&DT, a aposta na produo de bens transacionveis e na internacionalizao; a promoo do empreendedorismo de base tecnolgica; o estmulo competitividade e a modernizao do tecido empresarial; a qualificao dos recursos humanos e a gerao de emprego qualificado, entre outros) dever ocorrer nestas mesmas interfaces, num alinhamento claro com as prioridades nacionais e internacionais. A ttulo de exemplo, refira-se, a propsito da ligao entre os processos de eficincia coletiva, o SNI e o SCTN e o desenvolvimento do Territrio, a importncia de se garantir uma adequada articulao entre a poltica de clusterizao e as estratgias de especializao inteligente, de acordo com os princpios orientadores inseridos nos documentos europeus sobre esta matria. Porto, Abril de 2013 Sociedade Portuguesa de Inovao e inno TSDV EUROPEAN CLUSTER PANORAMA 2014 E A ESPECIALIZAO INTELIGENTE NA REGIO LVTNmero do slide 49Nmero do slide 50Nmero do slide 51CCDRLVTESPECIALIZAO INTELIGENTE DE LISBOAPasso a citar o Documento Especializao Inteligente de Lisboa 2014-2020 da CCDRLVT- De acordo com a Comisso Europeia as estratgias de inovao regionais para a especializao inteligente so agenda de transformao econmica integradas na base local que devem direccionar o apoio pblico e investimentos para as prioridades, os desafios e as necessidades regionais mais importantes, apoiar a inovao baseada na tecnologia e na prtica e promover o total envolvimento das partes interessadas.- A regio de Lisboa concentra uma parte significativa dos recursos nacionais e termos produtivos, de inovao e investigao, a regio portuguesa com maior capacidade de afirmao no quadro da economia global, atraindo investimentos e localizao de recursos qualificados e, por isso, tem que servir de motor ao desenvolvimento integrado de Portugal.- So assim retidos como relevantes: Actividades produtivas em que a Regio especializada ou que registam maiores dinmicas de crescimento, de inovao ou insero na globalizao e que esto articulados como potencial de SCTN Actividades produtivas em que a regio especializada ou que registem forte crescimento econmico ou intensidade elevada de insero na globalizao mas que no esto articuladas com o potencial de SCTN e que por isso podero dinamizar o SCTN Actividades produtivas em que a regio no especializada mas em que existe na regio produo de conhecimento, desenvolvimento tecnolgico e inovao a eles associada que permita potencia-las Actividades de produo de conhecimento, desenvolvimento tecnolgico e inovao na regio sem a consequente actividade produtiva e que correspondem a reas de especializao ou de forte crescimento na economia portuguesa ou na economia europeia.DOMINIOS TEMTICOS PRIORITRIOS: Turismo e Hospitalidade Mobilidade e Transportes Industria naval Seamless utility (com transporte pblico) Aeronutica, espao e defesa Indstria automvel (Auto Europa e componentes) Meios criativos e industrias culturais Investigao, Tecnologia e Servios de Sade Prospeco e valorizao dos recursos marinhos Servios avanados s empresas, um domnio transversal que se cruza com os outros e em que a lgica potenciar a inovao e diferenciao, associada ao desenvolvimento de aplicaes com utilizao intensiva das TIC, beneficiando de uma infraestrutura tecnolgica avanada e de disponibilidade de recursos humanos qualificados. Aqui a regio tem beneficiado com a IDE, seja de base produtiva, seja de centros de conhecimento.H aqui oportunidades relevantes de internacionalizao, quer no espao da lngua portuguesa (educao, sade e TIC) mas tambm no quadro europeu. UM EXEMPLO NA AML:O TAGUSPARK (Parque Tecnolgico)O OEIRAS VALLEY (Regio Tecnolgica)Nmero do slide 56Nmero do slide 57Nmero do slide 58Regio Tecnolgica O conceito Oeiras ValleyOeiras Valley - Oeiras como um Centro de Servios Globais do sculo XXI, suportado em quatro clusters tecnolgicos principais: Tecnologias de Informao e de Comunicao (TIC), Biotecnologias, Tecnologias de Sade e Tecnologias Tropicais.O desenvolvimento do conceito "Oeiras Valley" deu os primeiros passos com a criao da AITECOEIRAS, da qual a Taguspark SA associada. A AITECOEIRAS uma Associao criada em Fevereiro de 2008 pela Cmara Municipal de Oeiras e outras entidades que tem como misso: