Post on 17-Nov-2018
Marcio Nunes Corrêa
marcio.nunescorrea@pesquisador.cnpq.br
(53) 9983 9408
Clínica Médica de Grandes Animais I
Clínica de Ruminantes
SISTEMA LOCOMOTOR
PROFESSOR:
Prof. Marcio Nunes Corrêa
Colaboradores:
Med. Vet. M.C. Maikel Alan Goulart
Med. Vet. Diego Velasco Acosta
Graduando Vinícius Boechel Barcelos
Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária
- NUPEEC -
www.ufpel.edu.br/nupeec
INTRODUÇÃO
Doenças de cascos
Ingestão
Reprodução
Produção de leite
Peso Corporal
Prejuízos econômicos:
Descarte prematuro
Diminuição da produção de leite
Perda de peso
Prejuízos reprodutivos
Custo de tratamento e veterinário
Mudança no manejo
INTRODUÇÃO
Perdas econômicas
54%
21%
19%
6%
Descarte involuntário
Atraso na concepção
Perda na produção
Custo do tratamento
Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR
INTRODUÇÃO
Doenças Ingvartsen et al. 2003a Kelton et al. 1998
Febre do leite 4,6% (0,2-8,9%) n=17 6,5% (0,03–22,3%) n = 33
Cetose 4,1% (1,6-10%) n=17 4,8% (1,3–18,3%) n = 36
Doenças de cascos 14,7% (1,8-60%) n=7 7,0% (1,8–30%) n=39
Retenção de placenta 7,8% (3,1–13%) n = 13 8,6% (1,3–39,2%) n = 50
Infecções uterinas 10,8% (2,2–43,8%) n = 16 10,1% (2,2–37,3%) n = 43
Mastite 17,6% (2,8–39%) n = 25 14,2% (1,7–54,6%) n=62
Tabela 1. Variação de incidência de algumas doenças de produção em vacas leiteiras em rebanhos de produção normal.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Ocorrência das doenças dependem:
Sistema de manejo
Ambiente
Raça
Nutricional
Raças:
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Manejo confinado e semi-confinado :
Doenças digitais
Úlcera de sola
Laminite
Doença da linha branca
Abscesso de sola
Dermatite digital
INTRODUÇÃO
Ambiente - Pastagens úmidas:
Sola plana, fina e lisa
Hematoma de sola
Doença da linha branca
Erosão de talão
Dermatite digital
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
INTRODUÇÃO
Ambiente – Topografia íngreme ou cascalho:
Hiperplasia interdigital
Hematoma de sola
Ação dos agentes químicos e físicos sobre os cascos de animais estabulados
Agentes químicos
Alteração da substância do cimento celular
Microfissuras no casco
Agentes físicos
Pequenas rachaduras
Maior sensibilidade ao ataque de bactérias
ANATOMIA DO CASCO
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
ANATOMIA DO CASCO
Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR
ANATOMIA DO CASCO
Coroa
Muralha
Talão
Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR
ANATOMIA DO CASCO
Períoplo
Espaço interdigital
Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR
ANATOMIA DO CASCO
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
ANATOMIA DO CASCO
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
Para a raça holandês
ANATOMIA DO CASCO
DOENÇAS QUE ACOMETEM OS
CASCOS
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
Ocorrência de manqueira
90%
10%
Cascos
Partes altas
Fonte : Informativo ReHAgro
DOENÇAS DOS CASCOS
Distribuição das afecções segundo o membro
acometido
92%
8%
Cascos dos membrospélvicos
Cascos dos membrostorácicos
Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR
DOENÇAS DOS CASCOS
Distribuição das afecções de casco no
membro posterior
68%
12%
20% Unha lateral
Unha medial
Espaço interdigital eregião periférica docasco
Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR
DOENÇAS DOS CASCOS
Monitoramento da saúde do casco :
Atenção especial para os primeiros 60 dias de
lactação
Examinar animais com curva de lactação anormais
Fazer avaliação do escore de locomoção
DOENÇAS DOS CASCOS
Escore de Locomoção:
Monitoramento da prevalência
Incidência de novos casos
Severidade
Identificação das vacas a serem casqueadas
Avaliação em piso plano
Vacas em estação e locomovendo-se
DOENÇAS DOS CASCOS
Escore de Locomoção 1
Postura normal com linha de dorso retilínea em estação e locomoção, passos firmes com
distribuição correta do peso e apoios.
DOENÇAS DOS CASCOS
Escore de Locomoção 2
Postura normal em estação e ligeiramente arqueada em locomoção, apoios normais.
Escore de Locomoção 3
Postura arqueada em estação e locomoção, ligeira alteração dos passos.
DOENÇAS DOS CASCOS
Escore de Locomoção 4
Arqueamento do corpo em estação e locomoção, assimetria evidente do apoio poupando
membros.
DOENÇAS DOS CASCOS
Escore de Locomoção 5
Incapacidade de apoio ou de sustentação do peso do(s) membro(s) lesado(s), relutância ou
recusa para locomover-se.
DOENÇAS DOS CASCOS
Cálculo de perdas em produção de leite, baseado no
escore de locomoção das vacas:
Segundo Robinson (2001), as perdas estimadas são de:
Escore de locomoção 3: 5,1% de perdas em produção
Escore de locomoção 4: 16,8% de perdas em produção
Escore de locomoção 5: 36,0% de perdas em produção
Tabela 2 – Nº de animais, perdas em produção de leite e perdas econômicas, em duas
propriedades onde foram realizados os escores de locomoção.
Classificação por escore 1 2 3 4 5 Total Ano
No de animais 18 15 13 35 39 120 -
Perdas em lts/dia - - 14,59 129,36 308,8 452,83 165.281,5
Perda em R$/dia - - 8,17 72,44 172,9 253,6 92.557,63
No de animais 45 42 16 24 3 130 -
Perdas em lts/dia - - 17,95 88,70 23,76 130,42 47.601,84
Perda em R$/dia - - 10,05 49,67 13,31 73,03 26.657,03
Diferença de 117.679,66 litros/ano -
R$ 65.900,60/ano
Médias de 22 litros de leite/dia e o
preço do litro R$ 0,56 centavos.
DOENÇAS DOS CASCOS
... ou a decisão de fazer!
DOENÇAS DO TALÃO
SINONÍMIA: Verruga de casco, Dermatite digital
papilomatosa ou verrucosa
DEFINIÇÃO:
Erosão com exsudação da pele acima da coroa junto ao
talão. Nos casos crônicos pode haver granulação com
formação de papilomas.
Ocorrem surtos com difícil controle
DERMATITE DIGITAL
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
DERMATITE DIGITAL
FATORES PREDISPONENTES:
O confinamento com superpopulação
Má higiene
As novilhas apresentam maior susceptibilidade - talvez
haja envolvimento de fatores imunológicos
ETIOLOGIA:
A causa é multifatorial, sendo influenciada pelo ambiente,
idade e nível de imunidade dos animais. Agentes isolados:
bactérias, espiroquetas, fungos e vírus
DERMATITE DIGITAL
SINAIS CLÍNICOS:
Lesão inicial - erosão vermelho viva (aspecto de
"morango") com borda esbranquiçada – exsudativa com odor
fétido e sensível ao toque
Lesão crônica - crescimento de papilas e insensíveis ao
toque (dermatite verrucosa)
Claudicações de grau variado
DERMATITE DIGITAL
Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR
DERMATITE DIGITAL
TRATAMENTO:
Limpeza da ferida
Tratamentos - sucesso variável – não atingem o agente
Recidivas - melhora aparente e não estão curados
Oxitetraciclina pó ou formalina 3-5% - tratamento e profilaxia
Uso parenteral de oxitetraciclina (10-20 mg Kg); Penicilina G
Procaína (22.000 UI/Kg 2 vezes ao dia/3dias); Ceftiofur sódico (2
mg/kg/dia/3dias)
DERMATITE DIGITAL
DEFINIÇÃO: Perda irregular do tecido córneo do talão
e da sola.
EROSÃO DO TALÃO
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
INCIDÊNCIA E FATORES PREDISPONENTE:
Alta em locais com muita lama, umidade, má higiene
(acúmulo de dejetos), laminite crônica-casco de má
qualidade
EROSÃO DO TALÃO
SINAIS CLÍNICOS:
Depressões escuras
Há perda do tecido córneo do talão e muitas vezes
ele se descola do cório permitindo a entrada de
sujidades (Abscesso de sola)
A presença de claudicação vai depender da
extensão da lesão - envolvimento do cório
EROSÃO DO TALÃO
EROSÃO DO TALÃO
TRATAMENTO:
Retirada das depressões e sulcos – talão e casquemento regular
Descolamento do tecido córneo - sua retirada - colocar
bandagem com antimicrobiano tópico - tamanco
Piquetes secos e macios, minimizando o estresse traumático
Cloridrato de Oxitetraciclina pó e bandagem
Pedilúvio semanal com formalina 3% ou sulfato de cobre 10%
EROSÃO DO TALÃO
PODRIDÃO DOS CASCOS
SINONÍMIA: Footrot e Flegmão interdigital
DEFINIÇÃO:
Infecção da região interdigital e tecidos moles profundos.
Apresenta caráter agudo - doloroso com claudicação intensa
INCIDÊNCIA:
Cosmopolita - esporádica ou em surtos
Forma de surto - época de chuvas - maior acúmulo de lama -
contaminação ambiental
FATORES PREDISPONENTES:
Traumatismo - farpas, esterco seco, palha da cama e pedras
Maceração da pele causada pela umidade, fezes e urina
PODRIDÃO DOS CASCOS
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
PODRIDÃO DOS CASCOS
PATOGENIA:
Maceração ou traumatismo
Lesão local: Dichelobacter nodosus (Bacteroides
nodosus)
Fusobacterium necrophorum (habitante normal
do trato digestivo)
PODRIDÃO DOS CASCOS
SINAIS CLÍNICOS:
Aguda com claudicação severa, febre, diminuição da
produção leiteira e perda de peso
Inflamação do espaço interdigital com edema e separação das
unhas
O edema se estende a ambos os lados da quartela e boleto
Lesão interdigital - Necrose ou fenda longitudinal com
secreção purulenta - odor desagradável
Não tratados - atrite, tenossinovite, bursite do sesamóide ou
abscesso de talão
PODRIDÃO DOS CASCOS
TRATAMENTO: Limpeza local com curetagem do tecido necrosado ou fístula –
bandagens com antibióticos tópicos e anti-septicos
Antibioticoterapia sistêmica: oxitetraciclina, pencilina G
procaína, ceftiofur, tilosina, sulfadimetoxina, sulfadoxina ou
sulfadiazina + trimetroprim
Os anti-inflamatórios não esteróides também podem ser
utilizados (2 a 3 dias)
Melhora em poucos dias
PODRIDÃO DOS CASCOS
FOOTROT - OVINO
SINONÍMIA: Gabarro, tiloma ou fibroma interdigital
DEFINIÇÃO: Reação proliferativa da pele do espaço
interdigital com crescimento de pequena tumoração; causa mais
comum é a irritação crônica.
INCIDÊNCIA:
Maior freqüência em bovinos mestiços criados em pastagens
íngremes e secas
Membros posteriores
HIPERPLASIA INTERDIGITAL
HIPERPLASIA INTERDIGITAL
Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR
FATORES PREDISPONENTES:
Hereditária - quando ocorre de forma bilateral
- Cascos com unhas abertas
- Excesso de gordura interdigital (raça Gir e
Indubrasil e seus mestiços)
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
HIPERPLASIA INTERDIGITAL
FATORES PREDISPONENTES:
Adquiridos :
- pastagens íngremes
- capim seco
- esterco seco
- fezes e urina
HIPERPLASIA INTERDIGITAL
SINAIS CLÍNICOS:
Fase inicial - hiperplasia é pequena - não há claudicação
Hiperplasia - presença de claudicação – dependendo das
complicações
-Necrose da tumoração
-Miíases
-Deformação ungular – dor- adota atitude alterada na
marcha, não havendo desgaste correto do casco
HIPERPLASIA INTERDIGITAL
TRATAMENTO:
Correção do defeito ungular (casqueamento)
Retirada tumoração
Antimicrobiano tópico com sulfato de cobre e bandagem
(renovada a cada 2-3 dias)
Não ao uso de ferro quente para cauterização da ferida pois
aumenta a recidiva e úlceras e erosões na coroa do casco - difícil
cicatrização
HIPERPLASIA INTERDIGITAL
LAMINITE
SINONÍMIA: Pododermatite asséptica
difusa, degeneração laminar aguda, coriose
PATOGENIA:
Processos inflamatórios graves (mastite aguda, metrite,...) – endotoxinas: vasoconstrição periférica.
Acidose ruminal: endotoxinas absorvidas pela parede ruminal: vasoconstrição periférica
Causa amaciamento do casco e predisposição a lesões
LAMINITE
...em resumo...
Excessivo fornecimento de carboidratos Fermentação ruminal excessiva
pH ruminal abaixo de 5,5 Proliferação de lactobacilos
e Streptococcus bovis
Acidose láctica ruminal Bacteriólise de bactérias gram-negativas
com produção de endotoxinas
Liberação de mediadores inflamatórios Vasoconstrição, anastomoses (shunts)
arteriovenosas, microtrombos e alteração da
permeabilidade capilar
Redução da perfusão capilar nas
lâminas dérmicas Isquemia e hipóxia nas células queratógenas
Inibição da síntese normal do casco Degeneração laminar
LAMINITE
Laminite subclínica: associação com úlcera,
abscesso de sola, doença da linha branca e
hematoma de sola
Laminite crônica: ou “casco achinelado” -
resultado de episódios prolongados de uma
laminite subclínica
Laminite Aguda: Provoca dores - ingestão
acidental de quantidade excessiva de grãos ou
concentrado
LAMINITE
FATORES PREDISPONENTES:
Doenças sistêmicas (metrite - endotoxemia)
Alimentação inadequada (rica em carboidratos e pobre
em fibra)
Predisposição racial (raça holandês)
Traumatismos, pisos ásperos, falta de conforto,
defeitos de aprumo e falta de exercício
LAMINITE
SINAIS CLÍNICOS:
Forma aguda - não é muito freqüente
Alterna o membro de apoio ("sapateia") e reluta em
andar
Pode não se levantar devido à dor - marcha torna-se
dolorosa e lenta
A pulsação da artéria digital se torna palpável
LAMINITE
A coroa do casco - avermelhada e edemaciada
As unhas - quentes e sensíveis à palpação manual ou
com pinça
Alteração do crescimento normal do casco -
amolecimento da sola e deformidades.
LAMINITE
Forma crônica - mais freqüente
A sola se torna macia e amarelada
Presença de anéis de crescimento paralelos à coroa
Sola tende a estar plana, aumentando a possibilidade
de abrasão
Casco apresenta supercrescimento (achinelamento)
LAMINITE
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
LAMINITE
TRATAMENTO:
Casos agudos:
Antiinflamatórios não esteróides:
- Flunixin meglumine 1,1 a 2,2 mg/kg – 24h
- Ácido acetilsalicílico 15-100 mg/Kg oral 2 vezes/dia
- Fenilbutazona 4,4 mg/kg, - 48h
Corrigir a causa da endotoxemia
Casos crônicos: Casqueamento - evitando sobrecarga
sobre o talão, cama macia para o animal se deitar e ração
balanceada
LAMINITE
HEMATOMA DE SOLA
Derrame sanguíneo no córium
Sola plana, macia e fina
Umidade e cascalho
HEMATOMA DE SOLA
Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR
HEMATOMA DE SOLA
SINAIS CLÍNICOS:
Geralmente não há claudicação
Mais lento ao se locomover
Não perfurar
Tratamento
Tirar do piso duro – colocar em “piquete macio”
Pedilúvio - Formol 5% - Enrijece o casco
Casos graves – Taco de madeira
ÚLCERA DE SOLA
SINONÍMIA:
– Pododermatite séptica circunscrita
– Broca
DEFINIÇÃO:
– Perda circunscrita do tecido córneo
da sola com exposição do córium.
Unhas posteriores laterais e unhas
anteriores mediais
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
ÚLCERA DE SOLA
INCIDÊNCIA:
– Alta em bovinos leiteiros confinados - 4 meses após o parto
– Correlacionado com laminite sub-clínica
– Semi-estabulados com período de estabulação em estação superior que 8 a 10 horas
ÚLCERA DE SOLA
FATORES PREDISPONENTES:
– Casco achinelado ou hiper crescimento do casco
– Falta de casqueamento
– Animais muito pesados
– Tecido córneo de má qualidade (umidade,
dejetos e laminite)
ÚLCERA DE SOLA
FATORES PREDISPONENTES:
– Erros de manejo e estabulações - muito tempo em
estação
ÚLCERA DE SOLA
FATOR DETERMINANTE:
– Isquemia localizada, devido ao aumento de pressão da
terceira falange sobre o córium.
ÚLCERA DE SOLA
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR
SINAIS CLÍNICOS:
Perda de tecido córneo, com aspecto arredondado
O cório pode granular sobrepassando o tecido córneo da sola -
impedindo a cicatrização
A presença de dor varia com a extensão da lesão -claudicação leve
a severa
Supercrescimento dos cascos
ÚLCERA DE SOLA
TRATAMENTO:
Retirada do tecido de granulação e necrosado
Antimicrobiano tópico, sulfato de cobre e bandagem
Taco de madeira na unha saudável (deixar por 2-4
semanas
Nos casos mais graves deve-se utilizar antibiótico
parenteral.
ÚLCERA DE SOLA
DOENÇA DA LINHA BRANCA
Definicão: Separação e penetração de dejetos entre a sola e a
parede (linha branca), causando geralmente abscedação.
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
INCIDÊNCIA: Alta em bovinos confinados com
higiene deficiente e animais que ficam em baixadas úmidas
FATORES PREDISPONENTES: Todos os fatores
que levem a má qualidade do casco. Os mais comuns são:
- estábulos sujos e úmidos
- supercrescimento dos cascos
- laminite
- cimento muito áspero
- pastagens úmidas
DOENÇA DA LINHA BRANCA
SINAIS CLÍNICOS:
Unhas mais atingidas são as posteriores laterais
A separação da parede, da sola pode ser visualizada
Partes necróticas ou sujidades (pontos pretos)
Pode ser observado a presença de abscesso
DOENÇA DA LINHA BRANCA
A infecção pode atingir a coroa provocando uma
fístula da linha branca até a coroa
A presença de claudicação - estruturas atingidas e das
complicações
Podem apresentar a lesão na região da pinça do casco
(rotação da terceira falange – laminite)
DOENÇA DA LINHA BRANCA
DOENÇA DA LINHA BRANCA
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR
TRATAMENTO:
Retirada do tecido necrosado e drenagem do abscesso
Na presença de fístula, ela tem de ser explorada, com
abertura da parede - linha branca até a coroa
Bandagem - antimicrobiano tópico e ou sulfato de
cobre
Nos casos mais graves - antimicrobiano parenteral e
tamanco de madeira
DOENÇA DA LINHA BRANCA
SINONÍMIA: Pododermatite séptica
DEFINIÇÃO:
Inflamação séptica difusa ou localizada no cório
INCIDÊNCIA:
Animais confinados e criados em baixadas úmidas.
Vacas da raça holandês são mais susceptíveis
ABSCESSO DE SOLA
ABSCESSO DE SOLA
Fonte: Atlas Casco em Bovinos – DIAS e MARQUES JR
FATORES PREDISPONENTES:
Umidade e a laminite - sola plana e macia -
traumatismo - cascalho, vidro, pregos
Cimento muito áspero ou novo - abrasão exagerada
do casco
Doença da linha branca, erosão de talão e hematoma
de sola podem evoluir para o quadro
ABSCESSO DE SOLA
Fonte: Guia Bayer de Podologia Bovina
Vidro
Prego
ABSCESSO DE SOLA
SINAIS CLÍNICOS:
Muita dor - não se alimente - rápido emagrecimento
Sola apresenta um ponto de penetração - necrose
Dois tipos de Abscesso de sola:
-Superficial - prognóstico favorável
-Profunda - prognóstico reservado
ABSCESSO DE SOLA
TRATAMENTO:
Drenagem, retirada de tecido necrosado e do tecido córneo
descolado do casco
Abscesso de sola com lesões superficiais - antibacteriano tópico
com sulfato de cobre e bandagem - substituindo-a a cada 5 a 7 dias -
cerca de 3 semanas
Abscesso de sola com lesões profundas – Antibiótico tópico, após
recuperação do córium aplica-se sulfato de cobre. O curativo e
bandagem a cada 5 dias – durante 60 dias. Antibiótico parenteral.
ABSCESSO DE SOLA
www.ufpel.edu.br/nupeec
“A melhor forma de prever o futuro é criá-lo.” Peter Drucker