Post on 22-Mar-2018
RelvadosCiência e Cultura
Técnicas culturais
Ambiente cultural
EspéciesEvolução
e Indústria
Infestantes, Pragas e doenças
FuturoTécnicas
suplementares
Utilização
RelvadosCiência e Cultura
Técnicas culturais
Ambiente cultural
EspéciesEvolução
e Indústria
Infestantes, Pragas e doenças
FuturoTécnicassuplementares
Utilização
Indústria de RelvadosActividades relacionadas com a produção e
manutenção de gramíneas e outras coberturas de solo necessárias à utilização, recreação e
embelezamento de espaços.
Evolução•Referências à cultura dos relvados desde a pérsia (jardins suspensos da babilónia), romanos e idade média
•A primeira máquina de cortar relva foi inventada em Inglaterra em 1831
– Reel mower ou lâminas helicoidais (Ransomes)•Milestones:
– 1920 – Green Section da USGA– 1945 – criação do secção de Turfgrass pela ASA– 1999 – 26.4 milhões de jogadores nos EUA
•Os primeiros trabalhos de investigação surgiram nos finais do séc. XIX, tendo sido criada a primeira estação experimental emBingley (UK), no ano de 1931.
Só nos EUA, existem cerca de 15 milhões de ha de zonas mantidas como relvados
Relevância em Portugal
• 56 Campos de Golfe (Ocupando cerca + 1500 ha)• 1500 empresas de construção e manutenção de espaços
verdes• Clubes de futebol• Área anual semeada – ±2.000ha• Aposta por parte dos municípios (POLIS, etc.)• Parques urbanos• Empresas de distribuição• Produtores de tapete de relva
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Utilização
Utilização
• Relvados desportivos (ténis, golfe, futebol)• Jardins (Públicos, privados)• Aeroportos e autoestradas• Estabilização de solos• Escolas e hospitais• Projectos imobiliários• Cemitérios• Pistas de corridas (Hipismo)
Principais benefícios
• Controle erosão e poeiras• Retenção, infiltração e
limpeza das águas superficiais
• Receptores de águas carregadas
• Melhoria da estrutura do solo
• Dissipação da temperatura
• Redução do ruído sonoro e visual
• Contribuição económica, social e estética
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Espécies de relvas
A selecção das espécies de relva adequadas é , talvez, a decisão mais importante na qualidade futura do relvado
As espécies de relvas dividem-se em dois grupos fundamentais:– Relvas de climas frios e temperados (C3)
• Períodos de crescimento óptimos entre os 15-25ºC• Géneros Agrostis, Festuca, Poa e Lolium
– Relvas de climas quentes (C4)• Períodos de crescimento óptimos entre os 25-35ºC• Géneros Cynodon, Zoysia, Paspalum e Penisetum
Relvas de Climas Frios a Temperados
São relvas adaptadas a zonas frias e de transição,muito utilizadas em Portugal Continental (excepto o Algarve)
Utilizam-se principalmente em mistura, exceptuando o caso da Agrostis
As principais espécies são:• Agrostis stolonifera• Poa pratensis• Lolium perenne• Festuca rubra• Festuca arundinacea
Agrostis stolonifera
• Características gerais– Folha muito fina, grande densidade, tolerância a
cortes muito baixos, manutenção exigente, elevado valor estético e funcional
Poa pratensis
• Características gerais– Folha fina, persistente, é uma
das espécies responsáveis pela formação de um tapete denso, crescimento lento, tolerante ao pisoteio. A sua variabilidade genética permitiu o desenvolvimento de uma ampla gama de variedades, bem adaptadas a situações de calor, frio e sombra.
Lolium perenne
• Características gerais– É a espécie mais utilizada em relvados,
caracterizando-se pela sua velocidade de instalação, porte erecto e excelente resistência ao pisoteio. O seu melhoramento tem produzido variedades mais resistentes, densas e de crescimento mais lento.
Festuca rubra
• Características gerais– É uma das espécies
mais importantes na formação de relvados. Forma um relvado fino, de grande valor ornamental. As principais sub-espécies são Festuca rubra rubra, Festuca rubra tricophyla e Festuca commutata
Festuca arundinacea
• Características gerais– É uma das espécies que mais tem evoluído nos
últimos anos, graças à sua resistência à seca e pisoteio. Tem vindo a ser melhorada com o objectivo de apresentar folhas mais finas, maior densidade e alturas de corte mais baixas.
Relvas de Climas Quentes
São relvas adaptadas a zonas quentes, com boa tolerância à seca e encontram-se principalmente no Algarve
As principais espécies são:• Cynodon dactylon
– Nos relvados de campos de golfe utiliza-se um híbrido vulgarmente designado por bermuda (Cynodon dactylon x Cynodon transvaliensis)
• Stenotaprhum secundatum (escalracho ou gramão)• Paspalum notatum (Bahiagrass)
Cynodon dactylon
• Características gerais– É uma espécie muito resistente à secura. Tolera bem
o calor e pisoteio, pouco exigente em manutenção. Necessita de calor para germinar e entra em dormência com baixas temperaturas. Os híbridos têm grande aplicação em relvados desportivos.
Stenotaprhum secundatum• Características gerais
– É uma espécie muito resistente ao uso e requer baixa manutenção. Embora esteja melhor adaptada a zonas quentes, possui uma boa resistência ao frio e exige uma manutenção reduzida. É utilizada extensivamente em zonas marítimas em todo o País.
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Atmosfera
As principais condições atmosféricas que influenciam a cultura de relvados são:
• Luz– È fundamental para a actividade fotossintética dos relvados,
podendo ser um factor limitante da cultura.
• Temperatura– É o factor ambiental mais importante na adaptação de um relvado
a determinada região.
• Humidade– Os relvados possuem cerca de 90% de água nos seus tecidos. A
água é fundamental para a manutenção da turgidez, constituição celular, regulação da temperatura e nutrição vegetal
• Vento– Influencia fortemente a evapotranspiração
Solo
Para uma utilização de jardinagem, é possível instalar um relvado em qualquer tipo de solo. No entanto, em relvados desportivos ou de uso intensivo, a compactação é um dos principais inimigos da saúde do relvado.
Substratos para campos desportivos
O melhor sistema é baseado em substratos de areia calibrada, corrigida com matéria orgânica (turfas, etc.) e com um sistema de drenagem adequado à zona de instalação
Retenção de água no solo
Não disponívelDisponívelTotal
225-250150-160375-410Argilosa
200-225150-185350-410Franco argilosa
168-200167-192330-392Franco limosa
117-168108-167225-330Franca
75-11775-108150-225Franco arenosa
17-6733-8350-150Arenosa
Retenção de água l/m3 de terrenoTextura
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Técnicas culturais
• O corte dos relvados á operação cultural mais importante para manter o seu aspecto e estado óptimo– Dá a caraterística fundamental de uniformidade, densidade
e estética que diferencia os relvados dos outros cobertos vegetais
– Suprime a tendência das plantas a acamar e espigar– Quanto maior a frequência dos cortes, maior a densidade
que conseguimos obter do relvados
A chamada regra de ouro do corte é de nunca remover mais de 1/3 de cada vez
Máquinas de corte helicoidais
• Helicoidais– São as máquinas que permitem obter a melhor
qualidade de corte, tendo limitações a trabalhar em condições húmidas e de relva alta
– Existem com 6 a 12lâminas de corte
– Permitem a recolhaou não dos resíduosde corte
Máquinas de corte rotativos
• Rotativas– São as máquinas que permitem a maior flexibilidade
de operações de corte – Existem com motores a 2 e 4 tempos– Larguras de corte de 30 a vários metros– Permitem a recolha
ou não dos resíduosde corte
AspersãoA aspersão é o método de rega mais utilizado para a rega de relvados.
•Principais marcas:
•Rain Bird; Toro e Hunter
•Alcances entre os 5 e 29m
•DU até 85%
•Precipitação média de 10mm/h
PulverizadoresA utilização de pulverizadores adapta-se a áreas pequenas e recortadas
•Principais marcas:
•Rain Bird; Toro e Hunter
•Alcances entre os 1,5 e 4,5m
•Uniformidade de distribuição até 65%
•Precipitação média 40mm/h
Evapotranspiração de relvados
0,85-1,0Poa pratensis
0,75-0,95Festuca arundinacea
0,8-1,0Lolium perenne
0,7-0,8Cynodon dactylon
Kc (Penman)
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Técnicas suplementares
• São operações destinadas a suplementar as técnicas de manutenção primárias para manter o nível de qualidade pretendido.– Controle do thatch excessivo– Compactação do solo– Grão– Irregularidades na superfície do relvado
Thatch
É a camada de resíduos orgânicos situada imediatamente acima da superfície do solo, constituída por biomassa produzida pelo relvado (coroas, rizomas e raízes), semi-decomposta. A sua espessura deve ser controlada devido à sua fraca retenção de nutrientes, hidrofobicidade e favorecimento de doenças e pragas
Escarificação
• Esta operação é fundamental para retirar o excesso de crescimento lateral e thatch (matéria orgânica morta acumulada na interface solo/planta)
• Podem-se utilizar alfaias para tractor ou máquinas automotoras
• Promove o arejamento, infiltração de água e nutrientes
Furações
• São operações ao solo, com o objectivo de descompatactar e/ou renovar o substrato de solo existente
Facas
Operação de furação do solo, sem remoção de substrato, tendo como objectivos a promoção do arejamento e infiltração de água. É uma técnica de arejamento com um mínimo de danos superficiais, possível de se realizar com frequência
Top dressingO top dressing (espalhamento de areia) é a operação cultural mais eficiente para a redução do thatch e para a regularizaçãoda superfície de jogo
Pulverizações
A aplicação de fitofármacos e fertilizantes exige uniformidade e controle rigoroso das doses aplicadas
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Utilização
Manutenção
• Fertilização– Adequada à intensidade de uso pretendida– Equilíbrio 2:1:2– Entre 100 a 250 Unidades de N/ha por ano
• Principais problemas fitosanitários em Portugal– Doenças– Pragas – Infestantes
Principais doenças
Fusarium patch (Microdochium nivale)
Dollar spot(Sclerotinia homeocarpa)
Brown patch(Rhizoctonia solani)
Patch = mancha
Principais pragasMole crickets(Scapteriscus spp.)
White grubs(escarabeídos)
Leatherjackets(Typula paludosa e
oleracea)
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Utilização
Futuro profissional
• A manutenção de relvados é um desafio permanente de fitotecnia, responsabilidade social, económica e ambiental
FuturoTendências de investigação (USA)
Áreas de pesquisa
Pragas e doenças
Práticas culturais
Fisiologia
MelhoramentoSolos
Instalação
Outros
Bibliografia
• Turf management for golf courses – James B. Beard• Turfgrass – Agronomy Monograph nº 32• Turgrass irrigation - Weathermatic• Turfgrass diseases – APS Press• Destructive Turfgrass Pests – Potter• Turfgrass Management – A. J. Turgeon
Principais links
• GCSAA (www.gcsaa.org)• USGA (www.usga.org)• Penn State University (www.agronomy.psu.edu)• NTEP (www.ntep.org)• Guelph Turfgrass Institute (www.uoguelph.ca)• Sports Turf Research Institute (www.stri.co.uk)